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resumo helmintos

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Helmintos 
 
São organismos ​multicelulares​,     
comumente ​chamados de vermes que         
podem ser de ​vida livre ou parasitas​,             
são divididos em ​platelmintos e         
nematelmintos​, nos quais os vermes         
pertencentes do ​filo Platyhelminthes       
são achatados dorso ventralmente (em         
formato de fita ou folha), são           
acelomados (não possuem cavidade       
corporal) por isso ​não possuem         
sistemas completos como o       
circulatório, esquelético e respiratório,       
suas trocas gasosas são feitas por           
difusão na superfície corporal       
(tegumentar ou cutânea) seu sistema         
excretor e sua osmorregulação são         
feitos pelas células flama que estão           
distribuídas pelo corpo e formam os           
protonefrídios​.  
Já os pertencentes do ​filo         
Nemathelminthes são cilíndricos e       
pseudocelomados, cavidade corporal     
rudimentar que não permite total         
desenvolvimento dos sistemas, sua       
respiração é cutânea, o transporte de           
nutrientes, gases e etc é feita pelo             
pseudoceloma, sua excreção é feita         
pelos renetes que formam um túbulo           
em formato de H​. 
 
Patogênese: 
Causam algumas das mais       
debilitantes doenças nos humanos.       
Podem causar diarreias, lesões       
oculares, anemia, ser porta de entrada           
para outras infecções, etc, porém seu           
grau de ​severidade depende da carga           
parasitária infectante​, idade do       
hospedeiro, estado imune do       
hospedeiro, suscetibilidade do     
hospedeiro e local onde o verme           
parasita. As doenças causadas por         
vermes causam grandes prejuízos       
debilitando os animais, ​abrindo portas         
para infecções secundárias,     
condenação de carcaças, retardo no         
crescimento dos animais, além dos         
prejuízos indiretos das vermifugações e         
manejos complexos que são       
necessários para a exterminação dos         
vermes​. 
 
Classificação: 
Os de importância veterinária       
são pertencentes do sub-reino Bilateria         
que inclui seres que possuem simetria           
bilateral. ​São dos filos Platyhelminthes         
e classes Cestoda e Trematoda;         
Nemathelminthes e classe nematoda​.   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Platelmintos 
 
São vermes chatos, acelomados e com           
sistema excretor por células flama, são,           
em geral, hermafroditas excetuando-se       
apenas o ​Schistosoma mansoni​.  
 
Cestoides: 
Possuem ​corpo segmentado     
achatado em formato de fita​, ​sem tubo             
digestivo​, são em geral ​hermafroditas​,         
exceto pelo ​Schistosoma mansoni​, e         
fazem autofecundação e/ou     
fecundação cruzada​. Seu corpo é         
formado pelo ​escólex no lugar que           
seria a cabeça do verme ​contendo 4             
ventosas​; por um ​colo, porção abaixo           
do escólex que origina as proglótides; e             
por um ​estróbilo​, que seria o ​corpo             
segmentado em proglótides imaturas       
próximas ao colo, maduras e, por           
último proglótides grávidas que se         
desprendem​. 
 
Taenia solium 
É da ​família Taeniidae​. Pode         
infectar ​animais e humanos​, os         
humanos podem se infectar ingerindo         
a larva ou o cisticerco na carne mal               
cozida. Possui ​4 ventosas em seu           
escólex com ​rostelo que possui duas           
fileiras de acúleos (ganchos/espinhos)       
em formato de foice que ajudam na             
fixação do verme na mucosa intestinal.           
Mede de 1,5 a 5m​. Suas proglótides             
possuem uma   
ramificação central   
de onde partem de       
7 a 16 ramificações       
uterinas de cada     
lado​, essas   
proglótides podem se ​auto fecundarem         
ou fecundarem suas “vizinhas”​, depois         
que se desprendem podem sair nas           
fezes em até 5 dias de ​maneira passiva​.               
No ambiente as proglótides rompem e           
liberam de 30 a 50 mil ​ovos que são                 
indistinguíveis dos da ​Taenia saginata​.       
 
