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PTI

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UNIVERSIDADE EDUCACIONAL
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
Disciplinas Norteadores: Sociologia da Educação, Legislação Educacional, Teorias Práticas do Currículo, Filosofia da Educação e Práticas	Pedagógicas 	em Pedagogia: Condições	de Aprendizagem na Educação Infantil. 
Osvaldo Cruz
2019
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINA INIVIDUAL
Produção Textual Interdisciplinar Individual apresentado às disciplinas de Sociologia da Educação, Legislação Educacional, Teorias e Práticas do Currículo, Filosofia da Educação e Práticas	Pedagógicas em Pedagogia: Condições	de Aprendizagem na Educação Infantil.
Tutor (a): Angelita Martins Guedes
Osvaldo Cruz
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 	04
1. Aspectos Sociológicos, Fisiológicos e Pedagógicos Presentes na Educação Infantil na BNCC	05
2. Campos de Experiência	07
2.1 O Eu, o Outro e Nós	07
2.2 Corpo, Gestos e Movimentos	08
2.3 Traços, Sons, Cores e Formas	09
2.4 Escrita, Fala, Pensamento e Imaginação	10
2.5 Espaços, Tempo, Quantidade, Relações e Transformações	11
2.6 Atividades Campo de Experiência Crianças entre 04 e 05 anos	12
CONSIDERAÇÕES FINAIS 	18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 	19
INTRODUÇÃO
	
	A utilização das disciplinas norteadoras, Sociologia da Educação, Legislação Educacional, Teorias Práticas do Currículo, Filosofia da Educação e Práticas Pedagógicas em Pedagogia: Condições de Aprendizagem na Educação Infantil, foram de suma importância para a realização desta PTI, visto que através do que aprendemos na teoria, é que conseguimos na prática resolver problemáticas.
	A elaboração desta Produção Textual Interdisciplinar Individual tem por objetivos a interpretação dos fundamentos apresentados nos textos que foram indicados para a realização do mesmo, identificando as especificidades do trabalho a ser desenvolvido na Educação Infantil e entender que as atividades planejadas na produção textual podem ser aplicadas no contexto do estágio curricular e da escola, quando do exercício da profissão docente.
	Esta PTI nos propõe uma situação geradora de aprendizagem, onde através de leituras, estudos e pesquisas o mesmo será produzido.
	A SGA, nos fala sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e nos sugere uma situação problema, onde a professora Juliana passou a refletir sobre os princípios presentes no campo de experiência Eu, o outro e nós. 
	Antes de apresentar aos professores a atividade sobre o campo de experiência Eu, o outro e nós, a professora Juliana achou relevante explanar como a etapa da Educação Infantil e os campos de experiência estão fundamentados na BNCC.
1. Aspectos Sociológicos, Filosóficos e Pedagógicos Presentes na Educação Infantil na BNCC.
	A Educação Infantil, como um direito da criança, está respaldada na Constituição Federal de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil de 2010 e também nos Planos Nacionais de Educação. 
	Embora se reconheçam os avanços legais, reitera-se a necessidade de se compreender quem é a criança de zero a cinco anos e a especificidade do seu desenvolvimento, pois esta compreensão interfere diretamente no processo de organização do trabalho pedagógico. 
	Diante destas considerações iniciais, apesar de a elaboração da Base Nacional Curricular Comum estar prevista no Plano Nacional de Educação e ter como meta a definição de conteúdos mínimos para todos os alunos do País, não é viável que as universidades abdiquem de problematizar o discurso preconizado de que, desta forma, será possível a redução das desigualdades de aprendizagem. 	Entende-se que este discurso não considera as diferenças existentes entre os sujeitos a partir de uma análise crítica das condições de vida e de acesso aos bens materiais e culturais. 
	A versão apresentada à apreciação da BNCC, de 2015, apresenta uma organização pedagógica, definida em quatro áreas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Também estabelece que a integração entre os componentes de uma mesma área do conhecimento e entre as diferentes áreas deve ser definida pelos temas integradores. 
	Esses são compreendidos como questões que atravessam os campos de experiências e se constituem pelos sujeitos em seus contextos de vida e atuação e que intervêm no processo de construção de identidade e no modo como interagem com outros sujeitos. 
