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UNIDADE 2
A EVOLUÇÃO DAS TEORIAS NO 
PROCESSO DE GESTÃO
ObjETIVOS DE APRENDIzAGEm
A partir desta unidade você será capaz de:
	compreender a importância da evolução no conceito de gestão;
	conhecer os principais autores que contribuíram para a evolução 
administrativa;
	refletir os aspectos históricos que ainda podem ser analisados no 
cotidiano.
TÓPICO 1 – ORIGENS DA GESTÃO 
TÓPICO 2 – TEORIAS EVOLUTIVAS
TÓPICO 3 – ABORDAGENS EVOLUTIVAS DE 
GESTÃO
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Em cada um 
deles, você encontrará autoatividades que o(a) ajudarão a fixar os 
conhecimentos adquiridos.
ORIGENS DA GESTÃO
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 1
UNIDADE 2
Na Unidade 2 apresentaremos informações e definições que fundamentaram estudos 
e permitem compreender as várias faces conceituais da evolução da gestão. Vários são os 
estudiosos que apontam os objetivos e as ideias fundamentais da gestão. Desde a antiguidade 
existe a preocupação com a direção e coordenação de organizações. Essa compreensão se 
faz necessária, a fim de observar e contextualizar as técnicas e formas utilizadas, bem como 
fazer uma reflexão que oportuniza o entendimento de administrar tempo, equipes, produtos, 
serviços e sistemas.
 
Para entender o processo de gestão é importante que você conheça a evolução da 
história da administração, pois foi com a origem desses acontecimentos que podemos aprender 
e compreender o processo de gestão que estamos estudando nessa disciplina.
Para Bateman e Snell (1998, p. 27), Administrar “é o processo de trabalhar com pessoas 
e recursos para realizar objetivos organizacionais, de maneira eficiente e eficaz”. 
Para Stoner (1995, p. 5), são considerados objetivos organizacionais: “O processo de 
planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho, e de usar todos os recursos disponíveis da 
organização para alcançar objetivos estabelecidos.” 
Os objetivos de um sistema administrativo organizacional devem:
1 Ser focados em um resultado positivo.
2 Ter consistência e estarem integrados ao processo.
3 Ser mensuráveis.
4 Ser alcançáveis dentro do sistema.
5 Estar delimitados em tempo e espaço.
UNIDADE 2TÓPICO 1D1-72
UNI
Leitura Complementar: CORIAT, Benjamin. Pensar pelo avesso. 
Rio de Janeiro: Editora da UFRJ/Revan, 1994. 
2 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
A partir do entendimento e conhecimento da organização, suas metas e utilizando seus 
recursos, poderemos traçar o perfil da organização. Com este estudo é possível determinar 
ações e atribuir condutas condizentes aos objetivos predeterminados para um período de tempo 
delimitado e esperado do sistema.
UNI
O termo organização vem do grego organon, que significa 
instrumento. Ou podemos definir como um arranjo estrutural com 
objetivo de execução de estratégias dos negócios.
A seguir, uma representação conceitual da estrutura de um sistema organizacional em 
forma de quadro. Este é fundamentado nas teorias e representam os enfoques, modelos e 
técnicas que as organizações devem conhecer e aplicar. Alguns paradigmas, que são pertinentes 
ao desenvolvimento do gerenciamento, vêm se transformando, por ser o sistema administrativo 
um processo dinâmico. Acompanha um Mapa Conceitual que é um diagrama, representando um 
pequeno cenário das teorias da administração e que envolve as competências necessárias ao 
processo, entretanto, não implica a sequência, temporalidade ou direcionalidade, simplesmente 
relacionando os conceitos.
UNIDADE 2 TÓPICO 1 D1-73
FIGURA 17 – MAPA CONCEITUAL FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
FONTE: Adaptado de Maximiano (2007)
Teorias são uma reflexão e uma explicação científica de um fato. Os fatos sem uma 
explicação que levam à compreensão são apenas acontecimentos. Um estudo construído a 
partir de uma origem de um fato, uma hipótese testada e relatada de forma científica, gera uma 
teoria. Assim formada, é considerada um princípio ou preceito que orientem próximas ações. 
A teoria é, portanto, uma afirmação destinada a explicar fatos da realidade de forma científica. 
Devemos sempre considerar que o conhecimento científico é temporário e adaptável. Existe, 
portanto, a possibilidade de uma teoria evoluir e se transformar. As teorias ajudam a entender 
ideias e ações práticas de um fato.
Para Maximiano (2004, p. 48), “as teorias da administração têm uma história muito 
antiga e vêm evoluindo junto às tomadas de decisão tanto dos organizadores quanto a lidar com 
problemas, definir objetivos, planejar atividades, organizar recursos, dirigir pessoas e controlar 
resultados. São problemas permanentes, que devem continuamente motivar o surgimento de 
novas ideias e técnicas que desenvolvam significativamente a organização”.
UNIDADE 2TÓPICO 1D1-74
UNI
EXEMPLO: 
1 Fato: A maçã cai da árvore. 
2 Hipótese: Acreditar que existe uma força que a atrai.
3 Teoria: A comprovação de que esta força existe.
Teoria científica é o nome dado a um sistema organizado de ideias e conceitos 
que explicam um conjunto de fenômenos e que pode ser testado. Portanto, a construção 
de uma teoria é fundamentada em uma prática realizada.
FIGURA 18 – O FILME TEMPOS MODERNOS REPRESENTA A TEORIA 
CIENTÍFICA
FONTE: Disponível em: <http://toninho007.wordpress.com/category/teoria-da-
administracao-cientifica/>. Acesso em: 24 out. 2012.
“Muitas das teorias e técnicas usadas para administrar as organizações da atualidade são ideias 
que evoluíram de práticas do passado”. (MAXIMIANO, 2004, p. 49). Aqui apontamos a preocupação 
e a evolução com a administração desde a antiguidade. Vários tipos de organizações que no passado 
criaram alternativas e soluções para atingir seus objetivos e metas, através de seus recursos, hoje 
são adaptados e adequados à nova realidade profissional e de mercado globalizado.
2.1 GRÉCIA
De acordo com Maximiano (2004, p. 50), “no século V a.C., começou na Grécia um 
UNIDADE 2 TÓPICO 1 D1-75
2.2 ROMA E A IGREJA CATÓLICA
2.3 ORGANIZAÇÕES MILITARES
fértil período de produção de ideias que viriam a influenciar profundamente a prática da 
administração”. Mais que isso, as ideias dos gregos apresentaram-se entre as mais importantes 
contribuições para a civilização. 
Dentre elas: 
•	 Democracia.
•	 Ética, defendida por Platão entre políticos e filósofos gregos. 
•	 Qualidade, como ideal de excelência. 
Maximiano (2004, p. 51) afirma que “princípios e técnicas administrativas construíram e 
mantiveram Roma durante 12 séculos como monarquia, república e império”. “Roma apresenta 
o primeiro caso no mundo de organização e administração de um império multinacional.” 
(MAXIMIANO, 2004, p. 52).
Maximiano (2004) lembra também que a má administração ajudou a destruir Roma. E 
com o desaparecimento do Império Romano, outra organização de grande porte começava a 
escrever sua história. A organização herdou muito das tradições administrativas dos romanos, 
geograficamente, como também de linguagem. 
Há mais de 3.000 anos os exércitos vêm criando soluções para a administração 
de grandes contingentes de pessoas envolvidas em operações complexas e arriscadas. 
Os conceitos sobre estratégia, planejamento, logística e hierarquia, em todos os tipos de 
empreendimentos, nasceram com os militares do passado distante (CHIAVENATO, 2000).
O exército romano avançou muito em termos de organização, alistamento de 
profissionais, regulamentação, burocratização, planos de carreira e organização. O exército 
romano trabalhava também com motivação e disciplina dos soldados. Com o império romano 
multinacional, a logística também necessitava de uma logística bem administrada para atender 
às necessidades dos grupos distribuídos em várias regiões (CHIAVENATO, 2000).
UNIDADE 2TÓPICO 1D1-76
FIGURA 19 – ORGANIZAÇÕES MILITARES
FONTE: Disponível em: <http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?mostra=6465>. Acesso 
em: 24 out. 2012.
DIC
AS!
