Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 1 Análise Econômica Introdução Economia Matemática Não é um ramo distinto É uma abordagem da Análise Econômica Problemas Econômicos através de Símbolos Matemáticos Teoremas Matemáticos para auxiliar o raciocínio Tópicos específicos, que podem ser resolvidos com ferramentas matemáticas, são, por exemplo, microeconomia, macroeconomia, finanças públicas, economia urbana, política monetária etc. Atualmente a maioria dos livros didáticos de Economia utiliza elementos de Economia Matemática, entretanto, é mais comum associar tais técnicas matemáticas à elementos como Álgebra Matricial, Cálculo Diferencial e Integral, Equações Diferenciais etc. Objetivo Geral de Economia Matemática: introduzir os aspectos mais fundamentais dos métodos matemáticos utilizados em Economia. Economia Matemática Vs. Economia Não Matemática Economia Matemática é equivalente a abordagem da Análise Econômica Discursiva, portanto, não difere em nenhum sentido fundamental da abordagem Não Matemática. Diferenças Formais: Economia Matemática usa símbolos para enunciar premissas e conclusões, ao invés de palavras e textos longos. No lugar da lógica literária são usados teoremas matemáticos. A Matemática tem a vantagem de obrigar os analistas a enunciar suas premissas explicitamente em cada estágio do raciocínio. Teoremas Matemáticos costumam utilizar a lógica: “Se.... Então....” UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 2 Note: na Análise Econômica essa é a diferença fundamental entre os Métodos Hipotéticos Dedutivos e os Métodos Históricos Dedutivos. Geometria e sua limitação Em Economia o uso de apenas duas dimensões, por exemplo, nas curvas de indiferenças (das funções de Utilidade) se dá pelo fato de ser difícil construir representações tridimensionais (𝑅3), e impossível representar dimensões superiores (𝑅𝑛, 𝑐𝑜𝑚 𝑛 ≥ 4). Nesse sentido, é fisicamente impossível representar graficamente 04 ou mais dimensões. Para resolver problemas gerais com 03, 04 ou n dimensões (variáveis) deve- se então utilizar-se de Equações ou Sistemas de Equações. Vantagens da Economia Matemática Linguagem mais precisa e concisa Vasto número de Teoremas Matemáticos a disposição Obriga formalismo e explicitação de premissas e hipóteses, o que consequentemente minimiza ‘falhas’ na formulação e facilita a verificação de cada etapa. Permite generalizações (n variáveis) Desvantagens: Dificuldade de Comunicação entre Economistas Matemáticos e Não-Matemáticos Economia Matemática pode gerar hipóteses matemáticas perfeitas, porém Não Realistas (com baixa aderência a realidade) e Não Razoáveis Economicamente. Exemplo: Função de Utilidade e Escolha do Consumidor – como funciona na realidade, igual ao que a Teoria Microeconômica formaliza? Economia Matemática Vs. Econometria UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 3 Econometria: mensuração de dados econômicos. Trata do estudo de observações empíricas utilizando métodos estatísticos de estimação e teste de hipóteses. Economia Matemática é a aplicação de matemática aos aspectos puramente teóricos da Análise Econômica. Atualmente o método científico cobra estudos empíricos antes de aplicar teorias e resultados. Ao mesmo tempo, o estudo empírico precisa da teoria como fundamentação e orientação. Porém, Economia Matemática é mais básica, pois para a obtenção de um estudo estatístico e econométrico significativo é indispensável uma boa estrutura teórica. Modelos Econômicos Um Modelo Econômico é uma estrutura analítica deliberadamente simplificada da realidade, através da seleção de fatores mais importantes e das inter-relações relevantes para o problema estudado. Note: não precisa ser matemático. Modelos Matemáticos Um Modelo Matemático é construído de um conjunto de equações visando descrever a estrutura de um problema. Objetivo: obter um conjunto de conclusões lógicas através da aplicação de operações matemáticas. Se o Modelo Matemático for construído apropriadamente, de modo que possa ser mensurado, pode-se então resolvê-lo de forma a gerar-se valores para as soluções dos sistemas de variáveis utilizado. Exemplo: Oferta e Demanda { 𝑄𝐷 = 𝑎 − 𝑏. 𝑃 𝑄𝑂 = 𝑐 + 𝑑. 𝑃 Variável, Constante e Parâmetro Variável: algo que pode assumir valores diferentes. O D Q P UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 4 Constante: valor fixo, por exemplo, na expressão [𝑏2 − 4. 𝑎. 𝑐] o valor 4 é constante. Parâmetro: é uma constante paramétrica que deve assumir valores fixos para situações distintos, por exemplo, [𝑏2 − 4. 𝑎. 𝑐] onde 𝑏, 𝑎 𝑒 𝑐 são parâmetros. Variáveis Endógenas: seus valores são determinados pelo modelo (originadas internamente). Variáveis Exógenas: valores determinados por forças externas ao modelo (aceitas como dadas). Equações e Identidades Variáveis existem independentes de relações, porém o maior interesse em variáveis é a construção de relações por meio de equações e inequações. As aplicações econômicas têm 03 tipos de equações Equações de Definição Equações de Comportamento Equações de Equilíbrio Equações de Definição: impõe uma identidade entre duas expressões alternativas com mesmo significado Exemplo: 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 − 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 Equações de Comportamento: impõe o padrão de comportamento de uma variável relativo a mudanças em outras variáveis. Exemplos: Comportamento humano como em 𝐶 = 𝐶(𝑌) ou 𝐶(𝑌, 𝐼), função consumo como resposta ao nível de (renda) ou (renda e investimento). Comportamento não humano 𝐶(𝑦), função custo da firma como resposta ao nível de produção. Equações de Comportamento precisam adotar pressupostos bem definidos com relação ao padrão de comportamento da variável em questão. UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 5 Equações de Equilíbrio: impõe a condição que é pré-requisito para a obtenção do equilíbrio. Exemplo: 𝑄𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙: 𝑄𝐷 = 𝑄𝑂 Dessa forma, o sistema { 𝑄𝐷 = 𝑎 − 𝑏. 𝑃 𝑄𝑂 = 𝑐 + 𝑑. 𝑃 Tem como solução 𝑷∗ = 𝒂−𝒄 𝒅+𝒃 Relações, Funções e Gráficos Relação: é qualquer subconjunto específico de uma regra de associação de números mais geral. Função: regra de associação entre números onde cada elemento do domínio tem um único elemento na imagem. Exemplos: 𝑦 = 𝑓(𝑥) 𝑦: 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑥: 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑖𝑛𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 Ou 𝑓: 𝑥 → 𝑦 →:𝑚𝑎𝑝𝑒𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ′𝑓′: 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑝𝑒𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 Ou 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦) (𝑥, 𝑦): 𝑣𝑎𝑟. 𝑖𝑛𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 (𝐷𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑜) (𝑧): 𝑣𝑎𝑟. 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝐼𝑚𝑎𝑔𝑒𝑚) UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 6 Gráficos de Funções Linear: 𝑦 = 𝑎0 + 𝑎1. 𝑥 Quadrática: 𝑦 = 𝑎0 + 𝑎1. 