	O documento preliminar discorre, ainda, sobre a importância da organização curricular em campos de experiências, os quais não são nomeados como áreas do conhecimento. As aquisições ocorridas não são apontadas em termos de domínio de conceitos, mas como capacidades construídas pela participação da criança em situações significativas, como: o Eu, o Outro e o Nós; Corpo, Gestos e Movimentos; Escrita, Fala, Pensamento e Imaginação; Traços, Sons, Cores e Imagens; Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações.
	A princípio, há concordância de que questões relativas à autonomia para agir, a ênfase sobre vivências, afetos e emoções se revelam como de grande importância, enquanto as ideias que se relacionam no contexto da Educação Infantil. Entretanto, é preciso ir além das aparências, ou de uma primeira leitura, que pode sensibilizar à medida em que termos como emoções e afetos são valorizados. 	Assim, considera-se fundamental o rigor nos fundamentos e conceitos, para que a referência a tais preceitos não se torne retórica, esvaziada de um sentido mais amplo, muito presente em discursos midiáticos e propagandísticos quando se trata de abordar a infância sob o aspecto afetivo-relacional. 
	Além disso, torna-se importante destacar que o documento analisado entende os processos pedagógicos a partir da concepção de construção do conhecimento. A criança é compreendida como sujeito ativo, que deve participar de diferentes práticas cotidianas, na interação com adultos e com outras crianças. O documento revela, portanto, uma compreensão de criança enquanto produtora de cultura e construtora do seu conhecimento.
	O documento da Base, apesar de fazer menção quanto à necessidade de “preservar” as especificidades das crianças de até seis anos, não explicita quais seriam estas especificidades em relação à idade. E isso pode possibilitar diversas compreensões, inclusive, para conceber a criança e seu desenvolvimento como um processo natural. 
	Outro aspecto importante corresponde à compreensão sobre o papel do professor, pois, a BNCC, ao expressar a concepção de criança como um sujeito que constrói conhecimento e produz cultura, secundariza a importância da intencionalidade e do papel do ensino na prática pedagógica. Sobre a formação do professor, destaca-se que “a desvalorização do saber teórico está presente nas discussões de vários autores que se tornaram referência no campo dos estudos sobre formação de professores” (DUARTE, 2003, p. 602). 
	O autor também ressalta que é possível identificar nesses estudos, o movimento, caracterizado por Maria Célia Marcondes de Moraes como o “recuo da teoria” na pesquisa em educação, que toma por base a experiência imediata e a prática reflexiva.
2. Campos de Experiência.
	Os campos de experiência existem para nortear e apoiar o planejamento pedagógico dos docentes. Eles cuidam para que o aluno tenha espaço, tempo e liberdade para se expressar e o professor possa acompanhá-lo nessa jornada. Ou seja, as práticas docentes devem se alinhar aos interesses e necessidades do aluno para que exista uma vivência educativa.
	Cada campo tem seus objetivos de aprendizado e desenvolvimento. Portanto, as unidades temáticas, habilidades e objetos de conhecimento são prioridades na etapa seguinte. Nesse cenário, a escola tem a obrigação de garantir o acesso às competências gerais estipuladas pela nova Base, tornando o cenário educacional mais justo e igualitário em todo o país.
	A BNCC designa cinco campos de experiência para a Educação Infantil. Eles apontam as experiências fundamentais necessárias para que a criança possa aprender e se desenvolver.Neles, são enfatizados noções, atitudes e afetos a serem aflorados nos primeiros 5 anos de vida, buscando assegurar a aprendizagem dos pequenos.
	Campos de experiência são, portanto, as vivências pelas quais as crianças poderão interagir e se expressar, convivendo com situações que permitam a elas explorar, pesquisar, imaginar e se movimentar. Confira a seguir os cinco campos de experiência da BNCC.
2.1 O Eu, o Outro e Nós.
	Visa à construção da identidade e, também, da subjetividade da criança. As experiências se relacionam ao autoconhecimento e à promoção de interações positivas com professores e demais colegas. A noção de pertencimento e a valorização às diversas tradições culturais também são trabalhadas nesse campo.
