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M04_Gestao_Projetos_de_Arquitetura.rar M04_Gestão_Projetos_de_Arquitetura.pdf AN02FREV001/REV 4.0 111 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE GESTÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 112 CURSO DE GESTÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA MÓDULO IV Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 113 MÓDULO IV 21 CADERNO DE ENCARGOS O principal propósito do Caderno de Encargos é munir de informações, a quem interessar, com todas as características que cercam a realização do empreendimento. Encontraremos obrigatoriamente as descrições e especificações que dizem respeito ao planejamento e desenvolvimento das atividades que envolvem os setores que conformam todo o conjunto operacional. Projetos, orçamentos, manuais descritivos, documentos variados e cronogramas fazem parte desse manual. Por se tratar de um documento descritivo, encontraremos uma terminologia característica que podemos resumir a seguir: Empreendimento: proposta projetual que envolverá algum tipo de trabalho para desenvolver algo novo. Obra: tipologia de empreendimento em que as tarefas serão realizadas com o intuito de criar uma construção. Serviço: atividades que em conjunto realizarão um trabalho específico. Promotor (proprietário): é quem arca com os custos para empreender algo, e por consequência é o dono. Executor: pode ser o próprio proprietário ou alguém contratado para executar o empreendimento. Cronograma físico: é uma planilha com a descrição das atividades seu sequenciamento e duração para realização. Cronograma financeiro: é a descrição dos recursos envolvidos para realização das atividades e seus custos respectivos. Orçamento: é a prévia dos custos do empreendimento. Usado também para pesquisar preços de produtos e serviços. Custo: é a quantia necessária para realizar ou obter algum produto ou serviço. AN02FREV001/REV 4.0 114 Preço: é o valor monetário a ser pago por algum bem ou serviço. Custo direto: são valores gastos com materiais e serviços obrigatórios para a realização da obra. Custo indireto: são as quantias gastas com serviços e trabalhos paralelos à obra, ou terceirizados. Lucro: é o acréscimo de valores sobre o custo da obra, convertendo em retorno financeiro ao empreendedor. 21.1 ORÇAMENTOS FIGURA 66 – ORÇAMENTOS FONTE: Disponível em:<http://artpatrimonial.com.br/solucoes-e-servicos/16/orcamentos-e- levantamentos-tecnicos> Acesso em: 10 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 115 O gerente do projeto não pode deixar de criar o procedimento de trabalhar com a padronização das atividades. Sempre que se planeja um novo empreendimento e parte-se de uma proposta projetual estabelecida, temos que ter a real noção de como viabilizar, e sempre que possível, minimizar os custos financeiros para realização dos trabalhos. É imprescindível que todo empreendedor consciente tenha em mãos o valor, ainda que aproximado, dos custos para a realização do projeto a que está se propondo. Estabelecido esse valor, será possível prever a quantidade de capital a despender na realização do empreendimento e qual será o percentual de lucro possível. Para alcançar esse propósito o gestor estabelece uma das suas principais funções, que é a orçamentação de todos os serviços, materiais e custas fiscais que envolvem o empreendimento. Com um orçamento descritivo, do custo dos recursos materiais e humanos para realização dos serviços, temos dois fatores extremamente positivos para o gerenciamento do empreendimento: Contato direto com os dados inerentes do projeto e da futura obra, gerando um acervo de informações para sanar dúvidas e planejar o empreendimento; Possibilidade de negociar valores monetários para os produtos e serviços, já que temos de antemão uma descrição de todos os recursos que serão necessários. Estudando e planejando previamente, podemos administrar e gerenciar com mais segurança. Para a realização de todas as atividades que são envolvidas nos processos de criação e execução de um empreendimento de arquitetura teremos que subdividir os recursos em três grupos principais para montagem de orçamentos, que são: Insumos; Material humano; Maquinário – equipamentos e ferramentas. AN02FREV001/REV 4.0 116 21.1.1 Insumos O levantamento de custos dos materiais é obtido pela natureza e escolha do produto, e em seguida, com a quantidade necessária. É importante agregar à quantificação do material o seu percentual de descarte e quebra, pois conforme o seu emprego, pode ocorrer de não ser utilizado totalmente, ou em alguns casos ser desperdiçado por eventuais danificações de transporte ou de utilização. Essa perda ou quebra é obtida por um percentual acrescido do total de material comprado. O desperdício de material pode ser evitado com uma fiscalização constante, e uma equipe de trabalho competente e engajada com a empresa na minimização de erros e descartes. Alguns fatores inerentes que influenciam no valor final dos materiais: Os diversos transportes envolvidos desde a retirada de matéria-prima, manufatura, distribuição por atacado e varejo, e entrega no local de utilização; Cargas e descargas; Armazenamentos; Impostos e tributações. AN02FREV001/REV 4.0 117 FIGURA 67 – MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO FONTE: Disponível em: <http://www.emorar.com.br/producao-cai-em-abril-mas-industria-de-insumos- da-construcao-tem-alta/> Acesso em: 10 ago. 2013. Efetivamente, tais fatores citados geram custos, e esses acabam sendo repassados ao valor final do custo do material que é adquirido, elevando assim seu valor total. AN02FREV001/REV 4.0 118 21.1.2 Material humano FIGURA 68 – FUNCIONÁRIOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL FONTE: Disponível em:< http://extra.globo.com/noticias/economia/trabalhadores-da-construcao-civil- terao-aumento-de-9-4479459.html> Acesso em: 10 ago. 2013. O custo incidente sobre o trabalho dos colaboradores (mão de obra) é obtido a partir do cálculo do tempo necessário para realização de uma atividade. Uma vez determinado o tempo para execução do serviço, multiplica-se pelo custo/hora dos trabalhadores envolvidos no trabalho, resultando assim o custo final para cada atividade a ser realizada. Essa variável varia em cada região, empresa e serviço contratado. Independente das particularidades de cada situação, além do valor bruto, é necessário acrescer o percentual referente a encargos fiscais e tributações, que podem variar conforme a região ou estado do território nacional. AN02FREV001/REV 4.0 119 Vejamos os encargos tributários elementares, que devem ser pagos pelo empreendedor, sobre toda remuneração recebida por cada trabalhador (Sinduscon- SP, 2009): SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial): 1,0% SESI (Serviço Social da Indústria): 1,5% Seguro de acidente de trabalho: 2,0% INCRA (Instituto Nacional da Reforma Agrária): 2,0% Salário Educação: 2,5% FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço): 8,0% Previdência Social (INSS): 20% Somando-se, chegamos a um percentual total de 35% de encargos tributários que devem ser computados como custos da mão de obra no orçamento do empreendimento. 21.1.3 Maquinário Todas as atividades que envolvem a execução dos serviços, dentro do canteiro de obras, necessitam de ferramentas e equipamentos para a sua realização. Portanto, todo maquinário adquirido, é um investimento inicial que deve ser computado no orçamento, pois é um percentual financeiro destinado para desenvolvimento do empreendimento. Além do valor de aquisição, cada ferramenta ou equipamento comprado deve ter incorporado no seu custo, o valor de depreciação equivalente ao período em que é utilizado para conclusão de cada atividade. Em virtude disso é que, quando estabelecemos o valor de um serviço em que foi utilizado alguma ferramenta ou equipamento, devemos agregar um percentual referente ao gasto pela compra e depreciação pela utilização de tais produtos. A vida útil, dos equipamentos e ferramentas, está relacionada ao prazo de utilização, somado ao fato de estar atendendo satisfatoriamente ao propósito a que se destinam. Uma ferramenta ou equipamento já desgastado, ou seja, com a vida AN02FREV001/REV 4.0 120 útil finalizada, podem comprometer a qualidade do serviço prestado. Não podemos esquecer que pode ocorrer a depreciação antes do tempo médio, devido a uma utilização continuada ou de forma equivocada. Por isso o treinamento dado aos colaboradores se faz importante, para que a atividade seja bem desempenhada e de forma que não prejudique a saúde financeira do empreendimento devido a equívocos operacionais. Uma vez transcorrido o tempo de utilização do maquinário, podemos revender por um valor abaixo de mercado para terceiros, sempre que ainda seja possível a sua utilização. Outra medida seriam consertos e reparos para seguir utilizando, ou em casos extremos o descarte por inoperância. Cada situação deve ser analisada para determinar o seu destino. FIGURA 69 – FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS FONTE: Disponível em: <http://parcerialocadora.com/?page_id=227> Acesso em: 10 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 121 Listamos uma sequência de equipamentos e sua vida útil média, baseados em nossas experiências no gerenciamento em construções de edificações: Ferramentas em geral – variável pela utilização e surgimento de avarias; Betoneiras – 2 a 3 anos; Guinchos – 2 a 3 anos; Vibradores de concreto – 2 anos; Equipamentos sobre rodas e esteiras de material menos pesado – 4 a 6 anos; Equipamentos sobre rodas e esteiras de material pesado – 2 a 3 anos; Equipamentos fixos – de 10 a 20 anos. Não podemos esquecer que o maquinário necessita de manutenções periódicas para manter sua integridade e garantir um período de vida estendido. Igualmente, esse custo deve ser agregado ao seu valor operacional. 