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Parasitas de ruminantes- nematódeos

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR CÂMPUS TOLEDO
JAQUELINE MOMBACH
DESCRIÇÃO E CARACTERÍSTICA DE PARASITOS QUE ACOMETEM RUMINANTES
TOLEDO
MARÇO DE 2020.
JAQUELINE MOMBACH
DESCRIÇÃO E CARACTERÍSTICA DE PARASITOS QUE ACOMETEM RUMINANTES
Trabalho apresentado à disciplina de Parasitologia Veterinária, do curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Professor: Maurício
TOLEDO
MARÇO DE 2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 REFERENCIAL TEÓRICO	5
2.1 Haemonchus spp	5
Ciclo de vida do parasita	5
Principais espécies do parasita	5
Principais hospedeiros	5
Características do parasita quanto ao tamanho	5
Tipo de alimentação e os possíveis danos clínicos que pode causar ao seu hospedeiro definitivo	6
Características dos ovos e das larvas	6
Órgão alvo	6
2.2 Trichostrongylus spp	7
Ciclo de vida do parasita	7
Principais espécies do parasita	7
Principais hospedeiros	7
Características do parasita quanto ao tamanho	7
Tipo de alimentação e os possíveis danos clínicos que pode causar ao seu hospedeiro definitivo	8
Características dos ovos e das larvas	8
Órgão alvo	8
2.3 Cooperia spp	8
Ciclo de vida do parasita	8
Principais espécies do parasita	9
Principais hospedeiros	9
Características do parasita quanto ao tamanho	9
Tipo de alimentação e os possíveis danos clínicos que pode causar ao seu hospedeiro definitivo	9
Características dos ovos e das larvas	9
Órgão alvo	10
2.4 Strongyloides papillosus	10
Ciclo de vida do parasita	10
Principais espécies do parasita	10
Principais hospedeiros	11
Características do parasita quanto ao tamanho	11
Tipo de alimentação e os possíveis danos clínicos que pode causar ao seu hospedeiro definitivo	11
Características dos ovos e das larvas	11
Órgão alvo	11
2.5 Oesophagostomum spp	12
Ciclo de vida do parasita	12
Principais espécies do parasita	12
Principais hospedeiros	12
Características do parasita quanto ao tamanho	13
Tipo de alimentação e os possíveis danos clínicos que pode causar ao seu hospedeiro definitivo	13
Características dos ovos e das larvas	13
Órgão alvo	14
2.6 Trichuris spp	14
Ciclo de vida do parasita	14
Principais espécies do parasita	14
Principais hospedeiros	14
Características do parasita quanto ao tamanho	14
Tipo de alimentação e os possíveis danos clínicos que pode causar ao seu hospedeiro definitivo	15
Características dos ovos e das larvas	15
Órgão alvo	15
2.7 Dictyocaulus viviparus	15
Ciclo de vida do parasita	15
Principais espécies do parasita	16
Principais hospedeiros	16
Características do parasita quanto ao tamanho	16
Tipo de alimentação e os possíveis danos clínicos que pode causar ao seu hospedeiro definitivo	16
Características dos ovos e das larvas	16
Órgão alvo	16
3 CONCLUSÃO	17
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	18
1 INTRODUÇÃO
 
	Os parasitas são constantemente estudados pela área da saúde, visto que os mesmos estão associados a diversas enfermidades que acometem os animais e seres humanos.
	A pecuária é um dos campos mais fortes que contribuem significativamente na economia brasileira, sendo de grande importância evitar prejuízos desnecessários nos rebanhos do país. Dessa forma, o controle parasitário nesses animais é fundamental para que diminuam-se os danos, já que a verminose é um dos problemas mais comuns nos rebanhos.
	Deve-se considerar também, que alguns desses parasitas são considerados zoonose, ou seja, passam de animais para os seres humanos. Então, realizar a prevenção desses nematódeos é importante para que não ocorra grandes contaminações, já que convívio homem animal ocorre diariamente.
