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Curso Cuidados Clínicos no Pós-operatório de Cães e Gatos Conteúdo Programático: Cuidados na recuperação pós-anestésica Cuidados no pós-operatório Aplicação de medicamentos Alimentação e reposição energética Curativos e bandagens Cuidados no pós-anestésicos Monitoramento dos sinais vitais Manter a temperatura e o ambiente estáveis Efeitos colaterais pós-cirurgia Cuidados pós-cirúrgicos Cuidados pós-cirurgia urinária Cirurgia gastrointestinal Cirurgia respiratória Cirurgia ortopédica Neurocirurgias Higiene na troca de curativos Medicamentos pós-cirúrgicos Antibióticos Anti-inflamatórios Analgésicos Cuidados com a alimentação Tempo adequado para a primeira refeição Como preparar a alimentação Cuidados com a desnutrição Hipersensibilidade alimentar Bibliografia 1.1– Cuidados na recuperação pós-anestésica Geralmente os donos, mais do que os próprios animais de estimação, têm medo dos procedimentos veterinários que requerem anestesia. É difícil imaginar o seu cão ou gato indefeso e inconsciente, deitado sobre uma mesa de cirurgia. Ver um animal de estimação anestesiado não é uma boa experiência. Portanto a intenção é prepará-lo e acalmá-lo sobre algumas reações que seu animal pode vir a ter após a anestesia. Avaliação pré-anestésica O objetivo da avaliação pré-anestésica é identificar fatores de risco individuais que podem ou não influenciar a capacidade do paciente de tolerar a anestesia. Alguns fatores que incluem a avaliação do paciente são: Estado físico, Idade , Raça, Temp eram ento, Tipo de procedimento planejado Uso de sedação profunda, Anestesia geral Experiência do veterinário para realizar tais procedimentos. Preparação do paciente Os donos devem ser avisados com antecedência sobre como Animais jovens requerem menor tempo de jejum do que animais mais Se o procedimento for realizado em caráter de urgência, obviamente preparar seu animal para a anestesia, incluindo a administração de medicamentos, jejum e permitindo o acesso livre à água. velhos. não será possível realizar o jejum do animal, então não se esqueça de avisar o veterinário para que tome as precauções necessárias. Recuperaçã o A recuperação é uma fase crítica da anestesia, ela deve ser monitorada por equipe veterinária treinada para reconhecer complicações, mantendo-se vigilantes nas três primeiras horas pós-cirurgia. O monitoramento de sinais vitais deve continuar até que eles voltem a sua normalidade. Isto inclui a medição de pulso e pressão arterial. Durante o período de recuperação rápida, pode ocorrer a dificuldade de respiração. Desta forma, um oxigênio de suprimento deve ser colocado até que a respiração volte ao normal. Após o procedimento anestésico é necessário esperar o animal acordar para mantê-lo aquecido e confortável. Após a anestesia, o seu animal pode não sentir seu corpo nas próximas 12 a 24 horas, e em muitos casos ele pode estar ainda sobre a influência da anestesia quando chegar em sua casa. O grau de sonolência e, em alguns casos, de confusão mental, vai depender do tipo de anestésico utilizado, tempo de cirurgia e idade do animal. Ele pode vomitar ficar tonto e confuso. É muito importante solicitar ao seu veterinário instruções escritas sobre dosagens de medicamentos adequados, efeitos colaterais, e quaisquer irregularidades físicas ou comportamentais que o seu o animal terá em casa. Esperamos ter dado um melhor entendimento das fases de anestesia e, sobre os cuidados que você deve ter com o seu animal de estimação no momento que ele for submetido a um procedimento que exija anestesia. 