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medicina legal sexologia criminal

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melhor especificação de determinados delitos e a punição mais rigorosa, principalmente quando
neles se encontram como vítimas os chamados vulneráveis.
Ainda com respeito aos crimes praticados contra criança e adolescente, a Lei no 12.650, de 7 de
agosto de 2012 modifica o artigo 111 do Código Penal, estabelecendo que a prescrição, antese de
tramitar em julgado, começa a correr nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e
adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar
18 (dezoito), salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal.
OBJETIVOS PERICIAIS
A perícia em Sexologia Criminal tem um significado muito particular e grave pelos fatos e
circunstâncias que ela encerra: tanto pela complexidade das estruturas estudadas como em face da
delicadeza do momento. Por isso, toda prudência é pouca quando dos procedimentos periciais e
quando da afirmação ou negação da existência das práticas contra a liberdade sexual.
Além disso, o laudo deve ser redigido em uma linguagem clara, objetiva, inteligível e simples,
sem a presunção das tipificações penais, mas de modo a permitir àqueles que venham a analisá-lo
condições de uma compreensão fácil sobre o fato que se quer apurar. Cabe, dessa maneira, descrever
minuciosamente as lesões e as particularidades ali encontradas, ajudando a entender o que de
insondável e misterioso existe nelas, não só em relação à quantidade e à qualidade do dano, mas
também como o modo ou a ação pela qual foram produzidas. Desse modo, não se pode aceitar pura e
simplesmente a nominação do achado, mas em que elementos e alterações fundamentou-se o perito
para fazer a afirmação ou a negação de uma conjunção carnal, por exemplo. Só assim o laudo
alcançará seu verdadeiro destino: o de apontar com clareza à autoridade julgadora, no momento de
valorizar a prova, as condições para o seu melhor entendimento.
Para se terem as necessárias condições de exercer tal atividade legispericial, é preciso não
apenas que o exame se verifique em local recatado – em respeito à dignidade e à privacidade de
quem se examina –, mas ainda em ambiente com condições de higiene e de fácil e tranquila
visualização dos possíveis achados periciais, sendo recomendável que o exame seja feito em mesas
ginecológicas com suporte para os pés e, sempre que possível, com a presença de familiares adultos
ou pessoa de confiança da vítima ou de enfermeiras, a não ser que a presença delas possa inibir a
vítima de contar os detalhes necessários à investigação dos fatos.
Resta evidente, portanto, que a função do perito, em casos dessa ordem, é descrever
minuciosamente as lesões e as particularidades, quando existentes, explorando bem as características
que elas encerram e respondendo com clareza aos quesitos formulados.
Por outro lado, em face da gravidade que cerca algumas das infrações que resultam de tais
exames, exige-se que o indicado para essa perícia médico-legal seja alguém não apenas com
habilitação legal e profissional em medicina, mas que tenha também a capacitação e a experiência
necessárias no trato dessas questões, pois para tanto não se exigem apenas o título de médico, mas
educação médico-legal, conhecimento da legislação que rege a matéria, noção clara da maneira como
deverá responder aos quesitos e prática na redação de laudo.
Diga-se também que, em exames desse jaez, não se devem usar expressões de sentido dúbio ou
vago nem utilizar palavras inúteis e imprecisas, pois, se assim o fizer, o laudo, além de não permitir
uma decisão exata, só servirá para criar dúvidas e confusão em quem julga.
QUESITAÇÃO
Como a Lei no 12.015, de 7 de agosto de 2009, alterou alguns conceitos, entre eles o de estupro,
propomos algumas alterações nos modelos de laudos referentes aos crimes contra a dignidade sexual,
de forma mais simples e objetiva. Para tanto seria necessário apenas um modelo, pois a lei considera
que o ato libidinoso é gênero, do qual a conjunção carnal faz parte, nos seguintes termos:
1o – Se há vestígios de ato libidinoso (em caso positivo especificar);
2o – Se há vestígios de violência, e, no caso afirmativo, qual o meio empregado;
3o – Se da violência resultou para a vítima incapacidade para as ocupações habituais por mais
de 30 (trinta) dias, ou perigo de vida, ou debilidade permanente de membro, sentido ou função, ou
aceleração de parto, ou incapacidade permanente para o trabalho, ou enfermidade incurável, ou
perda ou inutilização de membro, sentido ou função, ou deformidade permanente e/ou aborto (em
caso positivo especificar);
4o – Se a vítima é alienada ou débil mental;
5o – Se houve outro meio que tenha impedido ou dificultado a livre manifestação de vontade da
vítima (em caso positivo especificar).
