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ESTÁGIO SUPERVISIONADO UNINOVE - PANDEMIA

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MICHELLE VILLAÇA ANDRY 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II 
 
RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO – CMSP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLO SÃO ROQUE 
2020 
 
 
UNINOVE 
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO 
 
 
MICHELLE VILLAÇA ANDRY - 1418101614 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II 
 
RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO - CMSP 
 
 
 
 
 
 
 
Estágio Curricular Supervisionado 
apresentado no Curso Superior de Licenciatura 
em Letras – Português à Universidade Nove de 
Julho (Uninove). 
Professora Orientadora de Estágio: Patrícia 
Gimenez Camargo. 
 
 
 
 
 
 
POLO SÃO ROQUE 
2020 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 7 
1 RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO ............................................................................................ 8 
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 15 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O Estágio é o primeiro contato que o licenciando tem com seu futuro campo de 
atuação, sua definição conforme a Lei 11.788 (BRASIL, 2008, art. 1). 
 
Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no 
ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de 
educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação 
superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos 
anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de 
jovens e adultos. 
 
É no contato com a docência que o futuro licenciado obtém experiências 
significativas capazes de produzir reflexão e estímulo à identidade docente. 
Visto que todo o mundo atualmente vive uma pandemia, incluindo o Brasil, as 
escolas encontram-se de portas fechadas, tendo que constantemente buscar novos meios para 
mediar conhecimento com seus alunos. Portanto, não é possível que o estágio seja realizado 
em ambiente escolar, tornando-se necessário que seja concluído por meio das plataformas 
digitais, recurso pelas quais as escolas e os estados têm promovido acesso à educação 
publicando conteúdos como vídeo aulas, documentos, lições de casa, etc. 
Este estágio foi realizado por meio do CMSP – Centro de Mídias de São Paulo, via 
canal no YouTube. Conta com um relatório de observação referente a 5 (cinco) aulas 
assistidas de Língua Portuguesa nas séries de Ensino Fundamental II e Ensino Médio. 
No relatório constam observações e análises críticas referentes aos métodos 
utilizados pelos professores nas aulas virtuais, bem como o que poderia ser acrescentado 
para promover um melhor desempenho no ensino-aprendizagem aos alunos à distância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO 
 
A primeira aula assistida foi uma aula de Língua Portuguesa destinada ao 2º ano do 
Ensino Médio, ministrada pelo professor Mauro Marcel Santos de Brito, postada no dia 4 de 
maio de 2020 e assistida no dia 15 de maio de 2020. O tema central é o gênero textual 
anúncio publicitário. A proposta é analisar as características que compõem esse gênero e 
refletir a respeito da sua função em circulação social. 
O anúncio publicitário como gênero textual é um dos assuntos a serem trabalhados 
no 2º ano do Ensino Médio, e por isso está inserido no do Caderno do Aluno 2020, volume 
1 (material apostilado estadual referente ao primeiro bimestre do ano). O objetivo da aula, 
portanto, é analisar a estrutura e os elementos constitutivos do gênero anúncio publicitário a 
partir das atividades do Caderno do Aluno. As habilidades que serão desenvolvidas ao longo 
da aula são relacionar opiniões, temas, assuntos, recursos linguísticos, identificando o 
diálogo entre as ideias presentes no texto publicitário e o embate dos interesses existentes na 
sociedade. 
A aula começa com o professor expondo brevemente alguns elementos que um 
anúncio publicitário pode apresentar, como críticas sociais, valores, ideias, humor, ironia, 
entre outros, e explicando as intenções que esse gênero tem – intenções de persuasão e 
convencimento por parte do emissor acerca daquele assunto ou tema presente no anúncio. 
Com o objetivo de fazer com que os alunos interajam, participem ativamente da aula, 
o professor promove um momento de reflexão, expondo uma imagem na tela que exibe três 
pares de mãos, cada um atado por cabos de carregadores de celular, como algemas ou cordas, 
passando a ideia de que estão aprisionadas; cada par de mãos segura um celular. Há na 
imagem elementos textuais compondo as seguintes frases: “Delete essa ideia! Busque outras 
conexões!” A partir disso, são feitas uma série de perguntas para os alunos responderem via 
chat. A maioria das opiniões sobre a imagem gira acerca da ideia de que estamos 
“aprisionados” aos celulares, às tecnologias, dando pouca importância às conexões físicas, 
com pessoas que estão próximas a nós. Quanto à parte de buscar novas conexões, as opiniões 
giram em torno de a frase sugerir que busquemos novas ideias, novos saberes, que não 
fiquemos tão dependentes dos nossos celulares. 
Há inclusive um dos comentários sugerindo que a saída para o problema do vício no 
aparelho proposto pelo anúncio na imposição “Delete essa ideia!” seria deletar o próprio 
celular. Nesse ponto da aula, o professor pede uma reflexão, ponderando se seria mesmo 
essa a melhor solução, afinal de contas, a tecnologia presente em nossos aparelhos celulares 
tem muito a nos oferecer; eles são, acima de tudo, facilitadores da nossa vida no dia a dia e, 
principalmente na situação atual em que estamos vivendo, com a pandemia e o 
confinamento, eles têm sido não só úteis como necessários por uma série de fatores, como 
para conseguirmos nos conectar com outras pessoas, continuarmos os estudos, trabalharmos 
de dentro de casa, informarmo-nos das notícias do mundo, etc. Então, acaba por concluirmos 
que “deletar” o celular do nosso dia a dia não seria a melhor opção, mas, talvez, um meio-
termo, um limite de uso para que não sejamos tão dependentes dele. 
Ainda relacionado a essa atividade sobre o vício em celulares, é exposta a palavra 
“nomofobia”, sua etimologia e definição. O termo vem do inglês “no mobile fobia”, que, 
traduzindo e definindo, significa o medo irracional de ficar sem o aparelho celular. 
 