	Dadas as seguintes informações, este trabalho tem como objetivo relatar o ciclo parasitário e suas características das seguintes espécies de nematódeos: Haemonchus spp; Trichostrongylus spp; Cooperia spp; Strongyloides papillosus; Oesophagostomum spp; Trichuris spp e Dictyocaulus viviparus
	
	
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Haemonchus spp
	O Haemonchus é um dos principais parasitas que acometem ruminantes, sendo responsável por desencadear diversas enfermidades que afetam diretamente na produção, podendo ocasionar a morte do animal. 
Ciclo de vida do parasita
	O ciclo de vida desse parasita é evolutivo direto, sem hospedeiro intermediário, possuindo um período de desenvolvimento no hospedeiro e outra no ambiente. O parasita libera os ovos nas pastagens através das fezes dos animais, que em condições ideais irá começar a liberar as larvas, que vão se desenvolver até sua fase infectante (L3). 
	Inicia-se o ciclo com a ingestão dessas larvas infectantes, que irão evoluir para a fase adulta no intestino. Quando já estão na fase adulta, vão se mover na superfície de mucosa, e o período pré patente irá durar de duas a três semanas.
Principais espécies do parasita
	As principais espécies do Haemonchus são: Haemonchus contortus, Haemonchus placei, Haemonchus similis. O primeiro está relacionado principalmente a pequenos ruminantes, e possui oito subespécies H. contortus contortus, H. contortus cayugensis, H. contortus bangalorensis, H. contortus hispanicus, H. contortus kentuckiensis, H. contortus bahiensis, H. contortus var. utkalensis e H. contortus var. kashmirensis.
Principais hospedeiros
Os Haemonchus acometem os ruminantes, como bovinos, caprinos, búfalos, e, principalmente os ovinos. 
Características do parasita quanto ao tamanho
	Os parasitas adultos variam de 1,1 a 2,7 cm de comprimento. As fêmeas possuem ovários brancos que se enrolam em espiral ao redor do intestino, e seu processo vulvar pode ser lisa, botão ou linguiforme. O macho apresenta um lobo dorsal assimétrico e espículos em ganchos. Ambos possuem papilas cervicais e uma lanceta na cápsula bucal. Seu peso varia de acordo com a carga parasitária.
Tipo de alimentação e os possíveis danos clínicos que pode causar ao seu hospedeiro definitivo
Esses parasitas são hematófagos, ou seja, se alimentam do sangue do hospedeiro definitivo, Os Haemonchus podem causar alguns danos clínicos nos seus hospedeiros definitivos, como uma severa anemia, ascite, perda de peso, apatia, desidratação, e o mais marcante dos sinais, uma inflamação subcutânea embaixo da mandíbula, chamado de edema submandibular ou papeira. A continuação desses sintomas pode levar a morte do animal.
Características dos ovos e das larvas
As fêmeas produzem de 800 a 7.000 ovos por dia, a variação depende da carga parasitária. Esses ovos se instalam nas pastagens, se transformando em larva de vida livre, possuindo uma grande intensidade de infecção. 
Essas larvas atingem o terceiro estado infectante (L3) em cerca de 5 dias, e então após a ingestão, a larva sofre duas mudas, nessa fase surgem as lancetas, permitindo a alimentação pelos vasos da mucosa. 
Os machos possuem espículos em ganchos, a fêmeas possuem ovários que se enrolam ao redor do intestino e podem possuir processo vulvar liso, botão ou linguiforme.
Órgão alvo
	Os parasitas Haemonchus se instalam no trato gastrointestinal dos ruminantes, sendo especificadamente no abomaso.
2.2 Trichostrongylus spp
	 São nematoides pequenos que afetam o trato gastrointestinal de ruminantes. Causam diversas enfermidades que podem resultar na morte do animal, e perda na lucratividade.