Tendo como exemplo as sugestões do Grupo de Trabalho “Tortura e Perícia Forense” criado
pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, podemos concordar
com a inclusão dos seus quesitos nos exames de casos em que há suspeitas de ato libidinoso:
“1. Há achados médico-legais que caracterizem a prática de ato libidinoso?
2. Há evidências médico-legais que sejam indicadoras ou sugestivas de ocorrência de ato
libidinoso contra o examinado que, no entanto, poderiam excepcionalmente ser produzidas por outra
causa?”
Este último quesito, quando afirmativo, deixa claro que o perito apenas está afirmando que
existem evidências sugestivas e indicadoras de ato libidinoso, o que pode possibilitar ao juiz, com
existência de outras provas, tirar suas conclusões.
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Por fim, caso exista interesse em realizar apenas o exame de conjunção carnal pode-se concluir
pela antiga quesitação a respeito: 1o – Se houve conjunção carnal; 2o – Qual o tempo dessa
conjunção?; 3o – Se houve violência; 4o – Qual o meio empregado para a violência?; 5o – Se da
violência resultou para a vítima incapacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias ou
perigo de vida ou debilidade permanente ou perda ou inutilização de membro, sentido ou função ou
incapacidade permanente para o trabalho ou enfermidade incurável ou deformidade permanente ou
aceleração do parto ou aborto (resposta especificada); 6o – Se a vítima é alienada ou débil mental;
7o – Se houve outra causa que impossibilitasse a vítima de oferecer resistência.
 Protocolo para a perícia de agressão sexual
1. Exame do local dos fatos (pela perícia criminal)
a – o local onde se deu a agressão sexual deve ser inteiramente preservado e protegido;
b – a descrição do ambiente e das alterações nele encontradas deve ser minuciosa;
c – procurar objetos pessoais da vítima ou do agressor, incluindo peças íntimas, pontas de
cigarro etc.;
d – procurar manchas e outros elementos biológicos.
2. Exame da vítima
a – identificação (nome, idade, sexo, profissão, residência etc.);
b – histórico (informes da vítima com sua própria linguagem sobre hora, local, condições, fatos
mais específicos etc.);
c – exame subjetivo (condições físicas e psicológicas da vítima);
d – exame objetivo genérico (aspecto geral da vítima, lesões e alterações corporais sugestivas de
violência);
e – exame objetivo específico:
coito vaginal (exame dos genitais externos, coleta de pelos pubianos e amostras de sêmen sobre
pele, vulva, períneo e margem do ânus, procura de lesões nos genitais externos, uso do espéculo
nos exames para evidenciar lesões vaginais e coleta de amostras de material biológico, lavado
vaginal com soro fisiológico estéril e coleta desse material, uso do colposcópio para melhor
visualização de possíveis lesões do hímen, levando em conta a existência de rupturas com
descrição de suas características, como número, local, idade etc.)
coito anal (estudo das lesões locais como equimoses, sufusões, rupturas, esgarçamentos das
paredes anorretais e perineais, estado do tônus do ânus, coleta de pelos e amostras de sêmen,
coleta de material biológico como sangue e saliva do agressor para identificação pelos testes em
DNA)
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•
coito oral (estudo das lesões labiais e linguais, coleta de amostrade material biológico do
lavado da cavidade oral com soro fisiológico estéril)
introdução de objetos (pesquisa de possíveis lesões traumáticas e possíveis componentes do
objeto usado na penetração);
f – exame das vestes da vítima na procura de sangue e sêmen para identificar o autor.
3. Exame do agressor
a – anotação cuidadosa das características para facilitar sua identidade;
b – exame das vestes na procura de sinais de luta, sinais da vítima (material biológico) e sinais
de identificação do local dos fatos;
c – procura de sinais que o possam vincular aos fatos (sinais do coito, sinais de defesa, sinais
ligados ao local dos fatos e sinais da vítima, como material biológico do tipo sangue, fezes, secreção
menstrual etc.;
d – coleta de material subungueal;
e – coleta de pelos e material biológico na região pubiana;
f – busca de lesões traumáticas nos órgãos genitais, de doenças venéreas e alterações que possam
identificar o agressor pela vítima;
g – avaliação psiquiátrica do agressor.
