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Fases da odontogênese

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Fundação Educacional Serra dos Órgãos
Centro Universitário Serra dos Órgãos
 
	Explicar a odontogênese e a formação dos tecidos dentários.
	
 
Odontogênese é o período em que os elementos dentários são formados. Esse é um complexo fenômeno de indução celular e molecular entre o ectomesênquima, constituído pela migração dadas células da crista neural ao nível do mesênquima da cavidade oral, e o epitélio oral primitivo. A odontogênese é dividida em fases: lâmina dentária (6ª semana), botão (7ª semana), capuz, campânula (10ª semana), formação da coroa e raiz. Nessas fases ocorrem alterações responsáveis pela proliferação, diferenciação celular, morfogênese, histogênese e maturação dos órgãos dentários. A odontogênese ocorre a partir do vigésimo sétimo dia de desenvolvimento do embrião.
1ª fase da odontogênese: Fase de lâmina dentária por volta da 5ª ou 6ª semanas de vida intra-uterina, a banda epitelial primária começa a proliferar e se divide em duas grandes lâminas: a ina vestibular, que originará o fundo de sulco vestibular (sulco que delimita o lábio superior e inferior do rebordo alveolar, ou seja, do osso no qual se localizam os dentes); e a lâmina dentária, que originará os germes dentários. Embrião em vista lateral. A boca primitiva é recoberta pela banda epitelial primária. Esta se divide em uma primeira lâmina, a lâmina vestibular, delimitando o fundo de sulco e separando os processos maxilar e mandibular do lábio. Em seguida, da lâmina vestibular parte uma outra lâmina, a dentária, a qual se estende por todo o processo maxilar e mandibular. A lâmina dentária, assim, é um tecido epitelial apoiado sobre o ectomesênquima. 
 2ª fase da odontogênese: Fase de botão em alguns pontos específicos, os quais serão os locais dos futuros germes dentários, a lâmina dentária começa a se proliferar e o ectomesênquima subjacente se condensa. Surge um formato tecidual que lembra um botão, formado por tecido epitelial e ectomesênquima condensado. A fase de botão é caracterizada por grande atividade mitótica, pois as células epiteliais da lâmina dentária estão se dividindo continuadamente. 
3ª fase da odontogênese: Fase da capuz por volta da 9ª semana de vida intra-uterina, surge uma concavidade no centro do botão, o que gera um novo formato para o germe dentário, que passa a ter aspecto de capuz. No capuz, distinguem-se o epitélio interno (que delimita a concavidade do germe), o epitélio externo, o retículo estrelado e o ectomesênquima condensado ou papila dentária. O retículo estrelado se forma a partir da morte de células localizadas no centro do germe, processo que se intensifica na fase de capuz, levando ao reconhecimento dessa estrutura nessa fase da odontogênese. No retículo estrelado, há grande quantidade de matriz extracelular, fator que lhe confere o aspecto claro nos cortes histológicos. Na fase de capuz, são reconhecidas as primeiras estruturas embrionárias específicas para cada tecido dental: o epitélio interno formará o esmalte e a dentina; o epitélio externo e o retículo estrelado guiarão a formação da coroa; e a papila dentária formará a polpa dentária. 
4ª fase da ontogênese: Fase de campânula por volta da 10ª semana de vida intra-uterina, o germe adquire uma forma de sino pelo aumento da concavidade em sua porção central. Essa maior concavidade acentua as margens epiteliais, promovendo um ponto de convergência entre o epitélio interno e o externo. Nessa fase, há uma parada do crescimento do germe e o início da histodiferenciação, isto é, da especialização das células localizadas em cada uma das estruturas do germe. Essa especialização levará à formação dos tecidos dentais propriamente ditos, processo que se inicia na fase seguinte (fase de coroa). No germe dessa fase, reconhecem-se praticamente as mesmas estruturas da fase de capuz, acrescidas da alça cervical e do folículo dentário. A alça cervical constitui o ponto de convergência entre o epitélio interno e o epitélio externo. Essa estrutura originará a raiz do 
dente. O folículo dentário, por sua vez, é formado por uma condensação do ectomesênquima ao redor do germe como um todo; essa estrutura é responsável pela nutrição do dente embrionário, bem como, no futuro, originará o periodonto. O periodonto é formado pelo osso alveolar, pelo cemento e pelo ligamento periodontal, bem como pelo sulco gengival. São estruturas responsáveis pela proteção e sustentação do dente no interior do alvéolo (osso). Uma outra estrutura que se observa na fase de campânula é o estrato intermediário. Este constitui em uma proliferação localizada do epitélio interno. Ao mesmo tempo, esse epitélio sofre algumas dobras. Sua proliferação (ou estrato intermediário) acrescida das dobras formará a cúspide do dente. Uma cúspide é a pirâmide de base quadrangular existente na superfície oclusal da coroa do dente. As cúspides são uma das estruturas que caracterizam a anatomia dos diferentes dentes. Todos os dentes humanos possuem cúspides, variando o tamanho e o número delas; alguns dentes, como os anteriores, possuem cúspides involuídas. Por fim, na fase de campânula, a lâmina dentária começa a se fragmentar. No final dessa fase e no início da fase de coroa, o germe já estará confinado dentro do osso alveolar, separando-se definitivamente da banda epitelial primária. 
5ª fase da odontogênese: Fase de coroa (ou campânula tardia) Na fase de coroa ou campânula tardia, inicia-se a deposição das matrizes de esmalte e de dentina, para formar a coroa do dente. As células do epitélio interno se diferenciam, inicialmente, em odontoblastos (para secretar matriz de dentina). A primeira camada de matriz dentinária é, então, depositada por essas células. Em seguida, sob influência dessa primeira deposição, as demais células do epitélio interno diferenciam-se em ameloblastos, e passam a secretar matriz de esmalte. Uma vez depositadas essas primeiras camadas de dentina e esmalte, até a erupção a coroa do dente estará formada. Essa formação será guiada, sobretudo, pelo retículo estrelado e pelo epitélio externo, o qual nessa fase passa a ser denominado de epitélio reduzido do órgão do esmalte. Os eventos, em detalhes, da formação da dentina e do esmalte serão abordados no capítulo sobre amelogênese e dentinogênese
 6ª fase da odontogênese: Fase de raiz na fase de raiz, a alça cervical formada na campânula sofre uma dobra de cerca de 90 graus, originando o chamado diafragma epitelial. A partir daí inicia seu crescimento, passando a ser denominada de bainha epitelial de Hertwig. O diafragma epitelial será mantido até o final do crescimento da raiz, quando então formará o ápice radicular. Durante esse crescimento, as células da bainha vão se diferenciando em odontoblastos e vão formando a dentina radicular. Ao mesmo tempo, vão induzindo as células do folículo dentário próximas a elas a se transformarem em fibroblastos e cementoblastos, os quais, por sua vez, formarão o ligamento periodontal e o cemento. Dessa forma, à medida que a raiz cresce, desenvolvem-se também as estruturas que a fixarão ao osso alveolar. No momento da erupção, o elemento dentário possui, assim, todos os tecidos dentais necessários para sua manutenção na cavidade bucal.
 
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	Telefone: (021) 2641-7000
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