𝑥 + 𝑎2. 𝑥 2 Cúbica: 𝑦 = 𝑎0 + 𝑎1. 𝑥 + 𝑎2. 𝑥 2 + 𝑎3. 𝑥 3 Hipérbole Retangular: 𝑦 = 𝑎 𝑥 com 𝑎 > 𝑎 𝑒 𝑥 > 0 Exponencial: 𝑦 = 𝑏𝑥 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 7 Logarítmica: 𝑦 = log𝑏 𝑥 Níveis de Generalizações O mais comum é funções e modelos com as constantes dadas, tais como: 𝑦 = 7, 𝑦 = 6𝑥 + 4, 𝑦 = 𝑥2 − 3𝑥 + 1, etc. Um nível mais geral de discussão e análise é 𝑦 = 𝑎, 𝑦 = 𝑎 + 𝑏. 𝑥, 𝑦 = 𝑎 + 𝑏𝑥 + 𝑐𝑥2, etc. O mais generalizado é a falta da definição da forma analítica da função, tal como: 𝑦 =𝑓(𝑥) ou 𝑧 = 𝑔(𝑥, 𝑦). Roteiro para resolução de problemas 1) Selecionar variáveis apropriadas (Endógenas/Exógenas) 2) Traduzir em Equações as Suposições Analíticas 3) Derivar as conclusões através de manipulação matemática e interpretar economicamente os resultados Análise do Equilíbrio em Economia Equilíbrio quando estamos pensando nos modelos econômicos é em essência a situação caracterizada por ausência de tendência a mudança. O equilíbrio quando atingido tende a se perpetuar exceto por quaisquer mudanças nas forças externas. Equilíbrio: Estável Instável UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 8 Equilíbrio Estável acontece quando mesmo com pequenas oscilações das forças do sistema o equilíbrio tende a permanecer ou ser novamente atingido. Equilíbrio Instável acontece quando qualquer pequena oscilação das forças do sistema retira a condição de equilíbrio. Equilíbrio Estático acontece quando estaticamente as variáveis do sistema garantem a condição de equilíbrio entre as equações do sistema. Equilíbrio Parcial de Mercado – modelo linear Objetivo: encontrar um conjunto de valores das variáveis endógenas que satisfazem as condições de equilíbrio. Exemplo: 01 Mercadoria Variáveis: 𝑄𝐷, 𝑄𝑂, 𝑃 Supostos: Condição de Equilíbrio 𝑄𝐷 = 𝑄𝑂 (ou seja, [𝑄𝐷 − 𝑄𝑂 = 0] Excesso de Demanda igual a Zero). { 𝑄𝐷 = 𝑎 − 𝑏. 𝑃 (𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟 𝑑𝑒𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒) 𝑄𝑂 = −𝑐 + 𝑑. 𝑃 (𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒) Sendo: { 𝑎, 𝑏 > 0 𝑐, 𝑑 > 0 𝑄∗: 𝑄𝐷 = 𝑄𝑂 → (𝑎 − 𝑏. 𝑃) = (−𝑐 + 𝑑. 𝑃) (𝑏 + 𝑑). 𝑃 = 𝑎 + 𝑐 Tem-se como solução 𝑷∗ = 𝒂+𝒄 𝒃+𝒅 (Preço de Equilíbrio como função dos parâmetros) Usando 𝑷∗ na equação demanda temos: 𝑄∗ = 𝑄𝐷(𝑃∗) = 𝑎 − 𝑏. ( 𝑎 + 𝑐 𝑏 + 𝑑 ) a -c Q* P* O D Q P UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 9 𝑄∗ = ( 𝑎𝑏 + 𝑎𝑑 − 𝑎𝑏 − 𝑏𝑐 𝑏 + 𝑑 ) 𝑄∗ = ( 𝑎𝑑 − 𝑏𝑐 𝑏 + 𝑑 ) O que exige [𝑎𝑑 > 𝑏𝑐], para fazer sentido econômico. Equilíbrio Parcial de Mercado – modelo linear Exemplo: 01 Mercadoria Variáveis: 𝑄𝐷, 𝑄𝑂, 𝑃 Supostos: Condição de Equilíbrio 𝑄𝐷 = 𝑄𝑂 { 𝑄𝐷 = 𝑄𝑂 𝑄𝐷 = 4 − 𝑃2 𝑄𝑂 = 4. 𝑃 − 1 𝑄𝐷 = 𝑄𝑂 …𝑃∗ = 1 𝑄∗ = 3 Lista.01 – resolver e fazer os gráficos Seção 3.2 #02 a) e b) Seção 3.3 #06 a) e b) UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 10 #02) a) { 𝑄𝐷 = 51 − 3. 𝑃 𝑄𝑂 = 6. 𝑃 − 10 b) { 𝑄𝐷 = 30 − 2. 𝑃 𝑄𝑂 = −6 + 5. 𝑃 #06) a) { 𝑄𝐷 = 3 − 𝑃2 𝑄𝑂 = 6. 𝑃 − 4 b) { 𝑄𝐷 = 8 − 𝑃2 𝑄𝑂 = 𝑃2 − 2 Equilíbrio Geral de Mercado Todos os bens da Economia interagem entre si por relações de substituição e complementariedade nas trocas, dado variações de preços. Em um mercado isolado (equilíbrio parcial) a condição de equilíbrio consiste apenas em uma equação 𝑄𝐷 = 𝑄𝑆 (ou seja, Equilíbrio é 𝑄𝐷 − 𝑄𝑠 = 0). Em um mercado com várias mercadorias independentes, consideradas simultaneamente, temos para cada mercadoria: { 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜𝑖 = 𝑄𝑖 𝐷 − 𝑄𝑖 𝑆 = 0 𝑖 = 1, 2, … , 𝑛 Se existir uma solução, haverá um conjunto de preços 𝑃𝑖 ∗ e correspondentes quantidades de equilíbrio 𝑄𝑖 ∗ tais que todas as (n) equações da condição de equilíbrio serão satisfeitas simultaneamente. Modelo de Mercado com duas Mercadorias - LINEAR { [ 𝑸𝒅𝟏 − 𝑸𝒔𝟏 = 𝟎 𝑄𝑑1 = 𝑎0 + 𝑎1. 𝑃1 + 𝑎2. 𝑃2 𝑄𝑠1 = 𝑏0 + 𝑏1. 𝑃1 + 𝑏2. 𝑃2 [ 𝑸𝒅𝟐 − 𝑸𝒔𝟐 = 𝟎 𝑄𝑑2 = 𝛼0 + 𝛼1. 𝑃1 + 𝛼2. 𝑃2 𝑄𝑠2 = 𝛽0 + 𝛽1. 𝑃1 + 𝛽2. 𝑃2 Respostas: #02. a) 𝑃∗ = 61 9 e 𝑄∗ = 92 3 b) 𝑃∗ = 36 7 e 𝑄∗ = 138 7 #06. a) 𝑃∗ = 1 e 𝑄∗ = 2 b) 𝑃∗ = +√5 e 𝑄∗ = 3 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 11 O que nos leva a: { (𝑎0 − 𝑏0) + (𝑎1 − 𝑏1). 𝑃1 + (𝑎2 − 𝑏2). 𝑃2 = 0 (𝛼0 − 𝛽0) + (𝛼1 − 𝛽1). 𝑃1 + (𝛼2 − 𝛽2). 𝑃2 = 0 Para simplificar, vamos reescrever os coeficientes tais como: { 𝑐𝑖 = 𝑎𝑖 − 𝑏𝑖 𝛾𝑖 = 𝛼𝑖 − 𝛽𝑖 (𝑖 = 0, 1, 2) Então temos: { 𝑐0 + 𝑐1. 𝑃1 + 𝑐2. 𝑃2 = 0 𝛾0 + 𝛾1. 𝑃1 + 𝛾2. 𝑃2 = 0 Resolvendo temos: { [𝑐1. 𝑃1 + 𝑐2. 𝑃2 = −𝑐0]. [− 𝛾2 𝑐2 ] 𝛾1. 𝑃1 + 𝛾2. 𝑃2 = −𝛾0 { − 𝛾2 𝑐2 . 𝑐1. 𝑃1 + −𝛾2. 𝑃2 = +𝑐0. 𝛾2 𝑐2 𝛾1. 𝑃1 + 𝛾2. 𝑃2 = −𝛾0 (𝛾1 − 𝑐1 𝑐2 . 𝛾2) . 𝑃1 + 0 = 𝑐0 𝑐2 . 𝛾2 − 𝛾0 𝑐2. 𝛾1 − 𝑐1. 𝛾2 𝑐2 . 𝑃1 = 𝑐0. 𝛾2 − 𝑐2. 𝛾0 𝑐2 𝑷𝟏 ∗ = 𝒄𝟎. 𝜸𝟐 − 𝒄𝟐. 𝜸𝟎 𝒄𝟐. 𝜸𝟏 − 𝒄𝟏. 𝜸𝟐 Substituindo 𝑃1 ∗na primeira equação do sistema, temos: 𝑐1. ( 𝑐0. 𝛾2 − 𝑐2. 𝛾0 𝑐2. 𝛾1 − 𝑐1. 𝛾2 ) + 𝑐2. 𝑃2 = −𝑐0 𝑐2. 𝑃2 = −𝑐1. 𝑐0. 𝛾2 + 𝑐1. 𝑐2. 𝛾0 − 𝑐0. 𝑐2. 𝛾1 + 𝑐1. 𝑐0. 𝛾2 𝑐2. 𝛾1 − 𝑐1. 𝛾2 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 12 𝑐2. 𝑃2 = 𝑐2. +𝑐1. 𝛾0 − 𝑐0. 𝛾1 𝑐2. 𝛾1 − 𝑐1. 𝛾2 Portanto: 𝑷𝟐 ∗ = +𝒄𝟎. 𝜸𝟏 − 𝒄𝟏. 𝜸𝟎 𝒄𝟏. 𝜸𝟐 − 𝒄𝟐. 𝜸𝟏 Restrições: i) Denominador diferente de zero 𝒄𝟏. 𝜸𝟐 ≠ 𝒄𝟐. 𝜸𝟏 ii) Numerador com mesmo sinal que o denominador Obtendo 𝑃1 ∗ e 𝑃2 ∗ podemos calcular 𝑄1 ∗ e 𝑄2 ∗. Exemplo Numérico { 𝑄𝑑1 = 10 − 2𝑃1 + 𝑃2 𝑄𝑠1 = −2 + 3. 𝑃1 𝑄𝑑2 = 15 + 𝑃1 − 𝑃2 𝑄𝑠2 = −1 + 2. 𝑃2 { 10 − 2𝑃1 + 𝑃2 = −2 + 3. 𝑃1 15 + 𝑃1 − 𝑃2 = −1 + 2. 𝑃2 { 5. 𝑃1 − 𝑃2 = 12 . (−3) 𝑃1 − 3. 𝑃2 = −16 −14. 𝑃1 + 0 = −36 − 16 𝑃1 ∗ = 52 14 (… ) 𝑷𝟏 ∗ = 𝟐𝟔 𝟕 𝑷𝟐 ∗ = 𝟒𝟔 𝟕 (… ) 𝑸𝟏 ∗ = 𝟔𝟒 𝟕 𝑸𝟐 ∗ = 𝟖𝟓 𝟕 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 13 Modelo de Mercado com (n) mercadorias { 𝑄𝑑𝑖 = 𝑄𝑑𝑖(𝑃1, 𝑃2, … , 𝑃𝑛) 𝑄𝑠𝑖 = 𝑄𝑠𝑖(𝑃1, 𝑃2, … , 𝑃𝑛) [𝑖 = 1,… , 𝑛] Assim temos (2. 𝑛) equações que em condições de equilíbrio devem gerar um sistema de (𝑛) equações dado por: {𝑄𝑑𝑖(𝑃1, 𝑃2, … , 𝑃𝑛) − 𝑄𝑠𝑖(𝑃1, 𝑃2, … , 𝑃𝑛) = 0 [𝑖 = 1,… , 𝑛] Resolvidas simultaneamente, essas (𝑛) equações podem determinar os (𝑛) preços de equilíbrio (𝑃𝑖 ∗) - se realmente existir uma solução. E então, (𝑄𝑖 ∗) pode ser obtido das funções de demanda e oferta. Solução de um Sistema Geral de Equações Não basta contar número de equações e variáveis para definir se existe solução. Vejamos os seguintes exemplo: { 𝑥 + 𝑦 = 8 𝑥 + 𝑦 = 9 Sistema inconsistente, NÃO EXISTE Solução { 2𝑥 + 𝑦 = 8 4𝑥 + 2𝑦 = 16 INFINITAS Soluções { 2𝑥 + 3𝑦 = 58 𝑦 = 18 𝑥 + 𝑦 = 20 Solução ÚNICA (2, 18) Para haver solução única as equações do sistema têm que formar uma matriz quadrada com os coeficientes das variáveis do sistema, de forma que, esta matriz dos coeficientes do sistema tem que ser Linearmente Independente (L.I.). Equilíbrio na Análise da Renda Nacional Modelo Keynesiano de Determinação da Renda { 𝑌 = 𝐶 + 𝐼0 + 𝐺0 𝐶 = 𝑎 + 𝑏. 𝑌 (𝑎 > 0; 0 < 𝑏 < 1) Onde: UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 14 Y (Renda) e C (Consumo das Famílias) – Variáveis Endógenas (𝑏) propensão marginal a consumir Substituindo (𝐶) em (𝑌), temos: 𝑌 = (𝑎 + 𝑏. 𝑌) + 𝐼0 + 𝐺0 (1 − 𝑏). 𝑌 = 𝑎 + 𝐼0 + 𝐺0 ∴ 𝑌∗ = 𝑎+𝐼0+𝐺0 1−𝑏 𝐶 = 𝑎 + 𝑏. ( 𝑎+𝐼0+𝐺0 1−𝑏 ) = 𝑎−𝑎𝑏+𝑎𝑏+𝑏(𝐼0+𝐺0) 1−𝑏 ∴ 𝐶∗ = 𝑎+𝑏.