Buscar

ilovepdf_merged (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Gestão Financeira
UNIDADE 4
1
Palavras do Professor
Prezado(a) aluno(a)! 
Nessa unidade da disciplina de Gestão Financeira, daremos continuidade ao conteúdo falando sobre as 
decisões sobre Capital de Giro (curto prazo). Pois, agora que você já aprendeu sobre a relevância de uma 
boa gestão financeira nas empresas, já sabe a diferença entre alguns conceitos importantes da área 
de finanças como o risco e retorno, sabe o que é um custo de oportunidade e também já entendeu as 
diferenças entre o custo de capital do próprio e o custo de capital de terceiros, considerando as vantagens 
e desvantagens de cada uma dessas fontes de financiamento. 
Aprendeu a importância das informações financeiras na tomada de decisão em relação aos investimentos 
de longo prazo, assim como algumas técnicas relevantes para avaliar investimentos e tomar a decisão 
correta em diferentes tipos de projetos, principalmente nos projetos mutuamente excludentes.
Vamos aprender agora nessa nova etapa sobre a administração do capital de giro da empresa. Um 
assunto muito interessante para garantir uma boa saúde financeira da empresa, pois esse assunto trata 
da administração de recursos financeiros para pagar as obrigações cotidianas da referida empresa.
Como você percebeu, todo o conhecimento que você adquiriu ao longo das unidades anteriores será 
bastante válido e requerido agora, portanto, caso você não se lembre de algum dos tópicos citados acima, 
sugiro que você faça uma breve revisão do conteúdo apresentado.
Para que você entenda o que será tratado na quarta unidade, será preciso que você pare para fazer uma 
leitura no livro-texto de administração financeira do autor Megliorini, disponível na biblioteca virtual, e 
faça uma leitura do livro “Princípios de Administração Financeira” do autor Lawrence J. Gitman.
Por enquanto, é preciso que você leia a Unidade IV do livro-texto de administração financeira de Megliorini, 
da página 79 a 83. E do livro “Princípios de Administração Financeira” do autor Lawrence J. Gitman, que 
se encontra na biblioteca virtual, faça uma leitura do capítulo 14 - página 546 a 552.
Após a leitura das páginas recomendadas, você estará apto para tratarmos sobre a administração do 
capital de giro. Essa análise é muito importante para que as empresas possam cumprir com todas as suas 
obrigações dentro do prazo e possa manter a liquidez dos seus negócios.
Vamos começar?
Bons estudos!
2
aNÁlIse e PlaNeJaMeNTo fINaNCeIro
Vimos na unidade anterior como deve ser elaborado o fluxo de caixa de uma empresa. Você aprendeu que 
o fluxo de caixa é uma ferramenta bastante utilizada na avaliação de investimentos, pois esta demonstra-
ção financeira apresenta uma estrutura que permite fazer projeções do lucro que a empresa terá com os 
investimentos ou prejuízos, e assim, poder calcular a viabilidade do projeto de investimento.
Esta ferramenta pode e deve ser aplicada em todos os segmentos de mercado, pois se trata de um contro-
le financeiro que projeta os dados atuais e futuros de uma empresa com a finalidade de orientar a tomada 
de decisão. 
Por exemplo, neste exato momento, o administrador financeiro pode elaborar o fluxo de caixa da empresa 
na qual trabalha, para isto, precisará colocar “no papel” todas as entradas e saídas de capital, ou seja, 
tudo o que será pago e o que será recebido ao longo do ano.
dICas
O fluxo de caixa permite que o gestor saiba, de forma antecipada, se havará lucro ou 
prejuízo, e principalmente quanto irá receber no período projetado. Em suma, o fluxo de 
caixa pode ser considerado uma fotografia do status financeiro de um negócio.
Como você estudou na unidade anterior, a elaboração do fluxo de caixa de uma organização exige que o 
administrador financeiro tenha em mãos uma série de informações a respeito do negócio. Desta forma, 
é necessário que os processos e atividades realizadas no dia a dia da empresa estejam devidamente 
documentados.
Enquanto o fluxo de caixa dá ao gestor uma perspectiva de médio/longo prazo, o movimento diário é con-
trole do dia a dia financeiro da empresa (curto prazo). O controle do caixa requer que sejam apuradas as 
entradas e saídas de dinheiro, a fim de se apurar o saldo existente. 
Infelizmente tal controle é subestimado por alguns gestores, desta forma, a perda de informações acarre-
ta em erros na tomada de decisão.
administração do Capital de Giro
Você se lembra da demonstração contábil chamada de Balanço Patrimonial? Como vimos, o balanço 
patrimonial é a demonstração contábil que apresenta as origens e aplicações de recursos da empresa. 
O balanço patrimonial da empresa fornece informações, do lado esquerdo, sobre a estrutura de seus 
investimentos, que é o lado do Ativo, e do outro, do lado direito, sobre a estrutura de suas fontes de 
financiamento, que é o lado do Passivo.
3
Dentre os principais componentes da estrutura financeira de uma empresa estão o nível do investimento 
em ativo circulante e o de financiamento com passivo circulante. Pois tanto o ativo circulante quanto o 
passivo circulante são contas de curto prazo e que devem ser bem administradas para garantir a saúde 
financeira da empresa. 
O objetivo da administração financeira de curto prazo é gerenciar cada elemento do ativo circulante como: 
caixa e título negociáveis, contas a receber e estoques; e do passivo circulante como: fornecedores, 
contas a pagar, impostos a pagar e empréstimos de curto prazo a pagar para atingir um equilíbrio entre a 
rentabilidade e risco que contribua positivamente para o valor da empresa.
Veremos mais à frente a relevância dos indicadores financeiros para avaliar o desempenho de uma 
empresa considerando as informações do balanço patrimonial. Para começarmos a tratar desse assunto, 
vamos começar falando sobre um conceito muito relevante em finanças, que é o conceito de Capital de 
Giro Líquido. Você já ouviu falar em Capital de Giro? 
Essa é uma linguagem muito comum no mundo dos negócios, afinal, todo empresário quando vai abrir seu 
próprio negócio precisa garantir recursos para financiar suas obrigações cotidianas. 
Guarde essa IdeIa!
Então, o que seria Capital de Giro Líquido? Você deve ter visto no livro de Gitman 
na página 547, afirma que o capital de giro líquido: “é normalmente definido como a 
diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante de uma empresa”. 
Quando o ativo circulante supera o passivo circulante, a empresa tem capital de giro líquido positivo. Mas 
quando o ativo circulante é inferior ao passivo circulante, tem-se capital de giro líquido negativo.
Em alguns outros livros você poderá encontrar esse mesmo conceito que pode aparecer com o nome de 
Capital Circulante Líquido (CCL), que é encontrado através da seguinte equação:
CCl = aC – PC (Fórmula 2.1.1)
Onde:
CCL = Capital Circulante Líquido 
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
O Capital Circulante Líquido (CCL) ou Capital de Giro líquido de curto prazo evidencia a parte do Ativo 
Circulante que não está comprometida com o passivo circulante.
4
PraTICaNdo
Vamos supor que a empresa M&M Company LTDA tenha um ativo circulante no valor de R$ 1.000,00 e um 
passivo circulante no valor de R$ 600,00. Encontre o Capital Circulante Líquido (CCL) da M&M Company 
LTDA. E, depois, diga o que significa o valor encontrado?
E aí já calculou? É fácil de calcular, é só substituirmos na equação 2.1.1. Vamos lá? CCL = 1.000 – 600 = 
r$ 400,00.
Ao calcularmos o Capital Circulante Líquido (CCL) da empresa M&M Company LTDA., encontramos o 
valor de quatrocentos reais (R$ 400,00), o que significa que a empresa consegue saldar todas as suas 
obrigações de curto prazo e ainda sobram R$ 400,00 para pagar as obrigações de longo prazo. Ou seja, a 
empresa teve um Capital Circulante Líquido (CCL) ou Capital giro líquido PosITIvo.
Vamos supor agora que a Cia. WYZ Consultoria LTDA apresenta um ativo circulante no valor de R$ 1.500,00 
e um passivo circulante no valor de R$ 2.000,00. Calcule o Capital Circulante Líquidodessa Companhia e 
explique o valor encontrado.
E, agora, você calculou o CCL dessa empresa? E o que você encontrou? Vamos calcular juntos.
CCL = 1.500 – 2.000 = (r$ -500,00).
A Cia. WYZ Consultoria LTDA. apresentou um Capital Circulante Líquido (CCL) NEGATIVO no valor de 
quinhentos reais (R$ 500,00), o que significa que ela tem mais obrigações de curto prazo para pagar do 
que direitos de curto prazo a receber. Ou seja, ela tem mais passivo circulante do que ativo circulante.
Esse exemplo da Cia. WYZ Consultoria LTDA. nos mostra que essa empresa precisa administrar melhor as 
suas contas de curto prazo para que ela consiga arcar com todos os seus compromissos em dia.
A conversão dos estoques para recebíveis e destes para caixa fornece os recursos para pagar o passivo 
circulante. As saídas de caixa do passivo circulante são fáceis de prever, pois as empresas sabem qual a 
data que deverão pagar suas obrigações, porém as entradas de caixas na empresa são difíceis de prever, 
pois ainda existem os clientes que atrasam ou os clientes que não irão pagar. 
Por isso, é necessária uma boa gestão desse fluxo de recebimentos e de pagamentos para que a empresa 
possa garantir o cumprimento de suas obrigações. De acordo com Gitman (2010, p. 547): “Quanto mais 
previsíveis as entradas de caixas, menor o capital de giro líquido necessário”.
Porém, a maioria das empresas é incapaz de ter certeza na previsão desses valores e, por isso, costumam 
manter um ativo circulante mais do que suficiente para cobrir as saídas associadas ao passivo circulante.
5
Dentro desse contexto, vamos abordar o conceito de rentabilidade e de risco dentro da abordagem 
da administração financeira de curto prazo. Pois, a rentabilidade nessa abordagem da administração 
financeira de curto prazo corresponde à relação entre as receitas e os custos gerados pelo uso dos ativos 
de uma empresa tanto circulantes quanto fixos – em atividades produtivas. 
