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ESTUDO DA SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS E DETERMINAÇÃO DE Álcool na gasolina

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ESTUDO DA SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS E DETERMINAÇÃO DE 
ÁLCOOL NA GASOLINA 
 
 
 
Palavras Chave: solubilidade, polaridade, estrutura molecular, álcool, gasolina.
Resumo 
 A prática realizada permitiu o conhecimento acerca da solubilidade de compostos orgânicos, 
seguida das suas propriedades químicas, além do teor de álcool na gasolina. Através da mistura de 
solutos e solventes foi possível identificar as fases existentes em cada tubo ( homogênea e 
heterogênea) através de uma quantidade de gasolina, acrescida de solução de água( H2O) foi possível 
determinar a quantidade do álcool em gasolina (Parte II). Os resultados encontrados apontam as 
polaridades dos compostos, a geometria molecular e as forças intermoleculares. 
 
 
Introdução 
 
A solubilidade de compostos orgânicos é 
uma propriedade bastante relevante na química, 
pois é a capacidade de uma substância de se 
dissolver em outra. Para entender a capacidade de 
solubilização dos compostos, é necessário ter 
conhecimento da sua estrutura molecular, 
especialmente sobre o seu estado de polaridade, a 
qual é a principal característica do composto 
orgânico para a compreensão de sua solubilidade, 
além das forças intermoleculares que são forças 
responsáveis pela união das moléculas e que se 
estas forças serem fortes a probabilidade de 
dissolução das substancias aumenta. Através de 
diversos ensaios de solubilidade, é possível fazer 
a visualização da miscibilidade de alguns solutos, 
e com um baseamento teórico sobre solubilidade, 
será possível determinar a quantidade de álcool 
presente na gasolina. 
Segundo Claudia Rocha Martins (Instituto 
de Química – UFBA), 2013, “a solubilidade de 
uma substância orgânica está diretamente 
relacionada com a estrutura molecular, 
especialmente com a polaridade das ligações e da 
espécie química como um todo (momento de 
dipolo). Geralmente, os compostos apolares ou 
fracamente polares são solúveis em solventes 
apolares ou de baixa polaridade, enquanto que 
compostos de alta polaridade são solúveis em 
solventes também polares, o que está de acordo 
com a regra empírica de grande utilidade: “polar 
dissolve polar, apolar dissolve apolar” ou “o 
semelhante dissolve o semelhante”. A 
solubilidade depende, portanto, das forças de 
atração intermoleculares que foram 
documentadas pela primeira vez por Van der 
Waals.”. 
Esse artigo tem como maior objetivo, 
mostrar os resultados obtidos a partir de 
experimentos, onde poderemos visualizar todo o 
processo e entender a polaridade dos compostos, 
a influencia da polaridade das moléculas na 
solubilidade, assim como o uso da solubilidade 
para a determinação das quantidades exatas de 
soluto e solvente. 
 
Experimental 
 
Parte I – Ensaio sobre a solubilidade dos 
compostos 
 
 
 
 
 Solvente* 
 Soluto* 
 
 Agitar 
 
 
 
 Observar 
 
 Tubo de ensaio 
http://www.unifacs.br/
 
 
* Repetir o processo com diferentes solutos e 
solventes. 
 
Materiais utilizados: 
12 tubos de ensaio 
 
Reagentes: 
Água 
Etanol 
Hexano 
Óleo 
Cloreto de Sódio 
Gasolina 
 
Nessa primeira parte experimental, 12 
tubos de ensaio foram numerados, e foram 
adicionados nos tubos diferentes solventes e 
solutos de acordo com a tabela abaixo: 
 
 
Tabela 1. Solutos e solvents 
 
Soluto Solvente 
Água Água Etanol Hexano 
Etanol Tubo 1 
Hexano Tubo 2 Tubo 6 
Óleo Tubo 3 Tubo 7 Tubo 10 
Cloreto de sódio Tubo 4 Tubo 8 Tubo 11 
Gasolina Tubo 5 Tubo 9 Tubo 12 
 
 
Depois de colocado todos os solventes e 
solutos em seus respectivos tubos, foi feita a 
observação da miscibilidade dos solutos nos 
diferentes solventes e foi concluído que os tubos 
1, 4, 6, 8, 9, 10 e 12 apresentaram apenas uma 
fase, então podem ser classificados como 
misturas homogêneas e os demais apresentaram 
mais de uma fase e podem ser classificados como 
heterogêneas. 
 
