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CENTRO INTERDISCIPLINAR DE SABERES DO NORDESTE –CISNE CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: ESTRUTURAS DE AÇO AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS PROFESSOR: JESSE WILLE GONDIM PINTO QUIXADÁ - CE - 2020 2 TIPOS CONSTRUTIVOS ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS O que são peças tracionadas? São peças sujeitas a solicitações de tração axial ou tração simples. São empegadas nas estruturas sob diversas formas. 3ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS TIPOS CONSTRUTIVOS TIRANTES 4ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS TIPOS CONSTRUTIVOS CONTRAVENTAMENTOS 5ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS TIPOS CONSTRUTIVOS BARRAS TRACIONADAS DE TRELIÇAS 6 As peças tracionadas podem ser constituídas por barras de seção simples ou composta, como por exemplo barras redondas ou chatas, perfis simples ou compostos. ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS TIPOS CONSTRUTIVOS 7 As peças tracionadas podem apresentar suas extremidades ligadas a outras peças de uma estrutura por meio de rosca e porca (para o caso de peças rosqueadas), por solda ou por conectores e furos. ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS TIPOS CONSTRUTIVOS 8 CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS Quais ELU’s podem ocorrer em peças tracionadas? Escoamento da Seção Bruta Ruptura da Seção Líquida Cisalhamento de Bloco Pressão de Apoio ou Rasgamento da Chapa Corte nos Parafusos Escoamento do Metal- base Ruptura do Metal de Solda Veremos estes na aula de hoje 9 Peças em geral, com furos: Escoamento da Seção Bruta Ruptura da Seção Líquida Onde: ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO 10 Área líquida efetiva: Onde: ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO 11 Área líquida: Para peças sem furos, a área líquida é tomada igual a área bruta da seção transversal. Para peças com furos, a área líquida é calculada a partir da área bruta, subtraindo-se as áreas dos seguimentos dos furos. No caso de furação enviesada, é necessário pesquisar diversos percursos de ruptura para encontrar o menor valor da área de seção líquida. Nestes casos, para cada seguimento na diagonal de ruptura ligando dois furos consecutivos, deve-se somar 𝒔 𝟐 𝟒𝒈. ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO 12ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO Área líquida: 13ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO Coeficiente de redução: Quando uma ligação é feita por todos os seguimentos de um perfil, a seção participa integralmente na transferência dos esforços, o que não ocorre por exemplo em cantoneiras ligadas apenas por uma de suas abas. Nestes casos, faz-se necessário considerar esse efeito por meio de uma redução do valor da área líquida para ligações parafusadas e da área bruta para ligações soldadas. Os possíveis valores para 𝐶𝑡 são informados a seguir. 14ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO Coeficiente de redução: Quando a força de tração for transmitida diretamente para cada um dos elementos da seção transversal, por solda ou parafusos: Quando a força de tração for transmitida somente por soldas transversais: 15ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO Coeficiente de redução: 16ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO Coeficiente de redução: Nas barras com seções transversais abertas, quando a força de tração for transmitida somente por parafusos ou somente por soldas longitudinais ou ainda por uma combinação de soldas longitudinais e transversais para alguns (não todos) elementos da seção transversal (devendo, no entanto, ser usado 0,90 como limite superior, e não se permitindo o uso de ligações que resultem em um valor inferior a 0,60): 17ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO Coeficiente de redução: 18ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO Coeficiente de redução: Nas chapas planas, quando a força de tração for transmitida somente por soldas longitudinais ao longo de ambas as suas bordas: 19ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO Diâmetro dos furos para conectores: Quando as peças recebem furos para ligações por conectores, é usual utilizar um padrão de furação que executa estas aberturas com uma folga de 1,5 mm. Adicionalmente, existem dois processos de furação: por punção ou por broca. O segundo processo não afeta em nada a periferia do furo, o que não ocorre para o primeiro processo. Logo, para furos realizados por punção, considera-se o enfraquecimento de 1 mm em toda a sua periferia, sendo esta região não considerada para resistência dos esforços. 20ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO Cisalhamento de bloco (ou colapso por rasgamento) No caso de perfis de chapas finas tracionados e ligados por conectores, além da ruptura da seção líquida o colapso por rasgamento ao longo de uma linha de conectores pode ser determinante no dimensionamento. Nesse tipo de colapso, denominado cisalhamento de bloco, ocorre ruptura do segmento do perfil que recebe a ligação, envolvendo cisalhamento nos planos paralelos à força e tração no plano normal à força. A ruptura da área tracionada pode estar acompanhada da ruptura ou do escoamento das áreas cisalhadas, o que fornecer a menor resistência. 21ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO Cisalhamento de bloco (ou colapso por rasgamento) 22ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO Limitações de esbeltez nas peças tracionadas Recomenda-se que o índice de esbeltez das peças tracionadas, tomado como a maior relação entre o comprimento destravado e o raio de giração correspondente ( 𝐿 𝑟), excetuando-se tirantes de barras redondas pré-tensionadas ou outras barras que tenham sido montadas com pré-tensão, não supere 300. Recomenda-se que perfis ou chapas, separados uns dos outros por uma distância igual a espessura das chapas espaçadoras, sejam interligados de modo que o maior índice de esbeltez de qualquer perfil ou chapa, entre essas ligações, não ultrapasse 300. 23ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO Limitações de esbeltez nas peças tracionadas Nas peças tracionadas o índice de esbeltez não tem importância fundamental, uma vez que o esforço de tração tende a retificar a haste, reduzindo excentricidades construtivas iniciais. Apesar disso, as normas fixam limites superiores do índice de esbeltez de peças tracionadas, com a finalidade de reduzir efeitos vibratórios provocados por impactos, ventos, etc. 24 PROBLEMAS RESOLVIDOS Duas chapas de 22,2 x 300 mm são emendadas por meio de talas com 2 x 8 parafusos f 22,2 mm. Verificar se as dimensões das chapas são satisfatórias, admitindo-se aço MR250 e solicitação produzida por uma carga variável de utilização. Furos por broca. ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS 25 PROBLEMAS RESOLVIDOS Para o perfil U 381 (15”) x 50,4 kg/m, em aço MR250, calcular o esforço de tração resistente para a configuração abaixo. Parafusos de 22,2 mm de diâmetro. Furos por punção. ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS 26 PROBLEMAS PROPOSTOS Calcular o esforço resistente de tração do perfil do exemplo anterior, agora com ligação soldada. ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS 27 REFERÊNCIAS Bibliografia base: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 8800: Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Procedimento. Rio de Janeiro, RJ, 2008. 237 p. PFEIL, W.; PFEIL,M. Estruturas de aço: dimensionamento prático de acordo com a NBR 8800:2008. 8. ed. Rio de Janeiro - RJ: LTC, 2009. 357 p. FAKURY, R. H.; SILVA, A. L. R. C.; CALDAS, R. B. Dimensionamento de elementos estruturais de aço e mistos de aço e concreto. São Paulo - SP: Pearson, 2016. 496 p. ESTRUTURAS DE AÇO: AULA 02 – PEÇAS TRACIONADAS
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