4. Recomendações
a – o exame deve ser feito em lugar recatado, de boas condições higiênicas e de iluminação e
com instrumental mínimo necessário;
b – evitar o exame sumário, superficial e omisso;
c – não fazer conclusões açodadas e intuitivas;
d – descrever detalhadamente a sede e as características das lesões;
e – valorizar também os exames subjetivo e objetivo genérico;
f – registrar em esquemas corporais próprios todas as lesões encontradas;
g – fotografar sempre que possível essas lesões;
h – detalhar em todas as lesões forma, idade, dimensões, localização e particularidades;
i – trabalhar sempre em equipe;
j – ter o consentimento livre e esclarecido da vítima e em casos de menores obter o
consentimento de seus responsáveis legais;
l – examinar com paciência e cortesia, pois são pessoas vulneráveis;
m – respeitar as confidências;
n – em casos de exames em menores, ter sempre alguém da família presente;
o – examinar sempre com privacidade;
p – aceitar a recusa ou o limite do exame pela vítima;
q – a assistência médica deve ter prioridade sobre o exame pericial;
r – o laudo deve ser redigido em linguagem inteligível e objetiva e não deve ter expressões
incertas ou conclusões dúbias;
s – as amostras coletadas devem ser sempre em número de duas ou mais para possível
contraprova.
19. Crimes contra a liberdade sexual: Estupro. Ato libidinoso diverso da conjunção carnal.
Abuso sexual em crianças. Violação sexual mediante fraude. Assédio sexual.
ESTUPRO
 Conceito
Nosso diploma penal, com as alterações da Lei no 12.015, de 7 de agosto de 2009, ampliou o
conceito de estupro no seu artigo 213, que ficou com a seguinte redação: “Constranger alguém,
mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se
pratique outro ato libidinoso.” A pena continua de 6 a 10 anos de reclusão. Se desse ato resultar
lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 ou maior de 14 anos, a pena é de 8 a
12 anos, e se resultar morte a pena será de 12 a 30 anos. Se a vítima é menor de 14 anos, a pena é de
8 a 15 anos, e se do estupro resultar lesão corporal de natureza grave, pena de reclusão de 10 a 20
anos; se resultar morte, pena de reclusão de 12 a 30 anos.
Andou certo o legislador ao nomear o Título VI do Código Penal de “Crimes contra a dignidade
sexual” e não de “Crimes contra os costumes” como era antes. A designação crime contra os
costumes sempre mereceu justificadas críticas por parte dos estudiosos da matéria, pois, como é
evidente, o que sempre se quis não é proteger propriamente os costumes, mas, e muito mais, defender
de forma imperiosa a dignidade da pessoa humana, hoje e antes amparada pela norma constitucional.
O que se deve proteger, portanto, é a dignidade da pessoa humana e não as preferências aceitas ou
inaceitas pela sociedade.
Assim, a edição dessa nova lei que alterou alguns dos dispositivos do Código Penal referentes
aos crimes agora chamados contra a dignidade sexual traz diversas alterações cuja intenção é a
melhor especificação de determinados delitos e a punição com mais rigor, notadamente quando há o
envolvimento de menores de idade.
Agora passa a ser vítima do delito de estupro toda aquela pessoa constrangida mediante
violência ou grave ameaça a ter conjunção carnal ou a praticar ou deixar que lhe pratique outro ato
libidinoso. Esse dispositivo absorveu a figura do atentado violento ao pudor, antes especificada no
artigo 214 e agora revogado, incorporando-o ao texto do artigo 213, caput e dos dois parágrafos do
Código Penal, para constituir um único conceito legal de crime de estupro. Essa tipificação unificada
atende também à linguagem penal de outros países como Portugal, França, Espanha, Chile, Colômbia
e Argentina.
Agora, tanto o homem como a mulher poderão ser sujeito ativo ou passivo do crime de estupro,
pois admite-se que qualquer ato libidinoso praticado de forma violenta ou de grave ameaça a alguém
é tido como o delito em estudo.
Com certeza teremos algumas controvérsias de ordem doutrinária a partir do conceito de estupro
pela sua nova definição, agora abrangendo também o ato libidinoso, cujos limites e circunstâncias
são imprecisos. Faltou ao legislador mais clareza na definição desses atos, pois a expressão “ato
libidinoso” é muito vaga e dá margem a muitas interpretações.
