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Uma das mais corriqueiras perguntas que se costuma fazer a alguém é: “Quem é você?”. Talvez esta forma direta de questionar não seja a mais comum, entretanto o seu teor é o mais recorrente que há. Todos os dias, das mais diversas formas, e pelas mais variadas razões, somos convidados, coagidos e constrangidos a dizer quem somos nós. Na verdade, é tão comum esta indagação que a resposta já está pronta, a refutação jaz decorada e preparada. Ao menor sinal de dúvida, estamos prestes a responder quem somos nós. Tão frequente é esta necessidade, que portamos impresso em papel moeda todos os dados que nos definem. Trazemos plastificadas as informações que dizem quem somos. Temos um documento que atesta nossa identidade. Mas será mesmo que o número do RG dá conta de dizer quem somos? A bem da verdade, a pergunta “Quem é você?” deve ser tratada com uma contraquestão: “Em relação a que (ou a quem)?”. É como se assim buscássemos esclarecer a sintaxe de nossa vida. Quem somos tem a ver com quem nos relacionamos, e de que forma nos damos. Entendendo, contudo, que somos termos dependentes de Jesus, nosso Salvador. Mediante este termo Regente, respondemos sem medo quem somos. Em relação ao mundo, mortos! Em relação à igreja, partes de um corpo! Em relação a Cristo, co-herdeiros! Em relação a Deus, filhos e servos! SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE LI Ç Ã O 6 175 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE Objetivos da Lição Atividades de Aprendizagem Esboço da Lição Nome Núcleo Sintagma Frase, Oração e Período Termos da Oração Sintaxe do Período Composto Ao completar esta lição, você deverá ser capaz de: • explicar o que é sintaxe; • explicar a relação que há entre a sintaxe e a correta leitura e a boa escrita; • tratar sintaticamente um texto. 1. Leia atentamente esta lição. 2. Faça todas as questões de estudo. 3. Separe, no mínimo, 3 horas diárias para estudar. 4. Faça o autoteste no final desta lição. 176 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO Desenvolvimento da Lição Trata-se a gramática de um conjunto de normas postuladas no decorrer da história da língua portuguesa do Brasil. Inúmeros gramáticos contribuíram, ao longo dos anos, para consagrar as formas e construções que hoje compõem as regras da norma culta de nosso idioma. Os princípios estipulados em uma gramática visam, em primeiro lugar, garantir uma boa utilização dos recursos da língua, em especial a língua escrita. Outro objetivo da gramática é ser um material de referência para a explicação dos fenômenos linguísticos. Portanto, para a boa construção em linguagem verbal, não basta o dicionário; é também importante o conhecimento da estrutura de cada língua, objeto da gramática, em especial da sintaxe. A sintaxe é considerada um “bicho-papão” pelos estudantes de português, quase sempre, é rejeitada com o argumento equivocado de ser um conhecimento inútil. A verdade, contudo, é que o conhecimento da sintaxe é importantíssimo, não apenas para a correta interpretação textual, como também para orientar o processo redacional. A partir de agora, conheceremos alguns conceitos sintáticos importantes dos quais depende o bom desempenho da análise sintática. É uma técnica empregada no estudo da estrutura sintática de uma língua. Ela é muito útil quando se pretende: • descrever as estruturas sintáticas possíveis ou aceitáveis da língua; • decompor o texto em unidades sintáticas a fim de compreender a maneira pela qual os elementos sintáticos são organizados na sentença. A compreensão dos vários mecanismos inerentes em uma língua é facilitada pelo procedimento analítico, através do qual se buscam nas unidades menores (por exemplo, a sentença) as razões para certos fenômenos detectados nas unidades maiores (por exemplo, o texto). Dessa forma, a Gramática Normativa (aquela que prescreve as normas da língua culta) sempre se ocupou em decompor algumas unidades estruturais da língua para tornar didática a compreensão de certos fenômenos. No âmbito da fonologia, tem-se a análise fonológica, em que a estrutura sonora das palavras é decomposta em unidades mínimas do som (fonemas); em morfologia, tem-se a análise mórfica, da qual se depreendem das palavras as suas unidades mínimas dotadas de significado (morfemas) e a análise morfológica, na qual são identificadas as classes gramaticais. Na sintaxe, temos a análise sintática. A análise sintática ocupa um lugar de destaque em muitas gramáticas da língua portuguesa, porque grande parte das normas do bem dizer e do bem escrever recaem sobre a estrutura sintática, isto é, sobre a organização das palavras na sentença. Para compreender o uso dos pronomes relativos, a colocação pronominal e as várias relações de concordância, por exemplo, é importante, antes, promover uma análise adequada da sintaxe apresentada pela sentença em questão. Nenhuma regra de conduta da língua culta tem sentido sem uma análise sintática da sentença que se estuda. Por isso, antes que se aplique qualquer norma gramatical, é preciso compreender de que forma os elementos sintáticos estão dispostos naquela sentença especial. Isso acontece porque os elementos sintáticos não são fixos na língua. Por exemplo, uma palavra pode funcionar como sujeito em uma sentença e, em outra, funcionar como agente da passiva. Somente a análise sintática poderá determinar esse comportamento específico das palavras no contexto da sentença. Sendo 177 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE a análise sintática uma aplicação estritamente voltada para a sentença, parte-se dessa unidade maior para alcançar os seus constituintes (sintagmas) que, por sua vez, são rotulados através das categorias sintáticas. Como se vê, é um exercício de decomposição da sentença. A fim de uma preparação para a análise sintática, vejamos alguns conceitos importantes. 1.1.1.1.1. Assinale cada alternativa correta. a) A análise sintática descreve as estruturas sintáticas possíveis ou aceitáveis do idioma, bem como decompõe o texto em unidades sintáticas a fim de compreender a maneira pela qual os elementos sintáticos são organizados. b) O procedimento analítico não interfere na compreensão dos vários mecanismos inerentes em um idioma. c) A correta compreensão do uso dos pronomes relativos, ou da colocação pronominal e mesmo das várias formas de concordância, depende de uma análise adequada da sintaxe apresentada pela sentença em questão. d) Os elementos sintáticos de nosso idioma não são fixos. NOME São chamados nomes o conjunto de palavras que constitui as classes abertas da língua portuguesa, mas que se opõe ao verbo. As classes abertas são aquelas em que são possíveis as alterações do falante ao longo da história da língua (neologismos) e as variações morfológicas (flexão de gênero e número). Por oposição, as classes fechadas são aquelas cuja forma se consagrou na língua e onde as mudanças são quase inexistentes. São as classes abertas da língua portuguesa: substantivo, adjetivo e verbo. São as classes fechadas: artigo, pronome, numeral, advérbio, preposição, conjunção, interjeição. Os elementos considerados nomes, na língua portuguesa, são apenas o substantivo e o adjetivo, pois são responsáveis pelas denominações dos seres. Os verbos, por sua vez, são elementos responsáveis pela expressão dos processos e dos estados. Dessa distinção derivam diversos termos da gramática do português, como: • sintagma nominal x sintagma verbal; • complemento nominal x complemento verbal; • pronome (raiz: nome), advérbio (raiz: verbo). 2.2.2.2.2. Assinale cada alternativa correta quanto ao nome. a) Os nomes constituem as classes fechadas da língua portuguesa. b) As classes abertas admitem variações morfológicas. c) Substantivo, adjetivo e verbo são as classes fechadas da língua portuguesa. d) Apenas substantivos e adjetivos são considerados nomes em língua portuguesa. e) O verbos denominam os seres. OBJETIVO 1 Explicar o que é e como o nomenomenomenomenome é identificado pela sintaxe. 178 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO NÚCLEO Dá-se o nomede núcleo à palavra que, em um conjunto, se destaca como a principal. A noção de núcleo é bastante importante, sobretudo, para a análise sintática. Sendo um elemento destacado de um conjunto de palavras, o núcleo é responsável por indicar a categoria gramatical de todo o segmento e por apontar o elemento que estabelece relações de concordância e regência: • Todos os eventos foram suspensos pela igreja. » todos os eventostodos os eventostodos os eventostodos os eventostodos os eventos: sintagma; » núcleo do sintagma: eventoseventoseventoseventoseventos = nome; » tipo do sintagma: nominal. • Templos são, em geral, lugares muito amplos. » lugares muito amploslugares muito amploslugares muito amploslugares muito amploslugares muito amplos: predicativo do sujeito; » núcleo do predicativo: lugareslugareslugareslugareslugares; » lugareslugareslugareslugareslugares deve concordar com templostemplostemplostemplostemplos, seu sujeito; » amplosamplosamplosamplosamplos deve concordar com lugareslugareslugareslugareslugares, seu determinante. • O lucro das vendas está sendo repassado aos missionários. » está sendo repassadoestá sendo repassadoestá sendo repassadoestá sendo repassadoestá sendo repassado: sintagma verbal; » núcleo do sintagma verbal: repassadorepassadorepassadorepassadorepassado; » repassadorepassadorepassadorepassadorepassado deve reger a preposição a do seu objeto. SINTAGMA Sintagma é um segmento linguístico que expressa uma relação de dependência. Nessa relação de dependência, diz-se que existe um elemento determinado e outro determinante (ou subordinado), estabelecendo um elo de subordinação entre ambos. Cada um desses elementos constitui um sintagma. Na concepção original de sintagma, essa noção era utilizada para se referir a qualquer segmento linguístico: a palavra, a sentença e o período. Mais recentemente, o termo sintagma é comumente empregado para se referir às partes da sentença. Dessa forma, o sintagma se caracteriza conforme o tipo gramatical dos seus elementos nucleares, ou por meio de seu sentido principal: • sintagma nominal (SN): quando o núcleo do sintagma é um nome; • sintagma adjetival (SADJ): quando o núcleo do sintagma é um adjetivo ou por uma locução adjetiva; • sintagma verbal (SV): quando o núcleo do sintagma é um verbo ou uma locução verbal; • sintagma adverbial (SADV): quando o núcleo do sintagma é um advérbio ou uma locução adverbial. Em uma análise sintática, a identificação dos sintagmas e seus tipos é bastante importante, pois facilita a compreensão do papel sintático exercido pelas palavras na sentença que está em análise. Vejamos um exemplo: • Todos silenciosamente acompanhavam a romaria pela cidade. » todos: SN » silenciosamente: SADV » acompanhavam: SV » a romaria: SN » pela cidade: SADV OBJETIVO 3 Explicar o que é e como o sintagmasintagmasintagmasintagmasintagma é identificado pela sintaxe. OBJETIVO 2 Explicar o que é e como o núcleonúcleonúcleonúcleonúcleo é identificado pela sintaxe. 179 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE Um sintagma pode ser formado por uma ou mais palavras. Por isso buscamos pelo elemento núcleo e classificamos o sintagma segundo a categoria sintática deste núcleo. Além disso, em uma sentença pode existir mais de um sintagma do mesmo tipo. Quando isso ocorre, é preciso verificar qual a função sintática que os sintagmas desempenham. No exemplo, o SN aparece duas vezes: uma desempenhando a função de sujeito (todostodostodostodostodos) e outra, a função de objeto direto (a romariaa romariaa romariaa romariaa romaria). DeterminantesDeterminantesDeterminantesDeterminantesDeterminantes São chamados de determinantes os elementos que especificam outros em uma expressão linguística. Existe um elemento determinante quando se estabelece uma relação com outro elemento. Assim, o primeiro é o elemento determinante e o segundo, o elemento determinado. Isso justifica a inclusão dessas funções em estruturas de subordinação, ou seja, nos casos onde se observa que um elemento é dependente de outro. Em casos de coordenação, nos quais se verifica uma independência entre os elementos, não se fala em elementos determinante e determinado, mas sim em elementos sequenciais. Em um sintagma nominal, são determinantes os artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais. Em um sintagma oracional, são determinantes o objeto direto e o objeto indireto, o complemento nominal e o predicativo, pois referem-se aos verbos que determinam. Em um sintagma superoracional, são determinantes as orações subordinadas, já que dependem da oração principal. ModificadoresModificadoresModificadoresModificadoresModificadores São chamados de modificadores os elementos que estabelecem relação de modificação dentro de um sintagma. Na língua portuguesa, o modificador por excelência é o advérbio. Os elementos que exercem função de advérbio são, assim, classificados como modificadores. É importante distinguir a noção de modificador da noção de determinante. Nesse sentido, a própria raiz das duas palavras expressa essa diferença. Vejamos um exemplo: • As formigas são rápidas. • As formigas andam rapidamente. Na primeira sentença, os determinantes asasasasas e rápidasrápidasrápidasrápidasrápidas estão especificando/ determinando o nome formigaformigaformigaformigaformiga. Em primeiro lugar, não se trata de qualquer formiga e, em segundo lugar, essas formigas são rápidas e não lentas. Já na segunda sentença, o modificador rapidamenterapidamenterapidamenterapidamenterapidamente não especifica a ação de andar, mas a modifica. Não se trata de apenas andar, mas sim de andar rapidamenteandar rapidamenteandar rapidamenteandar rapidamenteandar rapidamente. 3.3.3.3.3. Assinale cada alternativa correta. a) Chama-se núcleo a palavra que destaca-se como principal dentro de um conjunto. b) O núcleo, embora destacado, pouco significa para a análise sintática. c) O núcleo indica a categoria gramatical de todo o segmento. 180 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO d) O sintagma é um segmento linguístico que expressa relação de dependência. e) A relação de dependência estabelecida pelo sintagma denota a existência de determinante e determinado. f) O termo sintagma refere-se às partes de uma sentença. g) A identificação dos sintagmas é muito importante para a análise sintática. h) Não há sintagmas de uma única palavra. i) Os elementos determinantes são aqueles que especificam outros em uma expressão linguística. j) Os modificadores são os elementos que encerram a relação de modificação dentro de um sintagma. FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO FraseFraseFraseFraseFrase É a reunião de palavras que expressam uma ideia completa, constitui o elemento fundamental da linguagem, não precisa necessariamente conter verbos: • Final de ano, início das férias. É a menor unidade da comunicação linguística. Tem como características básicas: a apresentação de um sentido ou significado completo e ser acompanhada por uma entonação. Durante o uso cotidiano da língua, os falantes costumam produzir seus textos articulando enunciados. Esses enunciados, quando transmitem uma ideia acabada, isto é, um sentido comunicativo completo, se constituem na chamada frase. Não há um padrão definido de frase; contudo, podemos identificá-la em três tipos distintos de construção: • quando se compõe de apenas uma palavra: » Perigo! » Coragem! • quando se compõe de mais de uma palavra, dentre as quais não se verifica a presença de verbo: » Que tempestade! » Quanta ingenuidade! • quando se compõe de mais de uma palavra, dentre as quais, um verbo ou locução verbal: » Infelizmente, precisamos seguir viagem! » O pastor deve determinar a adoção de mais missionários. A identificação de uma frase na situação de comunicação também se deve ao fato de que ela é um produto da entonação, ou seja, da melodia produzida na língua oral. Dessa forma, quando um falante constrói uma frase, ela só se realiza se houver marcas melódicas de início e fim do enunciado. Em geral, na fala, essas pausas são expressadas atravésdo silêncio; já no registro escrito as marcas de início são as iniciais maiúsculas das palavras e as marcas finais, os sinais de pontuação: • Jonas! OBJETIVO 4 Explicar o que é frase frase frase frase frase e quais suas características. 