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Juridicamente, os princípios são valores norteados de uma ordem jurídica, ou seja, as normas Jurídicas (Constituição Federal, Leis ,Decretos, entre outros)estão todas fundamentadas nos princípios gerais do Direito. Princípio é, por definição, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência, exatamente por definir a lógica da racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico. (apud Francisco Meton Marques de Lima, 2004, p.63). No direito do Trabalho devemos destacar o mais importantes deles, que são: 1 - Princípio da Proteção O princípio da proteção, sem dúvida o de maior amplitude e importância no Direito do Trabalho, consiste em conferir ao polo mais fraco da relação laboral - o empregado - uma superioridade jurídica capaz de lhe garantir mecanismos destinados a tutelar os direitos mínimos estampados na legislação laboral vigente. Dessa forma, este Princípio tem a função de igualar as relações entre empregador e empregado. O Princípio da proteção pode ser subdividido em três outros princípios: Princípio In Dubio Pro Operário, Princípio da Norma Mais Favorável e Princípio da Aplicação da Condição Mais benéfica ao Trabalhador. Uma vez que o In dubio Pró Operário traduz-se por aplicar a interpretação que melhor atenda ao trabalhador, diante de uma regra que tenha mais de um entendimento. Já o Princípio da Aplicação da Norma Mais Favorável ao Trabalhador consiste em existindo duas ou mais normas para se aplicar ao caso, deve-se utilizar aquela que mais beneficie o empregado. E por último o Princípio da Aplicação da Condição Mais Benéfica ao Trabalhador dispõe que as vantagens já conquistadas pelo trabalhador, não podem ser modificadas para pior. 2 - Princípio da Irrenunciabilidade de Direito A lei dispõe que os direitos do trabalhador são irrenunciáveis. Sendo que se de fato ocorrer de um trabalhador assim os renunciar, tal renúncia não terá validade, podendo o obreiro reclamar os direitos renunciados na justiça. O princípio da irrenunciabilidade dos direitos pelo trabalhador tem a função de fortalecer a manutenção dos seus direitos com a substituição da vontade do trabalhador, exposta às fragilidades da sua posição perante o empregador, pela lei, impeditiva e invalidante da sua alienação. Porém, se o trabalhador estiver em juízo, diante do juiz, poderá renunciar a seus direitos, pois dessa forma não se pode dizer que esteja sendo coagido a fazê-lo. 3 - Princípio da Continuidade da Relação de Emprego Com exceção dos contratos por prazo determinado, o contrato de trabalho tem validade por tempo indeterminado, ou seja, haverá continuidade da relação de emprego. É de interesse do Direito do Trabalho a permanência do vínculo empregatício, com a integração do trabalhador na estrutura e dinâmica empresariais. Apenas mediante tal permanência e integração é que a ordem justrabalhista poderia cumprir satisfatoriamente o objetivo teleológico do Direito do Trabalho, de assegurar melhores condições, sob a ótica obreira, de pactuação e gerenciamento da força de trabalho em determinada sociedade. Segundo Carla Teresa Martins Romar, “a continuidade da relação de emprego como princípio do Direito do Trabalho fundamenta-se no fato de que nela está a fonte de subsistência e de sustento do empregado e de sua família, tendo nítida natureza alimentar” (2018, p 59). 4 - Princípio da Primazia da Realidade O Princípio da Primazia da Realidade destaca que a realidade dos fatos prevalece sobre cláusulas contratuais ou documentos. Esse princípio pode ser aplicado a favor ou contra o empregado, isso porque, nesse caso é analisada a realidade dos fatos e não a versão apresentada pelo trabalhador. Assim, os fatos e a realidade são priorizados, sobre documentos ou estrutura empregada. Aluna: Jane Brazil Pinudo Curso: Gestão de Recursos Humanos
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