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Previdenciario - ED - Np2

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MÓDULO 5 – BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
 
Módulo 5 – Beneficiários da Previdência Social. Segurado. Dependentes. Inscrições do Segurado Obrigatório. Inscrições do Segurado Facultativo. Inscrições dos Dependentes. Filiação. Perda da Qualidade de Segurado.
 
SEGURADOS: pessoa física indicada na lei, maior de 16 anos, exceto se aprendiz, que maior de 14 anos, que exercem, exerceram ou não atividade, remunerada ou não, efetiva ou eventual, com ou sem vínculo empregatício, que podem contribuir para o custeio social das prestações. Divididos em 2 grupos (Lei 8.213/91, art. 11):
 
Segurados obrigatórios: lei exige a participação no custeio e em contrapartida lhes concede benefícios (aposentadoria, pensões, auxílios, salário-família e salário-maternidade) e serviços (reabilitação profissional e serviço social), quando presentes os requisitos para a concessão. 3 tipos:
 
· Comuns: empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso, aposentado que estiver exercendo ou que voltar a trabalhar.
 
· Individuais: autônomos, equiparados a autônomo, eventuais, empresários.
 
· Especiais: produtor rural e assemelhados.
 
Segurados facultativos: aqueles que não têm regime próprio, nem se enquadra na condição de segurados obrigatórios do regime geral, resolvem verter contribuições para fazer jus a benefícios e serviços. Ex: dona-de-casa, estudantes, desempregados que filiam-se ao sistema e pagam contribuições, o síndico, quando não remunerado; aquele que deixou de ser segurado obrigatório da Previdência Social; o maior de 14 anos de idade que se filiar ao RGPS (Lei 8.213/91, art. 13; Lei 8.212/91, art. 14).
 
A - SEGURADO OBRIGATÓRIO COMUM - EMPREGADO:
 
· Empregado Urbano: pessoa física que presta serviços de natureza contínua a empregador, sob dependência deste e mediante salário (CLT, art. 3º).
 
· Empregado Rural: pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico em atividade agropecuária, presta serviços com continuidade a empregador rural, mediante dependência e salário.
 
· Diretor-Empregado: pessoa que exerce função de diretor com subordinação ao empregador.
 
· Trabalhador Temporário: pessoa contratada por empresa de trabalho temporário, para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular ou permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas.
 
· Brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior: está abrangido pelo Regime da Previdência Social, desde que seja domiciliado ou contratado no Brasil para trabalhar no exterior, independente se a empresa é nacional ou estrangeira. Se não houver contribuição, inexistirá direito ao benefício.
 
· Aquele que presta serviço no Brasil à missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos subordinados, ou a membros dessas missões e repartições.
 
· Brasileiro civil que trabalha para União, no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local para necessidade temporária de interesse público.
 
· Brasileiro civil que trabalha à União, no exterior, em organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, exceto se segurado na forma da legislação vigente no país do domicílio ou sistema previdenciário do organismo internacional.
 
· Brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior: não poderá ser contratado no estrangeiro.
 
· Bolsista e estagiário que prestam serviços como empregado: alunos matriculados, que frequentam efetivamente cursos vinculados à estrutura do ensino público e particular, nos níveis superior, de educação profissional de nível médio ou superior, ensino médio, ou escolas de educação especial.
 
· Servidor Público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais: livre nomeação e exoneração.
 
· Servidor do Estado, Distrito Federal ou Município e respectivas autarquias e fundações, ocupantes de cargo efetivo, de cargo em comissão ou função de confiança, desde que, nessa qualidade, não esteja filiado a regime próprio de previdência social.
 
· Servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município e respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, não sujeito a sistema próprio de previdência social: lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de interesse público.
 
· Escrevente e auxiliar contratado por titular de serviços notariais e de registro.
 
· Exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, não vinculado a regime próprio de previdência social: deputados federais, senadores, seus suplentes, governadores, deputados estaduais, prefeitos e os vereadores, não estejam vinculados a regime próprio de previdência social.
 
· Empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil: pessoas que prestam serviços à ONU, OIT, exceto se houver sistema próprio de previdência social.
 
SEGURADO OBRIGATÓRIO COMUM – EMPREGADO DOMÉSTICO: Pessoa física que presta serviços de natureza contínua a pessoa ou a família, sob subordinação, para o âmbito residencial destas, que têm atividades sem fins lucrativos. Ex: mordomo, copeira, cozinheira, jardineiro, motorista, cuidadora, etc.
 
SEGURADO OBRIGATÓRIO COMUM – TRABALHADOR AVULSO: Pessoa física que presta serviços de natureza urbana ou rural, a diversas pessoas, sem vínculo empregatício, sendo sindicalizado ou não, com intermediação obrigatória do sindicato de sua categoria ou órgão gestor de mão-de-obra. Ex: estivador, conferente de carga e descarga, consertador de carga e descarga, vigia portuário, amarrador da embarcação, trabalhador em serviço de bloco (limpeza e conservação), arrumador de café, sal e similares, trabalhador na indústria de extração de sal, carregador de bagagem em porto, prático de barra em portos, guindasteiro, classificador, movimentador e o empacotador de mercadoria.
 
B - SEGURADO OBRIGATÓRIO INDIVIDUAL – TRABALHADOR AUTÔNOMO: Pessoa física, com atividade habitual, por conta própria e sem subordinação, a uma ou mais pessoas, mediante remuneração, com fins lucrativos ou não. Ex: profissionais liberais, advogados, veterinários, engenheiros, agrônomos, etc.
 
SEGURADO OBRIGATÓRIO INDIVIDUAL – TRABALHADOR EVENTUAL: Pessoa física que presta serviços de natureza urbana ou rural em caráter esporádico, à uma ou mais empresas, sem relação de emprego e a seu risco. Ex:
 
· Pedreiro, pintor, eletricista;
 
· Comerciante ambulante, camelô;
 
· Trabalhador associado a cooperativa de trabalho;
 
· Faxineira (diarista) e jardineiro que vão esporadicamente à residência de pessoa ou família;
 
· Feirante-comerciante que compra para revender; construtor de obra de construção civil (pessoa física);
 
· Piloto ou comandante de aeronave própria ou não, com atividade sem vínculo empregatício;
 
· Corretor ou leiloeiro, que exerce atividade sem vínculo empregatício;
 
· Vendedor de bilhetes de loteria;
 
· Cabelereiro, manicure, esteticista, maquiador etc., em salão de beleza, por conta própria;
 
· Presidiário que exerce por conta própria atividade remunerada;
 
· Árbitro de jogos de futebol e seus auxiliares, etc.
 
SEGURADO OBRIGATÓRIO INDIVIDUAL – EQUIPARADOS A AUTÔNOMO: Ex:
 
· Ministros de confissão religiosa e os membros de congregação ou ordem religiosa.
 
· Pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua, quais sejam: atividade agropecuária ou pesqueira, e garimpo.
 
· Presidiário: exerce atividade remunerada, mediante contrato celebrado ou intermediado pelo presídio.
 
SEGURADOOBRIGATÓRIO INDIVIDUAL – EMPRESÁRIO: pessoa física executa atividade habitual, economicamente organizada, para produção de bens ou serviços, com fim de lucro. São empresários:
 
· Titular de firma individual urbana ou rural, que explora comércio em nome próprio, sem constituir sociedade, mas registrado na Junta Comercial.
 
· Diretor não-empregado, que exerce sua atividade sem subordinação (TST, En. 269). Parecer da Consultoria Jurídica do MPAS 2.484/2001: diretor eleito de sociedade por quotas de responsabilidade limitada é segurado obrigatório, na condição de empregado da empresa, por falta de previsão legal.
 
· Membro do Conselho de Administração na sociedade anônima. Membro do Conselho de Administração de sociedade por cotas de responsabilidade limitada não será contribuinte ou empresário.
 
· Sócios (pessoas físicas) da sociedade em nome coletivo, responde solidária e ilimitadamente.
 
· Sócio-cotista que participa da gestão ou que recebe remuneração decorrente de seu trabalho, na sociedade limitada, urbana ou rural.
 
· Todos os sócios, na sociedade de capital e indústria (uma pessoa entra com o trabalho e a outra entra com o capital, sendo que a responsabilidade dos sócios capitalistas é solidária, não havendo esta responsabilidade solidária com os sócios- indústria, exceto se também contribuírem com capital).
 
· Associado eleito para cargo de direção na Sociedade Cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, ex: Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC).
 
· Síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração ou não paga o condomínio ou uma parte dele.
 
C - SEGURADO OBRIGATÓRIO ESPECIAL: exercem atividades habituais, individualmente ou regime de economia familiar (cônjuges ou companheiros e filhos de 16 anos), com o auxílio eventual de terceiros ou não. Contribuição: aplicação de alíquota sobre resultado da comercialização da produção. Ex:
 
· Parceiro: pessoa que celebra contrato de parceria com o proprietário da terra ou dos animais, desenvolvendo a atividade agropecuária, dividindo os lucros de seu mister com o proprietário do imóvel na proporção estipulada no contrato. Lucro é a diferença entre resultado e despesas do período.
 
· Meeiro: pessoa que pactua com o proprietário da terra um contrato de meação para a consecução de atividade agropecuária, partilhando os rendimentos obtidos. Rendimento é lucro e demais recebidos.
 
· Arrendatário rural: pessoa que usa a propriedade pagando um aluguel ao proprietário do imóvel rural, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou hotifrutigranjeira.
 
