Buscar

Estrat de mídias socias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 1 
ESTRATÉGIAS DE MÍDIAS 
SOCIAIS 
Profª Anelise Ferraz Korilo 
 
 
2 
TEMA 1 – O QUE SÃO REDES SOCIAIS 
Segundo Martino (2015, p. 55), as redes sociais “podem ser entendidas 
como um tipo de relação entre seres humanos pautada pela flexibilidade de sua 
estrutura e pela dinâmica entre seus participantes”. Por sua característica 
horizontal, as redes sociais não possuem uma hierarquia rígida e podem ser 
fundadas por meio de vínculos em comum, como valores compartilhados. 
Ainda, segundo Martino: 
Ao longo da história, vários tipos de organização social foram 
desenvolvidas, cada uma delas fundada sobre um tipo específico de 
vínculo ou laço, isto é, o elemento que forma a base da conivência. Na 
família ou com os amigos, por exemplo, o vínculo principal é o afeto, 
enquanto nas religiões um dos principais laços é a fé compartilhada entre 
os adeptos, e nas empresas vínculos se pautam no desejo comum de 
sucesso. (Martino, 2015, p. 55) 
Recuero (2009, p. 24) defende que a formação de redes faz parte da própria 
condição humana, sendo “uma metáfora para observar os padrões de conexão de 
um grupo social, a partir das conexões estabelecidas entre os diversos atores”. 
Somos seres sociais e sempre vivemos em rede, e estas redes também 
podem estar no mundo virtual. Transpondo estes apontamentos para a Internet, 
os agrupamentos sociais online também são comumente chamados de “redes 
sociais”, “redes sociais digitais”, “redes sociais on-line”, entre outros. 
Sendo mediado por tecnologia, as “redes sociais na internet são 
constituídas de representações dos atores sociais e de suas conexões”. Essas 
representações “são, geralmente, individualizadas e personalizadas” (2009, p. 
38). 
Relacionamento é a palavra-chave para as redes sociais, sejam pessoais 
ou virtuais. 
1.1 Cultura da Convergência 
Segundo Henry Jenkins, o conceito de Cultura da Convergência aborda as 
transformações nas formas de comunicação, compreendendo as mudanças de 
comportamento do consumidor e sua relação com diversos tipos de canais e 
mídias. Ela acontece na interação entre esses indivíduos, que passa a ser um 
produtor de mensagens, acrescentando suas próprias contribuições no 
compartilhamento de ideias e mensagens. 
 
 
3 
Bem-vindo à cultura da convergência, na qual as velhas e as novas mídias 
colidem, em que mídia corporativa e mídia alternativa se cruzam, em que o poder 
do produtor de mídia e o poder do consumidor interagem de maneiras 
imprevisíveis. (Jenkins, 2009, p. 9) 
 O conceito também compreende os diferentes canais e como os indivíduos 
transitam entre eles em busca de conteúdo do seu interesse. 
Jenkins (2009, p. 9) aponta que “no mundo da convergência de mídias, toda 
história importante é contada, toda marca é vendida e todo consumidor é cortejado 
por múltiplas plataformas de mídia”. Além disso, todos os padrões de mídia se 
cruzam e a troca de informação prevalece. 
Por convergência, refiro-me ao fluxo de conteúdos por meio de múltiplas 
plataformas de mídia, à cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao 
comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação, que vão a 
quase qualquer parte em busca das experiências de entretenimento que desejam. 
Convergência é uma palavra que consegue definir transformações tecnológicas, 
mercadológicas, culturais e sociais, dependendo de quem está falando e do que 
imaginam estar falando. (Jenkins, 2009, p. 29) 
 Ainda segundo o autor, a cultura da convergência é baseada em três 
conceitos: convergência, cultura participativa e inteligência coletiva. 
Quadro 1 – Conceitos da cultura da convergência 
Conceitos Definições 
Convergência 
Compreende a convergência de mídias on-line e off-line; corporativas e 
alternativas; e com base em produtores e consumidores. A questão da 
convergência não está propriamente relacionada aos meios, mas ao 
consumo das informações. 
Cultura 
participativa 
Termo que propõe a noção de público passivo, remetendo ao modelo 
convencional de espectadores dos meios de comunicação. Sob a 
perspectiva da cultura participativa, produtores e consumidores de mídia 
deixam de exercer papéis separados, pois ambos se tornam participantes 
interativos de acordo com os novos processos e comportamentos 
derivados das mídias sociais e da difusão do acesso à internet nas últimas 
décadas. 
Inteligência 
coletiva 
Esse conceito se consagrou na década de 1990 com a emblemática obra A 
inteligência coletiva, do ciberteórico francês Pierre Lévy (2015). Na obra, o 
autor aborda as construções compartilhadas de uma inteligência que acaba 
por ser muito maior que as inteligências individuais, derivada da troca de 
informações e da interação que ocorre nas diversas comunidades virtuais. 
Fonte: Costa, 2017. 
 