Seu ​hospedeiro definitivo é o homem           
quando faz a ingestão do ​Cysticercus           
 
cellulosae​, cisticerco da ​T. solium         
presente principalmente na     
musculatura dos hospedeiros     
intermediários que são os suínos​,         
podem ser ​raramente cães, felinos,         
ruminantes, equinos e o próprio         
humano quando ​fazem a ingestão da           
larva por meio de alimentos ou mãos             
mal lavados. ​O ​Cysticercus cellulosae         
possui predileção por musculaturas de         
alta atividade como a da língua,           
coração, diafragma e etc, encista ​nos           
tecidos conjuntivos desses locais e         
pode causar lesões, pode encistar         
também no cérebro causando a         
neurocisticercose​. Já os ​vermes adultos         
ficam aderidos a mucosa intestinal do           
homem​. 
 
Ciclo biológico: 
1. Homem ingere carne suína crua         
ou mal passada ​contendos os         
cisticercos​. 
2. Verme adulto se desenvolve no         
intestino delgado e desprende       
proglótides grávidas que saem       
nas fezes​. 
3. No ambiente as proglótides       
rompem e liberam os ovos que           
são ingeridos por suínos​. 
4. Após ser ingerido pelo suíno​, o           
ovo eclode e libera a         
oncosfera/embrião hexacanto   
que ​migra para os músculos do           
animal e encista nesses locais         
formando o cisticerco​. 
Os cisticercos são visíveis       
macroscopicamente e possuem     
aspecto de uma bolsa de água           
contendo apenas um escólex dentro​.         
Após ser ingerido pelo homem, o           
cisticerco tem sua cápsula digerida e           
libera a larva em seu intestino​. Depois             
de se fixar ao intestino a ​o estróbilo               
começa a crescer e se desenvolve o             
verme adulto​. 
Quando o homem se infecta com           
os cisticercos é o hospedeiro definitivo           
e desenvolve a ​TENÍASE​; ​Quando se           
infecta com as larvas é um hospedeiro             
intermediário assim comos os suínos e           
desenvolve a ​CISTICERCOSE​. 
 
Taenia saginata 
Difere da ​T. solium       
morfologicamente por ​não conter       
rostelo ou acúleos​, porém ​seus ovos           
são idênticos​. Seu estróbilo pode ter           
até 12 metros de       
comprimento​. 
Suas ​proglótides   
grávidas possuem   
movimento ativo   
para sair o que       
pode ​causar   
prurido anal​. ​Sua diferenciação da ​T.           
solium ​pode ser feita pelo escólex do             
verme adulto ou pelas proglótides que           
possuem de 15 a 30 ramificações           
uterinas de cada lado da ramificação           
 
central​. Cada proglótide grávida de ​T.           
saginata ​pode conter até ​80 mil ovos​. 
Seu ​hospedeiro definitivo é o         
homem que faz a ingestão do           
Cysticercus bovis e     
possui o ​verme em sua         
forma adulta fixo na       
parede do intestino     
delgado​; Seus   
hospedeiro 
intermediário principais são os bovinos         
e, muito raramente, caprinos ovinos e o             
homem que ingerem a larva​. O           
Cysticercus bovis possui predileção       
pelos músculos, pulmões e fígado dos           
hospedeiros intermediários​. O aspecto       
dos cisticercos é parecido       
macroscopicamente e possui ​apenas       
uma escólex em seu interior​, o que os               
difere é a larva que, assim como os da                 
T. solium​, é idêntica ao verme adulto             
sem o estróbilo. ​Seu ciclo é igual ao da                 
T. solium​, com o boi como           
intermediário​. 
 
Taenia hydatigena 
É a ​tênia do cão​. ​Pode chegar a               
medir 2 metros de comprimento​, seu           
escólex possui um rostelo com 2 fileiras             
de acúleos​, seu ​colo é quase tãolargo               
quanto o escólex​, suas proglótides       
 
grávidas possuem de ​6 a 10           
ramificações uterinas de cada lado da           
central​. Seu cisticerco, o ​Cysticercus         
tenuicollis pode ficar ​no parênquima         
hepático, solto na cavidade peritoneal         
e, raramente, na pleura e pericárdio           
dos hospedeiros intermediários​. 
Seu ​hospedeiro definitivo é o cão           
que possui a forma adulta do verme             
em seu intestino delgado​; Os         
hospedeiros intermediários podem ser       
ovinos, caprinos, bovinos e suínos​.  
 
