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Helmintos São organismos multicelulares, comumente chamados de vermes que podem ser de vida livre ou parasitas, são divididos em platelmintos e nematelmintos, nos quais os vermes pertencentes do filo Platyhelminthes são achatados dorso ventralmente (em formato de fita ou folha), são acelomados (não possuem cavidade corporal) por isso não possuem sistemas completos como o circulatório, esquelético e respiratório, suas trocas gasosas são feitas por difusão na superfície corporal (tegumentar ou cutânea) seu sistema excretor e sua osmorregulação são feitos pelas células flama que estão distribuídas pelo corpo e formam os protonefrídios. Já os pertencentes do filo Nemathelminthes são cilíndricos e pseudocelomados, cavidade corporal rudimentar que não permite total desenvolvimento dos sistemas, sua respiração é cutânea, o transporte de nutrientes, gases e etc é feita pelo pseudoceloma, sua excreção é feita pelos renetes que formam um túbulo em formato de H. Patogênese: Causam algumas das mais debilitantes doenças nos humanos. Podem causar diarreias, lesões oculares, anemia, ser porta de entrada para outras infecções, etc, porém seu grau de severidade depende da carga parasitária infectante, idade do hospedeiro, estado imune do hospedeiro, suscetibilidade do hospedeiro e local onde o verme parasita. As doenças causadas por vermes causam grandes prejuízos debilitando os animais, abrindo portas para infecções secundárias, condenação de carcaças, retardo no crescimento dos animais, além dos prejuízos indiretos das vermifugações e manejos complexos que são necessários para a exterminação dos vermes. Classificação: Os de importância veterinária são pertencentes do sub-reino Bilateria que inclui seres que possuem simetria bilateral. São dos filos Platyhelminthes e classes Cestoda e Trematoda; Nemathelminthes e classe nematoda. Platelmintos São vermes chatos, acelomados e com sistema excretor por células flama, são, em geral, hermafroditas excetuando-se apenas o Schistosoma mansoni. Cestoides: Possuem corpo segmentado achatado em formato de fita, sem tubo digestivo, são em geral hermafroditas, exceto pelo Schistosoma mansoni, e fazem autofecundação e/ou fecundação cruzada. Seu corpo é formado pelo escólex no lugar que seria a cabeça do verme contendo 4 ventosas; por um colo, porção abaixo do escólex que origina as proglótides; e por um estróbilo, que seria o corpo segmentado em proglótides imaturas próximas ao colo, maduras e, por último proglótides grávidas que se desprendem. Taenia solium É da família Taeniidae. Pode infectar animais e humanos, os humanos podem se infectar ingerindo a larva ou o cisticerco na carne mal cozida. Possui 4 ventosas em seu escólex com rostelo que possui duas fileiras de acúleos (ganchos/espinhos) em formato de foice que ajudam na fixação do verme na mucosa intestinal. Mede de 1,5 a 5m. Suas proglótides possuem uma ramificação central de onde partem de 7 a 16 ramificações uterinas de cada lado, essas proglótides podem se auto fecundarem ou fecundarem suas “vizinhas”, depois que se desprendem podem sair nas fezes em até 5 dias de maneira passiva. No ambiente as proglótides rompem e liberam de 30 a 50 mil ovos que são indistinguíveis dos da Taenia saginata. Seu hospedeiro definitivo é o homem quando faz a ingestão do Cysticercus cellulosae, cisticerco da T. solium presente principalmente na musculatura dos hospedeiros intermediários que são os suínos, podem ser raramente cães, felinos, ruminantes, equinos e o próprio humano quando fazem a ingestão da larva por meio de alimentos ou mãos mal lavados. O Cysticercus cellulosae possui predileção por musculaturas de alta atividade como a da língua, coração, diafragma e etc, encista nos tecidos conjuntivos desses locais e pode causar lesões, pode encistar também no cérebro causando a neurocisticercose. Já os vermes adultos ficam aderidos a mucosa intestinal do homem. Ciclo biológico: 1. Homem ingere carne suína crua ou mal passada contendos os cisticercos. 