Ciclo de vida do parasita
Os ovos presentes nas pastagens eclodem, a larva pode permanecer por meses se alimentando das bactérias presentes, são infectantes (L3) e ao serem ingeridas pelo animal penetram na mucosa do trato gastrointestinal e sofrem muda. Então, o ciclo desses parasitas é direto.
Principais espécies do parasita
O Trichostrongylus colubriformis acomete principalmente ovinos. O Trichostrongylus axei é também um dos principais parasitas de interesse veterinário, acometendo bovinos. Existem também alguns outros menos comuns, mas que também são importantes e causam muitos prejuízos, são eles: Trichostrongylus looss, Trichostrongylus vitrinus, Trichostrongylus capricola, Trichostrongylus falculatus, Trichostrongylus longispicularis, Trichostrongylus probourus, Trichostrongylus rugatus, Trichostrongylus retortaeformis,Trichostrongylus calcaratus, Trichostrongylus affinus e Trichostrongylus tenuis.
Principais hospedeiros
Os Trichostrongylus acometem ruminantes em geral, desde ovinos, bovinos a animais silvestres. Além disso, esse parasita também acomete o estômago de equinos.
Características do parasita quanto ao tamanho
	Estes parasitas são pequenos, com menos de 7mm, são delgados e piliformes. São caracterizados por não possuir dentes ou placa cuticular, com lábios poucos desenvolvidos, a cápsula bucal é ausente ou pequena, e os machos possuem uma bolsa copuladora bem desenvolvida.
Tipo de alimentação e os possíveis danos clínicos que pode causar ao seu hospedeiro definitivo
Os Trichostrongylus se alimentam da mucosa do seu hospedeiro, e causam diarreia escura, perda de peso, ocorre atrofia das vilosidades, espessamento da mucosa, erosão do epitélio e em casos mais graves, causa enterite severa.
Características dos ovos e das larvas
Os vermes de Trichostrongylus possuem boca pequena e sem capsula bucal aparente, possui sulco excretor na região esofágica e papilas cervicais ausentes ou não. Os machos possuem a bolsa copuladora bem desenvolvida e espículos espessos. Já a fêmea tem cauda que afina, não possui apêndice vulvar.
	Os adultos são pequenos, de coloração avermelhada e possui uma difícil visualização a olho nu. As fêmeas depositam cerca de 200 ovos por dia.
Órgão alvo
	Em geral, acometem o trato gastrointestinal. Em pequenos ruminantes acomete o intestino delgado, nos bovinos o abomaso, e nos equinos o estômago.
2.3 Cooperia spp
A espécie parasitária Cooperia, acomete ruminantes causando diarreias e anorexia. Comparado a outras infestações parasitárias, este nematódeo é considerado menos patogênico, mesmo que esteja com altas infestações.
Habitam o intestino delgado dos ruminantes que ingerem forragens contaminadas, e é uma das enfermidades mais comuns em bovinos no Brasil.
Ciclo de vida do parasita
O ciclo de vida do Cooperia é direto. Quando a L3 é ingerida, a mesma perde a bainha e migra para as criptas do intestino, sofrendo duas mudas e se desenvolvem em vermes adultos na mucosa do intestino. O período pré patente dura em torno de duas a três semanas.
Principais espécies do parasita
As principais espécies deste parasita são: Cooperia pectinata, Cooperia punctata, Cooperia spatulata, Cooperia oncophora, Cooperia curticei e Cooperia sumabada. 
Principais hospedeiros
Os parasitas de Cooperia acometem ovinos, caprinos, veados, camelos e, principalmente, bovinos.
Características do parasita quanto ao tamanho
Os vermes são pequenos, geralmente menores que 9mm. São róseo esbranquiçadas, e possuem pequenas vesículas cefálicas, e na região do esôfago existem algumas estrias cuticulares transversais. Pelo corpo é possível notar saliências longitudinais.
	O macho possui a bolsa grande, um pequeno lobo dorsal e os espículos são marrons, firmes e curtos, possuindo expansões parecido com asas na região mediana, com salientes estrias transversais. Não possui gubernáculo.
