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POP de urina

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POP - procedimento operacional padrão para análise de Urina Tipo I
	INDICAÇÃO CLÍNICA
Diagnóstico e monitoramento de: doenças renais e do trato urinário, doenças sistêmicas ou metabólicas, doenças hepáticas e biliares, desordens hemolíticas.
	COLETA DA URINA
Lavar as mãos; 
Fazer assepsia no local com água e sabão; 
Enxaguar com abundância; 
Secar com gases ou toalha limpa; 
Logo após destampar o frasco estéril; 
Desprezar o primeiro jato de urina no vaso; 
Colher o jato médio no frasco estéril, urinando em jato para que a urina não escorra na região genital ; 
Desprezar o restante da micção; 
Tampar o frasco imediatamente. 
A coleta de preferencia deve ser a primeira urina da manhã ou 2 horas sem urinar
Não há necessidade de ingerir líquidos previamente para induzir a diurese.
A coleta da urina não deve ser realizada imediatamente após a prática de exercício físico intenso.
Manter refrigerado até o envio ao laboratório
	TRIAGEM 
Usar luvas de proteção;
Pegar o recipiente e identificar com o nome completo do paciente, data e hora;
Entregar o protocolo com a data do resultado do exame.
	LABORATÓRIO
Materiais: 
Pipeta; 
Ponteira; 
Centrífuga; 
Lamínula; 
Câmara de Neubauer; 
Lâmina microscopia ; 
Luva ; 
Papel toalha; 
Microscópio óptico; 
Amostra coletada ; 
Tubo de ensaio. 
Reagentes: 
Tiras Reativas . 
Obs.: O frasco de tiras reagentes deve ser mantido, sempre fechado, abrindo-o apenas, brevemente para a retirada da tira reagente.
	PROCEDIMENTO D ETALHADO: 
1 – Quando o material chega ao laboratóri o , este é recebido na triagem 
2 – Homogeneizar bem a urina no próprio coletor com movimentos rotatórios e transferir para tubo de ensaio, um volume de 10 ml ; 
3 – Mergulhar a tira e retira-la imediatamente, retirando o excesso de urina com o papel toalha ; 
4- Fazer a leitura da tira; 
5- Após a leitura, centrifugar a 1500 – 2 000 RPM por 5 minutos; 
6-Retirar 9ml do sobrenadante, com cuidado para não ressuspender o sedimento, deixando um volume de 1ml no tubo; 
7-Ressuspender o sedimento com leves batidas no fundo do tubo ; 
8-Tirar um pouco de amostra com uma pipeta, e inserir entre lâmina e lamínula e prosseguir com a leitura. 
9– O equipamento faz a análise físico-química da urina, conforme manual do equipamento, e os resultados. 
10- Todas as amostras serão conferidas manualmente por microscopia. 
	Métodos de análise de urina
A análise da urina envolve um conjunto de aferições que incluem suas características físicas, bioquímicas e microscópicas. Cada etapa irá avaliar uma condição diferente. Por exemplo, altas concentrações de partículas na sua urina podem indicar que você está desidratado. Níveis elevados de pH podem indicar problemas do trato urinário ou do rim. E a presença de açúcar pode indicar diabetes.
Análise Física
A urina pode ser avaliada pela aparência física (cor, turbidez, odor e volume), chamada também de análise macroscópica. 
COR
Amarelo pálido: consumo excessivo de líquidos/urina diluída, diabetes mellitus	
Levemente amarelada: normal
Amarelo escuro: baixa ingestão de água, também pode indicar a presença de bilirrubina (responsável pela coloração característica de problemas hepáticos), urina concentrada, normal em primeira urina da manhã ou após exercícios intenso
Âmbar/Marrom: bilirrubina (espuma)
Esbranquiçada: piúria, pode ser um sinal de uma infecção bacteriana ou fúngica do trato urinário.
Laranja: ingestão de alimentos ricos em betacaroteno (como cenoura), pode indicar doenças no fígado e também uso de certos medicamentos.