	O convívio com outros, por exemplo, permite ao aluno desenvolver suas formas de pensar, sentir e agir, levando-o a compreender outros modos de vida e pontos de vista. Paralelamente, ao viabilizar o contato com grupos sociais e culturais diversos, é possível trabalhar a autonomia, a empatia e a interdependência com o meio.
	A partir dessas experiências, as crianças vão aprendendo a perceber a si mesmas e aos outros. O objetivo é que elas se tornem aptas a valorizar a sua própria identidade e, ao mesmo tempo, a respeitar e reconhecer as diferenças dos outros.
	O convívio com outras crianças e com adultos leva os pequenos a constituírem um modo próprio de agir, sentir e pensar, descobrindo que existem outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista.
	Ao mesmo tempo, elas constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de interdependência com o meio.
	Sendo assim, na Educação Infantil, o ideal é criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros grupos sociais e culturais, costumes, celebrações e narrativas.
	Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças que nos constituem como seres humanos.
2.2 Corpo, Gestos e Movimentos.
	Desde cedo, com o corpo, por meio dos sentidos, gestos e movimentos, as crianças exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno.
	Estabelecem relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural.
	E por meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se expressam com o corpo, emoção e linguagem.
	Na Educação Infantil, o corpo das crianças ganha centralidade. Assim, é necessário que a instituição escolar promova oportunidades ricas para que os pequenos possam explorar e vivenciar um amplo repertório.
	Foca em atividades e situações nas quais o uso do espaço com o corpo e variadas formas de movimentos são exploradas. A partir delas, o aluno pode construir referências de como ocupar o mundo.
	Situações que priorizam o faz de conta também integram esse campo. Por meio delas, as crianças podem representar o mundo da fantasia, bem como a vida cotidiana, ao interagirem com narrativas de teatro e literatura.
	Nesse ambiente, também é enfatizada a importância do contato, desde a infância, com diferentes linguagens artísticas e culturais, como a música e a dança, pois elas são capazes de expandir as formas de expressão corporal.
2.3 Traços, Sons, Cores e Formas.
	O contato com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas no cotidiano da escola, possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar várias formas de expressão e linguagens.
	Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou culturais.
	Essas experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca.
	Portanto, a Educação Infantil precisa promover a participação das crianças em produções como as artes visuais, música, teatro, dança e audiovisual. Tudo a fim de favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das crianças.
	Prioriza o contato recorrente das crianças com variadas manifestações culturais, artísticas e científicas, agregando, também, o contato com as linguagens visuais e musicais. Nesse campo, os pequenos são incentivados a terem experiências de expressão corporal por meio da intensidade dos sons e ritmos melódicos, além de atividades com escuta ativa e criação de melodias.
	Nesse sentido, são trabalhadas a ampliação do repertório musical do aluno, o reconhecimento de suas preferências artísticas, o estudo de diferentes instrumentos e objetos sonoros, a habilidade de identificar a qualidade do som, a capacidade de improvisação e o contato com as festas populares.
2.4 Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação.
	Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral.
	Pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas narrativas e em múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.
	Neste mesmo sentido, a imersão na cultura escrita deve partir do que as crianças conhecem e das curiosidades.
	As experiências com a literatura infantil, propostas e mediadas pelo educador contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo.
	Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários.
	Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em rabisco.
	Isso leva os pequenos, aos poucos, a conhecer as letras do alfabeto, em escritas espontâneas e não convencionais, mas que indicam sua compreensão da escrita como sistema de representação da língua e forma de comunicação.
	Enfatiza as atividades práticas com foco na linguagem oral, ampliando as formas de comunicação da criança em situações sociais. Fazem parte desse campo as experiências com cantigas, jogos cantados, brincadeiras de roda, conversas, entre outras.
	É importante destacar as experiências com leitura de histórias, pois elas favorecem, também, o desenvolvimento do comportamento leitor, da imaginação e da representação, além de incentivarem as crianças a se interessarem pela linguagem escrita.
	Englobam-se nas experiências gráficas, ainda, atividades que incentivam o uso cotidiano da escrita em contextos significativos, a imitação do ato de escrever em encenações e situações de faz de conta e a criação de atividades nas quais as crianças possam se desafiar a ler e escrever de maneira espontânea, com apoio dos docentes. A partir disso, é possível ajudá-las a organizar seus pensamentos sobre o sistema de escrita.
