Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BNCC OS 5 CAMPOSOS 5 CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS DA BNCC para a educação infantil SUMÁRIO Introdução 3 Os campos de experiências da BNCC 5 O eu, o outro e o nós 6 Corpo, gestos e movimentos 8 Traços, sons, cores e formas 10 Escuta, fala, pensamento e imaginação 12 Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações 14 Conclusão 16 INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) emerge como um documento de caráter normativo que estabelece as aprendizagens essenciais que devem nortear os currículos e as propostas pedagógicas ao longo de todas as etapas que compõe a Educação Básica brasileira. Para além das competências cognitivas, a BNCC propõe uma formação integral dos alunos, considerando tanto a dimensão intelectual, quanto a social, ética e afetiva. O objetivo do documento é diminuir as desigualdades de aprendizado, assegurando direitos iguais para todas as crianças e jovens do Brasil. A BNCC estabelece as habilidades e competências fundamentais para toda a Educação Básica. Porém, vale ressaltar que a Base não é um currículo pedagógico, mas tem a função de orientar os conhecimentos e habilidades essenciais para a formação dos estudantes. A partir das suas diretrizes, cabe às instituições de ensino construírem ou reformularem seus currículos e propostas pedagógicas. A inclusão da Educação Infantil na BNCC foi um importante passo no processo histórico de sua integração ao conjunto da Educação Básica. Atendendo a faixa etária de zero a 5 anos, essa etapa escolar é o início e o fundamento do processo educacional. Além das dez competências gerais que devem guiar o trabalho em todos os anos e em todas as áreas de conhecimento da Educação Básica, para essa etapa escolar a BNCC traz especificidades. INTRODUÇÃO Alinhada às Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI), a BNCC apregoa que os eixos norteadores das práticas pedagógicas dessa etapa da Educação Básica estejam centrados nas interações e na brincadeira. A partir disso, seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento são estabelecidos para garantir o respeito ao modo como as crianças aprendem e se desenvolvem. Conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se são os diretos que devem ser assegurados a todas as crianças. A Base também é enfática quanto às situações de aprendizagens significativas, entendendo a importância da intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na Educação Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola. Isso quer dizer que a concepção de que a criança assimila valores e constrói conhecimentos a partir de questionamentos naturais da faixa etária não deve indicar que as aprendizagens sejam um processo de desenvolvimento natural ou espontâneo. Essa intencionalidade consiste no trabalho por parte do educador de planejar, organizar e monitorar práticas, interações e experiências plurais de situações que permitam às crianças o seu desenvolvimento pleno, dando sentido às situações que vivenciam à medida que efetivam aprendizagens. A partir dessa proposição, para pensar a organização dos contextos de aprendizagem desse segmento, a BNCC determina a estruturação curricular e a condução do trabalho pedagógico na Educação Infantil a partir de campos de experiências. A ideia é colocar as crianças como centro do planejamento curricular, abolindo atividades mecânicas e pouco relevantes, constituindo um contexto rico de aprendizagens significativas. Mas, como entender e traduzir esses campos? O que levar em conta na hora de pensar e planejar as atividades pedagógicas? Neste ebook, você conhecerá cada um dos 5 campos de experiências em que se organiza a BNCC e orientações gerais quanto às práticas pedagógicas para colocá-los em prática. Boa leitura! São cinco os campos de experiências estipulados pela BNCC para a organização curricular