 
 
4 
TEMA 2 – DIFERENÇAS ENTRE REDES SOCIAIS E MÍDIAS SOCIAIS 
Normalmente associados, existem diferenças entre os termos redes sociais 
e mídias sociais que serão explorados a seguir. O elemento de ligação entre 
indivíduos é comumente chamado de “laço social”. Ele pode ser formado por laços 
afetivos, comerciais, entre outros. 
As redes na internet reúnem indivíduos em um ambiente monitorado em 
que a interação e os laços podem ser individualizados e personalizados. 
Ao listar a quantidade de pessoas que você conhece, independente da 
proximidade, você terá um tipo de mapa de relacionamento. Ao partir para a 
classificação desse mapa, você terá uma lista separada por conhecidos, amigos, 
melhores amigos, e assim por diante. A partir desta classificação, é possível 
verificar a força de cada laço que possui, classificando-os em fortes e fracos. 
Segundo Recuero, os laços fortes são “aqueles que se caracterizam pela 
intimidade, pela proximidade e pela intencionalidade em criar e manter uma 
conexão entre duas pessoas”. Já os laços fracos, “caracterizam-se por relações 
esparsas, que não traduzem proximidade e intimidade” (2009, p. 2). Seu conceito 
de rede social é apoiado na interação e na troca social. 
Martino (2017) cita Granovetter e sua divisão de laços em três categorias: 
fortes, fracos e ausentes. Neste modelo, é citado que “os laços fracos podem ter 
uma importância maior na dinâmica de funcionamento das redes por conta de seu 
tamanho – quantitativamente, o número de “conhecidos” é maior que o de 
“amigos” e “familiares”, aumentando a amplitude de divulgação de dados 
existentes nesse tipo de contato” (207, p. 69). Enquanto os laços fortes 
estabelecem ligações com pessoas muito próximas, os laços fracos permitem 
criar elos com pessoas física e socialmente distantes. 
 
 
 
