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Tropicos 07

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05/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/5
 
Filo Mollusca
 
 Os moluscos são protostomados e triblásticos, os primeiros a apresentarem a forma corporal de um celomado,
constituída por uma cavidade preenchida por um fluido. O celoma é uma cavidade é cercada, tanto na periferia quanto na
face interna, por tecido mesodérmico. Torna-se um compartimento que protege os órgãos e exerce diferentes papéis: é um
valioso esqueleto hidrostático que dá estabilidade aos órgãos, bem como um espaço para o crescimento destes, e possibilita
a formação de um sistema circulatório. O tecido muscular que compõe a cavidade e reveste o trato digestório também
permite que o alimento seja empurrado de maneira mais eficiente e melhora a capacidade de locomoção.
Os indivíduos do filo Mollusca são conhecidos por apresentarem o corpo mole (do latim molluscus, “mole”), Dentre os
representantes mais populares estão caracóis, lesmas, polvos, lulas, ostras, mexilhões, além de náutilos, escafópodes e
quítons, estes últimos conhecidos como chapéu-chinês. Algumas espécies são bastante simples, e outras apresentam
conchas elaboradas. Uma das características mais marcantes neste grupo é justamente a presença de uma ou duas
conchas compostas principalmente por carbonato de cálcio. 
O revestimento externo é composto por um epitélio simples muito suscetível à perda de água. Glândulas do epitélio ciliado,
são responsáveis por secreção de muco o que mantém níveis de umidade constantes.
O corpo dos moluscos é constituído de duas porções, massa visceral e porção cefalopediosa. A primeira compreende os
órgãos dos sistemas digestivo, circulatório, respiratório e reprodutivo, enquanto a segunda contém os órgãos da alimentação,
os cefálicos, os sensoriais e os da locomoção.
 
Figura 1- Principais estruturas de um molusco simples. 
Fonte: Objetivo
 
 Todos os moluscos apresentam um tecido característico, o manto, formado por duas pregas projetadas a partir da
parede dorsal do corpo. Esse tecido reveste o espaço entre a parede do corpo e compõe a cavidade do manto que abriga as
brânquias ou um pulmão, no caso dos moluscos terrestres. Para aqueles que apresentam concha protetora, a formação
desta também é realizada pelo manto. Na cavidade do manto são lançados produtos da excreção, da digestão e da
reprodução. O celoma fica restrito à região cardíaca, às gônadas e a parte dos rins.
 A cabeça é bem-desenvolvida e apresenta boca, geralmente terminal, e órgãos sensoriais, como receptores da
intensidade de luz. Em lulas e polvos, os olhos são evidentes e permitem a estes uma excelente visão, que os ajuda na
predação. Neste mesmo grupo, é comum a presença de tentáculos e braços orais na cabeça, utilizados principalmente na
apreensão do alimento. Nos moluscos em geral, os pés são adaptados para a locomoção ou a fixação. Em alguns
indivíduos, apresentam forma de sola, com boa capacidade de contração muscular ou contração seguida de rastejamento. 
Uma importante estrutura exclusiva dos moluscos é a rádula, um órgão linguiforme raspador que está presente em
praticamente todos os grupos, menos nos bivalves. A rádula pode ser projetada adiante, para perfurar e raspar o alimento,
sustentada por músculos e cartilagens. Na parte mais externa estão localizadas fileiras de dentículos que funcionam como
uma esteira, movimentando-se na direção oposta à da abertura oral e empurrando o alimento para o trato digestório.
 
Formação de Concha
 
 As conchas são estruturas importantes que garantem sustentação e proteção aos moluscos. Compostas principalmente
de carbonato de cálcio, são formadas por três camadas: perióstraco, camada prismática e camada nacarada ou nácar.
05/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/5
Figura 3 ? Constituição de uma concha de um gastrópode, assim como das camadas teciduais que a formam.
Fonte: Objetivo
 
