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“Ao se retirar da sala de aula, favor não permanecer nos corredores.” BOA PROVA !! A Turma: N2 Data: 16/04/19 Página: 1/3 Nota: Visto: Universidade Salgado de Oliveira - Campus Goiânia Disciplina: Tópicos Especiais de Direito de Empresa - V1 Professor: Carlos Rubens Ferreira Código: 1951 Aluno(a):__________________________________________ Orientações ao aluno - Leia antes de iniciar. 1. As respostas: devem ser em tinta azul ou preta, e sem consulta. Se a resposta for a lápis, ou com canetas apagáveis, estas não serão conside- radas, e nem passíveis de revisão; As respostas objetivas do gabarito não podem ficar em branco, rasuradas e/ou borradas. Caso assim apresen- te, estas não serão consideradas, e nem passíveis de revisão; As questões subjetivas deverão ser respondidas no verso ou em espaço indicado. Não poderão ser rasuradas e/ou borradas, sob pena de não serem revisadas. 2. Durante a prova não é permitido o uso de telefones celulares, smartwatch, smartband ou qualquer equipamento eletrônico, bem como o empréstimo de materiais. Nesses casos, será atribuída nota zero imediatamente. 3. Recurso acadêmico de revisão de prova: prazo de 5 (cinco) dias, a contar da entrega coletiva, dia 23/04/19.(art. 85, item 1 do MIA). Retifi- cações de lançamento de nota: durante o semestre correspondente. Em ambos os casos exige-se o anexo da prova original. 4. Essa prova vale 10,0 (dez) pontos. As questões têm seus respectivos valores indicados ao lado dos enunciados. MARQUE A RESPOSTA NO GABARITO 1 2 3 4 5 6 7 8 A A A A A A A A B B B B B B B B C C C C C C C C D D D D D D D D 1) (0,75) A lesão configura-se quando uma das partes obtém uma vantagem despro- porcional, em prejuízo da parte que contra- tou por inexperiência ou diante de uma necessidade. Muitas vezes significa o abuso do poder econômico de uma das partes, em detrimento da outra, hipossuficiente na relação jurídica. Sendo assim, trata-se de: A) Plano da existência e negócio jurídico ine- xistente B)Plano da validade e negócio Jurídico anulá- vel C) Plano da validade e negócio jurídico nulo D) Plano da eficácia e negócio jurídico ineficaz 2) (0,75) Suponha que em uma relação con- tratual a prestação de uma das partes se torna excessivamente onerosa, com extre- ma vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevi- síveis. Neste caso, o devedor tem autoriza- ção legal para pedir a resolução do contra- to. Trata-se da resolução por onerosidade excessiva, sendo correto afirmar que: A) Aplica-se aos contratos de execução conti- nuada ou diferida B) Aplica-se somente aos contratos unilaterais onesos C) Aplica-se somente aos contratos bilaterais onerosos D) Aplica-se somente aos contratos aleatórios formais 3) (0,75) Éter Sulfúrico Amazonino dirigiu- se a hospital privado acompanhando seu pai, Colapso Cardíaco da Silva, acometido de dores no peito, com sintomas de infarto. No hospital lhe foi imposta como condição para internar o pai, a assinatura de um con- trato de prestação de serviços em valores excessivamente onerosos. Realizados os procedimentos emergenciais, Éter Sulfúri- co, que se encontra em mora com o Hospi- tal, foi executado para quitação dos valores contratados. O devedor pretende ingressar com Embargos à Execução, e neste caso, é possível afirmar que: A) O contratante poderá evocar o instituto da lesão, e requerer a diminuição do valor, sob pena de resolução do contrato. B) Poderá alegar que contrato encontra-se eivado de ineficácia em razão da presença dos requisitos da onerosidade excessiva, exigindo- se, a declaração judicial de resolução de pleno direito. C) Não há defesa adequada para o caso em questão, pois deve ser aplicada a máxima do pacta sunt servanda, ou seja, os contratos de- vem ser cumpridos. D) Poderá alegar que assinou o contrato em estado de perigo e que, portanto, há vício de vontade, o que implica em invalidade. 4) (0,75) Sobre contrato e Alienação Fidu- ciária em Garantia e Arrendamento Mer- cantil (Leasing) é correto afirmar que: “Ao se retirar da sala de aula, favor não permanecer nos corredores.” BOA PROVA !! A Turma: N2 Data: 16/04/19 Página: 2/3 Nota: Visto: Universidade Salgado de Oliveira - Campus Goiânia Disciplina: Tópicos Especiais de Direito de Empresa - V1 Professor: Carlos Rubens Ferreira Código: 1951 Aluno(a):__________________________________________ A) No contrato de Leasing, ocorrendo a mora do devedor, vencem todas as parcelas, admi- tindo-se, após a notificação premonitória do devedor, a proposição de Ação de Busca e A- preensão. B) No contrato de Alienação Fiduciária em Ga- rantia, se o devedor fiduciante cair em mora, vencem todas as parcelas em aberto e, após a sua interpelação, o Banco está autorizado a ingressar com Ação de Reintegração de Posse do bem. C) No contrato de Arrendamento Mercantil, executada a liminar de busca e apreensão, o devedor tem o prazo de 5 (cinco) dias para purgar a mora, sob pena de o Banco tornar-se proprietário do bem. D) Uma das vantagens do Leasing sobre a Ali- enação Fiduciária em Garantia é que são con- sideradas como custo ou despesa operacional da pessoa jurídica arrendatária as contrapres- tações pagas ou creditadas por força do con- trato de arrendamento mercantil. 