Porém, se podem aumentar os lucros aumentando-se as receitas ou reduzindo-se os custos. Já o risco 
no contexto da administração financeira de curto prazo, é a probabilidade de que a empresa não consiga 
pagar suas contas à medida que vençam. Pois, supõe-se que, quanto maior o capital de giro líquido, menor 
o risco. 
leITura CoMPleMeNTar
Você poderá verificar no livro “Princípios de Administração Financeira”, do autor 
Lawrence J. Gitman, no capítulo 14, página 548 que ele apresenta um gráfico que 
evidencia os efeitos da variação do quociente do ativo circulante sobre o ativo total e 
do quociente do passivo circulante sobre o ativo total, sobre o lucro e o risco. 
Ao analisarmos esse gráfico verificamos que o efeito do risco diminui à medida que aumenta o quociente 
entre o ativo circulante e o ativo total, pois o aumento de ativo circulante aumenta o capital de giro 
líquido, reduzindo, assim, o risco de insolvência técnica. 
Já o segundo quociente demonstra a porcentagem de ativo total que está sendo financiada pelo passivo 
circulante. Por isso, quando o índice aumenta, a rentabilidade aumenta. 
Isso ocorre porque a empresa usa mais financiamento através de passivo circulante (financiamento de 
curto prazo) e menos financiamento de longo prazo (passivo não circulante), afinal o passivo circulante é 
mais barato do que o passivo não circulante, porque o passivo circulante só possui uma conta que paga 
juros que é o empréstimo bancário de curto prazo, sobre as demais contas não há incidência de juros.
orçamento de Caixa
O orçamento de caixa é uma ferramenta muito importante para fazer o planejamento financeiro de curto 
prazo, com o prazo máximo de um ano. Ele auxilia na gestão do capital circulante líquido da empresa.
O orçamento de caixa é um demonstrativo que apresenta o fluxo das entradas e saídas projetadas de 
caixa da empresa, utilizado para estimar suas necessidades e sobras de caixa.
As principais razões para utilização do orçamento de caixa são: fazer um planejamento para levantamentos 
de empréstimos bancários, planejamento para liquidação de dívidas, planejamento para o eficiente uso do 
caixa como: aplicações excedentes, pagamentos com descontos e busca de recursos mais baratos e com 
antecedência, entre outros. 
6
Essa ferramenta é bastante utilizada pelo setor financeiro das empresas para programar seus pagamentos, 
projetar os recebimentos e até mesmo projetar o capital necessário para fazer os investimentos da 
empresa.
Vamos fazer um orçamento de caixa para a empresa M&M Company LTDA., para verificarmos como anda 
o saldo de caixa dessa empresa. Faremos o Orçamento de Caixa dos meses de Janeiro até Abril. Sabendo 
que o saldo final de caixa de Dezembro foi de R$ 50.000,00.
Diante do orçamento de caixa da M&M Company LTDA., verificamos que a empresa passou os meses de 
Janeiro e Fevereiro com um saldo final de caixa positivo, porém nos meses de Março e Abril terminou com 
saldo final de caixa negativo, precisando recorrer a empréstimos bancários.
Ciclo de conversão de Caixa
Vamos entender agora o ciclo de conversão de caixa de uma empresa, pois esse ciclo é essencial para a 
administração financeira de curto prazo. Para isso, você precisará do conhecimento que você adquiriu ao 
ler o livro “Princípios de Administração Financeira”, do autor Lawrence J. Gitman, da página 548 a página 
550.
7
Ao ler as páginas recomendadas, você viu falar de um ciclo muito relevante para nossa análise do ciclo 
de conversão de caixa, que foi o Ciclo operacional (CO).
Logo, o Ciclo Operacional (CO) de uma empresa é o período de tempo que vai do começo do processo de 
produção até o recebimento de caixa resultante da venda de produto acabado. 
Esse ciclo abrange duas contas do ativo circulante: o estoque e as duplicatas a receber. Podemos calcular 
o Ciclo Operacional (CO) através do somatório da idade média do estoque (IME) e o prazo médio de 
recebimento (PMR). Pode-se calcular esse ciclo através da seguinte equação:
Co = IMe + PMr (Fórmula 2.2.1)
Onde:
CO = Ciclo Operacional
IME = Idade Média do Estoque 
PMR = Prazo Médio de Recebimento
Porém, o processo de produção e venda de produtos também envolve a compra a prazo de matéria-prima 
para produzir tais produtos, e esse processo resulta em contas a pagar a fornecedores. 
E esta conta a pagar aos fornecedores que corresponde ao prazo médio de pagamento (PMP) reduz o 
número de dias de recursos de uma empresa comprometidos com o ciclo operacional. 
Logo, o ciclo operacional menos o prazo médio de pagamento é chamado de Ciclo de Conversão de Caixa 
(CCC) e representa o prazo pelo qual os recursos da empresa ficam aplicados. 
O Ciclo de Conversão de Caixa (CCC) pode ser dado pelas seguintes equações:
CCC = Co – PMP (Fórmula 2.2.2)
CCC = IMe + PMr – PMP Fórmula 2.2.3)
Onde:
CCC = Ciclo de Conversão de Caixa 
CO = Ciclo Operacional
PMP = Prazo Médio de Pagamento 
IME = Idade Média do Estoque
PMR = Prazo Médio de Recebimento
Agora vamos analisar um exemplo prático para verificarmos a aplicação dessas equações? Vamos supor 
que a empresa M&M Company LTDA., fabricante de produtos de panificação, tem vendas anuais de R$ 
100.000,00, o custo das mercadorias vendidas corresponde a 75% das vendas e as compras correspondem 
a 60% do custo das mercadorias vendidas.
8
A idade média dos estoques (IME) é de 50 dias, o prazo médio de recebimento (PMR) é de 30 dias e o 
prazo médio de pagamento (PMP) é de 25 dias. Calcule o ciclo de conversão de caixa da M&M Company 
LTDA., e encontre o total dos recursos investidos pela empresa para manter esse ciclo de conversão de 
caixa. Considere um ano de 365 dias.
E agora como resolveremos essa questão? Vamos primeiramente calcular o ciclo de conversão de caixa. 
Para isso, vamos substituir as informações na fórmula 2.2.3.
CCC = 50 + 30 – 25 = 55 dias
Agora vamos calcular o valor dos recursos investidos, mas, antes, vamos encontrar o valor do custo das 
mercadorias vendidas que corresponde a 75% das vendas, logo o custo das mercadorias vendidas é iguala R$ 75.000,00. 
Já o valor das compras, que representam as contas a pagar a fornecedores da empresa M&M Company 
LTDA., correspondem a 60% dos custos das mercadorias vendidas que é igual a R$ 45.000,00 (R$ 75.000,00 
x 0,60). Agora que já encontramos os valores necessários, vamos calcular o total dos recursos aplicados 
pela empresa:
Estoques = (75.000 x 50/365) = R$ 10.273,97
(+) Duplicatas a receber = (100.000 x 30/365) = R$ 8.219,18
(-) Contas a pagar a fornecedores = (45.000 x 25/365) = R$ 3.082,19
(=) Total dos recursos aplicados = r$ 15.410,96
Diante do ciclo de conversão de caixa da M&M Company LTDA., que é de 55 dias, a empresa necessita 
dispor de um total de r$ 15.410,96 para financiar suas operações rotineiras de curto prazo.
No próximo tópico, vamos aprender sobre a administração de estoques. Para isso, é preciso que você pare 
e faça uma leitura no livro-texto de Megliorini da página 92 até a página 96.
Para complementar o seu conhecimento sobre o assunto você deverá ir até a biblioteca virtual e fazer a 
leitura do livro “Princípios de Administração Financeira”, do autor Lawrence J. Gitman, no capítulo 14, 
página 552 até a página 556.
administração de estoques
Agora que você já leu as páginas recomendadas, você aprendeu sobre a administração de estoques. O 
estoque significa dinheiro parado, ou seja, capital “empatado” em produtos que poderiam ser utilizados 
para outras finalidades. 
Existem diversos tipos de estoques como: estoques de insumos ou matérias-primas, estoques de produtos 
em processo, estoques de produtos semiacabados, estoques de produtos acabados, estoques em trânsito 
(que ainda estão sendo transportados) e estoques em consignação (onde o fornecedor disponibiliza o 
produto e o cliente só pagará pelo produto quando efetuar a venda do mesmo na data acordada, caso não 
haja venda do produto, poderá devolvê-lo de acordo com o contrato firmado).
9
E qual a importância de administrar estoques? Pois, como vimos, o estoque representa uma parcela do 
capital da empresa que está parado com produtos estocados, por isso a posição do administrador financeiro 
sobre o nível de estoque é mantê-lo baixo para garantir que o dinheiro da empresa seja investido com 
sabedoria. 
Porém, existem algumas razões para manter estoques como: melhoram o nível de serviço, incentivam 
economias na produção, permitem economia de escala nas compras e no transporte, agem como proteção 
contra aumentos de preço, os estoques protegem a empresa contra incertezas na demanda e no tempo de 
ressuprimento e servem como segurança contra contingências.
Claro que, para área de suprimentos e produção da empresa, é muito interessante manter altos níveis de 
estoques, pois protegem essas áreas contra eventuais incertezas e permite uma segurança maior para 
que o produto não falte no mercado e a empresa não perca vendas devido a essa falta de produto. 
Porém, para área de finanças, é bastante relevante analisar o custo de oportunidade para se comprar 
produtos para serem estocados ou ter o capital de giro da empresa disponível para investir em outras 
operações. 
Você se lembra do conceito de custo de oportunidade que analisamos na unidade II? Não?
releMbraNdo
O custo de oportunidade pode ser definido como o custo que se tem após renunciar uma oportunidade.
Nesse caso, o custo de oportunidade vai servir de base para compararmos se é mais vantajoso fazer 
estoque ou investir o capital da empresa em outra operação. Vamos supor que a empresa M&M Company 
LTDA., tenha um capital disponível no valor de R$ 200.000,00. 