21.2 CRONOGRAMAS Um fator essencial para planejamento de qualquer projeto é o estabelecimento de um cronograma de execução de atividades. Somente estabelecendo metas e objetivos é que conseguimos alcançar êxito na conclusão de um novo empreendimento. No lançamento do cronograma são estabelecidas as atividades a serem desenvolvidas, os seus prazos e custos operacionais para cada item. Uma vez lançada à cronologia do empreendimento, é possível acompanhar e fiscalizar as etapas, para que possamos gerenciar todo o contexto do projeto. A escolha do tipo de cronograma é feita pelo gerenciador e temos algumas ferramentas que auxiliam nesse sentido: Cronograma PERT/PCM, Cronograma de Barras, Gráfico de Gantt, etc. A informática está presente nos diversos campos de ação, não sendo diferente em nosso foco de estudo. Vamos dar atenção especial a um software, que AN02FREV001/REV 4.0 122 vem sendo amplamente utilizado, por sua praticidade e facilidade de utilização na criação de cronogramas. 21.2.1 Software Ms Project É um software que permite o gerenciamento de atividades e pessoas para um controle de prazos e custos do projeto de forma satisfatória. O emprego desse software para o planejamento de cronogramas traz benefícios intrínsecos aos métodos informatizados, que facilitam a entrada e alteração de dados de forma prática e rápida, agilizando assim o processo de distribuição do conteúdo. Com uma interface dinâmica e de fácil interação permite: Organizar o trabalho de forma mais eficiente e tendo a noção do todo; Controlar e avaliar os impactos do planejamento; Possibilidade de alterações de recursos em todos os planos do projeto; Personalizar planos para capturar informações específicas para seus projetos; Exibir as informações do projeto que você deseja revisar; Dar enfoque às informações que precisam de sua atenção com filtros e grupos; Evitar gargalos de atividades e recursos; Evitar sobreposição de recursos em relação às atividades. De uma forma objetiva, podemos subdividir suas funções em grupos: Gerenciamento Gerenciamento de Projetos; Diferenças entre Projetos e Processos; Elementos de um Projeto; Conceitos de PERT/ COM; Ciclo de Vida de um Projeto; Ciclo de Vida de atividades; AN02FREV001/REV 4.0 123 Instrumentos Gráficos de Controle: Gráfico de Gantt, Diagrama de Rede e Histogramas. Planejamento Modo de Exibição Gráfico de Gantt; Define atividades na EAP (Estrutura Analítica de Projetos ou WBS); Cadastra Recursos; Aloca Recursos às Atividades do Projeto; Define Durações; Efetua Ligações (Relações de Precedência); Calcula e Analisa do Caminho Crítico; Altera a Escala de Tempo do Gráfico de Gantt; Trabalha com Modos de Exibição Combinados. Seleção e Impressão de Dados Definição de Layout; Formatação do Modo de Exibição Gráfico de Gantt; Altera o Layout; Filtros Predefinidos; Critérios de Classificação de Dados (Sort); Opções de Impressão. Modos de Exibição e Relatórios Diagrama de Rede; Calendário; Relatórios Predefinidos. Análise de Conflitos e Simulações Conflitos de Recursos; Redistribuição de Recursos (Nivelamento); Definindo Prioridades para Tarefas; Opções de Redistribuição. AN02FREV001/REV 4.0 124 FIGURA 70 – PLANILHA MS PROJECT FONTE: Imagem do autor (Arq. Fabiano Volpatto). Na figura 70 podemos verificar a distribuição das atividades e sua duração. Para cada atividade temos um início e término, bem como as atividades que se inter- relacionam na cronologia de acontecimento. Podemos ainda elencar os recursos envolvidos na execução das atividades e também custos. Toda a entrada de informações é configurada pelo usuário conforme a sua necessidade. Na figura 71 temos a montagem do organograma baseado no cronograma criado. É possível verificar a relação entre as atividades e recursos envolvidos. AN02FREV001/REV 4.0 125 FIGURA 71 – PLANILHA MS PROJECT FONTE: Imagem do autor (Arq. Fabiano Volpatto). 22 A OBRA Estudamos até agora pontos de relevância em relação às fases projetuais, às documentações e aos profissionais envolvidos, bem como uma síntese das questões práticas na execução dos empreendimentos. Veremos de uma forma bastante objetiva, as etapas referentes no processo construtivo das edificações, passando pelos estágios e procedimentos necessários para a idealização dos projetos. AN02FREV001/REV 4.0 126 22.1 FASES DE OBRA É necessário nos familiarizarmos com os conceitos e terminologias empregadas nas distintas fases da obra, ou seja, entender a sistemática construtiva para melhor gerenciar o processo construtivo. Dividimos os procedimentos em tópicos, os quais veremos a seguir. 22.1.1 Serviços preliminares Buscamos nos projetos, as informações que nos darão subsídios para locar a edificação e seus elementos construtivos no local de implantação. Os projetos estruturais e arquitetônicos são os nossos pontos de partida para posicionar corretamente cada componente no terreno. Aliado a eles temos os outros complementares, cada qual com sua fonte de informação. Após a fase de projetos e a análise de seus pormenores, parte-se para o estudo do terreno e canteiro de obras para criar a logística de execução. Os serviços preliminares englobam: Adequações do terreno: limpeza, remoção de terra, terraplanagem, etc.; Demolições de edificações, muros etc., existentes; Instalação e planejamento do canteiro de obras; Fechamento do terreno com tapumes; Locação da obra. AN02FREV001/REV 4.0 127 22.1.1.1 O terreno O terreno determinado para o empreendimento deve estar adaptado para receber o projeto que foi lançado. Alguns pontos que devem ser levados em conta na escolha do terreno são: Sua posição geográfica na cidade; As condições do relevo, sua topografia; A infraestrutura presente, tal como: rede de distribuição água, coleta de esgoto, fornecimento de energia, telefone e internet, abastecimento em geral, transporte urbano, sistema viário, etc.; Características do entorno estabelecido quanto a ruídos, odores, poeira, etc.; Condições de insolação, ventilação, permeabilidade do solo, flora e fauna. Feita a análise das qualidades, condicionantes e morfologia da área, passamos para o estudo da constituição física do terreno. Essa análise física do terreno é intitulada como “sondagem do solo”. Trata-se de uma apurada análise dos aspectos formais, por meio da exploração do subsolo, para obter dados que darão subsídios na determinação da infraestrutura mais adequada para sustentar a edificação. AN02FREV001/REV 4.0 128 FIGURA 72 – SONDAGEM DE SOLO FONTE: Disponível em:<http://www.mulotto.com.br/home/index.php/obras/item/4/asInline.html> Acesso em: 14 ago. 2013. 22.1.1.2 Planejamento do canteiro de obras Uma etapa que nem sempre recebe a devida atenção é o planejamento do canteiro de obras. É um grave erro, pois uma vez mal lançado, pode refletir em futuros problemas de operacionalização das atividades. AN02FREV001/REV 4.0 129 FIGURA 73 – CANTEIRO DE OBRAS FONTE: Disponível em:<http://ecivil-al.blogspot.com.br/> Acesso em: 14 ago. 2013. A instalação do canteiro de obras em um terreno dá início aos movimentos de alocação dos principais componentes e fluxos operacionais, ganhando forma às AN02FREV001/REV 4.0 130 instalações provisórias que são necessárias para o andamento das atividades, cabendo ressaltar: Tapumes de fechamento do terreno; Barracões com vestiários, banheiros e áreas de convivência dos trabalhadores; Escritórios administrativos; Almoxarifados e depósitos de materiais; Instalações de luz, água e força. Para entendermos o planejamento de um canteiro de obras podemos dividir em duas principais diretrizes: Operacional: compreende todos os processos e sistematizações dos serviços; Físico e financeiro: a locação das atividades e sua relação de custos. Uma primeira análise norteia a delimitação do planejamento inicial do canteiro, resumidas nos itens a seguir: Elencar as premissas operacionais; Optar pelo processo de construção; Projetar o layout do canteiro de obras; Escolher os equipamentos para a execução da obra; Estabelecer as etapas da obra; Prever as necessidades de mão de obra, quantitativa e