5 
Quadro 2 – Tipos de laços nas redes sociais 
Tipo de 
conexão 
Caráter Investimento 
Benefício 
rede 
Benefício 
indivíduo 
Emergente 
Forte 
Criação e manutenção de perfil Confiança 
Presença 
Legitimação 
Criação e manutenção de conexões 
sociais 
Proximidade 
Clusterização 
Suporte social 
Legitimação 
Compartilhamento de recursos 
Confiança 
Cooperação 
Suporte social 
Fraca 
Criação e manutenção de perfil Confiança Legitimação 
Criação e manutenção de conexões 
sociais 
Informação Visibilidade 
Compartilhamento de recursos Confiança 
Informação 
Autoridade 
Reputação 
Associativa Fraca 
Criação e manutenção de perfil Informação Presença 
Criação e manutenção de conexões 
sociais 
Informação 
Filtragem 
Visibilidade 
Popularidade 
Compartilhamento de recursos 
Informação 
Filtragem 
Informação 
Visibilidade 
Popularidade 
Fonte: Recuero, 2005. 
A respeito da diferença entre os dois termos, Costa (2017) descreve de 
maneira simplificada e visual: 
Quadro 3 – Mídias sociais versus redes sociais 
Mídias sociais Redes sociais 
O compartilhamento é a chave das mídias 
sociais. 
O relacionamento é a chave das redes 
sociais. 
Mídias sociais compreendem o conceito 
amplo de meios de comunicação que 
permitem e facilitam o compartilhamento. 
As redes sociais estão no grupo dos sites de 
relacionamento. O principalfoco das redes 
sociais é, desta forma, criar um ambiente 
favorável à interação social. 
Fonte: Costa, 2017. 
Enquanto nas redes sociais o destaque é para o relacionamento, nas 
mídias sociais o destaque fica para o compartilhamento. 
Scott também exemplifica e sugere as diferenças entre mídias sociais e 
redes sociais de maneira bem clara: 
(1) Mídias sociais fornecem maneiras para as pessoas partilharem 
ideias, conteúdo, pensamentos e relações on-line. Diferem da mídia 
tradicional porque qualquer um pode criar, comentar ou acrescentar algo 
aos conteúdos na web. 
(2) Um subconjunto da mídia social é a rede social, termo que uso para 
me referir à interação das pessoas no Facebook, no LinkedIn, no 
MySpace e em sites semelhantes. A rede social ocorre quando pessoas 
criam um perfil social e interagem para se tornar parte de uma 
comunidade, formada por amigos e pessoas que pensam 
semelhantemente, e para partilhar informação. (Scott, p. 44) 
Colaboração e co-criação: para o usuário e pelo usuário. 
 
 
6 
TEMA 3 – RELACIONAMENTO PESSOAL VERSUS RELACIONAMENTO 
COMERCIAL NAS MÍDIAS SOCIAIS 
Recuero analisa as redes sociais online como ambientes em que os 
indivíduos se reúnem publicamente, por meio da tecnologia, nos quais as 
informações são disseminadas, reverberadas, discutidas e repassadas com 
algumas características específicas, como a persistência da informação, a 
capacidade de busca e a replicabilidade. 
Gabriel ressalta que “tanto redes sociais como mídias sociais, em sua 
essência, não têm nada a ver com tecnologia, mas com pessoas e conexões 
humanas” (2010, p. 202). 
Para entender e atender às necessidades do seu público-alvo, é essencial 
analisar o cenário, bem como suas oportunidades e ameaças. 
As estatísticas de acesso em redes sociais on-line demonstram dados 
como: 
 Há mais mulheres que homens interagindo nas redes sociais; 
 Jovens interagem mais que idosos; 
 De 10% a 20% dos usuários das redes sociais geram de 80$ a 90% 
de todo o conteúdo produzido nas redes sociais; 
 40% do que é falado nas redes sociais é bobagem; 
 A retenção nos perfis de redes sociais é na ordem de 40% tendo em 
média 60% de abandono. (Gabriel, 2010, p. 298) 
O que fazemos em nossas redes sociais físicas é a mesma coisa que 
fazemos nas redes sociais on-line. O indivíduo é o mesmo. “O que muda são as 
formas de se relacionar com novos recursos digitais que amplificam a sua atenção 
nessas redes, mas ele se comporta da mesma maneira” (Gabriel, 2010, p. 299). 
A segmentação sociográfica dos indivíduos pode auxiliar na compreensão 
de como os indivíduos interagem e se engajam nas mídias sociais. 
O socialgraphics é “um tipo de segmentação sociográfica das pessoas que 
olha além da segmentação demográfica (demographics), geográfica 
(geographics) e psicográfica (psychographic) e tenta compreender o 
comportamento sociográfico (socialgraphic) do público-alvo” (Gabriel, 2010, p. 
302). 
Esta segmentação propõe uma pirâmide de comportamento que envolve: 
assistir, compartilhar, comentar, produzir e fazer curadoria. 
 
