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aula 5

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AULA 5 
ESTRATÉGIAS DE MÍDIAS 
SOCIAIS 
Prof.ª Anelise Ferraz Korilo 
2 
Nesta aula, serão abordados o conceito e os objetivos do monitoramento 
em mídias sociais e suas formas de aplicação. 
TEMA 1 – CONCEITO E OBJETIVOS 
O monitoramento de ações de comunicação e marketing não é algo novo. 
Pesquisas de marketing são aplicadas há bastante tempo para ajudar a entender 
a receptividade de determinado produto, quais os diferenciais percebidos, sua 
comparação com outro produto de um concorrente, entre outros fatores. 
Nesse contexto, pode-se dizer que o monitoramento é uma ação já 
reconhecida entre os profissionais de marketing. 
A diferença é que as pesquisas convencionais muitas vezes possuem um 
custo muito alto ao se comparar ao monitoramento de mídias sociais. 
Segundo Carvalho e Montardo (2012, p. 14), o monitoramento consiste em 
“aplicar metodologias diversas para acompanhar e compreender o que falam de 
determinada marca, seja no ambiente off-line, seja no mundo virtual”. 
Carvalho e Montardo (2012, p. 19) trazem uma definição mais voltada ao 
mercado de comunicação digital, defendendo que o “monitoramento de mídias 
sociais diz respeito a acompanhar e avaliar o que vem sendo dito sobre produtos, 
serviços e pessoas em sites de redes sociais, com fins de gerenciamentos de 
marca”. 
Complementando as definições em comunicação digital, Silva afirma que 
“o Monitoramento de Mídias Sociais consiste na coleta, armazenamento, 
classificação, categorização, adição de informações e análise de menções online 
públicas a determinado(s) termo(s) previamente definido(s) e seus emissores” 
(2010, p. 43). 
Já Laine e Fruhwirth (2010, p. 195) contribuem com uma definição de 
monitoramento mais focada em softwares: 
ferramentas para monitoramento de mídias sociais são (na maioria da 
vezes) serviços de softwares oferecidos através da internet para filtrar e 
analisar o conteúdo baseados nas palavras-chave definidas pelos 
usuários. As ferramentas incorporam múltiplas funcionalidades, como 
análise de volume, fonte, autor, palavra-chave, região e sentimento, e 
reportam estas análises convenientemente de modo gráfico. 
Agora imagine que você entrou em um ambiente com muitas pessoas e 
que você gostaria de saber tudo o que está sendo falado em cada grupo. O 
famoso “queria ser uma mosquinha para saber o que eles estão falando”. Nas 
 
 
3 
mídias sociais, isso é possível, pois os usuários de internet estão dispostos a 
compartilhar suas opiniões e gerar todo tipo de conteúdo, proporcionando a 
capacidade de os profissionais de marketing reunirem essa inteligência 
competitiva. 
Além disso, o monitoramento online permite um preço mais baixo frente às 
pesquisas tradicionais, ter acesso muito mais rápido ao resultado das informações 
coletadas e, talvez o mais importante, coletar informações precisas e valiosas. 
O monitoramento online deve possuir um objetivo claro, traçado em 
conjunto com o planejamento das ações digitais. Entre os objetivos mais comuns, 
podem ser destacados os seguintes: 
1.1 Identificação e análise de reações 
É a classificação dos termos monitorados em sentimentos e desejos 
relativos a produtos, entidades e campanhas. Normalmente são classificados em 
positivo, negativo ou neutro. 
1.2 Identificação de oportunidades e ações a serem tomadas 
Nesse caso, o monitoramento online auxilia em tomadas de decisões 
reativas ou proativas. 
1.3 Reconhecimento dos públicos 
Permite identificar os públicos envolvidos com a marca, os perfis que 
influenciam, ativam ou consomem determinado produto ou serviço. 
1.4 Identificação de padrões de consumo 
Permite a coleta de informações para identificar sazonalidades de consumo 
e mapeamento de perfis que possam vir a adquirir produtos ou serviços. 
Segundo Salustiano (2014), o objetivo de realizar o monitoramento em 
mídias sociais “não é apenas saber o sentimento ou a opinião dos clientes por 
determinada marca, mas sim descobrir suas percepções de compra e uso, que 
vão ser transformadas em dados com diversas aplicações”. 
Complementando as possibilidades, Porto (2014, p. 122) cita que o 
monitoramento também pode auxiliar no SAC, atendendo e respondendo a 
dúvidas de consumidores; possibilitando a identificação de oportunidades, como 
 