da Educação Infantil. Em essência, o propósito desses campos é acolher as situações e as vivências concretas e cotidianas das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural. Considerando esses saberes e conhecimentos, os campos de experiências em que se organiza a BNCC são: Cada um dos cinco campos de experiências propõe objetivos de aprendizagem e desenvolvimento específicos para três diferentes grupos etários: bebês (de zero a 1 ano e 6 meses), crianças bem pequenas (de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) e crianças pequenas (de 4 anos a 5 anos e 11 meses). A indicação da faixa etária serve como referência para as atividades a serem realizadas, considerando que os interesses das crianças se diferem ao longo do crescimento e representam possibilidades distintas de interação com o mundo. Importante destacar que os campos de experiências podem subsidiar as práticas pedagógicas isoladamente ou reunidos, considerando todas as experiências que a criança vivencia no ambiente escolar. Isso quer dizer que a construção das aprendizagens significativas a partir dos campos de experiências pode ser trabalhada em todas as ocasiões cotidianas da criança na escola, como o momento da sua chegada ao espaço, o período das refeições, as festividades, a exploração de áreas externas, suas rotinas de cuidados pessoais, as rodas de conversas e brincadeiras. Corpo, gestos e movimentos CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS Escuta, fala, pensamento e imaginação Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações O eu, o outro e o nós Traços, sons, cores e formas OS CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS DA BNCC OS CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS DA BNCC “ O EU, O OUTRO E O NÓS A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) descreve da seguinte maneira o campo de experiências “O eu, o outro e o nós”: O EU, O OUTRO E O NÓS É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista. Conforme vivem suas primeiras experiências sociais (na família, na instituição escolar, na coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre si e sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como seres individuais e sociais. Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de cuidados pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de interdependência com o meio. Por sua vez, na Educação Infantil, é preciso criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros grupos sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e rituais de cuidados pessoais e do grupo, costumes, celebrações e narrativas. Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças que nos constituem como seres humanos. - BNCC, pág. 40 Esse campo destaca experiências relacionadas à construção da identidade e da subjetividade, além do desenvolvimento do sentimento de pertencimento a um determinado grupo, e o respeito e o valor atribuído a outras culturas, tradições e costumes. A organização das atividades pedagógicas das quais esse campo discorre refere-se às experiências de interação como forma de estimular o aprendizado das crianças quanto à sua percepção de sujeito (um “eu”), considerando seus parceiros e pessoas à volta (um “outro”) e construir a consciência da existência deum coletivo (um “nós”). A ênfase nesse campo está ligada às relações e atitudes vividas pela criança no ambiente escolar, considerando formas amorosas, cooperativas e democráticas de se relacionar com seus pares e com os adultos. Dessa forma, algumas atividades básicas podem orientar os caminhos para essas aprendizagens: 1 2 3 5 4 NAS INTERAÇÕES QUE AS CRIANÇAS ESTABELECEM COM PARCEIROS ADULTOS E OUTRAS CRIANÇAS ELAS DEVEM SER ESTIMULADAS A RECONHECEREM, ACOLHEREM E RESPEITAREM AS DIFERENTES IDENTIDADES. BRINCAR OU EXPLORAR AMBIENTES COM ALGUÉM SÃO PRÁTICAS QUE AJUDAM NO DESENVOLVIMENTO DA IMAGINAÇÃO E DA