· Pescador artesanal: aquele que tem por atividade a pesca, mediante recursos rudimentares, para obter sua subsistência.
 
· Assemelhado ao pescador artesanal: Ex: mariscador, caranguejeiro, eviscerador (limpador de pescado), observador de cardume, pescador de tartarugas e o catador de algas.
 
SEGURADO FACULTATIVO: pessoa física, maior de 14 anos de idade, que não tem obrigação legal de recolher a contribuição previdenciária, mas o faz para poder contar tempo de contribuição. São eles:
 
· Dona-de-casa;
 
· Síndico de condomínio, quando não remunerado, nem beneficiado pelo não pagamento do condomínio ou redução de parte deste pagamento.
 
· Estudante;
 
· Brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviços no exterior;
 
· Aquele que deixou de ser segurado obrigatório da Previdência Social, como o desempregado;
 
· Titular ou suplente em exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
 
· Membro de conselho tutelar (escolhidos pela comunidade local, com mandato de 3 anos e uma recondução), encarregado por zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
 
· Bolsista e estagiário;
 
· Bolsista com dedicação em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, se não vinculado a outro regime de previdência social;
 
· Presidiário que exerça atividade sem remuneração, se não vinculado a outro regime da previdência.
 
FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO DOS SEGURADOS:
 
Filiação: é o vínculo jurídico que se estabelece entre pessoas que contribuem como segurados para Previdência Social e esta, vínculo este do qual decorrem direitos e obrigações. São:
 
· Obrigatória: ingresso imediato ao sistema previdenciário, independe da vontade do segurado.
 
· Facultativa: depende da vontade do segurado.
 
Inscrição: registro do segurado no âmbito interno do INSS. Ex:
 
· Autônomo: necessário fazer inscrição perante o INSS, local em que obterá o número para preenchimento e pagamento dos carnês.
 
· Contribuinte individual: segurados especial e facultativo devem fazer inscrição no INSS. 
 
· Empregado: não há inscrição, pois no registro na empresa já está automaticamente filiado ao sistema.
 
MATRÍCULA DA EMPRESA: cadastramento da empresa como contribuinte da Seguridade Social. São:
 
· Empresas individuais e sociedades mercantis: ocorre simultaneamente com inscrição, registro ou arquivamento dos atos constitutivos na Junta Comercial ou inscrição no CNPJ.
 
· Desobrigados à inscrição no CNPJ, devem fazê-lo junto ao INSS, no prazo de 30 dias contados do início de suas atividades:
 
· Sociedades Civis, com seus atos constitutivos registrados no Cartório de Registro da Pessoa Jurídica.
 
· Obras de construção civil em geral.
 
· Condomínios, exceto os inscritos no CNPJ.
 
· Produtor rural, pessoa física equiparada a autônomo.
 
· Segurado especial, que exporta ou vende produto rural direto ao consumidor, ou adquirente domiciliado no exterior.
 
· Autônomo e equiparado que remunera outros autônomos ou empregados.
 
Paralisação da atividade: comunicação ao INSS, mediante apresentação do Certificado de Matrícula e Alteração (CMA).
 
Manutenção da qualidade de segurado (chamado “período de graça”): é o período em que o segurado continua filiado ao sistema com direito a benefícios e serviços, embora não recolha contribuições.
 
Deixando o segurado de exercer atividade abrangida pelo RGPS, ou ficando desempregado, poderá conservar essa qualidade independentemente de contribuições:
 
· Sem limite de prazo, para quem estiver em gozo de benefício.
 
· Até 12 meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das contribuições, para o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração. O prazo pode ser prorrogado para até 24 meses se o segurado já tiver pago mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
 
· Até 12 meses após cessar a segregação, para o segurado acometido de doença de segregação compulsória.
 
· Até 12 meses após o livramento, para o segurado detido ou recluso. Ex: caso de percepção de auxílio-reclusão, mesmo após a perda do benefício pela soltura, haverá manutenção da qualidade de segurado por mais 12 meses após esse fato (soltura).
 
· Até 3 meses após o licenciamento, para o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar Serviço Militar, quando o empregado terá suspenso seu contrato de trabalho, eis que não há pagamento de salário, nem prestação de serviços.
 
· Até 6 meses após a cessação das contribuições, em relação ao segurado facultativo.
 
Perda da qualidade de segurado:
 
· Lei 8.212/91, art. 15, § 4º: “a perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos”.
 
· Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício.
 
· Importa em caducidade dos direitos inerentes a essa qualidade.
 
· Contribuinte individual: no dia 16 do segundo mês seguinte ao do vencimento da contribuição relativa ao mês imediatamente posterior ao término dosprazos mencionados para manutenção da qualidade de segurado.
 
· A contagem da perda da qualidade somente se efetiva no mês subsequente ao término das situações de manutenção dessa qualidade. Ex: a cessação das contribuições, por falta de exercício de atividade abrangida pela Previdência, será de 12 meses. No entanto, a contagem do prazo, encerrando-se no mês subsequente, praticamente elevará esse número para 13 meses.
 
DEPENDENTES
 
Características dos Dependentes:
 
· Não contribuem diretamente para o custeio da previdência social.
· Subordinam-se economicamente ao segurado, de forma parcial ou total.
 
DEPENDENTES dos segurados acima mencionados - Divididos em três classes (Lei 8.213/91, art. 16):
 
Classe 1 (presunção absoluta de dependência econômica):
 
· Cônjuge
 
· Companheira ou companheiro (união estável, considerada quando a intenção do homem e da mulher, através de atos inequívocos, induz a união duradoura, com vistas à criação de família, filhos, patrimônio, mútua dependência e respeito)
 
· Filho não emancipado (legítimo e o legitimado, natural ou adulterino, enteado e o trazido pela companheira ou companheiro à união estável e o tutelado), de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido.
 
Classe 2 (presunção absoluta de dependência econômica, desde que haja ausência de membros da classe 1): os pais.
 
Classe 3 (dependência econômica deve ser comprovada): irmão de qualquer condição menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento.
 
Ordem de Sucessão:
 
· Dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições para efeitos de dependência e o benefício é dividido em partes iguais, não havendo falar em meação.
 
· A existência de dependente de qualquer das classes mencionadas exclui do direito às prestações os das classes seguintes, ex: para haver dependentes na classe 3 com direito ao recebimento do benefício, não pode haver dependentes na classe 1 e na 2.
 
Perda da qualidade de dependente:
 
· Para o cônjuge:
 
· Separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos.
· Anulação do casamento.
· Abandono do lar voluntariamente por mais de 5 anos ou por tempo inferior, se o tiver abandonado sem motivo justo e a ele se recuse a voltar, conforme sentença judicial.
· Assegurada a prestação de alimentos, volta o cônjuge a ser dependente.
 
· Para o companheiro ou companheira:
 
· Cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos.
· Assegurada a prestação de alimentos, o companheiro ou companheira volta a ser dependente.
 
· Para o filho e equiparado e irmão, de qualquer condição, e inválidos:
 
· Maioridade, aos que completarem 21 anos de idade, salvo se inválidos.
· Emancipação, no caso dos primeiros.
· Recuperação da higidez (saúde).
 
· Para os dependentes em geral:
 
· Cessação da invalidez.
· Falecimento.
 
· Para o menor (filho ou irmão) que for emancipado, podendo ocorrer a emancipação das seguintes formas:
 
· Maior de 16 anos, mediante instrumento público.
· Casamento.
· Exercício de emprego público efetivo.
· Colação de grau em curso de ensino superior.
· Estabelecimento civil ou comercial.
· Existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria.
 
Inscrição do Dependente:
 
· Quando da inscrição do segurado, o mesmo pode qualificar o dependente perante a Previdência Social e apresentar os documentos necessários para tanto.
 
· Para o segurado obrigatório a inscrição tem natureza de ato jurídico declaratório.
 
· Havendo fato superveniente que importe em exclusão ou inclusão de dependente, há necessidade da comunicação ao INSS, com as provas cabíveis.
 
· Ocorrendo o falecimento do segurado, sem que tenha sido feita a inscrição do dependente, cabe a este promovê-la, observados os seguintes critérios: companheiro ou companheira, pela comprovação do vínculo; para os pais, pela comprovação de dependência econômica; irmãos, pela comprovação de dependência econômica e declaração de não-emancipação; equiparado a filho, pela comprovação de dependência econômica, prova da equiparação e declaração de que não tenha sido emancipado.
 
MÓDULO 6 - CUSTEIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
 
Módulo 6 - Custeio da Previdência Social.
 
1. FONTES DE CUSTEIO: meios econômicos e financeiros obtidos e destinados à concessão e à manutenção das prestações da seguridade social.
 
A Seguridade Social será financiada (custeio) por toda sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de várias contribuições sociais (CF, art. 195).
 
Competência para instituição de contribuições previdenciárias:
 
· Competência privativa da União a criação de regimes previdenciários para trabalhadores da iniciativa privada (CF, art. 149).
 
· Não é privativa da União, estendendo-se aos Estados, Distrito Federal e aos Municípios, visando a instituição de sistemas de previdência e assistência social próprios para seus servidores públicos e promover-lhes a cobrança (CF, art. 149, § 1º).
 