Em geral, entende-se por ato libidinoso toda prática que tem por fim satisfazer completa ou
incompletamente o apetite sexual, o qual pode traduzir-se, algumas vezes, em transtorno da
preferência sexual. Além dele girar em torno da esfera sexual, deve ser indiscutivelmente obsceno e
lesivo ao pudor mínimo. O ato libidinoso, além da conjunção carnal, manifesta-se nas mais variadas
situações: no coito ectópico, na masturbação, nos toques e apalpadelas de mamas, coxas e vagina, na
palpação de nádegas, na contemplação lasciva, nos contatos voluptuosos de forma constrangedora.
Esses atos, praticados em alguém ou permitidos que a ele se pratiquem, constituem elementos que
podem contribuir na caracterização do delito.
O entendimento sobre conjunção carnal continua o mesmo como sendo a introdução completa ou
incompleta do pênis na cavidade vaginal, ocorrendo ou não ejaculação, não se tendo como tal a
cópula vestibular ou vulvar nem o coito oral ou anal.
Assim, o gênero é o ato libidinoso, que envolve a conjunção carnal.
Antes o crime de estupro era praticado apenas contra a mulher através de conjunção carnal
mediante violência ou grave ameaça e os outros tipos de atos libidinosos diversos da conjunção
carnal eram tidos como atentado violento ao pudor.
Dessa forma passa-se a considerar no estupro tanto a conjunção carnal quanto os outros atos
libidinosos, desde que alguém seja constrangido ou ameaçado a fazê-los. Não se distingue mais o
gênero da vítima, podendo assim o homem ser vítima do crime de estupro e inclusive a mulher pode
ser autora desse crime contra outra mulher, bastando que ela constranja a vítima a praticar ou
permitir que com ela se pratique um ato libidinoso. Antes, como já vimos, só a mulher era vítima
dessa forma delituosa.
O estupro mediante violência presumida passa a ser chamado de “estupro de vulnerável”, em que
são as vítimas menores de 14 anos e os portadores de enfermidade ou deficiência mental sem o
devido discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não possam oferecer
	Frontispício
	GEN
	Página de rosto
	Página de créditos
	Dedicatória
	Notas do Autor
	Obras Publicadas pelo Autor
	Agradecimentos
	Material Suplementar
	Conteúdo
	Capítulo 1 Introdução ao Estudo da Medicina Legal
	1. Medicina Legal: Conceito. Definição. Sinonímia. Relações com as demais ciências médicas e jurídicas. Noções históricas. Classificação. Importância do estudo da Medicina Legal. Metodologia de ensino. Situação atual e prospectiva. Medicina Legal baseada em evidências. Medicina Legal e direitos humanos
	Capítulo 2 Perícia Médico-legal
	2. Perícias: Importância da prova; Valor racional da prova; Noções de corpo de delito; Valordo exame realizado por um só perito; Exames para os Juizados Especiais; Junta Médica; Segunda perícia; Prova pericial e consentimento livre e esclarecido; Revista corporal no âmbito dos IMLs; Presença dos advogados em locais de exames; Cadeia de custódia de evidências; Honorários periciais; Perícia – Exposição oral; Assédio pericial. Peritos: Conceito; Deveres de conduta do perito; Responsabilidades civil e penal do perito; Direitos dos peritos; Função do médico-legista; Impugnação do perito. Prova de esforço físico em concurso para médico-legista. Direitos do periciando. Assistentes técnicos. Documentos médico-legais: Notificações, atestados, prontuários, relatórios, pareceres e depoimento oral. Desvinculação dos IMLs da área de segurança. Modelos de laudos periciais
	3. Outros meios de prova: Confissão; Testemunho; Acareação; Reprodução simulada na cena dos fatos
	4. Decálogo do perito médico-legal. Decálogo ético do perito
	Capítulo 3 Antropologia Médico-legal