	Já as fêmeas possuem uma longa cauda afilada, e a vulva pode ou não ter uma cobertura, a aba vulvar, localizada posterior ao meio do corpo.
Tipo de alimentação e os possíveis danos clínicos que pode causar ao seu hospedeiro definitivo
	Os parasitas se alimentam das mucosas intestinais do seu hospedeiro, causando assim danos no trato gastrointestinal, como diarreias, anorexia, perda de apetite, e em alguns casos edema submandibular. No intestino delgado, nota-se áreas inflamadas e catarradas, com produção de exsudato e espessamento da parede do intestino
Características dos ovos e das larvas
Os parasitas Cooperia produzem em média de 100 a 200 ovos por dia. No parasita já adulto, possuem um tamanho pequeno, de geralmente até 9 mm, e coloração róseo enbranquiçado.
As fêmeas possuem apêndice vulvar e cauda longa e pontiaguda, enquanto os machos possuem bolsa copuladora grande, e não possui gubernáculo.
Em geral, possuem extremidade anterior afilada. E, também possuem vesícula cefálica pequena com estrias na região do esôfago.
Órgão alvo
O órgão mais acometido é o intestino delgado, e muito raramente o abomaso.
2.4 Strongyloides papillosus
	Os Strongyloides são parasitas de grande interesse na medicina veterinária, porém, também apresentam uma baixa patogenicidade. Atuam no intestino delgado de animais jovens, causando em casos mais graves, uma enterite.
Ciclo de vida do parasita	
O ciclo de vida dos Strongyloides é de grande importância veterinária, já que este parasita é capaz de ciclos reprodutivos parasitários e de vida livre. Na fase parasitária, diz respeito as fêmeas presentes no intestino delgado, que produzem ovos larvados através da partenogênese, que nos herbívoros, será excretado junto as fezes, diferente dos outros animais, que ocorre a eclosão da L1. 
	A partir da eclosão, é possível que as larvas se desenvolvam em até quatro estágios, em vermes machos e fêmeas adultos e de vida livre. Em condições favoráveis, a L3 se tornará parasita, podendo assim infectar o hospedeiro através da alimentação, ou pela penetração da pele.
Principais espécies do parasita
Existem diversas espécies do parasita, são elas, Strongyloides papillosus, Strongyloides westeri, Strongyloides ransomi, Strongyloides avium, Strongyloides stercboralis, Strongyloides planiceps, Strongyloides felis, Strongyloides tumefaciens, Strongyloides ratti, Strongyloides cebus e, finalmente, Strongyloides fulleborni.
Principais hospedeiros
	Os Strongyloides acometem diversos animais, como ruminantes em um geral, aves, equinos, gatos, humanos, cães e macacos.
Características do parasita quanto ao tamanho
	Esta espécie de parasita possui de 2 a 3mm de comprimento, com um corpo cilíndrico, filiforme, esbranquiçada e com as extremidades afiladas. O macho e a fêmea possuem boca com três pequenos lábios, esôfago rabditoide e vestíbulo bucal curto. Na fêmea, é possível notar a extremidade posterior delgada e voltada ventralmente, com espículas pequenas. Apenas as fêmeas são parasitas.
Tipo de alimentação e os possíveis danos clínicos que pode causar ao seu hospedeiro definitivo
Os Strongyloides causam lesões cutâneas pequenas, podendo haver alergias, manchas, coceira e inchaços. Nota-se também lesões pulmonares, decorrentes de perfuração dos alvéolos, ocorrendo simultaneamente com pequenas hemorragias e processos bacterianos secundários. No intestino, pode ocorrer enterite, inflamação catarral com ulceras que podem evoluir em necrose.
O parasita se alimenta das mucosas e tecidos do hospedeiro, podendo notar sinais clínicos de anemia, diarreia, emagrecimento, desidratação e irritabilidade.
Características dos ovos e das larvas
As larvas rabditoides medem 0,25mm, com vestíbulo bucal curto e primórdio genital visível. Já as larvas filarióides, medem 0,5mm e possui um esôfago cilíndrico até a metade do corpo, com vestíbulo bucal e cauda terminadas em bifurcações.