2. Verme adulto se desenvolve no intestino delgado e desprende proglótides grávidas que saem nas fezes. 3. No ambiente as proglótides rompem e liberam os ovos que são ingeridos por suínos. 4. Após ser ingerido pelo suíno, o ovo eclode e libera a oncosfera/embrião hexacanto que migra para os músculos do animal e encista nesses locais formando o cisticerco. Os cisticercos são visíveis macroscopicamente e possuem aspecto de uma bolsa de água contendo apenas um escólex dentro. Após ser ingerido pelo homem, o cisticerco tem sua cápsula digerida e libera a larva em seu intestino. Depois de se fixar ao intestino a o estróbilo começa a crescer e se desenvolve o verme adulto. Quando o homem se infecta com os cisticercos é o hospedeiro definitivo e desenvolve a TENÍASE; Quando se infecta com as larvas é um hospedeiro intermediário assim comos os suínos e desenvolve a CISTICERCOSE. Taenia saginata Difere da T. solium morfologicamente por não conter rostelo ou acúleos, porém seus ovos são idênticos. Seu estróbilo pode ter até 12 metros de comprimento. Suas proglótides grávidas possuem movimento ativo para sair o que pode causar prurido anal. Sua diferenciação da T. solium pode ser feita pelo escólex do verme adulto ou pelas proglótides que possuem de 15 a 30 ramificações uterinas de cada lado da ramificação central. Cada proglótide grávida de T. saginata pode conter até 80 mil ovos. Seu hospedeiro definitivo é o homem que faz a ingestão do Cysticercus bovis e possui o verme em sua forma adulta fixo na parede do intestino delgado; Seus hospedeiro intermediário principais são os bovinos e, muito raramente, caprinos ovinos e o homem que ingerem a larva. O Cysticercus bovis possui predileção pelos músculos, pulmões e fígado dos hospedeiros intermediários. O aspecto dos cisticercos é parecido macroscopicamente e possui apenas uma escólex em seu interior, o que os difere é a larva que, assim como os da T. solium, é idêntica ao verme adulto sem o estróbilo. Seu ciclo é igual ao da T. solium, com o boi como intermediário. Taenia hydatigena É a tênia do cão. Pode chegar a medir 2 metros de comprimento, seu escólex possui um rostelo com 2 fileiras de acúleos, seu colo é quase tãolargo quanto o escólex, suas proglótides grávidas possuem de 6 a 10 ramificações uterinas de cada lado da central. Seu cisticerco, o Cysticercus tenuicollis pode ficar no parênquima hepático, solto na cavidade peritoneal e, raramente, na pleura e pericárdio dos hospedeiros intermediários. Seu hospedeiro definitivo é o cão que possui a forma adulta do verme em seu intestino delgado; Os hospedeiros intermediários podem ser ovinos, caprinos, bovinos e suínos. Taenia felis Ou Hydatigera taeniaeformis ou T. taeniaeformis. Pode medir de 15 a 16cm de comprimento, seu rostelo pouco desenvolvido com 2 fileiras de acúleos, suas proglótides grávidas possuem a porção anterior mais estreita que a porção posterior e suas ramificações uterinas vão de 16 a 18 de cada lado da central. Seus hospedeiros definitivos são o gato e, ocasionalmente, o cão, nos quais o verme adulto parasita o intestino delgado; Seus hospedeiros intermediários são ratos e morcegos (quirópteros) que possuem o Cysticercus fasciolaris ou estrobilocerco no fígado e cavidade abdominal. Seu ciclo biológico é como o das outras tênias. Echinococcus granulosus Possui o corpo pouco segmentado em comparação às tênias, com um escólex e 3 proglótides formando o estróbilo, uma imatura, uma madura e outra grávida. Mede de 3 a 6mm de comprimento. Sua larva é chamada de cisto hidático ou hidátide e tem predileção pelo fígado, rins e pulmões, dentre outros órgãos no hospedeiro intermediário. Ao contrário dos cisticercos das tênias, o cisto hidático possui vários escólex em seu interior, que dará origem a vários vermes adultos. Seus hospedeiros definitivos são os cães domésticos e canídeos silvestres, os quais possuem a forma adulta do verme em seu intestino delgado; Os felídeos são raramente parasitados, neste caso não tem importância epidemiológica pois neles o verme não atinge a maturidade e não elimina as proglótides = hospedeiro acidental; Os hospedeiros intermediários são ovinos, bovinos, caprinos, equinos, suínos, coelhos primatas e o homem. Ciclo biológico: 1. O hospedeiro definitivo elimina as proglótides grávidas nas fezes. 