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Apostila da disciplina- Anatomia, Fisiologia e Biologia

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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo(a)!
Prezado(a) aluno(a), se você se interessou pelo assunto desta disciplina, isso já é 
o início de uma grande jornada que vamos trilhar juntos a partir de agora. 
Vamos juntos, entrar nesse novo universo conhecido como corpo humano. Desde 
o nível molecular até a grande complexidade do funcionamento dos sistemas orgânicos, 
guiarei você pelos caminhos exuberantes e encantadores do corpo humano.
Na unidade I faremos uma introdução à Anatomia Humana, sua terminologia e 
estudaremos o esqueleto humano, as articulações, os músculos e o sistema circulatório. 
A fisiologia do sistema neuromuscular, o controle neural do movimento e o 
funcionamento dos sistemas respiratório, endócrino e digestório e excretor ficarão para a 
unidade II.
A unidade III trata da biologia celular, da composição e funcionamento das estruturas 
e organelas celulares.
E para finalizar, a unidade IV trata da reprodução celular, do mecanismo de síntese 
protéica e do estudo dos tecidos humanos, a histologia.
Seja bem vindo a estudo fascinante do corpo humano!
Muito obrigado e bom estudo!
 
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 4
Anatomia Humana
UNIDADE II ................................................................................................... 25
Fisiologia
UNIDADE III .................................................................................................. 48
Bases Macromoleculares da Constituição Celular
UNIDADE IV .................................................................................................. 74
Biologia - Ciclo Celular
4
Plano de Estudo:
● Introdução à Anatomia Humana e sua terminologia
● Osteologia
● Artrologia
● Miologia
● Sistema Circulatório
Objetivos de Aprendizagem:
● Compreender o conceito de Anatomia e sua terminologia, 
● Identificar as principais estruturas dos sistemas esquelético, articular, muscular e 
circulatório
● Obter subsídios para compreensão da Fisiologia Humana
UNIDADE I
Anatomia Humana
Professor Marcelo A. de Lima
5UNIDADE I Anatomia Humana
INTRODUÇÃO
No dia a dia nos deparamos com várias formas de comunicação e, diferentemente da 
linguagem coloquial, a linguagem científica exige certo rigor na sua escrita e interpretação. 
Ela não pode deixar margens para dúvidas e, talvez esta seja a maior dificuldade de quem 
está iniciando no grande universo do conhecimento universitário. A partir de agora, evite usar 
termos comuns e populares para se referir ao corpo humano e suas estruturas, sendo que o 
conhecimento da Anatomia Humana e fundamental para todos os estudantes e profissionais 
das áreas biológicas e da saúde, indispensável para um bom exercício da profissão. A 
Anatomia é a ciência que estuda a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. 
Pensando em fornecer uma visão geral sobre o assunto a ser estudado, preparamos esse 
material para estimular seu raciocínio, seu espírito crítico e sua preocupação com as 
questões relativas à saúde e vida de todos nós seres humanos.
6UNIDADE I Anatomia Humana
1 ANATOMIA HUMANA
Anatomia Humana é a ciência que estuda macro e microscopicamente, a constituição 
e o desenvolvimento do ser humano.
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). 
Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente 
a anatomia.
7UNIDADE I Anatomia Humana
2 ANATOMIA X CINESIOLOGIA
Cinesiologia é a ciência que tem como objetivo a análise dos movimentos do corpo 
humano. 
Sabe-se que a compreensão das estruturas que compõem o aparelho locomotor, 
assim como, da nomenclatura anatômica, são conhecimentos de suma importância para o 
conhecimento dos movimentos humanos.
A terminologia anatômica 
Designa todos os termos utilizados para indicar e descrever as estruturas do corpo 
humano. Os nomes anatômicos oficiais devem ser escritos em latim, mas cada país pode 
fazer uso do próprio vernáculo para fins de ensino, o que facilita em muito o estudo da 
anatomia. Algumas abreviaturas são de uso corrente entre os anatomistas, são elas: A.= 
artéria; Aa.= artérias; Lig.= ligamento; Ligg.= ligamentos; M.= músculo; Mm.= músculos; N.= 
nervo; Nn.= nervos; R.= ramo;Rr.= ramos; V.= veia; Vv.= veias.; gl.= glândula; g.= gânglio.
Posição Anatômica
Nos agrupamentos humanos há evidentes diferenças morfológicas, todas as 
descrições do corpo humano devem ser feitas imaginando-se o corpo em uma posição 
específica, chamada de posição anatômica. Na posição anatômica, o indivíduo está em 
8UNIDADE I Anatomia Humana
posição ereta, em pé (posição ortostática) com a face voltada para frente e em posição 
horizontal, de frente para o observador, com os membros superiores estendidos paralelos 
ao tronco e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos (calcanhares 
unidos), com os dedos dos pés voltados para frente. A idade é responsável por alterações 
anatômicas evidentes. Desde a fase intrauterina até a velhice nosso corpo passa por 
inúmeras transformações. Pelo fator sexo (masculino ou feminino) é possível diferenciar 
indivíduos, devido às características especiais, muito além da simples diferença de órgãos 
genitais. Pela raça, um grupo humano se distingue de outro devido a características físicas, 
como por exemplo, pela cor da pele.
Com a grande variabilidade morfológica humana há possibilidade de reconhecer 
várias formas constitucionais, do tipo médio aos tipos extremos e mistos. Os tipos são 
chamados de brevilíneo, mediolíneo e longilíneo.
Imagem 1: Posição anatômica
9UNIDADE I Anatomia Humana
3 OSTEOLOGIA
Conceito de esqueleto
É o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço 
do corpo humano o sistema esquelético e responsável pela sustentação do organismo, 
na proteção de estruturas vitais e como base mecânica para o movimento, sempre 
correlacionando a teoria com a prática. Aproximadamente um quinto do peso total de um 
indivíduo saudável é composto por seus ossos. O esqueleto humano é uma estrutura 
resistente, viva e flexível.
Funções do Sistema Esquelético:
– Sustentação para partes moles do organismo
– Proteção de estruturas vitais 
– Base mecânica para o movimento (são os elementos passivos do movimento) – 
os elementos ativos são os músculos
– Armazenamento de sais minerais
– Hematopoiética ou hematopoiética
10UNIDADE I Anatomia Humana
Divisão do Esqueleto e número de ossos:
O esqueleto pode ser dividido em:
Esqueleto Axial – Composto pelo eixo formado pelos ossos da cabeça, pescoço 
e do tronco.(do latim axis igual a eixo, está formado por 80 ossos, sendo 28 ossos entre 
crânio e face. E 26 ossos da coluna vertebral, 24 costelas, um osso esterno e um osso 
hioide).
Esqueleto Apendicular – Composta pelos ossos dos membros superiores e 
inferiores.
A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular 
e pélvica.
O esqueleto normalmente apresenta 206 ossos, podendo ocorrer variações 
individuais. 
Imagem 2: Esqueleto humano
11UNIDADE I Anatomia Humana
Classificação dos Ossos:
Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em:
Imagem 3: tipos de ossos quanto às dimensões
 
Ossos Longos: Tem o comprimento maior que a largura e espessura e são constituídos 
por um corpo ou diáfise e duas extremidades ou epífises. Exemplo: Fêmur, tíbia, falanges.
Ossos Curtos: São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente 
iguais às suas larguras. Exemplo: Ossos do Carpo e do tarso.
Ossos Laminares (Planos): São ossos finos e compostos por duas lâminas 
paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. Exemplos: 
Frontal e Parietal.
Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal 
central. Exemplo: Costelas.
12UNIDADE I Anatomia Humana
Ossos Pneumáticos: São osso ocos,com cavidades cheias de ar e revestidas 
por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu volume. Exemplo: 
esfenoide, maxilas, etimoiode.
Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados 
em nenhuma das categorias prévias. Exemplo: vértebras, zigomático, mandíbula. 
Ossos Sesamoides: Estão presentes no interior de alguns tendões em que há 
considerável fricção, tensão e estresse físico, como as palmas das mãos e plantas dos pés. 
Exemplo: patela.
 Ossos Suturais: São pequenos ossos localizados dentro de articulações, 
chamadas de suturas, entre alguns ossos do crânio. Exemplo: osso do inca.
13UNIDADE I Anatomia Humana
4 ARTROLOGIA
 Articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos do 
esqueleto, devemos sempre ter em mente que o nosso corpo, do ponto de vista fisiológico e 
anatômico, é a mais perfeita das máquinas em funcionamento. Graças as suas articulações 
o corpo humano é capaz de realizar infinitos movimentos juntamente com as estruturas 
ósseas, conferindo mobilidade entre as mesmas e estabilizando as zonas de junção entre 
os vários segmentos do esqueleto, tudo isso graças ao Sistema Articular, os ossos do corpo 
humano unem-se uns aos outros para constituir o esqueleto e esta união não tem somente 
a finalidade de por ossos em contato, mas também de permitir mobilidade. Podemos afirmar 
que o Sistema Articular é formado por articulações ou junturas que estão diretamente 
responsáveis por realizar diversos movimentos de vários segmentos do nosso corpo.
As articulações são classificadas em três grandes grupos apesar das variações 
entre elas, mas observamos alguns aspectos estruturais e funcionais em comum a todas as 
articulações. Os três grandes grupos são: as articulações fibrosas (sinartroses) ou sólidas, 
as cartilaginosas (anfiartroses) ou com movimentos limitados e as sinoviais (diartroses) que 
são as articulações de movimentos amplos.
Fibrosas: contém tecido conjuntivo fibroso. Ex. suturas do crânio.
Cartilaginosas: contém cartilagem. Ex. sínfise púbica.
Sinoviais: Providas de cavidade com líquido sinovial. Ex. articulação do joelho.
 
Imagem 4: Articulação sinovial
14UNIDADE I Anatomia Humana
Imagem 5: Principais articulações sinoviais do corpo humano
15UNIDADE I Anatomia Humana
5 MIOLOGIA
A miologia estuda os músculos. A função básica dos músculos é permitir o movimento 
de partes do corpo através do processo de contração e relaxamento muscular. Sabemos 
que este sistema é de grande importância para o funcionamento do corpo humano, pois, 
constantemente estamos usando estes músculos de maneira voluntária, como por exemplo, 
levantar uma caixa, e, involuntariamente, no caso dos movimentos peristálticos de alguns 
órgãos do abdome e os batimentos do coração. Algumas literaturas estimam um total de 
650 músculos, outras falam em 500 aproximadamente. 