1.2- Cuidados no pós-operatório Após a operação, seu animal deve ser mantido quieto, e nas próximas semanas, a sua atividade deve ser moderada. Pode ser difícil manter a calma de seu cão, ou gato se ele for indisciplinado, mas não incentive seu animal a atividades físicas bruscas. É importante afastá-lo de áreas onde você sabe que ele gosta de brincar e saltar, e evitar deixá-lo sozinho com outros animais de estimação. O exercício excessivo após a cirurgia pode causar cicatrização retardada e inchaço. Algumas cirurgias exigem restrição mais severa ou tipos específicos de exercício. Certifique-se de entender as instruções de seus médicos veterinários, e segui-las corretamente. Mantenha seu cão ou gato dentro de casa, não é seguro para ele estar fora em meio a carros e outros perigos se ele ainda está sentindo os efeitos da anestesia. Se for possível, é melhor mantê-lo no interior da residência por alguns dias, isso irá ajudá-lo a ficar limpo, e pode ajudar a minimizar o excesso de atividade física. Certifique-se de que a área onde vive é especialmente limpa e seca. Seu veterinário pode recomendar um pano macio, ou uma toalha. Verifique a área onde foi feita a cirurgia em seu cão ou gato diariamente. Avise o seu veterinário, se você notar qualquer aumento de inchaço, corrimento, sangramento, vermelhidão, ou se você achar que pode estar faltando pontos. Se o seu cão ou gato tem um curativo, normalmente o veterinário irá instruí-lo sobre a troca, limpeza e verificação diária, ainda nesse curso veremos passo a passo como realizar tal procedimento. Após a cirurgia, seu animal pode sentir dor, coceira ou irritabilidade. Seu instinto natural é de lamber, arranhar ou mastigar, tentando desta forma tirar os pontos ou o curativo. Se você observá-lo incomodando sua incisão, pergunte ao seu veterinário se ele pode precisar de um colar elizabetano. Passo-a-passo de como fazer um colar elizabetano para animais de pequenos portes* Preste atenção em como fazer um colar de emergência que servirá para impedir que o animal coce um olho doente ou tente tirar os curativos até que seja providenciado um colar elizabetano. O colar deverá ficar assim: Materiais: -1 prato grande -1 xícara -1 lápis -1 cartolina -1 tesoura -1 cola - esparadrapo para fechar. Desenhe uma circunferência na cartolina com o prato grande. No que deve ser o meio, desenhe outra circunferência menor com a xícara. Assim: Q-- Cole outra folha de cartolina e recorte. A folha dupla de cartolina é por precaução para que o colar não fique tão fino. Agora faça um corte como no desenho abaixo: Coloque no pescoço do animal e feche com esparadrapo. Esse colar só serve para cachorros de pequenos portes e gatos. Para cachorros grandes, é melhor papelão ou algo mais grosso. Se o gato ou cachorro tiver o pescoço mais grosso, ele deve ser medido com uma fita métrica ou um barbante. O colar também pode ser feito de E.V.A. Se o seu animal não pode coçar o focinho, mas pode lamber outras partes do corpo, esse colar é perfeito, porque não impede ele de fazer nada, nem comer. ) Porém, se o problema do animal de estimação for em outra parte do corpo e não no focinho, o E.V.A. não é a opção ideal, pois o material é mole e pode dobrar. O colar elizabetano deve ser usado em todos os momentos em que você não está vendo-o, principalmente o gato que pode retirar um ponto quando você virar as costas. Em alguns casos este colar é fornecido pelo veterinário ou então haverá a necessidade de comprá-lo. Lembrando que principalmente os gatos, no primeiro contato com estes colares a primeira reação será de tentar removê-los. No entanto, após um curto período a maioria dos animais vai tolerar o uso do colar. Uma vez acostumados, é melhor manter a coleira o tempo todo. Lembre-se que leva apenas alguns segundos para seu animal de estimação mordiscar e desfazer seus pontos, caso isso aconteça, ligue imediatamente para seu veterinário. 1.3 - Aplicação de medicamentos Se seu animal está usando medicações, leia atentamente e siga todas as instruções do rótulo. Se você tiver alguma dúvida, o seu veterinário pode ajudar. É preciso sempre usar a medicação por toda a duração prescrita, mesmo se o seu animal pareça melhor, antes do tempo. Nunca