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Nulidade x Anulabilidade

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
CAMPUS XANXERÊ
DANIEL IURI VALDUGA
INVALIDADES DO NEGÓCIO JURÍDICO
NULIDADE
XANXERÊ
2020
DANIEL IURI VALDUGA
INVALIDADES DO NEGÓCIO JURÍDICO
NULIDADE
Trabalho Efetivo Acadêmico, Componente
Curricular em Direito Civil II, Curso de Direito,
Universidade do Oeste de Santa Catarina-
Campus Xanxerê.
XANXERÊ
2020
INVALIDADES DO NEGÓCIO JURÍDICO: NULIDADE
RESUMO: O livre exercício da vida privada emana de direitos e deveres. Relações
entre duas ou mais pessoas possuem requisitos de validade e, os defeitos e
invalidades dos negócios jurídicos são capazes de o tornarem nulo ou anulável. Tais
ferramentas como a nulabilidade são responsáveis por garantir os direitos e a
segurança dos negócios jurídicos, tanto na esfera pública quanto na privada. 
ABSTRACT: The free exercise of private life emanates from rights and duties.
Relationships between two or more people have validity requirements and the
defects and invalidities of legal transactions are capable of rendering it null or
voidable. Such tools as nullability are responsible for guaranteeing the rights and
security of legal businesses, both in the public and private spheres.
PALAVRAS-CHAVE: Nulidade. Defeitos do Negócio Jurídico. Anulabilidade. Direito.
Código Civil. Validade.
SUMÁRIO: Introdução. 1. Os Negócios Jurídicos e suas invalidades. 2. Princípio da
Conservação dos Negócios Jurídicos. 3. Da Nulidade. 3.1. Da Simulação. 4.
Conclusão. Referências.
INTRODUÇÃO
Os negócios Jurídicos são a manifestação da vida privada e essas
manifestações são capazes de conter atos, diversos ou não a vontade, que tornem
seus resultados inválidos. Os defeitos e as invalidades desses negócios estão
previstas em nosso ordenamento, e precisamos conhecer os critérios para a
formação e estruturação desses remédios jurídicos. 
 Precisamos entender o princípio da conservação dos negócios jurídicos, a
diferenciação entre atos nulos e anuláveis, com foco nos atos nulos, tema deste
trabalho. 
1. OS NEGÓCIOS JURÍDICOS E SUAS INVALIDADES 
Os negócios jurídicos são formas de manifestação da vida privada, trata-se
de uma autonomia no exercício das relações interpessoais capazes de gerar efeitos
jurídicos. Segundo Gonçalves (2014), “negócio jurídico é um ato ou uma pluralidade
de atos, entre si relacionados, quer sejam de uma ou de várias pessoas, que tem,
por fim, produzir efeitos jurídicos, modificações nas relações jurídicas no âmbito do
Direito Privado”. Para Maria Helena Diniz a nulidade “vem a ser a sanção imposta
pela norma jurídica, que determina a privação dos efeitos jurídicos do negócio
praticado em desobediência ao que prescreve”.
Como o negócio jurídico trata-se de relações interpessoais, é razoavelmente
lógico que existam problemas relacionados ao desenvolvimento dessas relações. A
inobservância das condições propostas pelas partes pode acarretar o impedimento
do negócio jurídico, não produzindo assim seus efeitos, ou seja, acaba-se por não
alcançar os objetivos desejados pelas partes. Dentro dessa gama de pensamentos,
temos duas formas previstas de invalidades no nosso Código Civil atual, trata-se da
nulidade e da anulabilidade.
2. PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
É importante ressaltar que no Código Civil de 2002 existe um fundamento
essencial para a manutenção dos negócios jurídicos, trata-se do Princípio da
Conservação do Negócios Jurídicos. Tal ideia se fundamenta no art. 184 do Código
Civil, “respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico
não o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação
principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da
obrigação principal”. Existe a necessidade de aderir a este princípio visto sua função
de garantir que as relações não sejam prejudicadas garantindo sua segurança. 
