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CURSO DE NUTRIÇÃO ANIMAL
FORMULAÇÃO DE RAÇÕES
	
	Prof. Dr. José de Alencar Resende
Prof. Dr. Fábio Campos Lima
Prof. MS. Maria Lúcia Ribeiro Monteiro 
Departamento de Zootecnia - Faculdade de Veterinária
UFF
2.006
CONTEÚDO
	
	Pagina
Conceitos Básicos ............................................................
3
Informações Básicas Necessárias .................................... 
5
Procedimentos para Formulação ..................................... 
5
Exigências ou Requisitos Nutricionais ............................ 
5
Escolha e Composição dos Alimentos ............................. 
6
Formulação ou Balanceamento da Ração ........................ 
7
Ração de Mínimo Custo ................................................... 
7
Método das Equações .......................................................
9
Método do Quadrado de Pearson .....................................
13
Literatura Consultada .......................................................
18
FORMULAÇÃO DE RAÇÕES
A alimentação constitui o mais importante fator na exploração dos animais criados com finalidades econômicas. E neste contexto, a formulação ou o cálculo de rações é o instrumento capaz de tornar mais racional e objetiva a nutrição das várias espécies.
O cálculo de rações é uma atribuição dos técnicos envolvidos na produção animal, desta forma, é necessário que este tenha conhecimento e entenda a importância das formulações para o sucesso da exploração agropecuária, tornando-a mais eficiente e econômica.
 