 
4 
lançamentos de produtos para atender novas necessidades; coleta de feedback 
para melhoria de processos e identificação e prevenção de crises. 
TEMA 2 – MONITORAMENTO PARCIAL E TOTAL 
O processo de monitoramento em mídias sociais pode ser realizado de 
duas formas: com o monitoramento parcial e o monitoramento pleno. 
O monitoramento parcial consiste na utilização de ferramentas gratuitas 
que não permitem adição de informações e tratamento avançado de dados. Nesse 
caso, é necessário combinar ferramentas gratuitas como Google Reader + Google 
Alert para que depois os dados sejam tratados manualmente. 
Esse tipo de monitoramento pode ser utilizado quando há poucas menções 
sobre a marca, o monitoramento de marketing pessoal ou no caso de a empresa 
não possuir verba para esse tipo de ação. 
O monitoramento pleno permite utilizar em uma única plataforma diversos 
tipos de dados, agregando a coleta e o armazenamento de dados para uma 
análise mais profunda. 
Em seu artigo, Dourado (2012, p. 48-50) elenca os recursos indispensáveis 
que uma ferramenta de monitoramento deve possuir, como: gráficos, nuvem de 
palavras de acordo com categorização por tags, informações sobre a presença 
online de um determinado perfil monitorado (detrator, influenciador ou advogado 
da marca), filtro para palavras de uso comum, monitoramento de notícias e blogs, 
painel administrativo que permita responder a usuários dentro da própria 
plataforma, segmentação por idioma, localização geográfica e mídia, cruzamento 
entre monitoramentos e tags, acesso múltiplo para administradores da ferramenta, 
monitoramento de diferentes mídias sociais, como o Reclame Aqui, fornecimento 
de estatísticas por mídia monitorada, exportação e integração de dados. 
Além dos itens já citados, outros pontos a serem avaliados em um software 
de monitoramento pleno podem ser reunidos em uma proposta de checklist, 
conforme os exemplos citados a seguir: 
2.1 Busca 
Como funciona a busca da ferramenta? 
Quais mídias sociais ela abrange? 
 
 
 
5 
2.2 Qualidade da busca 
Até que ponto uma mídia social pode ser monitorada? Algumas redes, 
como o Facebook, possuem restrições por conta do seu algoritmo, mas há 
diferentes resultados/profundidade de busca entre softwares concorrentes. 
2.3 Configuração da busca 
É possível incluir ou excluir palavras-chave de busca facilmente? 
2.4 Limitação da busca 
As ferramentas de mercado possuem limitações de busca de acordo com 
o plano contratado. Nesse caso, é importante avaliar o volume esperado de 
menções, o objetivo do monitoramento e o valor a ser investido. 
2.5 Preço 
Avaliar o custo/benefício da ferramenta. 
2.6 Usabilidade 
A ferramenta possui uma navegação intuitiva? 
Se estiver na nuvem, é rápida? 
2.7 Exportação de dados 
Como os dados coletados são exportados, formatados, organizados? 
2.8 Acesso 
A ferramenta possibilita múltiplos perfis de acesso? Possui permissões e 
níveis de acesso? 
2.9 Atendimento e suporte técnico 
Há uma equipe de suporte, analistas e reports? Nesse caso, é 
recomendado avaliar as diferenças entre ferramentas brasileiras e estrangeiras. 
 