Vermelha/marrom: indica a presença de sangue, hemácias, hemoglobina, mioglobina, porfirinas, excesso de bilirrubinas, alimentos pigmentados. Pode estar relacionada a infecção urinária, problemas renais e também no fígado.
Verde/azul: infecções bacterianas, corantes, medicamentos e contraste utilizados em exames de diagnóstico.
Preta: melanina, ácido homogentísico (erro inato do metabolismo – alcaptonúria), medicamentos.
TURBIDEZ
Pode ser influenciada pela concentração urinária.(Leucócitos, eritrócitos, cristais, bactérias, muco, lipídeos e materiais contaminantes podem aumentar a turbidez da amostra) . 	
Transparente/Límpido (normal);
Semi-turvo; 
Turvo/Opaco (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, bacteripuria)
Leitoso (alta concentração, pode precipitar ou ter coágulos)
ODOR
Aromático fraco de origem indeterminado 
Crescimento bacteriano - odor amoniacal fétido 
Análise Bioquímica
A realização do exame químico através das tiras reagentes pode oferecer informações sobre a função hepática, função renal, metabolismo de carboidratos, infecções do trato urinário e até mesmo sobre o equilíbrio ácido-básico. 
Esta etapa avalia as propriedades químicas da urina, identificando a ausência ou presença de determinadas substâncias, pH e também densidade. Os mais comumente avaliados são:
pH: a capacidade ou incapacidade dos rins de secretar ou reabsorver ácidos ou bases. Valores altos ou baixos podem indicar cálculos renais e presença de microrganismos.
Valores de referência: 5,5 a 6,5 
Densidade: capacidade de concentração de substâncias sólidas diluídas na urina. Baixa, pode representar uso excessivo de líquido, até diabetes e hipertensão. Já alta densidade pode ser indicativo de desidratação, insuficiência cardíaca etc. 
Valores de referência: 1015 a 1025 . 
Bilirrubina: característico de doenças hepáticas e biliares.
Valores de referência: negativo. Quando positivo : + a + ++ ou pequena, moderada ou grande quantidade . 
Urobilinogênio: indica danos ao fígado e distúrbios hemolíticos.
Valores de referência : <1 mg/dl. Quando positivo: MG /dl. 
Corpos cetônicos (cetona): produtos da metabolização das gorduras, comum durante jejum prolongado e pacientes diabéticos.
Valores de referência: negativo. Quando positivo: Traços, pequena, moderada e grande quantidade. 
Glicose: detecção e monitoramento de diabetes, e distúrbios de reabsorção tubular. 
Valores de referência: Negativo. Quando positivo: + a + +++ ou MG/dl. 
Proteína: relacionada a doenças do trato urinário e renal.
Valores de referência: Negativo. Quando positivo: + a + +++ ou MG/dl.
Sangue: indica hemorragia que atinge o sistema urinário (infecção, cálculo renal etc), detecção e avaliaçã o das hematúrias. 
Valores de referência: negativo. Quando positivo: + a + +++ ou MG/dl. Traços, pequena, moderada ou grande quantidade.
Nitrito: infecção bacteriana nos rins ou do trato urinário.
Valores de referência: negativo. 
Esterases de leucócitos: Avaliação de processos infecciosos e inflamatórios do trato urinário (ITU). Pode ocorrer com ou sem bacteriuria. 
Valores de referência: negativo. Quando positivo: + a + ++ ou traços, pequena , moderada ou grande quantidade. 
Análise Microscópica
O exame microscópico do sedimento urinário pode revelar a presença de células, cristais minerais e agentes patogênicos, como bactérias ou fungos.
Leucócitos (glóbulos brancos): doença do trato urinário e inflamação renal.
Leucócitos (glóbulos brancos): indica doença do trato urinário e inflamação renal.
Hemácias (glóbulos vermelhos): infecções, pedras nos rins e doenças renais graves.
Células epiteliais: pode estar relacionada a algum problema renal grave, como síndrome nefrótica.
Cristais: podem indicar cálculos renais.
Parasitas: infecção por cândida ou protozoários.
Bactérias ou leveduras: infecção urinária.