qualitativamente; Analisar, sob ponto de vista de economia, os partidos adotados; Prever os recursos financeiros necessários. O planejamento requer organização e para alcançar isso se estabelece uma coerência entre os trabalhadores, os materiais, equipamentos e processos construtivos. Os procedimentos são organizados para criar uma metodologia de trabalho, a partir de posturas que favoreçam o convívio e trabalho cotidiano. Para atingirmos um nível satisfatório é necessário nos precavermos de alguns contratempos corriqueiros e antever possíveis situações de conflito. É para isso que serve o AN02FREV001/REV 4.0 131 planejamento prévio das principais etapas da construção. Citaremos o indispensável: Definição precisa dos métodos de execução; Escolha de pessoal para execução dos serviços, em quantidade e qualidade adequadas; Continuidade na execução dos serviços, evitando-se picos de trabalho; Coordenação das atividades de modo a se obter a execução econômica de um serviço; Acompanhamento da evolução das técnicas construtivas, revendo-se periodicamente os conceitos adquiridos. Uma vez planejado e posto em prática vamos nos deparar com situações que merecem revisão, e essas atividades precisam de uma análise operacional. Alcançamos tal objetivo desenvolvendo: Abandono de operações desnecessárias; Opção por materiais adequados; Redução de tempos de espera para se iniciar uma atividade; Melhoria das condições de trabalho; Inter-relações ordenadas entre diversas operações; Racionalização dos locais de trabalho; Intensa prevenção de acidentes; Racionalização do fluxo de materiais e distribuição dos equipamentos; Controle de qualidade. A segunda etapa do planejamento é execução propriamente dita, ou seja, a edificação do empreendimento. Nesse estágio também são necessários alguns cuidados para que o planejamento prévio possa seguir exitoso e tenhamos uma obra que atenda aos parâmetros estipulados. Entre eles: Mobilidade total para a utilização dos equipamentos; Evitar congestionamento dos equipamentos; Facilidade de acesso às redes de energia elétrica, ar comprimido, água, drenagem, etc.; Utilização do espaço, visando à facilidade de movimentação de veículos, caminhões, etc.; AN02FREV001/REV 4.0 132 Racionalização da movimentação dos materiais evitando, sempre que possível, a estocagem de materiais; Utilização adequada das áreas que se encontram disponíveis; Distribuição racional dos espaços afins e atividades semelhantes; Proximidade física das áreas do canteiro de obra com as áreas que dependem do evento a ser produzido; Facilidade para percorrer as áreas de serviço; Facilidade do fluxo de itens de abastecimento à mão de obra, tais como: martelo, colher de pedreiro, vibrador, etc. Aplicação de higiene e segurança do trabalho, visando meios de limpeza, tratamentos, condições sanitárias, equipamentos de proteção, saídas de emergência; Estudo em detalhes, da localização de escritórios, vestiários, almoxarifados, manutenção, refeitório, etc., tendo como objetivo a racionalização do arranjo do canteiro de serviço. Pessoal para segurança. 22.1.1.3 Locação da obra Munido pelas definições de projeto executa-se o gabarito do contorno da edificação com guias de madeira. Dessas guias partem linhas que estabelecem um conjunto de eixos que delimitam a posição da estrutura e das paredes. Esse primeiro passo é determinante para o decorrer da construção, pois uma medida errada ou ângulo equivocado pode refletir em problemas pontuais de dimensões ou áreas dos ambientes, comprometendo assim a execução da obra. É crucial a delimitação exata do ponto de partida e respeito ao ângulo reto, conhecido como o “esquadro da obra”, e a partir disso um perfeito alinhamento das guias com a utilização de níveis e prumos. Podemos verificar de uma forma didática esse procedimento na Figura 74, ao passo que na Figura 75 pode-se ter uma noção exata de como funciona em um exemplo prático de marcação dos eixos das paredes e estrutura. AN02FREV001/REV 4.0 133 FIGURA 74 – ESQUADRO DE OBRA FONTE: Disponível em:< http://eskuita-ka.blogspot.com.br/2009/11/locacao-da-obra.html> Acesso em: 15 ago. 2013. FIGURA 75 – GABARITO DE OBRA FONTE: Disponível em:< http://www.sub100.com.br/construcao-civil/acompanhe-sua- obra/356/sobrado-sr.-marcio-perez/818/locacao-da-obra/engepla-projeto-e-execucao> Acesso em: 15 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 134 22.1.2 Infraestrutura Essa etapa compreende todas as atividades e procedimentos necessários para executar as escavações, formas, ferragens e concretagens das fundações do empreendimento. Muitas vezes, pode exigir adequações no terreno e nas suas cercanias para que possam ser desempenhados os procedimentos de conformação da infraestrutura. Costuma-se incluir nessa etapa as impermeabilizações que são necessárias, após as desformas da estrutura. FIGURA 76 – EXECUÇÃO DE FUNDAÇÕES FONTE: Disponível em:< http://www.tecnisa.com.br/imoveis/flex-diadema/estagio-da- obra/162/2011/7> Acesso em: 15 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 135 22.1.3 Supraestrutura Todas as atividades relacionadas à execução das estruturas da edificação fazem parte da supraestrutura. Em suma é a consolidação dos elementos que servirão de sustentação para o empreendimento. Em decorrência do sistema estrutural escolhido, teremos a necessidade de materiais específicos: Madeira: guias, elementos diversos, etc.; Metálica: perfis, colunas, treliças, etc.; Concreto armado: pilares, lajes, vigas e reforços; Alvenaria estrutural: painéis, blocos, concreto, ferragem. FIGURA 77 – SUPRAESTRUTURA FONTE: Disponível em: <http://www.artenge.com.br/acompanhe-sua-obra-etapa- galeria?cdtorre=9&cdempreendimento=4&cdetapa=28> Acesso em: 15 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 136 22.1.4 Paredes As paredes são elementos executados para delimitar os ambientes e o perímetro de fechamento da edificação. Elas podem ser somente de vedação e também para suportar cargas, tendo assim função estrutural. A execução é feita com diversos materiais. Podemos ter paredes de pedra natural, blocos cerâmicos ou blocos de concreto, assentados com argamassa para solidificar e criar um único bloco monolítico (Figuras 78 e 79). Temos ainda sistemas alternativos como o Dry Wall, que são paredes compostas por placas de gesso acartonado fixadas em estruturas metálicas (Figura 81). A escolha de uma ou de outra se dará a partir da necessidade que o empreendimento requeira, e também, o prazo que temos para execução. AN02FREV001/REV 4.0 137 FIGURA 78 – BLOCOS DE CONCRETO - FIGURA 79 – BLOCOS CERÂMICO FIGURA 78 - FONTE: Disponível em:< http://blocosecalcadasboavista.com.br/admin/fotos/36578013641274999689_94272045_1-Fotos-de-- colocacao-de-blocos-de-concreto-assentamento-1274999689.jpg> Acesso em: 15 ago. 2013. FIGURA 79 - FONTE: Disponível em:< http://engecia.blogspot.com.br/2011/05/passo-apasso-amarracao-de- alvenaria-em.html> Acesso em: 15 ago. 2013. FIGURA 80 – PAGINAÇÃO DE BLOCOS PARA CONSTITUIÇÃO DE ALVENARIA ESTRUTURAL FONTE: Disponível em: <http://www.fkcomercio.com.br/bloco_ceramico.html> Acesso em: 15 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 138 FIGURA 81 – PAREDE DRYWALL FONTE: Disponível em: <http://brunowildberger.blogspot.com.br/2011/06/drywall-o-que-e-pra-que- serve.html> Acesso em: 15 ago. 2013. 22.1.5 Cobertura Depois de erguidas as paredes procedem-se com o fechamento superior, ou seja, é dado o acabamento da edificação com o principal objetivo de proteger os espaços internos da ação das intempéries, ventos e dar proteção em geral. As coberturas são variadas em suas tipologias e formatos, podendo ser embutido em platibandas ou aparentes. A cobertura incorpora outros componentes que se integram nessa área da edificação: As estruturas de sustentação das coberturas; Telhas; Isolamentos térmicos e acústicos; Reservatórios de água fria; Reservatórios de água quente; Sistema de captação solar; Sistema de recolhimento das águas; Impermeabilizações específicas. AN02FREV001/REV 4.0 139 No caso dos telhados temos, além das telhas que são visíveis na parte externa, uma série de estruturas internas para montagem e sustentação do telhado. Os materiais empregados podem ser em madeira ou metálicos. Quanto às telhas, podemos encontrar: telhas cerâmicas, de concreto, asfálticas, metálicas, etc. FIGURA 82 e 83 – ESTRUTURAS DE TELHADO FONTE: Disponível em: <http://www.telhao.com/tipo-de-estruturas-galeria.php#> Acesso em: 15 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 140 FIGURA 84 – TIPOS DE TELHAS FONTE: Disponível em:< http://www.globaltelhados.com.br/produtos.html> Acesso em: 15 ago. 2013. 