 
 
6 
2.10 Visualização de dados 
Avaliar se a ferramenta possui dashboards específicos, nuvem de tags, 
gráficos etc. 
TEMA 3 – PLANEJAMENTO 
Resumidamente, há três tipos de monitoramento: o de marca, o de 
comportamento e o de campanha/evento. O primeiro é contínuo e tem 
como resultado uma descrição fidedigna da saúde da marca nas mídias 
sociais. O segundo diz respeito ao mercado e às tendências que os 
consumidores apresentam, tem como resultado um arcabouço de 
oportunidades a serem estudadas.O terceiro, por fim, é pontual e traz 
como resultado um desenho do sucesso/insucesso de uma ação pontual 
da marca (Monteiro; Azarite, 2012, p. 61). 
Independente da categoria em que o monitoramento se enquadre, de modo 
geral ele vai atender a três principais objetivos: 
• Gerar insights; 
• Mapear riscos e oportunidades; 
• Embasar tomadas de decisões. 
Nesse contexto, Silva (2012) define as etapas envolvidas no planejamento 
do monitoramento online: briefing, demanda de informação, exploração inicial, 
ferramentas e configuração, classificação e polarização, análise e produção de 
relatórios. 
3.1 Briefing 
O briefing é o primeiro passo a ser estruturado em um plano de 
monitoramento. Nessa fase, é necessário entender bem a empresa para reunir o 
máximo de informações estratégicas internas e externas. 
Entre as internas, é possível levantar os seguintes elementos: histórico da 
empresa; missão, visão, valores; objetivos a médio e longo prazos; objetivo 
principal do monitoramento; histórico de comunicação online; existência de plano 
de comunicação e/ou mídia. 
Relacionado ao levantamento de informações externas, é importante 
identificar os principais concorrentes e influenciadores conhecidos: nome e 
variações da marca oficial dos concorrentes, distribuição dos produtos, público-
alvo e suas características, influenciadores da marca etc. 
 
 
7 
3.2 Demanda de informação 
Nessa etapa, é preciso entender os motivos de se colocar um plano de 
monitoramento em prática e quais informações devem ser extraídas do processo. 
Essas informações servirão de base para toda a configuração do monitoramento. 
3.3 Exploração inicial 
Para a exploração inicial, é necessário navegar pelos canais da empresa – 
sites, mídias sociais – para entender inicialmente em que canais se encontram os 
principais termos chave, as palavras mais utilizadas e os tipos de comentários. 
3.4 Ferramentas e configuração 
Esse é momento da pesquisa para escolha da ferramenta que será utilizada 
para o monitoramento: se serão ferramentas gratuitas (monitoramento parcial) ou 
pagas (monitoramento pleno). 
Após a definição da ferramenta a ser utilizada, é necessário identificar 
como os dados serão tratados. As informações coletadas devem ser registradas 
na ferramenta para possibilitar buscas futuras e o resgate de informações 
específicas como o conteúdo gerado por um perfil ou grupo específico. 
A definição das palavras-chave a serem monitoradas também faz parte 
dessa etapa. Podem ser buscados termos mais simples, com palavras que são 
diretamente ligadas ao universo do cliente, como o nome da empresa, marca ou 
produto; termos intermediários, com palavras combinadas para gerar mais 
assertividade; e termos avançados, que precisam ser trabalhados em associação 
com outros termos como hashtags específicas; termos irônicos etc. 
O processamento dos dados da ferramenta deve possibilitar seu 
cruzamento de forma amigável, mostrando visualmente itens como a medição do 
volume de conteúdo ao longo de um período, a distribuição demográfica etc. 
3.5 Classificação e polarização 
Ainda segundo Silva (2012), a “classificação é o processo pelo qual o 
conteúdo coletado recebe uma camada de informação extra, automatizada ou 
adicionada” por um profissional. 
 