	5. Identidade e identificação: Processos utilizados no vivo, no morto e no esqueleto. Identificação médico-legal: Espécie, Raça, Sexo, Idade, Estatura, Sinais individuais, Malformações, Sinais profissionais, Biotipo, Tatuagem, Cicatrizes, Identificação pelos dentes, Palatoscopia, Queiloscopia, Identificação por superposição de imagens, pelo pavilhão auricular, por radiografias, pela superposição craniofacial por vídeo, Cadastro de registro de artroplastias, identificação pelo registro da voz. Impressão digital genética do DNA. Banco de dados com DNA. Bases de dados. Protocolo para Exame Antropológico Forense
	6. Identificação judiciária: Processos antigos, Assinalamento sucinto, Fotografia simples, Retrato falado, Sistema antropométrico de Bertillon, Sistema geométrico de Matheios, Sistema dermográfico de Bentham, Sistema craniográfico de Anfosso, Sistema otométrico de Frigério, Sistema oftométrico de Capdeville, Sistema oftalmoscópico de Levinsohn, Sistema radiológico de Levinsohn, Sistema flebográfico de Tamassia, Sistema flebográfico de Ameuille, Sistema palmar de Stockes e Wild, Sistema onfalográfico de Bert e Viamay, Sistema poroscópico de Locard, Fotografia sinalética, Sistema dactiloscópico de Vucetich e Registro inicial de identificação �⠀爀攀挀洀ⴀ渀愀猀挀椀搀漀猀)
	Capítulo 4 Traumatologia Médico-legal
	7. Energias de ordem mecânica: Conceito. Lesões produzidas por ações perfurante, cortante, contundente, perfurocortante, perfurocontundente e cortocontundente
	8. Energias de ordem física: Conceito. Temperatura, pressão atmosférica, eletricidade, radioatividade, luz e som
	9. Energias de ordem química: Conceito. Cáusticos. Venenos. Envenenamento. Síndrome do body packer. Necropsia dos envenenados. Noções de Toxicologia Forense: Modelo de laudo toxicológico
	10. Energias de ordem físico-química: Conceito. Asfixia em geral: Fisiopatologia e sintomatologia. Classificação. Asfixia em espécie: Asfixia por confinamento, por monóxido de carbono e por outros vícios de ambientes, por sufocação: direta e indireta, asfixia por sufocação posicional, por soterramento, por afogamento, por enforcamento, por estrangulamento e por esganadura
	11. Energias de ordem bioquímica: Conceito. Perturbações alimentares. Autointoxicações. Infecções. Castração química
	12. Energia de ordem biodinâmica: Choque. Síndrome da falência múltipla de órgãos. Coagulação intravascular disseminada. Interessemédico-legal
	13. Energias de ordem mista: Conceito. Fadiga. Doenças parasitárias. Sevícias �⠀匀渀搀爀漀洀攀 搀愀 挀爀椀愀渀愀 洀愀氀琀爀愀琀愀搀愀⸀ 匀渀搀爀漀洀攀 搀愀 愀氀椀攀渀愀漀 瀀愀爀攀渀琀愀氀⸀ 䄀戀愀渀搀漀渀漀 昀愀洀椀氀椀愀爀 椀渀瘀攀爀猀漀⸀ 匀渀搀爀漀洀攀 搀攀 䴀甀渀挀栀愀甀猀攀渀⸀ 匀渀搀爀漀洀攀 搀攀 䔀猀琀漀挀漀氀洀漀⸀ 䈀甀氀氀礀椀渀最⸀ 匀渀搀爀漀洀攀 搀漀 愀渀挀椀漀 洀愀氀琀爀愀琀愀搀漀⸀ 嘀椀漀氀渀挀椀愀 挀漀渀琀爀愀 愀 洀甀氀栀攀爀⸀ 吀漀爀琀甀爀愀). Autolesões
	14. Lesões corporais sob o ponto de vista jurídico: A. Dano corporal de natureza penal: Conceito. Legislação. Classificação. Lesões corporais dolosas. Lesões corporais culposas. Lesões corporais seguidas de morte. Respostas aos quesitos oficiais. Perícia da dor. Lesões no feto. Perícia. Exame complementar. B. Dano corporal de natureza cível: Conceito. Legislação. Caracterização do dano. Parâmetros da avaliação. Recomendações. C. Dano corporal de natureza trabalhista: Caracterização do dano. Nexo causal. Parâmetros de avaliação. D. Dano corporal de natureza administrativa: Avaliação do estado de higidez. Licença médica em tratamento de saúde. Deficiência. Incapacidade. Invalidez. E. Dano corporal de natureza desportiva: Caracterização do dano. Nexo causal. Parâmetros de avaliação. F. Avaliação médico-legal do dano psíquico: Caracterização do dano. Nexo causal. Estado anterior. Estudo da simulação e da metassimulação. Padrões de avaliação. Modelos de laudos
	Capítulo 5 Periclitação da Vida e da Saúde