22.1.6 Impermeabilizações A impermeabilização é uma proteção agregada à estrutura e outros elementos da edificação para conferir estanqueidade em relação a possíveis ações da água e umidades, além de possíveis infiltrações. Esse procedimento possibilita AN02FREV001/REV 4.0 141 uma melhora da qualidade dos ambientes internos, além de conferir um aumento da vida útil da edificação. Há diversos tipos e cada um com seu método específico de aplicação. Temos de uma forma geral, os impermeabilizantes a base asfáltica, sintética, cimentícia e por resinas. FIGURA 85 – EXEMPLO DE IMPERMEABILIZAÇÃO FONTE: Disponível em: <http://www.impermear.com.br/Servicos/8/Impermeabilizacao.aspx> Acesso em: 15 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 142 FIGURA 86 – EXEMPLO DE IMPERMEABILIZAÇÃO FONTE: Disponível em: <http://www.blog- br.com/multimper/166981/IMPERMEABILIZA%C7%C3O+DE+LAJES.html#.Ug1kPdKshFA> Acesso em: 15 ago. 2013. 22.1.7 Instalações hidrossanitárias Nesse estágio temos a instalação do sistema de distribuição de água potável, fria e quente, sistema de esgotamento de águas servidas e pluviais, e os sistemas e equipamentos para uso na prevenção de incêndio. Por similaridade de procedimentos, são incorporadas as conexões de distribuição do gás encanado. Dentre os principais componentes dos sistemas citados temos: Tubos; Conexões; Reservatórios; Hidrômetros e registros; Aparelhos sanitários; Acessórios e metais sanitários: registros, torneiras, ralos, pias, lavatórios, bacias, banheiras, papeleiras, porta-toalhas, saboneteiras etc. AN02FREV001/REV 4.0 143 FIGURA 87 – ESQUEMA DE INSTALAÇÃO HIDRÁULICA FONTE: Disponível em: <http://revista.construcaomercado.com.br/guia/habitacao-financiamento- imobiliario/123/artigo238511-1.asp> Acesso em: 15 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 144 22.1.8 Instalações elétricas, telefônicas, alarme e circuitos de aúdio e vídeo FIGURA 88 – ESQUEMA DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA FONTE: Disponível em:< http://www.arq.ufsc.br/arq5661/Hidraulica2/> Acesso em: 15 ago. 2013. A rede de eletrodutos com suas prumadas e ramificações juntamente com o cabeamento são os pontos-chaves dos sistemas citados. Temos também os interruptores, tomadas, disjuntores, caixas de passagem e centrais de distribuição, bem como as centrais de ligação, que podem ser descritas como serviços e elementos executados nessa etapa. Dentro desse item temos ainda as ligações telefônicas, circuitos de interfone e vídeo monitorado, rede de lógica para computadores e centrais de alarme. AN02FREV001/REV 4.0 145 Guardadas as características de cada construção, podem-se ou não incluir os sistemas de iluminação. Geralmente quando se trata de um empreendimento a ser comercializado, são entregues somente as luminárias das áreas externas, ficando as luminárias internas com reponsabilidade do futuro morador. 22.1.9 Instalações especiais Guardadas as características de cada empreendimento, poderão ser necessárias instalações específicas como, por exemplo: antenas de comunicação, sistema fechado de segurança, elevadores, etc. 22.1.10 Revestimentos de parede Após a finalização das paredes e as instalações diversas embutidas, é realizada a operação de revestimento das paredes. Os métodos e materiais são variados e podem ser desde um simples reboco pintado até revestimentos em papel de parede, cerâmicos, em madeira, pedra ou outros materiais. AN02FREV001/REV 4.0 146 FIGURA 89 e 90 – REVESTIMENTOS DE PAREDE FONTE: Disponível em: <http://www.westwing.com.br/magazin/decorando/revestimentos-de-parede/> Acesso em: 16 ago. 2013. Faz parte das etapas de acabamento, pois começamos a personalizar os ambientes com técnicas e produtos que finalizam a obra. É sempre interessante uma fiscalização junto à mão de obra para evitar desperdícios e principalmente, para que tenhamos um ambiente apreciável. 22.1.11 Esquadrias externas Ao executarmos a instalação das esquadrias externas ganhamos com a proteção do interior da edificação contra ações externas, e dessa forma, fechamos e protegemos os ambientes. Faz parte desse conjunto as janelas e portas de acesso, inclusive com os vidros instalados. Para a colocação das janelas e das portas, já deve ter sido assentadas as pingadeiras nos peitoris das janelas e soleiras das portas. AN02FREV001/REV 4.0 147 FIGURA 91 – JANELAS E PORTA JANELA FONTE: Disponível em:< http://www.bishoppersianas.com.br/serralheria.htm> Acesso em: 16 ago. 2013. Podem ser incluídas nessa etapa a execução dos gradis, portões e fechamento do terreno, gradis ou guarda-corpo de sacadas, terraços e escadas, e também, fechamentos específicos nos ambientes comuns. 22.1.12 Revestimentos de teto Os tetos podem ser rebocados e pintados, ou receber revestimentos diversos, tais como lambris de madeira, forros de PVC e similares, ou ainda, rebaixos em gesso. Lançamos essa etapa após a instalação das esquadrias externas, pois assim protegemos os materiais das agressões provenientes de intempéries e ações externas. AN02FREV001/REV 4.0 148 FIGURA 92 – TETO EM GESSO FONTE: Disponível em:<http://cidaderiodejaneiro.olx.com.br/pictures/gesso-e-revestimento-iid- 177069772> Acesso em: 16 ago. 2013. 22.1.13 Revestimento de piso Essa etapa acontece após o nivelamento do contrapiso que sucede o reboco das paredes, e também, após a finalização dos tetos. É importante respeitar essa sequência, pois finalizados os serviços de parede e teto, não entram mais no ambiente: escadas, bancos e andaimes, utilizados nos serviços diversos, que poderiam danificar o piso. Assim que o revestimento do piso está finalizado, independente do material utilizado, é aconselhável que se faça uma proteção com papel bolha ou papelões, para que as etapas que ainda precisem ser realizadas não venham a criar alguma avaria. É nessa etapa que se instalam também os rodapés, que dão o acabamento do piso em relação à parede. AN02FREV001/REV 4.0 149 FIGURA 93 e 94 – REVESTIMENTOS DE PISO FIGURA 93 - FONTE: Disponível em:<http://blog.cerbras.com.br/index.php/o-que-e-e-para-que-serve- a-argamassa/> Acesso em: 16 ago. 2013. FIGURA 94 - FONTE: Disponível em:<http://grupomaesamigas.blogspot.com.br/2012/05/que-piso- colocar-vinilico-ou-laminado.html> Acesso em: 16 ago. 2013. 22.1.14 Esquadrias internas Uma vez concluídos os revestimentos de piso e parede, são instaladas as esquadrias internas, que podem já estar com acabamento, ou então, serem pintadas juntamente com a pintura das paredes e tetos. AN02FREV001/REV 4.0 150 FIGURA 95 – ESQUADRIAS INTERNAS FONTE: Disponível em:< http://www2.frechalnet.com.br/blog/onix/page/2/?id_emp=24> Acesso em: 16 ago. 2013. 22.1.15 Pintura É um dos últimos itens, pois é o acabamento. As paredes, esquadrias e elementos diversos recebem a camada de pintura ou proteção superficial que conferem o aspecto final do empreendimento. Geralmente acontece em três etapas principais: aplicação de fundo, lixação e demãos de tinta. Pode ser necessária uma última demão após eventuais serviços extras. AN02FREV001/REV 4.0 151 FIGURA 96 – PINTURA FONTE: Disponível em:< http://www.comopintar.com.br/cores-para-parede> Acesso em: 16 ago. 2013. 22.1.16 Serviços complementares Trata-se dos serviços necessários para finalizar e entregar o imóvel. De uma forma geral, podemos destacar as seguintes: Limpeza dos ambientes; Ajardinamentos; Ligações externas; Limpezas externas; Fixação de informações, etc. Entrega de documentos e manuais do proprietário; Entrega das chaves do imóvel. Cada empreendimento possui suas particularidades, portanto, irão existir serviços específicos a serem realizados no estágio final da obra. AN02FREV001/REV 4.0 152 22.2 A EXECUÇÃO PLANEJADA Sem cometer o equívoco da redundância, gostaríamos de frisar novamente o cuidado essencial no planejamento de todo o processo de execução do empreendimento. Pontuamos de forma aprofundada as etapas projetuais e a importância da compatibilização dos projetos, para que a execução possa acontecer de uma forma satisfatória e mais dinâmica. Não pode ser deixado de lado o estudo de todos os condicionantes e potencialidades envolvidos nos procedimentos construtivos. Para que a execução seja realizada sem sobressaltos e surpresas desagradáveis, é necessário o engajamento dos gerenciadores para traçar as metas a serem alcançadas e igualmente os caminhos para se chegar a esse propósito. Em virtude disso, abordamos a relevância dos cronogramas, orçamentos e cronologia das etapas de execução para o perfeito andamento da fase de consolidação dos projetos lançados. FIM DO MÓDULO IV AN02FREV001/REV 4.0 153 GLOSSÁRIO ÁGUA CINZA – águas servidas de pias e tanques. ÁGUA NEGRA – esgoto proveniente de vasos sanitários. ALGEROZA – elemento construtivo composto por cano entrecortado com finalidade de recolher água decorrente das chuvas. BALDRAME – parte do embasamento entre a parede e o alicerce. BASCULANTE – janela ou peça móvel em torno de um eixo horizontal. BEIRAL – parte saliente do telhado. CAIXILHO – quadro de madeira ou metal que serve de estrutura para vidro ou painel de vedação. CALHA – conduto de águas pluviais. CONDUÍTE – conduto flexível. CORRIMÃO – peça ao longo e nos lados das escadas servindo de apoio a quem dela se serve. CUMEEIRA – parte reta mais alta dos telhados. ESPIGÃO – encontro saliente de duas águas do telhado. FORRO – vedação da parte superior dos ambientes. AN02FREV001/REV 4.0 154 FUNDAÇÃO – elemento construtivo em que se apoia a construção. GUARDA CORPO – grade ou anteparo utilizado para proteger contra queda em sacadas, mezaninos ou áreas abertas. LAMBRI – guias de madeira, PVC ou outro material, que são fixadas e servem de revestimentos de tetos e paredes. PÉ-DIREITO – distância entre o piso e o teto de um ambiente. PEITORIL – meia parede que vai do piso até a janela. PELE DE VIDRO – aplicação de revestimento de vidro em conjunto com caixilhos de alumínio ou PVC nas fachadas de edificações. PLATIBANDA – parede de pouca altura destinada a encobrir o telhado. PRUMADAS – dutos instalados na vertical para condução de algo. RALO – extremidades dos canos ligados a rede de esgotos. RAMAIS – ramificações das prumadas instaladas dentro dos ambientes. SOLEIRA – parte inferior da porta. TESOURA – viga de madeira ou metal destinada a suportar a cobertura. TRELIÇA – armação de madeira ou metal para telhado. AN02FREV001/REV 4.0 155 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 1350 - Normas para elaboração de plano diretor. Rio de Janeiro, 1991. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12721 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamento de construção para incorporação de edifícios em condomínio. Rio de Janeiro, 1999. BRASIL. Estatuto da Cidade: guia para implementação pelos municípios e cidadãos. 2 ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2002. CAU. Disponível em: <http://www.caubr.org.br/>. Acesso em: 06 ago. 2013. PRADO, Darci. Usando o MS Project em Gerenciamento de Projetos. Belo Horizonte: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 1998. SABOYA, Renato. Concepção de um sistema de suporte à elaboração de planos diretores participativos. 2007. Tese de Doutorado apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Engenharia Civil – Universidade Federal de Santa Catarina. SINDUSCON. Disponível em: <http://www.sinduscon.org.br/>. Acesso em: 12 ago. 2013. SILVA, José Afonso. Direito urbanístico brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1995. VILLAÇA, Flávio. Dilemas do Plano Diretor. In: CEPAM. O município no século XXI: cenários e perspectivas. São Paulo: Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam, 1999. p. 237 – 247. FIM DO CURSO! M03_Gestao_Projetos_de_Arquitetura.rar M03_Gestão_Projetos_de_Arquitetura.pdf AN02FREV001/REV 4.0 76 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE GESTÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 77 CURSO DE GESTÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA MÓDULO III Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 78 MÓDULO III 12 CADERNO DE DETALHAMENTOS O Caderno de Detalhamentos é criado a partir da definição do projeto de arquitetura. Quando se estabelece as conformações dos ambientes e elementos construtivos nas plantas baixas, cortes e fachadas, que compõem a proposta arquitetônica, a graficação é feita em uma escala em que não podemos ter uma percepção mais apurada de alguns elementos. Levando em conta o nível de complexidade da proposta e dos diversos detalhes que conformam o projeto, é necessário pontuar áreas em que alguns elementos deverão ser detalhados, ou seja, devem ser desenhados em uma escala mais próxima do real, para que com isso, possamos identificar componentes e medidas que não eram visíveis em um primeiro momento. Nesses detalhamentos vamos encontrar a especificação de elementos, quanto aos seus materiais, suas medidas e quantidades. A disposição dos componentes, seus encontros e associações, ou seja, a criação de um verdadeiro manual explicativo, por intermédio de vistas e perspectivas, para que possa ser viabilizado o projeto. Por meio desse recurso de desenho, é garantido o sucesso na execução e consequentemente o perfeito funcionamento dos diversos sistemas que formam as estruturas e elementos construtivos. Podem ocorrer detalhamentos nas mais variadas situações, conforme as peculiaridades do empreendimento. Para um melhor entendimento lançaremos a seguir, alguns exemplos em que pode ser válido o emprego desse recurso projetual, a fim de esclarecer possíveis dúvidas de execução. Um prédio onde temos a fachada revestida com pele de vidro – caixilhos metálicos ou em PVC, com vidro aparente: são detalhados os perfis, sua fixação e encaixe dos vidros. AN02FREV001/REV 4.0 79 FIGURA 40 – DETALHE DE PELE DE VIDRO FONTE: Disponível em:<http://www.arcoweb.com.br/tecnologia/sistemas-de-fachadas-tecnologia- marca-18-05-2005.html> Acesso em: 09 ago. 2013. Detalhes de fixação de chapas que revestem uma fachada. AN02FREV001/REV 4.0 80 FIGURA 41 – DETALHE DE FIXAÇÃO DE CHAPAS FONTE: Disponível em: <http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/pontual-arquitetura-e-robert-stern- fachada-da-23-03-2005.html> Acesso em: 09 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 81 Detalhes de uma estrutura metálica e seu escoamento das águas pluviais. FIGURA 42 – DETALHE DE MARQUISE E CALHA FONTE: Disponível em:<http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/ricardo-juliao-arquitetura-e- urbanismo-centro-administrativo-10-01-2005.html> Acesso em: 09 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 82 Detalhe de revestimento de uma parede, com encontro de superfícies pintadas e impermeabilização. FIGURA 43 – DETALHE DE REVESTIMENTO DE PAREDE FONTE: Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/- L5jmgVSGGPQ/UKZn6LvidyI/AAAAAAAAASk/EbK8QsIS_Mc/s1600/p39.jpg> Acesso em: 09 ago. 2013. Detalhamento de um rebaixo de forro, em que foi aplicado o revestimento em gesso. AN02FREV001/REV 4.0 83 FIGURA 44 – DETALHE DE REBAIXO EM GESSO FONTE: Disponível em: <http://2.bp.blogspot.com/- eANR7kQIXKA/UKhcKOAJIFI/AAAAAAAAAWU/8GdtKc-G4xk/s1600/F27-Model.jpg> Acesso em: 09 ago. 2013. 13 CADERNO DE ESPECIFICAÇÕES As especificações de projeto acontecem tanto no lançamento dos primeiros rabiscos, na fase de criação e concepção do projeto, quanto na conceituação final do projeto, onde aparecem as determinações para escolha de padronagens, cores, AN02FREV001/REV 4.0 84 texturas e dimensões de materiais, bem como disposição e colocação dos detalhes compositivos. FIGURA 45 – ESPECIFICAÇÃO EM FASE DE CRIAÇÃO AN02FREV001/REV 4.0 85 FONTE: Disponível em: <http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/nelson-dupre-centro-cultural-17-03- 2009.html> Acesso em: 09 ago. 2013. O Caderno de Especificações é muito empregado para as fases terminais da obra, no assentamento dos materiais de acabamento e finalização dos ambientes. É muito comum criar tais cadernos para especificar: Revestimentos de fachadas – especificação dos materiais que serão aplicados nas paredes externas. AN02FREV001/REV 4.0 86 FIGURA 46 – ESPECIFICAÇÃO DE FACHADA FONTE: Imagem do autor (Arq. Fabiano Volpatto). Revestimentos de pisos – Além da especificação do material, é realizada a paginação de como será o sentido de colocação, ponto de partida e as possíveis composições de desenhos. AN02FREV001/REV 4.0 87 FIGURA 47 – PAGINAÇÃO DE PISO FONTE: Disponível em: <http://inovandoconceitos.blogspot.com.br/2012/05/diminuir-custos.html> Acesso em: 10 ago. 2013. Revestimentos de parede – Igualmente ao piso, podem aparecer as paginações e composições de elementos. AN02FREV001/REV 4.0 88 FIGURA 48 – PAGINAÇÃO DE PAREDE FONTE: Disponível em: <http://www.maisrevestimentos.com.br/img/servicos/1345064677-2012-08- 15_mais_revestimentos_ceramicos-.jpg> Acesso em: 10 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 89 FIGURA 49 – PAGINAÇÃO DE PAREDE FONTE: Disponível em: <http://julianainoue.blogspot.com.br/2010/09/projetos-de-paginacao- vectorworks.html> Acesso em: 10 ago. 2013. Revestimento de tetos – são delimitados os panos de rebaixo, com seus níveis, formatos e dimensões respectivas. Pode aparecer igualmente à locação da iluminação, seja embutida ou aparente. É importante relembrar o capítulo anterior, em que foi comentado sobre os detalhamentos, pois podem ser necessários para especificar os formatos dos padrões de acabamento que vierem a ser utilizados. AN02FREV001/REV 4.0 90 FIGURA 50 – PAGINAÇÃO DE TETO FONTE: Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/22/plantas-forro-de- gesso-129442-1.asp> Acesso em: 10 ago. 2013. Projeto de automação – pode prever o controle, por meio de uma central de comando, dos pontos de comunicação (internet, telefone e TV), de todos os pontos de áudio (som ambiente e home theater), de todas as cargas (luzes, tomadas, cortinas), de câmeras de segurança, ar-condicionado, aspiração central, além da determinação da posição de todos os quadros de controle. AN02FREV001/REV 4.0 91 Projeto luminotécnico – Além dos tipos e suas formas, são especificadas as potências, locações e funções de cada ponto de iluminação. Podem ser agregadas ao projeto as fotos das peças escolhidas, para que tenhamos uma melhor leitura na hora da