 
 
7 
Quadro 4 – Pirâmide de comportamento 
 
Fonte: Gabriel, 2010. 
Voltando ao exemplo da sua loja de produtos naturais. Você já possui o seu 
perfil pessoal em alguma plataforma de mídias sociais e está montando o da sua 
loja. Neste contexto, é importante saber separar a figura do proprietário e seu perfil 
pessoal da figura corporativa da sua loja. 
Isso não quer dizer que o perfil da sua loja precise ser “seco” e sem graça. 
É preciso entender que um relacionamento comercial deve seguir a persona 
definida, respeitando a especificidade de cada mídia social. Além disso, é preciso 
entender e se relacionar com os consumidores que interagem nas mídias sociais, 
buscando criar laços virtuais com o objetivo de gerar vendas reais. 
Complementando este contexto, segundo Bueno (2015, p. 41) “falava-se 
há alguns anos em conquistar o cliente, depois em satisfazer; hoje, fidelizar o 
cliente e estreitar relacionamentos com o conjunto dos stakeholders faz parte da 
pauta da gestão empresarial”, com o principal objetivo do retorno financeiro “que 
pode, por sua vez, transformar-se em retorno mercadológico, imagético e 
reputacional”. 
3.1 Comportamento do consumidor em relação às marcas 
O comportamento dos indivíduos em ralação às marcas nas redes sociais 
é um tema bastante abordado em marketing digital. 
Fazer curadoria
Indivíduos engajados em sites como 
Wikipédia ou quadros de dicussão
Produzir
Indivíduos que criam e publicam seu 
próprio conteúdo
Comentar
Indivíduos que respondem ao 
conteúdo de outros indivíduos
Compartilhar
Indivíduos que atualizam seus perfis e 
compartilham informações com seus 
pares
Assitir
Indivíduos que apenas consomem o 
conteúdo
 
 
8 
Gabriel cita em seu livro os doze principais motivos para uma pessoa 
tornar-se amiga de uma marca: “receber descontos e promoções (40%), mostrar 
aos outros o seu apoio à empresa (39%), ganhar um brinde (36%), manter-se 
informado sobre as atividades da empresa (34%), receber atualizações sobre 
novos produtos (33%), receber informações sobre vendas futuras (30%), diversão 
ou entretenimento (29%), ter acesso a conteúdos exclusivos (25%), 
recomendação de alguém (22%), saber mais sobre a empresa (21%), saber mais 
sobre um tema específico da empresa (13%), interagir (compartilhar ideias, dar 
feedback etc.) (13%)” (2010, p. 306). 
TEMA 4 – CRONOLOGIA DAS MÍDIAS SOCIAIS 
 Para sinalizar a cronologia das mídias sociais é necessária uma 
contextualização anterior a fim de compreendermos melhor os paradigmas que 
elas nos apresentam. 
 Em 1960, a Guerra Fria marcou a disputa entre Estados Unidos e União 
Soviética pelo poder de influência política e econômica. Os fins militares nesta 
disputa fizeram surgir a necessidade de uma troca ágil e sigilosa de informações. 
Castells demonstra em seu livro que, naquele contexto, os Estados Unidos 
criaram a Advanced Research Projects Agency (ARPANET). Um sistema em que 
as informações eram compartilhadas por meio da transmissão de dados em redes 
de computadores. As informações eram divididas em pequenos pacotes que 
continham trechos de dados, o endereço do destinatário e informações para 
remontar a mensagem original. 
 Data-se que a primeira mensagem enviada por esta plataforma saiu da 
UCLA para o Stanford Institute, em 1969. Sua apresentação pública veio a 
acontecer apenas em 1972. 
 