E aí você, administrador financeiro da empresa, terá que decidir entre as seguintes opções: comprar 
farinha de trigo, que é a principal matéria-prima da sua empresa ou investir o capital da sua empresa no 
mercado. 
Sabendo que a farinha de trigo que antes custava R$ 50,00 (o saco) e agora está custando R$ 40,00 
(o saco). Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês a juros simples, é preferível investir na 
compra de farinha ou investir o capital no mercado? 
Considere o período de um mês e considere que você deverá investir todo dinheiro em uma das opções.
E agora qual opção vai fazer com que seu dinheiro gere um retorno maior? Como faremos para resolver 
essa questão? Já faz ideia?
10
PraTICaNdo
Vamos lá, primeiramente vamos analisar a opção de investir o dinheiro no mercado a juros simples. Com 
isso, teremos: 
J = 200.000,00 x 2% x 1 = r$ 4.000,00
Ou seja, se investirmos o capital no mercado iremos ganhar quatro mil reais. Agora vamos analisar a 
opção de comprar farinha: antes a farinha custava R$ 50,00 o saco. Logo antes, compraríamos: 
Q = 200.000/50 = 4.000 sacos de farinha de trigo. 
E, agora, iremos comprar: 
Q = 200.000/40 = 5.000 sacos de farinha de trigo
Portanto, estamos comprando 1.000 sacos a mais com esse novo preço da farinha, ou seja, estamos 
ganhando 1.000 sacos a mais e fazendo uma economia de R$ 10,00 por saco, logo estamos ganhando na 
compra da farinha um total de 1.000 x R$ 10,00 = R$ 10.000,00. 
E agora qual opção é mais vantajosa? Lógico que, nesse caso, a compra da farinha está dando um retorno 
maior do que investir o dinheiro no mercado, pois, com a compra da farinha, estamos ganhando dez mil 
reais e, se investirmos o dinheiro no mercado, ganharemos quatro mil reais.
Agora, vamos analisar as técnicas mais comuns utilizadas pelas empresas para administrar os estoques.
sistema abC
Muitas empresas utilizam o sistema ABC de estoques para construir a chamada Curva ABC, que classifica 
seu estoque em três grupos, onde o grupo A compreende 20% dos itens mantidos em estoque, que 
requerem 80% dos investimentos, ou seja, os produtos que fazem parte do grupo A são os produtos de 
alto valor e que, por isso, devem ser mantidas menores quantidades em estoque. 
Existe o grupo B que inclui os itens que requerem o segundo maior investimento desse gênero e o grupo 
C consiste em grande número de itens que exigem um investimento relativamente pequeno, ou seja, são 
os produtos que são mantidos em maiores quantidades em estoque, devido ao baixo preço dos produtos 
desse grupo.
Modelo de lote econômico (leQ)
Uma das técnicas mais comuns para determinar o tamanho ideal do pedido de itens em estoque é o 
modelo de lote econômico. Pois esse método considera diversos custos para determinar qual o volume de 
pedido que minimize o custo total de estoque. 
O LEC (Lote Econômico de Compra) supõe que os custos relevantes de estoque possam ser divididos em 
custos de pedido e custos de carregamento. 
11
Os custos de pedido incluem os custos administrativos fixos de colocação e recebimentos de pedidos 
como: o custo de preenchimento de uma ordem de compra, de processamento da documentação resultante, 
de recebimento de um pedido e de sua conferência com a fatura. 
Os custos de carregamento ou custos de manutenção de pedidos são os custos variáveis unitários 
de manutenção de um item em estoque por um determinado prazo e correspondem aos custos de 
armazenagem, seguro, deterioração e obsolescência, além do custo de oportunidade de investir capital 
em estoque.
Pois os custos de pedido diminuem conforme aumenta o tamanho do pedido, enquanto os custos de 
carregamento aumentam com o aumento do tamanho dos pedidos. Com isso, temos as seguintes equações 
para os custos de pedido e custos de carregamento, respectivamente.
Custo de Pedido = o x s/Q (Fórmula 2.3.2.1)
Custo de Carregamento = C x Q/2 (Fórmula 2.3.2.2)
Onde:
S = Consumo em unidades por período; 
O = Custo de pedido, por pedido;
C = Custo de carregamento por unidade, por período; 
Q = Número de unidades do pedido.
Logo, o custo total de estoque é dado pela soma do custo do pedido com o custo de carregamento ou custo 
de manutenção de pedidos. Para calcularmos o custo total do estoque utilizaremos a seguinte equação:
Custo Total = (o x s/Q) + (C x Q/2) (Fórmula 2.3.2.3)
O Lote econômico de compra (LEC) é definido como a quantidade pedida que minimize a função do custototal, ou seja, esse modelo analisa a compensação entre custos de pedido e custos de carregamento para 
determinar o tamanho do pedido que minimize o custo total de estoque. O Lote Econômico de Compra 
(LEC) pode ser calculado através da seguinte equação:
 (Fórmula 2.3.2.4)
Depois que a empresa determinar o seu lote econômico de compra, ela precisa determinar o ponto de 
emissão de novo pedido, que é quando emitir esse pedido. Esse ponto reflete o número de dias necessários 
para se emitir e receber um pedido e a utilização diária do item em estoque. Logo, o ponto de emissão de 
novo pedido é dado pela seguinte equação:
Ponto de emissão de novo pedido = dias de prazo X utilização diária (Fórmula 2.3.2.5)
12
PraTICaNdo
Agora que já discutimos todos os conceitos sobre Lote Econômico de Compra e sobre Custo total de 
estoques, vamos aplicar esses conceitos numa questão prática: 
Suponha que a empresa M&M Company LTDA., utiliza 1.600 unidades de um item ao ano. Seus custos de 
pedido são de R$ 50,00 por pedido, e o custo de carregamento é de R$ 1,00 por unidade, por ano. Calcule 
o lote econômico de compra e o custo total para o LEC.
Vamos começar calculando o LEC através da equação 2.3.2.4, teremos:
Vamos calcular o custo total substituindo os valores na equação 2.3.2.3, com isso teremos:
Custo do pedido = R$ 50 x 1600/400 = 50 x 4 = r$ 200,00 
Custo de Carregamento = (R$ 1 x 400)/2 = r$ 200,00
Logo, o custo total que é igual ao somatório do custo de pedido com o custo de carregamento, então o 
custo total da empresa M&M Company LTDA., é igual a:
Custo Total = R$ 200,00 + R$ 200,00 = r$ 400,00
Agora, calcule o ponto de emissão do novo pedido, sabendo que são necessários 10 dias para emitir e 
receber um pedido, e a utilização anual é de 1.600 unidades por ano. Considere o ano de 360 dias.
Para encontrarmos o ponto de emissão do novo pedido, precisaremos, primeiramente, encontrar a 
utilização diária do produto que é de 4,444 (1.600/360 = 4,44 unidades/dia) e agora para calcularmos o 
ponto de emissão do novo pedido vamos apenas substituir na equação 2.3.2.5, logo teremos:
Ponto de emissão do novo pedido = 10 x 4,44 = 44,44 ou 45 unidades
sistema Just-in-time
Por fim, dentre as técnicas de administração de estoques, temos a filosofia Just-in-time que é uma 
técnica desenvolvida pelos japoneses, que tem como objetivo dispor da peça necessária, na quantidade 
necessária e no momento necessário, pois, para lucrar, necessita-se dispor do inventário para satisfazer 
as demandas imediatas da linha de produção. 
De acordo com a filosofia Just-In-Time, em cada etapa do processo, produzem-se somente os produtos 
necessários para a fase posterior, na quantidade e no momento exato em que são demandadas. 
13
Para que essa técnica atinja seu objetivo deve haver uma integração entre todos os setores operacionais 
da empresa, assim como um alinhamento dessa ideia com os fornecedores e as transportadoras, a fim de 
garantir o cumprimento dos prazos de entrega sem atrasos. Afinal, o objetivo desse sistema é garantir a 
eficiência na produção.
INdICadores fINaNCeIros
Caro(a) aluno(a), todos os processos de uma organização devem ser realizados de forma que alcancem 
um objetivo esperado, por exemplo, espera-se que ao final da linha de produção de uma montadora de 
automóveis saia um veículo em conformidade com o projetado. 
Quando se fala em processos financeiros o cenário não poderia ser diferente, espera-se que as atividades 
sejam desempenhadas de forma segura de tal forma que o resultado previsto/projetado aconteça na 
prática.
vIsITe a PÁGINa
Uma das formas mais eficazes de se acompanhar a efetividade dos processos de uma 
organização é através de indicadores. Sugiro que você faça a leitura do conteúdo a 
seguir, nele Vicente Falconi, renomado consultor brasileiro aborda importância dos 
indicadores e das metas para uma empresa. Clique aqui para acessar.
Esta leitura é complementar, no entanto, a essência do seu conteúdo poderá ser abordada nos fóruns, 
questionários e avaliações desta disciplina.
Agora que você leu sobre a importância dos indicadores para uma organização, vamos estudar em detalhes 
os indicadores da área financeira. 
Eles podem ser classificados em três grupos: 
•	 Indicadores de rentabilidade;
•	 Indicadores de estrutura de capital;
•	 Indicadores de liquidez e indicadores de atividade.
Vamos entender a diferença entre eles: 
Indicadores de rentabilidade têm como finalidade comparar o lucro de uma empresa com nível de vendas, 
seus ativos e capital investido. De forma geral, os indicadores de rentabilidade têm como objetivo 
mensurar o retorno do capital que foi investido considerando a atividade operacional da empresa.
Dentre os indicadores de rentabilidade destacam-se:
https://www.falconi.com/flcn_news/so-ganha-o-jogo-quem-acompanha-o-placar/
14
a) Margem operacional
Este indicador determina o percentual do dinheiro de venda que sobrou após a dedução de todas as 
despesas da receita, excetuando-se o desconto do imposto de renda. Assim, este indicador mede a 
eficiência da operação da empresa. A margem operacional é calculada da seguinte forma:
Margem operacional: Lucro operacional x 100
 Receita líquida
b) Margem ebITda
O acrônimo EBITDA vem do termo inglês “Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization”. 