Parte II – Determinação de álcool em gasolina 
 
 
 
 
 5 mL de gasolina 
 5 mL de sol. H2O 
 
 Tampar/agitar 
 
 
 
 Observar 
 
 
Materiais utilizados: 
Proveta de 10mL 
 
Reagentes: 
Gasolina 
Solução de H2O 
 
Nessa segunda parte experimental foi 
adicionado a uma proveta certa quantidade de 
gasolina e certa quantidade de água(H2O), 
indicados acima nessa respectiva ordem e depois 
foi misturado a solução, virou-se a proveta de 4 a 
5 vezes de modo que não ocorresse nenhum 
vazamento. Após virar a proveta foi possível 
perceber que houve uma redução do volume de 
gasolina na proveta, essa diminuição ocorreu pelo 
fato de que o álcool é mais solúvel em água do 
que em gasolina, fazendo com que estes dois 
solventes unissem, e sendo perceptível a 
visualização das fases existentes. Depois de 
separar o álcool da gasolina, você pode saber o 
volume do álcool obtido simplesmente 
diminuindo o volume inicial da gasolina do 
volume final que é o numero obtido após a 
separação, também é possível calcular a 
porcentagem de álcool retirado da gasolina 
usando a formula abaixo: 
 
% álcool = ViG – VfG x 100 
 
 ViG 
 
Resultados e Discussão 
 
Parte I – Ensaio sobre a solubilidade dos 
compostos 
 
Na primeira parte da prática ocorreu o 
teste de miscibilidade dos solutos em diferentes 
solventes nos 12 tubos de ensaio. Começando 
pelo Tubo de ensaio 1 (água e etanol) pode-se 
considerar que ocorre a formação de uma fase, 
visto que o álcool é uma substancia anfipática, 
portanto possui uma parte hidrofílica e outra 
hidrofóbica – sua molécula possui uma parte 
apolar e uma extremidade polar, o grupo OH, que 
realiza ligações de hidrogênio com as moléculas 
 Proveta de 10 mL 
 
 
de água. Devido à parte hidrofílica, a mistura com 
a água é homogênea. 
 
 
 
 O Tubo de ensaio 2 (água e hexano) 
apresentou duas fases. O hexano é uma 
substância apolar, portanto dissolve-se mais 
dificilmente em substâncias polares, devido a 
insuficiente interação entre suas moléculas e as da 
água. 
 
 
 
O Tubo de ensaio 3 (água e óleo) 
apresenta uma solução de duas fases. O óleo de 
cozinha, um triglicerídeo, é apolar. Portanto as 
moléculas das duas substâncias não interagem o 
suficiente para que haja uma mistura heterogênea, 
não há dissolução. 
 
 
 
 
A solução do Tubo de ensaio 4 (água e 
cloreto de sódio) apresenta uma única 
fase(homogênea). O cloreto de sódio é um 
composto iônico formado por Na+ e Cl-. Quando 
colocado na água, o NaCl sofre dissociação. O 
sódio, que é o íon positivo dessa substancia, é 
atraído pelo oxigênio. O cloro, que é a parte 
negativa dessa substancia, é atraído pelo 
hidrogênio. Devido a isso, ocorre a solvatação, 
que é quando um composto iônico ou polar 
dissolve-se em uma substancia polar. Os íons ou 
as moléculas do soluto são arrodeados pelo 
solvente. 
 
 
 
O Tubo de ensaio 5 (água e gasolina) 
apresenta duas fases. A água é polar. A gasolina é 
um hidrocarboneto, logo é apolar. Portanto as 
duas substâncias não interagem, suficientemente 
para que haja uma mistura heterogenea. 
 
 
 
No Tubo de ensaio 6 se tem etanol e 
hexano. O hexano é um hidrocarboneto, portanto 
é apolar. O álcool é uma substancia anfipática, 
logo sua molécula interage suficientemente com 
moléculas polares e apolares. Devido a isso, esta 
mistura apresenta apenas uma fase. 
 
