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Responsabilidade Civil por Danos

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Prof. Victor Eduardo da S. Lucena
victorlucena84@gmail.com
1º semestre de 2018.
 Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
 Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
 Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
 I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
 II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo
iminente.
 Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem
absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
 Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
 Conduta: comportamento humano voluntário que produz consequências jurídicas.
 Omissão: relacionada com a vontade (aspecto psicológico, subjetivo).
 Relacionada com o dever jurídico de agir.
 Ação: forma comum. Facere antijurídico ou, mesmo que dentro das regras
jurídicas, causa dano.
 Quem responde pelo fato?
 Aquele que deu causa
 Aquele que tem a guarda
 Aquele que é responsável
 Imputabilidade: Só há imputabilidade se comprovado que o agente poderia agir
de forma diversa.
 Necessidade do agente entender o que está acontecendo
 Desvio do comportamento regularmente exigido
 Causas de inimputabilidade
 Menoridade
 Incapacidade
 Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis
não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
 Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os 
menores de 16 (dezesseis) anos
 Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
 I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
 II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
 III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
 IV - os pródigos.
 Culpa: violação intencional do dever jurídico de cuidado. Reside na intenção de
lesionar bem jurídico alheio, ou na falta de cuidado em não fazê-lo.
 Conceito: “Conduta voluntária contrária ao dever de cuidado imposto pelo Direito,
com a produção de um evento danoso involuntário, porém previsto ou previsível”.
 Elementos:
 Conduta voluntária com resultado involuntário
 Previsão ou previsibilidade
 Falta de cuidado, cautela, diligência ou atenção
 Imprudência: falta de cautela em conduta positiva (conduta comissiva)
 Negligência: falta de cautela na omissão (conduta omissiva)
 Imperícia: falta de habilidade na atividade técnica
 Culpa contratual x extracontratual
 Culpa in eligendo, in vigilando e in custodiendo
 In eligendo: má escolha do preposto. (E.g. Culpa do empregador por ato do trabalhador)
 In vigilando: decorre da falta de atenção durante a guarda ou acerca de pessoa estava sob
a responsabilidade do agente. (E.g. Culpa dos pais por ato dos filhos)*
 In custodiendo: decorre da falta de atenção na guarda de guarda de animal ou coisa*
RESPONSABILIDADE CIVIL. ATROPELAMENTO. CULPA DO MOTORISTA. DANOS
MATERIAIS E MORAIS. Se as testemunhas passageiras do veículo atropelador
perceberam a travessia da pista pela vítima desde o acostamento do lado oposto, em
local ermo, à noite, sem iluminação pública, com maior razão deveria o motorista notar
que a vítima cruzava a estrada e empregar os meios necessários para evitar o
atropelamento. Se assim não agiu, aflora sua culpa no evento e conseqüente dever de
indenizar da empresa de ônibus, por falta do preposto. Indevido o pensionamento
mensal porque não demonstrada a dependência econômica. Comprovada a despesa
com luto e sepultamento, impõe-se o ressarcimento do valor despendido. O dano moral
decorre do evento e da profunda sentida pelos pais da vítima fatal do atropelamento. A
reparação deve atender às condições do evento, suas conseqüências e ao princípio da
razoabilidade. Recurso parcialmente provido.
(TJ-RJ - APL: 00026597120018190024, Relator: HENRIQUE CARLOS DE ANDRADE
FIGUEIRA, Data de Julgamento: 08/06/2004, PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 25/06/2004)
RESPONSABILIDADE CIVIL. ATROPELAMENTO. CULPA CONCORRENTE. O
atropelamento ocasionado por concessionária de serviço público, caracteriza dano
causado a terceiro. Considerando-se recíproca a culpa, cabe a redução do
pensionamento. Recurso provido.
(TJ-RJ - APL: 01113412920008190001 RIO DE JANEIRO CAPITAL 5 VARA CIVEL,
Relator: BERNARDINO MACHADO LEITUGA, Data de Julgamento: 19/08/2003,
DECIMA SEXTA CAMARA CIVEL)

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