Leitura indispensável ao enriquecimento deste conteúdo: Arte 
da guerra, de sun tzu. Este livro trata sobre estratégia e 
planejamento militar. Usar o tempo ao invés da força.2.4 MAQUIAVEL
Para Maximiano (2004, p. 53), a herança adquirida em termos de concepções sobre 
gestão e administração, e as muitas contribuições do Renascimento por Maquiavel (1469-1527) 
retratadas na obra “O Príncipe”, através de sugestões de comportamento, e no poder, como 
dirigentes de organizações complexas, pois dependente da qualidade dos homens que o cercam 
para que a equipe e de forma política, pelo trabalho do dirigente enquanto administrador na 
formação dos colaboradores que individualmente capazes soubessem trabalhar em equipe, 
sem perder a qualidade no conjunto, dependente que é do apoio das massas. Apresenta ainda 
a necessidade de, em crise, através de exemplo pessoal, motivar seus governados fortalecendo 
a moral e incentivando-os com o uso de suas qualidades de liderança. A arte de manter-se no 
poder coincide com “bem governar”, e para isso é preciso manter a harmonia social, evitando 
UNIDADE 2 TÓPICO 1 D1-77
3.1 TAYLOR E A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
3 ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A GESTÃO
Maximiano (2004) apresenta contribuições de liderança em empresas por Frederick 
Wislow Taylor (1856-1915). É considerado fundador da Administração Científica. Taylor, em seus 
estudos, procurou aprofundar e conseguiu aumentar consideravelmente a eficiência do processo 
em relação a tempo e movimento, em uma combinação otimizada, assim observada:
O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação de seu livro 
Shop Managemant (Administração de Oficinas), de 1903. Esta obra mostra as técnicas de 
racionalização do trabalho do operário por meio do estudo de tempos e movimentos. Segundo 
Maximiano (2004), Taylor diz em Shop Managemant que:
a) O objetivo da administração é pagar salários melhores e reduzir custos unitários de produção, 
aumentando os rendimentos do trabalhador de acordo com seu esforço.
b) Para realizar isto, a administração da organização deve aplicar métodos científicos de 
pesquisas e experimentos para formular princípios e estabelecer processos padronizados 
e adequados à sua realidade.
c) Os empregados devem ser cientificamente colocados em seus postos com materiais e 
A administração científica foi um marco muito significativo para a história da administração. O 
engenheiro americano Frederick W. Taylor, no começo do século XX, iniciou estudos que davam ênfase 
às tarefas da organização. O nome administração científica se dá devido à tentativa de aplicação dos 
métodos da ciência aos trabalhos operacionais, a fim de aumentar a eficiência industrial.
desordens e mantendo-se ao lado do povo, de forma que seu poder tenha fortalecido o espírito 
e a moral dos governados.
UNI
“Cada homem deve aprender como abrir mão da sua maneira 
particular de fazer as coisas, adaptar seus métodos a muitos 
padrões novos e crescer acostumado a receber e obedecer a 
ordens, respectivos detalhes, grandes e pequenos, que no passado 
eram deixados ao seu próprio julgamento”. F. Taylor
UNIDADE 2TÓPICO 1D1-78
condições de trabalho adequado, para que as tarefas na produção e consequentemente 
nos padrões de desempenho fossem mais eficientes.
d) Os empregados devem ser cientificamente treinados para aperfeiçoar suas aptidões e 
executar suas tarefas para que a produção normal seja cumprida e também encarando 
responsabilidades em relação à empresa e aos colegas de trabalho.
e) A administração precisa criar uma atmosfera de íntima e cordial cooperação com os 
trabalhadores, para garantir a permanência desse ambiente psicológico, havendo uma 
necessidade de uma revolução mental, e aplicação na maneira de encarar o trabalho, 
fundamentada na cordialidade e cooperação de todo o grupo. 
O segundo período de Taylor corresponde à publicação do seu Livro Princípios de 
Administração Científica (1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário 
deveria ser acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse coerente a 
aplicação dos seus princípios (CHIAVENATO, 2000).
Conforme Chiavenato (2000), para Taylor as indústrias de sua época padeciam de três 
males:
•	 Vadiagem sistemática dos operários; que reduziam a produção para evitar a redução de 
salários pela gerência.
•	 Desconhecimento pela gerência das rotinas de trabalho e de tempo necessário para sua 
realização.
•	 Falta de uniformidade das técnicas e dos métodos de trabalho.
3.2 AS TÉCNICAS DE TAYLOR
A partir deste momento, a administração passou a ser vista e considerada como ciência. 
Para Chiavenato (2000), os elementos elencados por Taylor e chamados de “unidades básicas 
de trabalho” e por alguns autores tarefas taylorizadas, são:
•	 Estudos de tempo e padrões de produção.
•	 Supervisão funcional.
•	 Padronização de máquinas, ferramentas, instrumentos e materiais.
•	 Planejamento do desenho de tarefas e cargos.
•	 Princípio da exceção.
•	 Prêmios de produção pela execução eficiente das tarefas.
Algumas tarefas consideradas taylorizadas são:
•	 Estudo de tempo, supervisão funcional.
UNIDADE 2 TÓPICO 1 D1-79
3.3 ORGANIZAÇÃO FORMAL DO TRABALHO
•	 Padronização de materiais.
•	 Planejamento de tarefas e cargos.
•	 Definição da rotina de trabalho.
A ideia de substituição dos métodos empíricos e rudimentares pelos métodos 
cientificamente comprovados recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho. Conhecida 
como ORT (Organização Racional do Trabalho), nada mais é do que a organização formal do 
trabalho. (CHIAVENATO, 2000). 
Na Organização Formal do Trabalho, segundo Fernandez (2001, p. 49), você consegue 
responder às seguintes questões?
 
•	 Quais são os objetivos a alcançar?
•	 Quais são as atividades e os recursos necessários para obter resultados positivos?
•	 Como direcionar e conduzir os esforços para alcançar os objetivos?
•	 De que forma são monitoradas as ações para garantir a aproximação e o alcance dos planos? 
Deve-se à organização formal e às teorias das escolas que mais influenciaram a 
administração nos últimos cem anos o ensinamento de que administrar significa tomar decisões 
sobre os objetivos a serem alcançados, envolvendo planejamento, organização, direção e controle. 
FIGURA 20 – ORGANIZAÇÃO FORMAL DO TRABALHO
FONTE: Disponível em: <http://www.canstockphoto.com.br/trabalho-fluxo-processo-
pessoas-ciclo-5827913.html>. Acesso em: 24 out. 2012.
UNIDADE 2TÓPICO 1D1-80
Junto a Taylor e o desenvolvimento do taylorismo e a administração científica, em torno 
de 1910, quando da confirmação da gerência como uma ciência, de forma que os empregados 
colaboradores começaram a ter responsabilidades específicas e distintas. A partir de uma 
seleção e capacitação no desenvolvimento dos trabalhadores, controle do desempenho e na 
coordenação das atividades, surgiu, sequencialmente, outra inovação revolucionária: a Linha 
de Montagem de Henry Ford (FERNANDEZ, 2001).
4 FAYOL E O PROCESSO ADMINISTRATIVO
Quando nos deparamos com questões como:
Quais as qualidades essenciais que devemos aprimorar em nós para podermos 
atingir o objetivo comum à organizaçao e aos colaboradores a qual fazemos parte? 
(que é de uma atuação de qualidade para ser um gerente melhor).
O autodesenvolvimento parte da premissa do conhecimento e da busca pelo 
mesmo. Somente estudos contextualizados à realidade da empresa em que atuamos 
podem nos proporcionar visão decorrente das necessidades de nosso pessoal e, 
da mesma forma, permitir que nossa dedicação frente ao papel em que atuamos na 
organização contribua eficazmente.
Maximiano (2004, p. 57) apresenta um dos mais importantes contribuintes 
do desenvolvimento do conhecimento administrativo moderno: Jules Henri Fayol. 
Fayol nasceu em Istambul, na Turquia, em 29 de julho de 1841, e faleceu em 19 de 
novembro de 1925, em Paris (França). Chiavenato (2000) apresenta seus estudos sob 
ótica da Administração Industrial e Geral (título original: Administration industrielle et 
générale - prévoyance organisation - commandement, coordination). Fayol esteve à 
frente do Centro de Estudos Administrativos, onde sereuniam semanalmente pessoas 
interessadas na administração de negócios, fossem eles comerciais, industriais ou 
governamentais, contribuindo para a difusão das doutrinas administrativas. É dele a 
contribuição das funções Administrativas: o POCCC ou PO3C - Planejar, Organizar, 
Comandar, Controlar e Coordenar. E tais ações conduziriam a uma administração eficaz 
das atividades da organização. De acordo com Maximiano (2004), Fayol determinou 
que a administração seja uma atividade comum a todos os empreendimentos humanos, 
como: a família, os negócios e o governo. Todos exigem certo grau de planejamento, 
organização, comando, coordenação e controle. Fayol estudou, criou e divulgou sua 
própria teoria, com base em sua experiência de administrador bem-sucedido que foi, 
frente à mineradora e metalúrgica francesa Comambault. 
UNIDADE 2 TÓPICO 1 D1-81
Fayol chegou a diretor geral da empresa de mineração que estava em situação 
de falência, quando ele ingressou; conseguiu reverter a situação financeira, deixando 
a empresa com uma situação sólida até sua aposentadoria em 1918. Nos úlimos anos 
de sua vida dedicou-se a divulgar os princípios da administração que se baseavam 
fundamentalmente em sua experiência.
4.1 PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO: FAYOL
Citando os estudos realizados por Fayol, focados principalmente na questão da Gestão 
eficaz, foram apresentados por Maximiano em (2004, p. 59), que de acordo com os estudos 
de Fayol, propôs quatorze princípios que devem ser seguidos para que uma administração 
seja eficaz. São eles:
1. Divisão do trabalho, a designação de tarefas específicas para cada indivíduo, resultando 
na especialização das funções e separação dos poderes.
2. Autoridade e responsabilidade, sendo a primeira o direito de mandar e o poder de fazer 
obedecer, e a segunda, a sanção – recompensa ou penalidade – que acompanha o exercício 
do poder.
3. Disciplina, o respeito aos acordos estabelecidos entre a empresa e seus agentes.
4. Unidade de comando, de forma que cada indivíduo tenha apenas um superior.
5. Unidade de direção, um só chefe e um só programa para o conjunto de operações que 
visam ao mesmo objetivo.
6. Subordinação do interesse individual ao interesse geral.
7. Remuneração do pessoal, de forma equitativa e com base tanto em fatores externos quanto 
internos.
8. Centralização, o equilíbrio entre concentração de poderes de decisão no chefe, sua 
capacidade de enfrentar suas responsabilidades e a iniciativa dos subordinados.