SOLIDARIEDADE. COLABORAR OU OPOR-SE A UM COMPANHEIRO AMPLIA A NOÇÃO DE MUNDO E O RECONHECIMENTO DA EXISTÊNCIA DE OUTROS PONTOS DE VISTA. PARTICIPAR DE ATIVIDADES COLETIVAS POTENCIALIZA A SENSIBILIDADE EM RELAÇÃO AO OUTRO E A COMPREENSÃO QUANTO AOS DIREITOS E AS OBRIGAÇÕES DE CADA PESSOA. RECEBER APOIO PARA LIDAR COM EMOÇÕES FORTES E TER ESPAÇO PARA EXPRESSAR ÀS OUTRAS CRIANÇAS E/OU ADULTOS SUAS NECESSIDADES, SENTIMENTOS, DÚVIDAS, DESCOBERTAS, OPINIÕES E OPOSIÇÕES POTENCIALIZAM A CONFIANÇA DA CRIANÇA. CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS Quanto ao campo de experiências “Corpo, gestos e movimentos”, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) o descreve da seguinte maneira: “ Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade. Por meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre corpo, emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sensações e funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência sobre o que é seguro e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na Educação Infantil, o corpo das crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e não para a submissão. Assim, a instituição escolar precisa promover oportunidades ricas para que as crianças possam, sempre animadas pelo espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço com o corpo (tais como sentar com apoio, rastejar, engatinhar, escorregar, caminhar apoiando-se em berços, mesas e cordas, saltar, escalar, equilibrar-se, correr, dar cambalhotas, alongar-se etc.). - BNCC, pág. 40 Esse campo coloca ênfase nas experiências relacionadas ao corpo como um mecanismo de expressão, comunicação e aprendizado, permitindo às crianças a construção de conhecimentos sobre si e sobre o universo social e cultural. Gestos, tato, posturas e diferentes formas de movimentos constituem uma linguagem que permite a criança perceber, expressar, reconhecer e interagir com o mundo. 1 2 3 5 4 ADOTAR ÁGUA, TERRA, AREIA E OUTROS ELEMENTOS NATURAIS PARA EXPLORAR A SENSORIALIDADE E EXPLORAÇÃO DE FORMAS, CORES, PESOS, TEXTURAS, TAMANHOS ETC. APROPRIAR DOS MOMENTOS DE FAZ DE CONTA E/ OU RODAS DE HISTÓRIAS PARA EXPLORAR OS GESTOS DOS PERSONAGENS A PARTIR DA DRAMATIZAÇÃO, SEJAM RELATIVOS ÀS ATIVIDADES COTIDIANAS, SEJAM RELACIONADOS AOS SENTIMENTOS E EMOÇÕES. EXPLORAR A DANÇA E A MÚSICA A PARTIR DOS FESTEJOS TÍPICOS CULTURAIS (NACIONAIS OU REGIONAIS), ASSEGURANDO INCLUSIVE ATMOSFERAS ADEQUADAS ÀS ENCENAÇÕES. ALÉM DISSO, CONSIDERAR ATIVIDADES COM DIFERENTES GÊNEROS E ESTILOS. CONTAR COM ORGANIZAÇÕES ESPACIAIS E MATERIAIS PARA A EXPLORAÇÃO DE AMBIENTES, SEJAM ESPAÇOS REAIS (COMO PÁTIOS, JARDINS E PARQUES), SEJAM AMBIENTES LUDICAMENTE CRIADOS (COMO UMA MESA TRANSFORMADA EM CABANA OU UM TÚNEL CRIADO COM CAIXAS DE PAPELÃO). EXPLORAR JOGOS E BRINCADEIRAS (COMO ESTÁTUA, CORDA, CHUTAR BOLA E ESCALADA, POR EXEMPLO) PARA ESTIMULAR A MOTRICIDADE. Tais práticas pedagógicas não devem limitar-se a aulas com atividades físicas, mas considerar a possibilidade de trabalhar o corpo, os gestos e os movimentos em atividades diversas, como interações e brincadeiras que envolvam experiências sensoriais e corporais. Jogos, dramatizações, teatro e dança são exemplos de possíveis perspectivas de exploração do repertório do corpo. Dessa maneira, o planejamento curricular deve assegurar oportunidades especialmente planejadas para práticas de vivência com o corpo, sejam de exploração, de expressão ou de interação: TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS Base Nacional Comum Curricular (BNCC) descreve da seguinte maneira o campo de experiências “Traços, sons, cores e formas”: “ Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, nocotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca. Portanto, a Educação Infantil precisa promover a participação das crianças em tempos e espaços para a produção, manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem, permanentemente, a cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas. - BNCC, pág. 41 Esse campo ressalta as experiências das crianças com ambientes diversificados em termos visuais e sonoros, determinado que as aprendizagens aconteçam a partir de relações com a música, artes plásticas (desenho, pintura e escultura) e outras formas artísticas, como a dança, o cinema, o teatro e a literatura. Neste campo, as práticas pedagógicas devem permitir a experimentação de cenários e vivências com cores, sons, traços e formas marcantes, que traduzam o visual e a sonoridade presentes nas diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas. Importante destacar que os recursos tecnológicos, audiovisuais e multimídia também devem ser considerados, garantindo espaços para aprendizados relativos à apreciação, imaginação e realizações criativas. 1 2 PROMOVER EXPERIÊNCIAS COM LINGUAGENS MUSICAIS, EXPLORANDO A CRIAÇÃO MUSICAL A PARTIR DE SONS PRODUZIDOS COM O PRÓPRIO CORPO E COM OBJETOS E MATERIAIS COTIDIANOS E INSTRUMENTOS MUSICAIS. ALÉM DISSO, ESTIMULAR AS EXPERIÊNCIAS DE ESCUTA ATIVA, CONSIDERANDO A VALORIZAÇÃO DE REPERTÓRIOS MUSICAIS DIVERSOS. INCENTIVAR AS CRIANÇAS A SE EXPRESSAREM EM LINGUAGENS VISUAIS DIFERENTES, EM SITUAÇÕES ENVOLVENDO MATERIAIS MOLDÁVEIS, DESENHO E COLAGENS, PINTURAS E ESCULTURAS, FOTOGRAFIAS E RECORTES, POR EXEMPLO. APROPRIAR RECURSOS AUDIOVISUAIS E MULTIMÍDIA COMO MÉTODOS PARA A EXPLORAÇÃO DE SONS, CORES, TRAÇOS, IMAGENS E PROCESSOS CRIATIVOS DIVERSOS. A TECNOLOGIA TAMBÉM PODE FACILITAR O CONTATO DAS CRIANÇAS COM OBRAS ARTÍSTICASNACIONAIS E INTERNACIONAIS, POR EXEMPLO. 3 ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO Quanto ao campo de experiências “Escuta, fala, pensamento e imaginação”, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) o descreve da seguinte forma: “ Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com a interpretação do outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando e enriquecendo seu vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão, apropriando-se da língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo privilegiado de interação. Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social. Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura escrita: ao ouvir e acompanhar a leitura de textos, ao observar os muitos textos que circulam no contexto familiar, comunitário e escolar, ela vai construindo sua concepção de língua escrita, reconhecendo diferentes usos sociais da escrita, dos gêneros, suportes e portadores. Na Educação Infantil, a imersão na cultura escrita deve partir do que as crianças conhecem e das curiosidades que deixam transparecer. As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo. Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de manipulação de livros. Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas, não convencionais, mas já indicativas da compreensão da escrita como sistema de representação da língua. - BNCC, pág. 42 As vivências significativas desse campo dizem respeito às experiências com a linguagem verbal/oral e com a leitura de histórias, estimulando o pensamento (sobre si, sobre o mundo, sobre a língua) e a imaginação. As experiências com a cultura oral dar-se-ão pela promoção de situações de fala e escuta nas formas sociais de comunicação, como as conversas, cantigas, contação de histórias, jogos cantados etc. Quanto às experiências com a cultura escrita, elas deverão acontecer pelo contato com livros e gêneros literários variados, estimulando o comportamento leitor e favorecendo aprendizagens relacionadas à imaginação. O processo pedagógico da Educação Infantil no campo de experiências “Escuta, fala, pensamento e imaginação” deve estimular vivências contextualizadas às práticas sociais significativas da criança: 1 2 APROPRIAR OS USOS COTIDIANAMENTE DA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA DAS