É comum que este indicador seja escrito de forma “abrasileirada” através da sigla LAJIDA na qual significa 
Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.
Este indicador mede a saúde financeira de uma empresa considerando apenas o que ela gera de receita, 
tirando deste cálculo os efeitos financeiros e o abatimento de impostos.
Segue abaixo um passo a passo para se encontrar o EBITA:
Fonte: http://sereduc.com/rpXx3j
c) Margem líquida
A margem líquida se refere ao percentual de cada real de venda que sobrou após a dedução das despesas, 
inclusive do imposto de renda. A margem líquida é calculada através da fórmula abaixo:
Margem líquida = Lucro líquido x 100
 Receita líquida 
 de vendas
http://sereduc.com/rpXx3j
15
Assim é possível avaliar o quando cada real de vendas gerou em lucro líquido para a empresa.
d) retorno sobre o patrimônio
Também chamado de ROE (Return on equity) ou retorno sobre o patrimônio, trata-se de um indicador que 
mede o quanto do capital investido retornou para o sócio/acionista em forma de lucro.
Retorno sobre o patrimônio = Lucro Líquido x 100
 Patrimônio Líquido
Um dos objetivos deste indicador é avaliar a capacidade de a empresa gerar valor a si utilizando os seus 
próprios recursos. Assim é possível monitorar a sua estabilidade financeira.
Os indicadores de estrutura de capital permitem que o gestor verifique o nível de endividamento da 
empresa, ou seja, o quanto do capital de terceiros está sendo utilizado, a cobertura de juros e a taxa de 
retenção destas.
a) envididamento total: Um índice elevado de endividamento pode fazer com que a empresa tenha 
dificuldades de conseguir novos financiamentos, esta situação também impacta na geração de caixa, pois 
o dinheiro recebido será utilizado para quitar compromissos com terceiros, incluindo-se os juros.
Quanto ao endividamento existem duas situações que precisam ser avaliadas: se a empresa recorre 
a capital de terceiros com a finalidade de complementar o capital próprio, podemos considerar este 
endividamento como sadio, no entanto, se a empresa recorre a capital de terceiros para quitar outras 
dívidas trata-se de um endividamento prejudicial à saúde financeira.
Como vimos nas unidades anteriores, as taxas de juros encarecem o capital do terceiro, portanto, é 
necessária uma atenção redobrada em relação aos empréstimos e financiamentos.
O endividamento é calculado da seguinte forma:
Endividamento = Passivos x 100
 Ativos
Comovimos anteriormente, o passivo se refere aos valores do passivo circulante, ou seja, contas a pagar 
a fornecedores, salários, financiamentos, empréstimos, dentre outros. 
Já o ativo se refere ao ativo circulante, ou seja, os estoques, o valor no caixa da empresa, os saldos das 
contas bancárias, dentre outros.
b) Cobertura de juros: O indicador mede a capacidade de uma empresa quitar os juros de suas dúvidas 
sem que haja comprometimento da geração de caixa. Este índice aponta o tamanho da dívida de uma 
empresa, além disto, mostra se ela gera o lucro necessário para cobrir as despesas com pagamentos de 
juros.
16
Cobertura de juros = EBIT
 Despesas 
 com juros
Onde o EBIT (Earnings Before Interest and Taxes) é o Lucro antes dos juros e tributos. Ele demonstra o 
lucro operacional, ou seja, avalia a lucratividade da empresa olhando apenas para a sua atividade final.
Os indicadores de liquidez medem a capacidade de uma empresa quitar as suas obrigações de curto 
prazo (sem que haja débitos). Como exemplo de indicadores de liquidez, podemos citar: capital circulante, 
índice de liquidez corrente, índice de liquidez seca e liquidez geral. Neste contexto trataremos dois 
indicadores: o de liquidez seca e o de corrente.
a) liquidez corrente: Este indicador mostra o quanto uma empresa tem a receber, em curto prazo, em 
relação às suas obrigações (contas a pagar) neste mesmo período. Trata-se basicamente da relação entre 
o ativo e o passivo circulante:
Liquidez corrente = Ativo Circulante 
 Passivo Circulante
Caro (a) aluno(a), se o resultado da operação acima for maior que um, significa que a empresa tem 
condições de quitar as suas obrigações de curto prazo com folga. 
Se for igual a um, podemos dizer que os direitos e as obrigações de curto prazo são idênticos. Caso o 
resultado seja menor que um, identificamos um problema, pois o seu ativo não é suficiente para cumprir 
com suas obrigações em curto prazo.
b) liquidez seca: Assim como a liquidez corrente mostra o quanto que uma empresa tem a receber em 
um curto espaço de tempo em relação às suas obrigações. A diferença é que o valor do estoque não é 
considerado neste indacador:
Liquidez seca = Ativo Circulante - Estoques 
 Passivo Circulante
 
O estoque pode gerar um tipo de “ruído” quando avaliamos a liquidez de um negócio, isto por que, como 
vimos no ínicio deste guia de estudos, o estoque representa dinheiro parado em uma empresa. 
Além disto, apresentam baixa liquidez, pois para que gerem caixa para empresa é necessário que ele 
passe por toda cadeira produtiva e posteriormente seja comercializado.
Assim, a liquidez seca retira do ativo o valor do estoque e apresenta o quanto uma empresa é capaz de 
quitar suas obrigações em curto prazo sem que para isto, precise do estoque.
Por último, e não menos importante, temos os indicadores de atividade. O indicador de atividade mostra 
a capacidade de várias contas da empresa têm de se transformarem em vendas (caixa). 
Dentre os indicadores de atividade destacam-se o giro de caixa, o giro de estoques e o período médio de 
cobrança. Vamos estudar o indicador de giro de estoques.
17
Como vimos anteriormente, o estoque tem seus lados positivos e negativos. Dentre os positivos destaca-
se o nível de serviço da empresa e a proteção contra incertezas, contudo, o estoque representa uma parte 
do capital parado. 
Diante deste trade off é válido que os gestores tenham informações suficientes para a tomada de decisão, 
dentre estas informações é necessário avaliar o giro de estoque.
O giro de estoque faz a comparação entre a quantidade vendida e o estoque mantido pela empresa.Vamos 
para um caso prático:
Uma empresa que ensaca feijão tem um estoque médio de 100 toneladas, e por ano, são comercializadas 
3.000 toneladas. Para encontrar o giro de estoque desta empresa basta dividirmos as 3.000 toneladas por 
100, assim encontramos que há 30 giros no ano.
O numeral 30 representa a quantidade de vezes em que houve a renovação do estoque em um período de 
tempo. Neste caso, temos que o estoque foi reabastecido trinta vezes no ano. 
Com este resultado, o gestor pode comparar com a média praticada no setor (benchmark) e avaliar sua 
performance.
Para resuMIr
Para concluirmos o assunto da Unidade IV, vamos recapitular os principais conceitos vistos nesta unidade. 
Pois nela aprendemos a administrar o capital de giro de curto prazo. 
Aprendemos como calcular o capital de giro líquido, que é uma ferramenta relevante que evidencia a 
parte do ativo circulante que não está comprometida com o passivo circulante. 
Vimos, ainda, como calcular o ciclo de conversão de caixa para encontrarmos quantos dias a empresa 
necessita manter recursos para financiar suas operações rotineiras de curto prazo. 
Aprendemos sobre as principais técnicas de administração de estoques como o sistema ABC, o modelo de 
lote econômico (LEC) e a filosofia Just-in-time. Afinal, o estoque é o capital parado que deveria está sendo 
utilizado para financiar outras operações da empresa.
Por isso, a relevância do administrador financeiro de aprender algumas técnicas para administrar os 
estoques, com intuito de cumprir seu objetivo de maximizar a lucratividade da empresa.
Posteriormente, você estudou os principais indicadores financeiros levando em consideração os grupos 
de indicadores de rentabilidade, indicadores de estrutura de capital, indicadores de liquidez e indicadores 
de atividade. 
Viu também que tais indicadores servem de parâmetro para que os gestores tomem decisões na 
organização.
18
Palavra fINal
Caro(a) aluno(a)!
Com o conteúdo dessa unidade, finalizamos o nosso conhecimento sobre gestão financeira. 
Agora, você já tem uma boa noção dos objetivos da área de finanças nas empresas, assim como já 
conhece alguns de seus principais conceitos: 
Conceitos de risco, retorno e custo de oportunidade, financiamentos e investimentos de curto e de longo 
prazo.
Desejo sucesso em sua jornada acadêmica e espero que os conhecimentos adquiridos ao longo desta 
disciplina sejam-lhe úteis em sua trajetória profissional. 
Recomendo que você continue desenvolvendo seus conhecimentos em gestão financeira, leia com aten-
ção os livros disponíveis no ambiente virtual, faça com atenção as atividades avaliativas que estão no 
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e assista as videoaulas. 
Caso tenha alguma dificuldade de entendimento, consulte seu tutor, ele irá direcionar o seu processo de 
aprendizado e esclarecer suas dúvidas.
Foi um imenso prazer estar com você ao longo desta disciplina.
Bons estudos e sucesso!
Gestão Financeira
UNIDADE 3
1
Palavras do Professor
Prezado(a) aluno(a), 
Nessa unidade da disciplina de Gestão Financeira, daremos continuidade falando sobre as decisões de 
investimento de longo prazo. Pois, agora que você já aprendeu sobre a relevância de uma boa gestão 
financeira nas empresas, sabe os conceitos importantes da área de finanças como o conceito de inflação, 
juros, balanço patrimonial, demonstração de resultado do exercício e o papel do gestor financeiro. 
Abordaremos a seguir um assunto muito interessante, não só para uma gestão financeira das empresas, 
mas também para a sua vida pessoal e para que você possa saber investir o seu dinheiro em projetos que 
lhe tragam bons retornos financeiros. Trata-se da decisão em relação aos investimentos de longo prazo.