	15. Perigo para a vida ou a saúde: Conceito. Contágios venéreo e de moléstias graves. AIDS. Exposição de perigo à vida ou à saúde: Considerações ético-legais, sobre os riscos à integridade biológica, sobre os riscos do uso da engenharia genética, sobre os riscos da medicina preditiva, sobre a violência e danos à saúde pública e sobre o problema das células-tronco embrionárias. Omissão de socorro. Escusa de consciência. Perícia
	Capítulo 6 Infortunística
	16. Infortunística: Conceito. Teoria do risco. Acidentes e doenças profissionais e do trabalho. Riscos ocupacionais da equipe de saúde. Síndrome do burn-out. Benefícios. Simulação. Síndrome do túnel do carpo. Perícia. Modelo de parecer
	Capítulo 7 Casamento, Separação e Divórcio
	17. Aspectos médico-legais do casamento, da separação e do divórcio: Conceito. Perícia
	Capítulo 8 Sexologia Criminal
	18. Conceito. Legislação e doutrina. Introdução. Objetivos periciais. Quesitação. Protocolo para perícia de agressão sexual
	19. Crimes contra a liberdade sexual: Estupro. Ato libidinoso diverso da conjunção carnal. Abuso sexual em crianças. Violação sexual mediante fraude. Assédio sexual
	20. Prostituição: Causas. Atitudes do Estado. Abordagem e prevenção. Lenocínio
	Capítulo 9 Transtornos Sexuais ed a Identidade Sexual
	21. Transtornos da sexualidade: Anafrodisia, Frigidez, Anorgasmia, Erotismo, Autoerotismo, Erotomania, Frotteurismo, Exibicionismo, Narcisismo, Mixoscopia, Fetichismo, Travestismo fetichista, Lubricidade senil, Pluralismo, Swapping, Gerontofilia, Cromoinversão, Etnoinversão, Riparofilia, Dolismo, Donjuanismo, Travestismo, Andromimetofilia e ginemimetofilia, Urolagnia, Coprofilia, Clismafilia, Coprolalia, Edipismo, Bestialismo, Onanismo, Vampirismo, Necrofilia, Sadismo, Masoquismo, Autoestrangulamento erótico, Pigmalianismo e Pedofilia.Homossexualidade e Transexualidade. Aspectos médico-legais
	Capítulo 10 Gravidez, Parto e Puerpério
	22. Gravidez, parto e puerpério: Aspectos médico-legais. Perícia. Direitos e deveres em Ginecologia e Obstetrícia
	23. Reprodução Assistida: Conceito. Aspectos negativos e duvidosos das técnicas de reprodução assistida. Normas éticas para a utilização das técnicas de reprodução assistida
	24. Direitos do feto: Estatuto jurídico do nascituro. Intervenções fetais: responsabilidade profissional, decisão de intervir, avaliação dos riscos, conflitos do binômio mãe-feto, obtenção de um consentimento esclarecido, conduta materna, obrigações da sociedade, exames invasivos, adoção pré-natal de embriões congelados, descarte de embriões. Conclusões
	Capítulo 11 Aborto Legal e Aborto Criminoso
	25. Aborto legal e aborto criminoso: Introdução. Conceito. Legislação. Tipos de aborto: terapêutico, em casos de anencefalia, sentimental, eugênico, social. Tentativas de legalização do aborto. Clonagem para fins terapêuticos. Meios abortivos. Complicações. Perícias na viva e na morta. Quesitos. Laudo médico-legal do aborto �⠀瀀爀漀琀漀挀漀氀漀)
	Capítulo 12 Contenção da Natalidade
	26. Política antinatalista: A realidade brasileira. Meios antinatalistas abortivos. Aspectos éticos e jurídicos da contracepção. Por trás do “planejamento familiar”. Estrutura demográfica | Um assunto político. Estimativas demográficas do Brasil. Contracepção de urgência. Esterilização humana. Conclusão
	Capítulo13 Infanticídio
	27. O crime de infanticídio: Conceito e legislação. Objetivos periciais: determinação do estado de natimorto, feto nascente, infante nascido e recém-nascido. Provas de vida extrauterina. Causa jurídica da morte. Estado psíquico da parturiente. Exame de parto pregresso. O infanticídio indígena no Brasil
	Capítulo 14 Investigação de Paternidade e Maternidade