9. Cadeia de comando (linha de autoridade), ou hierarquia, a série dos chefes desde o 
primeiro ao último escalão, dando-se aos subordinados de chefes diferentes a autonomia 
para estabelecer relações diretas (a ponte de Fayol).
10. Ordem, um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar.
11. Equidade, o tratamento das pessoas com benevolência e justiça, não excluindo a energia 
e o rigor quando necessários.
12. Estabilidade do pessoal, a manutenção das equipes como forma de promover seu 
desenvolvimento.
13. Iniciativa, que faz aumentar o zelo e a atividade dos agentes.
14. Espírito de equipe.
Ao nos atermos aos estudos dos princípios que devem ser seguidos de acordo com 
UNIDADE 2TÓPICO 1D1-82
Fayol, no início do século passado, podemos observar que as características se mantêm quanto 
às funções gerenciais, somente adequando-se às novas realidades e reconhecendo o papel 
do gerente eficaz, através do reconhecimento do comportamento adequado à liderança, pro-
atividade, inovação e a dinâmica de atuação, tirando o melhor proveito dos princípios estudados 
por Fayol. (MAXIMIANO, 2004).
Fayol estudou as características dos dirigentes, atribuiu-lhes as responsabilidades do 
controle gerencial em uma empresa organizada, com atividades que consistem em ações de 
coordenação e orientação aos colaboradores. Preocupando-se com os dirigentes e considerando 
também de responsabilidade do bom gestor a questão burocrática do processo administrativo. 
Fundamentalmente: conhecer passo a passo as formas de trabalho, para poder, assim, saber 
orientar seus colaboradores. É necessário, portanto, o conhecimento das necessidades e o 
tempo que se faz necessário para a execução, que pode ser considerado ou até ser contestado, 
se o conhece em profundidade. Entretanto, o conhecimento dos processos em uma instituição 
organizacional deve ser uma constante, em que a própria experiência deve acompanhar a 
dinâmica da empresa. Somente assim poderá então o gestor apresentar o diferencial, frente 
a seus subordinados, e sua competência largamente difundida e assimilada pelos vários 
setores, equipes e pessoas, que são encarregadas a atuarem de forma similar ao pretendido. 
Quanto à execução de tarefas, nos mais variados níveis hierárquicos das organizações, as 
responsabilidades que são atribuídas a cada um e forma de condução das ações responsáveis 
dos pequenos grupos, ou setores. Prover os colaboradores de atenção contribui, já 
comprovadamente, no processo de esforços de sua melhor performance (CHIAVENATO, 2000).
Também é importante analisarmos a questão de uma série de chefes e suas chefias. O 
cuidado que Fayol teve em preocupar-se com o nível executivo da empresa, vê-se também a 
preocupação na cadeia de comando e linha de autoridade, estabelecidas as relações diretas, 
chamadas: “Ponte de Fayol”. Visto que a preocupação de Fayol girava em torno da ordem, em 
que cada colaborador deve ter seu lugar, que é de fundamental importância para as operações 
da organização em todos os seus níveis hierárquicos e linhas de comando (CHIAVENATO, 
2000).
UNI
Taylor se preocupou com as atividades operacionais dos cargos 
mais baixos, efetivamente sobre questões de produtividade, e 
Fayol cuidou do trabalho da administração e os mais altos cargos 
e ações decorrentes de uma gestão.
Fayol, portanto, analisava os aspectos organizacionais de cima para baixo, do todo para 
UNIDADE 2 TÓPICO 1 D1-83
FIGURA 21 – FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
FONTE: Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAt7kAF/fayol-processo-
administracao>. Acesso em: 24 out. 2012.
as partes, estudando ações a partir da direção para os colaboradores de execução. 
Os objetivos tanto da Administração Científica quanto da Teoria Clássica são os mesmos: 
a busca da eficiência nas organizações, em todos os setores considerando o todo. As funções 
administrativas devem ser proporcionalmente distribuídas em toda escala hierárquica de uma 
empresa.
Conforme Chiavenato (2000), segundo Fayol, toda empresa tem seis funções básicas. 
Cada uma delas tem suas atividades distintas no processo e no sistema organizacional. São 
elas: 
1. Funções Técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa. Esta 
função tem maior importância nos aspectos de cargos mais baixos, pois está diretamente 
relacionada à área de produção e manufatura, seja de produtos ou serviços de qualidade. No 
caso de cargos mais altos, maior deverá ser a capacidade técnica de administrar, portanto, 
faz-se necessário analisar o perfil do colaborador para considerá-lo o mais adequado à 
atuação no cargo vago possível.
2. Funções Comerciais: relacionadas com a compra, venda e troca ou permuta.
3. Funções Financeiras: relacionadas com a procura e gerência e utilização mais adequadas 
do capital.
4. Funções de Segurança: relacionadas com a proteção e preservação dos bens (propriedades 
e das pessoas).
5. Funções Contábeis: relacionadas com inventários, registros, estoques, balanços, custos 
e estatísticas.
6. Funções Administrativas: coordenam e sincronizam as demais funções de forma que os 
recursos são organizados para execução dos planos. O processo de execução consiste em 
UNIDADE 2TÓPICO 1D1-84
4.2 QUALIDADES, CONHECIMENTOS E EXPERIÊNCIAS
Fayol abordava que as principais qualidades, conhecimentos e experiências necessárias 
para um gestor, conforme Chiavenato (2000), são:
Qualidades físicas: saúde, vigor, trato.
Qualidades mentais: habilidade de aprender e de entender, vigor mental e adaptabilidade.Qualidades morais: energia, firmeza, iniciativa, lealdade, tato.
Educação geral: familiaridade com outros assuntos.
Conhecimento especial: aquele peculiar à função, técnico.
Experiência: conhecimento advindo do próprio trabalho.
Segundo Chiavenato (2000), para Fayol, as funções universais da administração são:
Previsão: envolve avaliação do futuro e aprovisionamento em funções dele. Unidade, 
continuidade, flexibilidade e apreciação são os aspectos principais de um plano de ação.
Organização: proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa e pode ser 
dividida em organização material e organização social.
Comando: leva a organização a funcionar. Seu objetivo é alcançar o máximo retorno de todos 
os empregados no interesse dos aspectos globais.
Coordenação: harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando seu trabalho e seu sucesso. 
Ela sincroniza coisas e ações em suas proporções certas e adapta os meios aos fins.
Controle: consiste na verificação para certificar se todas as coisas ocorrem em conformidade 
realizar todas as atividades do sistema organizacional.
 
Em todo o processo devem existir: planejamento, estratégias de ação, processo de 
qualidade na execução e informação e controle do resultado.
Se além das funções, as ações seguirem a dinâmica do bom planejamento, a qualidade 
no processo da execução, e a informação sobre o controle do resultado, as ações corretivas 
do processo e as funções de cada empresa, não atuarão pela perspectiva do imediatismo, da 
correção e/ou do retrabalho.
Fayol é atualmente considerado o pai da administração moderna, por ter sido um 
influente teórico. Suas fundamentações foram calcadas na experiência por ele observada e 
praticada durante sua atuação frente à mineradora e metalúrgica francesa Comambault. Os 
estudos de Fayol na teoria administrativa abarcaram questões de habilidade administrativa 
distintas do conhecimento tecnológico. Determinou que o perfil do administrador deve estar 
intrinsecamente ligado com qualidades (físicas, mentais, morais), conhecimento (educação 
geral, conhecimento especial) (CHIAVENATO, 2000).
UNIDADE 2 TÓPICO 1 D1-85
com o plano adotado, as instruções transmitidas e os princípios estabelecidos. O objetivo é 
localizar as fraquezas e os erros no sentido de retificá-los e prevenir a recorrência.
Para Fayol, existe uma proporcionalidade da função administrativa, isto é, ela se reparte 
por todos os níveis da hierarquia da empresa e não é privativa da alta cúpula. Em outros 
termos, a função administrativa não se concentra exclusivamente no topo da empresa, nem é 
privilégio dos diretores, mas é distribuída proporcionalmente entre todos os níveis hierárquicos. 
À medida que se desce na escala hierárquica, mais aumenta a proporção das outras funções 
da empresa e, à medida que se sobe na escala hierárquica, mais aumenta a extensão e o 
volume das funções administrativas. (CHIAVENATO, 2000).
Para Chiavenato (2000), as conclusões de Fayol sobre todo esse processo se resumem a:
 
•	 A capacidade principal de um operário é a capacidade técnica.
•	 Capacidade administrativa aumenta, enquanto a capacidade técnica diminui.
•	 A capacidade principal do diretor é a capacidade administrativa. Quanto mais elevado o nível 
hierárquico do diretor, mais essa capacidade domina. 
Fayol afirma a necessidade de um ensino organizado e metodológico da Administração, 
de caráter geral para formar administradores, a partir de suas aptidões e qualidades pessoais 
focadas na gestão e liderança. Em sua época, essa ideia era uma novidade, porque naquela 
época os gerentes tinham como característica serem manipuladores através das palavras e 
indiferenças ou aplicando regras, tomando decisões e atitudes inadequadas ou até mesmo 
indiferentes das suas equipes e colaboradores. (CHIAVENATO, 2000).
5 PERSONALIDADES INFLUENTES NO PROCESSO 
DE EVOLUÇÃO DA GESTÃO
•	 PETER FERDINAND DRUKER 
Peter F. Drucker, considerado pai do Gerenciamento, foi um homem de sete ofícios: 
economista, analista financeiro, jornalista, conferencista, consultor, autor e professor. 
Nascido na Áustria em 1909. Morreu em novembro de 2005 aos 95 anos, nos USA (United 
States of America). Escritor e consultor de gestão, e descreveu-se como ecologista-social. 