2. No ambiente as proglótides rompem e liberam os ovos que são ingeridos pelo hospedeiro intermediário. 3. Quando chega no intestino delgado do hospedeiro intermediário, liberada o embrião hexacanto ou oncosfera que penetra na mucosa com ajuda de seus acúleos, caindo na corrente sanguínea. 4. Migra para seus locais de predileção como o pulmão, fígado e rins. 5. Encista nos tecidos formando o CISTO HIDÁTICO que contém vários escólex cada. 6. Hospedeiro definitivo come o hospedeiro intermediário infectado com os cistos hidáticos que são rompidos no intestino delgado liberando os escólex que se tornam o verme adulto. O cisto hidático pode se formar em vários órgãos, podendo causar hidatidose pulmonar, hepática e até cerebral. Em infecções maciças pode haver diarreia catarral hemorrágica nos hospedeiros definitivos. Nos hospedeiros intermediários a sintomatologia varia de acordo com a localização da hidátide (ou cisto hidático, mesma coisa) porém de modo geral são assintomáticas e só detectadas pós abate. Multiceps multiceps Possui 4 ventosas e uma fileira de acúleos. Tem os caninos como seus hospedeiros definitivos e os ovinos, bovinos, caprinos, equinos, suínos, e ocasionalmente coelhos e humanos como hospedeiros intermediários. Os vermes adultos ficam localizados na última porção do intestino delgado do cão; A forma larval chama-se Coenurus cerebralis, e tem predileção por encistar no cérebro. Ciclo biológico: É análogo ao das outras tênias. A oncosfera atravessa a mucosa intestinal e cai na circulação sanguínea. As que seguirem para o cérebro se tornam a larva cenuro, enquanto que as que vão para outros tecidos interrompem o ciclo. Cães, ao ingerirem os cenuros de herbívoros são infectados com as formas adultas do Multiceps multiceps depois de aproximadamente 30 dias. Cada cenuro dá origem a vários escólex que viram o adulto no intestino. A sintomatologia depende do número de cenuros no hospedeiro intermediário, em infestações pequenas (de 1 a 5 cenuros) pode haver alterações oculares como estrabismos divergente ou convergente, vertigem e queda. Depois de 30 a 40 dias podem morrer de ataque epileptiforme ou devido a uma paralisia cerebral. Em animais com 8 a 10 cenuros apresentam apatia, tristeza e sonolência, emagrecimento exagerado e perturbações na visão. Dipylidium caninum Pertence a família Dipylidiidae com hospedeiros definitivos como o cão e o gato e, raramente, o homem, que é considerado um hospedeiro acidental do cestoide. Seus hospedeiros intermediários são pulgas Ctenocephalides felis, Ctenocephalides canis e piolhos Trichodectes canis. Sua forma larval é localizada na hemocele dos intermediários vivendo por vários meses na de pulgas e na de piolhos por aproximadamente 30 dias. Sua forma adulta se localiza no duodeno dos hospedeiros definitivos. O verme adulto pode ter até 50 cm de comprimento, possui escólex com rostelo retrátil contendo de 4 a 5 fileiras de acúleos. Suas proglótides possuem formato de arroz e possuem aparelho genital duplo com um poro saindo de cada. As proglótides grávidas têm movimentação ativa para sair pelo ânus o que pode causar prurido. Seus ovos são chamados de cápsulas ovígeras e possuem em seu interior cerca de 20 oncosferas/embriões hexacanto. Ciclo biológico: 1. Hospedeiro definitivo elimina proglótides grávidas nas fezes. 2. No ambiente as cápsulas ovígeras saem pelos poros que existem em cada proglótide e liberam os ovos. 3. Larvas de piolhos ou pulgas comem os ovos nas fezes e mantém a larva cisticercoide em sua hemocele, crescendo infectadas. 