2.5 Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
	As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de diferentes e sempre procuram se situar, seja em ruas ou em saber o que é dia ou noite, ontem ou amanhã.
	Demonstram também curiosidade sobre o mundo físico, como seu próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas e as transformações da natureza.
	E o mundo sociocultural, com as relações de parentesco e sociais entre as pessoas que conhece.
	Tem por objetivo favorecer a construção das noções de espaço em situações estáticas (perto X longe) e dinâmicas (para frente X para trás), colaborando para que a criança aprenda a reconhecer seu esquema corporal e sua percepção espacial a partir do seu corpo e dos objetos a seu alcance.
	Experiências no âmbito das relações de tempo também são abordadas nesse campo. Noções de tempo físico, a diferença entre o dia e a noite, as estações do ano e os ritmos biológicos (e cronológico) hoje, ontem, amanhã, semana que vem, no próximo ano, bem como os fundamentos de ordem temporal, depois da escola, antes de dormir, e histórica,na época da Páscoa, quando fizemos aquela viagem.
	Finalmente, o campo agrega, ainda, a viabilização de situações que abarcam as transformações dos diferentes modos de viver em outras épocas e outras culturas, para que as crianças possam compreender a ideia de causalidade a partir dos variados tipos de materiais, situações e objetos.
	Nessas experiências e em muitas outras, as crianças também se deparam, frequentemente, com conhecimentos matemáticos, como contagem, ordenação, relações entre quantidades, dimensões, medidas, pesos e de comprimentos, avaliação de distâncias e reconhecimento de formas geométricas que igualmente despertam a curiosidade.
	Portanto, a Educação Infantil precisa promover experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações.
	Assim, a escola está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano.
	Desta forma, percebe-se que a BNCC articula os campos de experiências como novos direitos essenciais para a aprendizagem das crianças nas escola.
	De forma lúdica e eficaz, os professores e a gestão escolar devem propiciar experiências e métodos que englobem as múltiplas formas de ensino.
	As crianças aprendem interagindo, explorando, conversando, convivendo e, automaticamente, se conhecendo em todo o processo.
	Além disso, todos os campos de experiências são essenciais para preparar as crianças para os ensinos seguintes, introduzindo-as ao Ensino Fundamental que, de acordo com a BNCC, foi pensada a partir das aprendizagens já adquiridas na etapa anterior.
2.6 Atividades Campo de Experiência Crianças entre 04 e 05 anos.
	A última categoria da educação infantil é incluída na BNCC de acordo com os objetivos abaixo listados:
	- Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir;
	- Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação;
	- Atuar de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações. Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação;
	- Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação;
	- Comunicar suas ideias e sentimentos com desenvoltura a pessoas e grupos diversos;
	- Adotar hábitos de autocuidado, valorizando atitudes relacionadas à higiene, alimentação, conforto e cuidados com a aparência;
	- Compreender a necessidade das regras no convívio social, nas brincadeiras e nos jogos com outras crianças;
	- Manifestar oposição a qualquer forma de discriminação;
	- Usar estratégias pautadas no respeito mútuo para lidar com conflitos nas interações com crianças e adultos.
	Recomenda-se a realização de atividades que incentivem o pertencimento ao grupo e a empatia pelas diferenças, fazendo entender que as relações se baseiam no respeito mútuo.
	A prática esportiva é bastante útil neste sentido, na medida em que trabalha a coletividade, cooperação, compreensão e seguimento de regras. Propor tarefas em grupo também é recomendado.
	Outra dica é estimular a verbalização dos sentimentos e visão de determinado fato da vida da criança por meio, por exemplo, do compartilhamento sobre como foram às férias com o restante da turma.
		
Brincadeiras com Água
Inicio da Atividade:
		A proposta oportuniza as crianças experimentar os efeitos provocados pela água em diferentes tipos de materiais, que podem ser coletados junto à comunidade escolar. Para isso, é sugerido que você acorde com as crianças previamente quais materiais utilizarão na atividade e como eles serão coletados.