Escreveu sobre a importância decisiva do Marketing nas organizações. Sugeriu que a 
melhor metodologia para determinar o futuro é olhar para as mudanças que vêm ocorrendo 
recentemente. É olhar o mercado e as mudanças que vêm ocorrendo nos negócios e então 
apropriar-se dessas informações e usá-las. É preciso criar um novo conhecimento, e torná-
lo produtivo. 
FONTE: Disponível em: <http://www.centroatl.pt/titulos/desafios/peterdrucker.php>. Acesso em: 27 
nov. 2010.
UNIDADE 2TÓPICO 1D1-86
•	 LYNDALL URWICK
Lyndall Urwick foi um consultor de negócios administrativos e pensador influente do 
Reino Unido, seguidor das ideias de Fayol quanto a questões de teorias compreensivas da 
administração; escreveu um livro chamado “Os elementos de administração do negócio” 
(The Elements of Business Administration), que foi publicado em 1943.
Segundo Lyndall Urwick (1943, p. 75), as funções do administrador são sete:
1. Investigação.
2. Previsão.
3. Planejamento.
4. Organização.
5. Coordenação.
6. Comando.
7. Controle.
UNI
“A melhor forma de prever o futuro é criá-lo”. (Peter Druker)
FONTE: Disponível em: <http://www.adm.ufba.br/sites/default/files/publicacao/arquivo/tese_
doutorado_ claudiani_waiandt.pdf>. Acesso em: 30 out. 2012. 
•	 MOONEY E REILLEY
Foram os estudiosos e pioneiros no esforço para criar a definição do processo 
de administrar. Eles afirmaram que deve haver eficiência em todos os grupos de toda 
organização.
•	 RALPH C. DAVIS
Vê a amplitude administrativa em um planejamento de três níveis: 
Estratégico: que engloba toda organização.
Tático: envolvendo os departamentos.
Operacional: focando as tarefas.
UNIDADE 2 TÓPICO 1 D1-87
•	 WILLIAM H. NEWMAN
Professor e estudioso dos processos gerenciais. Faleceu em maio de 2002. 
Considerado o último estudioso fundador da Academia de Administração em 1936, tendo 
publicado dez livros sobre Técnicas de Gestão e Estratégias. Foi por vários anos consultor 
administrativo. Seus estudos estão publicados e ele é considerado autor influente no estudo 
de modelos de gestão. Seus livros de Ações Administrativas estão traduzidos em dez idiomas. 
UNI
UNI
“O êxito do desenvolvimento de executivos em uma empresa é 
resultado, em grande parte, da atuação e da capacidade dos seus 
gerentes no seu papel de educadores. Cada superior assume este 
papel quando ele procura orientar e facilitar os esforços dos seus 
subordinados para se desenvolverem”. John W. Riegel
Hoje existe uma premiação internacional anual, William Newman, 
por trabalhos de estudos realizados na área de gestão. 
FONTE: Disponível em: <http://www.nytimes.com/2002/06/30/classified/paid-notice-deaths-newman-
william-h.html>. Acesso em: 24 out. 2012.
•	 KOONTZ E O’DONNELL
Estes estudiosos dedicaram-se ao desenvolvimento das teorias, para desempenho de 
tarefas administrativas, ampliando as possibilidades de sucesso na organização empresarial, 
observando os momentos adequados ou necessários a transformações. Koontz e O’Donnell 
(1989, p. 25) citam que: “o processo de planejamento é lógico, pois reflete as etapas e as 
condições sucessivas para atingir um objetivo”. Eles têm um ótimo trabalho desenvolvido para 
administração desportiva, baseado em posicionamentos pessoais, que vale a pena conferir, 
referente às manifestações de alta performance.
6 HENRY FORD E A LINHA DE MONTAGEM
Henry Ford, dentro de um processo predefinido, trabalhou o sistema de produção em 
UNIDADE 2TÓPICO 1D1-88
FIGURA 22 – LINHA E MONTAGEM
FONTE: Disponível em: <http://www.jornalvs.com.br/blogs/motores/10-2010>. Acesso 
em: 24 out. 2012.
Ford 
Evidenciou, entre outros, os seguintes princípios:
1. Fazer as coisas da melhor maneira possível.
2. Distribuir com clareza as responsabilidades.
3. Escolheros servidores mais capazes, não importa a que preço.
“Para alcançar a padronização, Ford passou a utilizar o mesmo sistema de calibragem 
para todas as peças, em todo processo de manufatura. Esse princípio deu origem ao controle de 
qualidade, cujo objetivo era assegurar a uniformidade das peças”. (MAXIMIANO, 2004, p. 56).
DIC
AS!
DICA de leitura: O Verdadeiro, o Belo e o Bom, de Howard 
Gardner.
massa elevando o grau de produção diferenciado, implicando quantidade de peças padronizadas 
e trabalhador especializado (CHIAVENATO, 2000).
UNIDADE 2 TÓPICO 1 D1-89
LEITURA COMPLEMENTAR
A OBRA DE TAYLOR – SUAS CONSTATAÇÕES E PROPOSTAS
A abordagem típica da Escola da Administração Científica é a ênfase nas tarefas. O nome 
Administração Científica é devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas 
da Administração, a fim de alcançar elevada eficiência industrial. Os principais métodos 
científicos aplicáveis aos problemas da Administração são a observação e a mensuração. 
A Escola da Administração Científica foi iniciada no começo deste século pelo engenheiro 
americano Frederick W. Taylor, considerado o fundador da moderna administração. Taylor teve 
inúmeros seguidores e provocou uma verdadeira revolução no pensamento administrativo e 
no mundo industrial de sua época.
Sua preocupação original foi tentar eliminar o fantasma do desperdício e das perdas 
sofridas pelas indústrias americanas e elevar os níveis de produtividade por meio da aplicação 
de métodos e técnicas da engenharia industrial.
Frederick Winslow Taylor (1856-1915), o fundador da Administração Científica, nasceu 
em Filadelfia, nos Estados Unidos. Veio de uma família “quaker” de princípios rígidos e foi 
educado dentro de uma mentalidade de disciplina, devoção ao trabalho e poupança. Em seus 
primeiros estudos, tomou contato direto com os problemas sociais e empresariais decorrentes 
da Revolução Industrial. Iniciou sua vida profissional como operário, em 1878, na Midvale Steel 
Co., passando a capataz, contramestre, chefe de oficina, a engenheiro em 1885, quando se 
formou pelo Stevens Institute.
Naquela época, estava em moda o sistema de pagamento por peça ou por tarefa. Os 
patrões procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa, e os operários, por seu 
turno, reduziam a um terço o ritmo de produção das máquinas, procurando contrabalançar, desta 
forma, o pagamento por peça determinado pelos patrões. Isto levou Taylor a estudar o problema 
de produção nos seus mínimos detalhes, pois não podia decepcionar os seus patrões, graças 
ao seu progresso na companhia, nem decepcionar seus colegas de trabalho, que desejavam 
que o então chefe de oficina não fosse duro com eles no planejamento do trabalho por peça.
Taylor iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e, mais tarde, 
generalizou as suas conclusões para a Administração geral: sua teoria seguiu um caminho de 
baixo para cima e das partes para o todo.
Permaneceu em Midvale até 1889, onde iniciara suas experiências, que o tornariam 
famoso, quando entrou para a Bethlehem Steel Works, para tentar aplicar as suas conclusões, 
vencendo enorme resistência às suas ideias. Registrou cerca de cinquenta patentes de 
invenções sobre máquinas, ferramentas e processos de trabalho. Em 1895, apresentou à 
“American Society of Mechanical Engineers” um estudo experimental denominado “Notas Sobre 
UNIDADE 2TÓPICO 1D1-90
as Correias”. Pouco depois publicava outro trabalho, “Um Sistema de Gratificação por Peça”, 
um sistema de administração e de remuneração dos operários.
O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação do seu livro Shop 
Management (Administração de Oficinas), 1903, onde se preocupa exclusivamente com as 
técnicas de racionalização do trabalho do operário, por meio do Estudo de Tempos e Movimentos 
(Motion-time Study).
Taylor começou por baixo, junto com os operários no nível de execução, efetuando um 
paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo os seus movimentos 
e processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente. Verificou que 
o operário médio produzia muito menos do que era potencialmente capaz com o equipamento 
disponível. Concluiu que se o operário diligente e mais predisposto à produtividade percebe 
que no final obtém a mesma remuneração que o seu colega menos interessado e menos 
produtivo, acaba se acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo com a 
sua capacidade. 
Daí a necessidade de criar condições de pagar mais ao operário que produz mais.
Em essência, Taylor diz em Shop Management que:
(1) o objetivo de uma boa Administração era pagar salários altos e ter baixos custos unitários 
de produção;
(2) para realizar esse objetivo, a Administração tinha de aplicar métodos científicos de pesquisa 
e experimento para o seu problema global, a fim de formular princípios e estabelecer processos 
padronizados que permitissem o controle das operações fabris;
(3) os empregados tinham de ser cientificamente colocados em serviços ou postos em que os 
materiais e as condições de trabalho fossem cientificamente selecionados, para que as normas 
pudessem ser cumpridas;
(4) os empregados deviam ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, 
portanto, executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal fosse cumprida;
(5) uma atmosfera de íntima e cordial cooperação tem de ser cultivada entre a Administração 
e os trabalhadores, para garantir a continuidade desse ambiente psicológico que possibilite a 
aplicação dos outros princípios por ele mencionados.