	28. Provas médico-legais na investigação de paternidade e maternidade: Provas médico-legais não genéticas e genéticas. Vínculo genético da filiação pelo DNA. Conclusão
	Capítulo 15 Toxicofilias
	29. Estudo das toxicofilias: Conceito. Tipos de tóxicos. Visão médico-legal. Prescrição de medicamentos sujeitos a controle especial. Perícia. Testes rápidos para detecção de drogas
	Capítulo 16 Embriaguez Alcoólica
	30. Introdução. Embriaguez alcoólica aguda: estudo clínico, fases da embriaguez, tolerância ao álcool, metabolismo do álcool etílico, pesquisa bioquímica do álcool, dosagem de álcool no cadáver, avaliação dos resultados. Perícia da embriaguez | Quesitos. Recusa a submeter-se a exame e formas de embriaguez. Alcoolismo: manifestações somáticas, perturbações neurológicas, perturbações psíquicas. Aspectos jurídicos
	Capítulo 17 Tanatologia Médico-legal
	31. Conceito. Critérios atuais para um diagnóstico de morte. Resolução CFM no 1.480/97
	32. Direitos sobre o cadáver: Posse do cadáver. Utilização de órgãos e tecidos. Lei dos transplantes. Necropsias clínicas. Utilização de cadáveres no ensino e na pesquisa médica. Doação de órgãos de anencéfalos. Gravidez, morte encefálica e uso de órgãos para transplantes
	33. Destinos do cadáver. Atestados de óbito. Quem deve fornecer o atestado de óbito. Serviços de verificação de óbito
	34. Causas jurídicas da morte: Homicídio, suicídio e acidente. Aspectos psicossociais do suicídio. Exame de local de morte
	35. Homicídio piedoso �⠀䔀甀琀愀渀猀椀愀): Introdução. Fundamentos. O paciente que vai morrer | O direito à verdade. No fim da vida | Um itinerário de cuidados. Aspectos éticos. Conclusões. Sobrevivência privilegiada. Testamento vital
	36. Diagnóstico da realidade da morte. Conceito. Fenômenos abióticos avitais ou vitais negativos. Fenômenos transformativos
	37. Estimativa do tempo de morte: Esfriamento do cadáver. Livores de hipóstase. Rigidez cadavérica. Gases da putrefação. Perda de peso. Mancha verde abdominal. Cristais no sangue putrefeito. Crioscopia do sangue. Crescimento dos pelos da barba. Conteúdo estomacal. Conteúdo vesical. Fundo de olho. Líquido cefalorraquidiano. Estimativa do tempo de morte pela restauração da pressão intraocular. Concentração pós-mortal do potássio no humor vítreo. Fenômenos da sobrevivência. Fauna cadavérica. Flora cadavérica. Calendário da morte
	38. Morte súbita, morte agônica e sobrevivência. Lesões in vitam e post mortem. Comoriência e premoriência. Morte por inibição vagal. Morte súbita do lactente. Morte súbita em desportos. Morte de causa suspeita. Lesões produzidas em reanimação cardiopulmonar
	39. Necropsia médico-legal: Finalidade e obrigatoriedade nas mortes violentas. Necropsia e controle de qualidade. Erros mais comuns nas necropsias médico-legais. Instrumental mínimo. Técnica. Exame das vestes. Modelo de um auto de exame cadavérico. Morte coletiva e catastrófica. Radiologia do cadáver. “Necropsia branca.” Necropsia molecular. Exames em partes do cadáver. Necropsia em casos de execução sumária. Necropsia em casos de morte sob custódia. Virtopsia
	40. Exumação: Finalidade e técnica. Modelo de um auto de exumação e reconhecimento. Necropsia pós-exumação
	41. Embalsamamento: Técnicas. Processos. Ata
	Capítulo 18 Imputabilidade Penal e Capacidade Civil
	42. Limites e modificadores biopsicossociais da imputabilidade penal e da capacidade civil: Conceito. Limites e modificadores: Raça. Idade. Sexo. Agonia. Surdimutismo. Hipnotismo. Temperamento. Cegueira. Prodigalidade. Civilização. Estados emotivos. Reincidência. Associação. Síndrome XYY. Hereditariedade. Vitimologia. Epilepsias. Retardo mental. Transtornos mentais e de comportamento: Esquizofrenias. Transtornos bipolares do humor ou transtornos afetivos. Transtornos delirantes. Transtornos de personalidade. Transtornos de personalidade borderline. Transtornos do controle dos impulsos. Transtornos mentais orgânicos. Simulação. Medida de segurança. Modelos de laudo psiquiátrico
