Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Paulista – UNIP Curso: Psicologia Disciplina: Psicologia Fenomenológica 4.1. A FENOMENOLOGIA DE EDMUND HUSSERL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A PSICOLOGIA: - Qual a principal crítica que Husserl faz ao pensamento científico de sua época? Como essa crítica se articula com o surgimento da Fenomenologia? Resposta: A principal crítica de Husserl ao pensamento científico de sua época está relacionada ao modelo positivista, o qual não considera a subjetividade ou experiência humana como válida em seu método. A ideia de Husserl era estabelecer uma fundamentação teórica à filosofia que permitisse uma investigação rigorosa. A fenomenologia surge a partir dessa sistematização, a qual considera a experiência uma forma de compreensão do fenômeno. - O que é intencionalidade da consciência para a fenomenologia husserliana? Resposta: Para Husserl a intencionalidade é que a consciência é sempre sobre algo, que ela só é consciência por conta de um sentido. O objeto só pode ser definido a partir de sua relação à consciência. - O que é atitude natural? E atitude fenomenológica? Resposta: Atitude natural é a percepção natural do sujeito, a qual ele adquire a partir de suas experiências de vida, porém partindo dessas experiências o sujeito não tem uma reflexão crítica sobre suas percepções e seus conhecimentos. Na atitude fenomenológica, Husserl utiliza conceito de epoché, que seria o esforço de voltar à experiência original. O sujeito nessa atitude visa à consciência pura, através de uma reflexão crítica. - Em sua visão, quais as principais contribuições de Husserl para a Psicologia? Resposta: Husserl fundamentou um método que resgatou uma perspectiva que parte da consciência e da experiência do sujeito perante aos fatos ou objetos, ao contrário de outros modelos que se utilizam de estruturas pré-prontas para embasamento em uma análise. 4.2. FENOMENOLOGIA COMO FUNDAMENTO DA CLÍNICA - O que significa, para a fenomenologia, adotar uma atitude ingênua diante dos fenômenos? Resposta: Significa despojar-se de preconceitos ou conhecimento prévios, para não julgar o sujeito antes de realmente conhecê-lo. Por isso, evita-se recorrer a teorias já prontas, afim de classificar o analisando. - Como em fenomenologia se dá a relação: a) homem-mundo/corpo; b) homem-outros; c) homem-tempo? Resposta: a) O mundo está ao redor do sujeito, o corpo é o seu espaço, e como o sujeito se colocar no espaço que se apresenta. b) O homem também é um ser em relação com o outro, então existe sua relação com o outro e como é visto. c) A relação do ser com o passado (o que foi constituído em sua história), o presente (resultado incompleto da sua história) e o futuro (projetos, o ser-aí). 4.3. A FENOMENOLOGIA HERMENÊUTICA DE MARTIN HEIDEGGER E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA - Qual é a principal questão filosófica de Heidegger em Ser e Tempo (1927)? Resposta: O sentido do ser. Seu entendimento em seu sentido e não em definição. - Qual era o intuito de Heidegger ao elaborar uma ontologia fundamental? Resposta: O intuito era estudar o sentido dos entes - Por que Heidegger desenvolve uma Analítica Existencial? Resposta: Voltar as coisas mesmas, ou seja, voltar a essência do fenômeno, o porquê daquela percepção de ente. Analisar o ser do dasein (o ente que se questiona e se percebe como ser-no-mundo). - Como seria possível descrever o Dasein (ser-aí) de acordo com Heidegger? Resposta: Dasein se trata do ente que se questiona. É um ser lançado no mundo e que está em constante construção ou transformação, sua essência só se realiza em sua totalidade com o final de sua existência. - Por que o Dasein é ser-no-mundo-com-os-outros? Resposta: Porque se trata de um ser que está lançado num mundo que existe em sua volta e o compartilha com outros daseins. Portanto, se trata de um ser relacional. - O que é o impessoal? Qual a função do impessoal na cotidianidade do Dasein? Resposta: É o papel que assumimos em diversas situações no cotidiano, muito relacionado ao meio social. - Qual a diferença entre angústia e medo? Qual é o papel da angústia na experiência do Dasein? Resposta: Diferente do medo, na angústia não há o direcionamento a objetos que ameaçam a existência do ser, não sabemos diante de que estamos angustiados. Heidegger coloca a angústia como necessária para se colocar o questionamento do ser. - O que Heidegger entende por preocupação? Resposta: A preocupação se trata de uma ansiedade, uma preocupação de não realizar o ser-aí, pois viver é se colocar em risco. - Como o Dasein impessoal aborda a morte? Para Heidegger, qual o papel da morte no existir do Dasein? Resposta: A morte é a impossibilidade de todas as possibilidades que atravessa a existência, é ter que tornar-se alguém lidando com coisas e com os outros e o medo ou a ameaça que cerca a vida, também se refere a descoberta da nossa responsabilidade inexorável pelo nosso existir. Referências WERLE, M.A. A angústia, o nada e a morte em Heidegger. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/trans/v26n1/v26n1a04.pdf POMPEIA, J. A.; SAPIENZA, B.T. Na presença do sentido: Uma aproximação fenomenológica a questões existenciais básicas. 2ª ed. São Paulo: EDUC, 2013. POMPEIA, J. A; SAPIENZA, B.T. Os dois nascimentos do homem: Escritos sobre terapia e educação na era da técnica. Rio de Janeiro: Via Verita, 2011.
Compartilhar