(𝐼0+𝐺0) 1−𝑏 Restrições: 1) (1 − 𝑏) ≠ 0 → 1 ≠ 𝑏 Ou seja, propensãomarginal a consumir 0 < 𝑏 < 1 2) 𝑌∗, 𝐶∗ > 0 → 𝑁𝑢𝑚𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 > 0 Onde: 𝑎: nível de consumo mínimo 𝐼0: Investimento (normalmente >0) 𝐺0: Gastos do Governo (normalmente >0) Lista.02 – Resolver Seção 3.4 #03 Seção 3.5 #01, #02 e #03 Seção 3.4: #03) As funções demanda e oferta de um modelo de duas mercadorias são as seguintes: UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 15 { 𝑄𝑑1 = 18 − 3𝑃1 + 𝑃2 𝑄𝑠1 = −2 + 4. 𝑃1 𝑄𝑑2 = 12 + 𝑃1 − 2. 𝑃2 𝑄𝑠2 = −2 + 3. 𝑃2 Calcule 𝑷𝟏, 𝑷𝟐, 𝑸𝟏 𝒆 𝑸𝟐 de equilíbrio. Seção 3.5: #01) Dado o seguinte modelo: { 𝑌 = 𝐶 + 𝐼0 + 𝐺0 𝐶 = 𝑎 + 𝑏(𝑌 − 𝑇) (𝑎 > 0, 0 < 𝑏 < 1) 𝑇 = 𝑑 + 𝑡. 𝑌 (𝑑 > 0, 0 < 𝑡 < 1) a) Quantas variáveis endógenas existem? b) Calcule 𝑌∗, 𝐶∗, 𝑒 𝑇∗. #02) Seja o modelo de Renda Nacional: { 𝑌 = 𝐶 + 𝐼0 + 𝐺 𝐶 = 𝑎 + 𝑏(𝑌 − 𝑇0) (𝑎 > 0, 0 < 𝑏 < 1) 𝐺 = 𝑔. 𝑌 (0 < 𝑔 < 1) a) Identifique as variáveis endógenas. b) Dê o significado econômico do parâmetro (𝑔). c) Calcule a Renda Nacional de Equilíbrio. d) Quais restrições devem ser impostas aos parâmetros para que exista uma solução? #03) Calcule 𝑌∗ e 𝐶∗ do seguinte sistema: { 𝑌 = 𝐶 + 𝐼0 + 𝐺0 𝐶 = 25 + 6. 𝑌 1 2 𝐼0 = 16 𝐺0 = 14 Modelos Lineares e Álgebra Matricial Vantagens: 1) Fornece um modo compacto de escrever um sistema de equações. 2) Possibilidade de encontrar soluções através do cálculo do determinante. UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 16 3) Fornece um método para calcular a solução. 4) Aplicabilidade em Análise Estática, Estática Comparativa, Análise Dinâmica, e Otimização, entre outros. Restrições: Aplicável somente a sistemas de equações lineares. Em muitos casos, a relação linear gera uma aproximação suficientemente boa a uma relação concreta não-linear. Ainda há casos onde, através de transformações monotônicas, podemos linearizar as funções a serem utilizadas. Exemplo: 𝑦 = 𝑎. 𝑥𝑏 ln(𝑦) = ln(𝑎) + 𝑏. ln(𝑥) [Linear para (ln(𝑦)) e (ln(𝑥))]. Matrizes e Vetores Sistema de (𝑚) equações lineares com (𝑛) variáveis (𝑥1, … , 𝑥𝑛) pode ser representado da seguinte forma: { 𝑎11. 𝑥1 + 𝑎12. 𝑥2 +⋯+ 𝑎1𝑛. 𝑥𝑛 = 𝑑1 𝑎21. 𝑥1 + 𝑎22. 𝑥2 +⋯+ 𝑎2𝑛. 𝑥𝑛 = 𝑑2 ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ 𝑎𝑚1. 𝑥1 + 𝑎𝑚2. 𝑥2 +⋯+ 𝑎𝑚𝑛. 𝑥𝑛 = 𝑑𝑚 Que pode ser reescrito matricialmente por: ( 𝑎11 𝑎12 … 𝑎1𝑛 𝑎21 𝑎22 … 𝑎2𝑛 ⋮ ⋮ ⋮ 𝑎𝑚1 𝑎𝑚2 … 𝑎𝑚𝑛 ) .( 𝑥1 𝑥2 ⋮ 𝑥𝑛 ) = ( 𝑑1 𝑑2 ⋮ 𝑑𝑛 ) Matriz dos coeficientes 𝐴 = ( 𝑎11 𝑎12 … 𝑎1𝑛 𝑎21 𝑎22 … 𝑎2𝑛 ⋮ ⋮ ⋮ 𝑎𝑚1 𝑎𝑚2 … 𝑎𝑚𝑛 ) Matriz (ou Vetor) de variáveis (Variáveis Endógenas) 𝑥 = ( 𝑥1 𝑥2 ⋮ 𝑥𝑛 ) ou �⃗� = ( 𝑥1 𝑥2 ⋮ 𝑥𝑛 ) UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 17 Matriz (ou Vetor) de termos constantes 𝑑 = ( 𝑑1 𝑑2 ⋮ 𝑑𝑛 ) ou 𝑑 = ( 𝑑1 𝑑2 ⋮ 𝑑𝑛 ) Exemplo { 6𝑥1 + 3𝑥2 + 𝑥3 = 22 𝑥1 + 4𝑥2 − 2𝑥3 = 12 4𝑥1 − 𝑥2 + 5𝑥3 = 10 Que pode ser decomposto em: 𝐴 = ( 6 3 1 1 4 −2 4 −1 5 ) 𝑥 = ( 𝑥1 𝑥2 𝑥3 ) 𝑑 = ( 22 12 10 ) Ou seja, podemos escrever 𝐴. 𝑥 = 𝑑, tal como: ( 6 3 1 1 4 −2 4 −1 5 ) . ( 𝑥1 𝑥2 𝑥3 ) = ( 22 12 10 ) SOLUÇÃO DE SISTEMAS LINEARES POR MÉTODOS MATRICIAS Em Economia é muito comum a discussão de sistemas de equações lineares por meio dos métodos matriciais. Todos os sistemas, de Microeconomia, Macroeconomia e Econometria, que tem por base equações lineares, são computacionalmente resolvidos por formas matriciais. Para a solução de sistemas lineares iremos considerar os casos descritos por: 𝐴. 𝑥 = 𝑑 Esses sistemas têm essencialmente dois métodos tradicionais de solução: 1) Matriz Inversa (𝑨−𝟏) 𝑨. 𝒙 = 𝒅 𝒙∗ = (𝑨−𝟏). 𝒅 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 18 2) Regra de Cramer 𝑨. 𝒙 = 𝒅 𝒙𝒊 ∗ = 𝐝𝐞𝐭(𝑨𝒊) 𝐝𝐞𝐭(𝑨) Onde (𝐴𝑖) é a matriz que se obtem da substituição da i-ésima coluna de (𝐴) pelo vetor (𝑑). Condição de Existência de Solução Essencialmente, para que seja possível calcular matricialmente a solução dos sistemas, pelos dois métodos supracitados, é necessário que det(𝐴) ≠ 0. Propriedade: Det(𝐴) ≠ 0 ⇔ 𝐸𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒 (𝐴−1) Det(𝐴) = 0 ⇔ 𝑁Ã𝑂 𝐸𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒 (𝐴−1) Em resumo: se det(𝐴) = 0 não existe solução única do sistema linear em estudo. Matrizes – REVISÃO Definições 1) ESCALAR: número real (ou complexo). 2) MATRIZ: conjunto de escalares com duas ordenações, uma por linha e outra por coluna. 𝐴 = [𝑎𝑖𝑗]𝑚𝑥𝑛 𝑖 = 1,… ,𝑚 𝑗 = 1, … , 𝑛 Exemplo: 𝐴 = [ 1 −5 0 2 3 4 ] 𝑎12 = −5 𝑎23 = 4 3) VETOR: matriz com uma linha ou uma coluna. �⃗� = [ 3 1 2 ] 3𝑥1 vetor coluna �⃗� = [5 2 3]1𝑥3 vetor linha UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 19 Operações com MATRIZES 4) Adição (ou Subtração) 𝐴 + 𝐵 = 𝐶 → 𝑎𝑖𝑗 + 𝑏𝑖𝑗 = 𝑐𝑖𝑗 𝐴 − 𝐵 = 𝐶 → 𝑎𝑖𝑗 − 𝑏𝑖𝑗 = 𝑐𝑖𝑗 Exemplo: [ 1 2 5 4 1 0 ] + [ 0 −3 2 −1 1 4 ] = [ 1 −1 7 3 2 4 ] 5) Multiplicação de Matriz por Escalar 𝛼. 𝐴 = 𝐵 → 𝑏𝑖𝑗 = 𝛼. 𝑎𝑖𝑗 Ex.01: 2. [ 1 0 2 3 ] = [ 2 0 4 6 ] Ex.01: 𝛼 = 2 �⃗� = [ 1 1 ] → 𝛼. �⃗� = 2. [ 1 1 ] = [ 2 2 ] 6) Multiplicação de Matrizes a. Produto Interno (ou produto escalar) �⃗⃗⃗� = [ 1 5 2 ] e �⃗� = [ 2 3 1 ] �⃗⃗⃗� ∗ �⃗⃗⃗� = (1.2) + (5.3) + (2.1) = 19 Ou seja, �⃗⃗⃗� ∗ �⃗⃗⃗� = ∑ 𝒙𝒊. 𝒚𝒊 𝒏 𝒊 b. Multiplicação de Matrizes 𝐴𝒎𝑥𝒑. 𝐵𝒑𝑥𝒏 = 𝐶𝒎𝑥𝒏 Para ser possível a multiplicação matricial o número de colunas da matriz (𝐴) deve ser igual ao número de linhas da matriz (𝐵). A matriz (𝐶) resultante tem dimensões dadas por (𝒎 𝑥 𝒏), que correspondem ao número de linhas da matriz (𝐴) e ao número de colunas da matriz (𝐵). Cada elemento 𝑐𝑖𝑗 é o resultado do produto interno da i-ésima linha de (𝐴) com a j-ésima coluna de (𝐵). UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 20 Ex.01: [ 1 2 1 3 4 2 ] 2𝑥3 . [ 5 2 4 3 1 0 ] 3𝑥2 = [ 𝟏𝟒 𝟖 𝟑𝟑 𝟏𝟖 ] 2𝑥2 { 𝑐11 = (1.5) + (2.4) + (1.1) = 14 𝑐12 = (1.2) + (2.3) + (1.0) = 08 𝑐21 = (3.5) + (4.4) + (2.1) = 33 𝑐22 = (3.2) + (4.3) + (2.0) = 18 Ex.02: 𝐴 = [ 1 1 1 1 ] e 𝐵 = [ 1 1 −1 1 ] → 𝐴.𝐵 = [ 1 1 1 1 ] . [ 1 1 −1 1 ] = [ 0 2 0 2 ] → 𝐵.𝐴 = [ 1 1 −1 1 ] . [ 1 1 1 1 ] = [ 2 2 0 0 ] Ou seja, a ordem importa na multiplicação matricial. Somente em casos especiais (exceções à regra) a ordem não importa, tal como na multiplicação da matriz pela sua matriz inversa. Definições de espécies de MATRIZES 7) Matriz Quadrada Matriz com mesmo número de linhas e colunas. Exemplos: 𝐴2𝑥2, 𝐴3𝑥3, ..., 𝐴𝑛𝑥𝑛. 8) Matriz Diagonal Matriz quadrada cujos elementos fora da diagonal principal são nulos. 𝐴𝑛𝑥𝑛 e 𝑎𝑖𝑗 = 0, 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗 Exemplo: [ 𝑎11 𝑎12 𝑎21 𝑎22 ] = [ 𝑎11 0 0 𝑎22 ] UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 21 9) Matriz Identidade Matriz quadrada com os elementos da diagonal principal todos iguais a 1,e com os elementos fora da diagonal principal iguais a zero. Ou seja: 𝑎𝑖𝑗 = { 0, 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗 1, 𝑠𝑒 𝑖 = 𝑗 Exemplo: 𝐼2 = [ 1 0 0 1 ] Tem a propriedade da Neutralidade na Multiplicação Matricial, tal que 𝑰. 𝑨 = 𝑨. Exemplo: [ 1 0 0 1 ] . [ 1 4 5 2 ] = [ 1 4 5 2 ] 10) Matriz Transposta (𝐴′ 𝑜𝑢 𝐴𝑡) Operação que troca as linhas pelas colunas (ou as colunas pelas linhas) de uma matriz A. Ex.01: 𝐴 = [ 1 2 3 4 5 6 ] 3𝑥2 → 𝐴′ = [ 1 3 5 2 4 6 ] 2𝑥3 Ex.02: 𝐴 = [ 2 3 3 5 ] → 𝐴′ = [ 2 3 3 5 ] Observação: quando 𝐴 = 𝐴′ dizemos que 𝐴 é simétrica, pois temos 𝑎𝑖𝑗 = 𝑎𝑗𝑖. 11) Matriz Inversa (𝑨−𝟏) A matriz inversa (𝐴−1) de uma matriz quadrada (𝐴), se existir, guarda a importante propriedade matricial: (𝑨). (𝑨−𝟏) = (𝑨−𝟏). (𝑨) = 𝑰 Exemplo: encontrar, pela definição, a matriz inversa (𝑨−𝟏), dada 𝐴 = [ 1 2 0 1 ] Resolução: UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 22 (𝑨). (𝑨−𝟏) = 𝑰 [ 1 2 0 1 ] . [ 𝑎 𝑏 𝑐 𝑑 ] = [ 1 0 0 1 ] { 1. 