execução. FIGURA 51 – PROJETO LUMINOTÉCNICO FONTE: Disponível em: <http://dc123.4shared.com/doc/FuMFA9Ek/preview.html> Acesso em: 10 ago. 2013. Modelos de louças sanitárias e acabamentos de metais – modelos, padronagens, acabamentos, quantidades e dimensões são agrupados em planilhas de especificação. Podem ser agregadas ao projeto as fotos das peças escolhidas, para que tenhamos uma melhor leitura na hora da execução. Gradis, guarda-corpos e corrimãos – trata-se de detalhes de fechamento de áreas e proteção contra quedas ou acessos indesejados. Podem ser AN02FREV001/REV 4.0 92 necessários detalhamentos de peças ou conjunto de elementos que formam a estrutura lançada. Modelos de esquadrias e ferragens – tipos, quantidades, funções e dimensões, além das localizações e acabamento de cada elemento, são informações que vamos encontrar nas especificações. Outro dado importante para ser lembrado é o tipo e espessura de vidro que dá o fechamento das janelas. FIGURA 52 – TABELA DE ESQUADRIAS FONTE: Disponível em: <http://renatoarrudafragaarq.blogspot.com.br/2010/12/desenho-arquitetonico- 2-esquadrias.html> Acesso em: 10 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 93 FIGURA 53 – CONTINUAÇÃO DA TABELA DE ESQUADRIAS FONTE: Disponível em: <http://renatoarrudafragaarq.blogspot.com.br/2010/12/desenho-arquitetonico- 2-esquadrias.html> Acesso em: 10 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 94 14 PROJETO DE ESTRUTURAS Uma vez lançado o projeto arquitetônico, temos um importante passo, que é a definição de que tipo de estrutura será utilizado para erigir o empreendimento. O cálculo estrutural compreende o dimensionamento de paredes portantes, vigas, lajes, pilares e fundações. O responsável pelo cálculo estrutural é o arquiteto ou o engenheiro civil, salvo nas estruturas de maior complexidade e volume, em que o profissional mais habilitado para o trabalho é o engenheiro civil. Espera-se de um projeto de estruturas além da segurança contra qualquer colapso do empreendimento, a prevenção contra patologias da obra, como: trincas, quedas de revestimentos, deslocamentos de pisos, etc. Um ponto-chave para o casamento entre o projeto arquitetônico e de estruturas é a adequação das formas e espaços concebidos pelo arquiteto, com os elementos estruturais criados pelo cálculo estrutural. Vemos a nossa volta grandes obras arquitetônicas, com as mais variadas formas e tamanhos, que só conseguiram ser executadas a partir de um satisfatório sistema dimensional da estrutura. Vejamos os exemplos das edificações de Brasília, criadas por Oscar Niemeyer, com suas formas características diferenciadas, onde o trabalho do engenheiro no cálculo e dimensionamento da estrutura foi ponto-chave para o sucesso. FIGURA 54 – OBRAS DE OSCAR NIEMEYER FONTE: Disponível em: <http://g1.globo.com/pop-arte/fotos/2011/08/veja-fotos-do-livro-igrejas-de- oscar-niemeyer.html> Acesso em: 10 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 95 Em virtude desses fatores, é vital que o gerenciamento do arquiteto aconteça de forma integral, e que, a comunicação com o responsável pelas estruturas seja constante, para que não aconteçam substituições ou descaracterizações projetuais. FIGURA 55 – PROJETO ESTRUTURAL FONTE: Disponível em: <http://projetos.habitissimo.com.br/projeto/projeto-estrutural-em-concreto> Acesso em: 10 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 96 FIGURA 56 – PROJETO ESTRUTURAL FONTE: Disponível em: <http://rotadosconcursos.com.br/provas/t%C3%A9cnico-cient%C3%ADfico- %C3%A1rea-arquitetura-13955/11> Acesso em: 10 ago. 2013. 15 PROJETO ELÉTRICO O projeto elétrico consiste em quantificar e determinar a localização e tipos de pontos elétricos ao longo da edificação. Além das tomadas e interruptores, temos também os pontos de iluminação. São definidos em projeto: a quantificação, dimensionamento e disposição dos condutores e fios que interligam o sistema. Na parte externa é necessário locar a entrada de luz e seus pontos de distribuição. Mais uma vez o arquiteto deve estar presente na definição da localização dos pontos de alimentação e iluminação. É a partir do projeto arquitetônico, mais precisamente, da disposição do mobiliário, que o arquiteto lança a disposição de quais pontos vai necessitar no projeto. De posse desse lançamento inicial é que o projeto elétrico é iniciado, podendo ser feito pelo próprio arquiteto ou um engenheiro eletricista. AN02FREV001/REV 4.0 97 Nas pranchas de projeto, além das plantas baixas e cortes com as especificações comentadas, são colocadas as legendas de símbolos utilizados, quadro de cargas com especificação dos circuitos e os detalhes de projeto e estrutura de alimentação elétrica. FIGURA 57 – PROJETO ELÉTRICO FONTE: Disponível em: <http://fecha-curto.webnode.pt/news/o-que-e-projeto-eletrico-/> Acesso em: 10 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 98 FIGURA 58 – LEGENDA DE PROJETO ELÉTRICO FONTE: Disponível em: <http://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/sistemas2/aula5/aula5-B.htm> Acesso em: 10 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 99 16 PROJETO HIDROSSANITÁRIO O projeto hidrossanitário compreende os sistemas de distribuição de água e recolhimento dos esgotos. Na parte de distribuição de água fria vamos ter: A locação da entrada de água potável com hidrômetro e registro; A locação dos reservatórios; Prumadas de distribuição da água; Ramais de distribuição; Pontos de água e registros. Ainda na distribuição e água, quando falamos em água quente, temos: As prumadas de chegada e saída de água; Os ramais de distribuição; Pontos de água quente e registros. E relação ao esgoto, podemos subdividir em esgoto ou recolhimento das águas pluviais e das águas negras e cinza. Temos basicamente: As prumadas; As ramificações; Locação de ralos; Posição de caixas de passagem, fossas sépticas e filtros. Além das graficações dos elementos e suas locações em relação ao projeto arquitetônico, são necessárias outras definições. Temos os cálculos realizados com fundamentação em normas: Cálculo de volume de reservatórios; Cálculo de diâmetro das tubulações; Cálculo do volume de caixas de inspeção, fossa séptica e filtros; Cálculo de área de captação das águas pluviais, suas calhas e prumadas de distribuição. AN02FREV001/REV 4.0 100 Outro documento anexado ao projeto hidrossanitário é o Memorial Descritivo com as especificações de procedimentos e materiais utilizados para a execução do hidrossanitário. Esse se assemelha ao Memorial Descritivo citado no Módulo II, sobre o projeto arquitetônico legal, onde encontramos informações sobre o empreendimento, responsáveis técnicos e do projeto em si como um todo. A locação das passagens das prumadas de água potável e esgoto devem estar estrategicamente lançados para que não haja conflito com os elementos arquitetônicos e as partes da estrutura da edificação. Não diferente da sintonia entre o arquitetônico com o estrutural e elétrico, deve merecer cuidado o hidrossanitário, por parte do gerenciador do projeto. AN02FREV001/REV 4.0 101 FIGURA 59 – FRAGMENTOS DE PROJETO HIDROSSANITÁRIO AN02FREV001/REV 4.0 102 FONTE: Imagem do autor (Arq. Fabiano Volpatto). FIGURA 60 – LEGENDA DE PROJETO HIDROSSANITÁRIO FONTE: Imagem do autor (Arq. Fabiano Volpatto). AN02FREV001/REV 4.0 103 17 PROJETO DE ACLIMATAÇÃO DE AMBIENTES O correto funcionamento e melhor desempenho de um sistema de ar- condicionado ou aquecimento de ambientes, decorre de um projeto bem dimensionado. É necessário dispor de um projeto arquitetônico estabelecido e com área predefinida para a instalação dos equipamentos necessários para aclimatar os ambientes. O arquiteto não pode descuidar na hora de receber os projetos de aclimatação e verificar possíveis interferências espaciais nos ambientes. Os equipamentos necessitam de pontos de eletricidade e hidráulica, portanto tudo deve ser pensado com antecedência. Os sistemas utilizados atualmente podem necessitar de espaços externos, além dos internos para a instalação de equipamento, portanto é mais um cuidado que deve ser tomado. FIGURA 61 – PROJETO DE ACLIMATAÇÃO DE AMBIENTES FONTE: Disponível em: <http://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/sistemas2/aula5/aula5-B.htm> Acesso em: 10 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 104 18 PROJETO PAISAGÍSTICO Geralmente uma das últimas providências a serem tomadas na execução, já que se trata de um tratamento final dado aos envoltórios do empreendimento. Podem existir também áreas internas que recebam algum tipo de intervenção paisagística. Quando existirem áreas grandes ou condicionantes de paisagismo, pode ser que seja necessária a execução da mesma, concomitantemente com outras tarefas, o que vai requerer a atenção do gestor para possibilitar a perfeita harmonia entre atividades. É imprescindível o cuidado para que as espécies vegetais escolhidas não prejudiquem de alguma forma, as estruturas e elementos da edificação. Um correto estudo das melhores opções deve ser feito com antecedência. Geralmente o projeto é realizado por terceiros, especialistas na função. FIGURA 62 – PROJETO PAISAGÍSTICO FONTE: Disponível em: <http://www.lpkarquiteturaeurbanismo.com.br/projetos-personalizados.html> Acesso em: 10 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 105 O tratamento de áreas externas pode ser feito de outras formas, além dos tratamentos de paisagismos essencialmente feitos com vegetação abundante, em que materiais em conjunto dão a consonância e harmonia para uma composição diferenciada. FIGURA 63 – PROJETO PAISAGÍSTICO FONTE: Disponível em: <http://karlacunha.com.br/tag/projeto-paisagistico/page/2/> Acesso em: 10 ago. 2013. 