Para que você entenda o que será tratado nessa unidade, será preciso que você pare para fazer uma 
leitura no livro-texto de administração financeira do autor Megliorini, que está disponível na Biblioteca 
Virtual. Por enquanto, é preciso que você leia a Unidade III do livro-texto de administração financeira, da 
página 55 a 57.
Agora que você já fez a leitura das páginas recomendadas, você já tem uma noção do assunto que 
abordaremos nessa unidade. Pois vamos aprender sobre como to- mar a decisão corretasobre 
investimentos de capital. 
Vamos começar?
Bons estudos!
Para início de conversa
Os empresários estão sempre buscando investir para tentar aumentar o capital de suas empresas. Mas, 
para que eles tomem decisões corretas, é necessário conhecer bem esses investimentos, analisar o risco 
e o retorno que eles trazem e escolher entre as diversas alternativas de investimentos o projeto que 
apresente um maior retorno financeiro para a empresa. 
Existem várias técnicas que utilizadas em conjunto, nos permitem escolher a melhor alternativa de 
investimento. Iremos abordá-las aqui e discutirmos as vantagens e desvantagens que cada uma dessas 
técnicas oferece para fazermos a melhor escolha entre as alternativas de investimentos.
A princípio é necessário que você conheça o significado da palavra investimento. Investir significa aplicar 
um recurso que pode ser, título ou dinheiro, com a expectativa de recebimento de um valor futuro que 
compense tal investimento. É importante destacar que o investimento pode ser classificado em dois tipos, 
investimento bruto e investimento líquido.
2
O investimento bruto corresponde ao capital aplicado em bens de capital. Os bens de capital são bens 
utilizados para a produção de outros bens, por exemplo, a aquisição de uma nova máquina, matéria prima 
de estoque e qualquer outro instrumento diretamente relacionado à produção. É válido destacar que os 
bens adquiridos, com o passar do tempo e o uso se desgastam, esse “envelhecimento” recebe o nome de 
depreciação. 
Já o investimento líquido exclui os gastos com manutenção e reposição de peças e a depreciação dos 
equipamentos das instalações. Desta forma, se quisermos saber o valor líquido de um investimento, basta 
subtrair do investimento bruto o valor gasto com a manutenção, reposição de peças e a depreciação deste 
item.
É válido destacar que todo o investimento tem um risco, compete ao investidor optar por aquele que oferece 
maiores possibilidades de retorno e menores riscos. Vamos estudar mais a frente como o administrador 
financeiro pode investir sem prejudicar a saúde financeira da organização.
orÇaMenTo de caPiTal
O orçamento de capital é o estudo dos investimentos de longo prazo e seu retorno, sempre confrontando 
com o custo de capital – custo de oportunidade. O custo de oportunidade pode ser definido como o custo 
que se tem após renunciar uma oportunidade.
Vamos contextualizar este conceito, imagine que um empresário deseja investir R$ 200.000,00 em um 
ativo para a sua organização, no entanto, está em dúvida se compra três carros ou uma obra de arte. Caso 
ele opte em comprar os veículos, terá que abrir mão da obra de arte e assim, vice-versa. 
Outro conceito importante neste processo de escolha é o trade-off, esta expressão escrita na língua 
inglesa se refere como uma relação do tipo “perde-e-ganha” e está associada ao conflito que se tem ao 
fazer uma escolha.
Nesta linha de raciocínio, fica implícito que o processo de tomada de decisão, especialmente quando se 
fala em investimentos, está baseado no entendimento dos lados bons e ruins das escolhas efetuadas. O 
orçamento consiste na seleção de projetos aprovados e a quantificação de recursos a serem alocados. 
O orçamento de capital apresenta como características: o impacto de suas decisões é de longo prazo, 
o risco envolvido é alto, há grande dificuldade em se conhecer o momento adequado do investimento, 
o orçamento de capital proporciona maior racionalidade à decisão de investimento e pode melhorar a 
decisão de financiamento. 
Pois as decisões de investimento de capital envolvem a avaliação e seleção de pro- postas de 
investimentos de recursos financeiros por um prazo superior a um ano, com o objetivo de propiciar retorno 
aos proprietários desse capital.
Ao fazermos a avaliação do orçamento de capital, deveremos considerar dois fatores como: a estimativa 
de fluxo de caixa livre de cada projeto e a determinação de qual custo de capital deve ser considerado 
para descontar esses fluxos, tendo em vista que o custo de capital é afetado pelo risco dos negócios e 
pelo risco financeiro de cada projeto.
3
O custo de capital é o retorno mínimo exigido de um novo investimento, é a taxa de retorno que uma 
empresa deve pagar aos investidores a fim de induzi-los a comprar ações, debêntures e outros papéis que 
a empresa possa emitir. 
O retorno exigido pelos investidores, no caso de capital próprio, ou pelos intermediários financeiros, no 
caso de capital de terceiros, determina o custo do capital da empresa. 
Esse custo de capital será muito utilizado nessa unidade, pois ele pode aparecer com o nome de custo 
de capital, ou como custo de oportunidade ou também como Taxa Mínima de Atratividade (TMA), todos 
representando um verdadeiro termômetro para nós analisarmos entre as diferentes alternativas de capital 
e escolhermos o investimento de capital que apresente o maior retorno para os investidores.
Guarde essa ideia!
O orçamento é o plano financeiro de uma empresa. Sua função é criar marcos financeiros 
para que a estratégia empresarial seja implementada. Nele devem estar descritas as 
prioridades da alta direção para o ciclo financeiro no qual está sendo planejado. 
Além disso, o orçamento constitui-se como uma ferramenta de controle no qual deve 
ser utilizado como parâmetro pelos gestores, em especial pelo administrador financeiro, 
a fim de monitorar o desempenho financeiro da organização.
Para darmos continuidade a nossa conversa sobre orçamento de capital, será neces- sário que você pare e 
pegue seu livro-texto de Megliorini e faça a leitura da página 58 até a página 61. Nessas páginas você irá 
aprender sobre uma ferramenta muito importante para análise de investimentos, que é o fluxo de caixa.
leiTura coMPleMenTar
Caro(a) aluno(a), caso você tenha interesse em aprofundar os seus conhecimentos em 
Orçamento Empresarial, recomendo que você adquira o livro “Orçamento Empresarial: 
Planejamento e Controle Gerencial” do autor Fábio Frezatti.
Neste livro da editora Atlas, o autor mostra em detalhes a importância do controle 
orçamentário e o uso do orçamento de maneira estratégica nas organizações. 
Informo que trata-se de uma leitura complementar cujo conteúdo não será abordado nas avaliações, 
questionários e fóruns desta disciplina.
fluxo de caixa
O fluxo de caixa é uma ferramenta bastante utilizada na avaliação de investimentos, pois essa 
demonstração financeira apresenta uma estrutura que permite fazer pro- jeções do lucro que a empresa 
terá com os investimentos e, assim, poder calcular a viabilidade do projeto de investimento.
4
Para elaborarmos o fluxo de caixa da empresa, precisaremos conhecer o valor do investimento inicial, ou 
seja, o valor do dinheiro para fazer o investimento que pode ser, por exemplo, a compra de uma máquina 
ou de um veículo precisa saber o valor das entradas de caixas líquidas, que correspondem às receitas que 
o projeto propor- cionará deduzido dos custos e despesas operacionais, e o fluxo de caixa residual, que 
corresponde ao valor residual do projeto gerado pela receita líquida da empresa pela venda do ativo ao 
final de sua vida útil do projeto.
você sabia?
O fluxo de caixa é mais um instrumento da gestão financeira no qual projeta olhando 
para o futuro as entradas e saídas de recursos financeiros de uma organização. Assim, 
é possível “prever” como será o saldo de caixa para o período futuro projetado neste 
instrumento. Além disto, o fluxo de caixa é uma ferramenta fácil de ser elaborada e 
proporciona um “norte” aos gestores em relação aos investimentos futuros. 
Agora que você aprendeu sobre o conceito do fluxo de caixa, vamos estudá-lo aplicando na prática.
PraTicando
Para vermos se você entendeu o que foi discutido sobre fluxo de caixa, vamos imaginar a seguinte 
situação: a empresa Alfa LTDA está pensando em ampliar seus negócios em um novo mercado e, para 
isso, necessita criar um novo produto, cujo projeto terá uma vida útil de cinco anos, mas, paratanto é 
necessário fazer investimentos como: a compra de uma máquina no valor de R$ 100.000,00 (Cem mil 
reais) e não haverá venda de nenhum ativo antigo, já que não se trata de substituição de equipamento. 
A empresa investirá também o valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) para ampliar o capital de giro 
da empresa, referentes ao investimento em estoque de materiais e duplicatas a receber. Sabendo que a 
fonte de capital para efetuar tais investimentos será totalmente de capital próprio e que a depreciação 
anual será no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 
Foi feita uma estimativa do valor das receitas proporcionadas pelo novo produto nos próximos cinco anos, 
assim como as previsões de todos os custos de fabricação que serão apresentados nas tabelas a seguir. 
Estima-se também que com a venda da máquina adquirida para a fabricação desse novo produto que após 
cinco anos de uso, seja gerada uma receita líquida, descontando o imposto de renda (IR) de R$ 50.000,00 
(Cinquenta mil reais). Vamos agora montar o fluxo de caixa para essa empresa Alfa LTDA.
???
5
Para calcularmos o fluxo de caixa do novo projeto da empresa Alfa LTDA, vamos inse- rir as informações 
na tabela a seguir e lembrando que a alíquota de Imposto de Renda considerada nessa questão será de 
30%, conforme apresentado na planilha de fluxo de caixa a seguir:
3
6
Agora que já encontramos o fluxo de caixa do projeto da empresa Alfa, vamos continu- ar nossa viagem 
no mundo das finanças e aprender sobre como faremos para avaliar a viabilidade desse projeto de inves-
timento. 
Para que você continue avançando no conhecimento sobre o assunto de análise de investimentos em 
longo prazo, é necessário que você pare por alguns instantes e pegue seu livro texto de Megliorini e 
faça uma breve leitura da página 62 até a página 63 para que você aprenda sobre os tipos de projetos de 
investimentos existentes.