Os músculos são estruturas anatômicas de formas e comprimentos variáveis, 
formadas por miócitos e que se inserem aos ossos através de tendões, são caracterizados 
pela contração (capacidade de diminuir o comprimento) e relaxamento, onde estas ações 
movimentam partes do corpo, inclusive os órgãos internos. Os músculos representam cerca 
de 40% a 50% do peso corporal total, e são capazes de transformar energia química em 
energia mecânica.
Apresentamos três tipos de músculos em nosso corpo:
1. Músculo estriado esquelético: encontrado preso ao esqueleto, de controle 
nervoso voluntário.
2. Músculo estriado cardíaco: encontrado somente no coração, de controle 
nervoso involuntário, também pode ser chamado de miocárdio.
3. Músculo liso: encontrado em órgãos viscerais como intestino, ductos, vasos 
sanguíneos, de controle nervoso involuntário.
O músculo apresenta proteínas importantes para sua contração, as principais são 
a actina e a miosina. Basicamente, o músculo apresenta sua parte mais carnosa conhecida 
como ventre muscular e nas extremidades podem ocorrer tendões ou aponeuroses.
Os músculos representam os elementos ativos do movimento, pois necessitam de 
Adenosina Trifosfato para entrarem em movimento.
Os músculos do corpo humano são classificados de várias formas, como: 
● quanto à situação, temos os músculos superficiais ou cutâneos e os músculos 
profundos ou subaponeuróticos. 
● quanto ao movimento, temos os músculos flexores, extensores, rotadores, 
abdutores e adutores. 
● quanto à forma do ventre, temos o músculo longo, curto e largo. 
● quanto à disposição da fibra muscular, temos o transverso, reto e oblíquo. 
16UNIDADE I Anatomia Humana
● quanto à função, na realização de algum movimento, são envolvidos vários 
músculos como o músculo agonista, antagonista, sinergista e músculos fixadores 
ou posturais. Vimos que os músculos contêm uma grande rede vascular que é 
nutrida pelo sangue arterial, recebendo oxigênio e nutrientes.
Imagem 6: Tecido muscular
17UNIDADE I Anatomia Humana
6 SISTEMA CARDIOVASCULAR
O coração, os vasos sanguíneos e o sangue formam o sistema cardiovas-
cular ou circulatório. A circulação do sangue permite o transporte e a distribuição de 
nutrientes, oxigênio, dióxido de carbono e hormônios para as células de vários órgãos. O 
sangue também transporta produtos do metabolismo para que possam ser eliminados do 
corpo. Este sistema transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão e o oxigê-
nio captado pela respiração para todas as células do corpo e de modo semelhante, recolhe 
os produtos residuais do metabolismo celular levando-os até onde serão excretados. O 
sistema circulatório é do tipo fechado, ou seja, sem comunicação com o meio externo do 
corpo, sendo formado pelo coração, vasos, sangue e linfa. O coração consegue bombear 
o sangue devido à força de contração do músculo cardíaco, o miocárdio, o qual é revestido 
externamente por uma serosa protetora denominada pericárdio.
O coração é dividido em câmaras, dois átrios e dois ventrículos, separados pelo 
septo atrioventricular, e a comunicação entre essas câmaras acontece devido aos óstios 
atrioventriculares, cada um com suas valvas. O coração tem o tamanho aproximado da mão 
fechada, e bombeia o sangue para todo o corpo. Localiza-se na cavidade torácica, entre os 
dois pulmões, no mediastino. O ápice (ponta do coração) está voltado para baixo, para a 
esquerda e para frente. O coração é um órgão tetracavitário, sendo essas cavidades:
● Átrio direito e átrio esquerdo, em sua parte superior;
● Ventrículo direito e ventrículo esquerdo, em sua parte inferior (mais 
musculosos e fortes).
18UNIDADE I Anatomia Humana
O coração é formado por três camadas:
● Pericárdio – é a membrana que reveste externamente o coração, como um 
saco. Esta membrana propicia uma superfície lisa e escorregadia ao coração, 
facilitando seu movimento;
● Endocárdio – é uma membrana que reveste a superfície interna das cavidades 
do coração, é impermeável ao sangue;
● Miocárdio – é o músculo responsável pelas contrações vigorosas e involuntárias 
do coração; situa-se entre o pericárdio e o endocárdio. É mais espessa nos 
ventrículos.
Imagem 7: Coração
 
Circulação do sangue pelo coração
O sangue venoso (rico em dióxido de carbono) que entra no átrio direito pelas veias 
cavas superior e inferior passa para o ventrículo direito através do óstio atrioventricular 
direito. Do ventrículo direito, o sangue venoso é bombeado para o tronco pulmonar que se 
ramifica em artérias pulmonares direita e esquerda, uma para cada pulmão. Nos pulmões 
ocorre a hematose (troca do dióxido de carbono pelo oxigênio) e o sangue arterial (rico 
em oxigênio) retorna ao coração pelas quatro veias pulmonares que se abrem no átrio 
esquerdo. Do átrio esquerdo, o sangue arterial passa pelo óstio atrioventricular esquerdo 
e cai no ventrículo esquerdo que pulsa e lança o sangue arterial para a artéria aorta, que 
distribuirá o sangue para todo o corpo.
19UNIDADE I Anatomia Humana
Pequena e grandecirculação
Imagem 8: Esquema da circulação humana
Pequena circulação: coraçãojpulmõesjcoração
Grande circulação: coraçãojcorpojcoração
Existem três tipos básicos de vasos sanguíneos em nosso corpo: arté-
rias, veias e capilares.
● Artérias: normalmente conduzem sangue rico em oxigênio. Não possuem 
válvulas.
● Veias: normalmente conduzem sangue rico em dióxido de carbono. Possuem 
válvulas.
● Capilares: são os vasos mais finos e permitem as trocas de nutrientes, gases e 
resíduos metabólicos com as células e tecidos.
20UNIDADE I Anatomia Humana
Imagem 9:
Sangue
O Sangue apresenta seus elementos figurados (hemácias, leucócitos e plaquetas) e 
o plasma sanguíneo. As hemácias transportam oxigênio e dióxido de carbono, os leucócitos 
estão envolvidos com a defesa do organismo e as plaquetas participam dos processos de 
coagulação do sangue.
Imagem 10: Sangue
21UNIDADE I Anatomia Humana
SAIBA MAIS
“O coração é um músculo que pesa 250 gramas, em média. No ritmo normal, que é de 
70 a 75 batidas por minuto, ele chega a dar mais de 110 000 batimentos por dia. Mas, 
em caso de pânico ou susto, pode subir para 150 pulsações por minuto. No corpo em 
repouso, os 5 litros de sangue são bombeados por todo o organismo em apenas um 
minuto”.
https://fernandobraganca.com.br/2016/07/30/nosso-corpo-e-nossos-numeros/
REFLITA 
“No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade.”
Albert Einstein
https://www.pensador.com/autor/albert_einstein/
22UNIDADE I Anatomia Humana
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno,
Realize todas as atividades sugeridas para que você possa fixar seu conhecimento. 
Revise seu material, se necessário, várias vezes. Cumpra todas as etapas pelas quais 
acabamos de passar para que você esteja apto a acompanhar novos conteúdos. Lembre-
se: “ a repetição é a rainha da perfeição”.
Sucesso!
23UNIDADE I Anatomia Humana
LEITURA COMPLEMENTAR
A energia utilizada a partir do ATP não é utilizada somente para suprir o mecanismo 
de contração muscular, mas também para bombear Ca++ do sarcoplasma para o retículo 
sarcoplasmático (ao término da contração) e bombear íons Na+ e K+, através da membrana 
da fibra muscular (para a propagação dos potenciais de ação).
Porém, a concentração de ATP só é suficiente para manter a contração durante 1 
a 2 segundos. Quando o ATP libera sua energia, é liberado um radical de ácido fosfórico e 
formado o difosfato de adenosina (ADP).
Em seguida a energia liberada dos nutrientes celulares faz com que o ADP e o ácido 
fosfórico se recombinem para gerar novo ATP. Esse processo se repete continuamente. 
Para essa refosforilação, existem três fontes de energia principal:
Fosfocreatina: contém uma ligação fosfato de alta energia semelhante à do ATP. 
A Fosfocreatina é clivada e a energia gerada provoca a ligação do fosfato ao ADP para 
convertê-lo em ATP. Essa fonte adicional mantém a contração por mais 5 a 8 segundos.
Glicogênio: rápida degradação do glicogênio – previamente armazenado nas 
células musculares – em ácido lático e ácido pirúvico libera energia, que é utilizada para 
converter ADP em ATP. Sendo assim, esse mecanismo de “glicólise”, mantém a contração 
por até 1 minuto (sem a necessidade de oxigênio); forma ATP duas vezes mais rápido do 
que quando nutrientes celulares reagem com oxigênio.
Metabolismo oxidativo: mais de 95% de toda a energia utilizada pelos músculos em 
contrações de longa duração. Consiste na combinação e utilização de diferentes nutrientes 
celulares para formar ATP (carboidratos; gorduras; proteínas).
Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fisioterapia/energia-para-a-contracao-muscular/42810
24UNIDADE I Anatomia Humana
MATERIAL COMPLEMENTAR 
LIVRO 
Título: Anatomia Humana - Anatomia sistêmica e segmentar - 3.ed.
Autores: DANGELO, J. G.; FATTINI, C. C. 
Editora: Atheneu.
Ano: 2007.