19 COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS Antes de executar qualquer empreendimento de construção civil, necessitamos de projetos específicos que servirão como um verdadeiro manual de como fazer a obra. Tais projetos são necessários à obra, mas antes disso, fazem parte de um caderno de exigências feita pelos diversos órgãos fiscalizadores do setor da construção civil. Dessa informação já surge um primeiro cuidado ao lançar AN02FREV001/REV 4.0 106 qualquer projeto: não se trata simplesmente um documento de aprovação junto aos órgãos competentes, antes disso é um documento que servirá de alicerce para a concepção de algo concreto, portanto deve funcionar e minimizar ao máximo, problemas e patologias futuras. FIGURA 64 – COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS FONTE: Disponível em: <http://www.comunicasul.com.br/inc.viewimage.php?key=10934&image=imagemalta/10934.jpg&legen da=&fotografo=imagem%20free&type=1> Acesso em: 10 ago. 2013. Guardadas as proporções e devida complexidade de cada empreendimento, são necessários diversos projetos específicos, que estão subdivididos em áreas de conhecimento. Para cada área existe o profissional habilitado e especialista no assunto. Se tomarmos como exemplo a construção de um edifício de apartamentos, vamos perceber que é necessário de uma forma geral e sintética: AN02FREV001/REV 4.0 107 Arquiteto para conceber o projeto de arquitetura com a localização, dimensão e setorização de cada cômodo e elemento construtivo do prédio; Engenheiro civil para realizar o cálculo, dimensionamento e localização dos diversos elementos da estrutura do prédio; Engenheiro elétrico para calcular, especificar e locar todos os componentes referentes ao projeto elétrico; Arquiteto ou engenheiro para calcular, dimensionar e localizar as tubulações de água e esgoto da edificação; Engenheiro mecânico para calcular, especificar e distribuir as tubulações de acondicionamento de ar e ventilação. A partir dessa constatação podemos admitir que temos diferentes áreas de conhecimento, cada qual com suas exigências e especificações para um mesmo produto. Se não existir um denominador comum entre todos, fatalmente irá ocorrer sobreposição de elementos. Tal situação pode deflagrar situações de conflito durante a execução do projeto e pior que isso, tais situações virem a se converter em graves patologias no prédio. Para minimizar tais possibilidades, o arquiteto é o profissional mais indicado para reunir todos os projetos dos diferentes profissionais e compatibilizar todos os elementos envolvidos, por meio da sobreposição de plantas e projetos. Quando a complexidade do projeto for maior, é viável a contratação de um segundo profissional, que não está envolvido nos projetos, para analisar todo o processo de uma forma mais homogênea, por estar isento de peculiaridades inerentes do projeto, caracterizando assim, um gestor de projetos. O gestor é que deve conciliar todos os nuances de cada área de conhecimento e estabelecer critérios, para que se possa administrar e potencializar cada setor envolvido na caracterização final do empreendimento planejado. 20 GESTÃO DE PROJETOS, PROFISSIONAIS E ATIVIDADES Concomitantemente ao gerenciamento de questões cruciais como o cronograma e a economia financeira do empreendimento, o gestor é responsável AN02FREV001/REV 4.0 108 pelo gerenciamento dos diversos profissionais envolvidos na execução das distintas atividades envolvidas em todas as etapas do projeto. São profissionais de áreas diferentes, com nível de conhecimento e cultura diversificados, estados emocionais variados e com personalidades comportamentais próprias. É inevitável que o gestor comprometa-se a acompanhar de perto todas essas características inerentes de cada personalidade para que não aconteçam percalços que comprometam o sucesso do trabalho. O cuidado com esse fator citado inicia na hora da contratação e relacionamento com os primeiros profissionais que se envolvem com o futuro empreendimento, que são os responsáveis técnicos de cada área afim, tais como os arquitetos, engenheiros e outros. Esse relacionamento profissional foi citado no capítulo anterior, quando comentamos sobre a importância na compatibilização dos distintos projetos necessários para a construção do todo. Na verdade a troca de conhecimentos iniciada em fase de projeto avança e perdura de forma relevante na fase de execução dos projetos, ou seja, no período da obra. A quantidade de exemplos negativos que encontramos no cotidiano da construção civil é enorme. Esse fato negativo é resultado de uma forma errada de gerir, ou em muitas vezes, pela falta de um gerente que administre os trabalhos. Imaginemos que a equipe de profissionais que são envolvidos em uma construção abrange uma significativa camada da sociedade, se não vejamos: serventes de pedreiro, pedreiros, ferreiros, encanadores, eletricistas, pintores, gesseiros, carpinteiros, marceneiros, vidraceiros, serralheiros, além dos responsáveis técnicos, já citados, e sem esquecer os terceiros: vendedores, fornecedores de diferentes áreas, fiscais, etc. Concluímos que o custo de um gerente de projetos, para administrar o cronograma, orçamentos e as equipes de trabalho é não só vital, como reflete em um investimento pequeno comparando com os benefícios trazidos com as iniciativas de um indivíduo que proporcionará rapidez na conclusão dos prazos, segurança nas informações e confiança no suporte técnico. Dentre algumas funções do gerenciador, podemos pontuar de forma mais relevante: Contratação de todas as equipes de trabalho; Coordenação das equipes; AN02FREV001/REV 4.0 109 Compra de materiais e fiscalização na sua utilização; Cumprimento do cronograma e orçamento do empreendimento; Solução para os problemas de toda ordem que surgirem no decorrer dos trabalhos. FIGURA 65 – GERENTE DE PROJETOS FONTE: Disponível em: <http://www.inbec.com.br/pos-graduacao/mba-em-gerenciamento-de-obras- e-tecnologia-da-construcao> Acesso em: 10 ago. 2013. Os mandamentos que estão na cartilha do gestor da construção civil: OBSERVAÇÃO – possibilidade de acompanhar se as metas estão sendo alcançadas e possíveis correções necessárias; COMUNICAÇÃO – a passagem de informações deve ser coerente e de fácil compreensão para o sucesso dos trabalhos; ORIENTAÇÃO – dar suporte as equipes nas atividades para o cumprimento de cronogramas e orçamentos; ACOMPANHAMENTO – toda orientação exige fiscalização; COMPREENSÃO – saber ouvir e entender a situação de cada companheiro em algum equívoco ocorrido, sem se descuidar do objetivo principal; MOTIVAÇÃO – ações e palavras podem alavancar o ritmo na realização das atividades por meio do apoio, para fazer crescer a autoestima dos profissionais; AN02FREV001/REV 4.0 110 CONHECIMENTO – buscar sempre o aperfeiçoamento por meio de material didático, mas saber ouvir os trabalhadores, pois as experiências sempre corroboram para o aprendizado geral; EQUILÍBRIO – a tomada de decisões deve ser ponderada e acontecer na hora certa; LIDERANÇA – fundamental para pôr em prática todos os outros mandamentos, é a característica nata de um gestor. FIM DO MÓDULO III M02_Gestao_Projetos_de_Arquitetura.rar M02_Gestão_Projetos_de_Arquitetura.pdf AN02FREV001/REV 4.0 37 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE GESTÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 38 CURSO DE GESTÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA MÓDULO II Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 39 MÓDULO II 10 EXIGÊNCIAS LEGAIS FIGURA 11 – APROVAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA FONTE: Disponível em: <http://grandearquitetura.com.br/aprovacao-de-projetos-casa-civil-apresenta- resultados-positivos/> Acesso em: 03 ago. 2013. Uma vez lançada a ideia de projeto, ou seja, as formas, tipologias e dimensões iniciais do futuro empreendimento, cabe ao arquiteto a análise das leis e normas que estabelecem os parâmetros legais para a aprovação e licença para construir tal edificação. Para a aprovação de um projeto de arquitetura devem ser respeitados diversos condicionantes impostos pelos órgãos regulamentadores e fiscalizadores, em nível municipal, estadual e federal. Temos dessa forma, o estabelecimento de criterioso processo de criação por parte do arquiteto, pois muitas vezes, determinados artigos presentes nas diversas leis analisadas, podem condicionar as formas e dimensões dos elementos construtivos. Itens como limite de altura, área máxima para construção, taxas de permeabilidade de solo, zonas de ocupação, afastamentos em relação ao terreno e prédios vizinhos, entre outros, são alguns dos tópicos presentes na vasta gama de observações a serem respeitadas na hora de lançar um novo projeto. AN02FREV001/REV 4.0 40 Não podemos deixar de lembrar que quando a complexidade projetual nos leva para empreendimentos específicos, podemos ter legislações igualmente próprias sobre o tema desenvolvido, como por exemplo, a aprovação de projetos da área da saúde, em que existem leis e normas sobre o tema, além das tradicionais. Essa leitura é feita sempre pelo profissional responsável pelo projeto, a partir das exigências dos órgãos respectivos. Pontuamos na sequência dos capítulos, as principais exigências para aprovação de projetos em geral. 