ANÁLISE DA OBRA A PROCURA DA POESIA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS
ANA SABRINA COSTA OLIVEIRA PAIXÃO
PORTFÓLIO 1 – LITERATURA BRASILEIRA IV
ARACATI-CE
2020
ANA SABRINA COSTA OLIVEIRA PAIXÃO
PORTFÓLIO 1 – LITERATURA BRASILEIRA IV
Portfólio da disciplina Literatura Brasileira IV do Curso de Licenciatura em Letras, da Universidade Federal do Ceará - UFC, sob supervisão da prof. Ana Cláudia Veras Santos
ARACATI – CE
2020
ANÁLISE DA OBRA “A PROCURA DA POESIA” DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Carlos Drummond de Andrade é o primeiro grande poeta pós-movimento modernista e um dos mais importantes poetas brasileiros. O início da segunda fase poética do Modernismo é marcado pela publicação do seu livro Alguma Poesia de 1930. Ele nasceu em Itabira, Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902 e faleceu em 17 de agosto de 1987 no Rio de Janeiro. Ele se consolidou como um poeta individualista que trabalha com o tempo presente, em seu brilho cotidiano e objetivo, proclamando a liberdade das palavras.
O referido trabalho busca analisar a obra “A Procura da Poesia” que é um poema considerado uma alta reflexão sobre o fazer poético e sua recepção pela perspectiva do autor. Na obra, Drummond faz um jogo com as palavras a fim de que a interpretação de sua poética seja compreensiva para o leitor. Ele trabalha assuntos variados como acontecimentos sociais, infância, família, cidade, tempo, sentimentos, etc. Os temas mencionados dão instruções de como se deve ou não construir um poema, descartando tópicos diversos. Afirma-se isso, pois o autor apresenta palavras negativas como não, nem, indiferentes, imprestável etc que enfatizam o que não se deve colocar em um poema. A referida obra não se finda ao olhar poético, pois também faz uma crítica do que deve ser desprezado ou não, aceitando-o como ele é. 
E, já no início, deixa claro que, não se pode escrever versos sobre qualquer coisa quando diz: “Não faça versos sobre acontecimentos”. A beleza da poesia não está em narrar fatos ou acontecimentos, tampouco em revelar seus sentimentos e, sim, em saber usar as palavras certas para fazer sua criação, ou seja, a base de todo texto poético se pauta no trabalho feito com a linguagem. 
No texto, pode-se associar o “reino das palavras” e “o trovador” ao dicionário, em que ele sente, seleciona e controla o que vai escrever, deixando transparecer que não precisa de desespero, mas sim, de muita calma e inspiração para compor seus versos. 
A poesia não é retirada das coisas, ele elimina o sujeito e o objeto, pois o que interessa é o que vai ser escrito, quais palavras serão inseridas naquele contexto artístico. Elas são o elemento que dão vida à poesia, criando vocábulos e frases para atingir seu objetivo estético, artístico e conceitual, finalizando todo o trabalho. 
“O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia”, pois os fatos passam, os sentimentos mudam e tudo se transforma com o passar do tempo. Apesar da percepção aguçada que um poeta possui, são as palavras que fluem da sua imaginação e criatividade que ficam eternas sobre o papel. 
 O trabalho realizado com a linguagem é a essência da poesia, o que a torna imortal, pois, mesmo atravessando o tempo, ela continua intacta depois de transcrita. Tudo é motivo para fazê-la, no entanto, são as palavras que darão vida a grande obra de qualquer autor.
REFERÊNCIAS
Carlos Drummond De Andrade. Disponível em: <http://www.nilc.icmc.usp.br/nilc/literatura/carlosdrummonddeandrade.htm>. Acesso em: 19 abr. 2020;
COELHO, Leonardo Silva. Análise do poema: Procura da poesia - Carlos Drummond de Andrade. Disponível em: https://pt.slideshare.net/leonardosilvacoelho7/procura-da-poesia-drummond. Acesso em: 18 abr. 2020.