Sinopse: O livro de Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar 
surge, em sua 3ª edição, totalmente reescrito, atualizado e 
ampliado, e com a inclusão da última Nomina Anatômica o que 
o torna livro do momento. Como se sabe, Anatomia Humana 
Sistêmica e Segmentar é um clássico da literatura biomédica 
nacional, fato comprovado por sua adoção nos principais cursos 
e disciplinas de anatomia do país. Seu conteúdo está plenamente 
adequado às necessidades básicas do ensino de anatomia, ou 
seja,o que efetivamente nossos estudantes devem preocupar-se 
em ser ensinados e em aprender. É livro, pois, absolutamente 
didático, em que a organização temática, a forma de abordagem e 
a descrição inseridas no texto nasceram da convivência diária de 
seus autores com os alunos nas salas de aula e nos laboratórios 
de aulas práticas. Contém 945 ilustrações anatômicas em traço 
a meio-tom e 22 figuras em cores, além de gráficos, tabelas 
e quadros sinópticos a duas cores, tudo de maneira a tornar o 
estudo de anatomia atraente e fácil, como de fato deve ser. Sem 
sombra de dúvida, por sua praticidade e adaptação as grades 
curriculares de nossos cursos biomédicos, Anatomia Humana 
Sistêmica e Segmentar, 3ª edição dos professores Dangelo e 
Fattini permanecerão como líder no quadro de adoções dos livros 
de anatomia em nosso país.
FILME/VÍDEO 
https://www.youtube.com/watch?v=Zm6QtfpwqKs
Documentário realizado pelo Discovery Channel sobre ossos e 
músculos.
WEB 
https://www.auladeanatomia.com/
http://homemvirtual.org.br/portal/
https://www.youtube.com/watch?v=Zm6QtfpwqKs
https://www.auladeanatomia.com/
http://homemvirtual.org.br/portal/
25
Plano de Estudo:
● Sistema Neuromuscular
● Controle Neural do Movimento
● Sistema Cardiovascular
● Sistema Respiratório
● Sistema Endócrino
● Sistema Digestório
Objetivos de Aprendizagem:
● Compreender os mecanismos básicos da fisiologia dos sistemas
● Fazer a inter-relação dos mecanismos fisiológicos no organismo como um todo
● Buscar subsídios para o aprofundamento sobre o organismo humano
UNIDADE II
Fisiologia
Professor Marcelo A. de Lima
26UNIDADE II Fisiologia
INTRODUÇÃO
A Fisiologia é o estudo do funcionamento dos organismos vivos, para explicação da 
própria vida. Seu estudo tem como base a célula, unidade anátomo-fisiológica dotada de 
reprodução. No organismo humano há trilhões de células, trabalhando em harmonia.
Todo o organismo trabalha de forma a se manter uma constância, a homeostase, de 
certa forma, um estado de equilíbrio interno caracterizado pelo metabolismo que na verdade 
é a união do anabolismo (reações de síntese) e do catabolismo (reações de quebra).
27UNIDADE II Fisiologia
1 SISTEMA NEUROMUSCULAR
No organismo humano há três tipos musculares: o músculo estriado esquelético, o 
músculo liso e o músculo estriado cardíaco.
Basicamente esses três tipos musculares têm a mesma função: realizar a contração 
e o relaxamento muscular, gerando movimento. 
Imagem 1: tipos de músculos
28UNIDADE II Fisiologia
Em todos eles há as proteínas denominadas actina e miosina que são as grandes 
responsáveis pelo movimento. A fonte de energia é o ATP e todos os músculos dependem de 
comando nervoso para o funcionamento. Embora todos os músculos realizem movimento, 
há diferenças importantes que podem ser visualizadas no quadro comparativo a seguir.
Quadro 1: Características dos três tipos de músculos
QUADRO COMPARATIVO
CARACTERÍSTICAS
MUSCULATURA 
ESTRIADA 
ESQUELÉTICA
MUSCULATURA 
ESTRIADA 
CARDÍACA
MUSCULATURA 
LISA
Estrias transversais Presentes Presentes Ausentes
Núcleo Muitos periféricos Um central Um central
Discos intercalares Não há Presentes Não há
Contração Rápida e voluntária Rápida, rítmica e involuntária Lenta e involuntária
Apresentação Formam pacotes bem definidos
Formam as 
paredes do coração 
(miocárdio)
Formam camadas 
envolvendo órgãos
Fonte: o autor.
29UNIDADE II Fisiologia
2 CONTROLE NEURAL DO MOVIMENTO
Embora saibamos que há três tipos de músculos (cardíaco, esquelético e liso), este 
estudo será direcionado ao Músculo Estriado Esquelético. 
Esses músculos são compostos por fibras filiformesou cilíndricas, que apresentam 
estrias formadas por bandas claras e escuras de forma alternada (filamentos de actina e 
miosina). Cada célula ou fibra muscular ou é multinucleada, alongada, podendo ultrapassar 
os 20 cm de comprimento. Cada célula é envolvida por uma membrana denominada 
endomísio. Várias fibras musculares com seus respectivos endomísios são envolvidas 
por outra membrana denominada perimísio, formando os feixes ou fascículos musculares. 
Vários feixes ou fascículos com seus respectivos perimísios são envolvidas por outra 
membrana, o epimísio, formando desta forma o músculo.
Esses músculos são inervados por nervos espinhais, cranianos e estão sob o 
controle voluntário do Sistema Nervoso Central.
30UNIDADE II Fisiologia
Imagem 2: integração sistema nervoso e muscular
2.1 Órgãos envolvidos no sistema neuromuscular
No mecanismo de contração das células ou fibras musculares esqueléticas, ocorre 
o encurtamento dos sarcômeros: os filamentos de actina “deslizam” sobre os de miosina, 
graças a certos pontos de união que se formam entre esses dois filamentos, levando à 
formação da actomiosina.
Para ocorrer esse deslizamento, há a participação de grande quantidade de dois 
elementos importantes : íons Ca ++ e ATP. Nesse caso cabe à molécula de miosina o papel de 
“quebrar” (hidrolisar) o ATP, liberando a energia necessária para a ocorrência de contração.
Imagem 3: Sarcômero, actina e miosina
31UNIDADE II Fisiologia
Cada ponto de junção entre uma terminação nervosa e a membrana plasmática 
ou sarcolema da célula muscular corresponde a uma sinapse neuromuscular. Essa junção 
é conhecida pelo nome de placa motora ou junção neuromuscular. O impulso nervoso 
propaga-se pelo neurônio eferente ou motor e atinge a placa motora, em uma sinapse axo-
muscular. A membrana da célula muscular ou sarcolema recebe o estímulo. Gera-se um 
impulso nervoso que se propaga por essa membrana, atinge o citoplasma e desencadeia o 
mecanismo de contração muscular.
Imagem 4: Unidade motora (neurônio eferente e células musculares por ela inervadas)
32UNIDADE II Fisiologia
3 SISTEMA CARDIOVASCULAR
A função de circulação é realizada pelo sistema cardiovascular. Esse sistema é 
formado por um órgão central, o coração, e por uma rede de vasos nos quais circulam o 
sangue e a linfa. 
O sistema circulatório sanguíneo tem como órgão central o coração que impulsiona 
o sangue para vasos denominados artérias. Estas por sua vez se ramificam em vasos 
cada vez mais finos até formarem as arteríolas e os capilares sanguíneos. Os capilares 
apresentam apenas uma camada e são capazes de realizar trocas de nutrientes, gases 
e outras substâncias com as células do corpo. Após deixarem o oxigênio e nutrientes às 
células do organismo, os capilares agora coletam o dióxido de carbono e outros produtos 
do metabolismo e irão formar as vênulas. Estas por sua vez formam as veias até cheguem 
ao coração levando o sangue venoso ao átrio direito.
33UNIDADE II Fisiologia
Imagem 5: Vasos sanguíneos
Artérias são vasos que saem do coração levando sangue para as diversas partes 
do corpo.
Veias são vasos que chegam ao coração trazendo sangue de todo o corpo.
Capilares são vasos que permitem a troca de substâncias com as células do corpo.
Quadro 2: Comparação entre artérias e veias
Artérias Veias
Camadas Túnica externa, média, 
interna
Túnica externa, média e 
interna
Válvulas sem com
Quando cortadas Jatos de sangue Sangue corre sem jatos
Pulsação forte fraca
Posição Geralmente profundas Muitas superficiais
O sistema circulatório linfático é formado pelos capilares linfáticos que possuem 
fundo cego nos interstícios dos tecidos. Drenam o fluido intercelular, que passa a ser 
chamado de linfa a partir do momento que é drenado para o interior dos capilares linfáticos. 
Esses capilares confluem em vasos cada vez mais calibrosos que desembocam nos ductos 
linfáticos (que possuem válvulas) que por sua vez lançam a linfa em veias calibrosas do 
sistema circulatório sanguíneo.
34UNIDADE II Fisiologia
Estruturas importantes do sistema linfático são também os linfonodos (filtram a 
linfa) e outros órgãos linfoides como baço, timo, tonsilas, adenoides e parte da medula 
óssea.
Imagem 6: Sistemas circulatórios sanguíneo e linfático
Quadro 3: Componentes do sangue
Função
HEMÁCIAS, ERITRÓCITOS, 
GLÓBULOS VERMELHOS
Transporte de oxigênio e dióxido de carbono
LEUCÓCITOS OU 
GLÓBULOS BRANCOS
Defesa: fagocitose ou produção de anticorpos
PLAQUETAS OU 
TROMBÓCITOS
Coagulação do sangue
PLASMA Contém água, enzimas, hormônios etc.
Fonte: o autor.
35UNIDADE II Fisiologia
4 SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório é formado em sequência pelos seguintes órgãos ou 
estruturas: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe, traquéia, brônquios e pulmões. 
Dá-se o nome de respiração aos processos de inspiração do ar (processo ativo – gasta 
ATP) e expiração (processo passivo – não gasta ATP).
Os órgãos tubulares (nariz, cavidade nasal, faringe, laringe, traquéia e brônquios) 
correspondem à porção condutora de ar, enquanto os pulmões correspondem à porção 
respiratória, pois realizam a hematose (troca de dióxido de carbono por oxigênio).
Os órgãos da porção condutora, além de conduzirem o ar, também tem as funções 
de aquecimento, purificação e umedecimento do ar inspirado, condições importantes para 
que seja realizada uma boa hematose por difusão de gases nos alvéolos pulmonares.
36UNIDADE II Fisiologia
Imagem 7: Hematose no alvéolo pulmonar
O pulmão direito apresenta três lobos e é maior que o pulmão esquerdo que possui 
dois lobos. Ambos os pulmões são revestidos por uma serosa denominada pleura. 
A hematose ocorre nos alvéolos pulmonares (últimas ramificações dos brônquios). 
