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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO CLIENTE EM TRATAMENTO DE LESÕES DA PELE – FERIDAS E CURATIVOS Profª Dnda. Cristiana Fialho B. Da Silva CONCEITOS FUNDAMENTAIS A pele é um dos maiores órgãos do corpo Humano, constituindo 15% do peso corporal. É integrante do sistema tegumentar (juntamente ao cabelo e pêlos, unhas, glândulas: sudoríparas e sebáceas); exercendo funções de: • Proteção das estruturas internas - impedindo a agressão dos órgãos e tecidos por agentes físicos e biológicos. • Regulação da temperatura somática - Mantendo a homeostase, onde a glândula sudoríparas regulam a temperatura e o equilíbrio hidroeletrolítico. Mantendo a impermeabilidade da pele impedindo a saída de água do organismo CONCEITOS FUNDAMENTAIS Contenções das terminações nervosas sensitivas/percepção – Através destas terminações é identificado as sensações do meio externo; como também é possível identificar os distúrbios das respostas inflamatória ou sistêmicos. A pele é praticamente idêntica em todos os grupos étnicos humanos. Os indivíduos com a pele escura, os melanócitos produzem mais melanina do que possuem pele clara, mas o seu número é semelhante. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Epiderme A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado (células escamosas em várias camadas). A célula principal é o queratinócito (ou ceratinócito), que produz a queratina. Que é uma proteína resistente e impermeável responsável pela proteção. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Epiderme Os melanócitos (produtores de melanina, um pigmento castanho que absorve os raios UV). A epiderme não possui vasos sanguíneos, porque se nela houvesse vasos ficaria mais suscetível a entrada dos microrganismo. Assim os nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão através dos vasos sanguíneos da derme. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Epiderme Camada basal – é o mais profundo, em contato com a derme, constituído por células cúbicas pouco diferenciadas que se dividem continuamente, dando origem a todas as outras camadas. É a camada de reserva da epiderme. Contém muito pouca queratina. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Epiderme Camada espinhosa – células cúbicas ou achatadas com mais queratina que as basais. Sendo a camada mais espessa da epiderme; podendo variar de cinco a dez camadas de ceratinócitos. Que são encontrada ceratinócitos de formato “retangular” nas proximidades da camada basal e mais “losangular” nas camadas mais superiores. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Epiderme Camada Gordurosa - É constituída por três a quatro fileiras de ceratinócitos, encontra-se grânulos arroxeados intracitoplasmáticos que são os precursores da queratina proeminentes e outros como substância extracelular e outras proteínas (colagénios). Estas estruturas promovem a impermeabilidade da epiderme, evitando assim a perda de água dos tecidos através da pele. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Epiderme Camada lúcida – são achatadas hialinas eosinófilas devido a grânolos muito numerosos proteicos. Estas células libertam enzimas que as digerem; por ter sua em maior parte já morta sem núcleo. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Epiderme Camada córnea – constituído de células achatadas eosinófilas sem núcleo ou seja já morta; mas com grande quantidade de filamentos, principalmente queratinas. As regiões onde a pele é mais espessa como a palma e a sola; e encontrado uma camada delgada e mais compacta de ceratinócitotos. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Epiderme Folículo piloso – é uma anexo da epiderme é constituído por um canal e uma estrutura maciça queratinizada, no qual o pelo é produzido por células especializadas em sua raiz e conduzido ao exterior. A extremidade mais inferior do folículo piloso tem uma grande quantidade de melanócitos, que produzem melanina que dá cor ao pelo. No terço superior, as células são escamosas, tendo a mesma distribuição da epiderme, com camadas cónea, granulosa, espinhosa e basal. E também neste folículos estão conectados dois outros anexos cutâneos que são a glândula sebácea e a glândula sudorípara do tipo