 
O Tubo de ensaio 7 (etanol e óleo) 
apresenta uma fase. Devido à anfipaticidade do 
álcool, a mistura com o óleo vegetal, um 
triglicerídeo e portanto possui molécula apolar, é 
homogênea.O Tubo de ensaio 8 (etanol e cloreto de 
sódio) apresenta uma fase. Devido a 
anfipaticidade do álcool e o NaCl ser um 
composto iônico, ocorre o fenômeno da 
solvatação. Portanto a mistura apresenta uma 
característica homogênea. 
 
 
 
 
O Tubo de ensaio 9 (etanol e gasolina) 
Apresenta uma fase. A gasolina, um 
hidrocarboneto, é apolar. O álcool possui 
anfipaticidade. Devido a essa propriedade do 
álcool, a solução entre essas substancias é 
homogênea. 
 
 
 
 
No Tubo de ensaio 10 (hexano e óleo) 
tanto o hexano, um hidrocarboneto, e o óleo 
vegetal, um triglicerídeo, são substancias 
apolares. Portanto esta solução apresenta apenas 
uma fase. 
 
 
 
Tubo de ensaio 11 (hexano e cloreto de 
sódio) - compostos iônicos não se dissolvem em 
substancias apolares, pois estas não possuem 
polos que atraiam os íons do soluto. Devido a 
isso, esta solução apresenta duas 
fases(heterogênea), pois o Hexano é uma 
substância apolar e o Cloreto de Sódio( NaCl) é 
uma substância polar. 
 
 
 
Tubo de ensaio 12 (hexano e gasolina) - 
apresenta uma fase. O hexano e a gasolina são 
hidrocarbonetos, devido a isso estas substancias 
são apolares. Portanto esta mistura é homogênea . 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parte II – Determinação de álcool em gasolina 
 
 
Na segunda parte experimental foi 
adicionado gasolina (5 mL) e uma solução de 
H2O (5 mL) em uma proveta de 10 mL que após 
ser tampada e virada algumas vezes se constatou 
que houve um acréscimo na parte mais clara da 
mistura, ficando esta em baixo, ou seja, a solução 
de água (H2O) retira o álcool da gasolina ficando 
na parte inferior, constatando sua densidade 
maior. O volume da gasolina finalizou com um 
representativo de 3,8 mL e a solução água(H2O), 
juntamente com o álcool(etanol) compondo 6,2 
mL, sendo possível aferir a porcentagem de 
redução da gasolina através da fórmula: 
 
 
% álcool = ViG – VfG x 100 = 5 – 3,8 
 
 ViG 5 
 
 
1,2/5 x 100 = 24 % de álcool 24 % de 
redução da gasolina. 
 
Conclusão 
 
Ao término da prática pôde-se concluir 
que solubilidade refere-se ao potencial de 
dissolução de uma substância em outra. Outro 
conceito visto foi o de miscibilidade – capacidade 
da formação de uma mistura homogênea (uma 
fase), onde é necessário que as substâncias 
possuam naturezas iguais de polaridade 
(semelhante dissolve semelhante), ou seja 
substâncias formadas por moléculas polares 
geralmente se dissolvem melhores em solventes 
formados por moléculas também polares, o 
mesmo ocorrendo em substâncias apolares, além 
das forças de atração intermolecular e o tamanho 
da cadeia carbônica. 
 
Encontramos a porcentagem do álcool na 
gasolina com a segunda parte da prática, 
utilizando os mesmo conhecimentos de 
solubilidade, verificando que o etanol possui 
natureza polar e apolar, sendo a mais forte a polar 
(-OH) que possui maior afinidade com a solução 
de Água(H2O), desprendendo-se da gasolina 
permitindo o cálculo simples do mesmo, que se 
concluiu com 24% de redução do volume da 
gasolina, o que representa também a 24% de 
etanol na gasolina, representando uma gasolina 
não adulterada, já que a ANP – Agência Nacional 
de Petróleo – permite um máximo de 25% de 
etanol, a gasolina com etanol libera menos 
monóxido de carbono para o meio ambiente. 
 
 
 
 
Referência Bibliográfica 
 
 
J.B. Russel; Química Geral. 2ª ed. Vol.2. São 
Paulo: Makron Books, 1994. 
 
L.V. Quagliano, L.M. Vallarino; Química; 
Guanabara Dois; Rio de Janeiro, 1985. 
 
MAIA, Daltamir Justino e BIANCHI, J.C. de A.; 
Fundamentos de Química Geral. Pearson: São 
Paulo-SP, 2007.

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