 
8 
De modo geral, há as categorias de sentimento – chamadas de 
polarização (positivo, negativo e neutro) – e há também as 
referentes ao conteúdo – chamadas de tagueamento –, sendo que 
o plano de tagueamento e o de polarização, juntos, resultam no 
Plano de Classificação. (Monteiro; Azarite, 2012, p. 59). 
Quadro 1 – Processo de planejamento de classificação 
Definições Polarização Tagueamento 
Nível de maturidade 
pretendido 
Objetivo que será 
atingido com a 
polarização 
Objetivo que será 
atingido com o 
tagueamento 
Objetivo do 
monitoramento 
Polarização simples ou 
comportamental 
Tagueamento simples, 
complexo ou 
comportamental 
Tipo de monitoramento Definição de premissas 
gerais e solução de 
casos dúbios 
Definição de grupos de 
tags e suas 
subcategorias 
Métricas 
Fonte: Monteiro; Azarite, 2012, p. 62. 
A polarização é utilizada para medir a proximidade que a empresa possui 
com seu consumidor. A longo prazo, as classificações de sentimento auxiliam a 
entender como determinadas menções podem afetar uma marca, a imagem de 
um produto ou o processo de venda. 
Outro fator extremamente importante é a definição de categorias por 
temática e os tipos de emissores. 
Imagine que você atua em uma empresa que vende cartão de benefícios 
para colaboradores da indústria. É possível criar uma categoria “saúde” que 
desdobrará os emissores em cliente, imprensa, profissionais da área de saúde, 
etc. A partir dessa classificação, os usuários também poderão ser identificados a 
partir das menções corriqueiras e subclassificados entre emissores principais – 
aqueles que apenas mencionam a marca muitas vezes – e detratores e 
defensores – aqueles que comentam sobre a marca sob o aspecto de sentimentos 
negativos e positivos. 
 
 
 
9 
3.6 Análise e produção de relatórios 
Não há uma estrutura linear ou padrão para análises de monitoramento, 
entretanto é necessário estar atento aos padrões e potencialidades dos dados 
coletados. Com base neles e nos objetivos traçados é que cada empresa modela 
seus relatórios. 
Outro item que pode ser levado em consideração é a utilização do CRM em 
conjunto com o monitoramento online. Segundo Souza (2010, p. 45), isso “permite 
atribuir cada menção passível de resolução a um membro da equipe de 
comunicação. Esse tipo de ação pode trazer benefícios para a estratégia de 
relacionamento com o consumidor”. Essa atribuição permitirá posteriormente 
sistematizar ações, medições e relatos que poderão influenciar no relacionamento 
da empresa e seus consumidores. 
Segundo Muniz (2013), “o relatório de monitoramento deve ser parte de 
todo o processo, não apenas do final. Ele precisa seguir uma determinada lógica, 
que envolve o primeiro rascunho até a dinâmica da sua apresentação”. 
A autora continua a exploração do tema propondo alguns formatos de 
entrega de relatórios (Muniz, 2013): 
3.6.1 Relatórios diários 
Devem ser utilizados para entregas pontuais e urgentes com o objetivo de 
acompanhar situações específicas como o lançamento de um produto ou uma 
crise. 
3.6.2 Relatórios semanais e quinzenais 
Também são utilizados para entregas rápidas, porém podem orientar 
tomadas de decisão como ajustes e campanhas de lançamento, posicionamento, 
etc. 
3.6.3 Relatórios mensais 
Como a própria categoria informa, são utilizados para entregas mensais. 
 
 
 
 
10 
3.6.4 Relatórios trimestrais, semestrais ou anuais 
São mais utilizados para gerar a compilação de dados dos períodos 
determinados. 
3.7 Visualização de dados 
A representação das informações nos relatórios de monitoramento deve 
permitir fácil leitura e interpretação. 
Tufte (1983), estudioso de design da informação, defende que as 
visualizações gráficas devem ser fiéis aos dados, possuir coerência interna, 
apresentar níveis distintos de detalhamento, chamar atenção para seu conteúdo 
(e não para sua construção) e incentivar um olhar comparativo. 
Figura 1 – Dados em coluna 
 
Fonte: dianpurdi41/Shutterstock. 
Figura 2 – Dados em linha 
 
Fonte: FallyDesign/Shutterstock. 
 