Taenia felis 
Ou ​Hydatigera taeniaeformis ou ​T.         
taeniaeformis​. Pode medir de ​15 a 16cm             
de comprimento, ​seu rostelo pouco         
desenvolvido com 2 fileiras de acúleos​,         
 
suas ​proglótides grávidas possuem a         
porção anterior mais estreita que a         
 
porção posterior e suas ramificações         
uterinas vão de 16 a 18 de cada lado da                   
central. Seus ​hospedeiros definitivos       
são o gato e, ocasionalmente, o cão​,             
nos quais o verme adulto parasita o             
 
intestino delgado​; Seus ​hospedeiros       
intermediários são ratos e morcegos         
(quirópteros) que possuem o       
Cysticercus fasciolaris ​ou estrobilocerco       
no fígado e cavidade abdominal​. Seu           
ciclo biológico é como o das outras             
tênias. 
 
Echinococcus 
granulosus 
Possui o ​corpo pouco       
segmentado em comparação às tênias​,         
com um ​escólex e 3 proglótides         
 
formando o estróbilo, ​uma imatura,         
uma madura e outra grávida​. Mede de             
3 a 6mm de comprimento. Sua larva é               
chamada de ​cisto hidático ou ​hidátide e             
tem ​predileção pelo fígado, rins e           
pulmões, dentre outros órgãos no         
hospedeiro intermediário​. Ao contrário       
dos cisticercos das tênias, o cisto           
hidático possui ​vários escólex em seu           
interior​, que dará origem a vários           
vermes adultos.  
Seus hospedeiros definitivos são       
os ​cães domésticos e canídeos         
silvestres​, os quais possuem a forma           
adulta do verme em seu ​intestino           
delgado​; Os ​felídeos são raramente         
parasitados​, neste caso não tem         
importância epidemiológica pois ​neles       
o verme não atinge a maturidade e não               
elimina as proglótides = hospedeiro         
acidental​; Os ​hospedeiros     
intermediários são ovinos, bovinos,       
caprinos, equinos, suínos, coelhos       
primatas e o homem​. 
 
Ciclo biológico: 
1. O ​hospedeiro definitivo elimina       
as proglótides grávidas nas       
fezes​.  
2. No ambiente as proglótides       
rompem e liberam os ovos que           
são ingeridos pelo hospedeiro       
intermediário​. 
3. Quando chega no intestino       
delgado do hospedeiro     
intermediário, liberada o     
embrião hexacanto ou oncosfera       
que penetra na mucosa com         
ajuda de seus acúleos, ​caindo na           
corrente sanguínea​. 
4. Migra para seus locais de         
predileção como o pulmão,       
fígado e rins. 
5. Encista nos tecidos formando o         
CISTO HIDÁTICO que contém       
vários escólex cada​.  
6. Hospedeiro definitivo come o       
hospedeiro intermediário   
infectado com os cistos hidáticos         
que são rompidos no intestino         
delgado liberando os escólex       
que se tornam o verme adulto. 
 
O ​cisto hidático pode se formar em             
vários órgãos​, podendo causar       
hidatidose pulmonar, hepática e até         
cerebral​. Em infecções maciças pode         
haver ​diarreia catarral hemorrágica nos         
hospedeiros definitivos​. Nos     
hospedeiros intermediários a     
sintomatologia varia de acordo com a           
localização da hidátide (ou cisto         
hidático, mesma coisa) porém ​de modo           
geral são assintomáticas e só         
detectadas pós abate​. 
 
 
 
Multiceps multiceps 
Possui ​4 ventosas e uma fileira           
de acúleos​. Tem os ​caninos como seus           
 
hospedeiros definitivos e os ovinos,         
bovinos, caprinos, equinos, suínos, e         
ocasionalmente coelhos e humanos       
como hospedeiros intermediários​. 
Os vermes adultos ficam       
localizados na ​última porção do         
intestino delgado do cão​; A forma larval             
chama-se ​Coenurus cerebralis​, e tem         
predileção por encistar no cérebro​. 
 
 
Ciclo biológico: 
É ​análogo ao das outras tênias​. A             
oncosfera atravessa a mucosa       
intestinal e cai na circulação sanguínea​.           
As que ​seguirem para o cérebro se             
tornam a larva cenuro​, enquanto que           
as que vão para outros tecidos           
interrompem o ciclo​. ​Cães, ao         
ingerirem os cenuros de herbívoros são           
infectados com as formas adultas do           
Multiceps multiceps depois de       
aproximadamente 30 dias​. Cada       
cenuro dá origem a vários escólex que             
viram o adulto no intestino. 
 