10.1 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL Os municípios brasileiros possuem dentro de seus corpos legislativos dois documentos em forma de lei, que estabelecem como deve funcionar a cidade e suas construções: o Plano Diretor e o Código de Obras. 10.1.1 Plano Diretor Vejamos algumas definições de Plano Diretor: “Plano diretor é o instrumento básico de um processo de planejamento municipal para a implantação de política de desenvolvimento urbano, norteando a ação dos agentes públicos e provados.” (ABNT, 1991). Seria um plano que, a partir de um diagnóstico científico da realidade física, social, econômica, política e administrativa da cidade, do município e de sua região, apresentaria um conjunto de propostas para o futuro desenvolvimento socioeconômico e futura organização espacial dos usos do solo urbano, das redes de infraestrutura e de elementos fundamentais da estrutura urbana, para a cidade e para o município, propostas estas definidas para curto, médio e longo prazos, e aprovadas por lei municipal. (VILLAÇA, 1999, p. 238) AN02FREV001/REV 4.0 41 FIGURA 12 – PLANO DIRETOR MUNICIPAL FONTE: Disponível em: <http://pescadordesonhos.wordpress.com/2013/06/17/o-tal-do-plano-diretor/> Acesso em: 03 ago. 2013. “É plano, porque estabelece os objetivos a serem atingidos, o prazo em que estes devem ser alcançados [...], as atividades a serem executadas e quem deve executá-las. É diretor, porque fixa as diretrizes do desenvolvimento urbano do Município.” (SILVA, 1995, p. 124 – grifos no original). “O Plano Diretor pode ser definido como um conjunto de princípios e regras orientadoras da ação dos agentes que constroem e utilizam o espaço urbano.” (BRASIL, 2002, p.40). Plano diretor é um documento que sintetiza e torna explícitos os objetivos consensuados para o Município e estabelece princípios, diretrizes e normas a serem utilizadas como base para que as decisões dos atores envolvidos no processo de desenvolvimento urbano convirjam, tanto quanto possível, na direção desses objetivos (SABOYA, 2007, p. 39). Para a formalização de um Plano Diretor é necessária a sua aprovação pela Câmara de Vereadores do Município, e ser instaurado em forma de Lei. Por intermédio da fixação de princípios, normas e diretrizes, o plano deve fornecer as orientações necessárias para as ações que influenciam o desenvolvimento urbano. Podemos exemplificar tais ações como: a abertura de uma AN02FREV001/REV 4.0 42 nova avenida, a construção e um prédio residencial, implantação de uma estação de tratamento de esgoto, reurbanização de áreas degradadas da cidade, etc. Essas ações definem o desenvolvimento da cidade, dessa maneira, é vital que sejam estabelecidas a partir de uma estratégia mais ampla, para que todos possam criar e ser orientados de uma forma homogênea. FIGURA 13 – EXEMPLO DE ZONEAMENTO DE CIDADE FONTE: Disponível em: <http://urbanidades.arq.br/2009/02/macrozoneamento/> Acesso em: 03 ago. 2013. O Zoneamento é uma ferramenta primordial nesse sentido, pois delimita as iniciativas, sejam privadas ou individuais. Aliada ao zoneamento da cidade, temos as estratégias de atuação definidas pelo Poder Público, de suma importância para todas as cidades. Sendo assim, um zoneamento é composto por: Definição do perímetro urbano, incluindo delimitação da área urbana, de expansão urbana e rural; Definição das macrozonas, entendidas como grandes zonas que estabelecem um referencial para o uso e a ocupação do solo, e para a aplicação dos AN02FREV001/REV 4.0 43 programas contidos nas estratégias. Para conferir a coerência pretendida para a lógica do desenvolvimento urbano, é importante que o macrozoneamento tenha um número limitado de macrozonas diferentes. Descrição das macrozonas, assim como dos princípios e critérios utilizados para defini-las e seus objetivos específicos. Essa descrição pode ser feita em uma tabela em que as zonas ocupam as linhas e suas características e objetivos ocupam as colunas. É indispensável que o Plano Diretor defina o caminho a ser seguido, que seja capaz de direcionar as iniciativas para que os benefícios atinjam toda a camada da população no presente, garantindo de forma satisfatória o futuro. FIGURA 14 – OBJETIVO DO PLANO DIRETOR FONTE: Disponível em: <http://urbanidades.arq.br/2008/06/o-que-e-plano-diretor/> Acesso em: 03 ago. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 44 10.1.2 Código de Obras FIGURA 15 – CÓDIGO DE OBRAS E SUAS EXIGÊNCIAS FONTE: Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/licenciamentos/noticias/index.php?p=152298> Acesso em: 03 ago. 2013. Possibilita ao poder público exercer o controle e fiscalização do espaço urbano construído. Estão estabelecidas as normas técnicas para todos os tipos de construção, e definidos também, os procedimentos de aprovação de projeto e licenças para execução de obras, bem como os parâmetros para fiscalização do andamento da obra e aplicação de penalidades. Nos Códigos atuais aparecem artigos que visam assegurar conceitos novos, tais como: conforto ambiental, conservação de energia, acessibilidade às pessoas com deficiência ou mobilidade limitada, entre outros. De uma forma geral, salvo às peculiaridades de cada município, vamos nos deparar com alguns itens elementares, conforme os que listamos a seguir: Classificação das edificações conforme seu uso (residencial, comercial, mista, industrial, etc.) com suas exigências específicas; AN02FREV001/REV 4.0 45 Dimensões mínimas e máximas dos ambientes, áreas de ventilação e iluminação naturais e elementos construtivos; Afastamentos do corpo da edificação em relação às divisas do terreno; FIGURA 16 – AFASTAMENTOS DA EDIFICAÇÃO EM RELAÇÃO AO TERRENO FONTE: Disponível em: <http://mail.camara.rj.gov.br/APL/Legislativos/scpro1316.nsf/1ce2ce7b3cdf59b90325775900523a3f/1 cd1b54af577c93403257b4f0055f3b8?OpenDocument> Acesso em: 03 ago. 2013. Áreas máximas de construção em relação à área do terreno. Igualmente taxas de ocupação e de permeabilidade do solo; Exigências de portas, janelas, passeios, elevadores, circulações e corredores com suas dimensões limítrofes; Alturas mínimas e máximas de paredes e muros; Vagas de estacionamento; Proteção e segurança das obras; Passeios e logradouros públicos; Penalidades e multas por descumprimento de normas; Exigências projetuais para aprovação; AN02FREV001/REV 4.0 46 Anexos e apêndices específicos do município. 10.2 SECRETARIAS DE MEIO AMBIENTE De uma forma geral compete às Secretarias de Meio Ambiente o planejamento em curto prazo dos espaços urbanos, observando o Plano Diretor e fazendo-se respeitar os condicionantes para aprovação de edificações, licenciamentos ambientais e manutenções diversas. Cabe a esse organismo a vigilância e fornecimento de licença para instalação das mais variadas tipologias arquitetônicas sobre o solo urbano, sempre atentando para os possíveis impactos ambientais a serem gerados. A poda de árvores, retirada de material topográfico e intervenção nas áreas aquíferas, são pontos-chaves para a viabilização de qualquer empreendimento, cabendo ainda o cuidado na fiscalização e aplicação de sansões e penalidades aos infratores. Os municípios possuem suas Secretarias específicas que são subalternas às Secretárias Estaduais e Federais. Conforme a complexidade da intervenção a ser realizada, pode ser necessária a consulta e aprovação de petições junto aos três níveis administrativos. 10.3 NORMAS ESTADUAIS E FEDERAIS Novamente é importante salientar que as características de cada empreendimento é que determinarão os procedimentos para a busca de aprovação e fiscalização competentes em relação ao projeto lançado. Sempre que se estabelece a necessidade de um novo empreendimento, guardadas a sua abrangência e complexidade, podem existir além das exigências locais, normas e decretos que vigoram em nível Estadual e Federal. AN02FREV001/REV 4.0 47 É obrigação do arquiteto,
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