181 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE Embora não haja verbo neste exemplo, dada a entonação frasal, podemos extrair dessas construções um sentido comunicativo completo. O contexto da comunicação e a melodia empregada pelos falantes na produção do exemplo são fundamentais para distingui-lo de uma simples palavra sem função comunicativa. Basta imaginarmos, para isso, um contexto em que alguém está chamando por uma pessoa cujo nome é JJJJJonasonasonasonasonas. Nesse caso, a frase poderia expressar alguma coisa como: • Ei, Jonas, estou lhe chamando. OraçãoOraçãoOraçãoOraçãoOração É um segmento linguístico caracterizado basicamente: • pela presença obrigatória do verbo (ou locução verbal); • pela propriedade de se tornar, ela mesma, um objeto de análise sintática. A maioria dos gramáticos da língua portuguesa costuma atribuir à oração uma qualidade discursiva bastante particular, que é a de expressar um conteúdo informativo na forma de uma construção dotada de verbo. Independentemente de essa construção expressar um sentido acabado no discurso oral ou escrito, o verbo torna- se fundamental para caracterizar a oração, por isso o verbo é o núcleo de uma oração: • Gabriel toca sanfona maravilhosamente, portanto traz felicidade. » tocatocatocatocatoca: verbo; enunciado em forma de oração com sentido acabado; » traztraztraztraztraz: verbo; enunciado em forma de oração sem sentido acabado. Aqui, observamos ora a expressão de um conteúdo comunicativo completo, ora a ausência desse enunciado significativo. Porém, em nenhum dos casos podemos notar a falta do verbo. As orações são, além disso, construções que, por contarem com um esquema discursivo definido, podem ser analisadas sintaticamente. Se existe oração, pressupõe-se também a existência de uma organização interna entre os seus elementos constituintes (os termos da oração), que se reúnem em torno do verbo. A esse tipo de exercício chamamos análise sintática, da qual a gramática da língua costuma abstrair as diversas classificações das orações. Atenção! O verbo pode estar elíptico (não aparece, mas existe): • O hino Castelo Forte de Martinho Lutero ficou tão conhecido quanto [ficaram] os louvores compostos por Frida Vingren. PeríodoPeríodoPeríodoPeríodoPeríodo Unidade linguística composta por uma ou mais orações. Suas características básicas são: • a apresentação de um sentido ou significado completo; • encerrar-se por meio de certos símbolos de pontuação. Uma das propriedades da língua é expressar enunciados articulados. Essa articulação é evidenciada internamente pela verificação de uma qualidade comunicativa das informações contidas no período. Um período é bem articulado quando revela informações de sentido completo, uma ideia acabada. Esse atributo pode ser exibido OBJETIVO 5 Explicar o que é oraçoraçoraçoraçoraçããããão o o o o e quais suas características. OBJETIVO 6 Explicar o que é período período período período período e quais suas características. 182 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO em termos de um período constituído por uma única oração (período simples) ou constituído por mais de uma oração (período composto): • Daniela gostava muito daquela Bíblia. (período simples) • Daniela gostava muito daquela Bíblia, por isso guardava-a com carinho. (período composto) Não há uma forma definida para a constituição de períodos, pois se trata de uma liberdade do falante de elaborar seu discurso da maneira como quiser ou como julgar ser compreendido na situação discursiva. Porém, a língua falada, mais frequentemente, organiza-se em períodos simples, ao passo que a língua escrita costuma apresentar maior elaboração sintática, o que faz notar a presença maior de períodos compostos. Um dos aspectos mais notáveis dessa complexidade sintática nos períodos compostos é o uso dos vários recursos de coesão. Isso pode ser visualizado no exercício de transformação de alguns períodos simples em período composto fazendo uso dos chamados conectivos – elementos linguísticos que marcam a coesão textual: • Eu tenho um cachorrinho muito preguiçoso. Todo dia ele procura a minha cama para dormir. Minha mãe não gosta do meu cachorrinho. Então, eu o escondo para a minha mãe não ver que ele está dormindo comigo. • Eu tenho um cachorrinho muito preguiçoso, que todo dia procura a minha cama para dormir. Como a minha mãe não gosta dele, eu o escondo e, assim, ela não vê que o cachorrinho está dormindo comigo. No primeiro exemplo, temos um parágrafo formado por quatro períodos. Já no segundo exemplo, o parágrafo está organizado em apenas dois períodos. Isso é possível articulando as informações por meio de alguns conectivos (quequequequeque, comocomocomocomocomo, assimassimassimassimassim) e eliminando os elementos redundantes (o gatinhoo gatinhoo gatinhoo gatinhoo gatinho, minha mãeminha mãeminha mãeminha mãeminha mãe = eleeleeleeleele, elaelaelaelaela). Finalmente, os períodos são definidos materialmente no registro escrito por meio de uma marca da pontuação, das quais se excluem a vírgula e o ponto-e-vírgula. O recurso da pontuação é uma forma de reproduzir na escrita uma longa pausa percebida na língua falada. Vejamos, agora, um exemplo de análise sintática (há três orações aqui): • Teu pai quer que você estuda antes de brincar. » 1ª oração: teu pai querteu pai querteu pai querteu pai querteu pai quer = oração principal: »» sintagma nominal: teu paiteu paiteu paiteu paiteu pai »» sintagma verbal: querquerquerquerquer » 2ª oração: que você estudeque você estudeque você estudeque você estudeque você estude = oração subordinada objetiva direta: »» sintagma nominal: vocêvocêvocêvocêvocê »» sintagma verbal: estudeestudeestudeestudeestude » 3ª oração: antes de brincarantes de brincarantes de brincarantes de brincarantes de brincar = oração subordinada adverbial reduzida de infinitivo: »» sintagma adverbial: antes deantes deantes deantes deantes de (locução adverbial de tempo) »» sintagma verbal: brincarbrincarbrincarbrincarbrincar Atenção! A 2ª oração é introduzida pela conjunção integrante quequequequeque. Através da análise desenvolvida acima pudemos depreender as unidades menores do período – as orações (ou sentenças), como as unidades menores das orações – os sintagmas. A partir desses resultados, é possível verificar um problema de 183 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE concordância verbal existente na segunda oração. Trata-se da norma gramatical que nos informa o seguinte: se houver uma oração subordinada objetiva direta introduzida pela conjunção quequequequeque e, se essa oração complementa um verbo, então o verbo dessa oração subordinada deve estar no modo subjuntivo. Pela análise sintática, vemos que esse é o caso do nosso período. Assim, conseguimos compreender a necessidade de alteração da forma verbal, derivando a sentença abaixo: • Teu pai quer que você estude antes de brincar. Para promovermos essa análise, enfim, foi exigido que conhecêssemos alguns elementos fundamentais da sintaxe: período; frase; a oração; termos das orações. A análise sintática, assim como as outras referentes à língua, é um exercício muito próximo da matemática, pois envolve um raciocínio lógico do tipo: se você encontrar tal elemento, então admita que esse elemento é um objeto tal. 4.4.4.4.4. Assinale cada alternativa correta. a) Uma reunião de palavras que expressem uma ideia completa é chamada de frase. b) Uma frase só pode assim ser chamada se contiver algum verbo. c) A entonação empregada na pronúncia de uma frase ajuda identificar o contexto em que ela é usada. d) Mesmo sem verbos na frase, ela pode representar um sentido comunicativo completo. e) Toda a oração contém ao menos um verbo e pode tornar-se um objeto de análise sintática. f) Embora seja o núcleo de uma oração,o verbo não é fundamental em sua caracterização. g) Um período é composto por uma ou mais orações. h) Um período bem articulado não deve, obrigatoriamente, expressar informações completas ou uma ideia acabada. i) Os períodos compostos fazem uso de vários recursos de coesão. j) A análise sintática pouco tem de lógica. TERMOS DA ORAÇÃO Promover esse tipo de raciocínio no estudo das sentenças é desenvolver uma análise formal, porque as categorias sintáticas são formas que não dependem do conteúdo que expressam. Em outros níveis de análise (análise semântica, análise discursiva e análise estilística) esse tipo de raciocínio lógico é bastante complicado, porque envolve elementos cuja representação e estrutura não são fixas. Isso não ocorre com a sintaxe, pois suas categorias são definidas pela norma culta. Os termos da oração são classificados em três grandes níveis. Vejamos quais são eles: Termos essenciais São os que primeiro organizam o discurso. São delimitações macro da sentença, que abarcarão outros termos em uma delimitação micro. São eles: • sujeito • e predicado. OBJETIVO 7 Explicar cada um dos termos de uma oração. 184 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO Termos integrantes São os que complementam a oração. São termos exigidos sintaticamente pelo verbo ou pelo nome. Cumprem papel essencial, logo não podem ser descartados sem prejuízo sintático: • complementos verbais: objeto direto, objeto indireto; • predicativo; • complemento nominal; • agente da passiva. Termos acessórios da oração São termos que, apesar de sintaticamente prescindíveis, são necessários para o entendimento do enunciado porque informam alguma característica ou circunstância dos substantivos, pronomes ou verbos que acompanham: • adjunto adnominal; • adjunto adverbial; • aposto; • vocativo. TTTTTermos essenciais:ermos essenciais:ermos essenciais:ermos essenciais:ermos essenciais: sujeito sujeito sujeito sujeito sujeito Sujeito é um dos termos essenciais da oração. Tem por características básicas: • estabelecer concordância com o núcleo do sintagma verbal; • apresentar-se como elemento determinante em relação ao predicado; • constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo ou, ainda, qualquer palavra substantivada. O sujeito só é considerado no âmbito da análise sintática, isto é, somente na organização da sentença é que uma palavra (ou um conjunto de palavras) pode constituir aquilo que chamamos sujeito. Nesse sentido, é equivocado dizer que o sujeito é aquele que pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto semântico do sujeito – agente de uma ação ou objeto de uma afirmação. Já que o sujeito é depreendido de uma análise sintática, devemos restringir a definição apenas ao seu papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal, o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o núcleo é sempre um nome: ••••• A igreja está fechada hoje. » está fechada hojeestá fechada hojeestá fechada hojeestá fechada hojeestá fechada hoje: predicado nominal; » fechadafechadafechadafechadafechada: nome feminino singular adjetivo = núcleo do predicado; » a igrejaa igrejaa igrejaa igrejaa igreja: núcleo do sujeito, nome feminino singular. • Nós não mentimos sobre nossa idade para você. » não mentimos sobre nossa idade para vocênão mentimos sobre nossa idade para vocênão mentimos sobre nossa idade para vocênão mentimos sobre nossa idade para vocênão mentimos sobre nossa idade para você: predicado verbal; » mentimosmentimosmentimosmentimosmentimos: verbo primeira pessoa do plural = núcleo do predicado; » nósnósnósnósnós: sujeito, pronome substantivo flexionado na primeira pessoa do plural. A relação de concordância é, por excelência, uma relação de dependência, na qual dois (ou mais) elementos se harmonizam. Um desses elementos é chamado 185 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE determinado (ou principal) e o outro, determinante (subordinado). No interior de uma sentença, o sujeito é o termo determinante, ao passo que o predicado é o termo determinado. Essa posição de determinante do sujeito em relação ao predicado adquire sentido com o fato de ser possível, na língua portuguesa, uma sentença sem sujeito, mas nunca uma sentença sem predicado: • As formigas invadiram minha casa. » as formigasas formigasas formigasas formigasas formigas: sujeito = termo determinante; » invadiram minha casainvadiram minha casainvadiram minha casainvadiram minha casainvadiram minha casa: predicado = termo determinado. • Há formigas na minha casa. » há formigas na minha casahá formigas na minha casahá formigas na minha casahá formigas na minha casahá formigas na minha casa: predicado = termo determinado; » sujeito: inexistente. O sujeito se manifesta em termos de sintagma nominal: seu núcleo é sempre um nome. Quando esse nome se refere a objetos das primeira e segunda pessoas, o sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto (eueueueueu, tututututu, eleeleeleeleele...). Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa, sua representação pode ser feita através de um substantivo, de um pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras, cujo núcleo funcione, na sentença, como um substantivo: ••••• Eu acompanho você até o guichê. » eueueueueu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa. • Vocês disseram alguma coisa? » vocêsvocêsvocêsvocêsvocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa. • Marcos tem um fã-clube no seu bairro. » MarcosMarcosMarcosMarcosMarcos: sujeito = substantivo próprio. • Ninguém entra na sala agora. » ninguémninguémninguémninguémninguém: sujeito = pronome substantivo. • O andar deve ser uma atividade diária. » o andaro andaro andaro andaro andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração. Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de oração substantiva subjetiva: • É difícil optar por esse ou aquele hino. » é difícilé difícilé difícilé difícilé difícil: oração principal; » optar por esse ou aquele hinooptar por esse ou aquele hinooptar por esse ou aquele hinooptar por esse ou aquele hinooptar por esse ou aquele hino: oração subjetiva = sujeito oracional. Sujeito posposto: Embora a língua portuguesa se apresente predominantemente pela ordem diretaordem diretaordem diretaordem diretaordem direta (sujeito + verbo + predicado), é comum encontrarmos alguns termos em posições variadas na oração. É o que se entende por ordem inversa, na qual alguns termos são encontrados em combinação contrária ao esperado, como verbo + sujeito = sujeito posposto. • Vivendo sozinho o ancião, sua saúde se tornara precária. • Sobre esse assunto falo eu! O fato de se inverter a posição dos termos na oração é movido por fatores estilísticos. A construção de sentenças em que o sujeito é colocado após o verbo (sujeito posposto) surge em decorrência da ênfase que se pretende dar à ideia expressa pelo termo que ocupa a primeira posição na sentença. Trata-se da valorização de algum 186 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO termo em detrimento de outro e, portanto, de uma alteração estilística. O sujeito posposto pode ser encontrado: • nas orações interrogativas; • em orações com verbos na forma passiva pronominal; • em orações com verbos na forma imperativa; • em orações reduzidas; • em orações que expressem o discurso direto; • em orações absolutas com verbos no subjuntivo; • em orações subordinadas adverbiais condicionais sem conjunção; • em orações com verbos unipessoais; • em orações iniciadas pelos complementos verbais. É muito importante que se localize o sujeito e o verbo na oração. Mesmo em posição que não é a sua habitual, o verbo deve sempre concordar com o sujeito. Tipos de sujeito Sujeito simples É aquele que possui apenas um núcleo. Conforme já visto, o núcleo do sujeito será representado por um substantivo, por um pronome substantivo ou porqualquer palavra substantivada: • Os homens destroem a natureza. » núcleo = homens homens homens homens homens (sujeito simples) As palavras que se referem ao núcleo de qualquer função sintática chamam-se adjunto adnominal. Portanto, no exemplo citado, o artigo ososososos funciona como adjunto adnominal: • O vento soprava muito forte naquela tarde. » núcleo = ventoventoventoventovento (sujeito simples) O sujeito dessa frase não é inexistente, como à primeira vista possa parecer, já que há o núcleo ventoventoventoventovento, mesmo que este seja um fenômeno da natureza. Haverá sujeito inexistente quando o verbo for o representativo do fenômeno da natureza, como na frase: • Ventava muito forte naquela tarde. Nessa frase, não há sujeito, uma vez que o próprio verbo indica o fenômeno. Sujeito composto É aquele que possui dois ou mais núcleos. Os núcleos do sujeito composto são, quase sempre, ligados pela conjunção eeeee, pela conjunção ououououou, pela preposição comcomcomcomcom ou pelos conectivos correlatos assim... comoassim... comoassim... comoassim... comoassim... como, não só... mas tambémnão só... mas tambémnão só... mas tambémnão só... mas tambémnão só... mas também, tanto... comotanto... comotanto... comotanto... comotanto... como, tanto...tanto...tanto...tanto...tanto... quantoquantoquantoquantoquanto, nem... nemnem... nemnem... nemnem... nemnem... nem: • Tanto os cientistas quanto os religiosos estão temerosos. » núcleos = cientistascientistascientistascientistascientistas e religiososreligiososreligiososreligiososreligiosos (sujeito composto) » os artigos ososososos são adjuntos adnominais 187 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE Sujeito oculto Haverá sujeito oculto em três casos. Primeiro caso: quando o sujeito forem os pronomes eueueueueu, tututututu, eleeleeleeleele, elaelaelaelaela, vocêvocêvocêvocêvocê, nósnósnósnósnós ou vósvósvósvósvós,,,,, sem que estejam escritos na oração. O sujeito oculto também é chamado de: sujeito elíptico; sujeito desinencial; sujeito implícito; sujeito subentendido: • Estudaremos a matéria toda. » Quem estudará? Nós. » como o pronome não surge na oração temos sujeito oculto Segundo caso: quando o verbo, mesmo na 3ª pessoa do plural, estiver no imperativo, ou seja, quando o verbo indicar ordem, pedido ou conselho, acompanhados de um vocativo. São exceções: chega dechega dechega dechega dechega de e basta debasta debasta debasta debasta de. Esses dois verbos participam de orações sem sujeito: • Estudem, meninos! » o verbo está no Imperativo, pois indica conselho e há o vocativo meninosmeninosmeninosmeninosmeninos; portanto, o sujeito é oculto. Por outro lado, neste exemplo há oração sem sujeito ou sujeito inexistente: • Basta de baderna, meninos! Terceiro caso: quando não surgir o sujeito escrito na oração, porém estiver claro em orações anteriores: • Os diáconos chegaram à igreja ontem à noite. Terão um encontro com o pastor. » Quem chegou à igreja? Os diáconos. » núcleo = diáconos (sujeito simples) » Quem terá um encontro? Não surge o sujeito escrito na oração, porém na oração anterior aparece, com clareza, quem é o sujeito = os diáconos= os diáconos= os diáconos= os diáconos= os diáconos. Portanto, sujeito oculto. Sujeito indeterminado Haverá sujeito indeterminado, quando o sujeito do verbo for o pronome pessoal do caso reto eleseleseleseleseles, sem que esteja escrito na oração, nem apareça claramente quem são eles em alguma sentença anterior: • Deixaram uma bomba na casa do deputado. » Quem deixou uma bomba? Eles. » Não surge o sujeito escrito na oração, nem aparece, com clareza, anteriormente, quem é o sujeito. Portanto, sujeito indeterminado. Sujeito oracional (oração subordinada substantiva subjetiva) É o sujeito com verbo, ou seja, uma oração que exerce a função de sujeito: • É necessário que todos estudem. » Que é necessário? Que todos estudem (sujeito com verbo – oração subordinada substantiva subjetiva) Quando a oração subordinada substantiva subjetiva não se iniciar pela conjunção integrante quequequequeque, nem pela conjunção integrante sesesesese, o verbo deverá ser 188 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO conjugado no infinitivo, no gerúndio ou no particípio, e a oração se denominará oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo, de gerúndio ou de particípio: • É preciso estudar mais. » Que é preciso? Estudar mais (oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo) Sujeito acusativo Será sujeito acusativo o sujeito de um verbo no infinitivo ou no gerúndio de uma oração que funcione como objeto direto, quando o verbo da oração principal for fazerfazerfazerfazerfazer, mandarmandarmandarmandarmandar, ververververver, deixardeixardeixardeixardeixar, sentirsentirsentirsentirsentir ou ouvirouvirouvirouvirouvir: • Fizeram a garota se retirar. » Quem fez? Eles. » Não surge o sujeito escrito na oração, nem aparece, com clareza, anteriormente, quem é o sujeito. Portanto, sujeito indeterminado. O verbo fazerfazerfazerfazerfazer é transitivo direto, que tem como objeto direto toda a oração aaaaa garota se retirargarota se retirargarota se retirargarota se retirargarota se retirar, pois isso é que foi feito, e não a garota foi feita, como pode parecer. A oração que funciona como objeto direto chama-se oração subordinada substantiva objetiva direta. O verbo da oração subordinada substantiva objetiva direta está no infinitivo (retirarretirarretirarretirarretirar-se-se-se-se-se) e tem como sujeito a palavra garotagarotagarotagarotagarota. Portanto, garota é sujeito acusativo. O sujeito acusativo poderá ser representado por um substantivo ou por um pronome oblíquo átono (mememememe, tetetetete, sesesesese, ooooo, aaaaa, nosnosnosnosnos, vosvosvosvosvos, ososososos, asasasasas). Quando o sujeito acusativo for um substantivo plural, o verbo no infinitivo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural. Em todos os outros casos, o verbo ficará no singular: • Vi as garotas cantar/cantarem. (as garotas as garotas as garotas as garotas as garotas = sujeito acusativo) • Vi-as cantar. (as as as as as = sujeito acusativo) • Deixei-os entrar atrasados. (ososososos = sujeito acusativo) Orações sem sujeito (sujeito inexistente) Haverá oração sem sujeito, quando o verbo for impessoal. Os verbos impessoais são assim chamados pois não se referem a uma pessoa, a qual vem a ser o nome ou pronome que exerce a função de sujeito. Por isso, esses verbos ficam, obrigatoriamente, na terceira pessoa do singular, com exceção do verbo serserserserser. São verbos impessoais: • verbos que indiquem fenômeno da natureza: » Choveu ontem. » Ventou demasiadamente. Quando surgir o fenômeno da natureza escrito na oração ou quando a frase possuir sentido figurado, haverá sujeito: • Choveram pedras sobre Londrina. » sujeito simples: pedraspedraspedraspedraspedras • Choveram papeizinhos coloridos sobre os soldados que desfilavam. » sujeito simples: papeizinhos coloridospapeizinhos coloridospapeizinhos coloridospapeizinhos coloridospapeizinhos coloridos • O vento soprava muito forte naquela tarde. » sujeito simples: o ventoso ventoso ventoso ventoso ventos SerSerSerSerSer, estarestarestarestarestar, parecerparecerparecerparecerparecer, ficarficarficarficarficar indicando fenômeno da natureza: • É primavera, mas parece verão. • Está frio hoje. 189 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE FazerFazerFazerFazerFazer indicando fenômeno da natureza ou tempo decorrido: • Faz dias friíssimos no inverno. • Faz três dias que aqui cheguei. HaHaHaHaHaververververver significando existirexistirexistirexistirexistir ou aconteceraconteceraconteceraconteceracontecer, ou indicando tempo decorrido: • Houve muitos problemas naquela noite. • Haverá várias festas em Curitiba. • Há dois anos ele esteve aqui em casa. Passar dePassar dePassar dePassar dePassar de indicando horas: • Já passa das 15h. Chegar deChegar deChegar deChegar deChegar de e bastar debastar debastar debastar debastar de no imperativo:• Chega de matéria. SerSerSerSerSer indicando horashorashorashorashoras, datasdatasdatasdatasdatas e distânciadistânciadistânciadistânciadistância. O verbo serserserserser é o único verbo impessoal que não fica obrigatoriamente na terceira pessoa do singular, pois, ao indicar horas, datas ou distância, concorda com o numeral a que se refere: • horas: » É uma hora. » São duas horas. • distância: » É um quilômetro daqui até lá. » São dois quilômetros daqui até lá. • datas: » É dois de maio = É dia dois de maio. » São dois de maio = São dois dias de maio. Claro está que, se for o primeiro dia do mês, o verbo serserserserser ficará no singular. 5.5.5.5.5. Assinale cada alternativa correta. a) São considerados termos essenciais aqueles que primeiro organizam o discurso. b) Os termos essenciais são os complementos verbais e o sujeito. c) Os termos integrantes complementam a oração. d) Os termos acessórios são necessários ao entendimento do enunciado, embora sejam sintaticamente prescindíveis. e) O sujeito é um dos termos essenciais da oração. f) Uma das características básicas do sujeito é estabelecer concordância com o núcleo do sintagma verbal. g) O sujeito posposto é aquele que aparece antes do verbo. h) O sujeito oculto é aquele com somente um núcleo. i) O sujeito simples possui dois núcleos. j) O sujeito composto não aparece na senteça. l) O sujeito ideterminado não aparece claramente, e seu pronome pessoal é o caso reto eles. 190 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO m) O sujeito oracional é aquele em que o verbo exerce a função de sujeito. n) Será acusativo o sujeito de um verbo no infinitivo ou no gerúndio de uma oração que funcione como objeto direto, quando o verbo da oração principal for fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir. o) Há oração sem sujeito quando o verbo for impessoal. TTTTTermos essenciais:ermos essenciais:ermos essenciais:ermos essenciais:ermos essenciais: predicado predicado predicado predicado predicado Predicado é um dos termos essenciais da oração. Tem por características básicas: apresentar-se como elemento determinado em relação ao sujeito; apontar um atributo ou acrescentar informação ao sujeito. Assim como o sujeito, o predicado é um segmento extraído da estrutura interna das orações ou das frases, sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Isso implica dizer que a noção de predicado só é importante para a caracterização das palavras em termos sintáticos. Nesse sentido, o predicado é sintaticamente o segmento linguístico que estabelece concordância com outro termo essencial da oração (o sujeito), sendo este o termo determinante (subordinado) e o predicado o termo determinado (principal). Não se trata, portanto, de definir o predicado simplesmente como aquilo que se diz do sujeito, mas estabelecer a importância do fenômeno da concordância entre esses dois termos essenciais da oração: • Missionária Carolina conhece os índios da Amazônia. » sujeito: CarolinaCarolinaCarolinaCarolinaCarolina (termo determinante) » predicado: conhece os índios da conhece os índios da conhece os índios da conhece os índios da conhece os índios da AmazôniaAmazôniaAmazôniaAmazôniaAmazônia (termo determinado) » concordância = Missionária CarolinaMissionária CarolinaMissionária CarolinaMissionária CarolinaMissionária Carolina (3ª pessoa do singular) = conhececonhececonhececonhececonhece (3ª pessoa do singular) • Todos nós fazemos parte do Reino de Deus. » sujeito: todos nóstodos nóstodos nóstodos nóstodos nós (termo determinante) » predicado: fazemos parte do Reino de Deusfazemos parte do Reino de Deusfazemos parte do Reino de Deusfazemos parte do Reino de Deusfazemos parte do Reino de Deus (termo determinado) » concordância = TTTTTodos nós odos nós odos nós odos nós odos nós (1ª pessoa do plural) = fazemos parte fazemos parte fazemos parte fazemos parte fazemos parte (1ª pessoa do plural) Nesses exemplos podemos observar que a concordância é estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois termos essenciais. Na primeira frase, entre Missionária CarolinaMissionária CarolinaMissionária CarolinaMissionária CarolinaMissionária Carolina e conhececonhececonhececonhececonhece; na segunda frase, entre nósnósnósnósnós e fazemosfazemosfazemosfazemosfazemos. Isso se dá porque a concordância é centrada nas palavras que são núcleos, isto é, que são responsáveis pela principal informação naquele segmento. No predicado, o núcleo pode ser de dois tipos: • um nome, quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da oração; • um verbo ou locução verbal. No primeiro caso, temos um predicado nominal e no segundo um predicado verbal. Quando, em um mesmo segmento o nome e o verbo são de igual importância, ambos constituem o núcleo do predicado e resultam no tipo de predicado verbo-nominal: • Minha irmã é desastrada. » predicado: é desastradaé desastradaé desastradaé desastradaé desastrada » núcleo do predicado: desastradadesastradadesastradadesastradadesastrada (atributo do sujeito) » tipo de predicado: nominalnominalnominalnominalnominal 191 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE • A empreiteira demoliu nosso antigo prédio. » predicado: demoliu nosso antigo prédiodemoliu nosso antigo prédiodemoliu nosso antigo prédiodemoliu nosso antigo prédiodemoliu nosso antigo prédio » núcleo do predicado: demoliudemoliudemoliudemoliudemoliu (informação sobre o sujeito) » tipo de predicado: verbal • Os manifestantes desciam a rua desesperados. » predicado: desciam a rua desesperadosdesciam a rua desesperadosdesciam a rua desesperadosdesciam a rua desesperadosdesciam a rua desesperados » núcleos do predicado: desciamdesciamdesciamdesciamdesciam (informação sobre o sujeito); desesperadosdesesperadosdesesperadosdesesperadosdesesperados (atributo do sujeito) » tipo de predicado: verbo-nominal Nos predicados verbais e verbo-nominais, o verbo é responsável também por definir os tipos de elementos que aparecerão no segmento. Em alguns casos, o verbo basta para compor o predicado (verbo intransitivo). Em outros casos, é necessário um complemento que, juntamente com o verbo, informa algo sobre o sujeito. De qualquer forma, esses complementos do verbo não interferem na tipologia do predicado. São elementos que constituem os chamados termos integrantes da oração. 6.6.6.6.6. Assinale cada alternativa correta. a) Uma das características básicas do predicado é apresentar-se como elemento determinado em relação ao sujeito. b) O predicado aponta um atributo ou acrescenta uma informação ao sujeito. c) O predicado é o elemento que estabelece concordância com outro termo essencial da oração, o sujeito) d) No predicado, o núcleo pode ser de dois tipos: um nome e um vebo. TTTTTermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes: introdução (predicação verbal) introdução (predicação verbal) introdução (predicação verbal) introdução (predicação verbal) introdução (predicação verbal) Agora, passaremos ao estudo dos termos integrantes da oração. Antes, contudo, de se analisarem os complementos verbais (objeto direto e objeto indireto), é necessário entender a predicação dos verbos que exigirão essas complementações. Predicação verbal É o estudo do comportamento do verbo na oração. É a partir da predicação verbal que analisamos se ocorre ação ou fato, se existe qualidade ou estado ou modo de ser de sujeito. Quanto à predicação verbal, os verbos podem ser: • intransitivos; • transitivos; • de ligação. Os transitivos e os intransitivos são também denominados verbos significativos; pois, diferentemente dos de ligação, estabelecem sentido próprio, independente de seu complemento. 