TiPos de ProJeTos
Para analisar os projetos de investimentos é necessário entender que existem dife- rentes tipos de 
projetos:
•	 Projetos independentes são aqueles que concorrem entre si na disputa de um montante limitado 
de recursos, onde serão selecionados àqueles que economicamente forem mais atraentes;
•	 Projetos mutuamente excludentes são aqueles que possuem a mesma finalidade ou atendem ao 
mesmo objetivo, onde a aprovação de um eliminará automaticamente os demais;
•	 Projetos contingentes são aqueles que dependem da aprovação de outros ou cujos resultados são 
afetados por outros projetos.
Logo mais vamos aprender como avaliar os projetos mutuamente excludentes, mas antes vamos aprender 
sobre as técnicas de avaliação de investimentos.
Técnicas de avaliação de projetos de investimentos
Existem diferentes técnicas de avaliação de projetos de investimentos para que as empresas tomem a 
decisão correta em relação aos investimentos a serem realizados. 
São muitos os métodos para avaliação de projetos, pois existe aquele que auxilia a encontrar o tempo 
necessário para que o projeto comece a dar retorno, que é o cha- mado Payback (tempo de retorno), e 
também existem outros métodos que consideram o fluxo de caixa descontado como o Valor Presente 
Líquido (VPL) ou a Taxa Interna de Retorno (TIR).
Para cada um desses métodos é necessário conhecer também a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) do 
projeto, que é uma taxa mínima de retorno exigida pelos in- vestidores do projeto e que serve de base de 
comparação para avaliar os projetos de investimentos.
Mas, para que você possa entender melhor os assuntos que serão tratados no próxi- mo tópico, é preciso 
que você pare e faça uma leitura no livro-texto de Megliorini, da página 63 até a página 73.
7
acesse o aMbienTe virTual
Para complementar o seu conhecimento sobre o assunto, você deverá ir até a biblioteca 
virtual e fazer a leitura do livro de “Princípios de Administração Financeira” do autor 
Lawrence J. Gitman, no capítulo 9, da página 366 até a página 373.
Payback simples ou Tempo de retorno (Tr)
O Payback Simples permite fazer uma análise do prazo de recuperação do capital investido, sem 
remuneração. Ou seja, ele calcula o prazo de retorno do investimento, permite-nos calcular em quanto 
tempo o investimento realizado será pago. Vamos ver como isso funciona na prática? Vamos calcular o 
payback simples dos fluxos de caixa
líquido a seguir:
Logo, de acordo com o quadro acima, vemos que, de acordo com fluxo de caixa acu- mulado o projeto 
começou a dar retorno entre os anos dois e três, vamos encontrar o prazo certo de retorno desse 
investimento.
Payback Simples = 2 anos e 50/400 = 0,125, ou seja, 2,125 anos.
Para transformarmos esse valor em meses e em dias, faremos uma regra de três sim- ples, pois essa 
fração de anos de 0,125 será multiplicada por 12, considerando que um ano tem doze meses, onde 
encontraremos 1,50 meses, e, para encontramos em dias, pegaremos a fração de 0,50 que sobrou e 
multiplicaremos por trinta, consideran- do que um mês tem trinta dias, logo o payback simples desse 
projeto é de 2 anos, um mês e quinze dias.
Para resuMir
Caro(a) aluno(a), vimos na primeira unidade como fazer o cálculo da regra de três simples. Caso você tenha 
dificuldades, recomendo que você releia o primeiro guia no tópico que aborda a matemática elementar.
Payback Simples = 2 anos, 1 mês e 15 dias.
8
O Payback Simples apresenta como vantagens ser uma técnica fácil de entender, é conservador em favor 
da liquidez e leva em consideração a incerteza no tocante a pe- ríodos mais longínquos. 
Porém o Payback Simples apresenta como desvantagens, o fato de não levar em consideração o custo do 
dinheiro no tempo, exige um período de retorno arbitrário para poder fazer a comparação para decidir, tende 
a rejeitar projetos de longo prazo de maturação e despreza o benefício dos fluxos de caixa posteriores.
Essa técnica recebe muitas críticas, principalmente pelo fato de não levar em consi- deração o custo 
do dinheiro no tempo, ou seja, não foi utilizada nenhuma taxa mínima de atratividade para descontar 
o fluxo de caixa, por isso, para tentar corrigir essa dis- torção do payback simples, foi criado o payback 
descontado.
Payback descontado
O Payback Descontado apresenta como vantagens o fato de procurar corrigir o efeito do custo do dinheiro 
no tempo, quando comparado ao payback simples, é conserva- dor em favor da liquidez e leva em 
consideração a incerteza no tocante a períodos mais longínquos. 
Porém, o Payback Descontado apresenta como desvantagens o fato de exigir um período de retorno 
arbitrário para poder fazer a comparação ao decidir, tende a rejeitar projetos de longo prazo de maturação 
e despreza o benefício dos fluxos de caixa posteriores.
Para calcular o Payback Descontado, é necessário encontrar o valor presente de cada fluxo de caixa, de 
acordo com a taxa mínima de atratividade (TMA) do projeto. Para descontar o fluxo de caixa deveremos 
utilizar a fórmula do valor presente:
 (Fórmula 2.3.2.1)
Onde:
VP = valor presente do fluxo de caixa de cada período descontado para a data do investimento inicial;
VF = valor futuro, que corresponde ao valor do fluxo de caixa de cada período; i = taxa mínima de atratividade 
ou taxa de desconto do projeto;
n = número de períodos do projeto.
Vamos continuar calculando o payback descontado do fluxo de caixa da sessão ante- rior e vamos 
considerar uma taxa mínima de atratividade de 10% ao ano.
9
Logo, de acordo com o quadro acima, vemos que segundo o fluxo de caixa acumula- do, o projeto começou 
a dar retorno entre o ano dois e três, vamos encontrar o prazo certo de retorno desse investimento.
Payback Descontado = 2 anos e 111,57/300,53 = 0,37, ou seja, 2,37 anos.
Para transformarmos esse valor em meses e em dias, faremos uma regra de três sim- ples, pois essa fração 
de anos de 0,37 será multiplicada por 12, considerando que um ano tem doze meses, onde encontraremos 
4,44 meses, e, para encontrarmos em dias, pegaremos a fração de 0,44 que sobrou e multiplicaremos por 
trinta,considerando que um mês tem trinta dias, logo o payback descontado desse projeto é de 2 anos, 
quatro meses e treze dias.
Payback Descontado = 2 anos, 4 meses e 13 dias.
Para resuMir
Com isso, vemos que o payback descontado apresentou um tempo de retorno maior do que o payback 
simples, porém, embora tenha corrigido a miopia financeira causa- da pelo payback simples que não 
leva em consideração o valor do dinheiro no tempo, essa técnica ainda apresenta a desvantagem de 
não ter uma base de comparação para saber qual o tempo correto do projeto, além de punir projetos que 
apresentem um tempo de maturação maior e também não avalia o que ocorre depois que o inves- timento 
foi pago. 
Por isso, vamos continuar analisando outras técnicas que buscam corrigir essas distorções do payback e 
que são consistentes e mais bem vistas no mundo financeiro para avaliação de investimentos.
valor Presente líquido (vPl)
O Valor Presente Líquido (VPL) é o valor presente do fluxo de caixa livre do projeto, descontado ao custo 
de capital da empresa. O valor presente Líquido (VPL) é dado pela seguinte equação:
 (Fórmula 2.3.3.1)
10
Onde:
VPL = valor presente líquido;
I = investimento inicial realizado no ano zero; FCt = Fluxo de caixa líquido de cada período;
i = taxa mínima de atratividade ou taxa de desconto do projeto; t = número de períodos do projeto.
Os critérios de avaliação do Valor Presente Líquido (VPL) são: caso ele seja maior do que zero, o projeto é 
viável, pois apresenta um retorno maior do que o custo de capital; 
Caso ele seja menor do que zero, o projeto é inviável, pois apresenta um retorno menor do que o custo 
de capital; e caso ele seja igual a zero é indiferente, pois ficará a critério do investidor a escolha, já que o 
projeto não apresenta nem lucro nem prejuízo.
Vamos calcular o valor presente líquido (VPL) do fluxo de caixa apresentado acima e verificar se o projeto 
é viável ou não. Para fazermos isso, vamos colocar os valores do fluxo de caixa na fórmula 2.3.3.1.
Logo, o projeto é viável, pois apresenta um valor presente líquido maior do que zero no valor de Cento 
e oitenta e oito reais e noventa e seis centavos (R$ 188,96). Outra forma de encontrar o Valor presente 
líquido (VPL) é utilizando a calculadora financeira
HP 12C e você só precisa seguir os seguintes passos: primeiro você vai limpar toda memória da sua 
calculadora e depois inserir cada um dos valores dados e apertando as teclas solicitadas a seguir:
500 [CHS] [g] [CFo]
200 [g] [CFj]
250 [g] [CFj]
400 [g] [CFj]
10 [i]
f [NPV]
Quando você inserir todos os dados e apertar as teclas f [NPV] na HP 12C, você encontrará o Valor presente 
Líquido do projeto no mesmo valor que calculamos na fórmula acima. É muito simples de encontrar o VPL 
utilizando a calculadora financeira. Vamos lá! Agora é sua vez, pegue a sua calculadora e tente calcular 
o VPL do projeto acima.
As vantagens do Valor Presente Líquido (VPL) são: é uma ferramenta consistente matematicamente, leva 
em consideração o valor do dinheiro no tempo e apresenta um valor em espécie. 
As desvantagens do Valor Presente Líquido (VPL) são: existe uma dificuldade de identificação da taxa de 
desconto e as formas existentes de se obter a verdadeira taxa de desconto são complexas.
11
Taxa interna de retorno (Tir)
A taxa interna de Retorno (TIR) é uma taxa implícita a polinômios de grau “n” capaz de zerar o Valor 
Presente Líquido (VPL). A Taxa Interna de Retorno (TIR) corresponde à rentabilidade auferida com a 
operação.