2 - NATUREZA JURÍDICA DA CONTRIBUIÇÃO – Posição dos Doutrinadores e STF:
 
· Sérgio Pinto Martins entende que é tributo. Explica: “a contribuição previdenciária seria uma obrigação tributária, uma prestação pecuniária compulsória paga ao ente público, com a finalidade de constituir um fundo para ser utilizado em eventos previstos em lei. Trata-se de uma contribuição social caracterizada pela sua finalidade, isto é, constituir um fundo para o trabalhador utilizá-lo quando ocorrerem certas contingências previstas em lei”.
 
· Wladimir Novaes Martinez sustenta não haver natureza tributária: “Abrigando-se a existência de um Sistema Exacional Nacional, persistentes regras universais comuns às espécies tributárias e securitárias e inexistente menção à contribuição social previdenciária no art. 149 da Lei Maior – em face da especificidade da Previdência Social, o aporte ora cogitado econômico-financeiramente é salário socialmente diferido, e juridicamente, exação não-tributária”.
 
· STF entendeu que a natureza da contribuição social é de tributo que não se enquadra na espécie de imposto, taxa ou contribuição de melhoria (2ª T., RE 217.251-1-MG, Rel. Min. Nelson Jobim, DJU 16-4-99; 2ªT., Ag. 174.540-2-AP, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJU 26-4-96).
 
· A contribuição da seguridade social teria como exceção à regra geral a não-observância do princípio da anterioridade (CF, art. 150, III, b). Certos tributos são excluídos do princípio da anterioridade, como: IPI, o Imposto de Importação, Imposto de Exportação e o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (CF, art. 150, § 1º). Assim, a contribuição da seguridade social pode ser exigida dentro do prazo de 90 dias da data da publicação da lei que houver instituído ou modificado a citada exação (CF, art. 195, § 6º). Contudo, nem por isso a contribuição da seguridade social deixará de ser tributo.
 
· A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido na Constituição Federal, não poderá contratar com o Poder Público, nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
 
· O direito de a Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 5 anos (prazo decadencial) (CTN, art. 173). Prescreve o direito de ação de cobrar os créditos devidos à Seguridade Social em 5 anos (CTN, art. 174).
 
3 – CONTRIBUINTES DA SEGURIDADE SOCIAL
 
CONTRIBUINTE: É sujeito passivo da obrigação principal, pessoa física (empregado, autônomo, empresário) ou jurídica (empresa), de direito privado (empresa) ou público (Estado e Municípios), obrigada ao pagamento de tributo ou de penalidade pecuniária. É a pessoa que paga a contribuição, ou melhor, aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador da obrigação.
 
CF, art. 195, I, II, III e IV, estabelece os contribuintes:· Empregador, empresa e a entidade a ela equiparada, a seguir:
 
· Empregador: pessoa física ou jurídica, que assume o risco do negócio, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço do empregado (CLT, art. 2º).
 
· Empresa: pessoa física ou jurídica, com atividade urbana ou rural organizada para a produção de bens e serviços para o mercado, que assume o risco econômico do negócio, com ou sem finalidade de lucro, e que tenha segurado que lhe preste serviços, bem como órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional, estes quanto aos seus exercentes de cargos efetivos e em comissão e empregos públicos, filiados obrigatoriamente ao RGPS, quando não amparados por regime previdenciário próprio.
 
· Entidades equiparadas à empresa, para fins previdenciários:
 
· Contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço;
· Cooperativa;
· Associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade;
· Missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras;
· Operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra;
· Proprietário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em relação a segurado que lhe presta serviço.
 
· Empregador doméstico: pessoa física ou família, que admite a seu serviço, não eventual e no âmbito residencial, mediante remuneração, sem finalidade lucrativa, o empregado doméstico.
 
· Trabalhador e demais segurados da previdência, a seguir:
 
· Segurado obrigatório comum: empregado urbano e rural, trabalhador temporário, trabalhador avulso, empregado doméstico e outros.
 
· Segurado obrigatório individual: trabalhador autônomo e a este equiparado, trabalhador eventual, empresário e outros.
 
· Segurado obrigatório especial: produtor rural, exercente atividade habitual, individualmente ou regime de economia familiar, como: parceiro, meeiro, arrendatário, rural, pescador artesanal e assemelhado ao pescador artesanal.
 
· Segurado facultativo: dona-de-casa, síndico de condomínio não remunerado, estudante, desempregado, estagiário, presidiário e outros.
 
· Apostadores de concursos de prognóstico, a seguir:
 
· Apostadores de concursos de prognóstico: são contribuintes aqueles que vertem valores em apostas feitas em concursos de loterias, reuniões hípicas, bingos e sorteios patrocinados pelo Poder Público. Cabe a pessoa jurídica responsável pelo concurso o recolhimento das contribuições.
 
· Importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei o equiparar.
 
4 - CONTRIBUIÇÕES: financiada pela sociedade, de forma direta e indireta, e mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (CF, art. 195). Quais sejam:
 
· Direta: empresa e trabalhadores.
 
· Indireta: toda sociedade, através de impostos.
 
· União, Estados, Distrito Federal e Municípios: recursos adicionais do Orçamento Fiscal. É responsabilidade da União a cobertura de eventuais insuficiências financeiras, para pagamento de benefícios de prestação continuada.
 
SISTEMA DE CONTRIBUIÇÃO: incidência da contribuição previdenciária mediante lei que define o fato gerador, contribuinte, base de cálculo e alíquota (CTN, art. 97).
 
Base de cálculo da contribuição do segurado: salário-de-contribuição e salário-base.
 
SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO:
 
· Base de cálculo que incide as alíquotas da contribuição previdenciária devida pelos trabalhadores.
 
· Contribuintes: empregado urbano, rural, temporário, doméstico e avulso e demais trabalhadores.
 
· Limite máximo do salário-de-contribuição: R$ 5.189,82 (valor atualizado em jan/2016), com previsão de reajustes periódicos (EC 20/98). Há duas tabelas para fins de contribuição conforme as faixas salariais cujas alíquotas variam entre 8 a 11%, para contribuintes individuais e facultativos, e empregados (em geral) e trabalhadores avulsos.
 
· Contribuinte - Salário de contribuição:
 
· Empregado e avulso: remuneração auferida em uma ou mais empresas, totalizando os rendimentos pagos no mês, destinados a retribuir o trabalho e/ou tempo à disposição do empregador.
 
· Doméstico: remuneração registrada na CTPS.
 
· Dirigente sindical (empregado): remuneração paga pelo sindicato, ou pela empresa ou por ambos.
 
· Dirigente sindical (avulso): remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical.
 
· Parcelas não integrantes do salário-de-contribuição, quando pagas em desacordo com a legislação pertinente, integram o salário-de-contribuição para todos os fins e efeitos.
 
· Integra o salário-de-contribuição:
 
· Salário em espécie e em valor fixo: verbas de natureza remuneratória e salarial.
 
· Gorjetas.
 
· Abonos: adiantamentos em dinheiro, uma antecipação salarial ou um valor a mais.
 
· Gratificações habituais: ajustadas por escrito ou tacitamente, ex: produtividade, antiguidade, assiduidade, etc.
 
· Comissões: pagamentos de vendas, com valor determinado. Ex: R$ 10,00 a cada unidade vendida.
 
· Percentagens: percentuais incidentes sobre as vendas. Ex: 3% sobre a venda realizada.
 
· Diárias excedentes de 50% do salário: indenização das despesas de viagem, incluindo deslocamento, hospedagem, alimentação, e sua manutenção, sem comprovação do valor gasto pelo empregado.
 
· Utilidade pela execução do trabalho: alimentação, cesta básica, vestuário, transporte, moradia.
 
· 13º salário: sobre valor bruto da última parcela, em separado do salário, até o limite máximo da tabela.
 
· 13º salário sobre aviso prévio trabalhado.
 
· Férias gozadas mais o acréscimo de 1/3.
 
· Salário-maternidade: único benefício previdenciário que sofre dedução.
 
· Ganhos habituais: qualquer prestação proporcionada ao empregado que seja repetida no tempo.
 
· Complementação ao auxílio-doença: paga somente para alguns empregados.
 
· Reembolso-creche para filha de mais de 6 anos de idade: trata-se de espécie de remuneração.
 
· Não integram o salário-de-contribuição (Lei 8.212/91, art. 28, § 9º):
 
· Benefícios da previdência social, exceto salário-maternidade.
 
· Ajuda de custo à mudança de local de trabalho (CLT, art.470): compensar despesas: mudança e viagem.
 
· Ajuda de custo de despesas para execução do trabalho: reembolso de despesas e gastos do trabalho.
 
· Ganho eventual/abono desvinculado do salário: caráter não salarial para fins previdenciários, por lei.
 
· Gratificação eventual, ex: gratificação paga no termo de rescisão do contrato de trabalho.
 
· Abono férias: venda 10 a 20 dias do salário, por contrato, regulamento, convenção ou acordo coletivo.
 
· Férias indenizadas + 1/3, pago em rescisão de contratual: natureza indenizatória, por não gozadas.
 
· Férias em dobro: caráter indenizatório (a dobra), por não concedidas no período concessivo.
 
· Diárias não excedentes de 50% do salário (CLT, art. 457, § 2º c/c Lei 8.212/91, art. 28, § 9º, h).
 
· Utilidade: transporte; assistência médica, hospitalar e odontológica, prestado diretamente ou seguro-saúde; seguro de vida e de acidentes pessoais; previdência privada (CLT, art. 458, § 2º).
 