Espaços:
	Busque um espaço livre para o contexto da brincadeira, levando em consideração o número de crianças, a organização das quatro estações de exploração e a movimentação livre delas. Considere a utilização de um espaço com chão adequado para evitar acúmulo de água, como grama, terra, areia ou um piso antiderrapante. Preveja ainda, um espaço para realização roda, que acontecerá no início e no fim da atividade. 
	Organize os materiais em quatro estações de exploração. Estação 1: materiais que amolecem ou se desfazem no contato com água; estação 2: materiais para o faz de conta sobre lavar roupa; estação 3: materiais capazes de tingir água para exploração de cores; estação 4: materiais flutuantes. Disponha-os de forma convidativa e acolhedora para a exploração das crianças.
Materiais:
	Serão necessários diferentes materiais para cada uma das estações de exploração, levando em conta a dimensão estética citada anteriormente:
	Estação 1: recipiente grande e plano contendo água, como uma bacia ou banheira de bebê, por exemplo. Materiais que amoleçam ou se desfaçam em contato com água, como papéis diversos, jornais, papelão, algodão, sal, açúcar, jornal, entre outros;
	Estação 2: um recipiente grande e plano, como uma bacia para todo o grupo ou um balde para cada duas crianças, contendo água. Ao lado, materiais para complementar o faz de conta como roupas, varal e prendedores de roupa.
	Estação 3: Torneira com altura acessível às crianças ou balde contendo água, copos e materiais para tingimento da água, como papel crepom, corante alimentício ou suco em pó.
	Estação 4: recipiente grande e plano contendo água, como uma bacia ou banheira de bebê, para todo o grupo, ou um recipiente plano menor, como uma forma de bolo quadrada, para cada duas crianças. Materiais leves que flutuem, como penas, folhas, isopor, tampinhas de garrafas, entre outros.
Tempo sugerido: 	Aproximadamente uma hora e 30 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
	1. Quais são as estratégias usadas pelas crianças para experimentar os materiais na água? Elas perceberam ou descreveram as mudanças ocorridas nos materiais? Experimentaram diferentes materiais em uma mesma estação?
	2. De que forma as crianças reagiram à mudança física dos materiais? Elas expressaram surpresa? Ficaram empolgadas com as descobertas?
	3. Como as crianças interagiram durante a brincadeira? Utilizaram juntas um mesmo material? Ajudaram umas às outras? Dividiram descobertas com os colegas?
	Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada uma das crianças ou grupos. Atente-se quanto à proposição de estratégias para a qualidade das interações, incentivando a colaboração entre as crianças.
O que fazer durante?
	- Convide as crianças para se acomodar em uma grande roda e compartilhe o objetivo da atividade e como as estações estão divididas. Acorde com as crianças que elas poderão escolher uma das quatro estações para brincar de forma livre, porém, sem misturar os materiais das diferentes estações. Delibere com elas a duração da atividade, o grupo que você irá mediar e a organização dos materiais. Ao fim da brincadeira, volte para a grande roda.
	Possíveis falas do professor neste momento: Crianças, hoje exploraremos diversos materiais e ver o que acontece ao entrarem em contato com água. Os materiais estão divididos em quatro estações, vocês podem escolher uma delas para explorar. Vocês poderão trocar de espaço quando quiserem, só precisamos ser cuidadosos para não misturar os materiais de espaços diferentes e verificar se tem espaço suficiente no local que você quer utilizar. Quando estiverem faltando 20 minutos para terminar a brincadeira, vou avisar para vocês que é hora de organizarmos os materiais. Depois de organizarmos tudo, voltaremos para a grande roda, na qual cada um vai compartilhar o que descobriu durante as explorações.
	- Proponha que as crianças escolham uma das estações de exploração para brincar, formando pequenos grupos.
	- Nos primeiros dez minutos, circule entre os espaços, observando a interação das crianças coma proposta.