No macho e fêmea adultos, nota-se boca com três lábios, esôfago rabditoide e vestíbulo bucal curto. A fêmea possui 1,5mm, com extremidade posterior delgada.
Os ovos são larvados e bem ovulados, eliminando de 30 a 40 ovos por dia.
Órgão alvo
Os Strongyloides atuam principalmente no intestino delgado.
2.5 Oesophagostomum spp
Estes parasitas são de grande interesse devido sua alta patogenicidade, estando presente em uma alta frequência nos rebanhos de ovinos, causando assim um grande prejuízo aos produtores.
Os animais infectados apresentam lesões na parede intestinal, já que estes acometem o intestino grosso.
Ciclo de vida do parasita
Os Oesophagostomum possuem uma fase pré parasitária, onde o ovo eclode ocorrendo a liberação da larva L1, que sofre muda para L2 e em seguida para L3 infectante.
A infecção irá ocorrer com a ingestão da L3, que sofrerá outra muda para L4, essas larvas irão se fixar e penetrar na parede intestinal, que logo irá surgir na superfície da mucosa, migrando para o cólon e se transformando em verme adulto.
O período pré patente dos Oesophagostomum variam de 5 a 7 semanas, podendo ocorrer reinfecção, já queas larvas L4 podem ficar por até um ano em repouso nos nódulos.
Principais espécies do parasita
As espécies deste parasita são as seguintes, Oesophagostomum columbianum, Oesophagostomum venulosum, Oesophagostomum asperum, Oesophagostomum multifoliatum, Oesophagostomum radiatum, Oesophagostomum dentatum, Oesophagostomum brevicaudum, Oesophagostomum longicaudatum, Oesophagostomum quadrispinulatum, Oesophagostomum georgianum, Oesophagostomum granatensin, Oesophagostomum apiostomum, Oesophagostomum bifurcum, Oesophagostomum aculateum e por fim, Oesophagostomum stephanostomum.
Principais hospedeiros
Esses parasitas acometem ruminantes, principalmente ovinos. Também podem acometer suínos.
Características do parasita quanto ao tamanho
	Os Oesophagostomum adultos variam de 12 a 22mm de comprimento, podendo então ser observado macroscopicamente. Possuem uma asa cervical grande, ocasionando assim uma curvatura no corpo. Possui a cutícula em forma de colar bucal grande, diferenciado pelo resto do corpo por uma constrição. A vesícula cefálica destes parasitas é anterior a um sulco cervical, trepassada pela papila cervical. Sua coroa lamelar externa é constituída por 20-24 elementos, enquanto a interna contém dois elementos pequenos para cada um dos externos. No macho, nota-se sua bolsa bem desenvolvida com espículas aladas.
Tipo de alimentação e os possíveis danos clínicos que pode causar ao seu hospedeiro definitivo
Esses parasitas são hematófagos, ou seja, se alimentam do sangue do seu hospdeiro, causando infecção e formação de nódulos fibrosos que podem levar a erupção de processos granulomatosos na camada muscular, também podendo ocasionar abcessos eosinófilicos com processos calcificatórios. Outros sintomas são, edema, hipersecreção de muco, infiltração de eosinófilos e células plasmáticas e, vasculite na submucosa. 
Os sinais clínicos que a presença desses parasitas causa, é a hipertermia e diarreia, esta segunda é acompanhada de sangue e muco devido a irritação da mucosa do intestino grosso, podendo ocasionar anemia, hipoproteinemia e perda de peso.
Características dos ovos e das larvas
Os Oesophagostomum liberam em média 3 mil ovos por dia, sendo assim de alta patogenicidade. As larvas são relativamente grandes, possuindo uma asa cervical que curva o corpo, a cutícula destes é em forma de grande colar bucal. Os machos possuem a bolsa bem desenvolvida e com espículas aladas. Sobre a vesícula cefálica, nota-se que a mesma é anterior a um sulco cervical. Possui coroa lamelar de 20 a 24 elementos, onde a interna possui dois pequenos para cada um da externa.