192 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO Verbos intransitivos São verbos intransitivos os que não necessitam de complementação, pois já possuem sentido completo: • Ele vive. • Isaías e Leila, finalmente, casaram-se. • A 2ª parcela do IPVA vence a partir de hoje. Esses verbos não necessitam de qualquer elemento para complementar seu sentido, pois quem vive, vive; quemse casa, casa-se; e aquilo que vence, vence. Há verbos intransitivos, porém, que vêm acompanhados de um termo acessório, exprimindo alguma circunstância (lugar, tempo, modo, causa...). Não se deve confundir esse elemento acessório (adjunto adverbial) com complemento de verbo: • Pastor diz que irá a Brasília para reunião. Aparentemente, o verbo iririririr apresenta complementação, pois quem vai, vai a algum lugar, porém lugarlugarlugarlugarlugar é uma circunstância e não complementação, como, à primeira vista, possa parecer. Todos os verbos que indicam destino ou procedência são verbos intransitivos, normalmente acompanhados de circunstância de lugar – adjunto adverbial de lugar. São eles: iririririr, virvirvirvirvir, voltarvoltarvoltarvoltarvoltar, chegarchegarchegarchegarchegar, caircaircaircaircair, comparecercomparecercomparecercomparecercomparecer, dirigirdirigirdirigirdirigirdirigir-se-se-se-se-se... Esses verbos admitem as preposições aaaaa e dedededede; esta para indicação de procedência, aquela para a indicação de destino: • O avião caiu ao mar. • Cheguei a casa antes da meia-noite. Nessa frase, não ocorre o acento indicador de crase, pois a palavra casacasacasacasacasa só admite o artigo quando estiver especificada: • Cheguei à casa de Joana. Verbos transitivos São verbos que necessitam de complementação, pois têm sentido incompleto: • Deus amou o mundo. • Cliente reclama de promoção. • Medida em estudo dá alívio para os estados. Os três verbos utilizados nos exemplos necessitam de complementação, pois quem ama, ama alguém, quem reclama, reclama de algo e quem dá, dá algo a alguém. A complementação, porém, dá-se de três maneiras diferentes: • na primeira, o verbo não exige preposição; • na segunda, o verbo exige preposição; • na terceira, há dois complementos, um com preposição, outro, sem. Quanto a isso, os verbos são: • transitivos diretos: exigem complemento sem preposição obrigatória. O complemento é denominado objeto direto: » O presidente receberá os pastores. » A falta de verbas causa problemas. • transitivos indiretos: exigem complemento com preposição obrigatória. O complemento é denominado objeto indireto: 193 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE » Eleitor não obedece à convocação do TRE. » População ainda acredita nos políticos. • transitivos diretos e indiretos: possuem dois complementos, o objeto direto e o objeto indireto: » Empresário doa rendimentos do mês à Assistência Social. Junto de verbo significativo pode surgir uma qualidade do sujeito ou uma qualidade do objeto. Esta denomina-se predicativo do objeto; aquela, predicativo do sujeito: » predicativo do sujeito: »» O professor entrou revoltado naquela tarde. » predicativo do objeto: »» O juiz declarou o réu culpado. Verbos de ligação São verbos que servem como elementos de ligação entre o sujeito e uma qualidade ou estado ou modo de ser, denominado predicativo do sujeito. Os principais verbos de ligação são serserserserser, estarestarestarestarestar, parecerparecerparecerparecerparecer, permanecerpermanecerpermanecerpermanecerpermanecer, ficarficarficarficarficar, continuarcontinuarcontinuarcontinuarcontinuar. Não se deve decorar quais são os verbos de ligação, e sim memorizar o significado dele: Verbo de ligação é aquele que indica a existência de uma qualidade do sujeito, sem que ele pratique uma ação: • Investimento direto será menor em 2003. • Matéria-prima fica mais cara. Quando o verbo indica ação, além de qualidade do sujeito, é denominado transitivo ou intransitivo, mesmo que haja predicativo do sujeito: • Mocidade volta avivada de Congresso. Nesse exemplo o verbo não é de ligação, pois está indicando uma ação (quem volta, volta de algum lugar), mesmo que haja o predicativo do sujeito avivadaavivadaavivadaavivadaavivada. É, então, um verbo intransitivo, já que de Congressode Congressode Congressode Congressode Congresso é adjunto adverbial de lugar. Conclui-se que pode haver predicativo do sujeito sem que haja verbo de ligação. 7.7.7.7.7. Assinale cada alternativa correta. a) Chama-se predicação verbal o estudo do comportamento dos verbos na oração. b) Em relação à predicação verbal, os verbos podem ser: intransitivos, transitivos e de ligação. c) Os vebos transitivos não necessitam de complementação. d) Os verbos intransitivos necessitam de complementação. e) Os verbos de ligação unem o sujeito e uma qualidade, ou estado/modo de ser (predicativo do sujeito). TTTTTermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes: complementos verbais complementos verbais complementos verbais complementos verbais complementos verbais Objeto direto Do ponto de vista da sintaxe, objeto direto é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo direto, por isso, é complemento verbal, na grande maioria dos casos, não preposicionado..... Do ponto de vista da semântica, o objeto direto é: 194 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO • o resultado da ação verbal; • o ser ao qual se dirige a ação verbal; • o conteúdo da ação verbal. O objeto direto pode ser formado por um substantivo, pronome substantivo, ou mesmo qualquer palavra substantivada. Além disso, o objeto direto pode ser constituído por uma oração inteira que complemente o verbo transitivo direto da oração dita principal. Nesse caso, a oração recebe o nome de oração subordinada substantiva objetiva direta: • O amor de Leila transforma a minha vida. » transformatransformatransformatransformatransforma: verbo transitivo direto » a minha vidaa minha vidaa minha vidaa minha vidaa minha vida: objeto direto » núcleonúcleonúcleonúcleonúcleo: vida = substantivo • Conserve isso na tua memória. » conserveconserveconserveconserveconserve: verbo transitivo direto » issoissoissoissoisso: objeto direto (pronome substantivo) • Não prometa mais do que possa cumprir depois. » prometaprometaprometaprometaprometa: verbo transitivo direto » mais do que possa cumprir depoismais do que possa cumprir depoismais do que possa cumprir depoismais do que possa cumprir depoismais do que possa cumprir depois: oração subordinada substantiva objetiva direta Oração subordinada substativa objetiva direta Haverá oração subordinada substativa objetiva direta, quando o objeto direto for representado por uma oração, ou seja, quando houver objeto direto com verbo: • Eu sei que vou te amar. • Constatamos que o pagamenteo não fora efetuado. Pronomes oblíquos átonos Os objetos diretos são constituídos por nomes como núcleos do segmento. A noção de núcleo torna-se importante porque, num processo de substituição de um nome por um pronome deve-se procurar por um pronome de igual função gramatical do núcleo. No primeiro exemplo, verificamos um conjunto de palavras formando o objeto direto (a minha vidaa minha vidaa minha vidaa minha vidaa minha vida), dentre as quais apenas uma é núcleo (vida vida vida vida vida = substantivo). Podemos transformar esse núcleo substantivo em objeto direto formado por pronome oblíquo, que é um tipo de pronome substantivo. Além disso, nesse processo de substituição, devemos ter claro que o pronome ocupará o lugar de todo o objeto direto e não só do núcleo do objeto: • O amor de Leila transforma a minha vida. • O amor de Leila a transforma. Os pronomes oblíquos átonos (mememememe, tetetetete, ooooo, aaaaa, sesesesese, nosnosnosnosnos, vosvosvosvosvos, ososososos, asasasasas) funcionam sintaticamente como objetos diretos. Isso implica dizer que somente podem figurar nessa função de objeto e não na função de sujeito. Porém, algumas vezes os pronomes oblíquos tônicos (mimmimmimmimmim, tititititi, eleeleeleeleele, elaelaelaelaela, nósnósnósnósnós, conoscoconoscoconoscoconoscoconosco, vósvósvósvósvós, convoscoconvoscoconvoscoconvoscoconvosco, eleseleseleseleseles, elaselaselaselaselas) são chamados a constituir o núcleo dos objetos diretos. Nesse caso, o uso da preposição se torna obrigatório e, por consequência, tem-se um objeto direto especial (objeto direto preposicionado):195 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE Resumindo: os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são mememememe, tetetetete, ooooo, aaaaa, sesesesese, nosnosnosnosnos, vosvosvosvosvos, ososososos, asasasasas: • Encontrei-os ontem à noite. • Meu irmão quer levar-me à sua cidade. • As provas, revisei-as há pouco. Atenção! Verbo transitivo direto seguido de ooooo, aaaaa, ososososos, asasasasas: • verbo terminado em vogal: os pronomes não se modificam; • verbo terminado em m,m,m,m,m, ão ão ão ão ão ou õeõeõeõeõe: os pronomes se modificam para nonononono, nanananana, nosnosnosnosnos, nasnasnasnasnas; • verbo terminado em rrrrr, s s s s s ou zzzzz: os pronomes se modificam para lololololo, lalalalala, losloslosloslos, laslaslaslaslas, e as terminações rrrrr, s s s s s ou zzzzz desaparecem: » Revisei as provas. = Revisei-as. » Eles revisaram as provas. = Eles revisaram-nas. » Eles irão revisar as provas. = Eles irão revisá-las. Objeto indireto Do ponto de vista da sintaxe, objeto indireto é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto e vem sempre acompanhado de preposição. Do ponto de vista da semântica, o objeto indireto é o ser ao qual se destina a ação verbal. Complementa um verbo transitivo indireto, por meio de uma preposição: • Assisto a todos os filmes bíblicos. • Creia em mim, pois sou fiel. • Obedeça aos regulamentos da empresa. Em qualquer um desses casos, o traço mais importante e característico do objeto indireto é a presença da preposição: • forma inadequada: » A irmã pedia dinheiro a jovem. • forma adequada: » A irmã pedia dinheiro à jovem. »» pediapediapediapediapedia = verbo transitivo direto e indireto »» dinheirodinheirodinheirodinheirodinheiro = objeto direto »» à jovemà jovemà jovemà jovemà jovem = destinatário da ação verbal (objeto indireto) O objeto indireto pode ser formado por substantivo, ou pronome substantivo, ou numeral, ou ainda, uma oração substantiva objetiva indireta. Oração subordinada substantiva objetiva indireta Haverá oração subordinada substantiva objetiva indireta, quando o objeto indireto for representado por uma oração, ou seja, quando houver objeto indireto com verbo: Figura 6.1 196 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO • Os professores precisam de que os alunos estejam atentos. • Acredito em que conseguiremos nosso intento. Pronomes oblíquos atonos O objeto indireto pode ser representado por um pronome. Como o núcleo do objeto é sempre um nome, é possível substituí-lo por um pronome. Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são mememememe, tetetetete, lhelhelhelhelhe, sesesesese, nosnosnosnosnos, vosvosvosvosvos, lheslheslheslheslhes: • Não lhe paguei a dívida, por falta de dinheiro. • Eles não me obedecem. • Falta-me seu carinho. Objeto direto preposicionado x objeto indireto Complementa um verbo transitivo direto, com auxílio da preposição. Casos obrigatórios: • pronomes oblíquos tônicos: mimmimmimmimmim, tititititi, sisisisisi, eleeleeleeleele, elaelaelaelaela, nósnósnósnósnós, vósvósvósvósvós, eleseleseleseleseles e elaselaselaselaselas: » A mim, você conhece há anos. • pronome relativo quemquemquemquemquem: » A garota a quem ele ama morreu. » A palavra Deus. » Amar a Deus sobre todas as coisas. • para evitar ambiguidade. » Vencerá o Senhor a Satanás. Casos facultativos: pronomes indefinidos; o numeral ambos; nomes próprios; verbos puxarpuxarpuxarpuxarpuxar, sacarsacarsacarsacarsacar, pegarpegarpegarpegarpegar, cumprircumprircumprircumprircumprir: • Conheci todos. ou Conheci a todos. • Vi ambos. ou Vi a ambos. • Encontrei Etevaldo. ou Encontrei a Etevaldo. Verbos comer e beber O objeto direto desses verbos indicam totalidade; o direto preposicionado, partes: • Bebi aquela garrafa de refrigerante. (indica que bebi a garrafa toda) • Bebi daquela garrafa de refrigerante. (indica que bebi apenas parte dela) Adjunto adverbial x objeto indireto Não é difícil confundir objeto indireto e adjunto adverbial, quando este é formado por uma locução adverbial, pois ambos os termos são construídos com preposição. Uma regra prática para se determinar o objeto indireto e até mesmo o identificar na oração é indagar ao verbo se ele necessita de algum complemento preposicionado. Esse complemento será: ••••• adjunto adverbial, se estiver expressando um valor semântico, como lugar, tempo, companhia, modo e etc; • objeto indireto, se estiver apenas completando o sentido do verbo, sem acrescentar outra ideia à oração. 197 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE Vejamos os exemplo: • Ele sabia a lição de cor. » adjunto adverbial de modo • Ele se encarregou do formulário. » objeto indireto Objetos pleonásticos Haverá objeto pleonástico, quando houver duas palavras funcionando como objeto direto, ou como objeto indireto, representando um elemento só: • Minhas metas, respeito-as sempre. • Aos amigos, quero dedicar-lhes esta canção. Qualquer dos dois pode ser chamado de objeto pleonástico. O importante é saber quando ocorre o pleonasmo. 8.8.8.8.8. Assinale cada alternativa correta. a) O objeto direto é um complemento verbal, pois completa o sentido de um verbo transitivo direto. b) Os pronomes oblíquos átonos são: me, te, , a, se, vos, os, as. c) O objeto indireto é o termo que completa o sentido de um verbo intransitivo indireto. d) O objeto indireto pode, apenas, ser formado por substantivo. e) Ocorre objeto pleonástico quando duas palavras funcionarem como objeto direto, ou indireto. TTTTTermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes: complemento nominal complemento nominal complemento nominal complemento nominal complemento nominal Dá-se o nome de complemento nominal ao termo que complementa o sentido de um nome ou um advérbio, conferindo-lhe uma significação completa ou, ao menos, mais específica. Como o complemento nominal vem integrar-se ao nome em busca de uma significação para nome ao qual se liga, ele compõe os chamados termos integrantes da oração. São duas as principais características do complemento nominal: • sempre seguir um substantivo abstrato; • liga-se ao nome por meio de preposição, sempre obrigatória. Os complementos nominais podem ser formados por substantivo, pronome, numeral ou oração subordinada completiva nominal: • Meus filhos têm paixão por histórias. (substantivo) • A redação deles era trabalhosa. (pronome) • A vitória de um é a conquista de todos. (numeral) • O medo de que lhe furtassem as joias a mantinha afastada daqui. (oração subordinada completiva nominal) 198 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO Em geral, os nomes que exigem complementos nominais possuem formas correspondentes a verbos transitivos, pois ambos completam o sentido de outro termo. São exemplos dessa correlação: • obedecer aos pais / obediência aos pais • chegar em casa / chegada em casa • entregar a revista / entrega da revista • protestar contra a opressão / protesto contra a opressão É importante conhecer outras particularidades do complemento nominal, tais como as que serão expostas a seguir. Complemento nominal x adjunto adnominal É comum confundirem-se essas duas categorias sintáticas da língua portuguesa. Isso se verifica, pois ambas as categorias seguem um nome e podem ser acompanhadas de preposição. É importante lembrar, então, as suas principais funções: • complemento nominal: complementa o sentido do nome, conferindo-lhe uma significação específica: » Sua rapidez nas respostas é admirável. • adjunto adnominal: acrescenta uma informação