𝑎 + 2. 𝑐 = 1 1. 𝑏 + 2. 𝑑 = 0 0. 𝑎 + 1. 𝑐 = 0 0. 𝑏 + 1. 𝑑 = 1 → 𝑐 = 0 𝑒 𝑑 = 1 → 𝑎 = 1 𝑒 𝑏 = −2 Portanto: 𝑨−𝟏 = [ 𝑎 𝑏 𝑐 𝑑 ] = [ 1 −2 0 1 ] Verificando que: (𝑨). (𝑨−𝟏) = 𝑰 Temos: [ 1 2 0 1 ] . [ 1 −2 0 1 ] = [ 1 (−2 + 2) 0 1 ] = [ 𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 ] Aplicação da Inversa para Resolver Sistemas Lineares 12) Propriedades de Matriz Inversa e Solução de Sistemas Seja 𝐴. 𝑥 = 𝑑, com 𝐴𝑛𝑥𝑛, um sistema de equações lineares descrito por: { 𝑎11. 𝑥1 + 𝑎12. 𝑥2 +⋯+ 𝑎1𝑛. 𝑥𝑛 = 𝑑1 𝑎21. 𝑥1 + 𝑎22. 𝑥2 +⋯+ 𝑎2𝑛 . 𝑥𝑛 = 𝑑2 ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ 𝑎𝑛1. 𝑥1 + 𝑎𝑛2. 𝑥2 +⋯+ 𝑎𝑛𝑛. 𝑥𝑛 = 𝑑𝑛 Que pode ser reescrito matricialmente por: ( 𝑎11 𝑎12 … 𝑎1𝑛 𝑎21 𝑎22 … 𝑎2𝑛 ⋮ ⋮ ⋮ 𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 … 𝑎𝑛𝑛 ) 𝑛𝑥𝑛 . ( 𝑥1 𝑥2 ⋮ 𝑥𝑛 ) 𝑛𝑥1 = ( 𝑑1 𝑑2 ⋮ 𝑑𝑛 ) 𝑛𝑥1 Se existir (𝑨−𝟏) temos que: 𝐴. 𝑥 = 𝑑 (multiplicando ambos os lados pela inversa) (𝑨−𝟏). 𝐴. 𝑥 = (𝑨−𝟏). 𝑑 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 23 Mas, utilizando as propriedades (𝑨−𝟏). (𝑨) = 𝑰 e também que 𝐼. 𝑥 = 𝑥 reescrevemos o sistema por: 𝒙∗ = (𝑨−𝟏). 𝒅 Ou seja, se existir (𝐴−1) temos: 𝑨. 𝒙 = 𝒅 𝒙∗ = (𝑨−𝟏). 𝒅 como solução de qualquer sistema linear com (𝑛) equações e (𝑛) variáveis. Exemplo: { 𝑥 + 2𝑦 = 5 3𝑦 = 3 Esse sistema tem uma solução muito simples dada por 𝑦 = 1 e 𝑥 = 3. Utilizando o método matricial de resolução pela matriz inversa temos: ( 1 2 0 3 ) . ( 𝑥 𝑦) = ( 5 3 ) Portanto 𝐴 = ( 1 2 0 3 ). Utilizando da definição (𝑨). (𝑨−𝟏) = 𝑰 [ 1 2 0 3 ] . [ 𝑎 𝑏 𝑐 𝑑 ] = [ 1 0 0 1 ] { 1. 𝑎 + 2. 𝑐 = 1 1. 𝑏 + 2. 𝑑 = 0 0. 𝑎 + 3. 𝑐 = 0 0. 𝑏 + 3. 𝑑 = 1 → 𝑐 = 0 𝑒 𝑑 = 1 3 → 𝑎 = 1 𝑒 𝑏 = − 2 3 Desse modo (𝑨−𝟏) = [ 𝟏 − 𝟐 𝟑 𝟎 𝟏 𝟑 ] Calculando a solução do sistema com (𝑨−𝟏), temos: 𝒙∗ = (𝑨−𝟏). 𝒅 ( 𝒙∗ 𝒚∗ ) = [ 𝟏 − 𝟐 𝟑 𝟎 𝟏 𝟑 ] . ( 𝟓 𝟑 ) ( 𝒙∗ 𝒚∗ ) = ( 𝟑 𝟏 ) UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 24 Cálculo de Determinantes 13) Determinantes a. Matriz 1𝑥1 𝐴 = [𝑎11] → det(𝐴) = 𝑎11 b. Matriz 2𝑥2 𝐴 = [ 𝑎11 𝑎12 𝑎21 𝑎22 ] → det(𝐴) = (𝑎11. 𝑎22) − (𝑎12. 𝑎21) Exemplo: | 1 5 2 8 | = 8 − 10 = −2 c. Matriz 3𝑥3 – Regra de Sarrus Exemplo.01: 𝐴 = [ 1 0 3 2 1 5 4 1 4 ] det(𝐴) = 1 0 3 2 1 5 4 1 4 1 0 2 1 4 1 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = 4 + 0 + 6 − 12 − 5 − 0 = −𝟕 Exemplo.02: 𝐴 = [ 1 2 3 4 5 6 9 12 15 ] 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = 75 + 108 + 144 − 135 − 72 − 120 = 327 − 327 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = 𝟎 d. Matriz 𝒏 𝑥 𝒏 (𝑛 >= 4) – Regra da Expansão de Laplace (ou Teorema de Laplace) UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 25 𝐝𝐞𝐭(𝑨) = ∑ 𝒂𝒊𝒋. 𝑪𝒊𝒋 𝒏 𝒊=𝟏 (𝒐𝒖 𝒋=𝟏) Onde: 𝐶𝑖𝑗 é a matriz co-fatora dada por 𝐶𝑖𝑗 = (−1) 𝑖+𝑗 . det(𝑀𝑖𝑗) 𝑀𝑖𝑗 é o Menor Principal, que é a matriz resultante da eliminação da linha (𝑖) e da coluna (𝑗) da matriz principal (𝐴), quando percorre-se uma linha (ou uma coluna) desta matriz (𝐴). Exemplo: Determine o 𝐷𝑒𝑡(𝐴) = | 3 5 7 1 1 2 4 −1 −2 2 −5 11 1 3 0 2 | 𝐷𝑒𝑡(𝐴) = 𝟕. 𝑪𝟑𝟏 + 𝟒. 𝑪𝟑𝟐 + (−𝟓). 𝑪𝟑𝟑 + 𝟎. 𝑪𝟑𝟒 Sendo: 𝑪𝟑𝟏 = (−1) 𝟑+𝟏. | 1 −2 1 2 2 3 −1 11 2 | = ⋯ = (+1). (42 − 33) = 𝟗 𝑪𝟑𝟐 = (−1) 𝟑+𝟐. | 3 −2 1 5 2 3 1 11 2 | = ⋯ = 𝟐𝟎 𝑪𝟑𝟑 = (−1) 𝟑+𝟑. | 3 1 1 5 2 3 1 −1 2 | = ⋯ = 𝟕 Portanto temos: 𝐷𝑒𝑡(𝐴) = 7. (9) + 4. (20) + (−5). 7 + 0 𝑫𝒆𝒕(𝑨) = 𝟏𝟎𝟖 14) Regra de CRAMER Seja 𝐴. �⃗� = 𝑑 um sistema linear onde (𝐴) é uma matriz quadrada. Então a solução do sistema, se det (𝐴) ≠ 0, é dada por: UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 26 𝑥𝑖 ∗ = det(𝐴𝑖) det (𝐴) Onde (𝐴𝑖) é a matriz resultante da substituição da i-ésima coluna de (𝐴) pelo vetor 𝑑. Ex.01: { 3𝑥1 + 4𝑥2 = 2 𝑥1 + 2𝑥2 = 4 𝐴 = ( 3 4 1 2 ) 𝐴1 = ( 2 4 4 2 ) 𝐴2 = ( 3 2 1 4 ) 𝒙𝟏 ∗ = det(𝐴1) det (𝐴) = − 12 2 = −𝟔 𝒙𝟐 ∗ = det(𝐴2) det (𝐴) = 10 2 = 𝟓 Ex.02: { 𝑥1 + 3𝑥2 = 0 2𝑥1 + 5𝑥2 = 0 𝐴 = ( 1 3 2 5 ) 𝐴1 = ( 0 3 0 5 ) 𝐴2 = ( 1 0 2 0 ) 𝒙𝟏 ∗ = det(𝐴1) det (𝐴) = − 0 1 = 𝟎 𝒙𝟐 ∗ = det(𝐴2) det (𝐴) = 0 −1 = 𝟎 Quando 𝑑 = 0 o sistema é chamado de sistema homogêneo e, nesse caso, sempre tem pelo menos uma solução trivial �⃗� = 0. Ou seja: ( 1 3 2 5 ) . ( 𝑥1 𝑥2 ) = ( 0 0 ) UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 27 Tem solução trivial: ( 𝑥1 ∗ 𝑥2 ∗) = ( 0 0 ). Ex.03: Modelo Keynesiano de Determinação da Renda { 𝑌 = 𝐶 + 𝐼0 + 𝐺0 𝐶 = 𝑎 + 𝑏. (𝑌 − 𝑇0) Resolvendo matricialmente: { 𝑌 − 𝐶 = 𝐼0 + 𝐺0 −𝑏. 𝑌 + 𝐶 = 𝑎 − 𝑏. 𝑇0 ( 1 −1 −𝑏 +1 ) . ( 𝑌 𝐶 ) = ( 𝐼0 + 𝐺0 𝑎 − 𝑏. 𝑇0 ) Portanto: [ 𝐴 . �⃗� = 𝑑 ] 𝐴 = ( 1 −1 −𝑏 +1 ) 𝐴1 = ( 𝐼0 + 𝐺0 −1 𝑎 − 𝑏. 𝑇0 +1 ) 𝐴2 = ( 1 𝐼0 + 𝐺0 −𝑏 𝑎 − 𝑏. 𝑇0 ) 𝒀∗ = det(𝐴1) det(𝐴) = 𝑰𝟎+𝑮𝟎+𝒂−𝒃.𝑻𝟎 𝟏−𝒃 𝑪∗ = det(𝐴2) det(𝐴) = 𝒂−𝒃.𝑻𝟎+𝒃.(𝑰𝟎+𝑮𝟎) 𝟏−𝒃 Qual a variação de (𝑌) dado variações em (𝐼0)? 𝒀∗ = 𝑰𝟎 𝟏−𝒃 + 𝐺0+𝑎−𝑏.𝑇0 1−𝑏 ∆𝑌∗ = ∆𝐼0 1−𝑏 → ∆𝒀∗ ∆𝑰𝟎 = 𝟏 𝟏−𝒃 Lista.03 – Resolver #01) Dado { 𝑌 = 𝐶 + 𝐼0 + 𝐺0 𝐶 = 25 + 0,8. (𝑌 − 𝑇0) a) Indique as variáveis endógenas e as exógenas b) Represente o sistema matricialmente UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 28 c) Calcule (𝑌∗) se 𝐼0 = 100, 𝐺0 = 75 e 𝑇0 = 100. d) Se o Investimento cair para 𝐼0 = 60, qual será a nova renda de equilíbrio? e) Se o Investimento subir para 𝐼0 = 120, qual será a nova renda de equilíbrio? f) Se os Gastos aumentarem para 𝐺0 = 95, qual será a nova renda de equilíbrio? [Respostas: c) 𝒀∗ = 𝟔𝟎𝟎; d) 𝒀∗ = 𝟒𝟎𝟎; e) 𝒀∗ = 𝟕𝟎𝟎; f) 𝒀∗ = 𝟕𝟎𝟎] #02) Modelo Keynesiano com Economia Aberta Sejam (𝑿𝟎) nível de exportação e (𝑴𝟎) nível de importação. Pode-se reecrever (𝑌) como: 𝒀 = 𝑪 + 𝑰𝟎 + 𝑮𝟎 + (𝑿𝟎 −𝑴) Admitindo um comportamento linear para (𝑀) em função da renda disponível tem-se: 𝑴 = 𝒖 + 𝒗. 𝒀𝑫 Onde: 𝑌𝐷 = 𝑌 − 𝑇 Então temos: { 𝑌 = 𝐶+ 𝐼0 + 𝐺0 + 𝑋0 −𝑀 𝐶 = 𝑎 + 𝑏. 𝑌𝐷 𝑀 = 𝑢 + 𝑣. 𝑌𝐷 a) Quais são as variáveis endógenas e quais são as variáveis exógenas? b) Escreva matricialmente o problema. c) Calcule as expressões de 𝑌∗ e 𝑀∗. d) Calcule a expressão para ∆𝒀∗ ∆𝑰𝟎 . Respostas: c) 𝒀∗ = 𝑰𝟎+𝑮𝟎+𝑿𝟎−𝒖+𝒗.𝑻𝟎+𝒂−𝒃.𝑻𝟎 𝟏−𝒃+𝒗 𝑴∗ = [𝒖−𝒗.𝑻𝟎]+𝒗.[𝒂−𝒃.𝑻𝟎]+𝒗.[𝑰𝟎+𝑮𝟎+𝑿𝟎]−𝒃.[𝒖−𝒗.𝑻𝟎] 𝟏−𝒃+𝒗 d) ∆𝒀∗ ∆𝑰𝟎 = 𝟏 𝟏−𝒃+𝒗 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 29 Análise Econômica – parte 02 Cálculo de Matriz Inversa (𝑨−𝟏) Se uma matriz 𝐴𝑛𝑥𝑛 tem det (𝐴) ≠ 0, então é possível calcular a inversa, e um modo algébrico de proceder com esse cálculo é dado pela seguinte expressão: 𝑨−𝟏 = 𝟏 |𝑨| . 𝑨𝒅𝒋(𝑨) Onde a matriz Adjunta(A) é dada por: 𝑨𝒅𝒋(𝑨) = [𝑪𝒐𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓𝒂(𝑨)]𝒕 E, por sua vez, a matriz CoFatora(A) é dada por elementos: 𝒄𝒊𝒋 = (−𝟏) 𝒊+𝒋.𝑴𝒆𝒏𝒐𝒓𝑷𝒓𝒊𝒏𝒄𝒊𝒍𝒊𝒋 Exemplo.01 𝐴 = ( 3 2 1 0 ), calcule 𝐴−1 pela expressão da matriz Adj(A): Resolvendo: 𝑐11 = (−1) 1+1. |0| = 0 𝑐12 = (−1) 1+2. |1| = −1 𝑐21 = (−1) 2+1. |2| = −2 𝑐22 = (−1) 2+2. |3| = 3 Portanto: 𝐶 = ( 0 −1 −2 3 ), e então 𝑨𝒅𝒋(𝑨) = 𝑪𝒕 = ( 0 −2 −1 3 ) Como temos: 𝑨−𝟏 = 𝟏 |𝑨| . 