apócrino. CONCEITOS FUNDAMENTAIS derme É uma membrana que mede 0,5 micrômetro de espessura, sendo constituída por uma rede de fibras imersa na substância amorfa que dá sustentação aos vasos sanguíneos, linfáticos e filetes nervosos; portanto é um tecido conjuntivo que sustenta a epiderme. Tem como seu principal constituinte as fibras de colágeno e fibras elásticas. CONCEITOS FUNDAMENTAIS derme É na derme que se localiza os vasos sanguíneos que nutem a epiderme, vasos linfáticos e também os nervos e os órgãos sensoriais a eles associados. Estes incluem vários tipos de sensores: o Corpúsculo de Veter-Pacini – sensores de adaptação rápida, detectam vibrações nas faixas de 30- 800Hz. CONCEITOS FUNDAMENTAIS derme o Corpusculo de Meissner – com função de detecção de pressões de frequência diferente. Detectam vibrações entre 3-8Hz. o Corpúsculo de Krause – sensíveis ao frio. o Órgão de Ruffini – sensíveis ao calor. o Célula de Merckel – sensíveis a tacto e pressão CONCEITOS FUNDAMENTAIS derme o Folículo piloso – com terminações nervosas associadas. o Terminação nervosa livre, com dendritos livres sensíveis à dor e temperatura. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Epiderme É encontrado ao redor dos vasos sanguíneos dérmicos, alguns elementos de defesa que são: • Tecido linfoide • Mastócitos • Macrófagos perivasculares • Células dendríticas perivasculares - cuja a função é parecida com a dos macrófagos CONCEITOS FUNDAMENTAIS A hipoderme, já faz parte da pele. Que é constituída por tecido adiposo que protege contra o frio. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Tipos de Pele Pele eudérmica/Normal – tem superfície lisa, flexível, lubrificante e umedecida. È aquela onde ocorre um equilíbrio entre o conteúdo hídrico e o conteúdo graxo. Pele Graxa/oleosa – emulsão tipo A/O. Aumento da secreção sebácea. Portanto é um tipo de pele que apresenta um alto brilho, acumulando muita sujidade do ambiente. Contendo pontos negros e poros dilatados. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Tipos de Pele Pele alípica/ Seca/ Desidratada – secreção sebácea e hídrica insuficiente. Caracterizando uma pele fina, opaca com tendência a se descamar, por ser muito frágil; e irrita com facilidade. Apresentam poros mais fechado, facilitando o aparecimento da linha de expressão mais cedo. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Tipos de Pele Pele Desidratada – caracterizada pela diminuição hídrica normal e secreção sebácea normal. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Tipos de Pele Pele Hidratada – aumento de teor hídrico. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Tipos de Pele Pele Mista – ocorrência de pele graxa na zona central do rosto e pele alípica nas bochechas. Caracterizado como zona T (testa, nariz e queixo). CONCEITOS FUNDAMENTAIS Tipos de Pele CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção Fenômeno de invasão do organismo por germes, como vírus, bactérias, fungos etc. Podem ser específicas e inespecíficas. o As específicas são causadas por agentes precisos que determinam doenças bem específicas, tais como tuberculose, hanseníase etc. o As inespecíficas são produzidas por vários agentes microbianos chamados piogênicos, podendo ser por agentes exógenos ao cliente. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Duas populações da pele Residente Transitória. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele A residente é composta pelos microrganismos que vivem e se multiplicam na pele. A flora dessa população é de difícil remoção por escovação, porém, podem ser inativas por antissépticos. As mais comuns são as gram-positivas, como as das espécies Staphylococcus, Micococcus, Corynebacterium, Propionibacterium, Brevibacterium e Enterococcus faecalis. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele . As endotoxinas são secretadasexclusivamente pelas bactérias Gram-negativas, geralmente estão ligadas à membrana externa da parede da célula, só sendo liberadas após destruição das mesmas. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele . Quando ocorre o rompimento da célula bacteriana e liberação da toxina, há uma resposta do sistema imune que pode causar febre, dores, choques e vasodilatação. Em grandes quantidades, a toxina pode levar à septicemia e à morte. http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/300455/septicemia+o+que+e+como+evolui.htm CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele A população transitória é passageira, sendo que os microrganismos que a compõem são viáveis por um curto período, predominando as gram- negativas. Sendo as mais comuns: Acinebacter, Pseudomonas aeruginosa, Haemophilus influenzae, Eschirichia coli, Helicobacter pylori, Vibrio cholerae, Treponema pallidum, Salmonella, Shigella. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele . Já as exotoxinas podem ser produzidas tanto por bactérias Gram positivas, quanto por bactérias Gram negativas. Ambas alteram o metabolismo normal das células ou dos tecidos do hospedeiro, danificando-os. Máculas Eritematosa CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Mácula Vascular CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Mácula Purpúrica CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Máculas Pigmentares CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Pápulas Epidérmicas CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Pápulas Dérmicas CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Pápulas Dermo-epidérmicas CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Nódulos CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Tubérculos CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Vegetações CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Verrucosidades CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Ceratose CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Vesículas CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Bolhas CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Pústulas CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Escamas CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Ulcerações CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Gangrena A forma mais comum da celulite que acomete principalmente as mulheres é chamado de lipodistrofia ginoide, que é o acumulo de gordura. Mas o que vamos tratar é de uma celulite infecciosa bacteriana; que nos recém-nascidos é mais acometido pela ação de Streptococcos Pyogenes, estafilococos (Streptococcos aureus) e hemófilos. Já os idosos podem ser mais afetados pelos pseudomonas. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Celulites Celulite Bacteriana Celulite Infecciosa Complicações da Celulite Infecciosa CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Celulites CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Celulites e Erisipela Este termo e utilizado para definir a inflamação de uma ou mais aponevrose. Aponevrose é uma membrana constituída por fibras conjuntivas densas que recobre o músculo. Que geralmente apresenta na sola do pé, denominada como fascite plantar; que provoca dor e dificuldade ao caminhar. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Fasceíte ou Fasciite Fatores de Risco para Fasceíte plantar: Problemas no arco do pé Obesidade ou ganho súbito de peso Corridas de longa distância especialmente em ladeiras ou em superfícies irregulares Aumento súbito de peso Tensão no tendão de aquiles Calçados com apoio insuficiente à curva do pé ou solas macias CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Fasceíte ou Fasciite CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Fasceíte ou Fasciite Fasceíte Necrosante (FN) É uma infecção bacteriana no tecido celular subcutâneo, que tem início em uma área mais profunda de uma fáscia superficial, que rapidamente estende-se à área profunda, atingindo a epiderme e músculo. A FN geralmente é confundida como miosite e mionecrose (gangrena). CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Fasceíte ou Fasciite Fasceíte Necrosante (FN) Os organismos causadores da FN são bactérias de um largo aspecto; que são as: anaeróbico mistos, aeróbios e anaeróbios facultativamente gram-positivas e bactérias gram-negativas. Podendo até 15 organismos diferentes ser cultivadas em áreas afetadas, com uma média de 5 patógenos em cada ferida. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Fasceíte ou Fasciite Fasceíte Necrosante (FN) Os fatores de risco associado a FN são pessoas com idade acima de 50 anos, o uso de drogas intravenosa e doenças crônicas como: diabetes, supressão imunológica, obesidade e doença vascular periférica. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Fasceíte ou Fasciite CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Fasceíte ou Fasciite Sinais Clínicos: oFebre alta oProstração oHipotensão oDor local oTaquicardia/pnéia Inflamação do tecido muscular que tem por muitas vezes serem causada por um ou mais micro-organismos provenientes da pele: Miosite infecciosa ocorre de origem fúngica, bacteriana, virusal ou em parasita. Podendo está sempre relacionada a trauma, tendo com fator predisponente: Diabetes mellitus; Hepatopatia alcoólica; Artrite reumatoide; Desnutrição; Problema Hematológicos; Imunossupressão. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Miosites Sinais Clínicos: oFebre oEritema oAumento do volume de um músculo ou grupo muscular oDor local oAbscesso CONCEITOS FUNDAMENTAIS Infecção do ponto de vista da microbiota da pele Miosites Infecção Hospitalar (IH) a infecção adquirida durante a hospitalização e que não estava presente ou em período de intubação por ocasião da admissão do paciente. Ou IrAS = Infecção Relacionada à Assistência À Saúde, conforme ANVISA). Centers for Disease Control and Prevention – http://www.cdc.gov Infecção comunitária quando o cliente é admitido no hospital com uma infecção adquirida fora do ambiente hospitalar. Hospitalar quando o cliente adquiri a infecção no ambiente hospitalar. São diagnosticadas, em geral, a partir de 48 horas após a internação. Fatores predisponentes Os fatores que facilitam a infecção hospitalar são os inerentes às condições do próprio cliente, à agressão diagnóstica e terapêutica e ao ambiente hospitalar. Riscos ocupacionais e biossegurança em saúde Requer o cumprimento de Normas Regulamentares (NR), para prevenir acidentes de trabalho e exige dos profissionais de saúde mudanças necessárias ao exercício das suas ações no ambiente hospitalar. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar: Em 1997, por meio da Lei 9.431, o Ministério da Saúde instituiu a obrigatoriedade de os hospitais brasileiros manterem um Programa de Controle de Infecções (CCIH). Suas principais competências são: I. Implementar programas de controle da infecção hospitalar; II. Implementar normase protocolos de rotinas técnico- operacionais para a prevenção e controle da infecção hospitalar; III. Reduzir o risco de aquisição de infecções hospitalares por parte dos usuários de unidades de saúde ; IV. Realizar a busca ativa de infecções hospitalares. II.DIRETRIZES DE ENFERMAGEM: Degermação das mãos e calçamento de luvas: II.DIRETRIZES DE ENFERMAGEM: Degermação das mãos e calçamento de luvas: III.CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: Quanto à espessura: Ferida superficial: é aquela que atinge apenas a epiderme e a derme da pele. É eminentemente superficial: é aquela que destrói a epiderme, a derme e o tecido subcutâneo; III.CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: Quanto à espessura: Profunda total: é aquela atinge o tecido muscular e as estruturas adjacentes, tais como os tendões, as cartilagens, os ossos etc. Quanto à etiologia: 1. Acidental ou traumática: quando ocorre de maneira imprevista; 2. Intencional ou cirúrgica: com fins terapêuticos; 3. Patológicas: são secundárias a uma determinada doença de base; 4. Iatrogênicas; 5. Por fatores causais externos (úlceras por pressão). Quanto à evolução: 1) Agudas: geralmente por feridas traumáticas, ocorrendo rupturas vasculares e desencadeamento imediato do processo de hemostasia; 2) Crônicas: longa duração ou recorrente. Quanto à presença de infecção: Limpas ou assépticas: feridas não infectadas, não ocorrendo por falhas técnicas; Quanto à presença de infecção: Limpas contaminadas: ocorrem em tecidos de baixa colonização, sem contaminação significativa prévia, ou durante o ato cirúrgico; Quanto à presença de infecção: Contaminadas: feridas acidentais, recentes e abertas, colonizadas por flora bacteriana considerável; Quanto à presença de infecção: Infectadas ou sépticas: potencialmente colonizadas ou quando há contaminação grosseira por detritos ou pro microrganismos, muitas das vezes decorrente do estado imunológico debilitado do paciente. Quanto ao comprometimento