· Alimentação pelo PAT (Lei 6.321/77): norma de incentivo fiscal (despesa operacional da empresa).
 
· Vale-transporte (Lei 7.418/85, art. 2º, b): não é salário (despesa operacional da empresa).
 
· EPIs, vestuário e outros acessórios ou utilidades: essenciais para execução do trabalho.
 
· Bolsa de complementação educacional de estagiário (Lei 6.494/77): paga $$ ou mensalidade escolar.
 
· Bolsa aprendizagem ao adolescente até 16 anos de idade, conforme legislação específica.
 
· PLR: não substitui ou complementa a remuneração, sem incidência previdenciária, não aplica-se princípio da habitualidade, desde que pago em período não inferior a 6 meses (Lei 9.711/98, art. 20).
 
· 13º salário sobre aviso prévio indenizado: projeção por 30 dias, correspondente a 1/12 do 13º salário.
 
· Complementação ao auxílio-doença: desde que de direito de todos os empregados.
 
· Cessão de direitos autorais: estes valores não são considerados como salário.
 
· Indenização à gestante na dispensa sem justa causa (conversão da sua garantia de emprego).
 
· Reembolso-crechee babá (filhos até 6 anos): comprovação das despesas e registro na CTPS da babá, remuneração e recolhimento do INSS.
 
· Indenização compensatória de 20% e 40% sobre FGTS: paga na dispensa do empregado.
 
· Indenização de tempo de serviço do não optante ao FGTS (anterior a 5/10/88).
 
· Indenização por rescisão antecipada sem justa causa em contratos a prazo: ½ do salário até o fim.
 
· Programa de Demissão Voluntária (PDV): incentivo à demissão.
 
· Multa pelo atraso no pagamento das verbas rescisórias (CLT, art. 477, § 8º).
 
· Indenização adicional: empregado dispensado 30 dias antes da data-base (Lei 7.238/84).
 
Salário-base (atualmente usada expressão genérica salário-de-contribuição – Lei 9.876/99):
 
· Valor prefixado, em substituição à importância percebida pelo segurado, estabelecida segundo faixas correspondente ao ganho mensal e alíquotas que variam entre 11 e 20%, para ser calculada contribuição (Lei 8.212/91, art. 28, III).
 
· Contribuintes: individuais (empresário, trabalhador autônomo, equiparado, eventual) e facultativo.
 
· Segurados contribuintes individuais e facultativos recolhem a contribuição de 11% ou 20% sobre o salário-de-contribuição, que corresponde ao que efetivamente recebe, limitado ao máximo de R$ 5.189,82 (valor atualizado em jan/2016) (Lei 8.212/91, art. 21).
 
· Limite mínimo do salário de contribuição será de 1 salário mínimo.
 
· Contribuinte individual: recolhe sobre remuneração de uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade, por conta própria, durante o mês, observado o teto da contribuição R$ 5.189,82 (valor atualizado em jan/2016).
 
· Cooperado: presta serviço por intermédio de cooperativa de trabalho, aplica-se a mesma regra acima.
 
· Contribuinte facultativo: recolhe sobre o valor declarado, observados os limites mínimo e máximo do salário de contribuição, que é de R$ 5.189,82 (valor atualizado em jan/2016).
 
· Segurado obrigatório não exerce efetivamente uma atividade enquadrada na Previdência Social: não importa os recolhimentos feitos segundo a escala de salário-base, pois não terão quaisquer direitos a benefícios ou a prestações previdenciárias, nem para efeito de tempo de filiação, nem de serviço. Ex: Contador que não exerce atividade de contador autônomo, mas recolhe as contribuições segundo a escala de salário-base, nenhum direito terá a qualquer benefício ou à contagem do tempo de serviço, salvo se passar a exercer de fato a referida atividade.
 
· Segurado facultativo não tem de provar o exercício de atividade.
 
· Aposentadoria será calculada sobre a remuneração da pessoa.
 
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA (CF, art. 195, I, letras a, b e c):
 
· Folha de salários:
 
· Definição: conjunto de prestações fornecidas diretamente pelo empregador ao empregado em decorrência do contrato de trabalho, seja em função da contraprestação do trabalho, da disponibilidade do trabalhador, das interrupções contratuais e demais hipóteses previstas em lei.
 
· Indenização: não há incidência, exceto se houver previsão legal. Ocorre quando o pagamento é feito ao empregado sem qualquer relação com a prestação dos serviços e também com as verbas pagas no termo de rescisão do contrato de trabalho.
 
· Não há teto para o recolhimento da empresa.
 
· 20% de recolhimento: sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados que lhe prestam serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa (Lei 8.212/91, art. 22, I).
 
· Adicional de 2,5% à alíquota de 20%, total de 22,5% à entidades financeiras (Lei 8.212/91, art. 22, § 1º): Bancos comerciais, investimentos e desenvolvimento; Caixas econômicas; Sociedades de crédito, financiamento e investimento; Sociedades de crédito imobiliário; Sociedades corretoras; Distribuidoras de títulos e valores mobiliários; Empresas de arrendamento mercantil; Cooperativas de crédito; Empresas de seguros privados e de capitalização; Agentes autônomos de seguros privados e de crédito; e Entidades de previdência abertas e fechadas.
 
· Demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física:
 
· Definição: contribuição da empresa sobre remuneração a pessoas físicas, como autônomos, empresários (pró-labore), avulso e outros trabalhadores, mesmo sem vínculo empregatício.
 
· 20% de recolhimento: sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados individuais (autônomos, equiparados a autônomo, eventuais, empresários) e avulsos, que lhe prestam serviços (Lei 8.212/91, art. 22, III).
 
· 15% de recolhimento: sobre valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho.
 
· 20% de recolhimento: Autônomo que remunera autônomo equipara-se à empresa.
 
· Cooperativa de trabalho: não há contribuição sobre as importâncias por ela pagas, distribuídas ou creditadas aos respectivos cooperados, a título de remuneração ou retribuição pelos serviços que, por seu intermédio, tenham prestado a empresas.
 
· Seguro de Acidente do Trabalho - SAT (CF, art. 7º, XXVIII):
 
· Responsabilidade do empregador pelo SAT, sem prejuízo da indenização a que este está obrigada, caso incorrer em dolo ou culpa.
 
· Empregado e ente público não contribuem para as prestações do SAT, salvo se empregador.
 
· Contribuição sobre o total das remunerações pagas ou creditadas no mês, de acordo com o grau de risco ambiental do trabalho e atividade preponderante da empresa: 1% para risco de acidentes do trabalho considerado leve (comércio, serviços); 2% para risco médio; e 3% para risco grave (metalúrgicas, siderúrgicas).
 
· Empregado em contato com elementos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes: acresce às alíquotas acima 12%, 9% ou 6%, exclusivamente sobre a remuneração do segurado em condições especiais, que prejudiquem a saúde ou integridade física, pela concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente (Dec. 3.048/99, art. 202, § 1º).
 
· Microempresa e empresa de pequeno porte: 1%, como grau de risco 1 (leve) e não têm de recolher a contribuição adicional ao financiamento da aposentadoria especial.
 
· Natureza jurídica é tributo, na modalidade de contribuição social, para custear as receitas necessárias para atender às prestações de acidente do trabalho.
 
· Receita ou o Faturamento:
 
· Receita: toda entrada de numerário na empresa. É termo mais amplo que faturamento.
 
· Faturamento: somatório das faturas emitidas dentro de um certo período. Fatura é documento onde relaciona as mercadorias vendidas, que são remetidas ou entregues ao comprador. Para área tributária, significa receita bruta de vendas de mercadorias e/ou serviços.
 
· Base de cálculo incidente sobre COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) e o PIS/PASEP (Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público).
 
· COFINS: devida pelas pessoas jurídicas e equiparadas pela legislação do Imposto sobre a Renda, destinada às despesas das áreas de saúde, previdência e assistência social (Lei 9.718/98).
 
· COFINS: alíquota de 3% sobre a receita bruta, exceto para operações de refinarias e distribuidoras de combustíveis, e fabricantes e comerciantes de cigarro, que têm tratamento diferenciado.
 
· Periodicidade de apuração é mensal.
 
· Prazo para recolhimento da COFINS: último dia útil da 1ª quinzena do mês seguinte ao fato gerador.
 
· Cabe à Secretaria da Receita Federal a arrecadação e fiscalização a COFINS.
 
· PIS/PASEP: financiar programa de seguro-desemprego e abono a empregado que recebeaté 2 salários mínimos mensais, assegurando pagamento de 1 salário mínimo (CF,art.239; Leis9.715/98-9.718/98).
 
· PIS/PASEP – natureza jurídica: contribuição social, destinada ao custeio da Seguridade Social.
 
· PIS/PASEP: aplicam-se a pessoas jurídicas de direito privado, entidades sem fins lucrativos e pessoas jurídicas de direito público interno, com bases de cálculo e alíquota diferenciada a cada contribuinte.
 
· PIS/PASEP: alíquota de 1,65% sobre faturamento, salvo a operações de refinarias e distribuidoras de combustíveis, e fabricantes e comerciantes de cigarros, cujos percentuais são diferenciados.
 
· Periodicidade de apuração é mensal.
 
· Prazo para recolhimento PIS/PASEP: último dia útil da 1ª quinzena do mês seguinte ao fato gerador.
 
· Cabe à Secretaria da Receita Federal a arrecadação e fiscalização o PIS/PASEP.
 