Havendo deficiência que torne o negócio jurídico anulável, desde de que
suprida a deficiência, esse negócio pode se tornar válido. Nesse contexto temos a
conversão substancial, prevista no art. 170 do CC, “Se, porém, o negócio jurídico
nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as
partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.”.
Temos também a ratificação, prevista no 169 e 172 do CC, essa se aplica a casos
anuláveis. Trata-se da manifestação da vontade das partes de aproveitarem o
negócio ou o ato anulável desde que o mesmo não venha gerar futuros prejuízos a
terceiros. Outra hipótese prevista é a redução do negócio jurídico previsto no art.
184 CC, exclui-se a parte inválida do negócio jurídico tornando-o assim válido. 
As duas hipóteses de invalidade dos negócios jurídicos, já encontravam-se
previstas no Código Civil de 1916, tratava-se da nulidade absoluta e relativa. A
nulidade absoluta se refere aos atos nulos e a nulidade relativa dos atos anuláveis. 
3. DA NULIDADE
A formação dos negócios jurídicos dependem da observância de
determinados requisitos que constituem sua forma e sua validade, para que assim
ocorra a produção dos efeitos jurídicos desejados pelas partes. Tais requisitos
encontram-se previstos no art. 104 do Código Civil, “A validade do negócio jurídico
requer: I- Agente capaz; II- Objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III- Forma prescrita ou não defesa em lei.”
O negócio Jurídico nulo não é praticado com integridade plena, há nele um
problema de ordem pública, que ofende determinado princípio, costume ou razão e a
celebração do mesmo afeta não somente as partes interessadas mas toda a
sociedade em geral. A solução desta ofensa se torna essencial e determinante para
a manutenção da ordem social. A nulidade absoluta tem então, como sua
característica, não produzir os efeitos jurídicos determinados pelas partes. Esses
efeitos não são capazes de alcançar efetivamente nenhuma das partes interessadas
ou terceiros, tornando-a assim ineficaz. Outra característica da nulidade é a privação
dos efeitos jurídicos caso ele não seja praticado da forma prescrita em lei ou pela
ausência dos requisitos que torne-o válido.
O Código Civil prevê as hipóteses de nulidade absoluta, “Art. 166. É nulo o
negócio jurídico quando: I – celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II – for
ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; III – o motivo determinante, comum
a ambas as partes, for ilícito; IV – não revestir a forma prescrita em lei; V – for
preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; VI –
tiver por objetivo fraudar lei imperativa; VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou
proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. Art. 167. É nulo o negócio jurídico
simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na
forma. § 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: I – aparentarem
conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se
conferem, ou transmitem; II – contiverem declaração, confissão, condição ou
cláusula não verdadeira; III – os instrumentos particulares forem antedatados, ou
pós-datados. § 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos
contraentes do negócio jurídico simulado.”. 
Outra característica da nulidade absoluta é não haver hipótese de sanar a
invalidade do negócio jurídico devido à gravidade do ato que o torna nulo.
Tendo em vista o problema de ordem pública que os atos nulos acarretam,
estes podem ser alegados pelas partes, por terceiros, pelo Ministério Público e pelo
juiz, através de ofício. Além disso, o ato pode ser reconhecido em qualquer tempo,
não está sujeito a prazo prescricional nem a prazodecadencial. É necessário que
seja feita uma proposta de ação declaratória de nulidade, tal proposta é
imprescritível para que ocorra a observância do ato nulo. Os atos nulos possuem
efeitos ex tunc.
Dessa forma devemos entender que a diferença entre a nulidade e a
anulabilidade está na intensidade que o legislador reprime o defeito do negócio, visto
que o ato nulo atinge o interesse público. Já o negócio anulável tem um tratamento
mais brando por tratar-se de interesses privados. 
3.1- DA SIMULAÇÃO
A simulação se caracteriza por ser uma declaração enganosa da vontade,
tem como objetivo ludibriar, não alcançando sua causa original do negócio jurídico.