Fato interessante é que os pulmões não possuem movimentos próprios e dependem 
das alterações de pressão na cavidade torácica quando esta se expande e se relaxa devido 
a ação de vários músculos como o diafragma, intercostais externos, internos e escalenos. O 
controle nervoso para que estes músculos atuem está sob o comando do bulbo localizado 
no tronco cerebral.
Imagem 8: Mecanismo de inspiração e expiração
37UNIDADE II Fisiologia
5 SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema endócrino é constituído por um grande número de glândulas endócrinas. 
Juntamente com o sistema nervoso que lhe fornece informações sobre as condições do 
organismo, esses dois sistemas formam o aparelho integrador do organismo. 
As glândulas endócrinas produzem os hormônios, que podem atuar em estruturas 
não endócrinas ou podem ainda atuar sobre outras glândulas (função trópica). Normalmente 
os hormônios são produzidos em pequenas quantidades e secretados no sangue ou na 
linfa até que atinjam o órgão-alvo (célula, tecido, órgão ou outra glândula). A estrutura alvo 
deverá possuir um receptor específico para cada hormônio.
38UNIDADE II Fisiologia
Quadro 4: Principais hormônios do ser humano
HORMÔNIOS
Quem produz e os seus objetivos:
Glândula Hormônio Suas principais funções
Hipotálamo
Tireotropina
(TRH)
Provoca a liberação de (TSH) na hipófise e regula o 
funcionamento da tireóide.
Corticotropina
(CRH)
Libera o (ACTH) também na hipófise e estimula as 
supra-renais
Fator
(GRH) Regula o hormônio de crescimento (GH) na hipófise
Fator
(LHRH)
Regula a produção de (LH) e (FSH), que saem da 
hipófise e agem nas gônodas.
Pineal Melatonina Controla o relógio biológico e está ligado ao sono.
Hipófise
(Lobo anterior)
Somatotrofina 
ou Hormônio de 
Crescimento (GH)
Promove o crescimento de quase todas as células.
 Prolactina
(LTH)
Controla a produção do leite materno e regula a 
ovulação.
Folículo estimulante
(FSH)
Estimula o crescimento do folículo nos ovários e nos 
testículos, induz a formação de espermatozóides.
Luteinizante
(LH)
Estimula a ovulação e a secreção dos hormônios 
sexuais.
Tireotrofina
(TSH)
Estimula a tireóide a produzir os hormônios (T3 e T4) 
que controlam o metabolismo.Adenocorticotrófico
(ACTH)
Estimula o funcionamento das glândulas supra-
renais.
Hipófise
(Lobo posterior)
Ocitocina
No parto, ajuda contrair o útero; na amamentação, 
a expulsar o leite. No homem, provoca relaxamento 
dos vasos e dos corpos eréteis do pênis, 
aumentando a irrigação sanguínea.
Antidiurético
(ADH) ou vasopressina
Provoca a reabsorção de água pelos rins e controla a 
eliminação pelos rins.
Tireóide
Triiodotironina (T3)
Tiroxina (T4)
Aumentam a velocidade das reações químicas 
na maioria das células do corpo, controlando o 
metabolismo.
Calcitonina
Regula a taxa de cálcio no sangue, inibindo a sua 
remoção dos ossos, o que diminui a taxa plasmática 
do cálcio.
Paratireóide Paratormônio Regula o metabolismo do cálcio do organismo.
Supra-renais
Cortisol Indica como devemos gastar os nutrientes.
Adrenalina e 
Noradrenalina
Ativam o de alerta do organismo em situações de 
emergência ou perigosas.
Pâncreas Glucagon Aumenta a concentração de glicose no sangue.Insulina Provoca a entrada de glicose nas células do corpo.
Ovários
Estrógeno Estimula o desenvolvimento dos órgão sexuais e das características femininas.
Progesterona Rege o ciclo menstrual; prepara a mulher para a gestação e mantém a gravidez.
Testículos Andrógenos O principal é a testosterona, relacionado às características masculinas.
Fonte: adaptado pelo autor
39UNIDADE II Fisiologia
6 SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório humano tem por função final promover a absorção de 
nutrientes. É constituído, em sequência pelos seguintes órgãos tubulares: boca, faringe, 
esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto, canal anal e ânus. Estruturas 
acessórias produzem substâncias que são lançadas na luz desse tubo para ajudar na 
digestão, são elas: glândulas salivares (parótidas, submandibulares e sublinguais), fígado 
(produz a bile) e pâncreas (produz enzimas digestivas). 
Depois de ingerido, o alimento sofre digestão mecânica (mastigação e peristaltismo), 
física (bile) e química (enzimas) e depois é absorvido. O que não é aproveitado pelo organismo 
é eliminado através das fezes. Na cavidade oral, os primeiros estágios da digestão iniciam 
com a mastigação e a secreção da saliva por três pares de glândulas salivares: glândulas 
sublinguais abaixo da língua, glândulas submandibulares abaixo da mandíbula (osso 
maxilar) e glândulas parótidas encontradas perto da articulação da mandíbula.
40UNIDADE II Fisiologia
Imagem 9: Sistema digestório humano
Quadro 5: as principais enzimas digestivas e seus locais de atuação
Enzima Substrato Onde é produzida? Onde atua? Obs.
Ptialina 
(amilase 
salivar)
Quebra o amido (um 
tipo de carboidrato em 
maltose)
Glândulas 
salivares
Cavidade 
bucal
Atua pH neutro a 
alcalino
Pepsina Quebra proteínas em peptídeos Estômago Estômago
Atua em pH ácido 
(na presença de 
ácido clorídrico)
Renina Quebra a caseína do leite materno Estômago Estômago
Produzida nos 
primeiros meses de 
vida
Su
co
 p
an
cr
eá
tic
o
Tripsina Quebra proteínas em peptídeos Pâncreas
Intestino 
delgado Atua em pH alcalino
Quimiotripsina Quebra proteínas em peptídeos Pâncreas
Intestino 
delgado Atua em pH alcalino
Lipase 
pancreática
Quebra de lipídeos do 
tipo triglicerídeos Pâncreas
Intestino 
delgado Atua em pH alcalino
Amilase 
pancreática
Quebra o amido (um 
tipo de carboidrato) 
em maltose
Pâncreas Intestino delgado Atua em pH alcalino
Peptidases 
pancreáticas
Quebra peptídeos em 
aminoácidos Pâncreas
Intestino 
delgado Atua em pH alcalino
Nucleases
Quebra ácidos 
nucléicos em 
nucleotídeos
Pâncreas Intestino delgado Atua em pH alcalino
Fonte: adaptado pelo autor.
41UNIDADE II Fisiologia
7 SISTEMA RENAL
O sistema renal ou excretor é formado pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. 
A excreção é o principal mecanismo homeostático do organismo, pois, regula a quantidade 
de água e de sais minerais, assim como, elimina os dejetos celulares através da urina. 
São funções do sistema excretor humano: reabsorção de substâncias úteis ao organismo 
(glicose, água, aminoácidos), regulação do volume de água, controle de sódio e potássio.
Os rins apresentam um córtex e uma medula. Sua unidade funcional é o néfron 
(aproximadamente um milhão por rim). No néfron ocorrem os processos de reabsorção 
de substâncias úteis e a excreção através da urina de substâncias que se acumuladas, 
poderiam se tornar nocivas, como por exemplo, a uréia.
A função mais importante dos rins é a regulação homeostática do conteúdo de 
água e íons no sangue, também chamada de balanço do sal e da água, ou equilíbrio 
hidroeletrolítico. A remoção de resíduos é importante, mas alterações nos volumes 
sanguíneos ou nas concentrações iônicas causam sérios problemas clínicos antes que o 
acúmulo de resíduos metabólicos atinja níveis tóxicos. Os quatro processos que ocorrem 
nos rins são:
Filtração: movimento do sangue para o lúmen;
Reabsorção: do lúmen para o sangue;
Secreção: do sangue para o lúmen;
Excreção: do lúmen para fora do corpo.
42UNIDADE II Fisiologia
Imagem 10: Néfron
O hormônio ADH (Hormônio Anti-Diurético) tem papel expressivo no controle de 
reabsorção de água. Quando o organismo precisa reter água, o hipotálamo secreta o ADH 
que através da corrente sanguínea chega aos néfrons, levando à reabsorção de água.
Imagem 11: Sistema excretor humano
43UNIDADE II Fisiologia
Depois de produzida a urina pelos néfrons, esta é coletada por estruturas tubulares 
denominadas cálices renais. Daí, a urina segue o trajeto pela pelve renal, ureter, bexiga 
urinária (responsável pela micção) e finalmente uretra.
REFLITA 
“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objeti-
vo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas 
admiráveis.”
Fonte: José de Alencar
44UNIDADE II Fisiologia
SAIBA MAIS
Os rins podem regular a pressão arterial pelo aumento ou pela diminuição do 
volume sanguíneo. Essa regulação é por meio de um mecanismo hormonal, chamado 
sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Quando a pressão cai até valores inferiores a normalidade, o fluxo sanguíneo pe-
los rins diminui, fazendo com que o rim secrete a importante substância chamada renina 
para o sangue. A renina atua como uma enzima convertendo uma das proteínas plas-
máticas, o substrato da renina, no hormônio angiotensina I. Esse hormônio tem efeito 
pouco intenso sobre a circulação e é rapidamente convertido em um segundo hormônio, 
a angiotensina II, por meio da enzima conversora (ECA).
Essa enzima conversora é encontrada apenas nos vasos de menor calibre dos 
pulmões.
A angiotensina II permanece no sangue por pouco tempo, apenas de 1 a 3 minu-
tos, por ser inativada por outras enzimas, encontradas no sangue e no tecido, e cha-
madas coletivamente de angiotensinas. Não obstante seu reduzido tempo de ação, e 
que está circulando no sangue, a angiotensina II produz vasoconstrição nas arteríolas, 
fazendo a pressão aumentar até o seu valor normal.
Além do mecanismo hormonal dos rins, outro importante sistema hormonal tam-
bém participa da regulação da PA: É a secreção de aldosterona pelo córtex da suprarre-
nal. Esse córtex secreta hormônios corticoides, um dos quais, a aldosterona, controla o 
débito renal de água e de sal.