tecidual: Classificam-se em estágios I, II, III e IV, de acordo com as condições gerais da lesão. a) Estágio I: pele íntegra, porém, com sinais flogísticos de hiperemia, descoloração ou endurecimento; b) Estágio II: perda parcial de tecido, envolvendo a epiderme ou mesmo a derme; Quanto ao comprometimento tecidual: c) Estágio III: perda total do tecido cutâneo, necrose que vai do tecido cutâneo até a fáscia muscular e; d) Estágio IV: grande destruição tecidual, com necrose atingindo músculos, tendões e ossos. TIPOS DE FERIDAS: Laceradas: são feridas que apresentam bordas irregulares, como as produzidas por caco de vidro ou arame farpado. Podendo ser também provocados por objetos rombudos (instrumentos não muito afiado pau, pedra, soco etc), através de trauma fechado sob superfícies ósseas, com o esmagamento dos tecidos, produzindo ferida com bordas traumatizadas e contusão nos tecidos arredores. TIPOS DE FERIDAS: Químicas: causadas por substâncias ácidas ou bases e alguns sais e gases. Térmicas. TIPOS DE FERIDAS: Por eletricidade. Por radiação: longas exposições a raios solares, raios x. TIPOS DE FERIDAS: Perfurantes: por arma de fogo (bala) ou arma branca (faca), fazendo pequena abertura na pele. São lesões causadas por perfurações da pele e dos tecidos subjacentes por um objeto geralmente fino e pontiagudo, resultando em lesões cutânea puntiforme ou linear, de bordas regulares ou não. Essa feridas também pode ser apresentar como: TIPOS DE FERIDAS: Perfurantes: o Transfixantes – quando o objeto vulnerante é capaz de penetrar e atravessar os tecidos ou determinado órgão em toda a sua espessura saindo na outra superfície. TIPOS DE FERIDAS: Mecânicas: feridas traumáticas, causadas por traumatismos externos, cortante ou perfurante. As feridas transfixantes possuem: o Orifício de entrada: ferida circular ou oval, geralmente pequena, com bordas triturada e com orla de detritos deixada pelo projétil. o Orifício de saída: ferida geralmente maior, com bordas irregulares, voltadas para fora. TIPOS DE FERIDAS: Úlcera arterial: ferida crônica de lesões das artérias, por doença vascular periférica (DVP) caracterizado por tecido desvitalizado amarelo ou enegrecido, além de esfacelamento e escarificação com áreas de necrose tecidual. TIPOS DE FERIDAS: Feridas Vasculogênicas: pé diabético. TIPOS DE FERIDAS: Incisivas São provocados por objetos cortantes, afiados, capazes de penetrar na pele (bisturi, faca, estilete etc), produz uma ferida linear com bordas regulares e causam sangramentos de variados graus, devido ao seccionamento dos vasos sanguíneos e danos a tendões, músculos e nervos. Úlcera por pressão. Úlcera venosa: ferida crônica dos MMII em portadores de insuficiência venosa crônica (IVC), decorrente de insuficiência de retorno venoso dos MMII e da associação do refluxo de sangue para as veias superficiais. Úlceras vasculogênicas: crônicas de origem vascular como no caso das úlceras venosas e arteriais. Escalpelamento do couro cabeludo: Psoríase Vulgar: doença autoimune, sendo uma dermatose crônica, inflamatória, não contagiosa, multigênica, caracterizada por placas e pápulas descamativas bem delimitadas de tamanhos variados. Esclerodermia: é uma doença do tecido conjuntivo que afeta a pele e, algumas vezes órgãos internos como o tecido pulmonar. É uma doença auto-imune devido ao fato da ativação do sistema imunológico para agredir os tecidos do próprio organismo. CURATIVOS: Curativo é a proteção da lesão ou ferida contra a ação de agentes externos físicos, mecânicos ou biológicos. É um meio que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida, quando necessário, com a finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir a contaminação e a infecção do organismo. Critérios para o curativo ideal: 1- Manter a umidade entre a ferida e o curativo; 2- Remover o excesso de secreção; 3- Permitir a troca gasosa; 4- Fornecer o isolamento térmico; 5- Ser impermeável aos microrganismos; 6- Ser isento de partículas e; 7- Permitir a retirada do curativo sem causar trauma no tecido. Requisitos de um curativo: 1) Boa tolerância térmica; 2) Boa absorção para garantir a drenagem das secreções; 3) Proteção contra infecções; 4) Não adesão à ferida; 5) Permeabilidade ao raio x e; 6) Uso justificado tanto dom