O segundo período de Taylor corresponde à época da publicação do seu livro Princípios 
de Administração Científica, quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria 
ser logicamente acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse coerente 
a aplicação dos seus princípios. Nesse segundo período, desenvolveu os seus estudos sobre 
a Administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar, contudo, sua 
preocupação com relação à tarefa do operário.
Taylor assegurava que as indústrias de sua época padeciam de males que poderiam 
UNIDADE 2 TÓPICO 1 D1-91
ser agrupados em três fatores:
(1) Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam propositadamente a produção 
a cerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela 
gerência. Há três causas determinantes da vadiagem no trabalho, que podem ser assim 
resumidas:
•	 o erro que vem de época imemorial e quase universalmente disseminado entre os 
trabalhadores, de que o maior rendimento do homem e da máquina terá como resultante o 
desemprego de grande número de operários;
•	 o sistema defeituoso de Administração, comumente em uso, que força os operários à 
ociosidade no trabalho, a fim de melhor proteger os seus interesses;
•	 os métodos empíricos ineficientes, geralmente utilizados em todas as empresas, com os 
quais o operário desperdiça grande parte do seu esforço e do seu tempo.
(2) Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua 
realização.
(3) Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho. Para sanar esses males, 
idealizou seu famoso sistema de Administração que denominou Scientific Management e 
que nos países de língua latina foi difundido sob os nomes de Sistema de Taylor, Gerência 
Científica, Organização Científica no Trabalho e Organização Racional do Trabalho. Segundo o 
próprio Taylor, o Scientific Management é antes uma evolução do que uma teoria, tendo como 
ingredientes 75% de análise e 25% de bom senso.
De acordo com Taylor, a implantação da Administração Científica deve ser gradual 
e obedecer a um certo período de tempo, para evitar alterações bruscas que causem 
descontentamento por parte dos empregados e prejuízo aos patrões. Essa implantação requer 
um período de quatro a cinco anos para um progresso efetivo.
Apesar de sua atitudefrancamente pessimista a respeito da natureza humana, já que 
considera o operário irresponsável, vadio e negligente, Taylor se preocupou em criar um sistema 
educativo baseado na intensificação do ritmo de trabalho em busca da eficiência empresarial 
e, em nível mais amplo, ressaltar a enorme perda que o pais vinha sofrendo com a vadiagem 
e a ineficiência dos operários.
FONTE: Disponível em: <http://www.scribd.com/doc/272092/A-Obra-de-Taylor-Suas-Constatacoes-e-
Propostas>. Acesso em: 5 set. 2012.
UNIDADE 2TÓPICO 1D1-92
Caro(a) acadêmico(a)! Neste tópico você viu que:
•	 A importância da evolução da adminstração no contexto histórico.
•	 Pôde identificar o mapa conceitual das teorias da administração.
•	 O papel de gestão nos diferentes contextos organizacionais, como na Igreja Católica e 
organização militar.
•	 A contribuição da administração científica de Taylor e as técnicas de Fayol com o processo 
administrativo.
RESUMO DO TÓPICO 1
UNIDADE 2 TÓPICO 1 D1-93
1 As funções administrativas são compostas por planejamento, organização, direção e 
controle. Exemplifique estas funções baseadas em uma atividade de seu cotidiano.
2 Dentre as personalidades influentes no processo de evolução da gestão, escolha 
uma e diga qual a contribuição para administração que perdura?
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OAT
IVID
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UNIDADE 2TÓPICO 1D1-94
TEORIAS EVOLUTIVAS
1 INTRODUÇÃO
2 TEORIA DA BUROCRACIA
TÓPICO 2
UNIDADE 2
Nesse momento serão feitas reflexões sobre a importância das teorias administrativas 
para a evolução no processo de gestão e quais suas principais contribuições dentro do contexto 
histórico.
Muitas das teorias surgiram com o intuito de agregar valor às ações de gestão e 
interferem diretamente até hoje nas organizações.
Vamos iniciar com a teoria da burocracia e posteriormente com o enfoque comportamental 
e a teoria dos sistemas.
Para Maximiano (2004, p. 59), “A burocracia tem conotação negativa e lembra excesso 
de papéis e regulamentos. A palavra burocracia em seu sentido original indica uma forma de 
organização que se baseia na racionalidade das leis”.
Max Weber (1864-1920), cientista alemão, foi quem fez os estudos pioneiros sobre 
as burocracias. Determinou que as organizações formais modernas se baseiam em leis que 
as pessoas acreditam e aceitam como racionais. Max Weber (1864-1920), nos seus estudos 
realizados, propôs três teorias características, que juntas formam o tipo ideal de burocracia.
São elas: 
FORMALIDADE: essencialmente sistemas de normas, com objetivo de racionalidade das 
UNIDADE 2TÓPICO 2D1-96
decisões baseadas em critérios impessoais.
IMPESSOALIDADE: alguns cargos são de figuras de autoridade. A obediência é devida ao 
cargo e não ao ocupante.
PROFISSIONALISMO: a burocracia funciona, neste caso, como sistema de subsistência para 
o funcionário.
FIGURA 23 – BUROCRACIA
FONTE: Disponível em: <http://contrun.noblogs.org/post/2008/04/16/apresenta-o-de-
burocracia-e-ideologia-jo-o-bernardo/>. Acesso em: 24 out. 2012.
DIC
AS!
<www.culturabrasil.pro.br/weber.htm>. Neste site é possível 
encontrar maiores informações e estudos sobre este personagem 
da história da administração.
Portanto, todas as organizações têm pontos comuns quanto à forma racional de exercer 
e estabelecer o regimento de sistemas e normas impessoais que regem o comportamento 
das pessoas nas organizações da sociedade moderna. Embora o tipo de burocracia ideal 
apresentada e defendida por Weber, cabe-nos alertar sobre alguns pontos que podem ser 
exercidos de forma e comportamento, com características ao:
UNIDADE 2 TÓPICO 2 D1-97
PARTICULARISMO: defender interesses de grupos, por motivos de amizade ou interesse 
financeiro.
INTERESSES PESSOAIS: favorecimento através de negócios com pessoas da família.
EXCESSO DE REGRAS: conhecido como processo burocrático, múltiplas regras e exigências 
na realização de atividades. 
MECANICISMO = Situações de funções limitadas, voltadas às regras do sistema.
Assim, podemos afirmar que a burocracia é baseada: no caráter legal das normas; 
fundamentada na rotina dos procedimentos; na impessoalidade do relacionamento; nas 
ações de rotinas e procedimentos; na previsibilidade do funcionamento e na padronização do 
desempenho. 
Todas essas ações têm por objetivo a máxima eficiência da organização. Vemos, 
portanto, algumas vantagens da burocracia: uniformidade de rotinas e procedimentos; 
rapidez nas decisões; univocidade de interpretação; redução de atrito entre as pessoas e 
constância. Entretanto, o modelo burocrático pode ter disfunções, como: exagerado de apego 
aos regulamentos; excesso de formalismo; resistência a mudanças; despersonalização do 
relacionamento; conformidade a rotinas e procedimentos e dificuldade de atendimento. 
Ao estudarmos a questão burocrática organizacional, podemos observar que a escassez 
da burocracia pode gerar: falta de especialização; falta de autoridade e confusão; liberdade 
excessiva; informalidade e ausência de documentos; ênfase nas pessoas e consequente 
desordem. 
Da mesma forma, podemos observar que o excesso de burocratização pode gerar: 
superespecialização no trabalho; autoridade e imposição; ordem e regras de disciplina; excesso 
de formalismo e documentação; excesso de exigências, que acarretam rigidez excessiva.
2.1 A BUROCRACIA COMO MELHORIA NA GESTÃO
Quando citamos a burocracia, com certeza, você deve ter torcido o bico, não foi?
Pois é, não nos surpreende, pois a maioria das pessoas, quando falamos de burocracia, 
faz o mesmo. Parece que essa palavra não é bem vista nem nos livros, mas sabe por quê?
Por que as pessoas não sabem o real motivo do surgimento da burocracia, e se 
soubessem qual é o real intuito da burocracia na sua criação, não culpariam o pai desta teoria 
e sim as pessoas, que, ao longo dos tempos, a usaram de forma indevida.
A teoria da burocracia desenvolvida por Max Weber foi criada com o intuito de organizar. 
UNIDADE 2TÓPICO 2D1-98
Isso mesmo, de organizar o sistema num todo, assim como as organizações.
Ou seja, a burocracia veio para facilitar a vida das pessoas, devendo ser usada como 
algo que pudesse facilitar, colocando ordem aos procedimentos, às tarefas e às próprias 
pessoas. Porém, com o passar dos tempos, as pessoas começaram a usar a burocracia para 
“maquiar” ou “atrasar” esses procedimentos, tornando-a algo que hoje a maioria das pessoas 
tem pavor (CHIAVENATO, 2000).
Mas agora que você já sabe o real motivo da criação da teoria da burocracia, use-a 
como foi proposto por Weber, na essência de sua origem.
3 ENFOQUE COMPORTAMENTAL
3.1 AS EXPERIÊNCIAS DE HAWTHORNE
“O enfoque comportamental é outra maneira de enxergar as pessoas nas organizações, 
considera as pessoas em sua totalidade e como parte mais importante das organizações e seu 
desempenho”. (MAXIMIANO, 2004, p. 60). Quando o enfoque comportamental é usado por 
uma organização, significa dizer que a organização tem consideração primordial no indivíduo. 
Esteja ele sendo visto com sua atuação individual ou grupal, mas sempre abrangendo as 
características do indivíduo. 