A aldosterona participa da regulação da seguinte forma: quando a pressão 
arterial cai a valores muito baixos, a falta de fluxo sanguíneo ideal pelo corpo faz com 
que os córtices suprarrenais secretem a aldosterona. Uma das causas desse efeito é 
a estimulação das glândulas suprarrenais pela angiotensina II que é formada quando 
ocorre a baixa da PA. Essa aldosterona exerce efeito no rim. Como consequência a 
água e o sal ficam retidos no sangue, aumentando o volume sanguíneo, normalizando a 
PA. De modo inverso, a PA aumentada inverte esse mecanismo, de modo que os volu-
mes líquidos e, consequentemente a pressão arterial, diminuam.
Fonte:https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/a-importancia-dos-rins-na-regula-cao-da-pressao-arterial/63501
45UNIDADE II Fisiologia
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno,
Realize todas as atividades sugeridas para que você possa fixar seu conhecimento. 
Revise seu material, se necessário, várias vezes. Cumpra todas as etapas pelas quais 
acabamos de passar para que você esteja apto a acompanhar novos conteúdos. 
Busque informações mais aprofundadas em outras referências bibliográficas e 
sedimente seu conhecimento.
46UNIDADE II Fisiologia
LEITURA COMPLEMENTAR
O processo da digestão é controlado pelo sistema nervoso autônomo e por 
hormônios. A visão o cheiro e o sabor do alimento estimulam o sistema nervoso central, 
e este por meio de nervos, estimula as glândulas salivares a secretar salivas, fenômeno 
conhecido como salivação e as glândulas estomacais a secretar enzimas digestivas e 
ácido clorídrico. Além da estimulação nervosa o estômago também recebe estimulações 
hormonais.
A presença de alimentos ricos em proteínas no estômago libera no sangue 
o hormônio gastrina. O controle das secreções que atuam no intestino resulta de uma 
conseqüência de sinais químicos, dos quais participam vários hormônios. O primeiro sinal 
é dado pela entrada de quimo no duodeno, que libera a secretina no sangue, ela inibe a 
secreção gástrica do estômago e reduz a mobilidade intestinal, estimula a liberação de 
secreção pancreática rica em bicarbonatos , a produção de bile pelo fígado e a secreção do 
suco entérico pela parede intestinal.
Gorduras ou proteínas parcialmente digeridas presentes no quimo estimulam células 
do duodeno a liberar sangue o hormônio colecistoquinina. Pela circulação sanguínea esse 
hormônio atinge a vesícula biliar, estimulando a contração de sua musculatura e a expulsão 
da bile para o duodeno. Também estimula o pâncreas para liberar suco pancreático.
O quimo também estimula o intestino a liberar no sangue um hormônio inibidor de 
atividade gástrica, cuja principal função é diminuir os movimentos peristálticos estomacais, 
danado mais tempo para que a digestão ocorra. A estimulação é proporcional ao teor de 
gorduras ou carboidratos no quimo.
Fonte:https://brainly.com.br/tarefa/18093966
47UNIDADE II Fisiologia
MATERIAL COMPLEMENTAR 
LIVRO 
Título: Tratado de Fisiologia Médica - 13ª ed.
Autor: John E. Hall.
Editora: Elsevier. 
Ano: 2017.
Sinopse: a 13ª edição do Guyton & Hall Tratado de Fisiologia 
Médica mantém a longa tradição deste best-seller como o melhor 
livro-texto de Fisiologia Médica do mundo. Diferentemente de 
outros livros, este guia claro e de fácil compreensão tem voz autoral 
única e consistente e ressalta o conteúdo mais relevante para 
os estudantes clínicos e pré-clínicos. O texto detalhado, porém 
esclarecedor, é complementado por ilustrações didáticas que 
resumem conceitos-chave em fisiologia e fisiopatologia. • O texto 
com fonte maior enfatiza a informação essencial sobre como o 
corpo deve manter a homeostasia de modo a permanecer saudável, 
ao mesmo tempo em que as informações de apoio e os exemplos 
são detalhados com tamanho de fonte menor e destacados em 
lilás. • As figuras e tabelas de resumo transmitem de maneira 
facilitada os processos chave apresentados no texto. • Contém a 
nova tabela de referência rápida de valores laboratoriais padrão 
no final do livro. • Acréscimo do número de figuras, correlações 
clínicas e mecanismos moleculares e celulares importantes para a 
medicina clínica. • Inclui o conteúdo online em português do Student 
Consult, que oferece uma experiência digital aprimorada: banco de 
imagens, referências, perguntas e respostas e animações. Junto 
com a nova edição da consagrada referência mundial da fisiologia, 
Guyton & Hall, você também tem acesso à forma mais inovadora, 
simples, visual e objetiva de aprender fisiologia, o Homem Virtual, 
a maneira inteligente de estudar fisiologia em 3D.
FILME/VÍDEO 
SISTEMA DIGESTÓRIO - COMPLETO - DISCOVERY CHANNEL 
- CIÊNCIAS JÁ! 
Sinopse: Documentário realizado pelo Discovery Channel sobre 
sistema digestório sobre curiosidades, anatomia e fisiologia do 
sistema digestório humano.
WEB 
https://www.youtube.com/watch?v=WK4KGdtsdJU 
Aprenda mais sobre a homeostase.
Este é um documentário que irá lhe ensinar conceitos básicos e 
fundamentais sobre homeostase, sobre o metabolismo das nossas 
células.
48
Plano de Estudo:
● Composição química celular: proteínas, lipídeos, carboidratos, ácidos nucléicos;
● Métodos e técnicas de visualização de estruturas celulares;
● Estrutura das membranas celulares e principais mecanismos de transporte;
● Compartimentos celulares, organelas e citoesqueleto;
● Estrutura mitocondrial e função energética.
Objetivos de Aprendizagem:
● Compreender a composição química da célula e a estruturação e funcionamento 
das principais organelas celulares.
UNIDADE III
Bases Macromoleculares da 
Constituição Celular
Professor Marcelo A. de Lima
49UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, você terá contato com os conhecimentos que margeiam a 
composição química da célula. Irá se familiarizar com a terminologia usada na biologia 
celular e obterá subsídios para avançar em seus estudos. 
Noventa e nove por cento da massa das células são formadas de hidrogênio, 
carbono, oxigênio e nitrogênio.
As células são constituídas de macromoléculas poliméricas, é característica da 
matéria viva a presença de moléculas de alto peso, macromoléculas que são polímeros 
constituídos pela repetição de unidades menores, chamada monômeros. Além dos 
polímeros, moléculas menores como lipídeos, água, sais minerais e vitaminas têm relevante 
papel na constituição e no funcionamento das células.
50UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
1 PROTEÍNAS
São compostos orgânicos complexos (polímeros) de alto peso molecular. São 
formadas por carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e algumas apresentam ainda o ferro 
e o enxofre. Suas unidades básicas ou monômeros são os aminoácidos, que se ligam em 
cadeias, os polipeptídios, através das ligações peptídicas. 
Os aminoácidos caracterizam quimicamente pela presença de um átomo de 
carbono, ao qual se ligam um grupo carboxílico (COOH), um grupo amina (NH2), um radical 
e um átomo de hidrogênio. Os vegetais conseguem produzir todos os tipos de aminoácidos, 
enquanto os animais devem obter parte deles por meio da dieta, por não serem capazes 
de produzi-los.
Imagem 1: Aminoácido
51UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
Os aminoácidos produzidos por um organismo são chamados de aminoácidos 
naturais. Aqueles obtidos por meio da dieta são denominados aminoácidos essenciais. 
São conhecidos cerca de vinte aminoácidos que rotineiramente participam da estrutura das 
proteínas. 
Para formar as proteínas, os aminoácidos combinam-se por meio de ligações 
químicas denominadas ligações peptídicas.
Imagem 2: Ligação peptídica
Em cada ligação há liberação de uma molécula de água. As proteínas podem diferir 
quanto ao tipo, à quantidade e à ordem dos aminoácidos que as compõem.
 
Imagem 3: os aminoácidos e as diferentes estruturas das proteínas
52UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
As proteínas podem ser classificadas em duas categorias: as proteínas simples, 
cujas moléculas são formadas exclusivamente por aminoácidos, e as proteínas conjugadas, 
que se caracterizam pela presença, em suas moléculas, de uma parte não proteica 
denominada grupo prostético.
As enzimas são proteínas e, como tais, produzidas pelo controle do DNA. Elas são 
os efetores da informação genética no DNA, e é por meio delas que o DNA comanda todo 
o metabolismo celular.
As proteínas participam de diversas funções, como: estrutural, enzimática, 
transporte e defesa.
● Estrutural: As proteínas compõem a membrana plasmática e os filamentos que 
sustentam as células. O colágeno, por exemplo, é uma proteína presente na 
maioria dos órgãos. A actina e miosina são as principais proteínasdos músculos 
etc.
● Enzimática: as enzimas são proteínas que catalisam as reações químicas. 
Praticamente todas as reações químicas dependem da ação das enzimas. Um 
exemplo amilase pancreática, que degrada o amido no intestino.
Imagem 4: atividade enzimática
● Transporte: Na membrana plasmática das células há proteínas responsáveis 
pelo transporte de íons e algumas moléculas como a glicose entre os meios 
intra e extracelulares. No sangue, a hemoglobina é uma proteína que transporta 
o oxigênio e o dióxido de carbono para todas as células do corpo. 
53UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
● Defesa: Os anticorpos são proteínas responsáveis pela defesa do organismo 
contra agentes estranhos, como vírus e bactérias.
Fatores como temperatura e pH são de extrema importância para se manter a 
estrutura e atividade das proteínas. Quando colocadas em meios com variações bruscas 
de pH e temperatura, as proteínas podem desnatura, perdem a forma e consequentemente 
a função.
Imagem 5: Desnaturação das proteínas do ovo
Lipídios
São moléculas orgânicas de longas cadeias carbônicas e são insolúveis em água e 
solúveis em solventes orgânicos. São também chamadas ceras, óleos ou gorduras. 
De acordo com as funções principais, os lipídeos celulares podem ser divididos 
em duas categorias: lipídeos de reserva nutritiva e lipídeos estruturais, estes têm papel 
relevante na manutenção da estrutura das membranas celulares.
Os lipídios podem ser classificados em: glicerídeos, fosfolipídios, ceras ou cerídeos, 
esteróis e carotenoides.
54UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
Imagem 6: exemplo de lipídio
● Glicerídeos: podem ser de origem animal, como a gordura presente em carnes 
e manteiga ou de origem vegetal, como os óleos vegetais, presentes no azeite 
de oliva ou no óleo de milho e canola. Os glicerídeos de origem animal são 
sólidos a temperatura ambiente, enquanto os de origem vegetal são líquidos. 
Podem desempenhar as funções de isolante térmico e reserva de energia
● Fosfolipídios: fazem parte das membranas plasmáticas das células de todos 
os seres vivos. Cada molécula de fosfolipídios tem uma região hidrofílica (que 
tem afinidade com a água) e uma região hidrofóbica (sem afinidade com a 
água). Essa característica permite que esses lipídios separem meios aquosos, 
como o meio intra e extracelular, pela forma como se posicionam na membrana 
plasmática.
Imagem 7: membrana plasmática
55UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
● Cerídeos ou Ceras: são lipídios produzidos por animais e plantas. Nas plantas, 
de forma geral, as ceras têm função impermeabilizante. São produzidas e 
depositadas na superfície das folhas ou dos frutos para diminuir a perda de 
água. A cera produzida pelas abelhas também é formada por lipídios, assim 
como o cerume presente nas orelhas de alguns mamíferos. 
● Esteroides: Um exemplo é o colesterol, lipídio presente em alimentos de origem 
animal (não é encontrado nos vegetais), como carne, leite e ovos, que faz parte 
da composição das membranas celulares dos animais. Os hormônios sexuais, 
como estrógeno e a testosterona também são exemplos de esteroides. Funções: 
Participam da composição química da membrana das células animais e atuam 
como precursor de hormônios sexuais (progesterona e testosterona). 
● Carotenoides: são pigmentos avermelhados e alaranjados produzidos por seres 
autótrofos que participam do processo de fotossíntese. 
Carboidratos ou Hidratos de Carbono
São também conhecidos açucares hidratos de carbono ou glicídios. São compostos 
orgânicos elaborados pelos organismos autótrofos fotossintetizantes. Já os organismos 
heterótrofos, como os animais, devem obter essas moléculas por meio da nutrição. Os 
carboidratos estão presentes em diversos alimentos, como frutas, legumes, pães, massas 
e doce. Essas substâncias constituem a principal fonte de energia para as células 
desempenharem suas funções, como produzir e transportar substâncias, crescer e se 
dividir.
Os carboidratos são classificados, de acordo com a organização e o tamanho 
de sua molécula, constituídos por átomos de carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O), 
em três grandes grupos: ∙ Monossacarídeos: são carboidratos simples, que não sofrem 
hidrólise, de fórmula geral Cn (H2O)n, em que n varia, de 3 a 7. As pentoses e hexoses são 
os monossacarídeos mais importantes e mais comuns nos seres vivos.
56UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
Quadro 1: Principais carboidratos
Monossacarídeos Ocorrência e papel biológico
Galactose
(C6H12O6)
É um dos componentes do açúcar do leite (lactose). Tem função 
energética
Frutose e Glicose
(C6H12O6)
Mel e frutos diversos. Tem função energética
Ribose
(C5H10O6)
Componente estrutural do ácido ribonucleico (RNA) 
Desoxirribose
(C5H10O4)
Componente estrutural do ácido desoxirribonucleico (DNA). Não 
segue a fórmula geral dos monossacarídeos Cn(H2O)n
Fonte: adaptada pelo autor.
Imagem 8: pentoses
Dissacarídeos ou Oligossacarídeos: são carboidratos formados pela junção de 
duas moléculas de monossacarídeos.
Quadro 2: Principais dissacarídeos
Dissacarídeos Ocorrência e papel biológico
Sacarose
(glicose+frutose) É o açúcar da cana e da beterraba. Tem função energética.
Lactose
(glicose+galactose) É o açúcar do leite. Tem função energética
Maltose
(glicose+glicose) É obtido do amido por hidrólise. Tem função energética. 
Fonte: adaptada pelo autor.
Polissacarídeos: São carboidratos constituídos por centenas ou milhares de 
monossacarídeos. Essas moléculas recebem o nome de polímeros de monossacarídeos. 
São exemplos à celulose, o amido, o glicogênio e a quitina.
57UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
Quadro 3: Principais polissacarídeos
Polissacarídeos Ocorrência e papel biológico
Amido (com mais 
de 1.400 moléculas 
de glicose)
É reserva natural das plantas. Encontra-se armazenado em altas 
proporções em certos caules (como o da batata), em certas raízes 
(como a mandioca) e em semente de cereais (como o milho).
Celulose É o mais abundante polissacarídeo da natureza. Contitui o principal componente estrutural da parede celular das células vegetais.
Glicogênio (pode 
conter cerca de 
30.000 moléculas de 
glicose)
É o polissacarídeo de reserva dos animais em geral. Armazenado 
principalmente nas células do fígado e dos músculos. Tem papel 
energético. 
Quitina
É um polissacarídeo nitrogenado que confere rigidez e resistência 
ao tecido onde ela se encontra. Ela constitui o exoesqueleto dos 
artrópodes (crustáceos, insetos, aracnídeos), sendo também 
encontrada na parede celular de certos fungos.
Fonte: adaptada pelo autor.
Ácidos nucleicos
Os ácidos nucleicos são constituídos pela polimerização de unidades chamadas 
nucleotídeos. 
Os ácidos nucleicos são moléculas orgânicas relacionadas ao controle das 
atividades celulares, ao armazenamento e à transmissão das informações hereditárias ao 
longo das gerações. 
Há dois tipos de ácidos nucleicos, o DNA (ácido desoxirribonucleico) e o RNA (ácido 
ribonucleico). 
Os ácidos nucleicos são polímeros constituídos por monômeros denominadas 
nucleotídeos. Cada nucleotídeo é constituído por três componentes: uma pentose (açúcar 
com 5 carbonos na molécula), uma base nitrogenada (púrica ou pirimídica) e um ácido 
fosfórico.
58UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
Imagem 9: nucleotídeos
As bases nitrogenadas podem ser divididas em dois grupos: purinas e pirimidinas. 
No grupo das purinas estão a adenina (A) e a guanina (G). As pirimidinas são a citosina (C), 
a timina (T) e a uracila (U). Adenina, guanina e citosina estão presentes tanto no DNA como 
no RNA. No DNA apresenta timina e no RNA só apresenta a uracila. 
Além dos polímeros de nucleotídeos, que constituem as moléculas dos ácidos 
nucleicos, as células contêm quantidades relativamente grandes de nucleotídeos livres, 
desempenhando,sobretudo, as funções de coenzimas.
No DNA estão codificadas as informações genéticas que controlam praticamente 
todos os processos celulares. Essas informações são transmitidas de uma geração para 
a próxima através da duplicação ou replicação semi-conservativa do DNA. A molécula de 
DNA é formada por duas cadeias de nucleotídeos ligadas entre si por meio de ligações de 
hidrogênio entre as bases nitrogenadas, de forma antiparalela.
59UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
Imagem 10: Replicação semi-conservativa da molécula de DNA
O RNA é formado por apenas uma cadeia de nucleotídeos. As bases nitrogenadas 
presentes no RNA são a adenina, a uracila, a guanina e a citosina. O RNA, de forma geral, 
é responsável pela expressão das informações contidas no DNA, atuando na produção de 
proteínas. As moléculas de RNA são produzidas da moléculas de DNA pelo processo de 
transcrição. 
Dos pontos de vista funcional e estrutural, distinguem-se três variedades principais 
de ácido ribonucleico: 
RNA de transferência ou tRNA 
RNA mensageiro ou mRNA
RNA ribossômico ou rRNA
60UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
Imagem 11: Transcrição e tradução
Métodos e técnicas de visualização de estruturas celulares
O Objetivo da microscopia é a obtenção de imagens ampliadas de um objeto, que 
nos permitam distinguir detalhes não revelados a olho nu. A forma mais comum é a lupa, 
seguida do microscópio óptico, que ilumina o objeto com luz visível ou ainda luz ultravioleta. 
O limite máximo de resolução dos microscópios ópticos é estabelecido pelos 
efeitos de difração devido ao comprimento de onda da radiação incidente. Mas, em geral, 
os microscópios ópticos convencionais ficam, então, limitados a um aumento máximo de 
2000 vezes.
Imagem 12: microscópio
61UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
A imagem microscópica é caracterizada por três parâmetros: aumento, resolução 
e contraste. Na microscopia óptica tem-se a vantagem de se poder observar células vivas, 
fato impossível de se realizar no microscópio eletrônico, pois, a estrutura a ser observada 
é colocada no vácuo.
Imagem 13: Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)
No MEV a imagem é formada através de um feixe de elétrons que é usado para 
varrer o espécime (amostra). O feixe de elétrons é produzido em vácuo para evitar colisão 
com moléculas do ar. A microscopia eletrônica de varredura de alta resolução (usando 
canhão de emissão de campo) fornece imagens de superfície e de estruturas abaixo da 
superfície.
62UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
2 ESTRUTURA DAS MEMBRANAS CELULARES E PRINCIPAIS MECANISMOS DE 
TRANSPORTE
A membrana plasmática, membrana celular ou plasmalema é um envoltório visível 
somente ao microscópio eletrônico, que reveste as células dos seres procariontes e 
eucariontes (vírus não tem membrana plasmática).
Ultraestrutura da membrana plasmática
É uma estrutura semipermeável, responsável pelo transporte e seleção de 
substâncias que entram e saem da célula através dos mecanismos de transportes.
Apenas com o desenvolvimento do microscópio eletrônico foi possível a observação 
da membrana plasmática.
As funções da membrana plasmática são:
● Permeabilidade seletiva, controle da entrada e saída de substâncias da célula;
● Proteção das estruturas celulares;
● Delimitação do conteúdo intracelular e extracelular, garantindo a integridade da 
célula;
● Transporte de substâncias essenciais ao metabolismo celular;
● Reconhecimento de substâncias, graças a presença de receptores específicos 
na membrana.
63UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
A membrana plasmática ou celular separa o meio intracelular do extracelular e é a 
principal responsável pelo controle da penetração e saída de substâncias da célula.
A membrana plasmática apresenta modelo do “mosaico fluido” de Singer e Nicolson, 
em 1972. O nome “mosaico fluido” deve-se pela presença de estruturas flexíveis e fluidas, 
com grande poder de regeneração.