É entendida como o uso apropriado dos alimentos e o adequado balanceamento dos nutrientes necessários ao animal, considerando-se a otimização dos custos.
A formulação não envolve apenas o simples cálculo matemático ou numérico, pois, é necessária a aplicação de conhecimentos de ordem nutricional, sem o qual torna-se arriscado o arraçoamento dos animais.
Conceitos Básicos
A ração ou dieta constituem os alimentos consumidos por um animal em 24 horas. A ração balanceada é aquela que fornece os diferentes nutrientes necessáriso, em proporção adequadas, capaz de nutrir um determinado animal, durante um dia.
A formulação de uma ração balanceada consiste na combinação de alimentos em quantidades necessárias para atender às exigências diárias de um animal. Desta forma, uma ração está balanceada quando todos os nutrientes exigidos estão presentes no alimento ingerido pelo animal em 24 horas. Vale mencionar ainda, que o termo ração refere-se à quantidade total de alimentos fornecidos e consumido por um animal num período de um dia, ou seja, concentrado mais volumoso. Não confundir, portanto, com o conceito de ração comercial ou não, que só inclui os concentrados.
Os alimentos são os ingredientes da ração e constituem as fontes de nutrientes e energia para os animais.
 A análise bromatológica tem como principal objetivo a obtenção da composição química dos alimentos, ou seja, a determinação das frações nutritivas de um ingrediente. Estas frações são compostos essenciais para a manutenção da vida e são classificados em água, proteínas, carboidratos, gorduras, minerais e vitaminas. As principais frações do alimento que devem ser obtidas em uma análise bromatológicas são:
a) Matéria seca (MS): representa o peso do material analisado totalmente livre de água, extraído num processo de secagem.
b) Proteína bruta (PB): é a fração nitrogenada do alimento multiplicado por um fator (6,25).
c) Fibras: classificadas em fibra bruta (FB), fibra detergente neutro (FDN), fibra detergente ácido (FDA). Maior teor de fibra significa menor qualidade das forragens.
d) Extrato etéreo (EE): determina a porcentagem de gordura dos alimentos. Os alimentos com altos teores de gorduras têm altos valores de NDT, pelo fato das gorduras fornecerem 2,25 vezes mais energia quando comparadas aos carboidratos e proteínas.
e) Extrativo não nitrogenado (ENN): representam os carboidratos de mais fácil digestão, como os açucares e o amido.
f) Nutrientes digestíveis totais (NDT): expressa o valor energético dos alimentos e seus valores são obtidos através de fórmulas que baseiam-se na análise dos alimentos. Estão relacionados a PB, ENN e EE e suas respectivas digestibilidades.
Informações básicas necessárias
A formulação de uma ração tem que obedecer a algumas condições preliminares, afora a simples mecânica dos números, os quais o técnico tem que estar atento:
a) conhecimentos dos princípios gerais da nutrição animal, dos requisitos nutricionais do animal, das particularidades nutricionais e alimentares da espécie, tipo e classe animal à qual a ração se destina e das particularidades de cada alimento que se vai utilizar.
b) seleção dos alimentos e ingredientes apropriados ao animal em questão.
c) levantamento, em tabelas adequadas ou laboratórios, da composição dos alimentos selecionados.
d) balanceamento da ração, de tal forma que seja: nutricionalmente adequada, palatável, sem perigo para a saúde do animal ou do consumidor final (humano), sem riscos para as pessoas que vão manuseá-la e a mais econômica possível.
Procedimentos para a formulação 
A primeira atitude a ser tomada é no sentido de caracterizar bem o animal, para o qual a ração será formulada, considerando a categoria, tipo e condição do animal. Assim, tomando como exemplo uma vaca leiteira, torna-se necessário o conhecimento de seu peso para atender as exigências de manutenção ou mantença, se está em fase de crescimento, lactação e gestação.
Exigências ou requisitos nutricionais
As exigências dos animais são encontradas em diferentes tabelas que as vezes diferem quanto à forma de expressão. As tabelas mais conhecidas e comunmente usadas são as do Nacional Research Council (NRC) da Nacional Academic Science (NAS) e as do Agricultural Research Council da Inglaterra.
Devido ao alto custo da determinação dos requisitos nutricionais, principalmente para animais de grande porte como os bovinos, muito pouca informação neste campo está disponível nos países mais pobres. No Brasil, apesar de algumas tentativas notórias, não há muito de concreto e estabelecido. Dessa forma, o técnico deve estar atento para a precariedade da translocação de dados obtidos em latitude, clima, manejo, alimento e animais diferentes. 
As exigências podem ser apresentadas de duas maneiras:
a) em termos absolutos, isto é, em quantidades necessárias de cada nutriente, durante um período de 24 horas. Exemplo: 1,62 kg de proteína bruta/vaca/dia.
b) em termos relativos, isto é, em quantidade de nutrientes expressa em porcentagem, tendo como base a matéria seca da ração. Exemplo: ração com 12% de proteína bruta (12 kg PB/100 kg de MS da ração).
Escolha e composição dos alimentos
O ideal é que a formulação da ração seja realizada com antecedência, para que o produtor tenha condições de planejar, em tempo hábil a produção e ou a aquisição dos alimentos, baseado nas informações advindas da formulação. Em outras palavras, a formulação de rações deve-se constituir o ponto inicial para o planejamento alimentar de um rebanho, quando será determinado a escolha e as quantidades dos alimentos.
Obtêm-se a composição dos alimentos normalmente através de tabelas ou de análises bromatológicas realizadas em laboratórios de nutrição animal. Vale ressaltar, que pode haver uma variação considerável na composição química dos alimentos, principalmente com relação aos volumosos. Por exemplo, os volumosos verdes apresentam grandes variações, enquanto os seus fenos já apresentam menores variações. Mesmo com relação aos concentrados cuidados devem ser observados.
Assim, apesar de cômodas e amplamente usadas as tabelas de composição de alimentos, nada mais são do que guias da composição dos alimentos, e como tal devem ser encaradas e, portanto, o mais seguro sempre que possível é analisar cada ingrediente. Consultando uma tabela de composição de alimentos, deve-se tomar cuidado especial no tocante à base em que é apresentada. As tabelas podem se apresentar em uma das três bases seguintes: 
a) MatériaSeca (MS): a composição é fornecida no alimento completamente seco, isto é, livre de umidade.
b) Seco ao Ar: a composição é fornecida no alimento com 90% de MS ou 10% de umidade.
c) Matéria Natural (MN) ou Como Oferecida (CO): a composição é fornecida no alimento como ingerido pelo animal.
Para o cálculo é importante que a composição dos alimentos esteja na mesma base em que estão expressos os requisitos do animal.
Formulação ou balanceamento da ração
Para a formulação propriamente dita, existem vários métodos para proceder o balanceamento de rações, entre eles pode-se citar o cálculo por "Tentativa e Erro", pelo "Quadrado de Pearson", por "Equações Algébricas", e os "Rações de Custo Mínimo". 
Rações de mínimo custo
Este método consiste na resolução de um sistema de equações lineares e é conhecido por programação linear. A ração calculada para atender todas as especificações técnicas desejadas e que apresente o menor preço possível é chamada de ração de custo mínimo. Como se trata de solução de um sistema complexo de equações, somente é possível através do uso de computador. Com o advento dos computadores, a programação linear tornou-se, hoje, um instrumento de grande versatilidade, aplicável a inúmeros problemas de decisão, e que apresenta um nível relativamente baixo de sofisticação matemática. Existem hoje à venda muitos programas ou "softwares" específicos para a formulação de rações, disponíveis aos técnicos.
Para a resolução do problema ou o cálculo da ração é necessário previamente que seja elaborado uma "matriz de dados". Consiste nas informações sobre os alimentos ou ingredientes em termos de composição nutricionais e preço nas exigências do animal e nas restrições necessárias. Na composição desta matriz é necessário a aplicação dos conhecimentos nutricionais do técnico, para que ocorra uma devida resolução do problema.
 Formulação de Ração
 "Método das Equações"
a) Escolher a espécie animal: exemplo Frango de Corte de 1 a 7 dias (fase pré-inicial)
b) Observar a exigência nutricional do animal nesta fase:
Fonte: Rostagno et al. (2000)
 
c) Escolher os alimentos:
Fonte: Rostagno et al. (2000)
 
d) Estimar a quantidade fixa: exemplo 4,2%
e) Estimar a quantidade do Premix Mineral e Vitamínico: exemplo 5kg/tonelada ou 0,5%
f) Formular as equações:
  
   f.1) Comparar a Equação I (Quantidade) com a II (Proteína):
 
    f.2) Comparar a Equação I (Quantidade) com a III (Energia):
    
 f.3) Comparar a Equação IV com a V (Descobrir a quantidade do alimento C – Sorgo):
     f.4) Descobrir a quantidade do alimento B (Farelo de Soja – Usar equação V):
     f.5) Descobrir a quantidade do alimento A (Milho – Usar equação I):
 Fazer uma tabela com a composição nutricional dos 3 alimentos calculados:
  
