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Implicações da pandemia para a contabilidade

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ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO STRONG
REBECA RODRIGUES DE LIMA
Resumo do Podcast “Implicações da pandemia para a contabilidade” de Eliseu Martins com a ANEFAC.
SANTO ANDRÉ
2020
Logo no início, Eliseu é questionado sobre o posicionamento do banco central europeu sobre o IFRS 9, solicitando prudência no cálculo de perdas estimadas em crédito de liquidação duvidosa.
No atual momento de crise que estamos, Eliseu fala na palestra, que o gestor precisa ser extremamente rápido, não pode deixar para resolver no dia seguinte os problemas da empresa, então é necessário muito cuidado de quem prepara as demonstrações contábeis da empresa.
O cuidado com a informação contábil em época de crise como esta, precisa ser redobrado, pois, nesse momento as palavras valem mais que os números, devendo priorizar as notas explicativas e relatórios da administração, transmitindo o cenário de incerteza que a empresa está passando.
No caso dos bancos a repercussão e risco são muito maiores, pois dependem grandemente de capitais de terceiros, sendo assim, possuem muitas pessoas que consomem suas informações contábeis.
No Brasil até 2010 era contabilizado os ajudes de crédito de liquidação duvidosa como perdas estimadas, dando espaço a um gerenciamento por parte das empresas e um falatório sobre esse gerenciamento. Então começou a ser cobrado fatos que demonstram o risco do não recebimento para ser contabilizado como perdas incorridas, mas os bancos só utilizam as perdas incorridas quando fazem seus balanços nas normas do IFRS, quando fazem pelo banco central, continuam utilizando as perdas estimadas, mas as outras financeiras fizeram a mudança para perdas incorridas.
Para Eliseu a IFRS 9 atende as necessidades, desde que use julgamento, prudência e bom senso, principalmente porque em seu ponto de vista não podemos retornar a época de perdas incorridas, pois muitas vezes o gestor tinha créditos de liquidação duvidosa, mas não podia contabilizar por conta das exigências dessas perdas.
De acordo com Marta Pelucio, esse seria o momento para que testássemos a divulgação das informações contábeis semestralmente para que fossem mais confiáveis, completas e auditadas, ao invés de trimestralmente, por estas não possuírem o mesmo rigor das informações anuais.
Eliseu defende a ideia, pois a informação trimestral é muito custosa para a empresa e não possui o mesmo nível de qualidade na auditoria das informações anuais, como é o caso dos bancos brasileiros.
Já questionado sobre o teste de impairment do goodwill e realização de baixa no atual momento de crise, ele recomenda muito cuidado antes fazer e para não deixar de fazer o que deve ser feito e que no momento do goodwill seja feito duas vezes o calculo para não haver espaço para erros, pois não terá como reverter, se tiver duvidas é melhor incluir nas notas explicativas do que realizar a baixa.