A ​sintomatologia depende do número         
de cenuros no hospedeiro       
intermediário​, em infestações     
pequenas (de 1 a 5 cenuros) ​pode             
haver alterações oculares como       
estrabismos divergente ou     
convergente, vertigem e queda​. Depois         
de 30 a 40 dias podem ​morrer de               
ataque epileptiforme ou devido a uma           
paralisia cerebral​. Em animais com 8 a             
10 cenuros apresentam ​apatia, tristeza         
e sonolência, emagrecimento     
exagerado e perturbações na visão​. 
 
Dipylidium caninum 
Pertence a família Dipylidiidae       
com ​hospedeiros definitivos como o         
cão e o gato e, ​raramente, o homem​,               
que é considerado um hospedeiro         
acidental do cestoide. 
Seus ​hospedeiros   
intermediários são pulgas     
Ctenocephalides felis,   
Ctenocephalides canis ​e     
piolhos ​Trichodectes canis​.     
Sua forma larval é localizada na           
hemocele dos intermediários vivendo       
por vários meses na de pulgas e na de                 
piolhos por aproximadamente 30 dias.         
Sua forma adulta se localiza no           
duodeno dos hospedeiros definitivos​. 
O verme adulto pode ter até ​50             
cm de comprimento, possui escólex         
com ​rostelo retrátil contendo de 4 a 5               
 
fileiras de acúleos​. Suas ​proglótides         
possuem formato de arroz e possuem           
aparelho genital duplo com um poro           
saindo de cada​. As proglótides grávidas           
têm ​movimentação ativa para sair pelo           
ânus o que pode causar prurido​. 
Seus ovos são chamados de         
cápsulas ovígeras e possuem em seu           
interior cerca de 20       
oncosferas/embriões hexacanto​. 
 
Ciclo biológico: 
1. Hospedeiro definitivo elimina     
proglótides grávidas nas fezes​. 
2. No ambiente ​as cápsulas       
ovígeras saem pelos poros que         
existem em cada proglótide e         
liberam os ovos​. 
3. Larvas de piolhos ou pulgas         
comem os ovos nas fezes e           
mantém a ​larva cisticercoide em         
sua hemocele​, crescendo     
infectadas. 
4. HD come a pulga infectada e, em             
seu intestino cresce o estróbilo         
que fixa o verme. Com o tempo             
tornam-se adultos e     
fecundam-se produzindo   
proglótides grávidas. 
 
Os sinais clínicos geralmente ​só são           
aparentes em infecções maciças​,       
nesses casos pode haver ​inflamação da           
mucosa intestinal, diarreia, cólica,       
emagrecimento, alteração de apetite,       
obstrução intestinal e até sinais         
neurológicos​. Como as proglótides       
possuem movimento ativo podem       
causar prurido anal​. 
 
Davainea proglottina 
Da família Davaeniidae, esse       
cestoide é ​parasita de aves​, tendo           
como seu ​hospedeiro definitivo os         
galináceos e os intermediárioscomo         
lesmas e caramujos terrestres​. 
A ​forma adulta do verme fica no             
duodeno das aves e sua ​forma larval, a               
larva cisticercoide, fica encistada nos         
hospedeiros intermediários​. 
A morfologia do verme adulto é           
semelhante à do ​Echinococcus       
granulosus​, contendo o ​escólex com         
rostelo contendo ganchos e ventosas         
também com ganchos​, seu ​estróbilo é           
curto possuindo poucas     
proglótides​. ​Em cada     
proglótide há apenas um       
aparelho reprodutor   
masculino e feminino e       
seus ​poros são     
alternados​, ou seja, em       
uma proglótide sai para a ​esquerda e             
na seguinte no lado direito​. Suas           
cápsulas ovígeras possuem apenas um         
ovo em seu interior​. 
 
Ciclo biológico: 
1. As ​proglótides são eliminadas       
nas fezes da ave​. 
2. No ambiente as ​cápsulas       
ovígeras são liberadas pelo       
movimento da proglótide​,     
cápsulas rompem e liberam os         
ovos​. 
 