ao nome. Essa informação tem valor de adjetivo e, em princípio, é desnecessária para a compreensão da expressão: » Ela se dizia carioca da gema. Uma regra prática para distinguir essas duas categorias sintáticas é tentar transformar o termo relacionado ao nome em adjetivo ou oração adjetiva. Se for possível o emprego de uma dessas construções adjetivas, o termo selecionado será um adjunto adnominal. Do contrário, será um complemento nominal: • O menino tinhauma fome de leão. » fome leonina = adjetivo » fome que parecia ser de leão = oração adjetiva » fome de leãode leãode leãode leãode leão: adjunto adnominal • A leitura de jornais é aconselhável a um bom profissional. » de jornaisde jornaisde jornaisde jornaisde jornais: complemento nominal A preposição e o complemento nominal Dentre as características do complemento nominal, destaca-se a presença obrigatóriaobrigatóriaobrigatóriaobrigatóriaobrigatória da preposição. A preposição tem por função relacionar dois ou mais termos de uma oração. Como o complemento nominal realiza a integraçãointegraçãointegraçãointegraçãointegração com o nome ou advérbio ao qual está ligado, a preposição torna-se indispensável: • inadequado: A riqueza raciocínio é sempre presente no texto bíblico. • adeaudo: A riqueza de raciocínio é sempre presente no texto bíblico. Em geral, os problemas relativos a esse tema ocorrem com a preposição aaaaa. É importante lembrar: sempre que o complemento nominal tiver como preposição a palavra aaaaa, deve-se observar se é possível e necessário empregar a crase nessa posição: 199 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE • inadequado: Você está apto a pesquisa teológica. • adequado: Você está apto à pesquisa teológica. • inadequado: Quero lembrar que todos aqui devem obediência a administração geral. • adequado: Quero lembrar que todos aqui devem obediência à administração geral. Depois do advérbio Casos há em que o advérbio necessita de informações adicionais para que o sentido da expressão seja completo. Assim, o complemento nominal une-se ao advérbio fornecendo esse tipo de informação e, também nessa ligação, a presença da preposição é obrigatória: • inadequado: É dispensável a tua presença, relativamente a prestação de contas da loja. • adequado: É dispensável a tua presença, relativamente à prestação de contas da loja. Na voz passiva Os verbos na voz passiva apresentam o verbo principal no particípio. O particípio também representa uma forma de nome, já que pode ser empregado com valor de adjetivo (iluminado, autenticado). Sempre que o verbo, no particípio, apresentar um complemento que acrescente informações à expressão, este será um complemento nominal e devedevedevedevedeve vir acompanhado de preposição: • inadequado: Esses meninos foram acostumados a desordem. • adequado: Esses meninos foram acostumados à desordem. 9.9.9.9.9. Assinale cada alternativa correta. a) Complemento nominal é o termo que complementa o sentido de um nome ou um advérbio. b) O complemento nominal sempre segue um substantivo abstrato. c) Os complementos nominais podem ser formados, apenas, por numerais. d) O adjunto adnominal complementa o sentido do nome, enquanto que o complemento nominal acrescenta informação ao nome. e) c) e d) estão corretas. f) a), b), c) e d) estão corretas. Antes de estudarmos o agente da passiva, revisaremos as vozes verbais para entendermos a voz passiva analítica, que gera o agente da passiva. 200 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO VVVVVozes verbaisozes verbaisozes verbaisozes verbaisozes verbais Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou recebe, ou pratica e recebe a ação verbal. Voz ativa Quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato: • As meninas exigiram a presença da diretora. • O médico cometeu um erro terrível. Voz passiva Quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal. Voz passiva sintética A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome sesesesese (partícula apassivadora) e sujeito paciente: • Entregam-se Bíblias. • Compram-se livros usados. Voz passiva analítica A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar serserserserser ou estarestarestarestarestar, verbo principal indicador de ação no particípio (ambos formam locução verbal passiva) e agente da passiva: • As Bíblias foram entregues pelo próprio pastor. • Os livros foram comprado por um distinto seminarista. Voz reflexiva Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo: • Carla machucou-se. Voz reflexivo-recíproca Será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro: • Gunnar e Frida amam-se. • Os jovens confraternizaram-se durante a festa. Passagem da ativa para a passiva e vice-versa Faz-se assim a transformação da ativa para a passiva e vice-versa: • o sujeito da voz ativa passará a ser o agente da passiva; • o objeto direto da voz ativa passará a ser o sujeito da voz passiva; 201 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE • na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e modo do verbo transitivo direto da ativa; • na voz passiva, o verbo transitivo direto ficará no particípio. Vejamos este exemplo: • voz ativa: » A igreja aplaudiu os missionários. »» sujeito = a igrejaa igrejaa igrejaa igrejaa igreja »» verbo transitivo direto = aplaudiuaplaudiuaplaudiuaplaudiuaplaudiu »» objeto direto = os missionáriosos missionáriosos missionáriosos missionáriosos missionários • voz passiva: » Os missionários foram aplaudidos pela igreja. »» sujeito = os missionárioos missionárioos missionárioos missionárioos missionário »» locução verbal passiva = foram aplaudidosforam aplaudidosforam aplaudidosforam aplaudidosforam aplaudidos »» agente da passiva = pela igrejapela igrejapela igrejapela igrejapela igreja TTTTTermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes: agente da passiva agente da passiva agente da passiva agente da passiva agente da passiva É o termo da oração que complementa o sentido de um verbo na voz passiva analítica, indicando-lhe o ser que praticou a ação verbal. A característica fundamental do agente da passiva é, pois, o fato de somente existir se a oração estiver na voz passiva. Como vimos detalhadamente, há três vozes verbais na nossa língua: a voz ativa, na qual a ênfase recai na ação verbal praticada pelo sujeito; a voz passiva, cuja ênfase é a ação verbal sofrida pelo sujeito; e a voz reflexiva, em que a ação verbal é praticada e sofrida pelo sujeito. Nota-se, com isso, que o papel do sujeito em relação à ação verbal está em evidência. Na voz ativa, o sujeito exerce a função de agente da ação e o agente da passiva não existe. Para completar o sentido do verbo na voz ativa, este verbo conta com outro elemento – o objeto (direto). Na voz passiva, o sujeito exerce a função de receptor de uma ação praticada pelo agente da passiva. Por consequência, é este mesmo agente da passiva que complementa o sentido do verbo neste tipo de oração, substituindo o objeto direto: • A vigília acordou toda a vizinhança. » oração na voz ativa » a vigíliaa vigíliaa vigíliaa vigíliaa vigília: sujeito » acordouacordouacordouacordouacordou: verbo transitivo direto (pede um complemento verbal) » toda a vizinhançatoda a vizinhançatoda a vizinhançatoda a vizinhançatoda a vizinhança: ser para o qual se dirigiu a ação verbal (objeto direto) • Toda a vizinhança foi acordada pela vigília. » oração na voz passiva » toda a vizinhançatoda a vizinhançatoda a vizinhançatoda a vizinhançatoda a vizinhança: sujeito » foifoifoifoifoi: verbo auxiliar; acordadaacordadaacordadaacordadaacordada: verbo principal no particípio » pela vigíliapela vigíliapela vigíliapela vigíliapela vigília: ser que praticou a ação (agente da passiva) O agente da passiva é um complemento exigido somente por verbos transitivos diretos (aqueles que pedem um complemento sem preposição). Esse tipo de verbo, em geral, indica uma ação (em oposição aos verbos que exprimem estado ou processo) 202 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO que, do ponto de vista do significado, é complementada pelo auxílio de outro termo que é o seu objeto (em oposição aos verbos que não pedem complemento: os verbos intransitivos). Como vimos, na voz passiva o complemento do verbo transitivo direto que funciona como núcleoda locução verbal passiva é o agente da passiva. Nas orações com verbos intransitivos ou com verbos apenas transitivos indiretos, então, não existe agente da passiva, porque não há como construir sentenças na voz passiva com esses verbos: • Karina socorreu os missionários. (verbo transitivo direto na voz ativa) • Os missionários foram socorridos por Karina. (verbo transitivo direto: núcleo da locução verbal da voz passiva) • Karina gritou. (verbo intransitivo na voz ativa) • Karina foi gritada. (sentença inaceitável na língua; verbo intransitivo na voz passiva) A voz passiva analítica é formada através da construção da locução verbal passiva: um verbo auxiliar (serserserserser, estarestarestarestarestar) + verbo principal no particípio (verbo transitivo direto). Costuma-se explicitar o agente da passiva, apesar de ser este um termo de presença facultativa na oração. Entretanto, em orações cujo verbo está na terceira pessoa do plural, é muito comum ocultar-se o agente da passiva. Isso se justifica pelo fato de que, nessas situações, o sujeito pode ser indeterminado na voz ativa. Porém, mesmo nesses casos, a ausência do agente é fruto da liberdade do falante: • Os missionários estrangeiros foram atacados pelos nativos. » foram atacadosforam atacadosforam atacadosforam atacadosforam atacados: locução verbal passiva » foramforamforamforamforam: verbo auxiliar serserserserser » atacadosatacadosatacadosatacadosatacados: verbo principal atacaratacaratacaratacaratacar (VTD) » pelos nativospelos nativospelos nativospelos nativospelos nativos: agente da passiva • Nossas reivindicações são simplesmente ignoradas. » são ignoradassão ignoradassão ignoradassão ignoradassão ignoradas: locução verbal passiva » sãosãosãosãosão: verbo auxiliar serserserserser » ignoradasignoradasignoradasignoradasignoradas: verbo principal ignorarignorarignorarignorarignorar (VTD) » não há agente da passiva ´ Cercaram a cidade. O agente da passiva é mais comumente introduzido pela preposição porporporporpor (e suas variantes: pelopelopelopelopelo, pelapelapelapelapela, pelospelospelospelospelos, pelaspelaspelaspelaspelas). É possível, no entanto, encontrar construções em que o agente da passiva é introduzido pelas preposições dedededede ou aaaaa: • O hino será executado pela orquestra da igreja. » pela orquestra da igrejapela orquestra da igrejapela orquestra da igrejapela orquestra da igrejapela orquestra da igreja: agente da passiva • A igreja está lotada de gente. » de gentede gentede gentede gentede gente: agente da passiva. 10.10.10.10.10. Assinale cada alternativa correta. a) Ocorre voz ativa quando o agente participa/pratica ativamente de um fato. b) Ocorro voz passiva quando o agente sofre uma ação verbal. c) Ao transformar a voz ativa em passiva, o sujeito ativo passa a ser agente da passiva. d) Na voz passiva o verbo transitivo direto ficará do particípio. 203 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE TTTTTermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes:ermos integrantes: predicativo predicativo predicativo predicativo predicativo É o termo da oração que atribui uma característica, uma propriedade, um estado ao sujeito. Alguns verbos não têm (ou perdem em certos contextos) uma significação definida, pois não exprimem ações ou processos suscetíveis de serem atribuídos a algo. Tais verbos contêm valor puramente sintático-gramatical. São chamados verbos de ligação, pois limitam-se a relacionar a caracterização ao substantivo, por meio de: • um estado permanente (serserserserser); • um estado transitório (estarestarestarestarestar); • permanência de estado (continuarcontinuarcontinuarcontinuarcontinuar); • aparência de estado (parecerparecerparecerparecerparecer); • mudança de estado (ficarficarficarficarficar, virvirvirvirvir). Desse modo, estes verbos necessitam de um complemento especial que atribua ao predicado um verdadeiro sentido, que permite exprimir efetivamente um estado ou qualidade atribuíveis ao sujeito. SerSerSerSerSer é o único verbo que é usado quase exclusivamente como de ligação. Praticamente, só na linguagem filosófica é utilizado como verbo intransitivo, assumindo o significado de existir — o ser é; o não-ser não é. No entanto, vários verbos significativos podem assumir as características de um verbo de ligação, como é o caso dos já referidos estarestarestarestarestar, ficarficarficarficarficar, andarandarandarandarandar, permanecerpermanecerpermanecerpermanecerpermanecer, continuarcontinuarcontinuarcontinuarcontinuar, parecerparecerparecerparecerparecer, virvirvirvirvir. Predicativo do sujeito é, portanto, o nome ou expressão equivalente que se associa a um verbo de ligação para atribuir sentido ao sujeito ou ao objeto. É o termo que indica uma qualidade ou um estado do sujeito ou do objeto direto ou do objeto indireto. No predicado nominal, sempre existe predicativo do sujeito. Representação do predicativo do sujeito O predicativo do sujeito pode ser representado por um nome ou sintagma nominal: • por um substantivo: Gunnar é missionário. • por um adjetivo: Miguel é inteligente. • por um pronome: A minha casa é aquela. • por um numeral: As partes do corpo humano são três. • por uma oração completa: Amar é pedir perdão. No predicado verbo-nominal, pode existir predicativo do sujeito, do objeto direto ou do objeto indireto. Dessa forma, o predicativo pode ser: • do sujeito: » Ele está triste. »» predicado nominal: sujeito + verbo de ligação + predicativo do sujeito »» predicativo do sujeito: tristetristetristetristetriste » Os alunos são inteligentes. »» predicado nominal: sujeito + verbo de ligação + predicativo do sujeito »» predicativo do sujeito: inteligenteinteligenteinteligenteinteligenteinteligente 204 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO » O trem chegou quebrado. »» predicado verbo-nominal: sujeito + verbo intransitivo + predicativo do sujeito; »» predicativo do sujeito: quebradoquebradoquebradoquebradoquebrado • do objeto direto: » Nomeei José o meu secretário. »» predicado verbo-nominal: sujeito elíptico + verbo transitivo direto + objeto direto + predicativo do objeto direto »» predicativo do objeto direto: o meu secretárioo meu secretárioo meu secretárioo meu secretárioo meu secretário • do objeto indireto: » Chamei-lhe de ladrão. »» predicado verbo-nominal: sujeito elíptico + verbo transitivo indireto + objeto indireto + predicativo do objeto direto »» predicativo do objeto indireto: ladrãoladrãoladrãoladrãoladrão Mais informações sobre o predicativo do objeto Como termo ou expressão que complementa o objeto direto ou o objeto indireto, conferindo-lhe um atributo, o predicativo do objeto apresenta duas características básicas: acompanha o verbo de ligação implícito; e pertence ao predicado verbo-nominal. A formação do predicativo do objeto é feita através de um substantivo ou um adjetivo: • O igreja finalmente elegeu Daniel pastor. » objeto: DanielDanielDanielDanielDaniel » predicativo: pastorpastorpastorpastorpastor (substantivo) • Todos julgavam-no culpado. » objeto: nonononono » predicativo: culpadoculpadoculpadoculpadoculpado (adjetivo) Alguns gramáticos admitem o predicativo do objeto em orações com verbos transitivos indiretos tais como crer, estimar, julgar, nomear, eleger, porém, a ocorrência do predicativo do objeto em objetos indiretos ocorre, na maioria das vezes, com o verbo chamar, com sentido de atribuir um nome a: • Chamavam-lhe falsário, sem notar-lhe suas verdades. Notas importantes: • no predicado nominal, o predicativo é o termo mais importante no que se refere ao predicado, por isso, é o núcleo do predicado; • com o verbo chamar, o predicativo tanto pode ser referente ao objeto indireto ou ao objeto direto; • o predicativo do objeto direto ou do objeto indireto pode ou não aparecer precedido de preposição; • quando não houver possibilidade de se encontrar um predicativo em orações onde aparecem verbos de ligação, estes verbos passam a ter um conteúdo significativo e constituirão predicadosverbais. 