· Lucro:
 
· Lucro líquido: soma das receitas da empresa, menos despesas e ajustes feitos, de acordo com a lei.
 
· Inexistindo lucro, não haverá contribuição.
 
· Alíquota de 8%, com adicional de 1%, totalizando 9% para as empresas em geral, instituições financeiras, sociedades corretoras.
 
· Periodicidade de apuração é mensal.
 
· Prazo para recolhimento: último dia útil da 1ª quinzena do mês subseqüente ao fato gerador.
 
· Cabe à Secretaria da Receita Federal a arrecadação e fiscalização.
 
· Cessão de Mão-de-Obra - Retenção de 11% sobre o faturamento (Lei 8.212/91, art. 31):
 
· Responsabilidade da empresa tomadora a retenção do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher a importância retida em nome da empresa cedente da mão-de-obra.
 
· Compensação da retenção da contribuição pela empresa cedente quando do recolhimento das contribuições sobre a folha de pagamento dos segurados a seu serviço.
 
· Natureza jurídica: antecipação/compensação de recolhimento sobre a folha de pagamento.
 
· Cessão de mão-de-obra: limpeza, conservação e zeladoria; vigilância e segurança; construção civil; serviços rurais; digitação e preparação de dados para processamento; acabamento, embalagem e acondicionamento de produtos; cobrança; coleta e reciclagem de lixo e resíduos; copa e hotelaria; corte e ligação de serviços públicos; distribuição; treinamento e ensino; entrega de contas e documentos; ligação e leitura de medidores; manutenção de instalações, de máquinas e de equipamentos; montagem; operação de máquinas, equipamentos e veículos; operação de pedágio e de terminais de transporte; operação de transporte de cargas e passageiros; portaria, recepção e ascensorista; recepção, triagem e movimentação de materiais; promoção de vendas e eventos; secretaria e expediente; saúde; e telefonia, inclusive telemarketing.
 
· Indevida retenção: faturamento da cedente no mês da emissão da nota fiscal, fatura ou recibo, for igual ou inferior ao limite mínimo do salário-de-contribuição ou não possuir segurados empregados.
 
· Não-retenção: empresa contratante deve exigir declaração do faturamento e de não possuir empregados da cedente, junto a nota fiscal, fatura ou recibo, para eximir-se de multas.
 
· Retenção deve ser recolhida no dia 2 do mês seguinte ao vencido. Se cair em dia que não haja expediente bancário, o vencimento é prorrogado para o primeiro dia útil subsequente.
 
· Simples - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Lei 9.317/96):
 
· Empresas de pequeno porte têm tratamento favorecido, desde com sede e administração no país.
 
· Inscrição no Simples é pagamento mensal unificado de impostos e contribuições: IRPJ; PIS/Pasep; contribuição social sobre o lucro; COFINS; IPI; seguridade social de 20% e de acidente do trabalho.
 
· Valor devido apurado com aplicação de percentuais sobre receita bruta mensal auferida previsto em lei.
 
· Dispensadas dos recolhimentos: Sesc; Senai; Sesi; Senac; Sest; Senat; Sebrae e salário-educação.
 
· Não há inscrição: bancos, imobiliárias, cooperativas e autônomos que contratam empregados.
 
· Contribuições a Terceiros (CF, art. 240): contribuição compulsória do empregador sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, que o INSS se incumbe de arrecadar e repassar. São as seguintes entidades:
 
· FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação)
 
· INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária)
 
· SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)
 
· SESI (Serviço Social da Indústria)
 
· SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial)
 
· SESC (Serviço Social do Comércio)
 
· SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas)
 
· DPC (Diretoria de Portos e Costas)
 
· Fundo Aeroviário
 
· SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural)
 
· SEST (Serviço Social de Transporte)
 
· SENAT (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte)
 
· SESCOOPE (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo)
 
· Salário-Educação
 
Estas contribuições são arrecadadas pela Previdência Social, recolhidas na própria guia de recolhimento da Previdência Social e repassadas mensalmente às entidades respectivas.
 
Prazo para recolhimento: dia 2 do mês subsequente ao da competência, prorrogando-se para o primeiro dia útil seguinte, se o vencimento cair em dia em que não haja expediente bancário.
 
INSS terá remuneração de 3,5% do montante arrecadado das contribuições de terceiros, para arrecadá-las e fiscalizá-las.
 
ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DE CONTRIBUIÇÕES:
 
· Empresa deve arrecadar a contribuição dos segurados empregado e avulso, descontando-a da respectiva remuneração.
 
· Deve recolher o percentual de 20% sobre a remuneração dos que lhe prestam serviço.
 
· Recolher as contribuições sobre o faturamento e lucro.
 
· Prazo do recolhimento: no dia 2 do mês seguinte ao da competência.
 
· Contribuintes individual e facultativo: até o dia 15 do mês seguinte ao da competência.
 
· 13º salário: sobre valor bruto, em separado e recolhido até o dia 20 do mês de dezembro.
 
· Não havendo expediente bancário nas datas dos vencimentos, o recolhimento deverá ser efetuado no dia útil imediatamente posterior.
 
· Não-recolhimento no prazo: juros de mora equivalentes à taxa referencial da SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) aplicados sobre o valor atualizado pela UFIR (extinta em 19/07/2002), mais multa de mora.  
 
· INSS compete: arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento das contribuições sociais das empresas, dos empregadores domésticos, dos trabalhadores, incidentes sobre seu salário-de-contribuição, bem como as contribuições incidentes a título de substituição (Lei 8.212/91, art. 33).
 
· Secretaria da Receita Federal compete: arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento das contribuições sociais das empresas incidentes sobre o faturamento e o lucro e as incidentes sobre a receita de concurso de prognósticos e CPMF.
 
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA:
 
· Responsabilidade solidária: relação de responsabilidade entre pessoas unidas por interesses comuns, na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal, caso em que o credor poderá exigir de cada um dos co-responsáveis o valor integral da dívida.
 
· Responsabilidade por substituição: contribuinte não é o sujeito passivo da obrigação de recolhimento das contribuições sociais, e neste caso aquele passa a ser responsável pela correta arrecadação e entrega do valor devido, sujeitando-se, em caso de incorreção, ou descumprimento da obrigação, à cobrança da dívida, sem prejuízo de outras sanções penais e administrativas.
 
· Empresa: responsável pelo recolhimento das contribuições de seus empregados e de suas próprias contribuições.
 
· Grupo econômico (Lei 8.212/91, art. 30, IX):
 
· Empresas que integram o grupo de qualquer natureza respondem entre si, solidariamente, pelas obrigações previdenciárias.
 
· Caracteriza-se quando uma ou mais empresas, com personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindogrupo industrial, comercial ou de outra atividade econômica (CLT, art. 2º, § 2º).
 
· Solidariedade compreende a contribuição referente aos segurados empregados, avulsos e contribuintes individuais, com os acréscimos moratórios (juros e multa de mora), e obrigação decorrente de infração pelo não-cumprimento de determinadas obrigações acessórias.
 
· Não há exigência legal de demonstração de incapacidade financeira entre as empresas para o fim de se exigir a obrigação.
 
· Sócios e titulares da empresa (Lei 8.620, art. 13 e § único):
 
· Responsabilidade do titular da firma individual e dos sócios das empresas por cotas de responsabilidade limitada, respondendo com seus bens pessoais pelos débitos previdenciários, independente de dolo ou culpa.
 
· Responsabilidade solidária ou subsidiária: acionistas controladores de sociedades por ações; e administradores, gerentes e diretores que causaram inadimplemento de contribuições, por dolo ou culpa. 
 
· Despersonalização da pessoa jurídica: quando sócios ou gestores são responsabilizados pelos atos praticados em fraude à lei, aos estatutos ou contrato social, excesso de poderes ou gestão temerária.
 
· Tomador de serviços (Lei 9.711/98):
 
· Responsabilidade solidária da tomadora de serviços de cessão de mão-de-obra, pela retenção e recolhimento de 11% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços.
 
· Cedente de mão-de-obra deverá elaborar folha de pagamento e guias de recolhimento distintas para cada empresa tomadora de serviço, devendo esta exigir do executor, quando da quitação da nota fiscal ou fatura, cópia autenticada da guia de recolhimento quitada e respectiva folha de pagamentos.
 
· Responsabilidade subsidiária: terceirização de mão-de-obra ou por cooperativa de trabalho.
 
MÓDULO 7 - PRESTAÇÕES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E BENEFÍCIOS.
Módulo 7 - Prestações da Previdência Social e Benefícios. Período de Carência. Salário Benefício. Renda Mensal dos Benefícios. Reajustes dos Benefícios. Pagamento dos Benefícios. Cumulação de Benefícios. Prescrição. Tempo de Serviço e Contagem Recíproca. Auxílio-Doença. Aposentadoria por Invalidez. Aposentadoria por Tempo de Contribuição. Aposentadoria por Idade. Aposentadoria Especial. Auxílio Acidente. Pensão por Morte. Pensões Especiais. Salário-Maternidade. Salário-Família. Auxílio Reclusão.
 
1 - PRESTAÇÕES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - Benefícios e serviços:
 
· Benefícios: valores pagos em dinheiro aos segurados/dependentes em substituição ao rendimento do trabalhador quando na atividade (ex: salário).
 
· Serviços: bens imateriais, ex: habilitação/reabilitação profissional, serviço social, assistência médica.
 
