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Solicitações simples: Carga axial - Tração e Compressão Profª. Mscª. Priscila Moreira da Silva Lemos priscilamoreira_12@hotmail.com Resistência dos Materiais Deformação Elástica 2 Considere a barra homogênea de comprimento L e seção transversal variável submetida a uma força axial centrada P. A barra está sujeita à cargas concentradas em suas extremidades e a uma carga variável distribuída ao longo de seu comprimento. O que poderia ser essa carga distribuída? Peso próprio de uma barra vertical; Forças de atritos que agem sobre a superfíce da barra Deformação Elástica 3 Baseados nesse modelo, poderemos determinar o deslocamento relativo δ de uma das extremidades da barra em relação à outra extremidade, causada por esse carregamento. Usando o método das seções, isolamos um elemento diferencial da barra de comprimento dx e área da seção transversal A(x). Deformação Elástica 4 Se a tensão axial resultante σ não ultrapassar o limite de proporcionalidade do material, podemos aplicar a lei de Hooke. Então, teremos: σ = P(x) A(x ) ε=d δ dx σ =E ε P(x ) A (x) =E dδ dx dδ= P(x )dx A (x )E Deformação Elástica 5 Para o comprimento total da barra, L, devemos integrar essa expressão para determinas o deslocamento da extremidade. dδ= P(x )dx A (x )E δ=∫ 0 L P(x)dx A (x)E δ = deslocamento de um ponto na barra relativo a um outro ponto; L = distância original entre os pontos; P(x) = força axial interna na seção, localizada a distância x de uma extremidade; A(x) = área da seção transversal da barra, expressa em função de x; E = módulo de elasticidade do material Deformação Elástica 6 Para casos onde a seção transversal A e a força forem constantes, tem-se a equação geral: Se a barra for submetida a várias forças axiais diferentes, ou se a área da seção transversal ou o módulo de elasticidades mudar repentinamente de uma região da barra para outro, a equação poderá ser aplicada por segmento. δ=∑ i PiLi A iE i δ= P L A E Deformação Elástica 7 Convenção de sinais: força e deslocamento serão positivos quando provocarem TRAÇÃO (alongamento) e serão negativos quando provarem COMPRESSÃO (contração). Deformação Elástica 8 Exemplo 1: Determine a deformação da barra de aço mostrada abaixo submetida às forças dadas (E = 200 GPa). Deformação Elástica 9 Exemplo 1: Determine a deformação da barra de aço mostrada abaixo submetida às forças dadas (E 200 GPa). Deformação Elástica 10 Exemplo 2: O conjunto mostrado abaixo consiste em um tubo de alumínio AB com área da seção transversal de 400 mm². Uma haste de aço de 10 mm de diâmetro está acoplada a um colar rígido que passa através do tubo. Se for aplicada uma carga de tração de 80 kN à haste, qual será o deslocamento da extremidade C? Considere: Eaço= 200 GPa e Eal= 70 GPa. Deformação Elástica 11 Exemplo 2: Força interna: desenhar diagrama de corpo livre Deslocamento: Definir entre quais extremidades •Extremidade C em relação à extremidade B (haste) δ C /B= P L A E = +80⋅10 3N⋅0 ,6m π⋅(0 ,005m)2⋅200⋅109N /m ² δ C /B=+0 ,003056m→ Deformação Elástica 12 Exemplo 2: Deslocamento: Definir entre quais extremidades •Extremidade B em relação à extremidade A (tubo) Deslocamento resultante: δ B / A= P L A E = −80⋅10 3N⋅0 ,4m (400mm2⋅(10−6)m ² /mm ²)⋅70⋅109N /m ² δ B / A=−0 ,001143m→ δ C=δ B / A+δ C /B=0 ,001143+0 ,003056m=0 ,00420m=4 ,20mm→ Deformação Elástica 13 Exemplo 3: Uma viga rígida AB apoia-se sobre dois pilares curtos, como mostrado abaixo. AC é feito de aço e tem diâmetro de 20 mm; BD é feito de alumínio e tem diâmetro de 40 mm. Determine o deslocamento do ponto F em AB se for aplicada uma carga vertical de 90 kN nesse ponto. Considere: Eaço= 200 GPa e Eal= 70 GPa. Deformação Elástica 14 Exemplo 3: Força interna: Determinar as forças internas por meio das equações de equilíbrio ∑ F y=0 RAC+RBD=90 kN ∑ M A=0 +RBD⋅0 ,6m−90⋅0 ,2m=0 RBD=30 kNRAC=60 kN Deformação Elástica 15 Exemplo 3: Deslocamento: •Poste AC δ A= PAC LAC A AC Eaço = −60⋅10 3N⋅0 ,3m π (0 ,010m)2⋅200⋅109N /m ² δ A=0 ,286mm↓ δ A=−286(10 −6)m↓ Deformação Elástica 16 Exemplo 3: Deslocamento: •Poste BD δ B= PBD LBD ABD Eal = −30⋅10 3N⋅0 ,3m π (0 ,020m)2⋅70⋅109N /m ² δ A=0 ,102mm↓ δ A=−102(10 −6)m↓ Deformação Elástica 17 Exemplo 3: Deslocamento: •Ponto F δ F=0 ,102mm+0 ,184⋅( 400mm 600mm ) δ F=0 ,225mm↓ δ F ' 400mm = 0 ,184mm 600mm Princípio da Superposição 18 O princípio da superposição é geralmente usado para determinar a tensão ou deslocamento em determinado ponto do elemento quanto este está sujeito a carregamento complexo ou possui mais restrições que o mínimo necessário (estaticamente indeterminada). Condições para que o princípio da superposição seja válido: •A carga deve ser linearmente relacionada à tensão ou ao deslocamento a determinar; •A carga não deve mudar significativamente a geometria ou a a configuração original do elemento (pequenos dos deslocamentos). Princípio da Superposição 19 Observamos que uma estrutura é estaticamente indeterminada sempre que ela é vinculada por mais suportes do que aqueles necessários para manter seu equilíbrio. Isso resulta em mais reações desconhecidas do que equações de equilíbrio disponíveis. Muitas vezes é conveniente designar uma das reações como redundante e eliminar o suporte correspondente. Como as condições estabelecidas no problema não podem ser alteradas arbitrariamente, a reação redundante deve ser mantida na solução. Contudo, ela será tratada como uma força desconhecida que, juntamente com outras forças, deve produzir deformações compatíveis com as restrições originais. A solução real do problema é obtida considerando-se separadamente as deformações provocadas pelas forças e pela reação redundante e somando ou superpondo os resultados obtidos. Princípio da Superposição 20 Diz-se que uma estrutura é estaticamente indeterminada quando as equações de equilíbrio não são suficientes para determinar as reações. δ A /B=0 +↑∑ F=0 F A+FB−P=0 Condições de equilíbrio: Condições de compatibilidade ou cinemática: Princípio da Superposição 21 Diz-se que uma estrutura é estaticamente indeterminada quando as equações de equilíbrio não são suficientes para determinar as reações. δ= PL EA Relação carga-deslocamento: F A LAC EA − FB LCB EA =0 F A= FB LCB LAC Princípio da Superposição 22 Diz-se que uma estrutura é estaticamente indeterminada quando as equações de equilíbrio não são suficientes para determinar as reações. Relação carga-deslocamento: ( FB LCB LAC )+FB=P F A+FB−P=0 [ FB(L−L AC) L AC ]+FB=P FB( L LAC − LAC LAC )+FB=P Princípio da Superposição 23 Diz-se que uma estrutura é estaticamente indeterminada quando as equações de equilíbrio não são suficientes para determinar as reações. Relação carga-deslocamento: FB L LAC −FB+FB=P FB=P LAC L F A=P LCB L Princípio da Superposição 24 Exemplo 4: A haste de aço mostrada abaixo tem diâmetro de 5 mm. É presa à perda fixa em A e, antes de ser carregada, mantém uma folga de 1 mm em relação à parede B’. Determinar as reações em A e B’ se a haste for submetida a uma força axial P = 20 kN como mostrado. Desprezar o tamanho do acoplamento C e considerar que Eaço= 200 GPa. Princípio da Superposição 25 Exemplo 4: Condições de equilíbrio Condições de compatibilidade +→∑ F=0 −F A−FB+20⋅103 N=0 δ B / A=0 ,001m δ B / A=0 ,001m= F A LAC EA − FB LCB EA 0 ,001m= FA 0 ,4m π (0 ,0025m)2200(109)N /m ² − FB0 ,8m π (0 ,0025m)2200(109)N /m ² Princípio da Superposição 26 Exemplo 4: Condições de compatibilidade F A 0 ,4m−FB0 ,8m=3927N⋅m F A=16 ,6 kN FB=3 ,39 kN Princípio da Superposição 27 Exemplo 4: As três barras de aço A-36 são acopladas a um elemento rígido por pinos. Supondo que a carga aplicada ao elemento seja de 15 kN, determinara força desenvolvida em