O critério de decisão da Taxa Interna de Retorno (TIR) consiste em: caso a Taxa Interna de Retorno (TIR) 
seja maior do que a Taxa Mínima de atratividade (TMA), o projeto é viável; caso a Taxa Interna de Retorno 
(TIR) seja menor que a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), o projeto é inviável; e caso a Taxa Interna de 
Retorno (TIR) seja igual à Taxa Mínima de Atratividade (TMA), a decisão é indiferente e fica a critério do 
investidor.
A Taxa Interna de Retorno (TIR) pode ser calculada pelo método de tentativa e erro conforme foi apresentado 
no livro texto de Megliorini, mas é uma forma muito comple- xa para encontrar essa taxa. Por isso, é 
interessante utilizar a calculadora financeira HP 12 C e seguir os seguintes passos para encontrar o valor 
da TIR do projeto estu- dado acima:
500 [CHS] [g] [CFo]
200 [g] [CFj]
250 [g] [CFj]
400 [g] [CFj]
10 [i]
f [IRR]
Quando você inserir todos os dados e apertar as teclas f [IRR] na HP 12C, você en- contrará a Taxa Interna 
de Retorno (TIR) do projeto no valor de 27,95%, o que significa que o projeto é viável, porque a TIR do 
projeto no valor de 27,95% é maior do que a Taxa Mínima de Atratividade, que é de 10%.
A Taxa Interna de Retorno (TIR) apresenta como vantagens ter uma boa relação com o Valor Presente 
Líquido (VPL) e, normalmente, levar a decisões idênticas e também é fácil de entender e transmitir, quando 
se conhece o Valor Presente Líquido (VPL). 
Porém apresenta como desvantagens o fato de poder apresentar multiplicidade de Taxa Interna de Retorno 
(TIR) para casos de fluxos de caixa que alternem o sinal e em decisões de projetos de investimentos 
mutuamente excludentes podem conduzir a decisões equivocadas.
Nesse projeto que estamos analisando, o VPL e a TIR levaram a decisões idênticas, pois ambos apontaram 
que o projeto é viável, uma vez que apresenta um VPL maior do que zero e uma TIR maior do que a TMA. 
Porém existem casos como, por exemplo, com os projetos mutuamente excludentes que tais técnicas 
levam a decisões diferentes. Vamos tratar desse assunto na próxima sessão.
avaliaÇÃo de ProJeTos MuTuaMenTe eXcludenTes
Os projetos mutuamente excludentes são projetos cujas restrições orçamentárias ou de localização 
impõem que se aceite um em detrimento do outro como, por exemplo, construir num dado terreno um 
posto de combustíveis ou uma escola. 
12
Nesses projetos nem sempre aquele que apresenta a maior TIR é o melhor. Na verdade, deve-se parar 
para analisar o que deve ser feito com a parte do recurso não investido em um dos projetos.
Vamos supor que um investidor que possui um custo de capital de 8% ao ano tem, em carteira, dois 
projetos de investimento que visam reduzir custos de produção: o pro- jeto A requer um investimento 
inicial de R$ 10.000 e ele gera uma redução de custos no valor de R$ 3.000,00, durante 5 anos, sem valor 
residual; e o projeto B requer um investimento inicial de R$ 20.000 e ele gera uma redução de custos no 
valor de R$ 5.550,00, durante 5 anos, sem valor residual. E agora qual projeto deverá ser aceito o projeto 
A ou o projeto B?
Para começarmos a análise, vamos calcular o Valor presente Líquido (VPL) e a Taxa interna de Retorno 
(TIR) de cada um dos projetos. Ao calcularmos o VPL e a TIR na calculadora Financeira HP 12C, deparamo-
nos com a seguinte situação:
E agora, vemos pelo quadro acima que ambos os projetos são viáveis, pois apresen- tam o VPL maior 
do que Zero e a TIR maior do que a taxa de desconto. Mas qual deles deverá ser escolhido? O projeto A 
apresenta uma Taxa Interna de Retorno maior do que o projeto B, porém o projeto B apresenta um Valor 
presente Líquido maior.
O projeto B deve ser aceito, pois é o projeto que possui maior VPL. Pois o Valor pre- sente Líquido, 
de acordo com Gitman (2010, p. 378), em termos puramente teóricos, o VPL é a melhor abordagem ao 
orçamento de capital. 
Pois, o uso do VPL pressupõe de forma implícita que quaisquer entradas de caixa intermediárias geradas 
por um investimento sejam reinvestidas ao custo de capital da empresa. Além de que a TIR pode levar a 
decisões errôneas em casos de projetos mutuamente excludentes.
13
Para que tenhamos certeza de que o Projeto B deverá ser aceito, vamos fazer o chamado fluxo de caixa 
do projeto incremental. Pois o projeto incremental é a diferença entre o maior e o menor valor de projeto. 
Nesse caso, seria a diferença entre o projeto B e o projeto A. 
Com isso, estamos avaliando se aceitássemos a hipótese de investir no projeto menor(projeto A), o que 
aconteceria com o restante do capital? 
Caso o fluxo de caixa do projeto incremental apresente um VPL maior do que zero e uma TIR maior do 
que a TMA, isso confirma a hipótese de que o projeto B é o projeto que deverá ser aceito. E agora vamos 
verificar se a nossa hipótese está correta?
Com isso, comprovamos a hipótese de que o Projeto B é o projeto que deve ser acei- to, pois ele apresenta 
maior VPL e o fluxo de caixa do projeto incremental apresenta um VPL maior do que uma TIR maior do que 
a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que é de 8%.
14
Palavra final
Caro(a) aluno(a),
Assim concluímos a terceira unidade da nossa disciplina. Espero que você tenha assimilado os 
conhecimentos repassados através deste guia de estudos. 
Oriento que você também leia com atenção o seu livro-texto, disponível no seu ambiente virtual. Além 
disto, assista as videoaulas com bastante atenção. 
Agora, você deve ir ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e realizar as atividades referentes ao 
conteúdo aprendido nesta unidade. Tenho certeza que terá um excelente desempenho na avaliação.
Lembre-se: Caso tenha alguma dificuldade de entendimento, consulte seu tutor, ele irá direcionar o seu 
processo de aprendizado e esclarecer suas dúvidas.
Na Unidade IV, iremos estudar em detalhes o capital de giro. 
Nos encontramos na próxima unidade.
Até lá!
Gestão Financeira
UNIDADE 2
1
 
Palavras do Professor
Prezado(a) aluno(a), 
Na unidade anterior você estudou sobre a origem do dinheiro e sua importância em uma sociedade, além 
disto, aprendeu a diferença entre os juros simples e compostos, a inflação considerando seus tipos e a 
importância da educação financeira no âmbito pessoal. 
A partir destes conceitos introdutórios, daremos início ao segundo guia de estudo. Espero que você tenha 
assimilado todo o conhecimento da primeira unidade, caso contrário, recomendo que você refaça a leitura 
do guia de estudos e do livro-texto, complemente sua revisão assistindo novamente à videoaula.
Nesta unidade, trataremos a Administração Financeira sob a perspectiva empresarial. Dentre os assuntos 
que serão abordados estão a configuração do Sistema Financeiro Nacional, a lógica de dois documentos 
contábeis (o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE), a estrutura e custo 
de capital.
Estes assuntos são primordiais para que possamos cumprir o nosso objetivo de conhecermos as aplica-
ções da área de finanças em uma empresa. 
Para que você entenda o que será tratado nesta unidade, será preciso que você pare para fazer uma leitu-
ra no livro-texto de Administração Financeira do autor Megliorini, disponível na biblioteca virtual. Por en-
quanto, é preciso que você leia a Unidade II do livro-texto de Administração Financeira, da página 29 a 32.
Agora que você já fez a leitura das páginas recomendadas, já tem uma noção do assunto que aborda-
remos na unidade. Pois, vamos aprender como tomar a decisão correta sobre fontes de financiamentos.
Essa é a primeira questão que surge quando uma pessoa vai abrir uma empresa, afinal, para abrir uma em-
presa, é necessário ter capital para financiar as operações dessa empresa. E como conseguir esse capital? 
Os empresários podem recorrer aos seus sócios, o que seria chamado de capital próprio, que é o dinheiro 
advindo dos sócios ou acionistas da empresa, ou seja, dos proprietários da empresa. Ou os empresários 
poderiam recorrer a empréstimos e financiamentos de fontes externas à empresa, o que seria chamado 
de capital de terceiros. 
Ou, de repente, dependendo do custo de cada fonte de capital, eles poderiam fazer uma combinação de 
cada um dos capitais, próprios e de terceiros, para conseguir financiar suas atividades. Assim, compete 
ao administrador financeiro avaliar tais opções e verificar aquela que irá proporcionar maior satisfação 
ao investidor. 
Vamos começar?
Bons estudos!
2
1. sistema financeiro Nacional
 
Caro(a) aluno(a), antes de estudarmos a administração financeira com ênfase nas atividades empresa-
riais, é importante que você conheça o Sistema Financeiro Nacional. Com isto, verá que há um conjunto 
de órgãos que visam a estabilidade econômica do país e a segurança financeira nas operações realizadas 
por pessoas físicas e jurídicas. 
 
Guarde essa ideia!
O Sistema Financeiro Nacional é formado por instituições, cujo objetivo é transferir recursos dos agentes 
econômicos superavitários para os deficitários. O agente superavitário é aquele em que há um superávit, 
ou seja, aquele que tem o excedente, o lucro. Já o deficitário é o que apresenta um déficit de capital.
De forma complementar, também podemos definir o Sistema Financeiro Nacional como o conjunto de ins-
tituições que se propõem a gerir a política monetária do Governo Federal. Veja abaixo o que a Constituição 
Federal do Brasil cita em relação ao Sistema Financeiro Nacional:
“Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimen-
to equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o 
compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares 
que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o 
integram.” Fonte: http://sereduc.com/rz3jVD
O Sistema Financeiro está dividido em três níveis: órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores:
a) Órgão normativo
- Conselho Monetário Nacional (CMN): É o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional e tem 
como responsabilidade formular a política da moeda e crédito do nosso país, buscando a estabilidade e o 
crescimento econômico da nação.