ponto de vista ecológico quanto econômico. Objetivos básicos de um curativo: 1) Tratar e prevenir infecções; 2) Eliminar os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização e; 3) Diminuir a incidência de infecções cruzadas. Finalidades de um curativo: 1) Remover corpos estranhos; 2) Reaproximar bordas separadas; 3- proteger a ferida; 3) Promover a hemostasia; 4) Preencher espaços mortos e evitar a formação de sero-hematomas; 5) Favorecer a aplicação de medicação tópica; 6) Fazer desbridamento mecânico e remover tecido necrótico; 7) Reduzir o edema; 9) Absorver e facilitar a drenagem de exsudatos; 10) Manter a umidade da superfície da ferida; 11) Fornecer isolamento térmico; 12- promover e proteger a cicatrização da ferida; 12) Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida; 13) Dar conforto ao cliente e; 14) Diminuir a intensidade da dor. Medidas de assepsia e antissepsia: A. Fazer degermação das mãos antes de manipular o material esterilizado; B. Diminuir ao mínimo de tempo possível a exposição da ferida e dos materiais esterilizados; C. Não falar durante a execução do curativo; D. Em caso de infecção das VAS, evitar fazer curativos ou adotar máscara. COBERTURAS: Ácidos graxos essenciais (AGE): ácido linoléico, ácido caprílico, ácido cáprico, vitaminas A e E e lecitina de soja. Indicados nas feridas de úlceras por pressão isquêmica e diabéticas, nas deiscências cirúrgicas e lesões de pele com ou sem presença de infecção. A lesão deve ser limpa e desbridada antes da colocação do AGE. COBERTURAS: Alginato de cálcio: polissacarídeonatural de ácido algínico, extraído das algas marinhas marrons. Industrializado estéril. Indicado para feridas abertas sangrentas, exsudativas, infectadas ou não, nas lesões cavitárias, quando se desejar uma ação de granulação rápida. COBERTURAS: Bota de unna: gaze elástica que contém óxido de zinco, glicerina, gelatina em pó e água. Indicada em úlceras venosas e edema linfático. É contra-indicada em úlceras arteriais e artério-venosa. Kollagenases: pomadas enzimáticas indicadas para a realização do desbridamento da ferida e em tecidos desvitalizados. COBERTURAS: Hidrocolóide: curativos industrializados indicados para as feridas abertas não infectadas. Compõe-se de espuma de poliuretano, gelatina, pectina e carboximetilcelulose sódica. COBERTURAS: Carvão ativado: curativo estéril composto de carvão e prata. Indicado para lesões infectadas com odor fétido. Filme transparente semipermeável – membrana semipermeável: material estéril de filme de poliuretano transparente, elástico, semipermeável e aderente à superfície seca. Indicado para cateteres vasculares, cobertura de incisões cirúrgicas limpas, prevenção de úlceras por pressão, cobertura de queimaduras de 2º e 3º graus e para áreas de enxerto. É contraindicado para lesões que apresentem fragilidade cutânea periférica e feridas exsudativas. COBERTURAS: Hidrogel: curativo hidroativo, industrializado sob forma de placa de gel transparente, incolor, composto por 77,7% de água, 20% de propilenoglicol e 2,3% de carboximetilcelulose. Indicado para a remoção de crostas e tecidos desvitalizados e necrosados de feridas abertas por meio de desbridamento autolítico. Tem que ser trocado de 24 a 72 horas. É contra-indicado para a pele íntegra e incisões cirúrgicas fechadas. COBERTURAS: Hidropolímero: curativo adesivo de poliuretano revestido com espuma de hidropolímero de alta densidade, composto de silicone e gel, mais glicerina e água destilada. Pode ser acrescido de alginato de cálcio. Indicado para feridas limpas em fase de granulação com pouca quantidade de exsudato. COBERTURAS: Papaína: enzima proteolítica do látex dom mamoeiro. Indicada para desbridamento químico devido à sua ação bactericida, bacteriostática e anti-inflamatória. Proporciona alinhamento das fibras de colágeno. A papaína a 2% é eficaz na limpeza de feridas. COBERTURAS: Suafadiazina de prata 1% hidrofílica: indicada na prevenção de colonização e tratamento de queimaduras. Os sais de prata desenvolvem ação bactericida e bacteriostática. É contra-indicada para pessoas alérgicas à prata. COBERTURAS: COBERTURAS: Indicações são de feridas e infecções não fazem da modalidade o tratamento, mas antes um importante auxiliar que melhora os resultados em