Trata-se de um negócio apenas aparente, esse negócio é nulo. A simulação pode
ser apenas um negócio aparente como também um negócio onde as partes
realmente pretende praticar, porém com um resultado diverso. Além disso, a
simulação pode ser maliciosa ou inocente, porém via de regra, a simulação é
maliciosa. 
A simulação depende de uma declaração de vontade, em regra de ambas as
partes; tem a verdadeira intenção das partes escondida; tem como verdadeiro
objetivo enganar terceiros.
CONCLUSÃO
Fica claro que os negócios jurídicos são meios de garantir a liberdade de
exercício da vida privada, porém existe a problemática relacionada aos efeitos
produzidos pelos mesmos. Tais efeitos podem não produzir os resultados
pretendidos, causando assim anomalias jurídicas e essas relações precisam ser
moderadas e reguladas. Tais institutos como a nulidade e anulabilidade são meios
de controlar as validades pretendidas nos negócios, visando garantir a segurança
jurídica. 
O uso desses institutos moderam-se pelo impacto social que a invalidade do
negócio pode causar no meio jurídico. Se tratando apenas da vida privada dos
agentes, temos soluções medianas, capazes de manter a integridade da vontade
humana, de manter as relações entre as partes íntegras. Quando o problema
encontrado ultrapassa as barreiras do meio privado e atinge o bem comum, quando
a ordem pública acaba por ser prejudicada, torna-se necessário meios mais ativos
de controle jurídico. 
Identificando essas diferenças facilitamos o pensamento ao se tratar de tal
conflito e ao classificar os mesmos. Vemos que a nulidade atinge a ordem pública
em geral e essa característica aumenta o rol de legitimados capazes de reclamar o
direito ferido. É preciso respeitar os requisitos que norteiam e estruturam os
negócios jurídicos. 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código Civil- Lei nº10.406(2002). Brasília, de 10 de janeiro de 2002. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm> Acesso 
em: 25/03/2020.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Parte Geral. Edição 17, 
Volume 1. Saraiva. 2019.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Parte Geral. Vol. 1. Atlas. 2019.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: teoria geral do direito civil. 24. 
Ed. São Paulo: Saraiva, 2007. 
AQUINO, Leonardo Gomes. Invalidade do Negócio Jurídico. São Paulo, 2010. 
Disponível em: <https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/invalidade-do-
negocio-juridico/>. Acesso em: 15/04/2020.
COELHO, Daniela. Entenda a diferença entre nulidade e anulabilidade. 2019. 
Disponível em: <https://danicoelho1987.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/650732435/
entenda-a-diferenca-entre-nulidade-e-anulabilidade-ou-nulidade-absoluta-e-
nulidade-relativa>. Acesso em:15/04/2020.
VARJÃO, Ena. Causas de Nulidade Absoluta do Negócio Jurídico. São Paulo, 
2016. Disponível em: <https://enavarjao.jusbrasil.com.br/artigos/379239160/causas-
de-nulidade-absoluta-do-negocio-juridico>. Acesso em: 29/04/2020.
ROMANO, Rogério Tadeu. Nulidades No Processo Penal. Disponível em: <https://
www.jfrn.jus.br/institucional/biblioteca-old/doutrina/doutrina253_NulidadesNoProcess
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JÚNIOR, Humberto Theodoro. Dos Defeitos Do Negócio Jurídico No Novo 
Código Civil: Fraude, Estado De Perigo e Lesão. Disponível em: 
<https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista20/
revista20_51.pdf>. Acesso em: 29/04/2020.
FILHO, Mario Assis Gonçalves. A Prescrição na Teoria da Invalidade do Negócio 
Jurídico. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: <https://www.emerj.tjrj.jus.br/paginas/
trabalhos_conclusao/1semestre2014/trabalhos_12014/
MarioAssisGoncalvesFilho.pdf>. Acesso em: 29/04/2020.

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