· Prestações quanto aos segurados:
 
· Aposentadoria por invalidez
· Aposentadoria por idade
· Aposentadoria por tempo de contribuição
· Aposentadoria especial
· Auxílio-doença
· Salário-família
· Salário-maternidade
· Auxílio-acidente
 
· Prestações quanto aos dependentes:
 
· Pensão por morte
· Auxílio-reclusão
 
· Prestações quanto aos segurados e dependentes:
 
· Serviço social
· Reabilitação profissional
 
· Prestações acidentárias:
 
· Auxílio-acidente
· Aposentadoria por invalidez acidentária
· Auxílio-doença acidentário
· Pensão por morte acidentária
 
2 - CARÊNCIA: tempo correspondente ao número de contribuições mensais indispensáveis para o beneficiário fazer jus ao benefício, a partir do transcurso do 1º dia dos meses de suas competências.
 
Wladimir Novaes Martinez entende que período de carência é “o decurso de lapso de tempo associado a contribuições periódicas, devidas ou vertidas, exigidas como condição para a definição do direito a determinado benefício”.
 
· Contagem do período de carência:
 
· Segurado empregado e avulso: 1º dia do mês de filiação ao RGPS.
 
· Doméstico, contribuinte individual, empresário, autônomo e especial e segurado facultativo: 1º dia do mês do 1º recolhimento de contribuição sem atraso. Não são consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores.
 
· Período de carência:
 
· 12 contribuições mensais: auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.
 
· 18 contribuições mensais: pensão por morte a cônjuge
 
· 180 contribuições mensais: aposentadoria por idade, por tempo de serviço e especial.
 
· 10: salário-maternidade da segurada individual, segurada especial e segurada facultativa.
 
· 1/3 do número de contribuições anteriores para o cumprimento da carência: contado da nova filiação do segurado no RGPS, na perda da qualidade de segurado.
 
· Independe de carência:
 
· Pensão por morte para demais dependentes que não cônjuge.
· Auxílio-reclusão
· Salário-família
· Salário-maternidade para seguradas empregada, avulsa e empregada doméstica
· Serviço social
· Reabilitação profissional
· Auxílio-acidente
· Auxílio-doença por acidente do trabalho
· Aposentadoria por invalidez provocada por acidente do trabalho
· Doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social em que for acometido, após filiar-se ao RGPS, conforme critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que exija especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado.
· Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez aos segurados do RGPS, acometidos das doenças e afecções (Portaria Interministerial 2.998, de 23.8.2001): tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíste deformante); AIDS; contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada; e hepatopatia grave.
 
3 - SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO:
 
Wladimir Novaes Martinez define salário-de-benefício como a “média aritmética simples das bases da contribuição contidas num certo básico período de cálculo, quantum que se presta para a aferição da renda mensal inicial da prestação em dinheiro de pagamento continuado”.
 
Até a alteração ocorrida pela Lei 9.876, de 29/11/1999, de regra o salário-de-benefício consistia numa média aritmética simples dos últimos 36 salários-de-contribuição corrigidos monetariamente, mês-a-mês, tomando-se as mensalidades anteriores ao afastamento da atividade ou à data de entrada do requerimento. Diante de falhas de contribuições no período, esses 36 meses podiam ser buscados em 48 meses.
 
A partir da Lei 9.876/99, o salário-de-benefício sofre a influência de 2 elementos: a) alargamento do período básico de cálculo e b) emprego do fator previdenciário.
 
PERÍODO BÁSICO DE CÁLCULO (PBC): lapso de tempo durante o qual são tomados os salários-de-contribuição. As 80% maiores bases da aferição da contribuição devidas ou recolhidas nesse espaço são corrigidas monetariamente e utilizadas na apuração da média designada como salário-de-contribuição.
 
Novo período básico de cálculo: 1º mês, em todos os casos (se nele o segurado teve contribuições), será julho de 1994. A partir daí, todo o período de contribuição. E, o último mês será o imediatamente anterior ao desligamento do trabalho ou à data de entrada do requerimento.
 
Seleção dos salários-de-contribuição:
 
· Não são considerados todos os salários-de-contribuição do período contributivo. Após a atualização monetária, são considerados apenas os 80% de maior importância pecuniária.
 
· Em caso de falhas contributivas, o divisor considerado no cálculo da média não poderá ser inferior a 60% do período decorrido da competência entre julho de 1994 e a véspera do mês do requerimento, limitado a 100% de todo o período contributivo (Lei 9.876/99, art. 3º, § 2º).
 
· É considerado para cálculo do período básico de cálculo:
 
· Ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer título, em dinheiro ou em utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuição previdendiária.
 
· Segurado que recebeu benefício por Incapacidade no período básico de cálculo, considera como salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício queserviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e nas mesmas bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao salário mínimo, nem superior ao limite máximo do salário-de-contribuição.
 
· O valor mensal do auxílio-doença integra o salário-de-contribuição, para fins de cálculo do salário-de-benefício de qualquer aposentadoria, observado limite mínimo de 1 salário mínimo e o teto máximo do benefício.
 
· Não é considerado para cálculo do período básico de contribuição:
 
· aumento dos salários-de-contribuição excedentes ao limite legal, inclusive o voluntariamente concedido nos 36 meses imediatamente anteriores ao início do benefício, exceto se houver homologação pela Justiça do Trabalho, resultante de promoção regulada pelas normas gerais da empresa, admitida pela legislação do trabalho, de sentença normativa ou de reajustamento salarial obtido pela categoria do obreiro.
 
· 13º Salário, por destinar-se ao custeio do abono anual desse benefício.
 
· Exemplo da seleção dos salários-de-contribuição: Período contributivo apurado de julho/1994 a junho/2004, no total de 120 meses (ou 10 anos). O denominador nunca poderá ser inferior a 60%, ou seja, para este exemplo, nunca inferior a 72. Vejamos as 5 situações abaixo:
 
· Caso o segurado tenha pago durante os 10 anos, todos os salários-de-contribuição serão corrigidos e tomada a soma dos 80% X 120 = 96 meses do período e dividida por 96.
 
· No mesmo lapso de tempo (10 anos), tenha recolhido por 100 meses, todos os salários-de-contribuição serão corrigidos, obtida a soma dos salários-de-contribuição dos 80% X 100 = 80 meses do período e dividida por 80.
 
· No lapso de 10 anos, ele haja aportado somente por 90 meses, todos os salários-de-contribuição serão corrigidos, usada a soma dos salários-de-contribuição dos 80% X 90 = 72 meses do período, dividida por 72.
 
· Nos mesmos 10 anos, se ele cotizou por 80 meses, será colhida a soma dos salários-de-contribuição dos 80% X 80 = 64 meses do período. Como o denominador não pode ser inferior a 60% do período decorrido (60% de 120 meses = 72 meses), e como ele cotizou mais de 72 mensalidades, serão selecionados os 72 maiores salários-de-contribuição e sua soma dividida por 72.
 
· 60 meses de salário-de-contribuição, todos os salários-de-contribuição serão corrigidos e dividido por 72, pois o denominador não pode ser inferior a 60% do total de meses do período contributivo (60% de 120 meses).
 
· Lei 9.876/99, art. 3º – Filiação até 28/11/1999: “média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, 80% de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994”. Todo o tempo de contribuição do período básico de cálculo, após a correção monetária dos salários-de-contribuição, são pinçados os 80% maiores valores. Exemplos:
 
· Em dezembro de 1999, eram 66 salários-de-contribuição (total de meses de jul/94 a dez/99), e foram utilizados 66 X 80 = 52,8, isto é, 52 salários-de-contribuição.
 
· Em dezembro de 2000, foram 78 X 80 = 62,4, isto é, 62 salários-de-contribuição.
 
· Lei 9.876/99, art. 2º, que alterou o art. 29, da Lei 8.213/91 – Filiação a partir de 28/11/1999: “média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo”.
 
Benefícios atingidos pelo período básico de cálculo criado pela Lei 9.876/99: todos os benefícios calculados comuns ou acidentários, como: aposentadoria por idade, especial, por tempo de contribuição, auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e auxílio-acidente.
 
Benefícios excluídos: salário-família, pensão por morte, salário-maternidade, abono anual e outros benefícios da legislação especial.
 
Média da soma: resultado da 1ª parte do cálculo do salário-de-benefício. A 2ª, resultará da adoção do fator previdenciário, que será usado em relação à média aritmética simples dos 80 maiores salários-de-contribuição do segurado, resultando no montante do salário-de-benefício, aplicando-se o percentual próprio de cada prestação.
 
Atividades Concomitantes – Cálculo do Salário-de-Benefício é a soma dos salários de contribuição das atividades concomitantes exercidas na data do requerimento ou do óbito, ou no período básico de cálculo, observando:
 
· Se satisfeitas as condições do benefício requerido com relação a cada atividade, o salário-de-benefício será calculado com base na soma dos salários-de-contribuição exercidas, observando o limite máximo. Ex: segurado que trabalha, simultaneamente, como empregado e como trabalhador autônomo, que vem a adoecer, e permanece incapaz por mais de 15 dias, tendo mais de 12 contribuições mensais sem atraso em cada uma das atividades, o valor do salário de benefício do seu auxílio-doença levará em conta a soma dos salários de contribuição das atividades desempenhadas, obedecida a regra de inclusão no cálculo da “média” dos maiores salários de contribuição equivalentes a 80% do período contributivo.
 