 
11 
Figura 3 – Dados em pizza 
 
Fonte: babagraphicstudio/Shutterstock. 
Figura 4 – Dados em área 
 
Fonte: surfsup/Shutterstock. 
Figura 5 – Dados em metáfora 
 
Fonte: < http://apollo-wordvirus.blogspot.com/2012/05/what-is-deep-web.html>. Acesso em: 21 
mar. 2019. Créditos: Brand Powder. 
 
 
 
 
12 
TEMA 4 – OPORTUNIDADES E CRISES 
 Ao trabalhar com o monitoramento online, é preciso estar atento para 
avaliar, ouvir e extrair soluções e oportunidades com base no que os usuários 
podem estar comentando a respeito de uma marca. 
 Em seu livro,Porto (2014, p. 320) traz alguns dados de uma pesquisa 
realizada no quarto trimestre de 2013 pelo Socialbakers, que aponta alguns dados 
sobre o desempenho de grandes marcas no monitoramento e atendimento por 
meio das mídias sociais: 
• 100.418 perguntas publicadas em fan pages ou Twitter; 
• 48.416 respostas; 
• 28 horas e 13 minutos foi o tempo médio que as empresas levaram para 
responder. 
Entre os cases de sucesso, a autora destaca o da Nestlé, com o chocolate 
Lollo e do KitKat. 
Um dos chocolates mais famosos da década de 1980, o Lollo, 
deixou de ser vendido no Brasil em 1992. Por conta de um 
alinhamento global da Nestlé, o chocolate deixou de fazer parte 
do portfólio da marca. Porém ele não deixou de fazer parte da 
história das pessoas. Com a ajuda das mídias sociais, centenas 
de pessoas utilizaram as comunidades e seus perfis pessoais para 
pedir: “Volta Lollo”. Assim como fez com o KitKat, a Nestlé mostrou 
que estava de ouvidos atentos ao que os consumidores tinham a 
dizer e olhos abertos para uma nova oportunidade de negócio. Em 
2012, a Nestlé voltou a comercializar o chocolate em barra com a 
mesma identidade visual e com o mesmo slogan: “O chocolate 
fofinho da Nestlé” (Porto 2014, p. 321). 
 Nichos de mercado como o hoteleiro, turismo e restaurantes monitoram 
sites como o TripAdvisor e o Reclame Aqui para identificar oportunidades e 
possíveis crises. 
O varejo pode utilizar o monitoramento para gerar engajamento e buzz 
sobre a sua marca. Porto (2014) destaca um dos perfis mais famosos nas mídias 
sociais, o Ponto Frio. Sempre atentos ao ambiente online, o “Pinguim” utiliza o 
monitoramento para fazer piadas inteligentes e inserir seus produtos dentro desse 
contexto. 
Quando o console de videogame da Sony foi lançado no Brasil, o 
preço elevado chamou a atenção de milhares de pessoas nas 
mídias sociais. Muitos reclamaram do preço, fizeram piada e até 
se revoltaram com o fabricante. Para aproveitar o buzz em relação 
ao produto e fortalecer seu posicionamento bem-humorado, o 
Ponto Frio postou em seu Twitter o que seria possível comprar 
 