complementaridade com tradicional desbridamento cirúrgico e antibioticoterapia. Ao reverter a hipóxia tecidular, a oxigenioterapia hiperbárica estimula a ação bactericida dos leucócitos, aumenta a replicação do fibroblastos e formação de colagéneo e promove e otimiza a neovascularização. Efeitos principais: Vasoconstrição Hiperoxigenação Neovascularização Proliferação fibroblástica Atividade antimicrobiana Aumento da mineralização Melhoria da função osteoblástica Aumento da formação da matriz óssea OXIGENIOTERAPIA HIPERBÁRICA COBERTURAS: OXIGENIOTERAPIA HIPERBÁRICA COBERTURAS: OXIGENIOTERAPIA HIPERBÁRICA Alimentação • Quando o paciente for encaminhado para realizar a sessão de OHBT, no horário entre 6:00 e 8:00 horas da manhã, o desjejum deverá ser servido 1 hora antes do procedimento, para evitar jejum prolongado. • Nas refeições como almoço e jantar, o paciente deverá se alimentar 2 horas antes da sessão de OHB. Cuidados com o acesso venoso • Heparinização de cateteres centrais (conforme protocolo das instituições). • Permeabilização de cateteres periféricos: o paciente poderá ser encaminhado com infusão de drogas – será utilizado equipo próprio na OHB. • Desligar bomba de PCA Chupetas • O seu uso é permitido para crianças em tratamento de OHB. COBERTURAS: OXIGENIOTERAPIA HIPERBÁRICA Encaminhar pacientes com Cilíndro de O2 • Quando em uso de cateter nasal, máscara de Venturi e nebulização contínua. • Pacientes procedentes da UTI que estão entubados dependem de autorização prévia do serviço de Câmara Hiperbárica, serão transportados sob ventilação mecânica e conectados em respiradores específicos existentes na OHB. Desprezar e anotar volumes de • SVD/ Ostomias • Paciente com SNG deverão permanecer com a sonda aberta na sessão de OHBT, para evitar distensão abdominal. COBERTURAS: OXIGENIOTERAPIA HIPERBÁRICA Proibir produtos que possam entrar em combustão na OHB • Os Pacientes não devem ser encaminhados com roupas de fibra sintética. (indica-se usar fibra de algodão) • Não utilizar pomadas e cremes oleosos e/ ou vaselina • Orientar e supervisionar a retirada de maquiagem , esmalte, peruca. • Não encaminhar crianças com brinquedos e/ ou bichos de pelúcia. COBERTURAS: OXIGENIOTERAPIA HIPERBÁRICA Não encaminhar pacientes para OHB utilizando • Lentes de contato (podem deslocar e causar úlcera de córnea). • Orientar a retirada de aparelho auditivo, protetor auditivo e algodão no pavilhão auricular. • Não utilizar solução de PVPI ( o iodo em contato com O2 potencializa a ação residual, ocasionando lesão do tecido). • Balas e chicletes, são proibidos durante a sessão de OHBT, pois em caso de intercorrência, poderá ocorrer broncoaspiração. • Não utilizar curativos aderentes e transparentes – estes curativos são indicados para longa permanência; devido á alta pressão da OHBT, ocorre o deslocamento precoce, devido á formação de bolhas, permanecendo aderido no máximo por 1 dia. COBERTURAS: OXIGENIOTERAPIA HIPERBÁRICA A Enfermagem deverá avisar ao médico hiperbárico alterações e intercorrências como: • Distúrbios metabólicos: as alterações facilitam a ocorrência de convulsões pelo oxigênio: uréia elevada, hiperglicemia/ hipoglicemia ( não administrar insulina 2 horas antes da sessão), hipertermia, entre outros. • Congestão nasal: pode ser indicado descongestionamento nasal. • Náuseas, vômito e dor: medicar conforme prescrição, antes de ser encaminhado a OHBT. COBERTURAS: OXIGENIOTERAPIA HIPERBÁRICA • Ansiedade e claustrofobia. • Paciente em tratamento de quimioterápico, principalmente com o uso de Doxorrubicina , que potencializa sua ação na sessão de OHB. • Pneumotórax • Gravidez: contra indicação relativa . COBERTURAS: OXIGENIOTERAPIA HIPERBÁRICA Soluções e curativos que poderão ser utilizados em pacientes durante a sessão de OHB: • Carvão ativado • Sulfadiazina de Prata, Sulfadiazina + Cérium • Dersani • Iruxol / Fibrase • Hidrogel • Adptic ( a vaselina não entra em contato direto com o O2, pois está protegida por um curativo) • Usar clorexidina nas inserções de cateteres centrais ou feridas operatórias COBERTURAS: COBERTURAS: INDICAÇÕES DE UTILIZAÇÃO O V.A.C. (Vacuum Assisted Closure®) é um sistema de gestão integrada de ferida aguda e crônica para uso em conjunções estendidas e home care. É responsável em criar