 
O professor conseguiu abordar perfeitamente o tema, utilizando uma didática baseada 
na interatividade, intercalando a exposição das características do gênero – como a presença 
de elementos verbais e não-verbais, o uso do verbo no imperativo, causando a intenção de 
persuadir o interlocutor, os canais de veiculação do gênero, etc. – com perguntas que 
promovem a reflexão e aproximam o máximo possível o assunto à realidade dos alunos. Um 
exemplo é que, em dado momento, ele pergunta: “Você conseguiria ficar um dia sem seu 
celular?”, levando os estudantes à autorreflexão e à interação no chat. 
O professor se mostra motivado e comunicativo durante a aula inteira, sempre 
fazendo referências do tema abordado à realidade de seus alunos, como quando ele faz um 
contraste entre o antigo e o novo – o torpedo (bilhete que uma pessoa envia, entrega ou 
manda entregar a outra em recinto público, geralmente com finalidades amorosas) e os atuais 
canais de comunicação instantânea. 
Infelizmente, não há verificação de aprendizagem, uma vez que as aulas sendo 
disponibilizadas na TV aberta e nas plataformas online não garantem que todos os estudantes 
tenham acesso. Contudo, àqueles que puderam acompanhar essa aula em questão, é possível 
deduzir quetiveram um bom aproveitamento, já que foi uma aula bastante esclarecedora, 
sem possibilidade de cometer equívocos, e altamente dinâmica, dentro das possibilidades, 
promovendo a interação e reflexão. 
 A segunda aula assistida foi uma aula de Língua Portuguesa destinada ao 3º ano do 
Ensino Médio, ministrada pela professora Márcia de Cerqueira Ribeiro, visualizada no dia 
16 de maio de 2020. Trata-se de uma aula de gramática cujo tema é a análise sintática: 
orações coordenadas sindéticas e assindéticas. O objetivo é fazer com que o aluno consiga 
compreender e interpretar as conjunções (conectivos) em diferentes gêneros textuais. As 
habilidades que serão trabalhadas ao longo da aula são localizar e reconhecer os diversos 
usos da norma padrão ou de outras variações linguísticas, reconhecer o efeito de sentido 
produzido pela exploração dos recursos morfossintáticos – desenvolvida por meio da 
classificação morfológica e sintática de um termo – e reconhecer valores semânticos. 
 A professora começa a aula dando a característica principal que diferencia orações 
coordenadas sindéticas de assindéticas; a primeira faz o uso de conectivos (conjunção) e a 
segunda não. Ela explica que as orações coordenadas, apesar de poderem ser escritas 
separadamente, o uso das conjunções faz com que elas interajam entre si, isto é, estejam 
conectadas, mesmo que sejam independentes. 
 Logo em seguida, é exposto um exercício no qual os alunos, utilizando o chat para 
responderem, devem identificar a oração coordenada assindética dentre as três opções 
exibidas na tela. Embora a maioria dos alunos tenha dado a resposta correta, percebeu-se, 
nesse ponto, uma pequena deficiência na didática, que é o fato de a professora não ter dado 
explicações sobre o porquê de aquela ser a resposta certa. Seria uma ótima oportunidade para 
esclarecer dúvidas de alunos, assim como enfatizar ainda mais o conteúdo proposto pela 
aula. Ela poderia ter usado o momento para interagir mais com os estudantes, perguntando 
suas maiores dificuldades para com o tema e dando exemplos com explicações. 
 Mais adiante, são mostrados os cinco tipos de orações coordenadas sindéticas – 
aditiva, adversativa, alternativa, explicativa e conclusiva – e suas respectivas características, 
e, ao fim da explicação de cada uma delas, é dado um exercício de fixação. 
 