	Capítulo 19 Deontologia Médica
	43. Deontologia Médica: Fundamentos. O pensamento Hipocrático. Direito versus Medicina. O consentimento do paciente. A velha e a nova ética médica. O Código de Ética Médica vigente. Fundamentos de um Código de Ética. A ética, a greve e os institutos médico-legais. Os novos direitos dos pacientes
	44. Exercício legal e exercício ilegal da Medicina: Introdução. Exercício legal. Conselhos de Medicina. Exame de qualificação de médico recém-formado. Médico estrangeiro domiciliado na fronteira. Inscrição de médico estrangeiro asilado. Inscrição de médicos deficientes. Revalidação do diploma médico. Inscrição de médico intercambista. Suspensão do registro por doença incapacitante. Interdição cautelar. Os limites do ato médico. Exercício ilegal. Exercício ilícito. Charlatanismo. Curandeirismo. Anotações de penalidades na carteira profissional do médico infrator
	45. Segredo médico: Introdução. Escolas doutrinárias. Quando se diz que houve infração. Quando se diz que não houve quebra do sigilo. Situações especiais. Conclusões
	46. Honorários médicos: Introdução. Mercantilismo. Critérios de avaliação. Aspectos legais. Cobrança judicial. Honorários periciais. Prescrição. De quem cobrar. De quem não cobrar. Situações especiais
	47. Responsabilidade médica: Aspectos atuais. Antecedentes. Conceito geral. Aspectos jurídicos. Responsabilidade profissional. Mau resultado. Deveres de conduta do médico. Responsabilidade criminal do médico. Erro médico: Imprudência, negligência e imperícia. Responsabilidade civil do médico. Consentimento versus responsabilidade. Natureza do contrato médico. Socialização dos riscos e danos médicos. Responsabilidade civil das instituições de saúde. Deveres de conduta das entidades prestadoras de serviços médicos. Responsabilidade solidária. Responsabilidade funcional do estudante. Responsabilidade trabalhista e residência médica. Responsabilidade médica derivada. Responsabilidade médica no erro por falta da coisa. Ato médico | Obrigação de meio ou de resultado? Responsabilidade do paciente ou de terceiros. Prevenção de risco de erro médico. Mediação, conciliação e arbitragem médica e de saúde. A perícia do erro médico. Prescrição penal e prescrição civil. Erro médico: O que fazer? Alta hospitalar. Presença de acompanhantes na sala cirúrgica
	Capítulo 20 Diceologia Médica
	48. Direitos civis do médico: Direitos ao exercício da profissão, aos honorários, ao tratamento arbitrário, à quebra do sigilo, à guarda do prontuário, à publicidade, a informações, direito de atendimento a parentes e às comendas
	49. Direitos administrativos do médico: Conceito de servidor público. Vencimentos e remuneração. Estabilidade. Licenças. Concessões. Aposentadoria. Acumulação de cargos. Férias. Insalubridade. Auxílio-natalidade. Salário-família. Pensão. Auxílio-funeral. Auxílio-reclusão
	50. Direitos trabalhistas do médico: O médico como empregador. O médico como empregado
	51. Direitos previdenciários do médico: Introdução. Benefícios
	52. Direitos no Código de Ética Médica
	Apêndice
	1. Conselhos de Medicina
	2. Código de Ética Médica. Aprovado pela Resolução CFM no 1.931/2009 �⠀倀甀戀氀椀挀愀搀愀 渀漀 䐀⸀伀⸀唀⸀ 搀攀 ㈀㐀 搀攀 猀攀琀攀洀戀爀漀 搀攀 ㈀  㤀Ⰰ 匀攀漀 䤀Ⰰ 瀀⸀ 㤀 ) �⠀刀攀琀椀昀椀挀愀漀 瀀甀戀氀椀挀愀搀愀 渀漀 䐀⸀伀⸀唀⸀ 搀攀 ㄀㌀ 搀攀 漀甀琀甀戀爀漀 搀攀 ㈀  㤀Ⰰ 匀攀漀 䤀Ⰰ瀀⸀ ㄀㜀)
	3. Código de Ética e Disciplina da OAB. �⠀䄀瀀爀漀瘀愀搀漀 瀀攀氀愀 刀攀猀漀氀甀漀 渀漀 ㈀Ⰰ 搀攀 ㄀㤀 搀攀 漀甀琀甀戀爀漀 搀攀 ㈀ ㄀㔀 搀漀 䌀漀渀猀攀氀栀漀 䘀攀搀攀爀愀氀 搀愀 伀䄀䈀Ⰰ 攀洀 挀漀渀昀漀爀洀椀搀愀搀攀 挀漀洀 愀 䰀攀椀 渀漀 㠀⸀㤀 㘀⼀㤀㐀)
	4. Código de Ética do Perito Criminal

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