CRIANÇAS COMO OBJETOS DE REFLEXÃO PARA PROPOR SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM, ESTIMULANDO A REFLEXÃO DE POR QUE SE FALA E SE ESCREVE DO JEITO QUE SE FALA E SE ESCREVE. OPORTUNIZE DIFERENTES ESPAÇOS E FORMAS SOCIAIS DE COMUNICAÇÃO, PERMITINDO AO ALUNO A PERCEPÇÃO SOBRE AS DIVERSAS MANEIRAS DE FALA E ESCRITA DE ACORDO COM AS SITUAÇÕES COMUNICATIVAS COTIDIANAS. ASSEGURE O CONTATO COM A LEITURA DE HISTÓRIAS A PARTIR DE PRÁTICAS DIÁRIA PROPORCIONADAS OU ESTIMULADAS PELO PROFESSOR, CRIANDO EXPERIÊNCIAS QUE EMOCIONEM E AJUDEM A RECONHECER AS REGULARIDADES ENTRE DIVERSAS NARRATIVAS E A CONSTITUIR O HÁBITO DE OUVIR E LER. 3 ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES A BNCC descreve o campo de experiências “Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações” da seguinte maneira: “ As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de diferentes dimensões, em um mundo constituído de fenômenos naturais e socioculturais. Desde muito pequenas, elas procuram se situar em diversos espaços (rua, bairro, cidade etc.) e tempos (dia e noite; hoje, ontem e amanhã etc.). Demonstram também curiosidade sobre o mundo físico (seu próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas, as transformações da natureza, os diferentes tipos de materiais e as possibilidades de sua manipulação etc.) e o mundo sociocultural (as relações de parentesco e sociais entre as pessoas que conhece; como vivem e em que trabalham essas pessoas; quais suas tradições e seus costumes; a diversidade entre elas etc.). Além disso, nessas experiências e em muitas outras, as crianças também se deparam, frequentemente, com conhecimentos matemáticos (contagem, ordenação, relações entre quantidades, dimensões, medidas, comparação de pesos e de comprimentos, avaliação de distâncias, reconhecimento de formas geométricas, conhecimento e reconhecimento de numerais cardinais e ordinais etc.) que igualmente aguçam a curiosidade. Portanto, a Educação Infantil precisa promover experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano. - BNCC, pág. 42 Esse campo dá destaque à construção de saberes a partir da curiosidade e indagações das crianças sobre o mundo físico e sociocultural. A ênfase está em estimular aprendizados considerando experiências cotidianas que favoreçam a construção de noções de comparações e implicações, sejam relacionadas a dimensões espaciais (longe e perto, frente e trás), seja em relação às noções de ordem temporal (ontem e hoje, dia e noite, mês e ano). Envolve também experiências em relação à medida e noções relacionadas à transformação de materiais e/ou elementos. Dessa foram, as orientações gerais quanto ao processo pedagógico indicam o estímulo à exploração, manipulação e observação do corpo e de objetos, ampliando nas crianças as habilidades de se orientar no tempo e no espaço. 1 2 3 ESTIMULAR VIVÊNCIAS RELACIONADAS ÀS EXPERIÊNCIAS EM RELAÇÃO AO TEMPO, AO ESPAÇO, COM QUANTIFICAÇÃO E QUANTO ÀS RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES, PERMITINDO AS CRIANÇAS FAZEREM NOVAS DESCOBERTAS E CONSTRUIR NOVOS CONHECIMENTOS A PARTIR DOS SABERES QUE JÁ POSSUEM, MOTIVANDO UM OLHAR CRÍTICO E CRIATIVO DO MUNDO. CRIE ESPAÇOS CUIDADOSAMENTE PLANEJADOS QUE PERMITAM EXPLORAÇÃO ESPACIAL, COM FORMAS, TEXTURAS E VOLUMES VARIADOS, E COM MATERIAIS COM POSSIBILIDADES TRANSFORMADORAS. ENCORAJAR A CRIANÇA A FAZER PERGUNTAS, CONSTRUIR HIPÓTESES E GENERALIZAÇÕES CONSIDERANDO VIVÊNCIAS COTIDIANAS E ATIVIDADES EXPLORATÓRIAS ACERCA DA NATUREZA E DA SOCIEDADE. CONCLUSÃO CONCLUSÃO A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil reforça a visão da criança como protagonista do processo de ensino-aprendizagem. O documento dispõe de estruturas para que essa concepção seja colocada em prática no currículo pedagógico e possa, de fato, assegurar que os direitos de desenvolvimento e aprendizagem sejam alcançados. A BNCC oferece as