 
 O perióstraco é a camada mais externa da concha e traz proteção contra acidez de materiais, mas, de uma forma geral,
em todos os organismos ajuda a proteger as camadas inferiores. O crescimento das conchas ocorre apenas nas margens
destas. A camada prismática é a camada mediana, composta, principalmente, por carbonato de cálcio, fortemente
compactada e depositada sobre uma matriz proteica. A camada nacarada é a mais interna, que fica em contato direto com o
manto, secretada continuamente pela superfície deste.
 Alguns moluscos apresentam uma única concha, também chamada de valva, a qual pode ser espiralada e enrolada em
torno do centro ou achatada, recobrindo a porção cefalopediosa. No caso de uma concha solitária, o indivíduo é chamado de
univalve. Já os bivalves apresentam duas conchas, conectadas na região do umbo por um par de ligamentos elásticos, ao
centro dos quais está a charneira, um conjunto de dentes centrais ou laterais que se encaixam na valva oposta. 
 Nas conchas de muitos bivalves como as ostras diante de um parasita ou outro corpo estranho no animal este material
provoca irritabilidade e estimula processos de enquistação, onde o indivíduo passa a secretar sucessivas camadas
nacaradas ao redor do mesmo, objetivando isolar o corpo estranho e após muitas camadas este processo leva a formação
de pérolas. As perolas são conhecidas pelos humanos como valiosos bens que compõem joias e enfeites, as cores e formas
são variadas de acordo com os padrões de deposição das camadas de cada espécie. 
 
 
Trocas Gasosas e Circulação
 
As trocas gasosas podem ocorrer por meio da superfície corporal, principalmente, pelo manto. Porém, na cavidade deste,
muitas espécies apresentam órgãos respiratórios especializados e muito eficientes, como brânquias e pulmões.
Um coração propulsor direciona o sangue para vasos que o liberam em seios sanguíneos. Nestes locais, os órgãos
permanecem banhados pelo sangue, e, assim, ocorre um aumento do contato. Uma vez que não existem capilares, os
mecanismos finais dependem de processos celulares como difusão e osmose. Nos demais, o sistema é fechado, composto
por coração, artérias, veias e capilares, não ocorrendo contato direto entre o fluxo sanguíneo rico e o pobre em oxigênio.
 
 
Digestão e Excreção
 
 O trato digestório dos moluscos é completo, iniciando em uma boca terminal e finalizando no ânus. Forrado
internamente por epitélio ciliado, apresenta boa capacidade de digestão extracelular e absorção, podendo ser altamente
especializado diante de seu padrão alimentar. Os bivalves não apresentam rádula, por serem filtradores, captando partículas;
estas seguem para um ceco digestivo localizado entre o estômago e o intestino, onde se localiza um estilete cristalino que
facilita a digestão e libera grande quantidade de enzimas digestivas.
 O processo de excreção é mediado por um par de metanefrídios, os quais funcionam como rins, captando as excretas
por uma abertura que se expõe ao celoma chamada de nefróstoma, e então o produto é eliminado para o ambiente por meio
dos nefridióporos, poros que se abrem na superfície corporal. 
 
 
Sistema Nervoso
 
05/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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O sistema nervoso é formado por um ou mais pares de gânglios que compõem o sistema nervoso central. Este se liga a um
par de cordões nervosos. Os órgãos sensoriais são altamente especializados. Mecanorreceptores e quimiorreceptores estão
dispostos ao longo dos tentáculos. Lulas e polvos apresentam olhos eficientes. Estatocistos, encontrados em todos os
moluscos, são células que dão ao animal a percepção da posição corporal e do equilíbrio.
 
 
Reprodução
 
 A maioria dos moluscos é dioica, com poucas espécies hermafroditas. As gônadas podem ser únicas ou pareadas,
ocorrendo até dois pares. A fecundação pode ser externa,interna ou interna e cruzada, com muitas espécies ovíparas.
 O desenvolvimento é direto nos moluscos terrestres e em lulas, polvos e náutilos, originando juvenis muito semelhantes
fisicamente aos adultos. Entretanto, a maioria tem desenvolvimento indireto, com larvas trocóforas livre-natantes, as quais
sofrem uma metamorfose, transformando-se em juvenis, que continuam a se alimentar e crescer até a fase adulta. Em
muitos moluscos, existe ainda uma outra fase larval após a trocófora, a véliger, que caracteriza indivíduos de vida livre que
aumentam consideravelmente a taxa de dispersão dos moluscos.
 
 
Diversidade
 
Classe Polyplacophora
 Os poliplacóforos são popularmente conhecidos como quítons, animais diversos com cerca de mil espécies descritas.
Seus corpos são achatados dorsoventralmente e recobertos na região dorsal por uma série de placas calcárias. São oito
placas articuláveis ao redor das quais o manto origina uma borda chamada de cinta. Na porção cefalopediosa, a cabeça é
bastante reduzida, com poucos órgãos sensoriais. 
 