Órgão alvo
Os Oesophagostomum atuam principalmente no intestino grosso. 
2.6 Trichuris spp
	O parasita deste gênero, também chamados de tricuros popularmente, infectam ruminante, especialmente bovinos, e também seres humanos. Em casos graves, causam hemorragias e úlceras no intestino grosso.
Ciclo de vida do parasita
	O ciclo do Trichuris, possui o estágio infectante, onde o ovo L1 que se desenvolve um ou dois meses após ter sido excretado, em condições favoráveis irá permanecer ideal por vários anos. E então quando ingerido, as larvas L1 penetram nas glândulas da mucosa do intestino grosso, sofrendo as quatro mudas nesse local. Os adultos então irão emergir para a superfície da mucosa, e o período pré patente é de 7 a 10 semanas.
Principais espécies do parasita
	As principais espécies do parasita são, Trichuris campanulla, Trichuris capreoli, Trichuris discolor, Trichuris globulosa, Trichuris leporis, Trichuris muris, Trichuris ovis, Trichuris serrata, Trichuris skrjabini, Trichuris suis, Trichuris trichiura, Trichuris vulpis, Trichuris camell, e por fim, Trichuris tenuis.
Principais hospedeiros
	Os Trichuris acometem principalmente bovinos, outros ruminantes, cães, gatos, seres humanos, macacos e suínos.
Características do parasita quanto ao tamanho
	Os parasitas dessa espécie possuem o corpo longo, onde a porção posterior é mais espessa, não possui lábios e seu esôfago é longo, com porção anterior muscular mais curta, e a posterior glandular mais longa. Seu tamanho, no geral, é de 35 a 85mm de comprimento, sendo visíveis macroscopicamente.
	Na fêmea, nota-se sua vulva próxima ao final do esôfago. O macho possui a porção posterior do corpo espiralada, e o espículo em bainha lisa e espinhosa.
Tipo de alimentação e os possíveis danos clínicos que pode causar ao seu hospedeiro definitivo
	O parasita se alimenta da mucoca intestinal do seu hospedeiro, causando infecções, que se forem graves, podem resultar em hemorragias no lúmen do ceco e também prolapso retal. Porém, em casos leves as infecções são assintomáticas.
Características dos ovos e das larvas
	Os ovos deste parasita são do tipo bioperculado, e produzem mais de 20 mil ovos por dia. São caracterizados por apresentar extremidades anteriores afiladas, que ficam inseridas na mucosa. Possuem esôfago longo, e não possuem lábios.
Órgão alvo
Atuam no intestino grosso, especificadamente o ceco.
2.7 Dictyocaulus viviparus
	Os Dictyocaulus são vermes grandes que atuam na tranqueia e brônquios de seus hospedeiros, causando inúmeros problemas. Sua enfermidade é conhecida também, popularmente, como verminose pulmonar.
Ciclo de vida do parasita
	No ciclo de vida dos Dictyocaulus, as fêmeas são ovovivíparas, e produzem ovos que possuem larvas desenvolvidas que eclodem de imediato. Então, a larva L1 irá migrar até a traqueia, será deglutida e depois excretada. Essas larvas poderão ser encontradas apenas em fezes frescas, são lentas e preenchidas em suas células intestinais por grânulos de alimentos marrom escuro. 
No estágio pré parasitário, as larvas não precisam de alimento. Em até 5 dias, se tiver condições ideais, as larvas passam para o estágio L3. Essa larva sairá do bolo fecal e alcançará a pastagem. Após a ingestão da L3, essa penetra na mucosa do intestino, passa pelos linfonodos mesentéricos e sofre muda. A L4 desloca-se pela linfa, e do sangue chega aos pulmões, danificando os capilares alveolares dentro do período de uma semana pós infecção. A última muda ocorre nos bronquíolos, que em alguns dias os nematódeos adultos já estão dentro dos brônquios, onde irão se amadurecer.