 
 Acredito que, nessa aula, faltou aprofundamento de explicação e exemplos. A 
professora, de maneira geral, apenas lia os slides que davam as características e as 
conjunções comuns utilizadas em cada tipo de oração coordenada sindética, deixando a aula 
mecânica e “decorativa”. Referente aos momentos de interação no chat, no qual os alunos 
mandavam suas respostas aos exercícios propostos, houve um feedback raso por parte da 
professora; ela apenas dizia a resposta correta, sem solucionar a questão de maneira 
reflexiva, isto é, sem explicar a razão daquela resposta. 
 Por se tratar de um tema extremamente complexo, seria necessária uma abordagem 
mais dinâmica e com mais exemplos, uma explicação mais profunda e direcionada à 
realidade dos alunos, utilizando linguagens e expressões comuns ao dia a dia deles, a fim de 
tentar diminuir esse receio que grande parte dos alunos tem com relação à gramática 
normativa, justamente por ser abordada em aulas que não condizem com sua realidade. São 
muitos os relatos de estudantes que veem a aula de gramática como algo chato, sem sentido 
e pura “decoreba”. 
 Portanto, se fosse eu quem desse uma aula de orações coordenadas, procuraria 
utilizar mais o pensamento crítico-reflexivo do aluno, buscando exemplos que condizem 
com o cotidiano deles em vez de apenas dar a definição dos termos e conjunções mais 
utilizadas para que eles decorem. Por exemplo, para explicar uma oração coordenada 
sindética aditiva, eu diria que ela se trata de uma soma de ideias, ou seja, ambas as orações 
– conectadas por uma conjunção – devem seguir uma mesma “linha de raciocínio”. Assim, 
partiria para a reflexão a partir da análise de um período, perguntando e mostrando como as 
orações estão conectadas, qual a palavra que liga uma à outra (esperando que os alunos 
respondam que é a conjunção ou locução conjuntiva presente no período), e também pediria 
exemplos deles, com situações reais. 
 A segunda aula assistida foi uma aula de Língua Portuguesa destinada ao 2º ano do 
Ensino Médio, ministrada pelo professor Wilson Amaral, postada no dia 15 de maio de 2020 
e visualizada no dia 16 de maio de 2020. O tema da aula é o gênero textual artigo de opinião 
– características e estruturas e como elaborá-lo. O objetivo é apresentar os elementos 
constitutivos do gênero textual artigo de opinião a partir das atividades do Caderno do Aluno 
do 1º bimestre e orientar a escrita de um artigo de opinião. As habilidades que serão 
trabalhadas em aula são reconhecer os elementos presentes em um artigo de opinião. 
 O professor começa a aula ressaltando que esse tipo de texto – o de opinião – está 
presente no nosso dia a dia, enfatizando que nós opinamos o tempo todo, mesmo que não 
percebamos conscientemente. Ele explica que, a partir do momento em que redigimos um 
texto expondo um pensamento crítico sobre determinado tema, seja na internet ou em outro 
veículo de comunicação, estamos emitindo nossa opinião sobre aquele assunto, e esse tipo 
de texto tem características próprias do artigo de opinião. 
 Ao longo da aula, ele mostra as propriedades do gênero textual em pauta, deixando 
bem claro que, para que o texto seja caracterizado como um artigo de opinião, é preciso que 
ele tenha como base uma questão polêmica a ser discutida, a qual o autor se posicionará a 
favor, contra ou de forma neutra. Ele também ressalta que uma questão só é polêmica quando 
é controversa, ou seja, é aquela para a qual há mais de uma resposta ou mais de um 
posicionamento. 
 Para tornar a aula mais interativa e dinâmica, ao explicar o que é questão polêmica, 
o professor Wilson levanta perguntas nas quais pode haver mais de uma opinião – portanto, 
 