205 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE Vejamos estes exemplos: • A menina está aqui. » aqui é adjunto adverbial de lugar » não tem predicativo » o verbo não é de ligação » o predicado é verbal: está aqui » o verbo é intransitivo 11.11.11.11.11. Assinale cada alternativa correta. a) O predicativo retira do sujeito alguma qualidade ou característica. b) O predicativo do sujeito pode ser representado por um nome ou um sintagma nominal. c) Na frase “A mocidade pediu Elias coordenador.” o predicado é coordenador. d) a), b) e c) estão corretas. TTTTTermos acessórios:ermos acessórios:ermos acessórios:ermos acessórios:ermos acessórios: adjunto adnominal adjunto adnominal adjunto adnominal adjunto adnominal adjunto adnominal É a palavra ou expressão que acompanha um ou mais nomes conferindo-lhe um atributo. Trata-se, portanto, de um termo de valor adjetivo que modificará o nome a que se refere. Os adjuntos adnominais não determinam ou especificam o nome, tal qual os determinantes. Ao invés disso, eles conferem uma nova informação ao nome e por isso são chamados de modificadores. Além disso, os adjuntos adnominais não interferem na compreensão do enunciado. Por esse motivo, eles pertencem aos chamados termos acessórios da oração. Os adjuntos adnominais podem ser formados por artigo, adjetivo, locução adjetiva, pronome adjetivo, numeral e oração adjetiva restritiva: • Nosso velho pastor sempre nos voltava à mente. » nossonossonossonossonosso: pronome adjetivo = adjunto adnominal » velhovelhovelhovelhovelho: adjetivo = adjunto adnominal • Todos querem saber a música que cantarei na peça. » aaaaa: artigo (adjunto adnominal) » que cantarei na peçaque cantarei na peçaque cantarei na peçaque cantarei na peçaque cantarei na peça: oração adjetiva restritiva (adjunto adnominal) A concordância dos adjuntos adnominais Com um único substantivo O adjunto adnominal (artigo, adjetivo, locução adjetiva, numeral, pronome adjetivo e oração adjetiva) sempre acompanha o nome, em geral um substantivo. Um único substantivo pode vir acompanhado de mais de um adjunto adnominal (adjunto adnominal composto). Quando isso acontece, é obrigatória a concordância em gênero e número entre os adjuntos adnominais e o substantivo a que eles se referem. Não importa a posição dos adjuntos adnominais para que ocorra a concordância entre eles e o substantivo: 206 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO • As meninas bonitas obedecem seus pais. • As bonitas meninas obedecem seus pais. • Os meninos bonitos obedecem seus pais. • Os bonitos meninos obedecem seus pais. Com mais de um substantivo O adjunto adnominal (artigo, adjetivo, locução adjetiva, numeral, pronome adjetivo e oração adjetiva) sempre acompanha um nome, em geral um substantivo. Independentemente da sua função (se sujeito, objeto etc.) é obrigatória a concordância em gênero e número entre o adjunto adnominal e o substantivo a que se refere. Dessa forma, se a expressão contém mais de um elemento (núcleo composto) é importante verificar a concordância. Há duas maneiras de se realizar a concordância entre um núcleo composto e os adjuntos adnominais: concordância com o substantivo mais próximo, e concordância com o gênero e número comum. Para isso é preciso observar a posição ocupada pelo adjunto adnominal, ou seja: • adjunto adnominal antes do núcleo composto: a posição dos adjuntos adnominais é muito importante para se determinar o gênero e o número que eles devem assumir na oração. Como os adjuntos adnominais sempre acompanham um nome, em geral um substantivo, a concordância entre os dois elementos é obrigatória. A concordância se dará de acordo com o gênero e o número do substantivo mais próximo se o adjunto adnominal estiver ligado a um núcleo composto (mais de um elemento) e o adjunto adnominal estiver antes do núcleo composto: » inadequado: Extremos compaixão e vigor distinguia-o dentre os sacerdotes. »» adequado: Extrema compaixão e vigor distinguia-o dentre os sacerdotes. » inadequado: Minhas paciência e sonhos serão armas que usarei contra a vida. »» adequado: Minha paciência e sonhos serão armas que usarei contra a vida. • adjunto adnominal depois de núcleo composto: se o adjunto adnominal estiver ligado a um núcleo composto (mais de um elemento) e vier depois desse núcleo, há, quanto ao gênero, duas maneiras de se realizar a concordância: » inadequado: Compaixão e vigor extrema distinguia-o dentre os sacerdotes. »» adequado:Compaixão e vigor extremo distinguia-o dentre os sacerdotes. Compaixão e vigor extremos distinguia-o dentre os sacerdotes. » inadequado: Paciência e sonhos minhas serão armas que usarei na vida. »» adequado: Paciência e sonhos meus serão armas que usarei na vida. Portanto, quando a concordância se dá pelo gênero e número comum, o número será sempre plural. O gênero, por sua vez, vai ser determinado pelos substantivos que compõem o núcleo. O adjunto adnominal só será feminino plural se 207 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE os substantivos do núcleo composto também forem femininos; do contrário, o gênero do adjunto adnominal ligado a um núcleo composto será masculino: • casa e quarto pequenos; mesa e cadeira pequenas. É aconselhável a repetição do adjunto adnominal para cada um dos elementos do núcleo composto quando eles forem de gênero ou número diferentes: • Quadro escuro e gravuras escuras. 12.12.12.12.12. Assinale cada alternativa correta. a) Os adjuntos admoninais agregam ao nome uma nova informação. b) Como não interferem na compreensão do enunciado, os adjuntos adnominais são considerados termos acessórios da oração. c) Havendo um substantivo, o adjunto adnominal sempre o acompanha (concordância). d) a), b) e c) estão erradas. TTTTTermos acessórios:ermos acessórios:ermos acessórios:ermos acessórios:ermos acessórios: adjunto adverbial adjunto adverbial adjunto adverbial adjunto adverbial adjunto adverbial É a função sintática da palavra ou da expressão que servem para modificar ou intensificar o sentido do verbo, do predicativo ou de outro adjunto adverbial, atribuindo-lhes uma circunstância. Não se deve confundir adjunto adverbial com advérbio: advérbio é a classe gramatical; adjunto adverbial é a função sintática. Em outras palavras: advérbio é o nome da palavra; adjunto adverbial é a função que a palavra exerce na oração. Por esse seu caráter, o adjunto adverbial é tido como um modificador. Pelo fato de não ser um elemento essencial ao enunciado, insere-se no rol dos termos acessórios da oração: • Os candidatos foram selecionados aleatoriamente. » aleatoriamentealeatoriamentealeatoriamentealeatoriamentealeatoriamente: modifica o segmento verbal foram selecionadosforam selecionadosforam selecionadosforam selecionadosforam selecionados • Os preços dos livros aumentaram demais. » demaisdemaisdemaisdemaisdemais: intensifica o segmento verbal aumentaramaumentaramaumentaramaumentaramaumentaram Os adjuntos adverbiais podem ser representados por meio de um advérbio, uma locução adverbial ou uma oração inteira denominada oração subordinada adverbial: • Os ingressos para o espetáculo de dança esgotaram-se hoje. » hojehojehojehojehoje: advérbio (adjunto adverbial) • Acompanharemos de perto todos os teus passos! » de pertode pertode pertode pertode perto: locução adverbial (adjunto adverbial) • Eles sabiam que me magoavam com aquela maneira de falar. » com aquela maneira de falarcom aquela maneira de falarcom aquela maneira de falarcom aquela maneira de falarcom aquela maneira de falar: oração subordinada adverbial Adjunto adverbial X Objeto indireto Frequentemente observa-se certa confusão estabelecida entre o adjunto adverbial expressado por uma locução adverbial e o objeto indireto. Isso se dá porque 208 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO ambas as construções são introduzidas por uma preposição. Deve-se ter claro, no entanto, que o objeto indireto é essencial para complementar o sentido de um verbo transitivo indireto, ao passo que o adjunto adverbial é elementodispensável para a compreensão do sentido tanto de um verbo como de qualquer outro elemento ao qual se liga. Além disso, o objeto indireto é sempre um complemento verbal; já o adjunto adverbial pode ou não estar associado a verbos: • Essa minha nota equivale a um emprego. » a um empregoa um empregoa um empregoa um empregoa um emprego: complementa o sentido do verbo transitivo indireto equivalerequivalerequivalerequivalerequivaler » a um empregoa um empregoa um empregoa um empregoa um emprego: objeto indireto • Estávamos todos reunidos à mesa. » à mesaà mesaà mesaà mesaà mesa: modifica a informação verbal estávamos reunidosestávamos reunidosestávamos reunidosestávamos reunidosestávamos reunidos » à mesaà mesaà mesaà mesaà mesa: adjunto adverbial de lugar Classificação dos adjuntos adverbiais Adjunto adverbial de tempo Quando o adjunto adverbial estiver no final da oração, não será separado por vírgula, a não ser que haja dois ou mais adjuntos adverbiais coordenados. Se o adjunto adverbial estiver no início da oração ou entre os elementos formadores da oração, poderá ser separado por vírgula: • O avião chegará a qualquer momento. • De vez em quando, vou ao culto. Adjunto adverbial de lugar A locução adverbial a distânciaa distânciaa distânciaa distânciaa distância só receberá o acento grave indicativo de crase se possuir a preposição de, formando a locução prepositiva à distância deà distância deà distância deà distância deà distância de: • O pastor observava o jovem à distância de cem metros. • A educação a distância está crescendo no Brasil. Adjunto adverbial de modo Vejamos estes exemplos: • Os noivos caminhavam lado a lado. • O acontecimento espalhou-se boca a boca. À toa, adjunto adverbial, não tem hífen. Quando for locução adjetiva, ou seja, quando estiver qualificando um substantivo, terá hífen: • Aquele homem à-toa só anda à toa. Adjunto adverbial de negação O adjunto adverbial nãonãonãonãonão, apesar de estar no início da oração, não está separado por vírgula. Isso porque é representado por apenas uma palavra. Só será separado por vírgula o adjunto adverbial deslocado que for representado por mais de uma palavra: • Não o procurarei mais. • De modo algum, você usará esse objeto. 209 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE Adjunto adverbial de afirmação Vejamos estes exemplos: • Decididamente estou disposto a ajudá-lo. • Sem dúvida alguma, iremos até aí amanhã. Adjunto adverbial de dúvida Vejamos estes exemplos: • Talvez encontremos a solução. Adjunto adverbial de intensidade Vejamos estes exemplos: • Ele estudou em excesso. • Ela estava meio nervosa. Adjunto adverbial de meio Vejamos estes exemplos: • Gosto de viajar de avião. • Fiz o trabalho a máquina. • Atacou os desordeiros a pedras. Nas expressões adverbiais femininas, muitas vezes ocorre o acento grave sem que haja a crase, isto é, a fusão de dois a: • Comprei o carro à vista. Se trocarmos por um masculino correspondente, teremos: • Comprei o carro a prazo. Evidência clara de que na expressão à vista não houve a fusão de dois aaaaa. Nesses casos, o uso do acento grave é justificado por alguns gramáticos por uma questão de tradição da língua, ou para tornar o contexto mais claro, evitando-se ambiguidades. Não se deve confundir adjunto adverbial de meio com adjunto adverbial de modo. Este indica a maneira como a ação é praticada; aquele, o instrumento usado para a ação ser praticada. Vejamos este exemplo: • Andei de bicicleta, vagarosamente. » de bicicletade bicicletade bicicletade bicicletade bicicleta é o meio; vagarosamentevagarosamentevagarosamentevagarosamentevagarosamente, o modo Adjunto adverbial de causa Vejamos este exemplo: • O poço secou com o calor. • O menino morreu de fome. Adjunto adverbial de companhia Vejamos estes exemplos: • Passei a tarde toda com minha filha Daniela. • Andarei junto de você. 210 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO Adjunto adverbial de finalidade Vejamos estes exemplos: • Eles vieram aqui para um estudo aprofundado de português. • Convidei meus amigos para um passeio. Adjunto adverbial de oposição Vejamos estes exemplos: • O Diabo lutará com a Igreja. • Ela agiu contra a família. Adjunto adverbial de argumento Ocorrerá o adjunto adverbial de argumento com as expressões chegar dechegar dechegar dechegar dechegar de e bastar debastar debastar debastar debastar de: • Chega de brigas. • Basta de incompetência. Adjunto adverbial de assunto Ocorrerá o adjunto adverbial de assunto, quando houver verbo, indicando comunicação entre as pessoas (falarfalarfalarfalarfalar, converconverconverconverconversarsarsarsarsar, discutirdiscutirdiscutirdiscutirdiscutir...) com a preposição dedededede, a preposição sobresobresobresobresobre, a locução prepositiva acerca deacerca deacerca deacerca deacerca de, a locução prepositiva a respeito dea respeito dea respeito dea respeito dea respeito de: • Conversamos sobre você ontem. • Discutiremos acerca de seu problema. Adjunto adverbial de preço Vejamos estes exemplos: • Esse relógio custa muito caro. • Paguei R$ 600,00 ao dentista. As palavras carocarocarocarocaro e baratobaratobaratobaratobarato só serão adjunto adverbial de preço, junto do verbo custar. Caso surjam com verbo de ligação, funcionarão como predicativo do sujeito, concordando com este elemento: • As calças custaram caro. (adjunto adverbial) • As calças estão caras. (predicativo do sujeito) Adjunto adverbial de matéria Vejamos estes exemplos: • Fiz de ouro o meu relógio. Adjunto adverbial de acréscimo Vejamos estes exemplos: • Além da tristeza, sentia um profundo mal-estar. Adjunto adverbial de concessão Ocorrerá adjunto adverbial de concessão na indicação de fatores contrários iniciados por apesar deapesar deapesar deapesar deapesar de, emboraemboraemboraemboraembora...: • Apesar de você, sou feliz. • Embora sua má vontade, consegui meu intento. 211 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE Adjunto adverbial de condição Vejamos este exemplo: • Sem disciplina, não há educação. Adjunto adverbial de conformidade Vejamos este exemplo: • Faça tudo conforme os regulamentos da exército. Adjunto adverbial de substituição Vejamos este exemplo: • Abandonou suas convicções por privilégios. 13.13.13.13.13. Assinale cada alterantiva correta. a) Nesta frase “[...]afastando-se a distância de um tiro de arco [...]”1 o adjunto adverbial é de lugar. b) Na frase “Espero, porém, ver-te brevemente, e falaremos de boca a boca.”2 o adjunto adverbial é de modo. c) O adjunto adverbial modifica ou intensifica o sentido do verbo,do predicativo, mas nunca de outro adjunto adverbial. d) O adjunto adverbial é essencial para a compreenção do enunciado. TTTTTermos acessórios:ermos acessórios:ermos acessórios:ermos acessórios:ermos acessórios: vocativo vocativo vocativo vocativo vocativo É a palavra ou conjunto de palavras, de caráter nominal, que empregamos para expressar uma invocação ou chamado. O vocativo é um termo independente que serve para chamar por alguém, para interpelar ou para invocar um ouvinte real ou imaginário. O vocativo é um elemento que, embora colocado pelos gramáticos dentre os termos da oração, isola-se dela, pois não se integra sintaticamente aos termos essenciais da oração (sujeito e predicado) e pode, sozinho, constituir-se uma frase. Essa propriedade advém do fato de que o vocativo insere, na oração, o interlocutor discursivo, ou seja, aquele a quem o falante se dirige na situação comunicativa: • Por Deus, Amélia, vamos encerrar essa discussão! • Posso me retirar agora, senhor? • Meninos! A entonação melódica da língua falada costuma acentuar os vocativos. Essa forma de expressão é reproduzida, na língua escrita, por meio de sinais de pontuação. Assim, o vocativo é obrigatoriamente acompanhado de uma pausa, que pode ser curta, através do recurso da vírgula; ou longa, através do recurso da exclamação ou das reticências. Não há posição definida para o vocativo na sentença, porém, quando se apresenta no interior da oração, deve ser colocadoentre vírgulas. Além disso, é bastante comum encontrarmos o vocativo associado a alguma forma de ênfase. Se não através da pontuação, o recurso mais popular é vê-lo associado a uma interjeição: • Ah, mãe! Deixe-me ir ao jogo hoje! • Ó, céus, para que tanto espetáculo em dias tão desastrosos? 