5) (0,75) "Segundo a noção corrente, que o nosso direito adotou, a lesão qualificada ocorre quando o agente, premido pela ne- cessidade, induzido pela inexperiência ou conduzido pela leviandade, realiza um ne- gócio jurídico que proporciona à outra par- te um lucro patrimonial desarrazoado ou exorbitante da normalidade.” (C. M. da S. Pereira.) Sendo assim, é INCORRETO afir- mar, que: A) É negócio jurídico anulável. Admite ratifica- ção ou confirmação; B) Trata-se de negócio jurídico nulo que pode ser conhecido de ofício pelo juiz; C) Exige alegação da parte e subordina-se a prazo decadencial, que é de 4 anos; D) Anulado o negócio jurídico, restituem-se as partes ao estado anterior; não sendo isso pos- sível, o prejudicado é indenizado pelo equiva- lente. 6) (0,75) Formais ou solenes são os contra- tos que, para a sua validade, exigem deter- minada forma preestabelecida em Lei, normalmente, a escrita, podendo ser por instrumento público (em cartório) ou por instrumento particular. Para alguns auto- res, os contratos formais diferenciam-se dos solenes na exigência de escritura pú- blica (solenidade). Não se enquadra no conceito acima: A) Compra e venda mercantil B) Trespasse C) Compra e venda de ações nominativas D) Alienação fiduciária em garantia 7) (0,75) Sobre contrato de compra e venda mercantil e de consumo leia as assertivas abaixo e marque a correta: A) a aquisição de energia elétrica por uma em- presa é contrato de consumo, pois a aquisição se dá como consumidora final; B) os contratos de compra e venda entabula- dos entre empresas serão sempre contratos de natureza mercantil, pois a natureza do contra- to é determinada pela qualidade dos sujeitos da relação jurídica; C) negócio jurídico entabulado por empresa para aquisição de souvenires, tais como cane- tas, bonés, camisetas etc., com o objetivo de presentear seus clientes, configura contrato de consumo, em razão da sua não incorporação ao processo produtivo; D) dentre os contratos entabulados entre em- presas, somente a aquisição de serviços tem natureza de contratos de consumo. 8) (0,75) QUESTÃO MODELO ENADE “O princípio da equivalência material é mani- festação da busca da efetiva igualdade entre as partes na relação contratual. Quando a igual- dade jurídico-formal característica da concep- ção liberal mostrou-se insuficiente para garan- “Ao se retirar da sala de aula, favor não permanecer nos corredores.” BOA PROVA !! A Turma: N2 Data: 16/04/19 Página: 3/3 Nota: Visto: Universidade Salgado de Oliveira- Campus Goiânia Disciplina: Tópicos Especiais de Direito de Empresa - V1 Professor: Carlos Rubens Ferreira Código: 1951 Aluno(a):__________________________________________ tir o equilíbrio das prestações nos contratos, esse princípio passou a ter grande importância na teoria geral dos contratos. A equivalência material busca harmonizar os interesses das partes envolvidas, e realizar o equilíbrio real das prestações em todo o processo obrigacio- nal (LOBO, 2002, p. 192). Esse princípio relativiza o princípio clássico do pacta sunt servanda, que determina que, esta- belecidas as condições do acordo, essas possu- em força obrigatória e devem ser cumpridas a qualquer custo, independentemente da reali- dade fática. Isso porque com o reconhecimento de que a simples igualdade formal não basta para se alcançar a justiça contratual, foi preci- so levar em consideração as condições reais para a execução do contrato realizado. Assim, o contrato continua obrigatório, mas à medida que se mantenha dos limites de equilíbrio en- tre as prestações.” Disponível em: < http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/ texto.asp?id=1361 >. A partir da leitura do texto acima, marque a assertiva correta: A) A equivalência material encontra-se em desacordo com os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. B) O instituto da onerosidade excessiva e teo- ria da imprevisão estão mais próximos da e- quivalência formal constitucional, ignorando a equivalência material. C) Os institutos da Lesão e Estado de Perigo tem relação direta com o princípio da equiva- lência material. D) A pacta sunt servanda é princípio absoluto no sistema geral dos contratos. QUESTÕES DISSERTATIVAS 9) (2,0) Da acordo com a teoria geral dos con- tratos, o princípio da solidariedade (função social) se relaciona com a proteção da parte mais fraca na relação contratual. Seja nos ca- sos da ocorrência de Lesão, Estado de Perigo, condição de vulnerabilidade da empresa ou no caso da aplicação da teoria do adimplemento substancial. Desenvolva um texto sobre essa temática. 10) (2,0) Conta o douto Luís Roberto Barroso que “O Prefeito da cidade Morsang-sur-Orge interditou a atividade conhecida como lancer de nain (arremesso de anão), atração existente em algumas casas noturnas da região metro- politana de Paris. Consistia ele em transformar um anão em um projétil, sendo arremessado de um lado para outro de uma discoteca. A casa noturna, tendo como litisconsorte o pró- prio deficiente físico, recorreu da decisão para o tribunal administrativo que anulou o ato do Prefeito, por ‘excès de pouvoir’ (excesso de poder). O Conselho de Estado, todavia, na sua qualidade de mais alta instância administrati- va francesa, reformou a decisão...”. (In: Inter- pretação e aplicação da constituição. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2004, p. 336). No julgado ficou caracterizada a proteção a qual (ou quais) princípio(s)? Justifique sua escolha!
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