 
 
9 
Figura 1 – Primeiro log IMP da ARPANET com a transcrição da primeira 
mensagem enviada pela plataforma, em 29/10/1969 
 
Fonte: Canaltech, S.d. 
À medida em que o acesso à rede foi expandido, em 1978 surgiu a Usenet. 
A ferramenta permitia que os usuários se inscrevessem para acompanhar tópicos 
de conversas. 
Figura 2 – Exemplo de menu utilizado na UseNet 
 
Fonte: Canaltech, S.d. 
Segundo Castells, em 1978 a ARPANET passou a utilizar o protocolo 
TCP/IP e, com a chegada da computação pessoal, a CompuServe foi uma das 
pioneiras em oferecer conexão com a internet internacionalmente. Para ter 
acesso, utilizava-se um cliente de acesso próprio, que oferecia serviços de e-mail 
e fóruns. Este serviço tornou-se popular e fundido a AOL (meados de 1994). 
 
 
 
10 
Figura 3 – Interface CompuServe 
 
Fonte: Canaltech, S.d. 
Em 1990, esta tecnologia passou a ser acessível aos indivíduos em geral 
com o desenvolvimento da World Wide Web pelo engenheiro inglês Tim Berness-
Lee. Ela veio como um projeto de plataforma de hipertexto que permitiria o 
trabalho em conjunto com os indivíduos em uma espécie de rede de documentos. 
“Por hipertexto, entende-se a escrita de texto não sequencial, que permite ao 
usuário fazer conexão entre informação e documentos por meio de palavras que 
contêm ligações com outros textos (hiperlinks), em um processo semelhante ao 
funcionamento do nosso cérebro” (Telles, 2010). 
De acordo com uma matéria especial, desenvolvidapelo site Canaltech, 
em 1994, o Geocities se popularizou com a possibilidade de publicar sites 
rudimentares da rede, na mesma época em que a conexão discada com a internet 
também se popularizava. Em 1999, o Yahoo! adquiriu o Geocities, permanecendo 
no ar até 2009. 
Figura 4 – Exemplo de página criada com o Geocities em 1990 
 
Fonte: Canaltech, S.d. 
 
 
11 
Após, em 1997, houve o lançamento do Instant Messenger da AOL, 
precursor de ferramentas como o ICQ e o Messenger. Conhecido como AIM, a 
ferramenta trouxe e popularizou ainda mais o que foi chamado de “mensageiro 
instantâneo”, com uma interface mais agradável para quem não tinha 
conhecimentos de programação. 
Figura 5 – Tela do AOL 
 
Fonte: Canaltech, S.d. 
 Em 1997, surgem as redes sociais. De acordo com informações do 
Canaltech, o SixDegrees foi a primeira rede social on-line. De maneira 
simplificada, a rede permitia que os usuários criassem perfis e adicionassem seus 
amigos, chegando a 3,5 milhões de usuários. 
Figura 6 – Tela do SixDegrees 
 
Fonte: Canaltech, S.d. 
 
 
12 
Seu sucesso no exterior permitiu, em 2002, o surgimento do Friendster, 
precursor das redes sociais on-line como conhecemos. 
Figura 7 – Tela do Friendster 
 