AVALIAÇÃO DO SEDIMENTO URINÁRIO - SE DIMENTOSCOPIA 
O exame microscópico é a quarta e última etapa do exame de urina. A microscopia do sedimento urinário se constitui, historicamente, no procedimento laboratorial importante e mais utilizado, do exame de urina, no diagnóstico de doenças do trato urinário. Os resultados do sedimento urinário devem ser interpretados juntamente com o conhecimento do método de coleta, exame químico e exame físico. 
Volume mínimo para análise: 10 ml de urina; 
Centrifugar por 10min a 3.000 RPM; 
Desprezar o sobrenadante; 
Com o auxílio da pipeta, coletar o sedimento e preparar a lâmina; 
Fazer a leitura no microscópio com objetiva de 10x e de 40x. 
PROCEDIMENTO LÂMINA
Objetiva de 10x:Filamentos de muco: Raras, Moderadas, Abundante; 
Células epiteliais: Raras, Moderadas, Abundante. 
Objetiva de 40x: 
Hemácias: 
Homens: 0 – 3 /ca mpo . 
Mulheres: 0 – 5 /ca mpo . 
Leucócitos: 0 – 4/campo. 
Epitélios: 0 – 1 (p a vi mentoso) /campo. 
Cilindros: 0 – 1 ( hi ali no) /campo . 
Flora microbiana: Ausente ou escasso. 
EXAME MICROSCÓPICO: CÂMARA DE NEUBAUER 
Faz se os mesmo procedimentos e analise física como mencionados acima na preparação de lamina; 
Usando tubos cônicos, enchê-los de urina até a marca de 10 ml; 
Centrifugar os tubos a 2500 RPM por 10 minutos; 
Retirar o sobrenadante deixando 1ml no tubo; 
Agitar o tubo e colocar a urina com capilar ou pipeta, na câmara de Neubauer; 
Proceder à leitura no microscópio (40 x) - primeiro focar com uma objetiva menor (4x) e depois proceder para a objetiva maior. 
Observar: 
Filamentos de Muco: Raros, Moderadas, Abundante. 
Leveduras: Raras, Moderadas, Abundante. 
Cristais: Raros, Moderado, Abundante (Citar o tipo encontrado)
Espermatozoides: Citar presenças (apenas em urinas de homens) 
Bactérias: Raros, Moderados, Abundante. 
CONTAGEM DO EXAME NO MICROSCÓPICO: 
Lamina : 
Se faz leitura em 10 campos: soma tudo o valor de leucócitos e hemácias encontrados e depois divide por 10. 
Câmara Neubauer: 
Se for contado 1 quadrante: multiplicar o valor de hemácias e leucócitos encontrados por 1.000 e liberar em ml; 
Se for contado os 4 quadrantes: multiplicar o valor encontrado por 250 e liberar o resultado por ml. 
	SIGNIFICADO CLÍNICO: 
Todos os achados microscópicos têm uma importância clínica significativa como: 
a) Leucócitos: infecção ou inflamação urinária, seleção de amostras para cultura. 
b) Cilindros: glomerulo nefrite, exercício físico intenso, pielo nefrite, lesão nos túbulos renais, infecção do trato urinário, stress, síndrome nefrótica, estase do fluxo urinário. 
c) Cristais: a maioria dos cristais não tem si gnificado patológico, exceto os casos de alteração metabólica, formação de cálculos e na regulação do fluxo urinário. 
d) Hemácias: cálculo renal, glomerulo nefrite, pielo nefrite, tumor, trauma, exposição a agentes químicos, drogas e exercícios intensos. 
e) Células epiteliais: compõe o revestimento tecidual do sistema urogenital e correspondem as descamações normais de células velhas, ao menos que estejam presentes em grande número ou em formação anormal. 
f) Bactérias: Normalmente a urina não tem bactéria, se as amostras não forem colhidas em condições estéreis, pode ocorrer contaminação sem significado clínico. Quando presente em grande número. 
Pode ser indicativo de infecção: 
g) Leveduras: candidíase vaginal, diabetes mellitus. 
h) Parasitas: contaminação por secreção vaginal por Trichomonas vaginalis.

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