𝑨𝒅𝒋(𝑨) e |𝑨| = −𝟐 Então 𝑨−𝟏 = − 1 2 . ( 0 −2 −1 3 ) = ( 𝟎 𝟏 𝟏 𝟐 − 𝟑 𝟐 ) UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 30 Lista.06 – resolver Seção 5.4 #02 a) , b) , c) e d) #04 a) , b) , c) e d) #02 Encontre a inversa de cada uma das seguintes matrizes a) 𝐴 = ( 5 2 0 1 ) b) 𝐵 = ( −1 0 9 2 ) c) 𝐶 = ( 3 7 3 −1 ) d) 𝐷 = ( 7 6 0 3 ) #04 Encontre a inversa de cada uma das seguintes matrizes a) 𝐴 = ( 4 −2 1 7 3 0 2 0 1 ) b) 𝐵 = ( 1 −1 2 1 0 3 4 0 2 ) c) 𝐶 = ( 1 0 0 0 0 1 0 1 0 ) d) 𝐷 = ( 1 0 0 0 1 0 0 0 1 ) UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 31 Análise de Estática Comparativa Seja o modelo linear de Oferta e Demanda dado por: { 𝑄𝐷 = 𝑎 − 𝑏. 𝑃 (𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟 𝑑𝑒𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒) 𝑄𝑆 = −𝑐 + 𝑑. 𝑃 (𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒) Sendo: { 𝑎, 𝑏 > 0 𝑐, 𝑑 > 0 Tem-se como solução 𝑷∗ = 𝒂+𝒄 𝒃+𝒅 (Preço de Equilíbrio como função dos parâmetros) 𝑸∗ = ( 𝒂𝒅−𝒃𝒄 𝒃+𝒅 ), o que exige [𝑎𝑑 > 𝑏𝑐], para fazer sentido econômico. Estática Comparativa Para sabermos como uma variação infinitesimal de um dos parâmetros afetará (𝑃∗), basta diferenciar parcialmente 𝑃∗ em relação a cada um dos parâmetros, o que nos leva para a mensuração da variação de 𝑃∗ dado um incremento infinitesimal do parâmetro de interesse. Para esse modelo temos: 𝝏𝑷∗ 𝝏𝒂 = 𝟏 𝒃+𝒅 [> 0] variação positiva 𝝏𝑷∗ 𝝏𝒃 = − (𝒂+𝒄) (𝒃+𝒅)𝟐 [< 0] variação negativa 𝝏𝑷∗ 𝝏𝒄 = 𝟏 𝒃+𝒅 [> 0] variação positiva 𝝏𝑷∗ 𝝏𝒅 = − (𝒂+𝒄) (𝒃+𝒅)𝟐 [< 0] variação negativa a -c Q* P* S D Q P UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 32 Ou seja, alterações em (𝑎) 𝑒 (𝑏) movimentam a curva de Demanda, e alterações em (𝑐) 𝑒 (𝑑) movimentam a curva de Oferta, e determinam um novo ponto de equilíbrio. Lista.07 – resolver #01 (Seção 7.5 exercício 01) Encontre a analise o sinal das variações dadas por 𝜕𝑄∗ 𝜕𝑎 , 𝜕𝑄∗ 𝜕𝑏 , 𝜕𝑄∗ 𝜕𝑐 e 𝜕𝑄∗ 𝜕𝑑 . #02 Encontre o equilíbrio (𝑝∗, 𝑞∗), do sistema a seguir, e calcule 𝜕𝑝∗ 𝜕𝑦 e 𝜕𝑝∗ 𝜕𝑘 . { 𝑞𝑑 = 𝛼 − 𝛽. 𝑝 + 𝛾. 𝑦 𝑞𝑠 = 𝜆 + 𝜃. 𝑝 − 𝜀. 𝑘 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 (𝛽, 𝛾 > 0) 𝑒 (𝜃, 𝜀 > 0) Variáveis Endógenas: q e p. Variáveis Exógenas: y e k ( renda e custo de capital). UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 33 #03 Encontre o equilíbrio (𝑝∗, 𝑞∗), do sistema a seguir, e calcule 𝜕𝑞∗ 𝜕𝑦 , 𝜕𝑞∗ 𝜕𝑘 , 𝜕𝑝∗ 𝜕𝑦 e 𝜕𝑝∗ 𝜕𝑘 . { 𝑞𝑑 = 3 − 2. 𝑝 + 4. 𝑦 𝑞𝑠 = 5 + 3. 𝑝 − 2. 𝑘 Variáveis Endógenas: q e p. Variáveis Exógenas: y e k ( renda e custo de capital). #04 Encontre o equilíbrio (𝑌∗, 𝐶∗, 𝑇∗), do sistema a seguir, e calcule 𝜕𝑌∗ 𝜕𝑡 , 𝜕𝐶∗ 𝜕𝑡 e 𝜕𝑇∗ 𝜕𝑡 . { 𝑌 = 𝐶 + 𝐼0 + 𝐺0 𝐶 = 𝑐0 + 𝛽. (𝑌 − 𝑇) 𝑇 = 𝑡. 𝑌 (𝑐0 > 0; 0 < 𝛽 < 1; 0 < 𝑡 < 1) Modelos de Insumo-Produto de Leontief O professor Wassily Leontief foi prêmio Nobel pela solução de: “Que nível de produto cada uma das (n) indústrias de uma economia deve produzir, de modo que seja exatamente suficiente para satisfazer a demanda total por aquele produto? ”. Análise Insumo-Produto: o produto de qualquer indústria é necessário como insumo de várias outras indústrias. Estrutura de um Modelo Insumo-Produto: Grande número de indústrias Por simplificação adotamos as hipóteses: 1) Cada indústria produz apenas uma mercadoria homogênea (02 ou mais mercadorias podem ser pensadas em proporções fixas). 2) Cada indústria usa uma razão fixa de insumos (ou combinações) para a produção de seu produto. 3) A produção em todas as indústrias está sujeita a rendimentos constantes de escala (𝑓(𝑘. 𝑥1, … , 𝑘. 𝑥2) = 𝑘 1. 𝑓(𝑥1, … , 𝑥𝑛)) UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 34 Observação: se uma indústria produz duas mercadorias diferentes ou duas combinações possíveis de fatores, então, ela pode ser encarada como duas indústrias separadas. Para produzir uma unidade da j-ésima mercadoria as quantidades dos insumos necessários são 𝑎1𝑗 , 𝑎2𝑗 , … , 𝑎𝑛𝑗. Onde temos: 𝑎𝑖𝑗 relacionando insumo (𝒊) e produto (𝒋). Modelo Aberto Se além das (𝑛) indústrias o modelo tiver um setor “aberto” (externo ao modelo, como, por exemplo, famílias, governo ou países estrangeiros) que determine exogenamente uma demanda final (ou seja, não intermediária) pelo produto de cada indústria e que fornece um insumo primário não produzido pelas (𝑛) indústrias, então chamamos de modelo aberto. Para atender a condição de modelo aberto a soma dos elementos de cada coluna não pode exceder 1. Assim temos: ∑ 𝑎𝑖𝑗 𝑛 𝑖=1 < 1 para cada 𝑗 = 1, 2, … , 𝑛 𝐼 𝐼𝐼 𝑁 𝐼 𝐼𝐼 𝑁 ( 𝑎11 𝑎12 … 𝑎1𝑛 𝑎21 𝑎22 … 𝑎2𝑛 ⋮ ⋮ ⋮ 𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 … 𝑎𝑛𝑛 ) 𝑛𝑥𝑛 Se a indústria (𝐼) opera a um nível de produção exatamente igual ao necessário para satisfazer as necessidades das (𝑛) indústrias, assim como a demanda final do setor aberto, então seu nível de produção (𝑥1) deve atender a seguinte condição: 𝑥1 = 𝑎11. 𝑥1 + 𝑎12. 𝑥2 +⋯+ 𝑎1𝑛. 𝑥𝑛 + 𝒅𝟏 Onde temos: 𝑑1: demanda final pelo produto 𝑥1. 𝑎𝑖𝑗: requisição do insumo (𝑖) pela indústria (𝑗). PRODUTO IN SU M O UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 35 Para os produtos 𝑥2 a 𝑥𝑛 devemos também impor que: 𝑥2 = 𝑎21. 𝑥1 + 𝑎22. 𝑥2 +⋯+ 𝑎2𝑛. 𝑥𝑛 + 𝒅𝟐 ⋮ 𝑥𝑛 = 𝑎𝑛1. 𝑥1 + 𝑎𝑛2. 𝑥2 +⋯+ 𝑎𝑛𝑛. 𝑥𝑛 + 𝒅𝒏 Isso nos leva a: { (1 − 𝑎11). 𝑥1 − 𝑎12. 𝑥2 −⋯− 𝑎1𝑛. 𝑥𝑛 = 𝑑1 −𝑎21. 𝑥1 + (1 − 𝑎22). 𝑥2 −⋯− 𝑎2𝑛. 𝑥𝑛 = 𝑑2 ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ −𝑎𝑛1. 𝑥1 − 𝑎𝑛2. 𝑥2 −⋯+ (1 − 𝑎𝑛𝑛). 𝑥𝑛 = 𝑑𝑛 Matricialmente temos: ( (1 − 𝑎11) − 𝑎12 … − 𝑎1𝑛 −𝑎21 (1 − 𝑎22) … − 𝑎2𝑛 ⋮ ⋮ ⋮ −𝑎𝑛1 − 𝑎𝑛2 … (1 − 𝑎𝑛𝑛) ) 𝑛𝑥𝑛 . ( 𝑥1 𝑥2 ⋮ 𝑥𝑛 ) 𝑛𝑥1 = ( 𝑑1 𝑑2 ⋮ 𝑑𝑛 ) 𝑛𝑥1Assim temos que: (𝑰 − 𝑨). 𝑥 = 𝑑 Onde (𝐼 − 𝐴) é a denominada Matriz de Liontief. Se existir a inversa de (𝐼 − 𝐴), então temos: 𝒙∗ = (𝑰 − 𝑨)−𝟏. 𝒅 Exemplo numérico de Matriz Insumo-Produto Seja 𝐴 = ( 0,2 0,3 0,2 0,4 0,1 0,2 0,1 0,3 0,2 ) e 𝑑𝑡 = [10 5 6] (Observação: lê-se, por exemplo, “são necessários U$ 0,4 cents da mercadoria (𝐼𝐼) para produzir U$ 1,00 da mercadoria (𝐼)”). Então teremos (𝐼 − 𝐴) = ( 0,8 −0,3 −0,2 −0,4 0,9 −0,2 −0,1 −0,3 0,8 ) UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 36 Como ( 𝑥1 ∗ 𝑥2 ∗ 𝑥3 ∗ ) = (𝐼 − 𝐴)−1. 𝑑 Então temos 𝑀(𝐼−𝐴) = ( |𝑀11| |𝑀12| |𝑀13| |𝑀21| |𝑀22| |𝑀23| |𝑀31| |𝑀32| |𝑀33| ) 𝑀(𝐼−𝐴) = ( | 0,9 −0,2 −0,3 0,8 | | −0,4 −0,2 −0,1 0,8 | | −0,4 0,9 −0,1 −0,3 | | −0,3 0,2 −0,3 0,8 | | 0,8 −0,2 −0,1 0,8 | | 0,8 −0,3 −0,1 −0,3 | | −0,3 −0,2 0,9 −0,2 | | 0,8 −0,2 −0,4 −0,2 | | 0,8 −0,3 −0,4 0,9 |) 𝑀(𝐼−𝐴) = ( (0,72 − 0,06) (−0,32 − 0,02) (0,12 + 0,09) (−0,24 − 0,06) (0,64 − 0,02) (−0,24 − 0,03) (0,06 + 0,18) (−0,16 − 0,08) (0,72 − 0,12) ) 𝑀(𝐼−𝐴) = ( 0,66 −0,34 0,21 −0,30 0,62 −0,27 0,24 −0,24 0,60 ) (𝑴(𝑰−𝑨)) 𝒕 = ( 0,66 −0,30 0,24 −0,34 0,62 −0,24 0,21 −0,27 0,60 ) (𝑪𝒐𝑭𝒂𝒕(𝑰 − 𝑨))𝒕 = ( 𝟎, 𝟔𝟔 𝟎, 𝟑𝟎 𝟎, 𝟐𝟒 𝟎, 𝟑𝟒 𝟎, 𝟔𝟐 𝟎, 𝟐𝟒 𝟎, 𝟐𝟏 𝟎, 𝟐𝟕 𝟎, 𝟔𝟎 ) Teremos ( 𝑥1 ∗ 𝑥2 ∗ 𝑥3 ∗ ) = 1 0,384 . ( 0,66 0,3 0,24 0,34 0,62 0,24 0,21 0,27 0,60 ) . ( 10 5 6 ) UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 37 Assim temos: 𝒙𝟏 ∗ = 1 0,384 . [0,66. (10) + 0,30. (5) + 0,24. (6)] = 𝟗, 𝟓𝟒 𝟎, 𝟑𝟖𝟒 = 𝟐𝟒, 𝟖𝟒 𝒙𝟐 ∗ = 1 0,384 . [0,34. (10) + 0,62. (5) + 0,24. (6)] = 𝟕, 𝟗𝟒 𝟎, 𝟑𝟖𝟒 = 𝟐𝟎, 𝟔𝟖 𝒙𝟑 ∗ = 1 0,384 . [0,21. (10) + 0,27. (5) + 0,60. (6)] = 𝟕, 𝟎𝟓 𝟎, 𝟑𝟖𝟒 = 𝟏𝟖, 𝟑𝟔 Portanto, temos: ( 𝒙𝟏 ∗ 𝒙𝟐 ∗ 𝒙𝟑 ∗ ) = ( 𝟐𝟒, 𝟖𝟒 𝟐𝟎, 𝟔𝟖 𝟏𝟖, 𝟑𝟔 ) bi de dólares. Demais conclusões do modelo 1) Como em cada coluna encontramos: { 𝑎01 = 1 − 0,7 = 0,3 𝑎02 = 1 − 0,7 = 0,3 𝑎03 = 1 − 0,6 = 0,4 Onde (𝑎0𝑗) é a quantidade em dólares do insumo primário utilizado para obter 01 dólar da j-ésima mercadoria. 