 
13 
com o valor equivalente ao videogame, que custava R$4.000,00 
(Porto, 2014, p. 322). 
 Monitorar as mídias sociais também consiste em entender a diferença entre 
reclamações esporádicas e uma possível crise. 
 O usuário que, por algum motivo, publicou algo negativo no perfil de uma 
empresa pode estar apenas insatisfeito com um fato e deseja apenas expressar 
sua insatisfação. Normalmente ele não deseja levar a situação adiante. Há 
também os trolls, que são os usuários que ironizam situações e procuram apenas 
irritar outros usuários. Nesses casos, o monitoramento auxilia a identificar esses 
perfis para definir processos para lidar com cada um deles. 
 Já a crise pode ser entendida “como um barulho que não recebeu a atenção 
que merecida” (Porto, 2014, p. 326). Após várias reclamações, pedidos e contatos 
com a empresa, o cliente não vê outra forma se não engajar mais pessoas para 
chamar atenção. Outro fator que pode desencadear uma crise é a falta de bom 
senso das empresas com o conteúdo postado, que normalmente acontece 
quando há a tentativa de realizar uma brincadeira com uma situação polêmica ou 
que pode ofender alguém. 
 Uma das crises mais famosas em mídias sociais foi o United Breaks 
Guitars, um case de 2009, mas que pode ser avaliado atualmente. 
 Entre 2008 e 2009, o músico Dave Carroll estava viajando com sua banda 
pela companhia aérea United Airlines e, em uma troca de avião com vista total 
dos passageiros dentro da aeronave, Dave viu que alguns carregadores estavam 
atirando os equipamentos e, no desembarque, seu violão (avaliado em três mil e 
quinhentos dólares) estava danificado. Após 15 meses buscando a indenização 
junto à empresa sem sucesso, ele compôs três músicas relatando sua 
experiência, postou no YouTube e relatou todo o ocorrido. Em menos de uma 
semana o vídeo chegou a 3 milhões de visualizações e logo a empresa entrou em 
contato com o músico para oferecer a indenização. 
Saiba mais 
Caso não conheça os vídeos, ainda é possível acessá-los no YouTube: 
1. UNITED Breaks Guitars. Sonsofmaxwell, 6 jul. 2009. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=5YGc4zOqozo>. Acesso em: 12 mar. 2019. 
 
 
14 
2. UNITED Breaks Guitars – Song 2. Sonsofmaxwell, 17 ago. 2009. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=h-UoERHaSQg>. Acesso 
em: 12 mar. 2019. 
3. UNITED Breaks Guitars – Song 3 - "United We Stand" on the right side 
of right. Sonsofmaxwell, 1 mar. 2010. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=P45E0uGVyeg>. Acesso em: 12 mar. 2019. 
TEMA 5 – FERRAMENTAS DE APOIO 
Segundo Gabriel (2010), “Um dos grandes problemas de mensuração em 
redes sociais é que ocorre uma grande divisão na internet: conteúdos que os 
buscadores, como o Google, indexam; conteúdos que não permitem o acesso dos 
buscadores para indexar (ex.: redes sociais fechadas)”. Entretanto monitorar os 
conteúdos abertos e fechados é um diferencial estratégico para as empresas. 
Como já citada, a escolha das ferramentas deve estar intimamente ligada 
aos objetivos do plano, volume de menções, disponibilização de verba, KPIs, entre 
outros. A todo momento surgem novas ferramentas, por isso será exemplificado 
o apoio que apenas algumas ferramentas mais consolidadas no mercado podem 
dar. 
Segundo dados levantados em agosto de 2011 pelo pesquisador Tarcízio 
Silva em uma amostra com 148 profissionais, foi constatado que um profissional 
da área utiliza em média 3,7 ferramentas diferentes para o monitoramento, 
considerando softwares de monitoramento parcial e pleno. Ainda nesse estudo, 
42% dos respondentes declararam utilizar apenas softwares de monitoramento 
parcial, enquanto 56% declararam utilizar softwares de monitoramento pleno com 
eventual apoio de softwares parciais. 
Sendo gratuitas ou pagas, as ferramentas de apoio para o monitoramento 
online devem minimamente possibilitar pesquisar e arquivar informações, além de 
trazer resultados de busca, classificação e dados. 
Nesse contexto, Silva (2010) elenca algumas ferramentas de acordo com 
sua utilidade: ferramentas de arquivamento de informações, Web Analytics, 
softwares de monitoramento, ferramentas de busca. 
 
 
 