A teoria do comportamento como indivíduo que passa a ser considerado como ser 
humano nasceu através de um experimento e efetiva participação do cientista social australiano 
Elton Mayo (1880-1947), considerado pai das relações humanas. No estudo houve a abordagem 
sobre o comportamento das pessoas como indivíduos com suas características pessoais e o 
enfoque no comportamento enquanto grupo. Através destes estudos demonstra as relações 
sociais no trabalho. O estudo foi realizado no período entre os anos 1927 a 1933, conforme 
Maximiano (2004, p. 61). 
UNIDADE 2 TÓPICO 2 D1-99
3.2 A ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS
O desenvolvimento das Ciências Humanas, Sociologia e Psicologia, originou um novo 
movimento no processo administrativo organizacional, ou seja, a necessidade de humanizar 
e democratizar a administração, com objetivo de libertação dos conceitos rígidos da Teoria 
Clássica. A partir de um grupo de pesquisadores daUniversidade de Harvard, um estudo 
sobre o comportamento humano na organização foi desenvolvido, e assim descobriram que 
as variações de produção não surtiam efeitos sobre o desempenho dos trabalhadores. A 
escola das relações humanas e o enfoque comportamental, que é considerado em primeiro 
plano, e em segundo fica o sistema técnico, que envolve produtos, equipamentos e regras. 
Das experiências de Hawthorne - Chicago U.S.A. (United States of America) nasceu a Escola 
das Relações Humanas. Outros teóricos que ganharam destaque na Escola das Relações 
Humanas foram: Roethlisberger, William Dickson e Chester Barnard. Vale a pena pesquisar 
também sobre estes colaboradores de Elton Mayo (CHIAVENATO, 2000).
FIGURA 24 – HAWTHORNE
FONTE: Disponível em: <http://admsrcj.blogspot.com.br/2011/06/as-4-fases-de-estudo-
de-hawthorne.html>. Acesso em: 24 out. 2012.
Este estudo concluiu que o trabalho é uma atividade grupal. O nível de produção 
tem maior influência das normas do grupo que dos incentivos físicos ou fisiológicos. Quanto 
maior a integração social dentro do grupo de trabalho, maior a disposição de produzir. Mais 
importante que o incentivo econômico é a necessidade de reconhecimento e aprovação social 
que influenciam decisivamente a motivação do trabalhador.
UNIDADE 2TÓPICO 2D1-100
Segundo Chiavenato (2001), embora com algumas restrições metodológicas, os estudos 
de Hawthorne são a fundamentação histórica mais importante quanto ao conhecimento do 
comportamento humano nas organizações. 
DIC
AS!
LEITURA SUGERIDA: A profeta do gerenciamento, capítulos II, 
III, IV, VI, VII e XI, de Mary Parker Follet.
As funções do Executivo, capítulos 2, 5, 9, 12 e 15, de C. 
Barnard.
4 PENSAMENTO SISTÊMICO
O pensamento sistêmico vem de uma corrente circular de aprendizagem, consciência 
de suas aptidões e habilidades. Um ciclo de visão, missão (razão fundamental de existir) e 
valores. Ao transferirmos para uma organização, temos teorias, métodos e recursos utilizados. 
O pensamento sistêmico objetiva enxergar o todo, detectar padrões e inter-relacionamentos e 
aprender a reestruturar essas inter-relações de forma mais harmoniosa possível. 
Peter Senge (1990), estudioso do aprendizado profundo, elenca cinco matérias, que são:
 
1) A visão compartilhada que é dinâmica: a construção de uma visão compartilhada deve 
envolver pessoas de vários níveis da organização e requer o diálogo com superiores, 
apresentando suas aspirações e do rumo da organização. É a imagem do futuro.
2) Modelo Mental: em termos cognitivos, refere-se aos entendimentos e às percepções de curto 
prazo, que as pessoas constroem com base no seu raciocínio diário, através de ações que 
nos cercam de forma imperceptível. 
3) Domínio Pessoal: habilidade de conhecimento de excelência, através da capacidade e 
conhecimentos pessoais.
4) Time que aprende. Aprendizagem em grupo ou equipe. Nos vários níveis da organização 
existem grupos. E a eficácia individual é que incentiva a aprendizagem em equipe, pela 
observação e relação às tarefas e ao conceito de alinhamento do grupo nas ações, e 
aprendem a pensar juntos, e construir um senso coletivo, formando um conhecimento coletivo 
mais rico, de forma individual e também para a organização.
5) Enfoque sistêmico. Todas formam um novo conceito de novas aptidões, capacidade de 
reflexão, novas consciências e responsabilidades, gerando um novo modelo mental de novas 
atitudes e crenças. É a linguagem que descreve as inter-relações entre os elementos do 
sistema.
UNIDADE 2 TÓPICO 2 D1-101
FIGURA 25 – PENSAMENTO SISTÊMICO
FONTE: Disponível em: <http://gestaoamr.blogspot.com.br/2011/09/normal-0-21-disciplina-
do-pensamento.html>. Acesso em: 24 out. 2012.
A imagem da organização mudará, a partir de pessoas motivadas e comprometidas nas 
tarefas do dia a dia, na aquisição de novos conhecimentos e sua aplicação, onde há liberdade 
para concretização de aspirações. 
4.1 TEORIA GERAL DOS SISTEMAS
Teoria – Anteriormente visto, uma teoria é fundamentada a partir da ação de examinar, 
contemplar, estudar e escrever um fato. É um mapeamento feito a partir da observação de um 
fenômeno, em uma arquitetura organizacional.
Geral – Pode ser aplicada a todo tipo de elementos ou sistemas. 
Sistemas – Conjunto de elementos, materiais ou ideias, entre os quais se possa encontrar ou 
definir alguma relação. Um todo organizado ou complexo; um conjunto ou combinação de coisas 
ou partes, formando um todo complexo ou unitário. São elencados elementos interdependentes 
que formam um sistema. Sistema dá ideia de conectividade (CHIAVENATO, 2000).
UNIDADE 2TÓPICO 2D1-102
FIGURA 26 – TEORIA DOS SISTEMAS
FONTE: Disponível em: <http://conceito.de/teoria-de-sistemas>. Acesso em: 24 out. 
2012.
O conceito de sistema proporciona uma visão compreensiva, abrangente, holística (as 
totalidades representam mais que a soma de suas partes) e gestáltica (o todo é maior que 
a soma das partes) de um conjunto de coisas complexas, dando-lhes uma configuração e 
identidade total.
“Pensar globalmente, agir localmente.” (CAPRA, 1996, p. 79).
O conceito geral de sistema passou a exercer significativa influência na administração, 
sob a ótica da ciência, favorecendo a abordagem sistêmica, que representa a organização em 
sua totalidade, com seus recursos e seu meio ambiente externo e interno.
A Teoria Geral de Sistemas é uma teoria que tem por objetivo melhorar a compreensão 
sobre sistemas, podendo ser aplicada, de forma geral, a todo tipo de sistemas. É interdisciplinar, 
pois para a sua compreensão e aplicação recorre-se a conceitos de Filosofia, Sociologia, 
Administração, entre outros. A compreensão do sistema somente ocorre quando se estudam 
os sistemas globalmente, envolvendo todas as relações e suas interdependências, e suas 
partes. A TGS (Teoria Geral de Sistemas) visa entender o ser humano e seu ambiente como 
parte de sistemas que interagem, buscando entender esta interação sob múltiplas perspectivas 
(CHIAVENATO, 2000). 
 
A Teoria Geral de Sistemas permite fazermos uma releitura e reconceituar os fenômenos 
dentro de uma abordagem global, permitindo a inter-relação e integração de assuntos que são, 
na maioria das vezes, de naturezas completamente diferentes.
A Teoria Geral de Sistemas provê uma linguagem geral, fazendo a ponte entre várias 
UNIDADE 2 TÓPICO 2 D1-103
áreas, isto é, uma comunicação interdisciplinar. De acordo com Chiavenato (2000), existem 
três premissas básicas neste processo: 
- Os sistemas existem dentro de sistemas.
- Os sistemas são abertos.
- As funções de um sistema dependem de sua estrutura. 
A teoria de sistemas penetrou rapidamente na teoria administrativa por duas razões, 
conforme Chiavenato (1993):
•	 A necessidade de integração maior das teorias que precederam.
•	 A tecnologia da informação trouxe imensas possibilidades de desenvolvimento e 
operacionalização de ideias que convergiram para uma teoria de sistemas aplicada à 
administração.
Sistemas e empresas: estas palavras estão intimamente ligadas, pois a empresa é 
um sistema e dentro dela existem diversos sistemas, independentemente do uso ou não da 
Tecnologia da Informação e seus recursos (CHIAVENATO, 2000).
Um conjunto de elementos interdependentes e interagentes ou um grupo de unidades 
combinadas formam um todo organizado. É um conjunto de partes reunidas que se relacionam 
entre si formando um todo. É um grupo de unidades combinadas que formam um todo 
organizado, cujas características são diferentes das características das unidades.
O enfoque sistêmico em sua essência é a ideia de elementos que interagem e formam 
conjuntos para realizar objetivos. Conforme Maximiano (2004, p. 63), “Um dos mais importantes 
criadores do enfoque sistêmico é o cientista alemão Ludwig von Bertalanffy”. No final dos anos 
30, ele propôs a Teoria Geral dos Sistemas. Sua utilização deve fundamentar-se na definição de 
uma situação de interesse. Apresentar a história através de eventos, identificando os fatores-
chave,traçando os padrões de comportamento; desenhar uma estrutura sistêmica; planejar 
cenários, identificar modelos mentais; definir direcionadores estratégicos, planejar ações e 
reprojetar o sistema.