3. Hospedeiros intermediários   
ingerem o ovo que rompe         
liberando a oncosfera. 
4. A ​oncosfera penetra nos tecidos         
do molusco e encista formando a           
larva cisticercoide​.   
5. Galinha ao ingerir um molusco         
com os cistos se infecta e libera a               
larva que após algum tempo         
torna-se o verme adulto no         
intestino delgado. 
 
A ​Davainea proglottina gera ​muitos         
prejuízos na produção avícola devido a           
sua ​elevada patogenicidade​. Sua       
sintomatologia advém da ​fixação dos         
vermes adultos no intestino delgado da           
ave, penetram profundamente mucosa       
e até submucosa o que pode causar             
diarreia sanguinolenta, enterite     
hemorrágica severa, emagrecimento,     
caquexia, além disso podem       
apresentar asas caídas, penas       
arrepiadas, prostração e a caquexia, se           
for muito severa, pode levar ao óbito             
do animal​. 
 
Raillietina ​ spp  
Possui três espécies de interesse,         
a ​Raillietina tetragona, Raillietina cistillus         
e ​Raillietina echinobothrida​. Todas       
possuem mesmo ​hospedeiro definitivo       
como galináceos e os ​hospedeiros         
intermediários como moluscos     
terrestres (lesmas e caramujos)       
formigas e moscas​. 
A ​forma adulta do verme fica no             
duodeno das aves​, possui ​proglótides         
com formato de trapézio​, podendo         
atingir até ​5 cm de comprimento,           
dependendo da espécie ​pode ou não           
ter rostelo​. Sua ​forma larval fica           
encistada nos tecidos dos hospedeiros         
intermediários na forma cisticercoide​.       
Suas ​cápsulas ovígeras possuem de 6 a             
18 ovos​.  
 
Ciclo biológico: 
Análogo ao da ​Davainea       
proglottina com diferença apenas que         
as aves podem se infectar comendo           
formigas e moscas, não apenas         
moluscos. 
 
Essa parasitose ​provoca nódulos no           
caseosos no duodeno devido a         
profunda penetração dos vermes na         
mucosa e submucosa intestinal​, esses         
nódulos ​podem ser confundidos com         
os nódulos causados pela tuberculose​.         
Assim como a ​D. proglottina​, tem           
importância econômica na produção de         
aves devido a dificuldade de ganho de             
peso​. 
 
Anoplocephala e   
Paranoplocephala 
São ​cestoides de equinos​,       
pertencentes a família     
Anoplocephalidae. O gênero     
Anoplocephala possui duas espécies, a         
A. magna e a ​A. perfoliata​. O gênero               
Paranoplocephala ​possui apenas uma       
espécie de interesse que é a ​P.             
mamillana​. 
Todas possuem seu ​hospedeiro       
definitivo como equinos e asininos​, e           
hospedeiros intermediários como     
ácaros da família Oribatidae​. 
 
Sua ​forma adulta fica no         
intestino delgado dos hospedeiros       
definitivos, exceto pela ​A. perfoliata que           
pode, também, ir para o ceco e íleo               
causando cólicas​, e pelas ​A. magna ​e ​P.               
mamillana ​que podem subir para o           
estômago causando gastrite     
verminótica​. As ​larvas ficam na         
hemocele dos ácaros encistadas na         
forma cisticercoide​. 
Os vermes adultos da       
Anoplocephala perfoliata podem medir       
de 3 a 8 cm de comprimento, possuem               
escólex musculoso ​sem rostelo ou         
acúleos​. Suas ​ventosas possuem um         
apêndice em baixo de cada​. Suas         
 
proglótides se alargam rapidamente       
depois do pequeno colo​, formando         
proglótides mais largas do que       
 
compridas​. A ​A. magna não possui os             
apêndices​.  
Já a ​P. mamillana ​tem formato           
menos largo e suas proglótides ficam           
mais largas gradativamente após o         
colo​, não abruptamente como as         
outras. É menor podendo ter ​até 5 cm               
de comprimento​. 
Os ​ovos são     
irregulares​, 
esféricos ou   
triangulares 
contendo ​apenas   
uma 
oncosfera/embrião 
hexacanto com   
formato de pera em seu interior​.  
 