Observe que estes alimentos atenderam a quantidade de energia e proteína mas não para os outros nutrientes, então utiliza-se:
-  Calcário e Fosfato Bicálcio – como fonte de Ca e P
-  Sal Comum – como fonte de Na
-  L-Lis – como fonte de Lis
- DL-Met – como fonte de Met
  
A composição nutricional da ração está correta, para que a ração chegue em 100% é necessário, ainda, adicionar 0,041% de um inerte (arreia lavada ou palha de arroz moída).
 A ração então será:
“Método do Quadrado de Pearson”
 a) Escolher a espécie e a fase do animal:
- Suíno na fase de Crescimento
 b) Escolher o concentrado energético e protéico:
- Neste exemplo trabalharemos com milho e farelo de soja, que possuem:
	Nutrientes
	Milho (%)
	F. de Soja (%)
	Proteína
	9
	45
	Cálcio
	0,01
	0,08
	Fósforo
	0,22
	0,13
	Sódio
	0,01
	0,02
	Lisina
	0,17
	0,66
	Metionina
	0,13
	0,15
 
c) Estabelecer a quantidade de premix e a quantidade fixa (para os suplementos):
- A ração será formulada com um premix de 5kg/tonelada ou 0,5% da ração.
- Será adotado uma quantidade para os suplementos (fosfato bi-cálcio, calcário, sal, DL-Met, L-Lys, Inerte e Premix) uma percentagem de 3,2% da ração, ou seja, a quantidade de milho e f. de soja deverá ser de 96,8%.
 
d) Estabelecer as exigências do animal que está trabalhando:
- A exigência do Suíno em crescimento, segundo Rostagno et al., 2000, é:
	PB%
	17,5
	Ca%
	0,76
	P%
	0,54
	Na%
	0,17
	Lys%
	0,95
	Met%
	0,28
 
f) Montar o quadrado de Pearson (Proteína Bruta):
 
g) Executar a subtração dos níveis de PB dos concentrados com a da exigência:
 
h) Determinar as quantidades de Milho e de F. de Soja:
- Total de partes = 36
- Partes de milho = 26,94 x 96,8 / 36 = 72,439%
- Partes de f. de soja = 96,8 - 72,439 = 24,361%
 i) Determinar a quantidade nutricional do milho e do F. de Soja:
	Nutriente
	Milho
	Soja
	Exigência
	Défict
	PB
	6,52
	10,96
	17,5
	0,00
	Ca
	0,01
	0,09
	0,76
	0,66
	P
	0,22
	0,13
	0,54
	0,19
	Na
	0,01
	0,02
	0,17
	0,14
	Lys
	0,17
	0,70
	0,95
	0,08
	Met
	0,12
	0,16
	0,28
	0,00
 
j) Complementar a ração com os suplementos (Cobrir o Déficit):
 
k) Ração Completa:
	Alimento
	Quantidade (kg)
	Milho
	72,439
	F. de Soja
	24,361
	Fosfato
	1,02
	Calcário
	1,05
	Sal Comum
	0,35
	Premix
	0,50
	DL-Met
	0,00
	L-Lys
	0,09
	Inerte
	0,19
	Total =
	100,000
LITERATURA CONSULTADA
1. ANDRIGUETO, J.M.; PERLY, L.; MINARDI, I.; FLEMMING, J.S.; GEMAEL, A.; SOUZA, G.A. & BONA, A.F. Nutrição Animal -1. Nobel, 1989, 425p.
2. ANDRIGUETO, J.M.; PERLY, L.; MINARDI, I.; FLEMMING, J.S.; GEMAEL, A.; SOUZA, G.A. & BONA, A.F. Nutrição Animal - 2. Nobel, 1989, 425p.
3. CHURCH, D.C & POND, W.G. Basic Animal Nutrition and Feeding. Ithaca, 1974, 300p.
4. EMATER, http://www.agridata.mg.gov.br/emeltec.htm, 2.003.
5. ISLABÃO, N.; Manual de Calculo de Rações para Animais Domésticos. Nobel, 1978, 110p.
6. MARTIN, L.C.T. Nutrição Mineral de Bovinos de Corte, Nobel, 1993, 172p.
7. MAYNARD, L.A. & LOOSLI. Nutrição Animal, São Paulo, 1974. 550p.
8. ROSTAGNO, H.S., SILVA, D.J., COSTA, P.M.A., FONSECA, J.B., SOARES, P.R., PEREIRA, J.A.A., SILVA, M.A. Composição de alimentos e exigências nutricionais de aves e suínos; (Tabelas Brasileiras). Universidade Federal de Viçosa, Imprensa Universitária, Viçosa, M.G.: 2.000. 59p.
9. STRINGHINI, J.H., Nutriline. http://nutrimail.vilabol.uol.com.br, 2.003. 
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