· Caso não verificada a satisfação de todos os requisitos em alguma das atividades exercidas simultaneamente, o cálculo observará a totalidade dos salários de baseado nos salários-de-contribuição das atividades em que foram satisfeitas as exigências, acrescido de um percentual da média dos salários de contribuição das atividades restantes, proporcionalmente à relação entre o número de meses em que houve contribuições e o número de meses exigido como carência do benefício requerido. Ex: segurado que trabalha como empregado e autônomo, como empregado trabalha há 18 meses, mas tem apenas 6 meses de contribuições sem atraso como autônomo, e fica incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias, o seu salário de benefício consistirá na média dos salários de contribuição em valores integrais do emprego exercido (maiores salários de contribuição equivalentes a 80% do seu período contributivo, ou seja, de 18 meses), mais 6/12 (ou 50%) da média dos maiores salários de contribuição da sua filiação como autônomo, equivalentes a 80% dos 6 meses assim trabalhados.
 
· Quando se trata de benefício por tempo de serviço (atualmente, aposentadoria por tempo de contribuição), o percentual de proporcionalidade será o equivalente à comparação entre os anos de serviço (hoje, contribuição) e os anos apurados para a obtenção do benefício. Ex: no RGPS não se pode receber mais de uma aposentadoria, se o segurado atinge, em uma ou mais atividades, o tempo necessário para obtenção do direito à jubilação, embora não em todas as atividades exercidas, e decide pelo recebimento do benefício, terá o salário de benefício calculado sobre a média da soma dos salários de contribuição das atividades em que implementou o tempo exigido, mais um fração da média dos salários de contribuição das atividades nas quais não completou esse tempo exigido, seno o “numerador” desta fração o número de anos de contribuição, e  “denominador” o número de anos considerado para a concessão do benefício.
 
· Na incapacidade de trabalho apenas para o exercício de uma delas, é devido o auxílio-doença para a que está incapaz, devendo a perícia médica ser conhecedora de todas as atividades que o segurado esteja exercendo.
 
· Recebendo o auxílio-doença o segurado se torna incapaz para as demais atividades, o valor do benefício deve ser revisto, com base nos demais salários-de-contribuição, a contar do 16º dia do novo afastamento dessas atividades.
 
FATOR PREVIDENCIÁRIO:
 
·Foi instituído pela Lei 9.876/99, combinando fatores como idade mínima, tempo de contribuição e expectativa de vida do segurado, com fundamento no art. 201 da CF, que determina a observância de critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
 
·STF julgou que o fator previdenciário não é inconstitucional, pois a preservação do equilíbrio financeiro e atuarial está previsto na própria Lei Maior, dando respaldo ao fator previdenciário ser instituído por lei ordinária.
 
·Fator previdenciário é número decimal, em cada caso, menor ou maior do que um, que leva em consideração a idade e a expectativade vida do segurado. Exemplo: 0,4720 (homem com 30 anos de contribuição e 44 anos de idade) ou 2,983 (homem com 56 anos de contribuição e 70 anos de idade). Esse número decimal será multiplicado pela média dos salários-de-contribuição contidos no período básico de cálculo, resultando no salário-de-benefício.
 
Fórmula matemática: F = TC x 0,31 x { 1 + ID + (TC x 0,31)}
                                               ES                        100
F: fator previdenciário.
 
ID: idade, isto é, anos completos do segurado quando da aposentação. Ex: 54 anos, 7 meses e 10 dias = 54,6027 (Cálculo: 7 x 30 = 210 + 10 = 220 dias; 220 dividido por 365 = 0,6027).
 
TC: tempo de contribuição, isto é, anos de pagamento das mensalidades. Comprovação da contribuição:
 
· Empregado temporário, avulso ou servidor sem regime próprio: não necessitam comprovar o recolhimento da contribuição previdenciária, eis que beneficiam-se da presunção do desconto e do recolhimento da exação pelo empregador ou gestor, através da CTPS anotada, tendo que provar o tempo de serviço.
 
· Contribuinte individual e facultativo: devem demonstrar esse tempo de contribuição pelos documentos habituais e GPS.
 
· Doméstico: comprovação mediante a CTPS e a GPS.
 
A partir da EC n. 20/1998, será somente tempo de contribuição. Não haverá mais tempo de serviço. Sob esse aspecto a questão não está pacificada na doutrina. Para alguns somente após a regulamentação, por via de lei complementar, um critério substituirá o outro, não sendo suficiente a regulamentação administrativa (Portarias MPAS n. 4.882/98, 4.883/98, 4.992/99 e Ordem de Serviço INSS/DSS n. 619/98). Gera a obrigação fiscal de recolher contribuições.
 
Tempo de serviço corresponde ao tempo de contribuição, o sem contribuição, o em gozo de benefício por incapacidade, o do serviço militar e o próprio tempo de serviço (trabalho), bem como os períodos fictícios (40% da conversão na aposentadoria especial).
 
ES: expectativa de sobrevida, isto é, é o tempo que os atuários, demógrafos (aqueles que se preocupam com a estatística da população) ou estatísticos pressupõem ser estimadamente a ser vivido após a aposentação, obtida a partir da tábua completa de mortalidade para o total da população brasileira, construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando a média nacional única para ambos os sexos (Lei 8.213/91, art. 29, §7º, alterada pela Lei 9.876/99, art. 1º).
 
0,31: é alíquota de contribuição, apurada pelo cálculo da soma da contribuição patronal (20%) + alíquota máxima do empregado (11%) = 0,31.
 
Benefícios abrangidos: aposentadoria por tempo de contribuição e, em casos excepcionais, na aposentadoria por idade.
 
Benefícios excluídos: auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial, pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-acidente, salário-maternidade, salário-família e o abono anual.
 
Consequências comparadas com o sistema anterior a Lei 9.876/99:
 
· Aplicação do fator reduzirá a renda mensal inicial, obrigando o segurado a se retirar com idade avançada ou mais tempo de contribuição.
· Pode ganhar com o fato, a jubilação de segurado com tempo de contribuição elevado e idade média ou idade avançada com tempo de contribuição média, se equivalem.
· Pode haver perda, para os segurados requerentes da aposentadoria proporcional, principalmente quem se jubilar precocemente, com pouco tempo de contribuição ou baixa idade.
· Quem tem direito adquirido estará excluído do sistema. Continuando a trabalhar, se com o fator o benefício resultar maior também poderá optar por ele.
 
Cálculos do fator previdenciário – Exemplos:
 
· Segurado com 30 anos de contribuição e 50 anos de idade, com expectativa de sobrevida de 22,8 anos:
 
F = 30 x 0,31 x { 1 + 50 + (30 x 0,31) } = 
          22,8                         100
 
F = 9,30 x {1 + 62,3} =
      22,8              100
 
F = 0,4078 x 1,623 = 0,6618
 
· Segurada com 25 anos de serviço e 48 anos de idade:
· 25 + 5 anos (bônus) = 30 anos
· Expectativa de sobrevida = 26,8 anos
· Idade = 48 anos
 
F = 30 x 0,31 x {1 + 48 + (30 x 0,31) } = 
          26,8                         100
 
F = 0,3470 x 1,573 = 0,5558
 
Obs.: bônus para mulher 5 anos; ao professor 5 anos; e professora 10 anos.
 
FÓRMULA DO CÁLCULO DO SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO
 
SB = F x Y
 
SB: salário de benefício.
F: fator previdenciário.
Y: média aritmética do período básico de cálculo de contribuições.
 
APURAÇÃO DA RENDA MENSAL INICIAL (RMI)
 
Renda Mensal Inicial:
 
· É o montante do numerário quantificado em moeda corrente nacional, em princípio inalterável, protegido pela lei, divisível apenas quando mais de uma pessoa participar (ex: pensão por morte e auxílio-reclusão).
 
· Corresponde à primeira parcela do benefício de prestação continuada a ser pago pela Previdência Social.
 
· Estabelecida por elementos matemáticos do cálculo, institutos jurídicos próprios do Direito Previdenciário, a seguir: a) período básico de cálculo; b) salários-de-contribuição; c) correção monetária; d) salário-de-benefício; e) valor mínimo; f) valor máximo; g) coeficientes; h) regras de concomitância; e i) renda mensal inicial.
 
· Não poderá ter valor inferior a 1 salário mínimo e superior a 10 salários mínimos.
 
Coeficientes (Cf) aplicáveis:
 
· Cada segurado e benefício, considerados individualmente, possuem coeficiente aplicável ao salário-de-benefício para se atingir a renda mensal inicial.
 
· É o percentual a ser aplicado sobre o salário de benefício, sendo que para cada benefício existe um percentual próprio.
 
Fórmula para Cálculo da Renda Mensal Inicial:
 
RMI = SB x Cf
 
Ex: SB R$ 400,00 x Cf Auxílio-doença 91% = Renda Mensal Inicial R$ 364,00
 
A renda mensal do benefício de prestação continuada, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, será calculada aplicando-se sobre o salário de benefício os seguintes coeficientes dos benefícios:
 
· Auxílio-doença: 91% do salário-de-benefício.
 
· Aposentadoria por invalidez: 100% do salário-de-benefício.
 
· Exceção relativa à aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar de assistência permanente de outra pessoa: acréscimo de 25%, mesmo que tenha atingido o limite máximo legal.
 
· Aposentadoria por idade: 70% do salário-de-benefício, mais 1% deste por grupo de 12 contribuições mensais, até o máximo de 30%.
 
