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PETIÇÃO DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL

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Acadêmica: Harryane Gonçalves / 7-N 
Excelentíssimo Juiz de Direito da Vara de Família da Comarca de ........., 
Antônio Moreira Souza, brasileiro, estado civil, desempregado, portador 
da Cédula de Identidade RG nº ......., CPF nº ....., usuário do e-mail ........, 
residente e domiciliado na Rua ........., em ......, por si e representando sua filha 
Beatriz Costin Souza, nacionalidade, estado civil, profissão, nascida aos 04 de 
novembro de 2005, portadora da Cédula de Identidade RG nº ......., CPF nº ....., 
usuária do e-mail ........, residente e domiciliada na Rua ........., em ......, por seu 
advogado que esta subscreve, com escritório profissional na ..., vem à presença 
de vossa excelência, com base no art. 226, § 3º, da Constituição da República, 
propor ação de reconhecimento e dissolução de união estável c/c guarda, 
visitas, alimentos e partilha de bens em face de Tereza Silva Costin, brasileira, 
estado civil, enfermeira, portadora da Cédula de Identidade RG nº ......., CPF nº 
....., usuária do e-mail ........, residente e domiciliada na Rua ........., em ......, pelo 
procedimento ordinário/comum. 
1) Fatos 
Antônio e Tereza, ambos anteriormente qualificados, conviviam em união 
estável desde 15 de setembro de 2003. Desta união tiveram uma filha, Beatriz 
Costin Souza, nascida em 04 de novembro de 2005. 
Antônio não trabalha desde o início da união, dedicando-se às atividades 
domésticas e à criação da filha do casal. Tereza decidiu por um fim na relação 
entre ela e o requerente no dia 09 de abril de 2020, retirando-se do lar conjugal 
com o único bem comum do casal, um Citröen C3 ano 2012, avaliado em R$ 
25.000,00 (vinte e cinco mil reais), sem nenhum acordo entre as partes, razão 
pela qual a presente ação torna-se necessária. 
2) Fundamento Jurídico: 
2.1) da União Estável 
 
Tendo em vista o art. 1.723 do Código Civil, a união estável é 
reconhecida como entidade familiar, pública, continua e duradoura, 
com objetivo de constituição de família. Com base no citado artigo, 
temos também o art. 226, § 3º da Constituição da República, que pode 
ser reconhecida a união entre Antônio e Tereza, visto que viviam juntos 
desde o ano de 2003, tendo uma filha juntos, que atualmente tem 14 
anos. 
Portanto, o direito de reconhecimento e dissolução de união estável 
está explicito, ante aos fatos citados anteriormente. 
 2.2) da guarda da filha 
Portanto, requer-se a guarda da filha em prol do requerente, visto este já 
ser a situação de fato, o que é assegurado pelo artigo 33, § 1° do Estatuto da 
Criança e do Adolescente e ainda que esta seja exercida de maneira unilateral 
pelo pai com base no artigo 1.583 do Código Civil. 
 2.3) Da regulamentação das visitas 
mailto:elizabetefinn@gmail.com
mailto:elizabetefinn@gmail.com
mailto:elizabetefinn@gmail.com
Outrossim, vê-se que é direito da genitora e da filha manterem a 
convivência afetiva e considerando que a menor continuará a residir com o 
genitor, devem ser estabelecidos dias para que ocorra a visita de Tereza, 
conforme dispõe o artigo 1.589 do Código Civil. 
 2.4. Da partilha de bens 
Antônio e Tereza por não terem nenhum documento que comprove a 
união de ambos, considera-se conforme dispõe o artigo 1.725 do Código Civil 
que a união se dá pelo regime de comunhão parcial de bens. O casal possui um 
único bem, um veículo Citröen C3, ano de 2012, no valor de R$ 25.000,00 (vinte 
e cinco mil reais), o qual já foi quitado. 
Nos termos do regime de comunhão parcial de bens, o bem adquirido por 
ambos após o casamento é dos dois, por conta disso, com fundamento no artigo 
1.575 do Código Civil, o requerente tem direito a 50% do patrimônio, ou seja R$ 
12.500,00 (doze mil e quinhentos reais). 
 2.5. Dos alimentos 
O critério para a devida fixação de alimentos é o binômio possibilidade-
necessidade, conforme dispõe o art. 1.694, § 1º, do Código Civil, tendo em vista 
que o requerente sempre se dedicou às tarefas domésticas, deixando de 
trabalhar, será necessário alimento, não só para ele, mas para a filha menor, 
com fulcro nos artigos 1.694, caput, e 1.696 do Código Civil, em razão da 
dependência financeira e pelo dever de sustento da ré, que nos últimos anos foi 
responsável pela referida obrigação. 
Por outro lado, a ré possui remuneração bruta de R$ 5.000,00 (cinco mil 
reais) mensais, devidamente comprovada, o que indica sua abastada condição 
financeira, portanto, sua possibilidade de pagar alimentos sem sacrificar seu 
sustento, como se verifica no art. 1.695 do Código Civil. 
Assim, a pensão alimentícia pode ser fixada no valor de R$ ... 
2.6. Da tutela provisória: alimentos provisórios 
 O direito dos autores à tutela de urgência decorre do artigo 300, do 
Código de Processo Civil, se não vejamos: 
I- Probabilidade do direito: restou comprovada a filiação da menor em 
relação aos genitores, conforme certidão de nascimento em anexo, ainda 
comprovante de endereços em nome de ambos e declaração de conhecidos 
sobre a união continua; 
II- Perigo de dano: conforme exposto nos fatos, Tereza era quem 
provia o sustento da família e ainda pelo fato de a filha ser de menor, não 
conseguindo de garantir o próprio sustento ficando assim a mercê de sofrer 
diversos danos. 
Diante disso, requer-se a fixação da pensão alimentícia provisoriamente 
para R$.... 
3. Dos pedidos 
Diante do exposto, requer-se: 
 
I. A procedência dos pedidos de reconhecimento e dissolução de união 
estável, guarda, visitas, partilha de bens e alimentos, com a 
especificação do início e do encerramento da união estável entre as 
partes, a concessão da guarda da filha ao genitor, a regulamentação das 
visitas da ré à filha, a partilha dos bens e a condenação da ré ao 
pagamento de R$ ... a título de alimentos aos autores; 
II. A expedição de formal de partilha; 
III. A concessão de alimentos provisórios no valor de R$ ...; 
IV. A citação da ré para, querendo, comparecer à audiência de mediação, 
sob pena de revelia; 
V. A concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, com fundamento no 
artigo 98 do Código de Processo Civil, tendo em vista a insuficiência de 
recursos financeiros dos autores para pagamento das despesas 
processuais; 
VI. A decretação do segredo de justiça, com base no artigo 189, inciso II, do 
Código de Processo Civil, em razão da ação envolver a intimidade das 
partes; 
VII. A intervenção do Ministério Público no feito; 
VIII. A oportunidade de produção de todos os meios de provas em direito 
admitidos, em especial documental, testemunhal e depoimento pessoal 
da ré; 
IX. A condenação da ré ao pagamento das custas processuais e dos 
honorários advocatícios de sucumbência. 
 
 Dá-se à causa o valor de R$ ... 
 Local, data 
 Advogado 
 OAB

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