𝑎01. 𝑥1 ∗ + 𝑎02. 𝑥2 ∗ + 𝑎03. 𝑥3 ∗ = = 0,3 ∗ (24,84) + 0,3 ∗ (20,68) + 0,4 ∗ (18,36) = 𝑼$𝟐𝟏 𝒃𝒊𝒍𝒉õ𝒆𝒔 Para atender a demanda final 𝒅𝒕 = [𝟏𝟎 𝟓 𝟔] é necessário como gastos de insumo primário U$21 bilhões. 2) Se os coeficiente da matriz inversa, (𝐼 − 𝐴)−1, não forem alterados – ou seja, se a relação Insumo-Produto das (𝑛) indústrias não se alterar – podemos testar para qualquer combinação de demanda final 𝑑𝑡 = [𝑑1 𝑑2…𝑑𝑛] os valores de (𝑥 ∗)𝑡 = [𝑥1 ∗ 𝑥2 ∗ … 𝑥𝑛 ∗] e assim identificar os gastos com insumos primários. UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 38 Análise Dinâmica Dinâmica: determinação e estudo das trajetórias temporais específicas das variáveis do modelo. Estuda-se também se, dado tempo suficiente, essas variáveis tenderão a convergir para certos valores de equilíbrio. Na Estática sempre adotamos a hipótese implícita de que o processo de ajustamento econômico conduz inevitavelmente ao equilíbrio. Na Dinâmica, ao invés de admitirmos a inexistência/existência do equilíbrio, estuda-se as trajetórias e condições de convergências ao equilíbrio. Tempo Discreto Vs. Tempo Contínuo Discreto: variável sofre alterações em determinados instantes de tempo de forma enumerável (por exemplo, mês 1, mês 2, ..., mês n). Contínuo: variável sofre alterações em cada ponto do tempo (por exemplos, variável aleatória contínua, ou acumulação contínua do capital no tempo). Dinâmica e Integração Modelo Estático Achar valores das variáveis endógenas que satisfazem certas condições de equilíbrio específicas. Modelo Dinâmico Determinar trajetória temporal de alguma variável com base em algum padrão conhecido de mudança. Exemplo Vamos supor que a população H varia ao longo do tempo com a taxa 𝑑𝐻 𝑑𝑡 = 𝑡− 1 2 Procura-se então a determinação da função, que representa a trajetória temporal 𝐻(𝑡), que resulta na taxa 𝑑𝐻 𝑑𝑡 . Assim tempos: 𝐻(𝑡) = 2. 𝑡 1 2 + 𝑐 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 39 E dessa forma, para cada 𝐻(𝑡 = 0) = ℎ0 temos níveis diferentes da trajetória no instante 𝑡 = 0. Modelos Contínuos Integrais Equações Diferenciais Modelos Discretos Somatórias Equações a Diferenças Finitas Regras de Integração Integral Indefinida Se 𝑑 𝑑𝑥 𝐹(𝑥) = 𝑓(𝑥) → ∫ 𝑓(𝑥). 𝑑𝑥 = 𝐹(𝑥) + 𝑐 Regra I (regra da potência) ∫𝒙𝒏𝒅𝒙 = 𝟏 𝒏+𝟏 . 𝒙𝒏+𝟏 + 𝒄 (𝑛 ≠ −1) Regra II (Exponencial) ∫ 𝑒𝑥 𝑑𝑥 = 𝑒𝑥 + 𝑐 ∫ 𝑒𝑢(𝑥) 𝑑𝑥 = 1 𝑑 𝑑𝑥 (𝑢(𝑥)) . 𝑒𝑢(𝑥) + 𝑐 Regra II.(a): ∫𝒇′(𝒙) . 𝒆𝒇(𝒙)𝒅𝒙 = 𝒆𝒇(𝒙) + 𝒄 Regra III (Logarítima) ∫ 1 𝑥 𝑑𝑥 = ln(𝑥) + 𝑐 (𝑥 > 0) ou = 𝑙𝑛|𝑥| + 𝑐 (𝑥 ≠ 0) UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 40 Regra III.(a): ∫ 𝒇′(𝒙) 𝒇(𝒙) 𝒅𝒙 = 𝐥𝐧(𝒇(𝒙)) + 𝒄 (𝒇(𝒙) > 𝟎) ou = 𝐥𝐧|𝒇(𝒙)| + 𝒄 (𝒇(𝒙) ≠ 𝟎) Regra IV (integral de uma soma) ∫[𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)]𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫𝑔(𝑥)𝑑𝑥 Regra V (multiplicação escalar) ∫ 𝑘. 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑘. ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 Regra VI (regra da substituição) ∫ 𝑓(𝑢) . 𝑑𝑢 𝑑𝑥 . 𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑢) 𝑑𝑢 = 𝐹(𝑢) + 𝑐 Observação: após resolver a integral, fazemos a substituição de 𝑢(𝑥) em 𝐹(𝑢). Regra VII (integral por partes) ∫𝑢 . 𝑑𝑣 = 𝑢. 𝑣 − ∫ 𝑣 . 𝑑𝑢 Note que: ∫ 𝑢 𝑏 𝑎 . 𝑑𝑣 = 𝑢. 𝑣| 𝑏 𝑎 − ∫ 𝑣 𝑏 𝑎 . 𝑑𝑢 Exemplo.01 ∫(𝑥3 + 𝑥 + 1) 𝑑𝑥 = 𝑥4 4 + 𝑥2 2 + 𝑥 + 𝑐 Exemplo.02 ∫ (2. 𝑒2𝑥 + 14𝑥 7𝑥2+5 ) 𝑑𝑥 = 𝑒2𝑥 + ln(7𝑥2 + 5) + 𝑐 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 41 Lista.08 – resolver Seção 14.2 Seção 14.3 (#01 e #02) Seção 14.2 #01 Resolva as seguintes integrais: a) ∫ 16 𝑥−3𝑑𝑥 b) ∫ 9 𝑥8𝑑𝑥 c) ∫(𝑥5 − 3𝑥) 𝑑𝑥 d) ∫ 2. 𝑒−2𝑥 𝑑𝑥 e) ∫ 4𝑥 𝑥2+1 𝑑𝑥 #02 Resolva as seguintes integrais: a) ∫ 13 𝑒𝑥𝑑𝑥 b) ∫ (3𝑒𝑥 + 4 𝑥 ) 𝑑𝑥 c) ∫ (5𝑒𝑥 + 3 𝑥2 ) 𝑑𝑥 d) ∫ 3. 𝑒−(2𝑥+7) 𝑑𝑥 e) ∫ 4𝑥. 𝑒𝑥 2+3 𝑑𝑥 f) ∫ 𝑥. 𝑒𝑥 2+9 𝑑𝑥 #03 Resolva as seguintes integrais: a) ∫ 3 𝑥 𝑑𝑥 b) ∫ 1 𝑥−2 𝑑𝑥 c) ∫ 2𝑥 𝑥2+3 𝑑𝑥 d) ∫ 𝑥 3𝑥2+5 𝑑𝑥 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 42 Integrais Definidas ∫ 𝒇(𝒙) 𝒃 𝒂 . 𝒅𝒙 = [𝑭(𝒙)]| 𝒃 𝒂 = 𝑭(𝒃) − 𝑭(𝒂) Seção 14.3 #01 Calcule as seguintes integrais: a) ∫ 1 2 3 1 𝑥2𝑑𝑥 b) ∫ 𝑥. (𝑥2 + 6) 1 0 𝑑𝑥 c) ∫ 3√𝑥 3 1 𝑑𝑥 d) ∫ (𝑥3 − 6𝑥2) 4 2 𝑑𝑥 e) ∫ (𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐) 1 −1 𝑑𝑥 f) ∫ 𝑥2. ( 1 3 𝑥3 + 1) 2 4 𝑑𝑥 #02 Calcule as seguintes integrais: a) ∫ 𝑒−2𝑥 2 1 𝑑𝑥 b) ∫ 1 𝑥+2 𝑒−2 −1 𝑑𝑥 c) ∫ (𝑒2𝑥 + 𝑒𝑥) 3 2 𝑑𝑥 d) ∫ ( 1 𝑥 + 1 1+𝑥 ) 6 𝑒 𝑑𝑥 Integrais Impróprias Quando temos integrais definidas da forma: ∫ 𝑓(𝑥) ∞ 𝑎 . 𝑑𝑥 ou ∫ 𝑓(𝑥) 𝑏 −∞ . 𝑑𝑥 ou ∫ 𝑓(𝑥) ∞ −∞ . 𝑑𝑥 Com o limite de integração inferior, ou o limite superior, ou ambos, com o valor INFINITO, nos referimos a elas como integrais impróprias. UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 43 Não será imprópria se o limite ao INFINITO gerar um valor convergente para a função primitiva, que se pretende calcular a integral. Exemplo ∫ 𝟏𝒙𝟐 ∞ 𝟏 𝒅𝒙 = − 1 𝑥 | 1 ∞ = 0 + 1 = 𝟏 Tempo Contínuo: Equações Diferenciais de Primeira Ordem Ordem: indica a mais alta ordem das derivadas (ou diferenciais) que aparecem na equação diferencial. Uma equação diferencial de 1ª ordem pode conter apenas derivadas primeiras, como por exemplo 𝑑𝑦 𝑑𝑡 . Equações Diferenciais Lineares de Primeira Ordem com Termo e Coeficientes Constantes A derivada primeira ( 𝑑𝑦 𝑑𝑡 ) é a única que pode figurar em uma E.D.O. (equação diferencial ordinária) de 1ª ordem, porém ela pode estar elevada a qualquer potência como: ( 𝑑𝑦 𝑑𝑡 ), ( 𝑑𝑦 𝑑𝑡 ) 2 , ( 𝑑𝑦 𝑑𝑡 ) 3 , ..., ( 𝑑𝑦 𝑑𝑡 ) 𝑛 . A mais alta potência à qual está elevada a derivada na equação determina o grau da Equação Diferencial. No caso de aparecer somente ( 𝑑𝑦 𝑑𝑡 ) temos apenas primeiro grau. Se não ocorrer 𝑦. ( 𝑑𝑦 𝑑𝑡 ) na equação, então temos uma equação linear. Uma E.D.O. linear de 1ª ordem assume em sua forma geral: 𝒅𝒚 𝒅𝒕 + 𝒖(𝒕). 𝒚 = 𝒘(𝒕) Onde 𝑢(𝑡) e 𝑤(𝑡) são funções de (𝑡), tal como (𝑦). UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 44 Caso Homogêneo 𝒅𝒚 𝒅𝒕 + 𝒂. 𝒚(𝒕) = 𝟎 (𝒂 é 𝒄𝒕𝒆) Solução: 𝒅𝒚 𝒅𝒕 = −𝒂. 𝒚(𝒕) Integrando ambos os lados em (𝑡) temos: ∫( 𝒅𝒚 𝒅𝒕 )𝒅𝒕 = ∫(−𝒂. 𝒚(𝒕))𝒅𝒕 Como (𝑦) depende de (𝑡) então não podemos determinar a solução da integral em função de (𝑡) sem saber qual é a função. Novamente: 𝒅𝒚 𝒅𝒕 = −𝒂. 𝒚(𝒕) → 𝟏 𝒚(𝒕) . 𝒅𝒚 𝒅𝒕 = −𝒂 Integrando ambos os lados: ∫( 𝟏 𝒚(𝒕) . 𝒅𝒚 𝒅𝒕 )𝒅𝒕 = ∫(−𝒂)𝒅𝒕 O que implica em: ln(𝑦) = −𝑎. 𝑡 + 𝑐 Portanto: 𝑦(𝑡) = 𝑒−𝑎.𝑡+𝑐 → 𝑦(𝑡) = 𝑒𝐶 . 𝑒−𝑎𝑡 O que nos leva a: 𝒚(𝒕) = 𝑨. 𝒆−𝒂𝒕 Dessa forma, sendo 𝑦(0) = 𝐴 → 𝑦(𝑡) = 𝑦(0). 𝑒−𝑎𝑡 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 45 Portanto: 𝑦(𝑡) = { 𝐴. 𝑒−𝑎𝑡 (𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑙) 𝑦(0). 𝑒−𝑎𝑡 (𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎 − 𝑑𝑎𝑑𝑎 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙) Observação: é importante notar que as solução de E.D.O não são um número ou valor, mas uma função de (𝑡), tal como 𝑦(𝑡). Caso Não-Homogêneo 𝒅𝒚 𝒅𝒕 + 𝒂. 𝒚(𝒕) = 𝒃 (𝒂, 𝒃 𝒔ã𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔) A solução deste tipo de equação é a combinação de dois termos: 𝒚(𝒕) = 𝒚𝑯(𝒕) + 𝒚𝑷(𝒕) 𝑦𝐻: solução da parte homogênea 𝑦𝑃: solução particular Como resolvido anteriormente, temos: 𝒅𝒚 𝒅𝒕 + 𝒂. 