Vimos no guia da unidade anterior, a desvalorização da moeda fez com que houvesse sucessivas mudan-
ças na nossa moeda e, apenas a partir do Plano Real foi possível alcançar um patamar de equilíbrio da 
nossa moeda, principalmente na sua equiparação com dólar.
Dentre as principais funções do Conselho Monetário Nacional podemos destacar:
a) Autorizar a emissão do papel moeda;
b) Fixar as diretrizes e normas da política cambial;
c) Regulamentar as operações de câmbio;
d) Acionar medidas de prevenção e correção de desequilíbrios.
Instituição 
Financeira
Agente 
Superavitário
Agente 
Deficitário
http://sereduc.com/rz3jVD
3
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é formado pelo Ministro da Fazenda, este é o Presidente do Con-
selho; pelo Ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e pelo Presidente do Banco Central do 
Brasil (BACEN).
b) Órgãos supervisores:
- Banco Central (BaCeN): Foi criado em 1964 a partir da Lei 4.595 com a finalidade de ser o principal 
executor das ações traçadas pelo Conselho Monetário Nacional. Dentre seus objetivos destacam-se:
a) Zelar pela liquidez da economia;
b) Manter as reservas internacionais em nível adequado;
c) Estimular que a população poupe dinheiro;
d) Zelar pela estabilidade do sistema financeiro.
Vamos “pincelar” alguns termos apresentados: 
A liquidez citada acima se refere à capacidade de um ativo se transformar em caixa. Vamos a um exemplo 
prático... O que é mais fácil de se vender, uma barra de ouro ou um prédio de uma fábrica? 
 
Você pode se dirigir a uma instituição que compre o ouro e fazer a transação de forma rápida, o mesmo 
não acontece com a venda de um prédio tendo em vista os trâmites burocráticos e legais da venda. Logo, 
o ouro tem maior liquidez que o prédio.
A poupança é um importante instrumento financeiro a saber que, o dinheiro que as pessoas tomam em-
prestado dos bancos são oriundos do dinheiro depositados na poupança, ao estimular a poupança, o 
BACEN está possibilitando a solidez do sistema financeiro.
Em linhas gerais, os objetivos do BACEN são manter a estabilidade do poder de compra da moeda e um 
sistema financeiro sólido, eficiente e protegendo a sociedade dos altos níveis de inflação.
- Comissão de valores Mobiliários (CvM): Trata-se de uma autarquia vinculada ao Ministério da 
Fazenda cujo objetivo é disciplinar,fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários. Ela surgiu 
para defender os interesses do investidor e das instituições no processo de negociação dos seus títulos.
Vamos entender importância da Comissão de Valores Mobiliários na prática através do seguinte exemplo:
As empresas, visando a aquisição de capital com baixos juros, podem optar em “vender” partes de suas 
ações para terceiros, possibilitando assim uma capitalização. 
O processo de venda e aquisição de ações é regulamento pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
Logo, as empresas podem optar em captar recursos para financiar suas atividades junto ao público, obter 
os recursos necessários para realizar suas atividades.
4
diCas
A principal função da Comissão de Valores Mobiliário é fiscalizar a emissão e negociação 
de títulos das empresas de capital aberto, protegendo os interesses dos investidores 
garantindo a estabilidade no mercado de ações.
É imprescindível que você conheça, ao menos dois títulos negociados no mercado de ações, tratam-se das 
ações e das debêntures.
As ações representam uma “fração” do capital social de uma empresa. Para que uma empresa venda suas 
ações para o público, é necessário que haja a autorização da Comissão de Valores Mobiliários e tornando-
-se assim uma companhia de capital aberto. 
Como a ação é uma “fração” do capital de uma empresa, o dono das ações é considerado sócio dela, 
podendo ter direito ao voto, participar dos lucros e também arcando com possíveis prejuízos da empresa.
Já as debêntures são dívidas, que podem ser de médio e longos prazos. São emitidos por empresas do 
tipo sociedade anônima que devem ser pagos pela empresa com juros e correção monetária.
leitura CoMPleMeNtar
Caro(a) aluno(a), o assunto relacionado à Comissão de Valores Mobiliários é bastante 
rico e extenso. Sugiro que você aprofunde os conhecimentos lendo o conteúdo dispo-
nível clicando aqui.
O conteúdo deste material não será abordado diretamente nos fóruns, questionários ou avaliações.
- superintendência de seguros Privados (suseP): É o órgão responsável pelo mercado de seguro, 
previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Sua missão é:
“Regular, supervisionar e fomentar os mercados de seguros, resseguros, previdência com-
plementar aberta, capitalização e corretagem, promovendo a inclusão securitária e previ-
denciária, bem como a qualidade no atendimento aos consumidores.” Fonte: http://sereduc.
com/oGLvc5
Caro(a) aluno(a), através do link acima você pode conhecer a SUSEP em maiores detalhes.
- superintendência Nacional de Previdência Complementar (PreviC): Este órgão é responsável 
por fiscalizar e supervisionar as entidades fechadas de previdência complementar e colocar em prática 
políticas direcionadas ao regime de previdência complementar. 
http://www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/primeiros_passos/Entendendo_mercado_valores.html
http://www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/primeiros_passos/Entendendo_mercado_valores.html
http://sereduc.com/oGLvc5
http://sereduc.com/oGLvc5
5
Além disto, este órgão apura e juga as infrações cometidas pelas entidades fechadas de previdência 
complementar, visando maior transparência e confiabilidade nas operações.
Caro(a) aluno(a), a previdência complementar é um benefício que proporciona ao trabalhador um seguro 
previdencial extra, ou seja, além dos rendimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) este 
capital pode trazer maior segurança na aposentadoria, ou em casos de morte, acidente, dentre outros. 
Esta modalidade de investimento vem sendo cada vez mais adotada pelo brasileiro, principalmente pelo 
fato dos baixos valores pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). 
leitura CoMPleMeNtar
Acesse o link a seguir. Especialistas dão dicas sobre a previdência privada. 
Clique aqui para acessar.
Esta leitura é complementar e o conteúdo disponível no link não será abordado nos questionários, fóruns 
ou avaliações.
c) entidades operacionais:
Nesta categoria se enquadram os bancos comerciais (Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvi-
mento Econômico e Social – BNDES, Caixa Econômica Federal, dentre outros.), a Bolsa de Mercadorias e 
Futuros e a Bolsa de Valores. 
Se encaixam também nesta categoria as resseguradoras, as sociedades seguradoras, as sociedades de 
capitalização e as entidades abertas de Previdência Complementar. Estas estão supervisionadas pela 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
Também estão neste contexto as entidades fechadas de previdência complementar, estas são supervisio-
nadas pela Superintendência de Previdência Complementar, a PREVIC na qual você leu no tópico anterior.
leitura CoMPleMeNtar
Sugiro que você complemente os estudos sobre o Sistema Financeiro Nacional lendo a 
Lei 4.595/1964 que está disponível clicando aqui.
Esta leitura é complementar, contudo o entendimento do seu conteúdo irá auxiliá-lo durante as avalia-
ções, questionários e fóruns.
Antes de darmos continuidade ao conteúdo deste guia de estudos é importante que você entenda a dife-
rença entre a contabilidade gerencial e a financeira:
http://economia.estadao.com.br/blogs/no-azul/quando-vale-a-pena-investir-em-previdencia-privada/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm
6
A contabilidade financeira, também é chamada de contabilidade externa. É aquela responsável por for-
necer informações da empresa para os agentes que estão fora dela, tais como fornecedores, bancos, 
governo, dentre outros.
Já a contabilidade gerencial ou contabilidade de custos é considerada como contabilidade interna. É 
responsável por fornecer informações aos gestores, sócios e empregados orientando assim o processo de 
tomada de decisão.
diCas
A contabilidade gerencial não segue orientações legais quanto aos procedimentos to-
mados durante a elaboração dos seus documentos. Compete ao gestor determinar os 
parâmetros para elaboração dos documentos. O mesmo não pode acontecer com os 
documentos que são elaborados para fins externos, pois o profissional da área contábil 
necessita seguir as orientações legais.
Agora que você entendeu a diferença entre a contabilidade financeira e a gerencial, vamos estudar as 
duas principais demonstrações contábeis:
- Balanço Patrimonial: É a principal demonstração financeira existente nas empresas. Seu objetivo é 
evidenciar, de forma quantitativa e qualitativa a situação financeira e patrimonial de uma empresa. Uma 
das principais características desta demonstração é o agrupamento das contas nos grupos: ativo, passivo 
e patrimônio líquido.
O ativo se refere aos bens e direitos de uma empresa, estes são capazes de produzir benefícios econômi-
cos à instituição. 
Os bens podem ser classificados em bens imóveis (terrenos, prédios, etc.), bens tangíveis (se referem aos 
ativos que podem ser tocados, ou seja, bens materiais tais como veículos, terrenos, móveis, dentre outros) 
e bens intangíveis (se referem aos ativos que imateriais tais como a marca, uma patente, a localização 
da fábrica ou do ponto comercial. Ou seja, são itens que agregam valores à empresa, no entanto não é 
possível tocá-los).
Os direitos se referem aos recursos que a entidade deve receber, que irão gerar ganhos. Por exemplo, caso 
a empresa empreste dinheiro ou tenha algum imóvel alugado a um terceiro, o valor a receber é um direito 
e constituem parte do seu ativo.
Já o passivo se refere às obrigações da empresa com terceiros, tais como compromissos com fornecedo-
res, empréstimos bancários, salários dos colaboradores a pagar, energia, impostos, dentre outros.
O patrimônio líquido é composto pelos recursos próprios a entidade. O patrimônio líquido é o resultado 
entre a subtração do ativo com o passivo (bens e direitos - obrigações). No próximo tópico será apresen-
tado um exemplo da composição do balanço patrimonial de uma empresa fictícia.
7
leitura CoMPleMeNtar
Caro(a) aluno(a), recomendo que você leia atentamente a página 33 do seu livro-texto, 
nela o Balanço Patrimonial é apresentado com

Continue navegando