212 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO Há de atentarmos para uma distinção entre o vocativo e frases constituídas por um único substantivo. Nestas não se verifica qualquer invocação ao interlocutor do discurso, mas, antes, dirigem-se a alguém expressando um aviso, um pedido ou um conselho. No vocativo, porém, o interlocutor é chamado a integrar o discurso do falante: • Perigo! (frase constituída por um substantivo) • Rebeca! (vocativo) 14.14.14.14.14. Assinale cada alternativa correta. a) O vocativo expressa um chamado. b) Um vocativo pode ser formado apenas por uma palavra. c) Um vocativo pode sozinho constituir uma frase. d) O vocativo não precisa ser acompanhado de pontuação, pois a organicidade da língua já é suficiente para garantir a sua entonação. TTTTTermos acessórios:ermos acessórios:ermos acessórios:ermos acessórios:ermos acessórios: aposto aposto aposto aposto aposto É o termo que explica, desenvolve, identifica ou resume um outro termo da oração, independente da função sintática que este exerça. Seu emprego é tido como acessório na oração porque o enunciado sobrevive sem a informação veiculada através do aposto. Há quatro tipos de aposto. Agora, veremos quais são. Aposto explicativo O aposto explicativo identifica ou explica o termo anterior; é separado do termo que identifica por vírgulas, dois pontos, parênteses ou travessões: • A Bíblia Sagrada, o livro dos livros, conta a história do amor de Deus. Oração subordinada adjetiva explicativa É a oração que funciona como aposto explicativo. É sempre iniciada por um pronome relativo e, da mesma maneira que o aposto explicativo, é separada por vírgulas, dois pontos, parênteses ou travessões: • A Bíblia Sagrada, que é o livro dos livros, conta a história do amor de Deus. Aposto especificador O aposto especificador individualiza ou especifica um substantivo de sentido genérico, sem pausa. Geralmente é um substantivo próprio que individualiza um substantivo comum: • O professor Isaías mora no Rio de Janeiro. Aposto enumerativo É uma sequência de elementos usada para desenvolver uma ideia anterior: 213 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE • O pai sempre lhe dava três conselhos: nunca empreste dinheiro a ninguém, nunca peça dinheiro emprestado a ninguém e nunca fique devendo dinheiro a ninguém. • O aluno da EBD deve carregar consigo seu material: Bíblia, Harpa Cristã e Revista da Escola Dominical. Oração subordinada substantiva apositiva É outra oração que funciona como aposto. Sua função é complementar o sentido de uma frase anterior que esteja completa sintaticamente. Por isso, funciona como aposto enumerativo, embora, por vezes, não traga propriamente uma enumeração. Por exemplo, quando se diz: • Ela só quer uma coisa. A frase está completa sintaticamente, pois tem sujeito-verbo-objeto, porém incompleta quanto ao sentido. Deve-se inserir algo que complete o sentido dessa frase: • Ela só quer uma coisa: que sua presença seja notada. Eis aí a oração subordinada substantiva apositiva. Não se deve confundir esta oração com a oração subordinada adjetiva explicativa, que também funciona como aposto, mas que tem como função complementar o sentido de um substantivo anterior, e não uma frase: • A vaca, que para os hindus é um animal sagrado, para nós, é sinônimo de churrasco.. Eis aí a oração subordinada adjetiva explicativa. Aposto resumitivo O aposto resumitivo é usado para resumir termos anteriores. É representado, geralmente, por um pronome indefinido: • Alunos, professores, funcionários, ninguém deixou de lhe dar os parabéns. Adjunto adnominal vs. Aposto É comum notarmos certa confusão entre aposto e adjunto adnominal, já que o aposto pode ser introduzido por meio da preposição dedededede. Deve-se ter claro, no entanto, que o aposto tem sempre o substantivo como seu núcleo, ao passo que o adjunto adnominal pode ser representado por um adjetivo. Uma maneira prática de identificar um ou outro termo da oração é transformar o segmento num adjetivo. Se a operação tiver sucesso, tratar-se-á de um adjunto adnominal: • As paredes de fora estão sendo pintadas agora. » de forade forade forade forade fora = externoexternoexternoexternoexterno (adjunto adnominal) »» As paredes externas estão sendo pintadas agora. • A praça da República foi invadida pelos turistas. » ddddda Repúblicaa Repúblicaa Repúblicaa Repúblicaa República: aposto 214 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO 15.15.15.15.15. Assinale cada alternativa correta. a) O aposto é indispensável para a compreensão do enunciado. b) A função do aposto é acessória, pois ele explica, resume ou desenvolve ou identifica algum termo da oração. c) Os três tipos de aposto são: explicativo, especificador e enumerativo. d) O aposto enumerativo apresenta a sequência de elementos usada para desenvolver uma ideia anterior. e) O aposto especificador identifica ou explica o termo anterior. f) O aposto resumitivo resume os termos anteriores. SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO Período composto é aquele formado por duas ou mais orações. Há dois tipos de períodos compostos: • período composto por coordenação: quando as orações não mantêm relação sintática entre si, ou seja, quando o período é formado por orações sintaticamente independentes entre si: » Estive à sua procura, mas não o encontrei. • período composto por subordinação: quando uma oração, chamada subordinada, mantém relação sintática com outra, chamada principal: » Sabemos que eles estudam muito. (oração que funciona como objeto direto) As orações do período simples denominam-se orações absolutas. Orações dependentes e independentesOrações dependentes e independentesOrações dependentes e independentesOrações dependentes e independentesOrações dependentes e independentes O conceito de dependência é muito relevante para o estudo das orações no período composto. São independentes as orações absolutas dos períodos simples e as orações coordenadas. As dependentes são as subordinadas. A dependência que aqui nos referimos é de base sintática, e não semântica. Há muita confusão entre dependência semântica e sintática nessa análise. Ressaltamos que não se trata de sentido. Uma oração não é independente da outra porque tem o sentido completo; muito menos uma oração é dependente da outra porque tem o seu sentido incompleto. A dependência sintática refere-se ao exercício de uma função sintática por uma determinada oração. Na coordenação, as orações são independentes, pois não há o exercício de funções sintáticas entre elas. Há, entretanto, clara relação semântica entre as orações coordenadas, já que as ideias se sobrepõem e completam. Já na subordinação, sempre ocorrerá o exercício das funções sintáticas, ou seja, toda oração subordinada exerce uma função sintática de uma oração principal. Ao lado, esboçaremos a relação entre as orações e as funções. OBJETIVO 8 Demonstrar a sintaxe em períodos compostos. 215 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE Orações coordenadasOrações coordenadasOrações coordenadasOrações coordenadasOrações coordenadas Período composto por coordenação Um período composto por coordenação é formado por orações coordenadas. As coordenadas são orações independentes sintaticamente, ou seja, não há qualquer relação sintática entre as orações do período. Há dois tipos de orações coordenadas: • orações coordenadas assindéticas: são as orações não iniciadas por conjunção coordenativa: » Chegamos à casa, tiramos os casacos, oramos, fomos cantar. • orações coordenadas sindéticas: são cinco as orações coordenadas sindéticas. Orações coordenadas sindéticas Cada tipo é iniciado por uma conjunção coordenativa que revela determinado valor semântico: aditiva, adversativa, alternativa, conclusivae explicativa. Vejamos cada oração coordenada sindética: • adtiva: exprime uma relação de soma, de adição. Sua conjunções: eeeee, nemnemnemnemnem, mas tambémmas tambémmas tambémmas tambémmas também, mas aindamas aindamas aindamas aindamas ainda. Exemplo: » Não só reclamava da escola mas também atenazava os colegas. • adversativa: exprime uma ideia contrária à da outra oração, uma oposição. Suas conjunções: masmasmasmasmas, porémporémporémporémporém, todatodatodatodatodaviaviaviaviavia, no entantono entantono entantono entantono entanto, entretantoentretantoentretantoentretantoentretanto, contudocontudocontudocontudocontudo. Exemplo: » Sempre foi muito estudioso, no entanto não se adaptava à nova escola. • alternativa: exprime ideia de opção, de escolha, de alternância. Suas conjunções: ououououou, ou...ou...ou...ou...ou... ou ou ou ou ou, ora...ora...ora...ora...ora... ora ora ora ora ora, querquerquerquerquer............... quer quer quer quer quer. Exemplo: » Estude, ou não sairá nesse sábado. • conclusiva: exprime uma conclusão da ideia contida na outra oração. Suas conjunções: logologologologologo, portantoportantoportantoportantoportanto, por issopor issopor issopor issopor isso, por conseguintepor conseguintepor conseguintepor conseguintepor conseguinte, poispoispoispoispois (após o verbo e entre vírgulas). Exemplo: » Estudou como nunca fizera antes, por isso conseguiu a aprovação. • explicativa: exprime uma explicação. Suas conjunções: porqueporqueporqueporqueporque, quequequequeque, poispoispoispoispois (antes do verbo). Exemplo: » Conseguiu a aprovação, pois estudou como nunca fizera antes. Figura 6.2 216 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO Atenção! As orações coordenadas sindéticas explicativas não podem ser confundidas com as subordinadas adverbiais causais: estas exprimem a causa de um fato, aquelas dão o motivo, a explicação da declaração anterior: • João está triste porque perdeu o emprego. (oração adverbial causal) • A criança devia estar doente, porque chorava muito. (oração coordenada sindética explicativa) Note-se também que há vírgula entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial. As orações coordenadas são autonômas quanto à estrutura sintática, mas inter-relacionadas, interdependentes, quanto ao sentido. Pontuação nas orações coordenadas sindéticas aditivas Emprega-se a vírgula para separar as orações coordenadas assindéticas e as sindéticas, com exceção das introduzidas pela conjunção eeeee. Orações coordenadas sindéticas aditivas (acompanhadas da conjunção eeeee) podem vir separadas por vírgula quando possuírem sujeitos diferentes e quando a conjunção vier reiterada (polissíndeto). Orações subordinadas substantivasOrações subordinadas substantivasOrações subordinadas substantivasOrações subordinadas substantivasOrações subordinadas substantivas São seis as orações subordinadas substantivas. Todas são iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante: quequequequeque, sesesesese. Subjetiva Funciona como sujeito da oração principal. Existem três estruturas de oração principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva: • verbo de ligação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva: » É necessário que façamos nossos deveres. • verbo unipessoal + oração subordinada substantiva subjetiva: verbo unipessoal só é usado na 3ª pessoa do singular; os mais comuns são convirconvirconvirconvirconvir, constarconstarconstarconstarconstar, parecerparecerparecerparecerparecer, importarimportarimportarimportarimportar, interessarinteressarinteressarinteressarinteressar, sucedersucedersucedersucedersuceder e aconteceraconteceraconteceraconteceracontecer: » Convém que façamos nossos deveres. • verbo na voz passiva (sintética ou analítica) + oração subordinada substantiva subjetiva: » Foi afirmado que você subornou o guarda. » Pede-se silêncio. Objetiva direta FFFFFunciona como objeto direto da oração principal: • (sujeito) + VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta: » Todos desejamos que seu futuro seja brilhante. 217 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE Objetiva indireta FFFFFunciona como objeto indireto da oração principal: • (sujeito) + VTI + preposição + oração subordinada substantiva objetiva indireta: » Lembro-me de que tu me amavas. Completiva nominal Funciona como complemento nominal de um termo da oração principal: • (sujeito) + verbo + termo intransitivo + preposição + oração subordinada substantiva completiva nominal: » Tenho necessidade de que me elogiem. Apositiva Funciona como aposto da oração principal; em geral, a oração subordinada substantiva apositiva vem após dois pontos: • oração principal + : : : : : + oração subordinada substantiva apositiva: » Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a felicidade. Predicativa Funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação da oração principal: • (sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa: » A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas posses. » O fato é que jamais seremos felizes sem Cristo Jesus. Orações justapostas As subordinadas substantivas podem vir introduzidas por outras palavras: pronomes interrogativos (quemquemquemquemquem, quequequequeque, qualqualqualqualqual...); advérbios interrogativos (ondeondeondeondeonde, comocomocomocomocomo, quandoquandoquandoquandoquando...): • Perguntou-se quando ele chegaria. • Não sei onde coloquei minha carteira. Orações subordinadas adjetivasOrações subordinadas adjetivasOrações subordinadas adjetivasOrações subordinadas adjetivasOrações subordinadas adjetivas As orações subordinadas adjetivas são aquelas que funcionam como um adjetivo, modificando o substantivo. Sempre são iniciadas por um pronome relativo e podem ser denominadas de explicativas ou de restritivas, como ocorre com os adjetivos. 