 
questões polêmicas – para os alunos refletirem e responderem por meio do chat. As 
perguntas que ele levanta são baseadas na atualidade desses jovens estudantes, com um foco 
central nos influenciadores digitais, tão presentes no mundo deles, em suas redes sociais. A 
primeira pergunta é se eles acreditam que as pessoas são influenciadas por quem seguem nas 
redes sociais e que tipo de pessoas eles seguem nessas redes. Assim, com essa abordagem 
do conteúdo e essa temática, ele consegue criar um ambiente de interação muito 
significativo; há muitos alunos participando e respondendo. 
 O artigo de opinião leva em conta a argumentação, que visa defender ou provar um 
ponto de vista, levando à persuasão, ao convencimento. O professor, assim, direciona o 
pensamento dos alunos a buscar opiniões contrárias às deles, para que eles não “vivam dentro 
de uma bolha”, isto é, não fiquem somente rodeados de pessoas e informações com as quais 
eles concordam, pois isso acaba minando o pensamento crítico-reflexivo. Para argumentar, 
é necessário ter respaldo e saber os argumentos contrários também. 
Nota-se que o professor tem domínio sobre o que explica, apropriou-se do tema e, 
durante toda a aula, mostra-se motivado e consegue passar o conteúdo de forma clara e 
objetiva. Os exercícios que ele passa levam em conta a reflexão e o pensamento crítico, 
fazendo do aluno um ser participativo que tem papel ativo na sua própria aprendizagem. 
A quarta aula assistida foi uma aula de Língua Portuguesa destinada ao 9º ano do 
Ensino Fundamental II, ministrada pelo professor Luciano Nascimento, postada no dia 15 
de maio de 2020 e assistida no dia 17 de maio de 2020. O tema da aula é “variação linguística 
– norma padrão em situações de fala e escrita”. Os objetivos são identificar, tendo em vista 
o contexto de produção, a forma de organização dos diferentes gêneros textuaise utilizar, na 
escrita de diferentes textos, recursos linguísticos relacionados à coesão e à coerência, 
considerando seu contexto de produção e sua esfera de circulação. 
 Em vez de somente difundir informações e “fórmulas” a serem decoradas, o 
professor, nessa aula, direciona o aluno à reflexão a respeito da variação da norma padrão 
da linguagem de uma maneira muito interessante: num primeiro momento ele diz o que é 
preciso analisar em um texto para o entendimento da variação que nele é utilizada – qual o 
local/meio de circulação, onde ele será publicado (jornais, revistas, mídias sociais, etc.), o 
gênero (se é uma bula, uma notícia, uma crônica, etc.) e o objetivo (se o texto em questão 
visa informar, entreter, etc.). Ele esclarece também que nós conseguimos identificar o gênero 
do texto através da sua estrutura. Por exemplo, sabemos que um texto é um poema e não 
uma bula de remédio pela sua estrutura, que segue o padrão estrutural do gênero a que 
pertence. 
 Para atividade e momento de interação, são mostrados dois textos. O primeiro deles 
é sobre dicas de estudo para alunos, publicado em uma revista eletrônica, direcionado ao 
público jovem estudantil, no qual, após leitura, o aluno deve responder às questões de análise 
mencionadas acima (o local de publicação, o gênero textual e a quem ele se direciona). Após 
a participação dos alunos no chat, o professor responde às questões de maneira 
esclarecedora, explicitando como é possível saber ou deduzir tais informações – por meio 
da linguagem utilizada, que é uma linguagem não-formal, a todo momento fazendo o uso de 
expressões comuns aos jovens, e, por isso, podemos saber que é um texto direcionado a eles; 
por meio da diagramação, isto é, da forma como o texto está organizado naquele formato de 
página, podemos saber que ele foi publicado em uma revista online ou um blog. 
 