Ciclo biológico: 
Análogo ao das duas anteriores: 
1. Proglótides grávidas eliminadas     
nas fezes dos hospedeiros       
definitivos. 
2. No ambiente as ​proglótides se         
desintegram e liberam os ovos         
que são comidos pelos ácaros​. 
3. Dentro do ácaro os ovos         
eclodem e liberam o ​embrião         
que fica na hemocele do         
aracnídeo por períodos de 2 a 4             
meses​. 
4. Hospedeiro definitivo ingere     
ácaros podendo ter um período         
pré patente de até 2 meses​. 
 
Patogenia: 
A ​A. perfoliata pode causar         
obstrução intestinal em casos de         
parasitoses maciças​. As ​fezes podem         
sair com sangue devido a força das             
ventosas auxiliadas pelos apêndices ao         
se fixarem. Devido ao local onde os             
vermes adultos ficam, próximos a         
junção íleo-cecal, ​pode ocorrer quadros         
de cólica e ulcerações da mucosa​. 
 
A ​A. magna é mais comumente           
encontrada no jejuno o que pode           
causar diarreia catarral ou hemorrágica         
além de obstrução e perfuração         
intestinal​. 
A ​P. mamillana possui patogenia         
inaparente​. 
 
Os ​sinais clínicos são, geralmente,         
inaparentes exceto em casos de         
infecção maciça que podem levar a           
enterite e cólica nas perfoliata e magna,             
anemia, emagrecimento caquexia e       
morte​. A ​magna é mais patogênica           
devido ao seu tamanho que causa mais             
danos em casos de ​obstrução levando           
a enterites mais graves​. A mamillana           
produz sinais clínicos inaparentes. 
 
Moniezia ​spp 
Cestoides de ruminantes     
também da família Anoplocephalidae.       
São os ​cestoides mais comuns em           
ruminantes e ​geralmente estão       
associados a outros helmintos como o           
Haemonchus ​e ​Ostertagia (nematoides).       
Possui duas espécies, a ​Moniezia         
benedeni ​e a ​Moniezia expansa​. 
A ​M. expansa ​é mais comum em             
ovinos e caprinos ocorrendo       
ocasionalmente em bovinos. ​A ​M.         
benedeni é mais comum em bovinos e             
ocorre eventualmente em ovinos.       
Ambas possuem hospedeiro     
intermediário como ácaros     
Oribatídeos​. 
A ​forma adulta do verme fica no             
intestino delgado dos hospedeiros       
definitivos e a ​forma larval fica           
encistada como larva cisticercoide na         
hemocele dos ácaros​. 
A ​M. expansa pode medir 5           
metros ou mais em um pequeno           
ruminante. ​Não possui rostelo ou         
acúleos​. Suas ​proglótides são mais       
 
largas do que longas e apresentam           
uma ​fileira de glândulas       
interproglotidianas na porção posterior       
de cada proglótide se estendendo ao           
longo detoda a largura da proglótide​.             
Os ​ovos são irregularmente       
triangulares contendo ​um embrião     
 
hexacanto com formato piriforme​. 
 
A ​M. benedeni ​é mais larga que a               
M. expansa ​medindo ​até 4m de           
comprimento ​e suas ​glândulas       
interproglotidianas se restringem a       
porção central da borda posterior da           
proglótide. ​Os ovos     
possuem formato   
quadrangular com   
embrião hexacanto   
piriforme dentro​. 
 
 
Ciclo biológico: 
1. Eliminação das ​proglótides     
grávidas nas fezes​. 
2. No ambiente as ​proglótides       
liberam os ovos que são comidos           
pelos ácaros​. 
3. No ácaro o embrião       
hexacanto/oncosfera é liberado     
e encista na hemocele formando         
larvas cisticercoides que se       
desenvolvem em 2 a 6 meses​. 
4. Ruminante ingere o ácaro       
infectado​, o digere e libera as           
larvas que se aderem ao seu           
intestino delgado.   
 
A ​Moniezia é pouco patogênica​, porém           
pode estar associada a outros         
helmintos que agravam o quadro         
clínico do animal, ​Haemonchus ​e         
Ostertagia​, principalmente. ​Infecções     
maciças podem causar inflamação da         
mucosa intestinal, degeneração das       
vilosidades, anemia, diarreia e       
esteatose hepática, caquexia e morte​.         
Constipação alternada com diarreia e         
pode haver obstrução intestinal​. É mais           
comum em animais com menos de 1             
ano de vida e quando há aumento da               
população de ácaros​.

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