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CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES e ATENUANTES CAUSAS DE AUMENTO e DIMINUIÇÃO AGENTE FATO VÍTIMA ANTECEDENTES Na 2ª FASE, se destinará na avaliação das circunstâncias legais que agravam e atenuam a pena, sendo elas obrigatórias (devem necessariamente ser consideradas pelo juiz) e genéricas (previstas num rol na parte geral, aplicável em tese para qualquer crime), assim, fixando uma PENA PROVISÓRIA. A T E N U A N T E S (A R T . 6 5 , C P) CONDUTA SOCIAL PERSONALIDADE MOTIVOS Refere-se ao papel social do indivíduo (família, profissional), ou qualquer outra forma de comportamento dentro da sociedade. CIRCUNSTÂNCIAS CONSEQUÊNCIAS São os fatores que levaram o agente a praticar o delito, sendo certo que se o motivo constituir agravante ou atenuante, qualificadora, causa de aumento ou diminuição não será analisada nesta fase, sob pena de configuração do bis in idem. É a extensão do dano/intensidade da lesão produzida no bem jurídico protegido em decorrência da prática delituosa; COMPORTAMENTO Refere-se normalmente ao grau de colaboração ou influência da vítima na prática do delito, servindo como diminuição do grau de responsabilidade do agente (ex.: provocação da vítima). É o grau de responsabilidade ou de reprovação da conduta do agente em relação da pratica do delito. Refere-se à passagem do réu pelo sistema penal; são todas as boas e as más condutas da vida pregressa do agente; até 5 anos após o término do cumprimento da pena ocorrerá a reincidência e, após esse lapso, as condenações por este havidas serão tidas como maus antecedentes; São as características pessoais do agente, a sua índole e periculosidade; envolve na análise de seu perfil psicológico, ético e moral; além de traumas e influências na infância e juventude, níveis de irritabilidade, ausência de sentimento humanitário, frieza na execução do crime, etc. Refere-se na determinação do agente para a operação do delito (instrumentos do crime, tempo de sua duração, local do crime, etc.); CULPABILIDADE Na 1ª FASE, se destinará a FIXAÇÃO DA PENA-BASE, onde o juiz, em face do caso concreto, analisará as características do crime e as aplicará, não podendo fugir do mínimo e do máximo de pena cominada pela lei àquele tipo penal. ART. 59, CP REINCIDÊNCIA MOTIVO FÚTIL ou TORPE Facilitar a execução, ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime; À TRAIÇÃO, de EMBOSCADA ou DISSIMULAÇÃO, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido; Com emprego de veneno, fogo, explosivo, TORTURA ou outro MEIO INSIDIOSO OU CRUEL, ou de que podia resultar PERIGO COMUM; Quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que o tenha condenado por crime anterior. Nessa circunstância tem que existir conexão entre os dois crimes; Contra ASCENDENTE, DESCENDENTE, IRMÃO ou CÔNJUGE; Abrange qualquer forma de parentesco, independe de ser legítimo ou não, consanguíneo ou civil; É o meio empregado para a prática delituosa; tortura ou meio cruel é aquele que causa imenso sofrimento físico e moral à vítima; meio insidioso é aquele que usa de fraude ou armadilha e o perigo comum é o que coloca em risco um nº indeterminado de pessoas; Motivo fútil é aquele de pouca importância, e motivo torpe é aquele vil, repugnante, maldoso; É quando a vítima for pega de surpresa; a traição é: uso de confiança depositada pela vítima para praticar o delito; a emboscada é a tocaia, aguarda escondido para praticar o crime e a dissimulação é quando utiliza-se de artifícios para aproximar-se da vítima; O abuso de autoridade refere-se a relações privadas; relações domésticas são as existentes entre os membros da família; e coabitação significa que tanto autor quanto vítima residem sob o mesmo teto; Dá-se quando o crime é praticado por agente público, utilizando-se de sua profissão para praticar o crime; São pessoas mais vulneráveis, por isso ganham maior proteção da lei; criança é o que possui idade inferior a 12 anos da idade; Aumenta-se a pena pela audácia do agente em não respeitar à autoridade; Dá-se pela insensibilidade do agente que se aproveita de uma situação de desgraça, pública ou particular, para praticar o delito; O agente se embriaga para cometer o crime/delito. Abuso de autoridade ou prevalecendo- se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou com VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER; ABUSO DE PODER ou VIOLAÇÃO DE DEVER inerente a CARGO, OFÍCIO, MINISTÉRIO OU PROFISSÃO; Contra CRIANÇA, maior de 60 ANOS, enfermo ou mulher GRÁVIDA; Quando o ofendido estava sob a IMEDIATA PROTEÇÃO da AUTORIDADE; Ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou CALAMIDADE PÚBLICA, ou de desgraça particular da vitima; Em estado de EMBRIAGUEZ PREORDENADA. APLICAÇÃO DA PENA A aplicação da pena é a atividade intelectual para a escolha e quantificação da pena, aplicada conforme seja necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime. Ser o agente MENOR DE 21 anos na DATA DO FATO; Leva-se em conta a idade do agente na data do fato, pois o CP adotou a teoria da atividade (art. 4º); Ser o agente MAIOR DE 70 anos na DATA DA SENTENÇA; MOTIVO de relevante VALOR SOCIAL ou MORAL; DESCONHECIMENTO da LEI; Ter o agente procurado, por sua ESPONTÂNEA VONTADE e com eficiência, logo após o crime, EVITAR-LHE OU MINORAR-LHE AS CONSEQUÊNCIAS; REPARAÇÃO DO DANO ATÉ O JULGAMENTO; Praticar crime sob COAÇÃO MORAL RESISTÍVEL, ou em cumprimento de ORDEM DE AUTORIDADE SUPERIOR, ou sob influência de VIOLENTA EMOÇÃO PROVOCADA por ATO INJUSTO da vítima; Nula é a decisão ou sentença que desconsidera tal circunstância na individualização da pena; Embora não isente depena (art. 21, CP), serve para atenuá-la, ao passo que o erro sobre a ilicitude do fato exclui a culpabilidade; Valor moral é o que se refere aos sentimentos relevantes do próprio agente e valor social é o que interessa ao grupo social, à coletividade; Esse arrependimento difere do arrependimento eficaz, uma vez que, neste ultimo, o agente consegue evitar a produção do resultado (art. 15, CP), enquanto no arrependimento atenuante só ocorre depois que o resultado se produziu; Se a reparação do dano anteceder o recebimento da denúncia ou queixa e se preenchidos os demais requisitos do art. 16 do CP, há causa de diminuição de pena (arrependimento posterior) e não atenuante genérica; Coação resistível é o constrangimento vencível, que não isenta da responsabilidade penal, mas, mesmo assim, funciona como atenuante genérica; a obediência a ordem manifestamente ilegal não exclui a culpabilidade, mas permite a atenuação da pena; e, se o agente não estiver sob o domínio, mas mera influência, haverá atenuante, e não o privilégio; CONFISSÃO ESPONTÂNEA da autoria do crime PERANTE A AUTORIDADE; Praticar CRIME SOB INFLUÊNCIA DE MULTIDÃO em tumulto, SE NÃO O PROVOCOU. Se o agente confessa perante a Autoridade Policial, porém se retrata em juízo tal atenuante não é aplicada; Ainda que a reunião da qual se originou o tumulto não tivesse fins ilícitos, se o agente não lhe deu causa, tem direito à atenuação. ART. 68, CP 1ª FA S E : P E N A -B A S E 2ª FA S E : P E N A -P R O V IS Ó R IA 3ª FA S E : P E N A -FIN A L Com relação as qualificadoras (prevista somente na parte especial), é possível que o juiz reconheça duas ou mais em um mesmo crime e, segundo a doutrina, a primeira deverá servir como qualificadora e as demais como agravantes genéricas. As causas de aumento e diminuição podem tanto estar previstas na PARTE GERAL do Código quanto na PARTE ESPECIAL, que permitem ao magistrado diminuir aquém do mínimo legal bem como aumentar além do máximo legal. EXEMPLO DE CAUSA DE DIMINUIÇÃO: tentativa (art. 14, § único); Arrependimento posterior(art. 16); Erro de proibição evitável (art. 21 2ª parte); Semi-imputabilidade (art. 26, § único); Menor participação (art. 29, § 1º). EXEMPLO DE CAUSA DE AUMENTO: concurso formal (art. 70), crime continuado (art. 71) e crime continuado especifico (art. 71, § único). O § único do art. 68, CP, dispõe que se ocorrer o concurso de causas de diminuição e de aumento previstas na parte especial, deverá o juiz limitar-se a uma só diminuição e a um só aumento, prevalecendo a que mais aumente ou diminua, porém se ocorrer uma causa de aumento na parte especial e outra na parte geral, poderá o magistrado aplicar ambas, posto que a lei se refere somente ao concurso das causas previstas na parte especial do CP. A G R A V A N T E S (A R T . 6 1 , C P) O sistema empregado para aplicação da pena é o método TRIFÁSICO, devendo ser respeitado pelo juiz ao calcular a pena imposta ao réu na sentença condenatória, em atenção à norma constitucional que obriga a lei a regularizar a individualização da pena (art. 5º, XLVI, CF). CONCURSO DE AGRAVANTES E ATENUANTES: havendo o concurso entre as circunstâncias agravantes e as atenuantes o magistrado não deverá compensar uma pela outra e sim ponderar-se pelas circunstâncias preponderantes que, segundo o legislador, são aquelas que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. Além do art. 61, CP, o ART. 62, do mesmo código, dispõe sobre quatro circunstâncias agravantes no concurso de pessoas.
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