Fonte: Canaltech, S.d. 
Nos anos 2000, mais de 100 milhões de pessoas estavam conectadas à 
rede diariamente para realizar pesquisas e download de músicas e, foi nesse 
contexto, que surgiu o MySpace. 
De acordo com dados da Wikipedia, em seu lançamento a ideia era ser 
uma rede social mais genérica, mas a possibilidade de publicar músicas em perfis 
dos seus usuários fez com que a plataforma se transformasse em uma rede social 
musical, em que artistas lançavam suas faixas e até mesmo seus álbuns 
completos. Essa particularidade fez com que todos os tipos de usuários entrassem 
na rede para ficar em contato direto com os artistas. 
 Com esta oportunidade de segmentação, em 2003, Reid Hoffman, Allen 
Blue, Konstantin Guericke, Eric Ly e Jean-Luc Vailant, lançaram o LinkedIn, uma 
rede social voltada a contatos profissionais. Nesta rede, profissionais de diversas 
áreas podem divulgar conteúdos de autoria própria a fim de gerar oportunidades 
de trabalho. (LinkedIn, 2003) 
 Segundo o Canaltech, no Brasil, a primeira rede social lançada foi a 
Tantofaz.net, em 2000. De origem norte-americana, a rede se propunha a agradar 
jovens com uma comunicação mais informal e descontraída. Entretanto, em 
agosto de 2000, a proprietária da plataforma decidiu encerrar suas atividades no 
Brasil relatando altos custos. A rede chegou a ter 370 mil usuários e 18 milhões 
de pageviews por mês. 
 Neste cenário, os brasileiros já familiarizados com o tema migraram para o 
Fotolog. Lançada em 2002 pela Hi-Media Group, a plataforma permitia publicar 
 
 
13 
fotos e receber comentários ilimitados. O crescimento rápido e imprevisto da 
plataforma fez com que a rede passasse por muitos problemas técnicos e que 
assim surgisse a restrição diária de novos membros, postagem de apenas 1 
imagem ao dia e o limite de 20 comentários por publicação. 
 Em 2005, a rede evoluiu para permitir que mil novos membros fossem 
aceitos diariamente e, em 2006, essa limitação foi banida, fazendo com que mais 
usuários pudessem participar, oferecendo grupos temáticos administrados por 
usuários e a publicação de até 50 fotos por dia. Em 2007, a rede possuía um valor 
de mercado calculado em 90 milhões de dólares, mas passou a cair após a 
popularização do Orkut. 
Figura 8 – Exemplo de perfil no Fotolog 
 
Fonte: Google, S.d. 
Criado por Orkut Büyükkökten em janeiro de 2004, o Orkut fez grande 
sucesso no Brasil, chegando a ter mais de 80 milhões de usuários. Entre suas 
características estavam alguns recursos inéditos, como informações secundárias 
de preferências de filmes, músicas, enquetes, inserir vídeos do YouTube, saber o 
usuário que visitou o perfil, a possibilidade de os amigos votarem em outros 
amigos para definir qual era sexy, legal ou confiável, entre outros. 
Foi também responsável por classificar os laços sociais dos contatos entre 
conhecidos, desconhecidos, amigos, bons amigos e melhores amigos, de acordo 
com as definições de Raquel Recuero, citadas nos temas anteriores. 
Com o impacto que passou a sofrer com a popularização do Facebook, em 
2009, remodelou seu layout para incluir feed de publicações. 
 
 
14 
Segundo informações do site Techtudo, em 2012 a rede ainda possuía 34,3 
milhões de usuários frente aos 36,1 milhões de usuários do Facebook. Logo em 
2013, a rede social perdeu mais de 95% dos acessos brasileiros, fazendo com 
que, em 2014, fosse descontinuada. 
Figura 9 – Tela do Orkut 
 
Fonte: Google, S.d. 
Lançado em 2004 por Mark Zuckerberg, “TheFacebook.com” era um 
protótipo de rede social exclusiva para estudantes de Harvard. Nela, os 
estudantes montavam perfis e se conectavam com indivíduos do campus. Só em 
2006 a plataforma foi aberta para que qualquer pessoa pudesse se cadastrar. 
Figura 10 – Tela do “thefacebook” 
 
Fonte: Google, S.d. 
Neste mesmo período, a rede social inovou ao disponibilizar o feed de 
notícias, em que os participantes poderiam escrever sobre qualquer tema e que 
seus amigos iriam ver. À medida em que cresceu, foi permitindo publicar fotos e 
 