 
 Já o segundo texto, por sua vez, trata-se de uma notícia publicada em um jornal 
online, cujo objetivo é informar ao jovem que está nos anos finais da escola um novo modelo 
que algumas universidades estão adotando como possibilidade para ingresso. As mesmas 
perguntas são feitas (local de publicação, público-alvo, etc.), com posterior explicação. 
 Para finalizar, são expostas uma série de questões que visam comparar os textos 1 e 
2, explicitando as diferenças entre eles, para serem respondidas no chat. O professor Luciano 
esclarece que, embora ambos os textos sejam direcionados aos jovens estudantes, um deles 
é informal, com o intuito de dar dicas, aproximando-se ao modo de falar deles, publicado 
em uma revista teen, e o outro é formal, com o objetivo de informar, noticiar, publicado em 
um jornal, portanto, seguindo sua linguagem e estrutura. 
Ao que se pôde observar no decorrer da aula, o professor consegue trabalhar bem o 
tema proposto e atingir os objetivos descritos, visto que ele leva o aluno a pensar criticamente 
e refletir sobre os contextos de uso da variação formal e informal de linguagem, 
principalmente no momento em que pede a comparação entre os dois textos, um formal e 
outro informal, devido a seus locais de publicação, jornal e revista, e seus diferentes gêneros, 
que pedem maior e menor formalidade, respectivamente. Assim, o aluno pôde obter 
ferramentas para diferenciar e entender o ambiente de circulação de diversos textos, bem 
como as variações linguísticas (formal e informal) requeridas em cada contexto. 
Foi uma aula importante no aspecto da competência discursiva, mostrando ao aluno 
que é possível utilizar a variação informal da língua mesmo em textos escritos e publicados, 
enfatizando a aceitação da existência de diversas variações e desconstruindo o preconceito 
linguístico, que por muito tempo foi presente nas escolas, com o pensamento engessado de 
“aula de português é para aprender a ‘falar direito’!”, desprezando outras variações da língua. 
Na atualidade, deve-se ensinar a norma padrão como ferramenta para que o aluno seja capaz 
de discernir o momento e contexto social em que ele vai ou não aplicar seu uso. Acredito 
que a aula foi muito bem desenvolvida nesse sentido, com esse propósito. 
A quinta aula assistida foi uma aula de Língua Portuguesa destinada ao 1º ano do 
Ensino Médio, ministrada pelo professor Mauro Marcel Santos de Brito, postada no dia 15 
de maio de 2020 e assistida no dia 19 de maio de 2020. O tema central é o gênero textual 
conto. O objetivo é identificar e estabelecer as particularidades do gênero conto a partir do 
Caderno do Aluno do 1º bimestre. A habilidade que será trabalhada é reconhecer os 
elementos básicos da narrativa literária, a partir da leitura de um conto de Machado de Assis. 
O professor inicia a aula explicando de forma bem didática a diferença entre o que é 
considerado narrativa e o que é considerado literatura (narrativa literária) propriamente dita. 
Ele cita como exemplo a avó, que contava histórias a ele quando pequeno, mas ela não é 
escritora, não é literata. Para que um texto seja considerado literatura, seja considerado arte, 
é necessário que ele tenha alguns elementos, é necessário que ele tenha uma linguagem 
trabalhada. Será visto, então, durante a aula, o trabalho com a linguagem no texto literário 
denominado conto. 
Como uma forma de trabalhar conhecimentos prévios dos alunos antes de dar início 
à teoria, o professor solicita que eles anotem quais dos diversos elementos textuais (conflito, 
clímax, balão de diálogo, tese, manchete, versos com rimas, personagens, entre outros) 
expostos na tela são comuns a uma narrativa. Depois da participação no chat, são colocadas 
em negrito as palavras: personagens, enredo, tempo, espaço (lugar), clímax, narrador, título, 
desfecho e conflito, seguidas de uma breve explicação do professor sobre o conceito e 
 