referências para a condução do trabalho pedagógico e construção do currículo, mas, vale destacar que os objetivos específicos da Educação Infantil não devem ser tratadoscomo uma lista de atividades que precisa ser simplesmente incorporada ao dia a dia da escola. É imprescindível que a equipe escolar reflita sobre as propostas, mas que siga com autonomia para planejar suas práticas, tendo os direitos de aprendizagem como condutores do trabalho. Os Campos de Experiência partem do pressuposto de que a criança aprende por meio das experiências vividas em seu contexto escolar e social. Trata-se de um processo gradativo e que deve respeitar as especificidades de cada faixa etária. A proposta dos campos é possibilitar a construção de saberes pelos bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas e, dessa forma, o currículo deve ser pensado respeitando as particularidades e necessidades de cada etapa. Lembrando que as práticas diárias podem considerar a interrelação entre mais de um campo de experiências. Alinhado à BNCC, o Sistema Maxi de Ensino possui um material didático próprio, elaborado com base em um profundo estudo. Ele busca auxiliar a construção de saberes sem limitar a escola, permitindo que a intuição defina como usá-lo da melhor forma possível. QUER VER O QUE O MAXI PODE FAZER POR SUA ESCOLA? CONVERSE SEM COMPROMISSO COM UM DE NOSSOS ESPECIALISTAS E VEJA AS VANTAGENS DE SER MAXI! SOLICITAR CONVERSA https://conteudos.sistemamaxi.com.br/lp-lm-converse-com-um-especialista-do-maxi?utm_source=conteudo&utm_medium=cta&utm_campaign=lp-ebook-campos-de-experiencias-da-bncc Gostou do material? COMPARTILHE COM SEUS COLEGAS! https://www.linkedin.com/shareArticle?mini=true&url=http%3A//conteudos.sistemamaxi.com.br/lp-ebook-campos-de-experiencias-da-bncc&title=&summary=&source= https://www.facebook.com/sharer/sharer.php?u=http%3A//conteudos.sistemamaxi.com.br/lp-ebook-campos-de-experiencias-da-bncc Conteúdos relacionados Raio-X da BNCC Alfabetização na BNCC: o guia completo das propostas da Base para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental BNCC: novo norte para a Educação Infantil BAIXAR MATERIAL LER ARTIGO BAIXAR MATERIAL Conheça a organização estrutural do documento e os principais conceitos envolvidos em cada etapa da Educação Básica. https://conteudos.sistemamaxi.com.br/lp-e-book-raio-x-da-bncc?utm_source=conteudo&utm_medium=pdf&utm_campaign=lp-ebook-campos-de-experiencias-da-bncc https://www.sistemamaxi.com.br/bncc-educacao-infantil/?utm_source=conteudo&utm_medium=pdf&utm_campaign=lp-ebook-campos-de-experiencias-da-bncc https://conteudos.sistemamaxi.com.br/lp-ebook-alfabetizacao-na-bncc?utm_source=conteudo&utm_medium=pdf&utm_campaign=lp-ebook-campos-de-experiencias-da-bncc O Sistema Maxi de Ensino acredita que uma boa educação é possível em todos os contextos do Brasil. O afeto, quando somado ao ensino de qualidade, garante um aprendizado mais significativo para os alunos, que passam a responder o mundo com mais carinho e justiça. Os valores e princípios são essenciais para o desenvolvimento dos estudantes, por isso a autonomia, a responsabilidade e o respeito devem fazer parte da formação dos futuros cidadãos do mundo. Para a construção de uma sociedade melhor, o Sistema Maxi de Ensino prepara indivíduos capazes de transformar as realidades, particulares e globais. www.sistemamaxi.com.br SAIBA MAIS SOBRE O MAXI https://www.sistemamaxi.com.br/?utm_source=conteudo&utm_medium=pdf&utm_campaign=lp-ebook-campos-de-experiencias-da-bncc https://www.sistemamaxi.com.br/?utm_source=conteudo&utm_medium=pdf&utm_campaign=lp-ebook-campos-de-experiencias-da-bncc https://www.facebook.com/SistemaMaxi INTRODUÇÃO Os campos de experiências da BNCC O eu, o outro e o nós Corpo, gestos e movimentos Traços, sons, cores e formas Escuta, fala, pensamento e imaginação Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações Conclusão
Compartilhar