15 
Quadro 2 – Ferramentas de arquivamento de informações 
Microsoft Office https://products.office.com/pt-br/ 
Google Docs https://docs.google.com/ 
Fonte: Silva, 2010. 
Quadro 3 – Ferramentas Web Analytics 
Google Analytics https://marketingplatform.google.com/about/analytics/ 
YouTube Insights https://youtube.com/analytics 
Facebook Insights https://www.facebook.com/FacebookInsights 
Social Bakers https://www.socialbakers.com/ 
Fonte: Silva, 2010. 
Quadro 4 – Softwares de monitoramento 
Scup https://www.scup.com/pt/ 
Radian6 http://www.radian6.com/ 
Livebuzz https://www.dinamize.com.br/livebuzz-gerenciamento-de-
redes-sociais 
Hootsuite https://hootsuite.com/pt/ 
Buzz Monitor https://www.buzzmonitor.com.br 
Seekr https://www.hiplatform.com/ 
Zubit http://zubit.com.br/ 
Fonte: Silva, 2010. 
Quadro 5 – Ferramentas de busca 
Google Search https://www.google.com.br/ 
Google Alerts https://www.google.com.br/alerts 
Google Trends https://trends.google.com/trends 
SocialMention http://www.socialmention.com/ 
Fonte: Silva, 2010. 
 
 
 
16 
Quadro 6 – Algumas outras ferramentas podem auxiliar em ações digitais entre 
elas 
Nome Utilização Link 
Sociograpgh Analytics para grupos e 
páginas do Facebook 
https://sociograph.io/landing 
Quintly Auxilia no benchmarking em 
mídias sociais 
https://www.quintly.com/ 
Buzzsumo Monitoramento https://buzzsumo.com/ 
Keyhoke Monitoramento e busca https://keyhole.co/ 
Commun.it Monitoramento no Twitter https://commun.it/ 
AgoraPulse Gerenciamento de mídias 
sociais 
https://www.agorapulse.com/pt/ 
Feedly Monitoramento de conteúdo https://feedly.com/i/welcomeA evolução da comunicação trouxe uma experiência diferenciada em cada 
meio, principalmente no ambiente digital. Traçar uma estratégia de monitoramento 
adequada à sua realidade profissional pode auxiliar na identificação de quais 
caminhos seguir em sua comunicação, além de trazer um maior entendimento da 
percepção da marca junto ao público-alvo, trazendo mais vantagem competitiva e 
até resultados financeiros positivos. 
 
 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
CARVALHO, C; MONTARDO, S. Reputação: monitoramento e métricas. In: 
SILVA, T. (Org). Para entender o monitoramento de mídias sociais. São Paulo: 
E.A., 2012. p. 19-33. Disponível em: <http://misterkanu.com.br/wp-
content/uploads/2012/11/Para-Entender-o-Monitoramento-de-Midias-
Sociais.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2019. 
CONTENT, R. 35 ferramentas para redes sociais que você precisa conhecer. 
Marketing de Conteúdo, 24 fev. 2015. Disponível em: 
<https://rockcontent.com/blog/ferramentas-para-redes-sociais/>. Acesso em: 12 
mar. 2019. 
GABRIEL, M. Marketing na Era Digital – Conceitos, plataformas e estratégias. 
São Paulo: Novatec, 2010. 
LAINE, M.; FRUHWIRTH, C. Monitoring Social Media: Tools, Characteristics and 
Implications. In: TYRVÄINEN, P.; JANSEN, S.; CUSUMANO, M. A. (Eds.). 
Lecture Notes in Business Information Processing, Berlin, Heidelberg, 
Springer, v. 51, part 2, part 7, 193-198, 2010. 
MEHTA, R. United Breaks Guitar - A case study on “online reputation 
management”. Slide Share, 8 jul. 2014. Disponível em: 
<https://pt.slideshare.net/RonakMehta5/online-reputation-management-case-
study>. Acesso em: 12 mar. 2019. 
MONTEIRO, D.; AZARITE, R. Monitoramento e métricas de mídias sociais: do 
estagiário ao Ceo. São Paulo: DVS, 2012. 
MUNIZ, P. Monitoramento e métricas em mídias sociais. Slide Share, 8 jan. 2013. 
Disponível em: <https://pt.slideshare.net/pri.muniz/curso-monitoramento-e-
mtricas-em-mdias-sociais>. Acesso em: 12 mar. 2019. 
PORTO, C. Facebook marketing. São Paulo: Novatec, 2014. 
SALUSTIANO, S. Monitoramento de redes sociais: muito mais que uma análise 
de sentimentos. Luciana Bicalho, fev. 2014. Disponível em: 
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