	- Escolha um dos grupos para observar, aquele acordado previamente com as crianças na grande roda. Observe como as crianças interagem com os materiais, como expressam suas descobertas: estão tocando a água? Estão utilizando mais de um material? O que estão descobrindo? Como estão se surpreendendo? A partir das interações e descobertas das crianças, inicie um diálogo ou entre na brincadeira para cooperar com as experimentações. É recomendado o registro fotográfico e escrito da atividade, a fim de documentar as percepções, interações e descobertas das crianças em relação às mudanças dos materiais, além de suas vivências durante a brincadeira. Para isso, é necessário que você esteja atenta a diálogos, descrições, olhares, entre outras expressões e explorações dos pequenos.
	Possíveis ações das crianças: Uma criança na estação de exploração 3 observou o copo do colega com um tom de vermelho bem mais escuro do que o que ela obteve utilizando papel crepom. Ela continua tentando e expressando certa angústia ao não conseguir igualar a cor a do experimento do amigo. O professor poderá se aproximar e incentivar a criança a experimentar diferentes materiais para obter a cor deseja: que material você está utilizando para dar cor na sua água? Será que podemos utilizar outro material vermelho para deixar a cor mais forte? Que material você acha que poderíamos utilizar?
	- Quando estiver chegando ao final da vivência, conte para as crianças que faltam 20 minutos para o fim da atividade e que é hora de todos organizarem os materiais e voltarem à grande roda.
Para finalizar:
	Convide as crianças, já acomodadas na grande roda, para compartilhar suas descobertas nas estações de exploração. Você poderá perguntar quais materiais utilizaram o que descobriram e como a água modificou os materiais.
Desdobramentos
	Esta vivência com materiais de largo alcance deve acontecer mais vezes. É essencial a regularidade da interação das crianças com os diversos materiais e experimentações que eles possibilitam para a construção do aprendizado delas. 	Além disso, a permanência dessa experiência propicia uma observação mais consistente do grupo. O momento de compartilhamento das experiências, na última grande roda, pode ser registrado pelo professor na forma escrita, criando um grande livro de experimentos das crianças.
Engajando as famílias
	Convide as famílias não só para contribuir com os materiais das estações, mas também para continuar os experimentos em casa. Ao fim das atividades com as estações de exploração, escolha alguns dos registros fotográficos e alguma descrição das descobertas das crianças para enviar aos pais, em forma de bilhete ou integrado ao portfólio das crianças. Crie também um painel e uma instalação com os materiais utilizados nas estações e com os registros dos experimentos realizados pelas crianças, bem como suas descobertas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	A elaboração desta Produção Textual Interdisciplinar Individual foi de grande importância para nosso crescimento, pois, através da Situação Geradora de Aprendizagem, nos foi proposto uma situação problema, a qual deveríamos realizar através e leituras e produção de textos.
	Para que este trabalho pudesse ser realizado de forma mais simples, foi necessário a utilização das disciplinas norteadoras Sociologia da Educação, Legislação Educacional, Teorias e Práticas do Currículo, Filosofia da Educação e Práticas	Pedagógicas 	em	Pedagogia: Condições	de Aprendizagem na Educação Infantil, que fizeram parte de nossos estudos durante o semestre.
	Para este trabalho, elaboramos um texto onde foi exposto os aspectos sociológicos, filosóficos e pedagógicos presentes na Etapa da Educação Infantil na BNCC, abordando as especificidades do trabalho a ser desenvolvido. 
	Ao tratar dos campos de experiência, foi necessário descrever a compreensão sobre o que cada campo apresenta (1. O eu, o outro e o nós; 2. Corpo, gestos e movimentos; 3. Traços, sons, cores e formas; 4. Escuta, fala, pensamento e imaginação; 5. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações), e por fim elaborar uma atividade relacionada ao campo de experiência Eu, o outro e nós, para crianças em idade pré-escolar, de 4 e 5 anos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF, 2017.	Disponível	em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=79601-anexo- texto-bncc-reexportado-pdf-2&category_slug=dezembro-2017-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 22 Outubro de 2019. (etapa da Educação Infantil – p. 33-50)
____. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: Senado, 1998.
OLIVEIRA Zilma de Moraes Ramos. Campos de experiência: efetivando direitos e aprendizagens na educação infantil. Ministério da Educação. São Paulo: Fundação Santillana, 2018. Disponível em: http://movimentopelabase.org.br/acontece/os-campos-de-experiencia-da-educacao-infantil/ Acesso em: 22 de outubro de 2019.
____. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.

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