4. HD come a pulga infectada e, em seu intestino cresce o estróbilo que fixa o verme. Com o tempo tornam-se adultos e fecundam-se produzindo proglótides grávidas. Os sinais clínicos geralmente só são aparentes em infecções maciças, nesses casos pode haver inflamação da mucosa intestinal, diarreia, cólica, emagrecimento, alteração de apetite, obstrução intestinal e até sinais neurológicos. Como as proglótides possuem movimento ativo podem causar prurido anal. Davainea proglottina Da família Davaeniidae, esse cestoide é parasita de aves, tendo como seu hospedeiro definitivo os galináceos e os intermediárioscomo lesmas e caramujos terrestres. A forma adulta do verme fica no duodeno das aves e sua forma larval, a larva cisticercoide, fica encistada nos hospedeiros intermediários. A morfologia do verme adulto é semelhante à do Echinococcus granulosus, contendo o escólex com rostelo contendo ganchos e ventosas também com ganchos, seu estróbilo é curto possuindo poucas proglótides. Em cada proglótide há apenas um aparelho reprodutor masculino e feminino e seus poros são alternados, ou seja, em uma proglótide sai para a esquerda e na seguinte no lado direito. Suas cápsulas ovígeras possuem apenas um ovo em seu interior. Ciclo biológico: 1. As proglótides são eliminadas nas fezes da ave. 2. No ambiente as cápsulas ovígeras são liberadas pelo movimento da proglótide, cápsulas rompem e liberam os ovos. 3. Hospedeiros intermediários ingerem o ovo que rompe liberando a oncosfera. 4. A oncosfera penetra nos tecidos do molusco e encista formando a larva cisticercoide. 5. Galinha ao ingerir um molusco com os cistos se infecta e libera a larva que após algum tempo torna-se o verme adulto no intestino delgado. A Davainea proglottina gera muitos prejuízos na produção avícola devido a sua elevada patogenicidade. Sua sintomatologia advém da fixação dos vermes adultos no intestino delgado da ave, penetram profundamente mucosa e até submucosa o que pode causar diarreia sanguinolenta, enterite hemorrágica severa, emagrecimento, caquexia, além disso podem apresentar asas caídas, penas arrepiadas, prostração e a caquexia, se for muito severa, pode levar ao óbito do animal. Raillietina spp Possui três espécies de interesse, a Raillietina tetragona, Raillietina cistillus e Raillietina echinobothrida. Todas possuem mesmo hospedeiro definitivo como galináceos e os hospedeiros intermediários como moluscos terrestres (lesmas e caramujos) formigas e moscas. A forma adulta do verme fica no duodeno das aves, possui proglótides com formato de trapézio, podendo atingir até 5 cm de comprimento, dependendo da espécie pode ou não ter rostelo. Sua forma larval fica encistada nos tecidos dos hospedeiros intermediários na forma cisticercoide. Suas cápsulas ovígeras possuem de 6 a 18 ovos. Ciclo biológico: Análogo ao da Davainea proglottina com diferença apenas que as aves podem se infectar comendo formigas e moscas, não apenas moluscos. Essa parasitose provoca nódulos no caseosos no duodeno devido a profunda penetração dos vermes na mucosa e submucosa intestinal, esses nódulos podem ser confundidos com os nódulos causados pela tuberculose. Assim como a D. proglottina, tem importância econômica na produção de aves devido a dificuldade de ganho de peso. Anoplocephala e Paranoplocephala São cestoides de equinos, pertencentes a família Anoplocephalidae. O gênero Anoplocephala possui duas espécies, a A. magna e a A. perfoliata. O gênero Paranoplocephala possui apenas uma espécie de interesse que é a P. mamillana. Todas possuem seu hospedeiro definitivo como equinos e asininos, e hospedeiros intermediários como ácaros da família Oribatidae. Sua forma adulta fica no intestino delgado dos hospedeiros definitivos, exceto pela A. perfoliata que pode, também, ir para o ceco e íleo causando cólicas, e pelas A. magna e P. mamillana que podem subir para o estômago causando gastrite verminótica. As larvas ficam na hemocele dos ácaros encistadas na forma cisticercoide. Os vermes adultos da Anoplocephala perfoliata podem medir de 3 a 8 cm de comprimento, possuem escólex musculoso sem rostelo ou acúleos. Suas ventosas