4.2 TIPOS E ESTRUTURA DOS SISTEMAS
De acordo com Maximiano (2004):
1. ENTRADA = INPUT = informação, energia, materiais.
2. SAÍDA = OUTPUT = evento, ocorrência, transformação, e resultado de produto ou 
serviço.
UNIDADE 2TÓPICO 2D1-104
3. HOMEOSTASIA = equilíbrio dinâmico entre as partes.
4. INFORMAÇÃO = conjunto de dados = processo de redução da incerteza.
5. CORRENTE DA INFORMAÇÃO = fonte - transmissor - canal - receptor - destino - ruído.
6. COMUNICAÇÃO = tornar comum a uma ou mais pessoas uma determinada informação.
7. RETROAÇÃO = FEEDBACK = comunicação de retorno positivo ou negativo.
O Sistema é formado por um conjunto de elementos que estão dinamicamente 
relacionados. De acordo com Maximiano (2004), duas são as características básicas e 
fundamentais para a compreensão de sistemas. Quanto ao/à:
•	 Propósito ou objetivo: definidos pelos arranjos de suas unidades ou elementos.
•	 Globalidade ou totalidade: qualquer estimulação em qualquer unidade do sistema afetará 
todas as unidades.
Qualquer sistema pode ser representado como um conjunto de elementos ou 
componentes interdependentes, que se organizam em três partes: - ENTRADAS; PROCESSO 
e SAÍDA. A representação concreta que exemplifica e ilustra mais facilmente um sistema é a 
indústria, que recebe a ENTRADA como matéria-prima; - Transforma em sistema de produção 
e SAÍDA entrega do produto acabado. (MAXIMIANO, 2004, p. 64).
Quanto à sua constituição, revela Maximiano (2004):
Físicos ou concretos: são aqueles que existem fisicamente, através de equipamentos, 
maquinaria, objetos e coisas reais.
Abstratos ou conceituais: são compostos de conceitos, filosofias, planos, hipóteses e 
ideias.
Quanto à sua natureza, esclarece Maximiano (2004):
•	 Abertos (a adaptabilidade é um contínuo processo de aprendizagem e auto-organização). 
O conceito de sistema aberto é perfeitamente aplicável à organização empresarial. Os 
sistemas abertos partem de um comportamento probabilístico, pois seu comportamento 
nunca é totalmente previsível. Os sistemas abertos são complexos e respondem a muitas 
variáveis que não são totalmente compreensíveis. 
•	 Fechados: não recebem nem fornecem influência sobre o meio.
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LEITURA COMPLEMENTAR
O PENSAMENTO SISTÊMICO E O MUNDO DO TRABALHO PÓS-FORDISTA
Fernanda Meireles Silva 
Fernanda Rebello 
Lívia Delfim Maia
Resumo: O Pensamento Sistêmico surgiu como um contraponto à visão do organismo como 
uma máquina, pois as máquinas são construídas e os organismos crescem, se transformando, 
suas partes não são feitas em uma linha de montagem. Assim, surge uma nova visão da 
realidade. Esse rompimento de paradigma favorece a nova concepção do homem como ser 
social, da relação e interdependência entre as partes de um sistema, apontando que nada se 
constrói ou se mantém sozinho. As mudanças vieram ocorrendo como uma nova forma de 
ver e querer as coisas, deixando de lado a conformidade e abrindo-se a transformações e a 
correr riscos, tendo como característica a flexibilidade, promovendo mudanças no mundo do 
trabalho, influenciando a vida de cada indivíduo.
Palavras-chave: Pensamento sistêmico. Mundo do trabalho.
INTRODUÇÃO
Uma nova fase se inicia. Junto com as diversas maneiras de ver o mundo, surge o 
Pensamento Sistêmico, com uma nova visão da realidade, ultrapassando os limites e o vazio 
entre as diversas ciências, “pois há sistemas que não podem ser entendidos pela investigação 
separada e disciplinar de cada uma de suas partes. Só o todo possibilita uma explicação” (LODI, 
1973, p. 200). Por meio do Pensamento Sistêmico, passa-se a ver o mundo e as coisas de outra 
forma, como um conjunto de partes que se interconectam, tendo uma dependência recíproca entre 
elas. As organizações deixam de ser vistas como partes isoladas e passam a ser compreendidas 
como parte de um sistema maior, mudando seu jeito de compreender as coisas.
Um contraponto ao Fordismo é mais uma característica de um “novo” mundo, influenciando 
não somente a concepção, da organização, mas também mudando o comportamento do ser 
humano. Mudanças que acarretaram em organizações e indivíduos mais flexíveis, adaptáveis 
e cada vez mais vivendo num mundo a “curto prazo”.
O texto tem como objetivo principal conceituar o Pensamento Sistêmico e relacioná-lo 
com Fordismo e Pós-fordismo, demonstrando ao longo do trabalho a sua importância no mundo 
de hoje, e destacando as mudanças que envolvem esse tema. Pensamento muito utilizado em 
empresas e que teve influências no mundo do trabalho, como analisado no livro “A corrosão 
do caráter”, onde são expostas transformações significativas não só para uma organização, 
mas também para a vida de cada indivíduo.
UNIDADE 2TÓPICO 2D1-106
1. Pensamento Sistêmico
“Nenhum homem é uma ilha, completo em si próprio; cada ser humano é uma parte do 
continente, uma parte de um todo.” (John Donne). O Pensamento Sistêmico surgiu como um 
contraponto à visão do organismo como uma máquina, da relação do mundo e dos animais com 
o relógio, pois havia a necessidade de ir além, considerando significativa a relação entre suas 
partes. Por mais que fosse indispensável o conhecimento delas, era preciso a compreensão 
de todo o processo.
“A primeira diferença óbvia entre máquina e organismos é o fato de que as máquinas 
são construídas, ao passo que os organismos crescem”. (CAPRA, 1982, p. 262). Portanto, 
suas partes não são feitas em uma linha de montagem. É preciso, então, uma nova forma de 
enxergar a realidade. Não encontramos mais respostas satisfatórias ao nosso embasamento 
ou relacionarmos todos os elementos, considerando sempre o conceito de um mundo 
mecânico, estudando isoladamente as peças, mas sim, levando em conta a interatividade e 
interdependência entre elas, entre os organismos e os meios.
Segundo Capra (1982, p. 260), “a concepção sistêmica vê o mundo em termos de 
relações e de integração. Os sistemas são totalidades integradas, cujas propriedades não 
podem ser reduzidas às de unidades menores”. A abordagem sistêmica está mais interessada 
em juntar as coisas do que em separá-las, procurando entender que o todo é diferente de cada 
uma de suas partes.
Capra (1982, p. 263) também destaca que “um organismo vivo é um sistema auto-
organizador, o que significa que sua ordem, em estrutura e função, não é imposta pelo meio 
ambiente, mas estabelecida pelo próprio sistema”. Ele estabelece uma visão dos seres que 
interagem e se modificam, evoluindo, estando em constante mudança resultante da relação 
com outros seres.
Numa máquina, por exemplo, se alguma peça estiver com defeito ela para de funcionar, 
fica inoperante, ao contrário dos organismos vivos, que permanecem em contínuo processo de 
renovação, mantendo-se operantes. O Pensamento Sistêmico abre essa visão de um mundo 
onde as coisas estão entrelaçadas, da dependência entre essas partes para compor um sistema 
maior. Capra (1982, p. 264) referiu-se ao assunto da seguinte forma:
Um mecanismo de relógio, por exemplo, é um sistema relativamente isolado que exige 
energia para funcionar, mas que não precisa necessariamente interagir com seu meio ambiente 
para manter-se em funcionamento. [...]. Os organismos vivos funcionam de um modo diferente. 
São sistemas abertos, o que significa que têm de manter uma contínua troca de energia e 
matéria com seu meio ambiente a fim de permanecerem vivos.
Essa visão do mundo como máquina, a forma de analisar as coisas isoladamente, nada 
mais é do que o Pensamento Analítico, oposto do Pensamento Sistêmico. E para entendermos 
UNIDADE 2 TÓPICO 2 D1-107
melhor a diferença entre esses dois pensamentos, daremos um exemplo:
Baseado no filme “O ponto de mutação”, se pararmos para caracterizar uma árvore, por 
exemplo, no pensamento analítico, iríamos analisá-la isoladamente, dizersobre suas folhas e 
em alguns casos seus frutos, e, a partir daí, diríamos sua importância. Hoje em dia esta é uma 
forma ultrapassada de se analisar. A partir do pensamento sistêmico, entender-se-ia a árvore 
como parte de um sistema maior, não a restringiríamos somente pelas suas folhas, mas pela 
importância que ela tem em relação às espécies que delas necessitam, a relação dela com a 
terra, com a água, com o ar, as raízes que penetram a terra à procura de água, os animais que 
necessitam disso, e que se uma parte não funcionar bem, a árvore morrerá, ou seja, há uma 
relação de interdependência entre as partes, onde nada sobrevive sozinho.
A partir daí, essa mudança de visão que antes era focada nos elementos fundamentais 
para uma visão focada no todo, revolucionou o pensamento administrativo. A Teoria Administrativa 
passou a pensar, predominantemente, de forma sistêmica. Portanto, um sistema concentra-se 
na ideia de totalidade, não é somente as partes e nem é somente o todo, é as duas coisas ao 
mesmo tempo, é complexo.
“Embora possamos discernir partes individuais em qualquer sistema, a natureza do todo 
é sempre diferente da mera soma de suas partes”. (CAPRA, 1982, p. 260). 