A membrana plasmática é quimicamente constituída por lipídios e proteínas. Por 
isso, é reconhecida por sua composição lipoproteica. Os fosfolipídios estão dispostos em 
uma bicamada lipídica. Várias proteínas e outros lipídios transitam pela bicamada.
Os fosfolipídios apresentam uma porção polar e outra apolar. A porção polar é 
hidrofílica e volta-se para o exterior. A porção apolar é hidrofóbica e voltada para o interior 
da membrana.
Os fosfolipídios movem-se, porém, sem perder o contato. Isso permite a flexibilidade 
e elasticidade da membrana. As proteínas podem ser transmembranas (que atravessam a 
membrana) ou periféricas (estão apenas em um dos lados).
Transporte de Substâncias
Imagem 14: Transportes de membrana
64UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
O transporte de substâncias através da membrana plasmática pode ser de modo 
passivo ou ativo. 
O transporte passivo ocorre sem gasto de energia. As substâncias deslocam-se do 
meio mais concentrado para o menos concentrado. São exemplos:
● Difusão Simples - É a passagem de partículas de onde estão mais concentradas 
para regiões em que sua concentração é menor. Ex. Oxigênio.
● Difusão Facilitada - É a passagem, através da membrana, de substâncias que 
não se dissolvem em lipídios, com ajuda das proteínas da bicamada lipídica 
da membrana. São necessárias proteínas chamadas permeases para fazer o 
transporte. Ex. glicose.
● Osmose - É a passagem de água de um meio menos concentrado (hipotônico) 
para outro mais concentrado (hipertônico). Ex. água.
O transporte ativo ocorre com gasto de energia (ATP). As substâncias deslocam-se 
de menor para o de maior concentração. São exemplos:
● Transporte em Bloco: Endocitose e Exocitose - Ocorre quando a célula transfere 
grande quantidade de substâncias para dentro ou para fora do seu meio 
intracelular. Ex. fagocitose.
● Bomba de Sódio e Potássio - Passagem de íons sódio e potássio para a 
célula, devido às diferenças de suas concentrações, contra um gradiente de 
concentração. Ex. bomba de sódio e potássio.
https://www.todamateria.com.br/difusao-simples/
https://www.todamateria.com.br/difusao-facilitada/
https://www.todamateria.com.br/osmose/
https://www.todamateria.com.br/endocitose-e-exocitose/
https://www.todamateria.com.br/bomba-de-sodio-e-potassio/
65UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
3 COMPARTIMENTOS CELULARES, ORGANELAS E CITOESQUELETO
A substância que compõe o citoplasma se chama citosol ou hialoplasma. É um 
líquido gelatinoso na qual as organelas ficam mergulhadas e que tem os seus limites 
definidos por uma membrana, que é a membrana celular.
O citoplasma é, portanto, o espaço onde se encontram todas as organelas.
As membranas têm a função de revestir, proteger e de dar forma aos organismos 
onde estão presentes. Além da membrana plasmática, as mitocôndrias, os peroxissomos, 
o retículo endoplasmático rugoso (RER), o retículo endoplasmático liso (REL), o complexo 
de Golgi e os lisossomos são todas organelas ou organoides celulares membranosos.
As principais organelas citoplasmáticas são:
● Membrana plasmática: é o que envolve a célula, que a delimita e tem a função 
de permeabilidade seletiva.
● Núcleo: encontrado nas células eucariontes, guarda o material genético, o DNA 
do ser vivo e comanda tudo que acontece dentro da célula.
● Mitocôndria: tem a função principal de respiração celular, de produzir energia 
(ATP) para aquela célula funcionar e exercer suas atividades. Tem seu próprio 
DNA e seus próprios ribossomos.
● Ribossomos: fazem a síntese de proteínas.
● Lisossomos: têm função de digestão intracelular. Contém enzimas que vão 
realizar a quebra de substâncias dentro da célula. Eles podem digerir substâncias 
66UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
que vêm de fora (heterofagia), ou pode digerir substâncias que já estão ali dentro(autofagia).
● Retículo endoplasmático: conjunto de bolsas e tubos que têm função principal 
de transportar algumas substâncias. Existem dois tipos, Rugoso ou Granuloso 
(RER) e Liso ou Agranuloso (REL).
O granuloso tem esse nome por conter vários ribossomos aderidos a ele, aí a 
sua função será a síntese de proteínas. A diferença é que ele vai sintetizar proteínas que 
serão utilizadas fora da célula. Os ribossomos que ficam soltos pela célula irão sintetizar 
proteínas que são utilizadas pelas células.
O retículo endoplasmático liso tem a função de sintetizar lipídeos. Ele vai desintoxicar 
a célula, vai degradar as substâncias tóxicas que estão ali dentro.
● Complexo de Golgi: formado também por bolsas sobrepostas, tem a função 
de secreção celular, isto é, de levar o que está dentro da célula para fora dela. 
Também tem a função de sintetizar carboidratos do tipo polissacarídeos.
● Centríolos: são formados por microtúbulos que vão ajudar os cromossomos a 
se separarem na hora da divisão celular. Estão presentes também em cílios e 
flagelos, auxiliando na locomoção de algumas células.
● Peroxissomos: tem a função de quebrar água-oxigenada ou peróxido de 
hidrogênio. Utiliza para isto, a enzima catalase. O peróxido de hidrogênio pode 
estar presente dentro das células devido a alguns processos e é extremamente 
tóxico.
● Citoplasma: é composto por uma substância gelatinosa chamada citosol, e 
pelas organelas presentes naquela célula, é todo o espaço onde as organelas 
estão imersas.
● Citoesqueleto: é o que dá sustentação e forma àquela célula, formado por 
um conjunto de estruturas proteicas que ficam no citoplasma e ajudam nessa 
sustentação.
http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=411
67UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
4 ESTRUTURA MITOCONDRIAL E FUNÇÃO ENERGÉTICA
As mitocôndrias são organelas presentes em células de seres eucariotos. A 
membrana da parte interna forma várias dobras que chamamos de cristas mitocondriais, 
entre essas cristas existe uma substância preenchendo o espaço, a qual chamamos de 
matriz mitocondrial.
O DNA mitocondrial é idêntico ao das bactérias e são capazes de se autoduplicarem, 
dizemos que elas têm DNA próprio. Esse fato leva a hipótese de que as mitocôndrias surgiram 
de bactérias primitivas que invadiram uma célula e passaram a viver harmonicamente com 
ela – teoria da endossimbiose. Tanto a membrana interna quanto a matriz mitocondrial 
possuem enzimas respiratórias que estão envolvidas na respiração aeróbia.
Imagem 15: Estrutura de uma mitocôndria
4.1 Respiração celular
A respiração celular pode ocorrer de duas formas, uma utiliza o oxigênio para a 
reação, a respiração aeróbica, e a outra não utiliza, a respiração anaeróbica.
As necessidades nutricionais do corpo são supridas, em princípio, ao ingerir os 
nutrientes, como carboidratos, lipídios e proteínas. Essas moléculas, entretanto, são muito 
68UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
grandes, o que faz com que o corpo as quebre para poder utilizá-las. Após essa digestão feita 
pelo organismo, restam carboidratos simples, como a glicose, ácidos graxos e aminoácidos, 
que, então, podem ser utilizados. São essas moléculas que são usadas para obter energia 
pelo organismo, em especial os açucares simples como a glicose. Entretanto, elas não 
podem ser utilizadas diretamente, isto é, elas são processadas para gerar outra molécula 
que poderá ser utilizada com essa finalidade, a adenosina trifosfato ou apenas ATP.
O ATP é uma molécula é composta pela base nitrogenada adenina, açúcar 
e três fosfatos. A energia é liberada das duas ligações que unem os fosfatos. Elas são 
ligações de alta energia que, quando necessário para alguma função ou reação do corpo, 
são quebradas liberando energia suficiente para esses eventos.
Imagem 16: Liberação de energia da molécula de ATP
A respiração anaeróbica –glicólise- ocorre no citosol das células e não se trata de 
uma forma muito eficiente para a geração de ATP. Isso ocorre porque ao fim do processo 
é gerada bem pouca energia, mais especificamente, um mol de glicose acaba gerando 
apenas dois mols de ATP.
69UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
Imagem 17: Observe que fotossíntese e respiração celular se complementam
A respiração aeróbica (ciclos de Krebs e cadeia respiratória) se trata da obtenção 
de energia utilizando o oxigênio como componente do processo, como ocorre, por exemplo, 
na fosforilação oxidativa. Esse processo ocorre nas mitocôndrias das células e utiliza um 
dos produtos da glicólise, o ácido pirúvico ou piruvato. Assim, essa via de obtenção de 
energia acaba gerando trinta e seis mols de ATP a partir de um mol de glicose.
Imagem 18: A respiração aeróbia depende da mitocôndria
70UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
SAIBA MAIS
Você sabia que as mitocôndrias, organelas celulares responsáveis pela produção de 
energia para as células são uma herança exclusivamente materna? Pois é, uma das 
teorias relata que no momento da fecundação, quando o espermatozóide atinge o in-
terior do óvulo, o mesmo contribui para formação do zigoto apenas com o núcleo e o 
centríolo. A maioria das mitocôndrias do espermatozóide ficam de fora, com a cauda que 
fica para trás quando o mesmo adentra ao ovócito.
As poucas mitocôndrias do espermatozóide que passam são absorvidas pelo citoplas-
ma do óvulo onde se desintegram.
Fonte: https://www.biotadofuturo.com.br/mitocondria-heranca-materna/ 
REFLITA 
“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa 
ser realizado.”
Roberto Shinyashiki.
71UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno,
Realize todas as atividades sugeridas para que você possa fixar seu conhecimento. 
Revise seu material, se necessário, várias vezes. Cumpra todas as etapas pelas quais 
acabamos de passar para que você esteja apto a acompanhar novos conteúdos.
Busque informações mais aprofundadas em outras referências bibliográficas e 
sedimente seu conhecimento.
Lembre-se de que esses assuntos necessitam de muita leitura adicional. Esforce-
se para obter os resultados almejados.
72UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
LEITURA COMPLEMENTAR
Normalmente, a identificação genética é realizada pela análise do DNA nuclear. 
Porém, um outro tipo de DNA pode ser analisado (o DNA mitocondrial - mtDNA). 