 
15 
vídeos no feed, além de curtir publicações, enviar mensagens privadas e criar 
eventos. 
O YouTube surgiu em 2005 permitindo a publicação de vídeos. Tornou-se 
uma rede à medida em que possibilitou avaliar, seguir e comentar em vídeos de 
outros contatos. (YouTube). 
Em 2006, surge o Twitter com uma proposta de compartilhamento de 
mensagens curtas e uma comunicação mais rápida. Enquanto as principais redes 
da época incentivavam a conexão entre pessoas, esta incentivava a propagação 
da informação e o famoso “what are you doing?”. Jack Dorsey, Evan Williams, Biz 
Stone e Noah Glass criaram assim o Twitter. 
Figura 11 – Tela do Twitter 
 
Fonte: Google, S.d. 
A rede de microblogging ficou conhecida por trazer de forma rápida a 
possibilidade de acompanhar eventos, notícias e pensamentos aleatórios, além 
da disseminação da utilização de hashtags. 
Com a democratização das plataformas sociais online, mais redes 
passaram a ser lançadas. 
Em 2010, Paul Sciarra, Evan Sharp e Ben Silbermann lançaram o Pinterest. 
Com um layout simples e a proposta de compartilhamento de fotos, a rede ganhou 
popularidade por permitir a personalização dos “quadros de inspirações”. 
Segundo Recuero, tornou-se popular no Brasil a partir de 2012. 
Com a força que as imagens ganharam ao longo do tempo, em 2010 temos 
o nascimento do Instagram. Criada por Kevin Systrom e Mike Krieger, em seu 
início a rede funcionava apenas no IOS, atingindo 10 milhões de usuários em 
 
 
16 
2011. Com a chegada do aplicativo para Android no ano seguinte, em apenas 1 
dia o Instagram já havia sido baixado mais de 1 milhão de vezes na Google Play. 
Ainda em 2012, a rede foi comprada pelo Facebook que passou a integrar 
outras funcionalidades, como o stories e, mais recentemente, o IG TV. 
Atualmente, a rede possui mais de 800 milhões de usuários ativos por mês, 
25 milhões de perfis corporativos e mais de 1 milhão de anunciantes. (Facebook). 
TEMA 5 – REDES SOCIAIS MAIS USADAS 
Apesar de novas plataformas surgirem constantemente, algumas mídias 
sociais tornaram-se populares no Brasil e no mundo. 
Suas respectivas estatísticas são atualizadas constantemente, entretanto, 
algumas tendências podem ser verificadas. Entre elas, Gabriel (2010, p. 18) cita 
“o aumento da difusão das redes sociais online em todas as camadas sociais e 
em todos os países, e o tipo de perfil de usuário e assuntos de interesse nos 
principais sites de redes sociais no Brasil e no mundo”. 
Para demonstrar as mudanças de preferência em mídias sociais, Gabriel 
cita uma pesquisa realizada em 2010 nos Estados Unidos por uma empresa 
chamada Anderson Analytics.Neste período, as redes mais utilizadas eram o 
Facebook, MySpace, Twitter e LinkedIn. Apesar de algumas redes não estarem 
atualmente no ranking das mais utilizadas, algumas informações continuam 
relevantes: 
 45% dos usuários de redes sociais se conectam apenas à família e 
amigos e outros 18% só interagem com pessoas que conheceram 
pessoalmente; 
 Apenas 10% dos pesquisados responderam que interagem com 
qualquer pessoa; 
 Há grande sobreposição de usuários que estão simultaneamente no 
Facebook, Twitter e LinkedIn; 
 82% dos usuários do LinkedIn estão também no Facebook e 31% 
também no Twitter; 
 91% dos usuários do Twitter estão também no Facebook e 21% no 
LinkedIn. (Gabriel, 2010, p. 203-204) 
Uma recente pesquisa realizada em 2017 pela Nielsen Social, nos Estado 
Unidos, aponta que as mídias sociais continuam com força. A pesquisa também 
reafirma as informações listadas no item 3.1 (“Comportamento do consumidor em 
relação às marcas”), de que os indivíduos interagem e tornam-se amigos das 
marcas nas redes sociais a fim de obter vantagens, demonstrar apoio, buscar 
produtos e serviços, entre outros. O gráfico a seguir traz novamente este fato: 
 