Principais espécies do parasita
O principal é o Dictyocaulus viviparus, existem também os Dictyocaulus filaria, Dictyocaulus arnfieldi, Dictyocaulus eckerti e Dictyocaulus capreolus.
Principais hospedeiros
Acomete ruminantes, principalmente bovinos, e também equinos.
Características do parasita quanto ao tamanho
	Os nematódeos adultos deste gênero são delgados e filamentoso. Os machos medem de 4 a 5cm, enquanto as fêmeas possuem de 6 a 8cm. Possuem a cápsula bucal e a bolsa pequenas, o anel bucal tem forma de triângulo. Os machos possuem espículos marrons, pequenos e com aparência granular.
Tipo de alimentação e os possíveis danos clínicos que pode causar ao seu hospedeiro definitivo
Por se alimentarem dos tecidos de seu hospedeiro, causam anorexia, perda de peso, tosse, taquipnéia, dispneia, respiração abdominal e secreção nasal serosa. Em casos mais graves, é possível observar lesões necróticas, edema pulmonar, enfisema e atelectasia pulmonar. 
Características dos ovos e das larvas
	Os Dictyocaulus produzem cerca de 5 mil ovos por dia, onde sua característica morfológica é elíptico. São vermes compridos, anel bucal triangular, e cápsula bucal e bolsas pequenas. Nos machos, nota-se que seus espículos são marrons e pequenos, com o formado granular.
Órgão alvo
Os Dictyocaulus acometem o sistema repiratório, especificadamente a traquéia.
3 CONCLUSÃO
	Visto a complexidade e a grande cadeia de parasitas existentes, é possível notar a importância de estuda-los para buscar meios de controlar estes vermes, já que uma alta contaminação pode resultar em uma grande perda econômica.	
	A verminose decorrente destes nematódeos é um dos maiores problemas que acomete a cadeia produtiva de ruminantes, e realizar o controle de maneira preventiva auxiliado por um médico veterinário capacitado é fundamental para que diminuam-se os gastos desnecessáriosaos pecuaristas.
	Além disso, o controle sanitário desses parasitas é essencial para que não ocorra transmissões aos seres humanos, já que alguns destes vermes possuem caráter zoonótico.
	Por fim, nota-se a importância de conhecer os parasitas que podem infectar os animais, diminuindo assim os gastos em vermífugos de amplo espectro, sendo possível administrar antiparasitários corretos para a infestação de nematódeos decorrente.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AMARANTE, A.; RAGOZO, A.; SILVA, B. Helmintos. São Paulo, 2014. Acesso em: 27 de março de 2020. Disponível em: http://books.scielo.org/id/nv4nc/pdf/amarante-9788568334423-03.pdf
ARO,D. et al. Verminose Ovina. Garça, 2006. Acesso em: 27 de março de 2020. Disponível em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/lzDGerIJwyGfMRv_2013-5-21-15-54-19.pdf
CLIMENI, B.; MONTEIRO, M.; CICOTI, C. Hemoncose ovina. Garça, 2008. Acesso em: 27 de março de 2020. Disponível em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/qhEoGFWTxMkIGSn_2013-6-13-16-15-28.pdf
FONSECA, A. Importância e controle de das helmintoses dos ruminantes. Rio de Janeiro, [20-?]. Acesso em: 27 de março de 2020. Disponível em: http://r1.ufrrj.br/adivaldofonseca/wp-content/uploads/2014/06/03_1-Helmintoses-de-Ruminates-Adivaldo.pdf
MAPA- Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Verminose Bovina. Teresina, 1999. Acesso em: 27 de março de 2020. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/57838/1/Doc41.pdf
MARTINEZ, M. Estrongiloidíase. [s.l], [20-?]. Acesso em: 27 de março de 2020. Disponível em: https://www.infoescola.com/doencas/estrongiloidiase/
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