O mtDNA apresenta um padrão de herança materna, ou seja, a sequência é 
idêntica para todos os familiares por parte de mãe (herança matrilinear). Pode ser usado 
para identificar pessoas desaparecidas, através de análise por comparação com parentes. 
É útil, também, na identificação de materiais muito antigos ou em avançado grau de 
decomposição. A análise do mtDNA tem ajudado a solucionar diversos casos na genética 
forense, sendo utilizada com sucesso por laboratórios dos EUA e Europa.
Fonte:https://genomic.com.br/dna-mitocondrial/
73UNIDADE III Bases Macromoleculares da Constituição Celular
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Biologia Molecular da Célula - 6ª.ed.
Autores: Bruce Alberts, Alexander Johnson, Julian Lewis, David 
Morgan, Martin Raff, Keith Roberts, Peter Walter, John Wilson, Tim 
Hunt.
Editora: Artmed.
Ano: 2017.
Sinopse: À medida que a quantidade de informações em biologia 
aumenta exponencialmente, é cada vez mais importante que 
os livros tenham a capacidade de transformar grandes volumes 
de conhecimento científico em princípios concisos e conceitos 
duradouros. Assim como em edições anteriores, Biologia molecular 
da célula atinge este objetivo com seu texto claro e transparente, 
aliado a ilustrações de alta qualidade e explicações de abordagens 
matemáticas necessárias para a análise quantitativa das células, 
moléculas e sistemas. Esta edição foi revisada e atualizada 
extensivamente a partir das pesquisas mais recentes, oferecendo 
uma excelente estruturapara o ensino e o aprendizado da biologia 
celular.
FILME/VÍDEO
https://www.youtube.com/watch?v=AdP9eiXb2y4
Vídeo sobre visão geral do metabolismo celular.
https://www.youtube.com/watch?v=D7gmvdNpTGM
Vídeo explicativo sobre respiração celular.
https://www.youtube.com/watch?v=AdP9eiXb2y4
https://www.youtube.com/watch?v=D7gmvdNpTGM
74
Plano de Estudo:
● Mitose e meiose – Ciclo Celular
● Ribossomos e síntese protéica
● Tipos celulares, diferenciação celular
● Características gerais dos principais tecidos (epitelial, conjuntivo, muscular, ósseo e 
nervoso). Técnicas de coloração.
Objetivos de Aprendizagem:
● Compreender os mecanismos de reprodução celular
● Compreender o mecanismo da síntese de proteínas
● Diferenciar os tecidos humanos e os tipos celulares mais comuns.
UNIDADE IV
Biologia - Ciclo Celular
Professor Marcelo A. de Lima
75UNIDADE IV Biologia - Ciclo Celular
1 MITOSE E MEIOSE
Há dois tipos de divisão celular, a mitose e a meiose. A mitose é um tipo de divisão 
celular que ocorre desde o surgimento da primeira célula do embrião (célula-ovo ou zigoto) 
até a nossa morte. É por meio das mitoses que crescemos, renovamos as células da pele, 
do sangue etc., e fechamos ferimentos quando nossos tecidos são injuriados.
A mitose se inicia com uma célula diplóide (2n= 46 cromossomos), ou seja, com 
o número total de cromossomos da espécie. Antes de ocorrer a mitose, há um período 
denominado interfase, em que ocorre a duplicação do material genético, para depois 
começar a divisão propriamente dita.
1.1 O Ciclo Celular
O ciclo celular corresponde aos eventos que ocorrem desde a formação de 
uma célula até a sua própria divisão em duas células-filhas, com o mesmo número de 
cromossomos. Esse ciclo é dividido em duas etapas básicas: a intérfase, etapa em que a 
célula está se preparando para se dividir, e a mitose, etapa em que a célula está em divisão.
Os períodos da intérfase são denominados G1, S (onde ocorre a duplicação do 
DNA) e G2 e as fases da mitose são denominadas prófase, metáfase, anáfase e telófase.
76UNIDADE IV Biologia - Ciclo Celular
Imagem 1: Ciclo celular
Veja no quadro a seguir, as principais alterações que ocorrem na mitose.
Quadro 1: Fases da mitose
FASES MITOSE MEIOSE I
Prófase
- Desintegração da carioteca e do 
nucléolo;
- Formação do fuso acromático;
- Condensação dos cromossomos 
(se tornam visíveis ao 
microscópio).
- Desintegração da carioteca e do 
nucléolo;
- Formação do fuso acromático;
- Condensação dos cromossomos 
(se tornam visíveis ao microscópio).
- Ocorrência do crossing-over;
- Pareamento de cromossomos.
Metáfase Alinhamento dos cromossomos no plano equatorial da célula.
Alinhamento dos PARES de 
cromossomos duplicados no plano 
equatorial da célula.
Anáfase Separação das cromátides-irmãs. Separação dos pares de cromossomos homólogos.
Telófase
- Reaparecimento do nucléolo e 
da carioteca;
- Desaparecimento do fuso 
acromático;
- Desorganização dos 
cromossomos (não é possível 
diferenciá-los).
Divisão do citoplasma e continuação 
da divisão com a meiose II.
Fonte: adaptado pelo autor. 
77UNIDADE IV Biologia - Ciclo Celular
Imagem 2: Fases da mitose
Meiose
A meiose é um tipo de divisão em que uma célula dá origem a quatro novas células 
com metade do número de cromossomos da célula inicial (divisão reducional). Uma célula 
que apresenta 2n = 46 cromossomos, ao sofrer meiose, dá origem a quatro células com n 
= 23 cromossomos.
Na verdade, a meiose está dividida em meiose reducional (R!) e meiose equacional 
(E!). A primeira separa os cromossomos homólogos e a segunda separa as cromátides-
irmãs.
A meiose é um processo importante para a variabilidade genética, sendo o tipo de 
divisão que ocorre no processo de formação de espermatozoides e óvulos.
Durante a meiose ocorre o crossing-over ou recombinação gênica, por isso os 
gametas são sempre diferentes.
Imagem 3: meiose
As últimas quatro células são os gametas (espermatozoides ou óvulos)
78UNIDADE IV Biologia - Ciclo Celular
2 RIBOSSOMOS E SÍNTESE PROTÉICA
2.1 Ribossomos
Os Ribossomos são pequenas estruturas em forma de grânulos que estão presentes 
em todas as células. Participam de uma das funções mais importantes da célula, a síntese 
ou produção de proteínas. Esta função de síntese de proteínas se concretiza quando os 
ribossomos ficam enfileirados, formando os polissomas ou polirribossomos, no citoplasma 
ou aderidos ao retículo endoplasmático rugoso.
A função dos ribossomos é auxiliar na produção das proteínas nas células. Essas 
proteínas podem assumir várias funções no organismo: estrutural, enzimática, hormonal e 
defesa.
Os ribossomos reúnem diversos aminoácidos durante a síntese proteica através de 
uma ligação química chamada de ligação peptídica (ligação entre um aminoácido e outro).
A estrutura dos ribossomos assemelha-se a um grânulo, por isso possui uma forma 
arredondada.
79UNIDADE IV Biologia - Ciclo Celular
Imagem 4: Estrutura do ribossomo
É formado por moléculas de RNA ribossômico (+- 50%), associado às proteínas (+- 
50%). Eles estão presentes em grande parte no hialoplasma (ribossomos livres), no entanto, 
podem ser encontrados nas mitocôndrias, nos cloroplastos e no retículo endoplasmático 
granular ou rugoso (quando os ribossomos estão aderidos à sua superfície externa).
Os ribossomos podem ser considerados organelas celulares não membranosas de 
forma que permanecem livres no citoplasma (hialoplasma) das células. Apresentam uma 
subunidade maior e outra menor com sítios específicos de ligação para as moléculas de 
RNAs.
2.2 Síntese Protéica
Tradução é a designação para o processo de síntese de proteínas. Ocorre no 
citoplasma com a participação, entre outros, de RNA, dos ribossomos e de aminoácidos.
80UNIDADE IV Biologia - Ciclo Celular
Tudo começa no DNA, no gene, segmento de DNA que contém as informações 
para a síntese de uma proteína. O DNA se abre e pelo processo da transcrição serão 
produzidos diversos tipos de RNAs (mensageiro, ribossômico e transportador). O RNAm 
produzido contém uma sequência de bases nitrogenadas transcritas do DNA, onde estão 
localizados os códons (trinca de nucleotídeos no RNAm). Essas trincas terão que ser “lidas” 
pelos ribossomos e RNAs transportadores, pois, sequências específicas dessas trincas 
indicam qual é o aminoácido que deverá ser trazido pelo RNAt.
Imagem 5: observe a ocorrência da transcrição
No citoplasma, o RNAm irá participar da síntese de proteínas, juntamente com RNA 
transportador e com o ribossomo. Note que enquanto o DNA é de dupla fita, os RNAs são 
de fita simples.
O RNA ribossômico associa-se a proteínas, formando os ribossomos, organelas 
responsáveis pela leitura da mensagem contida no RNA mensageiro. Os RNAt possuem 
os anticódons que reconhecem os códons do RNAm, trazendo um aminoácido específico 
de acordo com esse reconhecimento. Os RNAt são responsáveis pelo transporte de 
aminoácidos até o local onde se dará a síntese de proteínas junto aos ribossomos. Os 
RNAt são moléculas de fita simples, de pequeno tamanho, lembrando em formato uma cruz 
invertida que traz em sua extremidade uma molécula de aminoácido.
81UNIDADE IV Biologia - Ciclo Celular
Imagem 6: Transcrição e tradução
Esquema mostrando as etapas da transcrição e tradução para formação de uma 
proteína
Duas regiões se destacam em cada RNAt: um é o local em que se ligará o aminoácido 
a ser transportado e a outra corresponde ao trio de bases complementares (anticódon) do 
RNAt, que se encaixará no códon correspondente do RNAm.
Anticódon é o trio de bases nitrogenadas do RNAt, complementar do códon do 
RNAm.
Conforme os RNAt vão se colocando lado a lado na molécula de RNAm, os 
aminoácidos trazidos por eles ficam próximos e ocorre uma ligação entre esses dois 
aminoácidos, ligação conhecida como ligação peptídica. Dessa forma, as cadeias de 
aminoácidos vão se tornando cada mais maiores no caso de formação de proteínas,

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