um ambiente que promova cicatrização de feridas por (primária tardia) intenção secundário ou terciário, preparando a ferida para a cicatrização, reduzindo o edema, a promovendo a formação de tecido de granulação e de perfusão, através da remoção de exsudado e material infeccioso. COBERTURAS: INDICAÇÕES DE UTILIZAÇÃO É em maior parte do casos aplicado em pacientes com infecção crónica, aguda, subaguda e com feridas traumáticas, queimaduras de espessura parcial, úlceras (como diabéticos ou pressão), retalhos e enxertos. Esta ferida avançada tecnologia de cura é acoplado com as unidades de terapia controlado por microprocessador, especializada curativos, e 24 horas por dia, 7 dias por semana técnica back-up. COBERTURAS: Não coloque curativos de espuma do V.A.C. terapia do sistema diretamente em contato comos vasos sanguíneos expostos, locais de anastomose, órgãos ou nervos. Sangramento: Com ou sem o uso de V.A.C. alguns pacientes estão em alto risco de complicações hemorrágicas. Os seguintes tipos de pacientes estão em maior risco de sangramento, o qual, se descontrolada, pode ser potencialmente fatal. CONTRA-INDICAÇÃO DE UTILIZAÇÃO COBERTURAS: Os pacientes que têm enfraquecido ou vasos sanguíneos frágil ou organismo ou cerca de a ferida como um resultado de, mas não se limitando a: • Sutura do vaso sanguíneo (anastomose ou enxerto nativo) / órgão • Infecção • Trauma • Radiação ■ Pacientes sem hemostasia adequada da ferida; ■ Pacientes que tenham sido administrados anticoagulantes ou inibidores da agregação plaquetária; ■ Os pacientes que não têm cobertura de tecido adequado sobre vascular. CONTRA-INDICAÇÃO DE UTILIZAÇÃO Conceito - Geral É uma cavidade abdominal, realizada através de uma intervenção cirúrgica, para a saída das fezes ou urina. O ostoma pode ser feito de urgência ou planejado. de forma temporária ou definitiva. Há vários tipos de ostomas: respiratórios (traqueostomia), gástricos (gastrostomia), intestinais (colostomia e ileostomia) e urinário (urostomia). O ostoma não pode ser controlado voluntariamente e, por esta razão, deve ser usado uma bolsa coletora. OSTOMIAS Conceito - Geral OSTOMIAS Ileostomia A ileostomia é um tipo de ostoma intestinal que comunica o intestino delgado (íleo) com o exterior. Elimina geralmente fezes líquidas e funciona várias vezes ao dia. Normalmente localiza-se no quadrante inferior direito do Abdome. Conceito - Geral OSTOMIAS Colostomia A Colostomia é também um ostoma intestinal que comunica o intestino grosso (cólon) com o exterior. Elimina geralmente fezes mais consistentes e funciona poucas vezes ao dia. Pode ser localizada em vários locais do abdome. Conceito - Geral OSTOMIAS Urostomia A Urostomia é um ostoma urinário que comunica o aparelho urinário com o exterior. Elimina urina em forma de gotas e continuamente. Conceito - Geral OSTOMIAS OSTOMIAS Existem vários tipos e marcas diferentes de bolsas que são colocadas sob o ostoma para recolher as fezes ou urina, apropriadas para diferentes tipos de ostomas e pele. Essas bolsas coletoras podem ser drenáveis ou não, opacas ou transparentes e em uma ou duas peças. Podem ser encontradas em hospitais e lojas especializadas em produtos hospitalares. O governo tem um programa de distribuição de bolsas coletoras. Procure informações na Associação de Ostomizados do seu estado. O que é uma bolsa? Não há nenhuma dieta especial para o ostomizado. Como acontece com qualquer outra pessoa, existem alimentos que são bem tolerados e outros que causam várias reações individuais, como aumento de gases, odor e aumento da eliminação de fezes. É importante construir uma dieta bem balanceada. rica em fibras (verduras. legumes e frutas) e pobre em gorduras e açúcares. Beber; pelo menos, 10 copos d ' água por dia. DIETA OSTOMIAS A sexualidade não se resume somente a aspectos físicos (ato sexual), mas também a aspectos psicológicos, A nova forma do corpo, o período de adaptação pós-operatório e a aceitação da companheira influem muito na função sexual. Apesar do aprimoramento das técnicas cirúrgicas e do avanço tecnológico, ocorre ainda durante o ato cirúrgico lesões na inervação. responsável pela função sexual. Podendo causar problemas de ereção ou ejaculação. SEXUALIDADE OSTOMIAS
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