 
17 
Tabela 1 – Usuários em rede sociais em interação com as marcas 
 
Fonte: Adaptado de Nielsen, 2017, p. 9. 
Costa demonstra em seu livro dados de um estudo realizado em 239 
países, chamado Global Digital 2017. Segundo a autora, “os resultados indicam 
que o uso de internet, além de estar em constante crescimento, tem um acréscimo 
de novos usuários de 8% ao ano. Mais da metade dos usuários acessam a internet 
via dispositivo móvel” (2017, p. 109). 
Citando, ainda, a mesma pesquisa, Costa destaca o gráfico que demonstra 
que o Facebook segue como a rede social mais utilizada pelos indivíduos: 
 
 
 
 
18 
Gráfico 1 – Global Digital: usuários ativos mundiais por plataforma social, em 
milhões 
 
Fonte: Adaptado de Kemp, 2017, p. 46. 
Com base nesta análise, é possível perceber que o Facebook, o WhatsApp, 
o YouTube e o Instagram continuam mantendo a liderança em sua utilização e 
que se faz necessário incluir estas mídias sociais no planejamento de marketing 
digital das empresas. 
 
 
 
19 
REFERÊNCIAS 
BUENO, W. da C. Estratégias de comunicação nas mídias sociais. São Paulo: 
Manole, 2015. 
CASTELLS, M. A Galáxia da Internet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2003. 
COSTA, C. G. A. Gestão de Mídias Sociais. Curitiba: InterSaberes, 2017. 
DÂMASO, L. A história do Orkut. Techtudo, 24 jan. 2016. Disponível em: 
<https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/07/historia-do-orkut.html>. 
Acesso em: 17 out. 2018. 
DIGITAL in 2017: Global Overview. We Are Social. Disponível em: 
<https://wearesocial.com/special-reports/digital-in-2017-global-overview>. 
Acesso em: 17 out. 2018. 
GABRIEL, M. Marketing na era digital – conceitos, plataformas e estratégias. 
São Paulo: Novatec, 2010. 
GNIPPER, P. A evolução das redes sociais e seu impacto na sociedade – parte 1. 
Canaltech, 6 fev. 2018. Disponível em: <https://canaltech.com.br/redes-sociais/a-
evolucao-das-redes-sociais-e-seu-impacto-na-sociedade-parte-1-107830/>. 
Acesso em: 17 out. 2018. 
GNIPPER, P. A evolução das redes sociais e seu impacto na sociedade – parte 2. 
Canaltech, 13 fev. 2018. Disponível em: <https://canaltech.com.br/redes-
sociais/a-evolucao-das-redes-sociais-e-seu-impacto-na-sociedade-parte-2-
108116/>. Acesso em: 17 out. 2018. 
JENKINS, H. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008. 
JENSEN, K. B. Media Convergence: the three degrees of network, mass, and 
interpersonal communication. New York: Routledge, 2010. 
MARTINO, L. M. S. Teoria das mídias digitais. Rio de Janeiro: Vozes, 2015. 
MY SPACE. Wikipédia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Myspace>. 
Acesso em: 17 out. 2018 
RECUERO, R. Redes sociais na Internet. 1. Ed. Porto Alegre: Sulina, 2010. 
RIBEIRO, J.; FALCÃO, T.; SILVA, T. Mídias sociais: saberes e representações. 
Salvador: EDUFBA, 2012. 
 
 
20 
TELLES, A. A Revolução das mídias sociais. São Paulo: M. Books, 2011.

Continue navegando