218 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO Oração subordinada adjetiva explicativa É a oração que funciona como o adjetivo explicativo, ou seja, denota uma qualidade essencial do substantivo, deve estar entre vírgulas e funciona como aposto explicativo: • O homem, que é imortal, age como um ser mortal. Há outra oração que funciona como aposto, só que enumerativo: a oração subordinada substantiva apositiva. A diferença é que esta não explica o significado do substantivo anterior, mas sim acrescenta informação necessária ao contexto da frase anterior. A oração subordinada substantiva apositiva (que o Brasil é o maior país daque o Brasil é o maior país daque o Brasil é o maior país daque o Brasil é o maior país daque o Brasil é o maior país da América do SulAmérica do SulAmérica do SulAmérica do SulAmérica do Sul) acrescenta informação ao contexto da frase anterior, e não o significado da palavra verdade: • Todos temos conhecimento de uma verdade: que o Brasil é o maior país da América do Sul. Oração subordinada adjetiva restritiva É a oração que funciona como o adjetivo restritivo, ou seja, denota uma qualidade adicionada ao substantivo, ou seja, uma qualidade não essencial; não pode estar entre vírgulas e funciona sintaticamente como adjunto adnominal: • O homem que é inteligente lê mais. O nome restritivo se deve ao fato de que a oração restringe o significado do substantivo anterior, ou seja, a oração apresentada significa que apenas os homens que são inteligentes leem mais, os outros não. É assim que se comprova a existência de uma oração subordinada adjetiva restritiva: usando a expressão somente...somente...somente...somente...somente..., os outrosos outrosos outrosos outrosos outros nãonãonãonãonão. Orações subordinadas adverbiaisOrações subordinadas adverbiaisOrações subordinadas adverbiaisOrações subordinadas adverbiaisOrações subordinadas adverbiais Orações subordinadas adverbiais são adjuntos adverbiais verbais. São nove as orações subordinadas adverbiais reconhecidas pela NGB (Norma Gramatical Brasileira); todas iniciadas por uma conjunção subordinativa. Oração subordinada adverbialcausal Funciona como adjunto adverbial de causa. É iniciada por conjunção subordinativa causal ou por locução conjuntiva subordinativa causal. Principais conjunções e locuções conjuntivas causais: porqueporqueporqueporqueporque, porquantoporquantoporquantoporquantoporquanto, visto quevisto quevisto quevisto quevisto que, já quejá quejá quejá quejá que, umaumaumaumauma vez quevez quevez quevez quevez que, comocomocomocomocomo, porporporporpor + infinitivo: • Por ter caído do sétimo andar, ele morreu. • Como estivesse chovendo, fechei as janelas. • Saímos daquele local, uma vez que havia risco de desabamento. • Houve muitas queimadas, visto que não chovera por 63 dias. 219 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE Oração subordinada adverbial comparativa É iniciada pelos elementos comparativos maismaismaismaismais............... que que que que que, menosmenosmenosmenosmenos............... do que do que do que do que do que, tantotantotantotantotanto............... quantoquantoquantoquantoquanto, tão... comotão... comotão... comotão... comotão... como. Em quase todas as orações subordinadas adverbiais comparativas ocorre zeugma, que é a omissão do verbo já escrito anteriormente: • Ele é tão inteligente quanto o irmão [é]. • Campinas fica tão longe do Rio de Janeiro quanto São Paulo [fica]. Oração subordinada adverbial concessiva Funciona como adjunto adverbial de concessão. É iniciada por conjunção subordinativa concessiva ou por locução conjuntiva subordinativa concessiva. As principais são emboraemboraemboraemboraembora, conquantoconquantoconquantoconquantoconquanto, inobstanteinobstanteinobstanteinobstanteinobstante, não obstantenão obstantenão obstantenão obstantenão obstante, apesar de queapesar de queapesar de queapesar de queapesar de que, se bemse bemse bemse bemse bem quequequequeque, mesmo quemesmo quemesmo quemesmo quemesmo que, posto queposto queposto queposto queposto que, ainda queainda queainda queainda queainda que, em que peseem que peseem que peseem que peseem que pese: • Embora o técnico não revele, o principal jogador do time não participará do jogo. • Mesmo que você não queira, irei até aí. Oração subordinada adverbial condicional Funciona como adjunto adverbial de condição. É iniciada por conjunção subordinativa condicional ou por locução conjuntiva subordinativa condicional. As principais são sesesesese, a menos quea menos quea menos quea menos quea menos que, desde quedesde quedesde quedesde quedesde que, casocasocasocasocaso, contanto quecontanto quecontanto quecontanto quecontanto que: • A continuar como está, ele irá à falência. • Desde que se esforce, conseguirá seu intento. • Caso precise de ajuda, telefone-me. • Se todos trabalharem com afinco, terminaremos o serviço na hora marcada. Oração subordinada adverbial conformativa Funciona como adjunto adverbial de conformidade. É iniciada por conjunção subordinativa conformativa ou por locução conjuntiva subordinativa conformativa. As principais são comocomocomocomocomo, conformeconformeconformeconformeconforme, segundosegundosegundosegundosegundo: • As questões serão formuladas, conforme a diretoria pediu. • Elaboramos nossos pedidos, segundo a empresa exige. Oração subordinada adverbial consecutiva É iniciada pela conjunção subordinativa consecutiva quequequequeque. Na oração principal, geralmente, há um advérbio de intensidade: tãotãotãotãotão, taltaltaltaltal, tantotantotantotantotanto, tamanhotamanhotamanhotamanhotamanho: • Eles brigavam tanto, que resolveram fazer as pazes. • Há tantos problemas nesta cidade, que o prefeito sozinho não consegue resolvê-los. 220 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO Oração subordinada adverbial temporal Funciona como adjunto adverbial de tempo. É iniciada por conjunção subordinativa temporal ou por locução conjuntiva subordinativa temporal. As principais são quandoquandoquandoquandoquando, enquantoenquantoenquantoenquantoenquanto, sempre quesempre quesempre quesempre quesempre que, assim queassim queassim queassim queassim que, desde quedesde quedesde quedesde quedesde que, logo quelogo quelogo quelogo quelogo que, malmalmalmalmal, aoaoaoaoao + infinitivo: • Ao perceber o problema, retirou-se da sala. • Sinto-me melhor, desde que comecei a exercitar-me. • Logo que me viu, começou a chorar. Oração subordinada adverbial final Funciona como adjunto adverbial de finalidade. É iniciada por conjunção subordinativa final ou por locução conjuntiva subordinativa final. As principais são a fim de que, para que, porque: • Para que adquira cultura, leia bastante. • Gritou com o filho, a fim de que o entendesse melhor. Oração subordinada adverbial proporcional Indica proporção. É iniciada pelas locuções conjuntivas subordinativas proporcionais à proporção que, à medida que, tanto mais: • À medida que o tempo vai passando, ele vai irritando-se menos. • Mais experientes ficamos, à proporção que o tempo passa. Atenção! A Nomenclatura Gramatical Brasileira não faz referência a dois tipos de oração subordinada adverbial: a modal e a locativa. A modal exprime o modo como se dá o fato expresso na oração principal: • Saiu sem que ninguém visse. A locativa equivale a um adjunto adverbial de lugar, introduzida pelo advérbio onde: • Ficou onde caiu. Orações reduzidasOrações reduzidasOrações reduzidasOrações reduzidasOrações reduzidas Quando uma oração subordinada se apresenta sem conjunção e com o verbo em uma forma nominal: infinitivo, particípio ou gerúndio, dizemos que ela é uma oração reduzida, acrescentando-lhe o nome de infinitivo, de particípio ou de gerúndio. Vejamos estes exemplos: • Ele morreu, por ter caído do sétimo andar. » porque caiu do sétimo andar (oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo) • Ao perceber o problema, retirou-se da sala. » quando percebeu o problema (oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo) 221 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE Orações reduzidas de gerúndio São, em maioria, sempre adverbiais; raramente adjetivas ou substantivas: • Temendo a reação do pai, não contou a verdade. » porque temia a reação do pai (adverbial causal) • Sendo ateus, oraram. » embora fossem ateus (adverbial concessiva) • Nesta generosa terra, em se plantando, tudo dá. » se se plantar (adverbial condicional) • Dizendo isto, saiu. » quando disse isso (adverbial temporal) • Encontrei um homem cavando a terra. » que cavava a terra (adjetiva restritiva) • Uma das melhores maneiras de conhecer as pessoas é esta: convivendo com elas. » que se conviva com elas (substantiva apositiva) • Pagou ao fornecedor, ficando quite com ele. » e ficou quite com ele (coordenada aditiva) Orações reduzidas de particípio São, em maioria, adverbiais ou adjetivas; raramente substantivas: • Preocupado com a chuva, o homem se esqueceu do livro. » porque estava preocupado com a chuva (adverbial causal) • Tomada a Inglaterra, estaria ganha a guerra. » se for tomada a Inglaterra; quando foi tomada a Inglaterra (adverbial condicional ou temporal) • Cansadas da correria da vida na cidade, muitas pessoas buscam o campo. » porque estavam cansadas da vida na cidade (adverbial causal) • Chipre, tornada independente em 1960, pertencia à Inglaterra. » que se tornou independente em 1960 (adjetiva explicativa) • A primeira impressão que se tem de uma pessoa é a causada pelo impacto visual. » a que foi causada pelo impacto visual (adjetiva explicativa) Orações reduzidas de infinitivo São, em maioria, adverbiais e substantivas; raramente adjetivas: • Luis, por ser guerreiro, foi chamado em socorro do rei. » por que era guerreiro (adverbial causal) • A prevalecer essa política, estaremos arruinados. » se prevalecer essa política (adverbial condicional) • Nada me deram de comer. » para que comesse (adverbial final) • Ao sair, feche a porta. » quando sair (adverbial temporal) 222 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO • Serás cristão até morreres? » até que morras? (adverbial temporal) • Ficou alguns minutos a pensar em Cristo.» como se pensasse em Cristo (adverbial modal) • É preciso trabalhar muito. » que se trabalhe muito (substantiva subjetiva) • Deixe-me pensar. » que eu pense (substantiva objetiva direta) • A melhor política é ser honesto. » que se seja honesto (substantiva predicativa) Algumas observações: • orações reduzidas de infinitivo iniciadas pela preposição dedededede podem classificar-se ora como adjetivas, ora como consecutivas: » Virgílio não era homem de trair a fé. (adjetiva) » Fazia um calor de matar. (consecutiva) • são orações reduzidas as adversativas iniciadas pelas locuções prepositivas em vez deem vez deem vez deem vez deem vez de ou ao invés deao invés deao invés deao invés deao invés de: » Em vez de [Ao invés de] ir ao passeio, vou à igreja. • nem sempre os particípios constituem orações reduzidas. Podem ser meros adjetivos: » Compro livros usados. 16.16.16.16.16. Assinale cada alternativa correta. a) O período composto é formado por duas ou mais orações. b) Há dois tipos de periodos compostos: por coordenação e por subordinação. c) Às orações de período simples chamamos absolutas. d) Toda a oração dependente é chamada subordinada. e) Uma oração dependente não é uma oração incompleta. f) As orações subordinadas substantivas são: subjetiva, objetiva direta e indireta, completiva nominal, apositiva, predicativa e justapostas. 223 | LIÇÃO 6 - SÍNTESE GRAMATICAL DESCRITIVA: SINTAXE ESCOLHA ESCOLHA ESCOLHA ESCOLHA ESCOLHA ALALALALALTERNTERNTERNTERNTERNADADADADADA:A:A:A:A: Escreva CCCCC para as afirmações corretas e EEEEE para as erradas. ____ 1.1.1.1.1. A análise sintática não descreve as estruturas sintáticas possíveis ou aceitáveis do idioma, bem como não decompõem o texto em unidades sintáticas a fim de compreender a maneira pela qual os elementos sintáticos são organizados. ____ 2.2.2.2.2. As classes abertas não admitem variações morfológicas. ____ 3.3.3.3.3. Chama-se núcleo a palavra menos destacada de um conjunto. ____ 4.4.4.4.4. A frase, embora reúna palavras, não expressa ideias. ____ 5.5.5.5.5. Os termos acessórios são os que primeiro organizam o discurso. ____ 6.6.6.6.6. O predicado explica uma qualidade do sujeito. ____ 7.7.7.7.7. Chama-se predicação verbal o estudo do comportamento dos verbos na frase. ____ 8.8.8.8.8. O objeto direto é um complemento verbal, pois completa o sentido de um verbo transitivo indireto. ____ 9.9.9.9.9. Ocorre voz ativa quando o agente sofre uma ação. ____ 10.10.10.10.10. O predicado retira do sujeito qualidades ou características. autoteste 224 | PORTUGUÊS & TÉCNICAS DE REDAÇÃO 8.8.8.8.8. a), b) e e) 1.1.1.1.1. a), c) d) 15.15.15.15.15. b), d) e f) 2.2.2.2.2. b) e d) 14.14.14.14.14. a) e c) 3.3.3.3.3. a), c), d), h) e j) 13.13.13.13.13. a) e b) 4.4.4.4.4. a), c), d), e) e g) 12.12.12.12.12. a), b) e c) 5.5.5.5.5. a), c), d), e), f), l), m), n), e o) 11.11.11.11.11. b) e c) 6.6.6.6.6. todas as alternativas estão corretas 10.10.10.10.10. a), b), c) e d) 7.7.7.7.7. a) e b) 9.9.9.9.9. a) e b) 16.16.16.16.16. todas as alternativas estão corretas. 1 Gn 21.16 2 3 Jo 1.14 RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DE ESTUDO 225 | RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DE ESTUDO << /ASCII85EncodePages false /AllowTransparency false /AutoPositionEPSFiles true /AutoRotatePages /All /Binding /Left /CalGrayProfile (Dot Gain 20%) /CalRGBProfile (sRGB IEC61966-2.1) /CalCMYKProfile (U.S. Web Coated \050SWOP\051 v2) /sRGBProfile (sRGB IEC61966-2.1) /CannotEmbedFontPolicy /Warning /CompatibilityLevel 1.4 /CompressObjects /Tags /CompressPages true /ConvertImagesToIndexed true /PassThroughJPEGImages true /CreateJDFFile false /CreateJobTicket false /DefaultRenderingIntent /Default /DetectBlends true /ColorConversionStrategy /LeaveColorUnchanged /DoThumbnails false /EmbedAllFonts true /EmbedJobOptions true /DSCReportingLevel 0 /EmitDSCWarnings false /EndPage -1 /ImageMemory 1048576 /LockDistillerParams false /MaxSubsetPct 100 /Optimize true /OPM 1 /ParseDSCComments true /ParseDSCCommentsForDocInfo true /PreserveCopyPage true /PreserveEPSInfo true /PreserveHalftoneInfo false /PreserveOPIComments false /PreserveOverprintSettings true /StartPage 1 /SubsetFonts true /TransferFunctionInfo /Apply /UCRandBGInfo /Preserve /UsePrologue false /ColorSettingsFile () /AlwaysEmbed [ true ] /NeverEmbed [ true ] /AntiAliasColorImages false /DownsampleColorImages true /ColorImageDownsampleType /Bicubic /ColorImageResolution 300 /ColorImageDepth -1 /ColorImageDownsampleThreshold 1.50000 /EncodeColorImages true /ColorImageFilter /DCTEncode /AutoFilterColorImages true /ColorImageAutoFilterStrategy /JPEG /ColorACSImageDict << /QFactor 0.15 /HSamples [1 1 1 1] /VSamples [1 1 1 1] >> /ColorImageDict << /QFactor 0.15 /HSamples [1 1 1 1] /VSamples [1 1 1 1] >> /JPEG2000ColorACSImageDict << /TileWidth 256 /TileHeight 256 /Quality 30 >> /JPEG2000ColorImageDict << /TileWidth 256 /TileHeight 256 /Quality 30 >> /AntiAliasGrayImages false /DownsampleGrayImages true /GrayImageDownsampleType /Bicubic /GrayImageResolution 300 /GrayImageDepth -1 /GrayImageDownsampleThreshold 1.50000 /EncodeGrayImages true /GrayImageFilter /DCTEncode /AutoFilterGrayImages true /GrayImageAutoFilterStrategy /JPEG /GrayACSImageDict << /QFactor 0.15 /HSamples [1 1 1 1] /VSamples [1 1 1 1] >> /GrayImageDict << /QFactor 0.15 /HSamples [1 1 1 1] /VSamples [1 1 1 1] >> /JPEG2000GrayACSImageDict << /TileWidth 256 /TileHeight 256 /Quality 30 >> /JPEG2000GrayImageDict << /TileWidth 256 /TileHeight 256 /Quality 30 >> /AntiAliasMonoImages false /DownsampleMonoImages true /MonoImageDownsampleType /Bicubic /MonoImageResolution 1200 /MonoImageDepth -1 /MonoImageDownsampleThreshold 1.50000 /EncodeMonoImages true /MonoImageFilter /CCITTFaxEncode /MonoImageDict << /K -1 >> /AllowPSXObjects false /PDFX1aCheck false /PDFX3Check false /PDFXCompliantPDFOnly false /PDFXNoTrimBoxError true /PDFXTrimBoxToMediaBoxOffset [ 0.00000 0.00000 0.00000 0.00000 ] /PDFXSetBleedBoxToMediaBox true /PDFXBleedBoxToTrimBoxOffset [ 0.00000 0.00000 0.00000 0.00000 ] /PDFXOutputIntentProfile () /PDFXOutputCondition () /PDFXRegistryName (http://www.color.org) /PDFXTrapped /Unknown /Description << /FRA <FEFF004f007000740069006f006e00730020007000650072006d0065007400740061006e007400200064006500200063007200e900650072002000640065007300200064006f00630075006d0065006e00740073002000500044004600200064006f007400e900730020006400270075006e00650020007200e90073006f006c007500740069006f006e002000e9006c0065007600e9006500200070006f0075007200200075006e00650020007100750061006c0069007400e90020006400270069006d007000720065007300730069006f006e00200061006d00e9006c0069006f007200e90065002e00200049006c002000650073007400200070006f0073007300690062006c0065002000640027006f00750076007200690072002000630065007300200064006f00630075006d0065006e007400730020005000440046002000640061006e00730020004100630072006f0062006100740020006500740020005200650061006400650072002c002000760065007200730069006f006e002000200035002e00300020006f007500200075006c007400e9007200690065007500720065002e> /ENU (Use these settings to create PDF documents with higher image resolution for improved printing quality. 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