 
Classe Monoplacophora
 Este grupo é pequeno, com aproximadamente 25 espécies. São animais pequenos, com a superfície dorsal protegida
por uma concha achatada, arredondada e bastante baixa. O pé tem forma de sola, para o hábito do rastejamento.
 
Classe Scaphopoda
 Os escafópodes são popularmente conhecidos como dentes-de-leão ou dentes-de-elefante. São indivíduos marinhos e
bentônicos espalhados por diferentes profundidades. O corpo é fino e coberto por manto e concha, sendo uma concha
vazada aberta nas extremidades. A maioria das espécies mede entre 2 cm e 5 cm de comprimento. 
 O pé fica geralmente enterrado e pode ser recolhido ao interior da concha e é utilizado para escavar. Já na outra
extremidade, a qual é mais afilada, a abertura fica exposta à água, da qual o oxigênio é obtido. 
 
 
Clase Gastropoda
 Dentre seus representantes estão caracóis, lesmas, búzios, lebres-do-mar e borboletas-do-mar, os quais estão distribuídos
nos ambientes marinho, de água doce e terrestres.
 Algumas espécies, como as lesmas, não apresentam conchas. Já nos caracóis e em todos os gastrópodes que
apresentarem concha, esta será sempre univalve, podendo ser simples ou enrolada em torno do eixo, o qual chamamos de
columela central. Sobre esta se encontram as voltas menores e mais velhas, enquanto as mais periféricas são maiores e
mais jovens. As lesmas são popularmente associadas a preguiça e lerdeza; na verdade, a maioria dos gastrópodes é de
animais vagarosos, em decorrência de conchas pesadas que restringem a locomoção.
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Durante o crescimento dos gastrópodes, ocorre o processo de torção, um fenômeno que move a cavidade do manto da
região posterior para a anterior no estágio de véliger. Inicialmente o ânus está posicionado na região posterior e, após a
torção, este migra para a região anterior com uma volta de 180°.
 
 
Classe Bivalvia
 Os bivalves são assim chamados por apresentarem duas valvas ou conchas, as quais têm formas extremamente
variadas, mas se encaixam perfeitamente umas nas outras. Entre os seus representantes estão as ostras e os mexilhões.
 A maioria dos indivíduos é sedentária, possuindo capacidade reduzida de se mover. São comedores de materiais
filtrados captados por correntes ciliares produzidas pelas brânquias. São principalmente marinhos, com alguns
representantes vivendo em águas salobras e lagos. 
Não apresentam cabeça definida nem rádula, como filtradores, estão adaptados a viver sem essa estrutura. O pé é
extensível, são lateralmente comprimidos, e suas duas valvas são unidas dorsalmente por um ligamento. Para abrir e fechar,
músculos adutores ficam relaxados e contraídos, respectivamente. 
 
Classe Cephalopoda
 Os cefalópodes (do grego kephale, “cabeça”; podos, “pé”) incluem polvos, lulas e náutilos, estes menos conhecidos.
Todas as espécies são predadoras ativas e vivem no ambiente marinho. A rádula é potente e envolta por uma estrutura
perfurante chamada de bico. A abertura oral leva a um trato digestório completo, com cecos digestivos, estruturas anexas
que permitem o aumento de superfície para digestão e absorção. Seu pé é concentrado na região cefálica, de onde deriva
seu nome.
 A cavidade do manto é modificada em um funil para expelir a água com força e empurrar o corpo na direção oposta.
Na margem anterior do manto são originados braços orais, estruturas utilizadas em apreensão de alimento, reprodução e
defesa. Em polvos e lulas, estão dispersas, ao longo de toda essa estrutura, ventosas que permitem aderência ao substrato
ou à própria presa.
 Lulas apresentam concha interna bastante esguia e reta que tem forma de pena e acompanha o comprimento do corpo.
Já em polvos, a concha é ausente. As conchas dos náutilos apresentam câmaras de gases internamente que permitem a
flutuabilidade do animal.
 Glândulas de tinta podem ser vistas em polvos e lulas e secretam pigmentos hidrossolúveis que são depositados via
reto no saco de tinta, uma bolsa que armazena a substância até a liberação, que ocorre, por exemplo, diante da presença de
um predador, para ajudar o molusco em sua fuga.
 
 
Figura 3 - Estrutura corporal básica de uma lula, um cafalópode representativo.
 
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