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Alunos: Tais Rocha; Wilian de Freitas. PATOLOGIA FORENSS - AULA 5 NECROSCOPIA MÉDICO LEGAL Indicação da necroscopia médico legal = morte violenta ou suspeita Objetivo: verificar a causa jurídica da morte. · Técnica: obedecer roteiro estabelecido. · Rigoroso exame externo. · Abrir 3 grandes cavidades: crânio, tórax e abdome. · Reconstituição completa e minuciosa do cadáver. · Exames complementares: retirar sangue ou tecido para toxicologia ou alcoolemia ou DNA. DESTINO DOS CADÁVERES: · Inumação simples (enterrar o indivíduo) · Inumação após prévio embalsamento · Inumação após necroscopia · Cremação · Ossários – sepulturas temporárias · Imersão (indivíduo em meio líquido – mão em luva) · Destruição dos corpos pelos animais (na Índia, os Parsis consideram sagrados o fogo, a terra e a água); · Exumação (desenterrar o indivíduo) FINALIDADE DO ATESTADO DE ÓBITOS: · Assegurar a realidade do óbito · Esclarecer questões de ordem sanitária · Determinar a causa jurídica da morte (homicídio, suicídio, morte natural) NECROSCOPIAS: · Anatomo – patológicas (tb pode ser solicitado pelo médico-legista) · Médico – legais · Objetiva = Reconstituição completa e minuciosa do cadáver · Exames complementares como coleta de sangue ou tecido, para toxicologia, alcoolemia ou DNA. TANATOLOGIA FORENSE (avalia a hora da morte) É o estudo da morte (thanatos = morte). - Em Medicina Legal é o estudo dos sinais indicativos que houve morte e os fenômenos relacionados com a mesma. SINAIS ABIÓTICOS IMEDIATOS (SINAIS DE PROBABILIDADE): PROVA · Perda da consciência · Insensibilidade · Imobilidade e abolição do tônus muscular · Fácies hipocrática ou cadavérica (esbranquiçada ou amarelada) · Relaxamento dos esfíncteres (ex. midríase pupilar) · Inexcitabilidade elétrica (confirmado pelo ECG e EEG) · Cessação da respiração · Morte encefálica · Caracterizada pela cessação irreversível da atividade do tronco cerebral. - Nesta região encontra-se o bulbo raquidiano que contém os centros cardio-respiratórios. · Provar a morte encefálica com EEG/ARTERIOGRAFIA. · Médico que atesta a morte encefálica não pode fazer parte da equipe de transplante. SINAIS ABIÓTICOS - TARDIOS (SINAIS DE CERTEZA): · Evaporização tegumentar (ressecamento de mucosa) · Resfriamento do corpo (segue a temperatura do ambiente) · Livores de hipóstase ou cadavérico (surge devido a cessação de batimentos cardíacos) · Cessada a circulação, a movimentação do sangue no interior dos vasos sanguíneos, passa a depender apenas da ação da gravidade. · Tonalidade dos livores = violácea em razão da presença crescente de hemoglobina reduzida. Intoxicação por monóxido de carbono = carminados vermelho vivo. · Intoxicações por clorato de potássio = cor achocolatado, mas afixias por submersão adquirem cor vermelho clara. Cronologia do aparecimento dos livores: · Primeiras 2-3h: formam-se manchas esparsas hastantes sensíveis. · 6-8h: livores generalizado - Permanecem pálidos apenas nas áreas submetidas a pressão. · 8-12h: os livores estão fixados. - Significa que embora modificando a posição de decúbito do cadáver após este período, os livores permanecem localizados-fixos. · Rigidez cadavérica (ocorre céfalo-caudal) · Após a morte as células - acidificação tissular devido à falta de oxigênio nos tecidos. · A rigidez cadavérica inicia-se por volta da segunda hora após a morte e pode generalizar-se por volta de cinco ou seis horas, mantendo-se até iniciar a putrefação (24h após a morte). · Nas asfixias e mortes que seguem a convulsões, a rigidez é precoce. Nos indivíduos sadios, robustos que morreram subitamente, rigidez é tardia, intensa e duradoura. PUTREFAÇÃO Degradação da matéria orgânica - decorrente da falta de oxigênio, acidificação do meio, ação de bactérias de decomposição e da flora e fauna cadavérica. Ocorre com certa evolução cronológica, mas sem precisão. Dividida em períodos: · De coloração (mancha esverdeada no FID e flanco D) · De gaseificação · De coliquação ou redutora · De esqueletização. MACERAÇÃO: PROVA · Fenômeno destrutivo decorrente da ação da água. Ex: fetos mortos que permanecem imersos no líquido amniótico no interior do útero, vítimas de afogamento. MUMIFICAÇÃO: · Processo transformativo conservador que pode ser provocado ou espontâneo (os embalsamentos egípcios, bem como os ventos quentes e secos do deserto). · Condição fundamental para mumificação: falta de umidade. CRONATOGNOSE: · É o estudo da data da morte. A – Pré-moriência (cronologia da morte ex. acidente de avião, 1º pai, depois o filho; 1º homem, depois a mulher); B – Comoriência (não há cronologia-todos morrem ao mesmo tempo) Elementos para análise da hora da morte: · Fenômenos cadavéricos · Fenômenos gastrointestinais · Crioscopia (avalia coagulação sanguínea) · Crescimento dos pelos · Flora cadavérica · Fauna cadavérica Fenômenos para estimativa do tempo da morte: · Esfriamento do cadáver – H = N-C/1,5; · Livores de hipóstase; · Rigidez cadavérica: nuca, MMSS, tronco, MMII; · Gases de putrefação; · Mancha verde abdominal: sulfoxihemoglobina, devido a ↓ da hb; · Cristais no sangue putrefeito; · Crioscopia (n = 0,57); · Conteúdo estomacal (n = 5 a 7); · Conteúdo vesical. Calendário da morte: · Corpo flácido, quente e sem livores: < 2 h · Rigidez de nuca e mandíbula, esboço de livores: de 2 a 4 h · Rigidez dos membros superiores, da nuca e da mandíbula, livores relativos: de 4 a 6 h · Rigidez generalizada, manchas de hipóstase: de 8 a 16 h · Rigidez generalizada, esboço da mancha verde abdominal: de 16 a 24 h · Mancha verde abdominal: de 24 a 48 h · Desaparecimento de partes moles: de 2 a 3 anos · Esqueletização completa: 3 anos Questão de Prova: 1. Defina o que é morte encefálica? É caracterizada pela cessação irreversível da atividade do tronco cerebral.
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