𝒚(𝒕) = 𝟎 com solução dada por 𝒚𝑯(𝒕) = 𝑨. 𝒆 −𝒂𝒕 A parte não homogênea seguirá o padrão de função dado pela expressão que aparece depois da igualdade na E.D.O, nesse caso uma constante (𝑏). A solução particular 𝑦𝑝(𝑡) é simplesmente qualquer solução particular da equação diferencial. A forma funcional da solução particular deve ser matematicamente semelhante a parte não-homogênea da equação diferencial. Como a parte não homogênea, neste exemplo, é dada por (𝑏) propomos então 𝑦𝑃(𝑡) = 𝑘, constante. Assim temos: 𝑦𝑃(𝑡) = 𝑘 o que implica em 𝑑𝑦(𝑡) 𝑑𝑡 = 0 Substituindo na equação temos: → 𝒅𝒚 𝒅𝒕 + 𝒂. 𝒚(𝒕) = 𝒃 → 0 + 𝑎. (𝑘) = 𝑏 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 46 Portanto: 𝑘 = 𝑏 𝑎 (𝑎 ≠ 0) o que nos leva a 𝒚𝑷(𝒕) = 𝒃 𝒂 Assim então, a solução geral da E.D.O é dada por: 𝒚(𝒕) = 𝑨. 𝒆−𝒂𝒕 + 𝒃 𝒂 Substituindo a condição inicial 𝒚(𝟎), temos: → 𝑦(0) = 𝐴. 𝑒0 + 𝑏 𝑎 → 𝑦(0) = 𝐴. 1 + 𝑏 𝑎 → 𝑨 = (𝒚(𝟎) − 𝒃 𝒂 ) Portanto, dada a E.D.O.: 𝒅𝒚 𝒅𝒕 + 𝒂. 𝒚(𝒕) = 𝒃 𝒄𝒐𝒎 𝒚(𝟎) Temos 𝑦(𝑡) = 𝑦𝐻(𝑡) + 𝑦𝑃(𝑡) 𝒚(𝒕) = (𝒚(𝟎) − 𝒃 𝒂 ) . 𝒆−𝒂𝒕 + 𝒃 𝒂 Exemplo.01 𝒅𝒚 𝒅𝒕 + 𝟐𝒚 = 𝟔 com a condição inicial 𝑦(0) = 10 𝑦(𝑡) = (𝑦(0) − 𝑏 𝑎 ) . 𝑒−𝑎𝑡 + 𝑏 𝑎 𝑦(𝑡) = (10 − 6 2 ) . 𝑒−2𝑡 + 6 2 𝒚(𝒕) = 𝟕. 𝒆−𝟐𝒕 + 𝟑 Exemplo.02 𝒅𝒚 𝒅𝒕 + 𝟒𝒚 = 𝟎 com a condição inicial 𝑦(0) = 1 𝑦(𝑡) = (𝑦(0) − 𝑏 𝑎 ) . 𝑒−𝑎𝑡 + 𝑏 𝑎 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 47 𝑦(𝑡) = (1 − 0). 𝑒−4𝑡 + 0 𝒚(𝒕) = 𝒆−𝟒𝒕 Lista.09 – resolver Seção 15.1 (#01 e #03) #01 Encontre 𝑦𝐻, 𝑦𝑃, a solução geral e a solução definida, e teste a solução encontrada para confirmar sua resposta: a) 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 4𝑦 = 12 𝑦(0) = 2 b) 𝑑𝑦 𝑑𝑡 − 2𝑦 = 0 𝑦(0) = 9 c) 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 10𝑦 = 15 𝑦(0) = 0 d) 2 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 4𝑦 = 6 𝑦(0) = 3 2 #03 Encontre 𝑦𝐻, 𝑦𝑃, a solução geral e a solução definida, e teste a solução encontrada para confirmar sua resposta: a) 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 𝑦 = 4 𝑦(0) = 0 b) 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 23 𝑦(0) = 1 c) 𝑑𝑦 𝑑𝑡 − 5𝑦 = 0 𝑦(0) = 6 d) 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 3𝑦 = 2 𝑦(0) = 4 e) 𝑑𝑦 𝑑𝑡 − 7𝑦 = 7 𝑦(0) = 7 f) 3 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 6𝑦 = 5 𝑦(0) = 0 Teste da Solução UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 48 Uma característica comum a todas as EDO’s é o fato de que sua validade de solução pode sempre ser testada por meio da diferenciação e substituição dos fatores correspondentes na equação principal. Dinâmica do Preço – no equilíbrio da oferta e da demanda Suponha a seguinte estrutura de mercado: { 𝑄𝑑 = 𝛼 − 𝛽. 𝑃 (𝛼, 𝛽 > 0) 𝑄𝑠 = −𝛾 + 𝛿. 𝑃 (𝛾, 𝛿 > 0) → 𝑷∗ = 𝜶+𝜸 𝜷+𝜹 (esse resultado é um valor constante positivo) Seja um preço inicial dado por 𝑃(0), de tal forma que: { 𝑃(0) = 𝑃∗ ∶ 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜 𝑃(0) ≠ 𝑃∗ ∶ 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑟á 𝑠𝑒 𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑟 Trajetória Temporal Vamos super que a taxa de variação de preços, em relação ao tempo, seja diretamente proporcional ao excesso de demanda [𝑄𝑑 − 𝑄𝑠]. Assim temos: 𝒅𝑷 𝒅𝒕 = 𝒋. [𝑸𝒅 − 𝑸𝒔] 𝑐𝑜𝑚 (𝑗 > 0) Esse padrão de variação de preços, no tempo, implica em 𝑑𝑃 𝑑𝑡 = 0 ↔ 𝑄𝑑 = 𝑄𝑠 Substituindo as expressões de 𝑄𝑑 e 𝑄𝑠 temos que: 𝒅𝑷 𝒅𝒕 = 𝒋. [𝑸𝒅 − 𝑸𝒔] → 𝑑𝑃 𝑑𝑡 = 𝑗. [𝛼 − 𝛽. 𝑃 + 𝛾 − 𝛿. 𝑃] → 𝑑𝑃 𝑑𝑡 = 𝑗. (𝛼 + 𝛾) − 𝑗. (𝛽 + 𝛿). 𝑃 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 49 Portanto temos a seguinte EDO: 𝒅𝑷 𝒅𝒕 + 𝒋. (𝜷 + 𝜹). 𝑷 = 𝒋. (𝜶 + 𝜸) Vamos relacionar com o caso: 𝒅𝒚 𝒅𝒕 + 𝒂. 𝒚(𝒕) = 𝒃 E a sua respectiva solução: 𝒚(𝒕) = 𝑨. 𝒆−𝒂𝒕 + 𝒃 𝒂 E dada uma condição inicial, 𝑦(0), assumirá a forma: 𝒚(𝒕) = (𝒚(𝟎) − 𝒃 𝒂 ) . 𝒆−𝒂𝒕 + 𝒃 𝒂 Desse modo temos que: 𝑃𝐻(𝑡) = 𝐴. 𝑒 −𝒋.(𝜷+𝜹).𝒕 E 𝑃𝑃(𝑡) = 𝜶 + 𝜸 𝜷 + 𝜹 Portanto a solução geral será dada por: 𝑃∗(𝑡) = 𝑃𝐻(𝑡) + 𝑃𝑃(𝑡) = 𝑨. 𝒆 −𝒋.(𝜷+𝜹).𝒕 + 𝜶 + 𝜸 𝜷 + 𝜹 Dada uma condição inicial 𝑃(0) temos então: 𝑃∗(𝑡) = [𝑷(𝟎) − 𝜶 + 𝜸 𝜷 + 𝜹 ] . 𝒆−𝒋.(𝜷+𝜹).𝒕 + 𝜶+ 𝜸 𝜷 + 𝜹 Como no equilíbrio 𝑃∗ = 𝛼+𝛾 𝛽+𝛿 , então a equação da dinâmica do Preço, no tempo ganha a seguinte forma: 𝑷∗(𝒕) = [𝑷(𝟎) − 𝑷∗]. 𝒆−𝒌.𝒕 + 𝑷∗ Onde: 𝒌 = 𝒋. (𝜷 + 𝜹) > 𝟎 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 50 Graficamente – dinâmica do Preço Note que: lim 𝑡→∞ 𝑃∗(𝑡) = lim 𝑡→∞ [𝑃(0)−𝑃∗] 𝑒𝑘.𝑡 + 𝑃∗ = 0 + 𝑃∗ = 𝑷∗ Equação Diferencial Ordinária de Primeira Ordem com COEFICIENTE VARIÁVEL E TERMO VARIÁVEL Uma E.D.O. linear de 1ª ordem assume em sua forma geral: 𝒅𝒚 𝒅𝒕 + 𝒖(𝒕). 𝒚 = 𝒘(𝒕) Caso Homogêneo 𝒘(𝒕) = 𝟎 𝒅𝒚 𝒅𝒕 + 𝒖(𝒕). 𝒚 = 𝟎→ 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = −𝑢(𝑡). 𝑦 → 𝑑𝑦 𝑦 = −𝑢(𝑡). 𝑑𝑡 → 𝑙𝑛(𝑦) + 𝑐 = −∫𝑢(𝑡) 𝑑𝑡 → 𝑙𝑛(𝑦) = −𝑐 − ∫𝑢(𝑡) 𝑑𝑡 → 𝑦(𝑡) = 𝑒−𝑐−∫𝑢(𝑡)𝑑𝑡 → 𝒚(𝒕) = 𝑨. 𝒆−∫𝒖(𝒕)𝒅𝒕 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 51 Exemplo: 𝒅𝒚 𝒅𝒕 + (𝟑𝒕𝟐). 𝒚 = 𝟎 → 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = −3. 𝑡2. 𝑦 → 𝑑𝑦 𝑦 = −3. 𝑡2. 𝑑𝑡 → 𝑙𝑛(𝑦) = −3. 𝑡3 3 + 𝑐 → 𝑦 = 𝑒−𝑡 3 . 𝑒𝑐 → 𝒚(𝒕) = 𝑨. 𝒆−𝒕 𝟑 Caso Não-Homogêneo e FATOR INTEGRANTE Para todos os casos onde: 𝒅𝒚 𝒅𝒕 + 𝒖(𝒕). 𝒚 = 𝒘(𝒕) Em que 𝑤(𝑡) ≠ 0, podemos determinar um fator integrante dado por: FATOR INTEGRANTE = 𝒆∫𝒖(𝒕)𝒅𝒕 Esse fator deve ser utilizado para reescrever o 1º membro da equação diferencial como o resultado da derivada de um produto, tal como: [𝒆∫𝒖(𝒕)𝒅𝒕]. [ 𝒅𝒚 𝒅𝒕 +𝒖(𝒕). 𝒚 = 𝒘(𝒕)] → 𝒅𝒚 𝒅𝒕 .𝒆∫𝒖(𝒕)𝒅𝒕 +𝒖(𝒕). 𝒆∫𝒖(𝒕)𝒅𝒕. 𝒚 = 𝒘(𝒕). 𝒆∫𝒖(𝒕)𝒅𝒕 → [𝒚. 𝒆∫𝒖(𝒕)𝒅𝒕] ′ = 𝒘(𝒕).𝒆∫𝒖(𝒕)𝒅𝒕 → 𝒚. 𝒆∫𝒖(𝒕)𝒅𝒕 + 𝒄𝟏 = ∫𝒘(𝒕). 𝒆∫𝒖 (𝒕)𝒅𝒕 𝒅𝒕 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 52 Portanto: 𝒚(𝒕) = 𝒄𝟐 + ∫𝒘(𝒕).𝒆 ∫𝒖(𝒕)𝒅𝒕 𝒅𝒕 𝒆∫𝒖(𝒕)𝒅𝒕 Exemplo 01: 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 4𝑡. 𝑦 = 4𝑡 Fator Integrante: 𝒆∫𝟒𝒕𝒅𝒕 = 𝒆𝟐𝒕 𝟐 Multiplicando: 𝑑𝑦 𝑑𝑡 . (𝒆𝟐𝒕 𝟐 ) + 4𝑡. (𝒆𝟐𝒕 𝟐 ). 𝑦 = 4𝑡. (𝒆𝟐𝒕 𝟐 ) → [𝑦. (𝒆𝟐𝒕 𝟐 )] ′ = 4𝑡. (𝒆𝟐𝒕 𝟐 ) → 𝑦. (𝒆𝟐𝒕 𝟐 ) + 𝐾 = ∫4𝑡. (𝒆𝟐𝒕 𝟐 ) 𝑑𝑡 → 𝑦. (𝒆𝟐𝒕 𝟐 ) = +𝐾 + 𝒆𝟐𝒕 𝟐 → 𝑦 = + 𝐾 (𝒆𝟐𝒕 𝟐 ) + 𝒆𝟐𝒕 𝟐 (𝒆𝟐𝒕 𝟐 ) Portanto: 𝒚(𝒕) = +𝑲. 𝒆−𝟐𝒕 𝟐 + 𝟏 Exemplo 02: 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 2𝑡. 𝑦 = 𝑡 𝑦(0) = 3 2 Fator Integrante: 𝒆∫𝟐𝒕𝒅𝒕 = 𝒆 𝟐𝒕𝟐 𝟐 = 𝒆𝒕 𝟐 Multiplicando: 𝑑𝑦 𝑑𝑡 . (𝒆𝒕 𝟐 ) + 2𝑡. (𝒆𝒕 𝟐 ). 𝑦 = 𝑡. (𝒆𝒕 𝟐 ) → [𝑦. (𝒆𝒕 𝟐 )] ′ = 𝑡. (𝒆𝒕 𝟐 ) UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 53 → 𝒚. (𝒆𝒕 𝟐 ) + 𝒄𝟏 = ∫𝒕. (𝒆 𝒕𝟐) 𝒅𝒕 Resolvendo ∫ 𝒕. (𝒆𝒕 𝟐 )𝒅𝒕, por substituição temos que 𝑢 = 𝑡2 → 𝑑𝑢 = 2𝑡. 𝑑𝑡 o que implica em: ∫𝒕. (𝒆𝒕 𝟐 )𝒅𝒕 = ∫ 1 2 . (𝑒u) 𝑑𝑡 = 1 2 . 𝑒𝑢 = 𝟏 𝟐 . 𝒆𝒕 𝟐 Voltando na Equação Diferencial temos: → 𝒚. (𝒆𝒕 𝟐 ) + 𝒄𝟏 = ∫𝒕. (𝒆 𝒕𝟐) 𝒅𝒕 → 𝒚. (𝒆𝒕 𝟐 ) + 𝒄𝟏 = 𝟏 𝟐 . 𝒆𝒕 𝟐 + 𝒄𝟐 → 𝒚(𝒕) = ( 𝟏 𝟐 .𝒆𝒕 𝟐 +𝒄) (𝒆𝒕 𝟐 ) → 𝒚(𝒕) = 𝟏 𝟐 + 𝒄 (𝒆𝒕 𝟐 ) = 𝟏 𝟐 + 𝒄. (𝒆−𝒕 𝟐 ) Substituindo a Condição Inicial 𝑦(0) = 3 2 temos: → 𝒚(𝒕) = 𝟏 𝟐 + 𝒄. (𝒆−𝒕 𝟐 ) → 3 2 = 1 2 + 𝑐. 