· Aposentadoria por tempo de serviço ou tempo de contribuição:
 
· Mulher: 100% do salário de benefício aos 30 anos de contribuição, ou 70% do salário-de-benefício aos 25 anos de serviços, mais 5%, para cada 1 novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% aos 30 anos de serviço.
 
· Homem: 100% do salário de benefício aos 35 anos de contribuição, ou 70% do salário-de-benefício aos 30 anos de serviço, mais 5% deste, para cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% aos 35 anos.
 
· Professora: 100% do salário de benefício aos 25 anos de contribuição e de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio.
 
· Professor: 100% do salário de benefício aos 30 anos de contribuição e de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio.
 
· Aposentadoria por idade: 70% do salário-de-benefício, mais 1% por ano de filiação até um máximo de 100%.
 
· Aposentadoria especial: 100% do salário-de-benefício.
 
· Pensão por morte: 100% do salário-de-benefício.
 
· Auxílio-reclusão: 100% do salário-de-benefício.
 
· Auxílio-acidente: 50% do salário-de-benefício.
 
Salário-maternidade:
 
· Segurada empregada e trabalhadora avulsa: renda mensal igual à remuneração integral.
 
· Doméstica: valor correspondente ao do seu último salário de contribuição.
 
· Segurada especial: 1/12 do valor sobre o qual incidiu sua última contribuição anual.
 
· Demais seguradas: 1/12 do soma dos 12 últimos salários de contribuição, apurados em um período não superior a 15 meses.
 
· Em qualquer caso, é garantido o pagamento no valor de 1 salário mínimo.
 
· Contribuições devidas e nãorecolhidas pelo empregador serão consideradas para cálculo?
 
· Empregado e avulso: sim.
 
· Demais segurados: computados salários-de-contribuição dos meses de contribuição recolhida.
 
· Segurado Empregado e Avulso que atendem às condições para obter o Benefício e não podem comprovar seus períodos básicos de cálculos: Concessão do benefício de valor mínimo, sendo recalculada quando da apresentação da prova dos salários-de-contribuição.
 
· Reajuste do Valor dos Benefícios:
 
· Objetivo: preservação do valor real da data de sua concessão.
 
· Reajuste pro rata, em junho de cada ano, de acordo com as respectivas datas de início ou do seu último reajustamento, com base em percentual definido em regulamento.
 
· Benefícios: pagos do 1º ao 10º dia útil do mês seguinte ao de sua competência.
 
· Nenhum benefício reajustado pode ser superior ao limite máximo do salário-de-contribuição ou inferior ao salário mínimo, salvo em relação ao auxílio-acidente e do salário-família.
 
· Pagamento dos Benefícios:
 
· Vedação sobre os Benefícios: penhora, arresto ou sequestro.
 
· Considerada nula de pleno direito: venda, cessão ou constituição de ônus sobre eles e outorga de poderes irrevogáveis para seu recebimento.
 
· Descontos pelo INSS:
 
1. Contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social.
 
2. Pagamento de benefício além do devido.
 
3. IRRF.
 
4. Alimentos decorrentes de sentença judicial.
 
5. Mensalidade de associações e demais entidades de aposentadorias legalmente reconhecidas, desde que autorizadas por seus filiados.
 
· Pagamento direto ao beneficiário, em dinheiro ou por depósito em conta corrente, exceto o pagamento de auxílio-doença e a procurador.
 
· Pagamento a procurador, com mandato de prazo não superior a 12 meses, nos casos: ausência, moléstia contagiosa ou impossibilidade de locomoção, será pago ao procurador.
 
· Procuração: renovação ou revalidação pelos setores de benefícios do INSS.
 
· Responsabilidade do procurador: comunicação de óbito, sob pena de incorrer em crime.
 
· Pagamento ao segurado ou dependente incapaz: cônjuge, pai, mãe, tutor ou curador.
 
· Pagamento com atraso pela Previdência Social: atualização monetária a partir do mês que deveria ter sido pago até o mês do efetivo pagamento.
 
· Não é permitida acumulação de benefícios, exceto seguro-desemprego e pensão por morte, auxílio-reclusão ou auxílio-acidente.
 
4 - BENEFÍCIOS
 
AUXÍLIO-DOENÇA:
 
· Previdência Social deve cobrir eventos de doença (CF, art. 201, I; Lei 8.213/91, arts. 59 a 64).
 
· Definição: Benefício previdenciário de curta duração, renovável a cada oportunidade em que o segurado dele necessite, pago em decorrência de incapacidade temporária e parcial da pessoa, que se afastar do trabalho por mais de 15 dias consecutivos.
 
· Direito: incapacidade para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos.
 
· Interrupção do contrato de trabalho:
· Primeiros 15 dias de afastamento.
· Pagamento do salário integral e FGTS pela empresa.
· Há contagem como tempo de serviço.
 
· Suspensão do contrato de trabalho:
· A partir do 16º dia de afastamento do trabalho.
· Pagamento do benefício efetuado pelo INSS, a partir do 16º dia do afastamento.
· Renda mensal: média aritmética simples dos últimos 12 salários-de-contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não alcanlado o número de 12, a média artmética simples dos salários-de-contribuição existentes, obtém-se o salário-de-benefício que deste considera-se 91%, para fins do resultando da renda mensal inicial.
· Não há pagamento do salário pela empresa.
· Não há contagem como tempo de serviço.
 
· Concessão do auxílio-doença - Carência:
· 12 contribuições mensais.
· Não há carência, nos casos de auxílio-doença por acidente e de doença profissional ou do trabalho.
· Empregado: início do direito a partir do 16º dia de afastamento da atividade.
· Demais segurados: da data do início da incapacidade e até o final da incapacidade.
 
· Segurado que exerce mais de uma atividade abrangida pela Previdência Social:
· Auxílio-doença concedido à atividade em que estiver incapacitado
· Exercício da mesma atividade profissional em ambas, destas 2 será afastado das atividades.
 
· Novo requerimento de benefício pela mesma doença dentro de 60 dias da cessação do anterior:
· Empresa é desobrigada do pagamento dos 15 dias de afastamento.
· Benefício anterior prorroga-se, descontando os dias trabalhados, se for o caso.
 
· Novo requerimento de benefício pela mesma doença em mais de 60 dias da cessação do anterior: empresa obrigada no pagamento dos primeiros 15 dias de afastamento.
 
· Novo requerimento relativo à outra doença: empresa obrigada no pagamento dos primeiros 15 dias de afastamento, não decorridos os 60 dias da cessação do benefício.
 
· Cessação do Auxílio-doença:
· Recuperação da capacidade do trabalho.
· Transformação em aposentadoria por invalidez.
· Morte do segurado.
· Auxílio-acidente com sequelas que implique redução da capacidade funcional, o que corresponderá a 50% do salário-de-benefício de origem do benefício do auxílio-doença.
 
· Cancelamento do Auxílio-doença:
· Se durante o recebimento do benefício, o segurado vier a exercer atividade que lhe garanta subsistência, a partir do retorno à atividade.
 
· Impossibilidade de recuperação para atividade habitual e em gozo do auxílio-doença:
· Processo de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade, sem cessar o benefício até a reabilitação definitiva, que lhe garanta a subsistência.
· Se irrecuperável, será aposentado por invalidez.
 
· Empresa poderá garantir o salário integral através do pagamento do complemento de auxílio-doença, em decorrência de liberalidade, acordo ou convenção coletiva, não incidindo INSS, se pago para todos os empregados, e FGTS.
 
· Empregado não poderá receber aviso prévio se afastado por auxílio-doença.
 
AUXÍLIO-DOENÇA POR ACIDENTES DO TRABALHO:
 
· Definição: Benefício de prestação continuada pago pelo INSS ao segurado que ficar incapacitado temporariamente para o trabalho em decorrência de acidente ou doença do trabalho.
 
· Direito: inicia a partir do 16º dia seguinte ao do acidente.
 
· Segurados: empregados, avulsos, temporários e presidiários que exercem atividade remunerada.
 
· Empresa: pagamento do salário dos primeiros 15 dias após o acidente.
 
· Valor do auxílio-doença: 91% do salário-de-benefício, não podendo ser menos que 1 salário mínimo.
 
· Carência: não há.
 
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ:
 
· Previdência cobre eventos de aposentadoria por invalidez (CF, art. 201, I; Lei 8.213/91, arts. 42 a 47).
 
· Definição: devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz para o trabalho e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, sendo o benefício pago enquanto permanecer nessa condição.
 
· É benefício temporário, provisório, eis que o segurado pode se recuperar.
 
· Carência:
 
· 12 contribuições mensais.
 
· Não há carência, se decorrente de acidente ou para segurados especiais.
 
· Concessão: por exame médico pericial pelo INSS, para verificação da incapacidade total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida:
 
· Empregado: primeiros 15 dias de afastamento da atividade por invalidez serão pagos pela empresa.
 
· Empregado: a contar do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias;
 
· Doméstico, individual, avulso especial e facultativo: a contar da data do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.
 
· Necessário exame médico periódico, sob pena de ser sustado o pagamento do benefício.
 
· Médico poderá considerar definitiva a aposentadoria. 
 
· Suspensão do contrato de trabalho, eis que poderá haver recuperação.
 
· Renda mensal:
 
· 100% do salário-de-benefício, a contar do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença.
 
· 25% de acréscimo,

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