 
características de cada uma. Estes são, então, elementos essenciais para a construção de uma 
narrativa. 
É interessante ressaltar a abordagem utilizada pelo professor no momento em que ele 
explica cada item da narrativa, pois ele, além de manter uma postura muito amigável, utiliza 
uma linguagem fácil e clara para os alunos, dando exemplos presentes na realidade e no dia 
a dia deles, com coisas do mundo que já estão familiarizados, ficando mais próximo a eles e 
deixando a aula mais prazerosa. Ao descrever o tempo, ele fala também do tempo 
psicológico, dando o exemplo de um livro no qual o personagem discorre páginas e páginas 
sobre uma lembrança, um pensamento, quando na verdade, no momento das ações da 
história, só se passaram alguns segundos. 
Ele também faz comparações com filmes de ação conhecidos pelos alunos como “Os 
Vingadores”, “Velozes e Furiosos”, ao descrever o clímax, comparando o ponto máximo de 
tensão nos filmes – quando ocorrem as explosões, a batalha final nos heróis ou o capote de 
carros nos de corrida – com o ápice nos livros. 
 É passado na tela o conto “Um Apólogo”, de Machado de Assis, seguido de perguntas 
que levam à reflexão e ao aprofundamento de ideias, incentivando a busca de informações 
que estão nas entrelinhas do texto, as informações não explícitas. Por exemplo, na primeira 
pergunta, que é “qual é o tema do conto que acabamos de ler?”, temos respostas muito 
significativas dos alunos, que dizem que o tema tem a ver com inveja, orgulho e até a crítica 
aos costumes humanos através de personagens inanimados. Vê-se, nesse ponto, que os 
estudantes estão interagindo conforme o esperado e desenvolvendo as habilidades propostas 
no início da aula. 
 Vale ressaltar, a respeito da participação dos alunos no chat, uma resposta referente 
à pergunta “o que é servir de agulha a muita linha ordinária?”; um aluno respondeu: “é fazer 
o serviço e outra pessoa levar o crédito.” Nota-se o grau de profundidade reflexiva e a 
complexidade advindas desse conto de Machado. 
Ainda, o professor explica a razão do título do conto; ele dá a descrição de um 
apólogo, que significa, como constano slide, “alegoria moral em prosa ou verso em que 
geralmente animais ou coisas inanimadas falam e procedem como homens”, e essa é a maior 
referência ao título, pelo teor da história do conto – uma agulha e uma linha tomando 
características humanas, discutindo assuntos mundanos como o orgulho e a inveja. 
Em seguida, ele expõe e explica as características desse conto, como o título (“Um 
Apólogo”), narrador onisciente (não se sabe quem narra a história), os personagens – a linha, 
a agulha, o alfinete, ressaltando que em um conto há poucos personagens, o espaço – a caixa 
de costura da baronesa, ressaltando que o espaço de um conto é reduzido, etc. 
Por fim, o professor Mauro dedica os últimos minutos da aula para incentivar os 
alunos à leitura de contos, visto que são dinâmicos e curtos, indicados para aqueles que 
querem se iniciar no mundo da literatura. Ele também indica alguns autores de contos como 
o próprio Machado de Assis, Lygia Fagundes Telles, Clarice Lispector, entre outros. Finaliza 
a aula com uma atividade complementar, esperando que os alunos se dediquem em casa, 
propondo que leiam um conto de um dos autores citados e, a partir dele, criem um “cartaz 
de filme” baseado no conto lido e postem nas redes sociais de suas escolas. 
 
 
Viu-se nessa aula que o professor foi capaz de abordar o tema com clareza e 
objetividade, utilizando uma didática interativa sempre que possível, intercalando a parte 
teórica – exposição das características do conto com perguntas que promovem a reflexão, e 
sempre fazendo referências do tema abordado à realidade de seus alunos, com uma postura 
amigável e simpática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Através das aulas visualizadas, foi possível vivenciar situações reais de ensino e 
aprendizagem e investigar, de maneira crítica e minuciosa, as condições e desafios do meu 
futuro exercício profissional. Para tal, fez-se necessária a análise e reflexão acerca das vídeo 
aulas disponibilizadas pelas quais o estágio foi realizado, levando-se em consideração alguns 
fatores, como os profissionais atuantes nas vídeo aulas, o meio de interação, no caso, o chat 
disponível para os alunos emitirem opinião e/ou dúvidas quando solicitados, a falta de 
possibilidade de uma verificação de aprendizagem, visto que, por estarem à distância, os 
professores da rede não podem acompanhar os alunos, verificar sua “presença” na aula, se 
estão acompanhando o conteúdo, etc., além de não ser garantido o acesso a todos os 
estudantes, em especial os da rede pública, que, em alguns casos, não têm as ferramentas 
necessárias para assistirem às aulas. 
Embora as aulas tenham sido, em sua maioria, satisfatórias e esclarecedoras, como 
consta no relatório de observação, algo que eu tentaria utilizar mais em todas as aulas 
assistidas são os recursos audiovisuais, visto que, ao adotarem formato de vídeo, tornar-se-
ia possível e interessante explorar mais a parte de imagens, trechos de filmes e trechos de 
músicas que condissessem com o conteúdo abordado; tais recursos poderiam ser úteis para 
tornar as aulas ainda mais interessantes e prazerosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Lei n. 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes. 
Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 3-4, 26 set. 2008. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm> Acesso em: 
18 de maio de 2020. 
SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Centro de Mídias SP. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/channel/UC4PxhhCLUs1ESKz5EwuepMw> Acesso em: 19 de 
maio de 2020. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm
https://www.youtube.com/channel/UC4PxhhCLUs1ESKz5EwuepMw

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