𝑒0 → 𝑐 = 3 2 − 1 2 = 2 2 = 𝟏 Portanto: 𝒚(𝒕) = 𝟏 𝟐 + 𝒆−𝒕 𝟐 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 54 Lista.10 – resolver Seção 15.3 (#01 ao #06) Resolva as seguintes equações diferenciais lineares de primeira ordem. Se for dada a condição inicial, defina a constante arbitrária: #01 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 5𝑦 = 15 #02 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 2𝑡𝑦 = 0 #03 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 2𝑡𝑦 = 𝑡 𝑦(0) = 3 2 #04 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 𝑡2𝑦 = 5𝑡2 𝑦(0) = 6 #05 2 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 12𝑦 + 2𝑒𝑡 = 0 𝑦(0) = 6 7 #06 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 𝑦 = 𝑡 03 Tipos de Equações Diferenciais Ordinárias e Métodos de Solução E.D.O. Exatas Dado 𝐹(𝑦, 𝑡) a diferencial total é dada por 𝑑𝐹(𝑦, 𝑡) = 𝜕𝐹 𝜕𝑦 . 𝑑𝑦 + 𝜕𝐹 𝜕𝑡 . 𝑑𝑡 E.D.O. Exata implica 𝑑𝐹(𝑦, 𝑡) = 0. Em geral, uma E.D.O. da forma [𝑀. 𝑑𝑦 + 𝑁. 𝑑𝑡] = 0 é exata se existir 𝑀 = 𝜕𝐹 𝜕𝑦 e N= 𝜕𝐹 𝜕𝑡 , dado uma função 𝐹(𝑦, 𝑡). Variáveis Separáveis Se a Equação Diferencial 𝑓(𝑦, 𝑡). 𝑑𝑦 + 𝑔(𝑦, 𝑡). 𝑑𝑡 = 0 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 55 Possuir a seguinte conveniência: 𝑓(𝑦). 𝑑𝑦 + 𝑔( 𝑡). 𝑑𝑡 = 0 Então classificamos esse caso como E.D.O. Separável. SOLUÇÃO: nesse caso, podemos isolar [𝒚 𝒆 𝒅𝒚] no 1º membro, e [𝒕 𝒆 𝒅𝒕] no 2º membro da equação, para então integrar ambos. Equações Redutíveis Se a equação diferencial assumir forma não-linear, devemos procurar transformações de variáveis de forma que a E.D.O. seja resolvida, na variável transformada, de forma linear. Diagrama de FASE Uma informação gráfica qualitativa interessante nos problemas de dinâmica é a obtenção do gráfico ( 𝑑𝑦 𝑑𝑡 ) por (𝑦). Essa informação gráfica ilustra a trajetória de equilíbrio, que pode, nesse sentido, ser convergente ou divergente. Considere a E.D.O. linear com coeficientes constantes: 𝒅𝒚 𝒅𝒕 + 𝒂. 𝒚(𝒕) = 𝒃 Sabemos que a solução desta E.D.O. é dada por: 𝒚(𝒕) = (𝒚(𝟎) − 𝒃 𝒂 ) . 𝒆−𝒂𝒕 + 𝒃 𝒂 Se analisarmos especificamente o sinal de (𝑎), teremos a seguinte conclusão: { 𝑠𝑒 𝑎 > 0 ↔ 𝑦(𝑡) 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒 𝑠𝑒 𝑎 < 0 ↔ 𝑦(𝑡) 𝑑𝑖𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒 Pois temos a seguinte análise, quando (𝑡 → ∞): { 𝑠𝑒 𝑎 > 0 → lim 𝑡→∞ 𝒆−𝒂𝒕 = 0 𝑠𝑒 𝑎 < 0 → (lim 𝑡→∞ 𝒆−𝒂𝒕) → ∞ UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 56 Graficamente, a análise de 𝑦(𝑡) pode ser representada: O Diagrama de Fases representa o comportamento do equilíbrio, nesse caso, Equilíbrio Instável se (𝑎 < 0) e Equilíbrio Estável se (𝑎 > 0). Lista.11 – resolver Seção 15.6 (#01 e #02) #01 Construa o gráfico da linha de fase (diagrama de fase) para cada uma das seguintes funções, e discuta suas implicações qualitativas: a) 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 𝑦 − 7 b) 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 1 − 5𝑦 c) 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 4 − 𝑦 2 d) 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 9𝑦 − 11 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 57 #02 Construa o gráfico da linha de fase (diagrama de fase) para cada uma das seguintes funções, e discuta suas implicações qualitativas: a) 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = (𝑦 + 1)2 − 16 (𝑦 ≥ 0) b) 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 1 2 𝑦 − 𝑦2 (𝑦 ≥ 0) Exemplo – Diagrama de Fases do Modelo de Solow Dada uma função de produção 𝑄 = 𝑓(𝐾, 𝐿) com (𝐾, 𝐿 > 0), temos a regra do produto para definir as condições de equilíbrio dada por: �̇� = 𝐿. �̇� + 𝑘. �̇� (regra do produto) Onde: �̇� = 𝑑𝐾 𝑑𝑡 = 𝑠. 𝑄 𝑘 = 𝐾 𝐿 �̇� = 𝑑𝐿 𝑑𝑡 = 𝜆. 𝐿 O que nos leva a Equação Fundamental do Modelo de Crescimento de Solow, dado por: �̇� = 𝒔.𝝓(𝒌) − 𝝀. 𝒌 Ou seja, uma Equação Diferencial Ordinária, na variável (𝑘), com dois parâmetros (𝑠) e (𝜆). Graficamente temos: UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 58 Tempo Discreto: Equações a Diferenças Finitas Quando estamos tratando o tempo discreto, o valor da variável (𝑦) mudará somente quando a variável (𝑡) mudar de um valor inteiro para o seguinte, tal como de 𝑡 = 1 para 𝑡 = 2. A variação de (𝑦) no tempo de forma discreta pode ser escrita por: Δ𝑦𝑡 = 𝑦𝑡+1 − 𝑦𝑡 Onde (𝑦𝑡) significa o (𝑦) no t-ésimo período. Exemplos de E.D.F. de primeira ordem são: Ex.01: Δ𝑦𝑡 = 2 → 𝒚𝒕+𝟏 − 𝒚𝒕 = 𝟐 Ex.02: Δ𝑦𝑡 = −0,1. 𝑦𝑡 → 𝑦𝑡+1 − 𝑦𝑡 = −0,1. 𝑦𝑡 𝒚𝒕+𝟏 − 𝟎, 𝟗. 𝒚𝒕 = 𝟎 Resolvendo uma E.D.F de 1ª ordem Método Iterativo Resultados das iterações em diferentes instantes de tempo permitem inferir sobre a trajetória temporal. Ex.01: 𝑦𝑡+1 = 𝑦𝑡 + 2 𝑦0 = 15 → 𝑦1 = 𝑦0 + 2 𝑦2 = 𝑦1 + 2 = (𝑦0 + 2) + 2 = 𝑦0 + 2. (2) 𝑦3 = 𝑦2 + 2 = (𝑦0 + 2) + 2. (2) = 𝑦0 + 3. (2) ⋮ → 𝒚𝒕 = 𝒚𝟎 + 𝒕. (𝟐) Como 𝑦0 = 15, então temos: 𝒚𝒕 = 𝟏𝟓 + 𝟐. 𝒕 Ex.02: 𝑦𝑡+1 = 0,9. 𝑦𝑡 → 𝑦1 = 0,9. 𝑦0 𝑦2 = 0,9. 𝑦1 = (0,9) 2. 𝑦0 𝑦3 = 0,9. 𝑦2 = (0,9) 3. 𝑦0UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 59 ⋮ → 𝒚𝒕 = (𝟎, 𝟗) 𝒕. 𝒚𝟎 Ex.03: 𝒎.𝒚𝒕+𝟏 − 𝒏. 𝒚𝒕 = 𝟎 → 𝑦𝑡+1 = ( 𝑛 𝑚 ) . 𝑦𝑡 Portanto: 𝒚𝒕 = ( 𝒏 𝒎 ) 𝒕 . 𝒚𝟎 Uma forma mais geral de expressar, esse tipo de solução, é dada por: 𝒚𝒕 = 𝑨. (𝒃) 𝒕 Método Geral Suponha que estamos procurando a solução da E.D.F de 1ªordem: 𝒚𝒕+𝟏 + 𝒂. 𝒚𝒕 = 𝒄 Como (𝑎) e (𝑐) são constantes, então temos a solução dada por: 𝑦𝑡 = 𝑦𝑡 𝐻 + 𝑦𝑡 𝑃 Caso Homogêneo A E.D.F. homogênea de 1ª ordem é dada por: 𝒚𝒕+𝟏 + 𝒂. 𝒚𝒕 = 𝟎 → 𝑦𝑡+1 = −𝑎. 𝑦𝑡 Portanto: 𝒚𝒕 𝑯 = (−𝒂)𝒕. 𝒚𝟎 Assumindo que a condição inicial é igual a uma constante tal como 𝑦0 = 𝐴, temos portanto: 𝒚𝒕 𝑯 = 𝑨. (−𝒂)𝒕 Caso Não-Homogêneo – Solução Particular A E.D.F. não-homogênea de 1ª ordem é dada por: UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 60 𝒚𝒕+𝟏 + 𝒂. 𝒚𝒕 = 𝒄 Vamos supor que 𝒚𝒕+𝟏 = 𝒌, então 𝒚𝒕 = 𝒌 também. Substituindo temos: → 𝑘 + 𝑎. 𝑘 = 𝑐 𝑘. (1 + 𝑎) = 𝑐 → 𝒌 = 𝒄 𝟏+𝒂 Caso (𝒂 = −𝟏) Se ocorrer o caso (𝑎 = −1), então (𝑘) fica indefinido de forma que tentamos outra solução. Suponha que 𝒚𝒕 = 𝒌. 𝒕, então 𝒚𝒕+𝟏 = 𝒌(𝒕 + 𝟏). Substituindo temos: 𝒚𝒕+𝟏 + 𝒂. 𝒚𝒕 = 𝒄 → 𝑘. (𝑡 + 1) + 𝑎. 𝑘. 𝑡 = 𝑐 𝑘. (𝑡 + 1 + 𝑎. 𝑡) = 𝑐 → 𝑘 = 𝑐 𝑡+1+𝑎𝑡 como 𝑎 = −1 temos 𝑘 = 𝑐 Portanto: 𝒚𝒕 𝑷 = 𝒄. 𝒕 Assim a solução geral é dada por: { 𝑦𝑡 = 𝐴. (−𝑎) 𝑡 + 𝑐 1+𝑎 (𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑎 ≠ −1) 𝑦𝑡 = 𝐴. (−𝑎) 𝑡 + 𝑐. 𝑡 (𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑎 = −1) Lista.12 – resolver Seção 17.2 (#01, #02 e #04) #01 Reescreve as seguintes Equações a Diferenças na forma: (𝒚𝒕+𝟏 + 𝒂. 𝒚𝒕 = 𝒄) a) ∆𝑦𝑡 = 7 b) ∆𝑦𝑡 = 0,3. 𝑦𝑡 c) ∆𝑦𝑡 = 2. 𝑦𝑡 − 9 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas 61 #02 Resolva as seguintes Equações a Diferenças por ITERAÇÃO: a) 𝑦𝑡+1 = 𝑦𝑡 + 1 (𝑦0 = 10) b) 𝑦𝑡+1 = 𝛼. 𝑦𝑡 (𝑦0 = 𝛽) c) 𝑦𝑡+1 = 𝛼. 𝑦𝑡 − 𝛽 (𝑦𝑡 = 𝑦0 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑡 = 0) #04 Resolva as seguintes Equações a Diferenças: a) 𝑦𝑡+1 + 3. 𝑦𝑡 = 4 (𝑦0 = 4) b) 2𝑦𝑡+1 − 𝑦𝑡 = 6 (𝑦0 = 7) c) 𝑦𝑡+1 = 0,2. 𝑦𝑡 + 4 (𝑦0 = 4) Tempo Contínuo: Equação Diferencial Ordinária de 2ª Ordem 𝒂. 𝒚′′(𝒕) + 𝒃. 𝒚′(𝒕) + 𝒄. 𝒚(𝒕) = 𝟎 (Caso Homogêneo) Raízes da Equação Característica: 𝒂. 𝒓𝟐 + 𝒃. 𝒓 + 𝒄 = 𝟎 Raízes Reais e Distintas (𝑟1 ≠ 𝑟2) 𝒚(𝒕) = 𝑨𝟏. 𝒆 𝒓𝟏.𝒕 + 𝑨𝟐. 𝒆 𝒓𝟐.𝒕 Raízes Reais Repetidas (𝑟1 = 𝑟2) 𝒚(𝒕) = 𝑨𝟏. 𝒆 𝒓.𝒕 + 𝑨𝟐. (𝐭). 𝒆 𝐫.𝒕 Raízes Complexas (𝑟1,2 = 𝑎 ± 𝑏. 𝑖) 𝒚(𝒕) = 𝒆𝒂𝒕. [(𝑨𝟏 + 𝑨𝟐). 𝐜𝐨𝐬(𝒃𝒕) + (𝑨𝟏 − 𝑨𝟐). 𝒊. 𝐬𝐞𝐧(𝒃𝒕)] Solução Particular Caso tenhamos 𝒂. 𝒚′′(𝒕) + 𝒃. 𝒚′(𝒕) + 𝒄. 𝒚(𝒕) = 𝒘(𝒕), então 𝑦(𝑡) = 𝑦𝐻(𝑡) + 𝑦𝑃(𝑡), onde a solução particular é dada por uma função 𝑦𝑃(𝑡) que possui a mesma forma funcional matemática de 𝑤(𝑡).
Compartilhar