cada barra. Cada uma das barras AB e EF tem área da seção transversal de 25 mm², e a barra CD tem área de seção transversal de 15 mm². Princípio da Superposição 28 Exemplo 4: Condições de equilíbrio: +↑∑ F y=0 +F A+FC+FE=15kN ∑ MC=0 −F A(0 ,4m)+15kN (0 ,2m)+FE(0 ,4m)=0 −0 ,4 F A+0 ,4 FE=−3 Princípio da Superposição 29 Exemplo 4: Condições de compatibilidade: δ A−δ E 0 ,8m = δC−δ E 0 ,4m δ C= 1 2 δ A+ 1 2 δ E FC L 15mm2⋅Eaço =1 2 FA L 25mm2⋅Eaço + 1 2 FE L 25mm2⋅Eaço Princípio da Superposição 30 Exemplo 4: Condições de compatibilidade: F A=9 ,52kN FC=3 ,46kN FE=2 ,02kN FC=0 ,3F A+0 ,3 FE +F A+FB+FE=15 kN −0 ,4 F A+0 ,4 FE=−3 Tensão Térmica 31 Um corpo quando submetido a uma variação de temperatura ΔT, tende a ter suas dimensões alteradas. Assim, quando se eleva a temperatura do corpo, ele se dilata e quando se abaixa a temperatura do corpo, ele se contrai. Uma barra de comprimento inicial Lo, quando não está presa em suas extremidades terá seu comprimento aumentado proporcionalmente à elevação de sua temperatura, e também proporcional em relação a seu comprimento inicial Lo. ΔT = 0 ΔT > 0 + Tensão Térmica 32 Um corpo quando submetido a uma variação de temperatura ΔT, tende a ter suas dimensões alteradas. Assim, quando se eleva a temperatura do corpo, ele se dilata e quando se abaixa a temperatura do corpo, ele se contrai. Uma barra de comprimento inicial Lo, quando não está presa em suas extremidades terá seu comprimento aumentado proporcionalmente à elevação de sua temperatura, e também proporcional em relação a seu comprimento inicial Lo. δ T=α Δ TL ε T=α ΔT α = coeficiente linear de dilatação térmica (unidade: 1/°C, 1/°F) ΔT = variação de temperatura (unidade: °C, °F) L = comprimento original do elemento (unidade: m, cm, mm) δT = variação de comprimento do elemento (unid.: m, cm, mm) εT = deformação específica térmica (unidade: mm/mm, m/m) Tensão Térmica 33 Supondo que a mesma barra de comprimento L é colocada entre dois apoios fixos a uma distância L um do outro. Novamente, não há tensão nem deformação nesta condição inicial. Se aumentarmos a temperatura em ΔT, a barra não poderá se alongar em razão das restrições impostas nas suas extremidades; a deformação δT da barra será, então, zero. ΔT = 0 ΔT > 0 + Tensão Térmica 34 A deformação específica εT em qualquer ponto será também zero. No entanto, os apoios exercerão forças iguais e opostas na barra, após a elevação da temperatura, para impedir sua deformação. Concluímos, então, que é criado um estado de tensão (sem a deformação específica correspondente) na barra. δ T=α Δ TL δ P= PL EA δ=δ T+δ P δ=α (ΔT )L+ PL EA =0 P=−EAα (ΔT ) σ T= P A =−Eα (ΔT ) Tensão Térmica 35 Exemplo 5: A barra rígida abaixo está presa no topo de três postes feitos de aço A-36 e alumínio 2014-T6. Cada poste tem comprimento de 250 mm quando não há carga aplicada sobre a barra e a temperatura é T1 = 20°C. Determine a força suportada em cada poste se a barra estiver submetida a uma carga uniformemente distribuída de 150 kN/m e a temperatura for aumentada para T2 = 80°C. Considere Eaço = 200 GPa e Eal = 73,1 GPa. Tensão Térmica 36 Exemplo 5: Condições de equilíbrio: +↑∑ F y=0 +2F aço+F al−150kN /m⋅0 ,6m=0 +2F aço+F al=90 kN Tensão Térmica 37 Exemplo 5: Condições de compatibilidade: +↑δ aço=δ al +↑δ aço=(δ aço)T−(δ aço)F +↑δ al=(δ al)T−(δ al)F (δ aço)T−(δ aço)F=(δ al)T−(δ al)F α açoΔT L− F aço L Eaço Aaço =α alΔT L− F al L Eal Aal Tensão Térmica 38 Exemplo 5: Condições de compatibilidade: α açoΔT L− F aço L Eaço Aaço =α alΔT L− F al L Eal Aal (12⋅10−6/°C)(80−20)°C (0 ,25m)− Faço0 ,25m (200109N /m ²)π (0 ,02m)² =(23⋅10−6/°C)(80−20)°C (0 ,25m)− Fal 0 ,25m (73 ,1109N /m ²)π (0 ,03m)² F aço=1 ,216 Fal−165 ,8⋅10 3 F aço=−16 ,46 kN (↓) F al=122 ,92kN (↑) Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38
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