possuem um apêndice em baixo de cada. Suas proglótides se alargam rapidamente depois do pequeno colo, formando proglótides mais largas do que compridas. A A. magna não possui os apêndices. Já a P. mamillana tem formato menos largo e suas proglótides ficam mais largas gradativamente após o colo, não abruptamente como as outras. É menor podendo ter até 5 cm de comprimento. Os ovos são irregulares, esféricos ou triangulares contendo apenas uma oncosfera/embrião hexacanto com formato de pera em seu interior. Ciclo biológico: Análogo ao das duas anteriores: 1. Proglótides grávidas eliminadas nas fezes dos hospedeiros definitivos. 2. No ambiente as proglótides se desintegram e liberam os ovos que são comidos pelos ácaros. 3. Dentro do ácaro os ovos eclodem e liberam o embrião que fica na hemocele do aracnídeo por períodos de 2 a 4 meses. 4. Hospedeiro definitivo ingere ácaros podendo ter um período pré patente de até 2 meses. Patogenia: A A. perfoliata pode causar obstrução intestinal em casos de parasitoses maciças. As fezes podem sair com sangue devido a força das ventosas auxiliadas pelos apêndices ao se fixarem. Devido ao local onde os vermes adultos ficam, próximos a junção íleo-cecal, pode ocorrer quadros de cólica e ulcerações da mucosa. A A. magna é mais comumente encontrada no jejuno o que pode causar diarreia catarral ou hemorrágica além de obstrução e perfuração intestinal. A P. mamillana possui patogenia inaparente. Os sinais clínicos são, geralmente, inaparentes exceto em casos de infecção maciça que podem levar a enterite e cólica nas perfoliata e magna, anemia, emagrecimento caquexia e morte. A magna é mais patogênica devido ao seu tamanho que causa mais danos em casos de obstrução levando a enterites mais graves. A mamillana produz sinais clínicos inaparentes. Moniezia spp Cestoides de ruminantes também da família Anoplocephalidae. São os cestoides mais comuns em ruminantes e geralmente estão associados a outros helmintos como o Haemonchus e Ostertagia (nematoides). Possui duas espécies, a Moniezia benedeni e a Moniezia expansa. A M. expansa é mais comum em ovinos e caprinos ocorrendo ocasionalmente em bovinos. A M. benedeni é mais comum em bovinos e ocorre eventualmente em ovinos. Ambas possuem hospedeiro intermediário como ácaros Oribatídeos. A forma adulta do verme fica no intestino delgado dos hospedeiros definitivos e a forma larval fica encistada como larva cisticercoide na hemocele dos ácaros. A M. expansa pode medir 5 metros ou mais em um pequeno ruminante. Não possui rostelo ou acúleos. Suas proglótides são mais largas do que longas e apresentam uma fileira de glândulas interproglotidianas na porção posterior de cada proglótide se estendendo ao longo detoda a largura da proglótide. Os ovos são irregularmente triangulares contendo um embrião hexacanto com formato piriforme. A M. benedeni é mais larga que a M. expansa medindo até 4m de comprimento e suas glândulas interproglotidianas se restringem a porção central da borda posterior da proglótide. Os ovos possuem formato quadrangular com embrião hexacanto piriforme dentro. Ciclo biológico: 1. Eliminação das proglótides grávidas nas fezes. 2. No ambiente as proglótides liberam os ovos que são comidos pelos ácaros. 3. No ácaro o embrião hexacanto/oncosfera é liberado e encista na hemocele formando larvas cisticercoides que se desenvolvem em 2 a 6 meses. 4. Ruminante ingere o ácaro infectado, o digere e libera as larvas que se aderem ao seu intestino delgado. A Moniezia é pouco patogênica, porém pode estar associada a outros helmintos que agravam o quadro clínico do animal, Haemonchus e Ostertagia, principalmente. Infecções maciças podem causar inflamação da mucosa intestinal, degeneração das vilosidades, anemia, diarreia e esteatose hepática, caquexia e morte. Constipação alternada com diarreia e pode haver obstrução intestinal. É mais comum em animais com menos de 1 ano de vida e quando há aumento da população de ácaros.
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