2. Sistema Aberto e Fechado
“A empresa ou organização é vista como um sistema de decisão onde o indivíduo 
participa racionalmente e conscientemente, escolhendo entre alternativas mais ou menos 
racionais” (LODI, 1973, p. 204). Ao todo, uma organização está sujeita a influências e 
consequências externas, sendo assim, um sistema aberto. Lodi (1973, p. 200) ainda destaca que 
“todo organismo vivo é essencialmente um sistema aberto porque mantém um fluxo contínuo 
de entradas e saídas com o ambiente externo [...]”.
O contrário do sistema aberto é o sistema fechado, que não tem ligação e não sofre 
influência do meio externo. As empresas eram vistas, no início do século passado, como um 
sistema fechado, como uma estrutura capaz de se mover sozinha e sem referências com o 
mundo externo, pois sua visão estava voltada para o seu ambiente interno. Entretanto, Lodi 
(1973) apresenta argumentação que explicita a necessidade das organizações adotarem a 
visão do sistema aberto:
A estrutura organizacional só existe no momento em que os membros da organização 
preenchem funções para manejar esses eventos. Não há organização em estado de repouso, há 
apenas móveis, máquina e instalações. Esse aspecto altamente fatual e dinâmico da organização 
indica um alto grau de abertura com o ambiente, uma vulnerabilidade persistente e a necessidade 
de uma contínua adaptação da organização ao ambiente. (LODI, 1973, p. 212).
UNIDADE 2TÓPICO 2D1-108
Semelhante à definição de Lodi é a descrita por Morgan (1996, p. 53), onde ele diz que 
“organizações são sistemas abertos que necessitam de cuidadosa administração para satisfazer 
e equilibrar necessidades internas, assim como adaptar-se a circunstâncias ambientais”. Assim, 
diferente do que se observava no início do século passado, quando emergia o paradigma 
fordista, as organizações são sistemas abertos, influenciados e influentes ao seu exterior, 
dependendo e se adequando cada vez mais ao que lhe cerca.
Um sistema aberto está em constante relação com o meio ambiente, um dos 
pensamentos interligado ao Sistêmico é ao Ecológico, onde predomina a preocupação com a 
natureza, com o efeito que uma atitude pode causar nela. Num mundo com recursos limitados, 
essa visão não é necessária somente para cada indivíduo, mas também para uma empresa, 
um pensamento inevitável dentro das condições do nosso planeta. No mundo Fordista não 
havia a preocupação de promover o desenvolvimento sustentável, uma vez que a preocupação 
com a questão ecológica não era relevante.
3. A Relação Entre o Pensamento Sistêmico, Fordismo e Pós-Fordismo
Com a Revolução Industrial e o surgimento do Fordismo, surgiu também um novo modelo 
de organização, a forma de se trabalhar tornou-se mais rígida, caracterizada por técnicas 
repetitivas de produção, sendo assim, padronizada, vendo o homem como uma máquina.
Uma das características desse processo foi o Pensamento Analítico. Acreditava-se que 
uma mesma parte não poderia pertencer a duas categorias diferentes, estabelecendo, então, 
uma hierarquia de saber. Por exemplo, um funcionário só era capaz de fazer aquilo que lhe é 
determinado, sendo considerado incapaz de exercer outro tipo de serviço dentro da empresa. 
Cada um tinha sua função, tanto que, quando um determinado funcionário não tinha condições 
de cumpri-la, por qualquer motivo, era escolhido outro que fizesse o mesmo serviço, sem 
considerar a possibilidade de que um funcionário de outro setor pudesse fazê-la.
O Pensamento Sistêmico surgiu com o declínio do Fordismo e a ascensão do Pós-
Fordismo. Tal pensamento tem como objetivo compreender um todo de uma forma mais clara para 
procurar as influências das partes entre si, ou seja, um sistema não pode ser analisado apenas 
pelas partes que o integram, mas é imprescindível a relação entre essas partes, contextualizando-
as para entender o funcionamento de um todo, compondo assim um fenômeno maior.
Morgan (1996) analisa uma organização fordista da seguinte forma: as organizações 
estruturadas de forma mecanicista têm maior dificuldade de se adaptar à situação de mudança, 
porque são planejadas para atingir objetivos predeterminados; não são planejadas para a 
inovação. Isso não deveria causar surpresa, uma vez que as máquinas têm comumente um 
propósito único, assim como os mecanismos planejados para transformar insumos específicos 
em produtos também específicos, só podendo engajar-se em atividades diferentes caso sejam 
explicitamente modificadas ou replanejadas para tanto.
UNIDADE 2 TÓPICO 2 D1-109
No decorrer do tempo, com essas mudanças, as organizações se tornaram mais 
flexíveis, deixando o jeito formal de ser e pensando no grupo, passando a ter a compreensão 
de todo processo, ao invés de ter somente o controle. Tendo assim, um pensamento voltado 
ao processo e não à estrutura.
Esse rompimento de paradigma favorece a nova concepção do homem como ser social, 
da relação e interdependência entre as partes de um sistema, apontando que nada se constrói 
ou se mantém sozinho, necessitando, ou de agentes externos para a sua organização, ou 
agentes internos, que se organizam de acordo com suas necessidades, os chamados sistemas 
abertos e fechados.
O Pensamento Sistêmico é uma nova forma de ver e compreender o desenvolvimento 
humano, e nesse caso o funcionamento de uma empresa. Observando não somente o indivíduo 
isoladamente, percebendo que ele não é o único responsável pela formação de um sistema, 
mas que existe uma relação estabelecida entre diversas partes para manter esse sistema.
Dentro de uma empresa, podemos dizer que o Pensamento Sistêmico se baseia na 
compreensão da dependência recíproca de todas as partes que a integram e da necessidade 
da sua interação para um melhor desenvolvimento. Essas partes se influenciam, um setor afeta 
e é afetado por outro, então podemos dizer da codependência de ambas as partes. Ou seja, 
se uma parte não funciona bem, resulta no mau funcionamento da outra.
Para Lodi (1973, p. 201), “a Teoria de Sistemas veio enriquecer a Teoria da Organização 
com noções importantes para explicar o funcionamento da empresa. Noções como totalidade, 
crescimento, diferenciação, controle, integração, informação (...)”.
4. Pensamento Sistêmico e o Mundo do Trabalho
O “todo” de uma empresa pode ser mais eficaz do que a soma de suas “partes”. E nas 
organizações essas partes podem ser diferentes departamentos, funções, processos, setores 
etc. “[...] as organizações contêm indivíduos (que são sistemas em si mesmos) que pertencem 
a grupos ou departamentos que também pertencem a divisões organizacionais maiores, e 
assim por diante”. (MORGAN, 1996, p. 49).
O Pensamento Sistêmico é muito importante para o mundo do trabalho. A partir do 
momento em que uma empresa adota esse pensamento, comum nos dias de hoje, existea 
tendência dela se tornar cada vez mais flexível. Deixa-se de ser apenas uma forma de ver as 
pessoas como parte de um conjunto maior, em constante conexão dentro de uma organização 
e, passando-se para uma forma de agir e calcular a melhor maneira para se fazer uma 
escolha.
Em uma organização, toda ação tem implicações e consequências que devem ser 
devidamente analisadas antes de ser implantadas. Portanto, por meio do Pensamento Sistêmico 
UNIDADE 2TÓPICO 2D1-110
tende-se a conhecer a organização como um todo e analisar suas diversas partes e a interação 
entre elas, assim como, as implicações e consequências de qualquer ação são previstas com 
maior eficiência. Então, as decisões tendem a ser tomadas de uma forma integrada, fruto de 
uma visão compartilhada e do trabalho em equipe.
As mudanças vieram ocorrendo como uma nova forma de ver e querer as coisas, 
deixando de lado a conformidade, abrindo-se a transformações e a correr riscos, tendo como 
característica a flexibilidade.
A flexibilidade tem grande destaque no livro “A corrosão do caráter”, onde o autor enfatiza 
muito essas mudanças e as consequências de um mundo bem flexível. Vimos ao longo do trabalho 
capítulos, como as transformações interferiram e mudaram as empresas. É cada vez mais evidente 
a busca pelo retorno imediato, as organizações visando o seu todo e querendo mais a inovação.
Essas mudanças e a tecnologia permitiram às empresas terem mais controle de seus 
funcionários, buscando cada vez mais a eficiência, e, quando necessário, tomar decisões que se 
desprendem do passado. A partir desse momento, sem o comando rígido de uma organização 
fordista, uma empresa vai se tornando flexível e tende a ser mais fraca com os laços sociais, ou 
seja, como hoje em dia com a visão do ser humano como um ser social, como um ser capaz de 
se interagir em prol de um objetivo, é cada vez mais fraca a relação entre empresa e indivíduo. 
Decompondo cada vez mais esse laço, então reestruturar-se, a empresa pode dispensar seus 
funcionários, coisa que era mais difícil de vermos. No mundo fordista, os laços do indivíduo 
com a empresa eram muito fortes, o funcionário tinha que passar por etapas até conseguir 
alcançar um cargo no topo da pirâmide da empresa, e dispensar esse funcionário acarretaria 
em esperar todo o processo de outro até chegar àquele ponto. Todavia, no tempo de hoje 
essa prática não é mais usual, é comum o trabalhador não criar vínculos com a organização.
Com tudo isso, o homem passa a ser mais flexível, deixando de lado aquela “relação” 
com a organização, pois sabe que não pode contar com ela, que é uma peça, muitas vezes, 
momentânea e descartável dentro da empresa.
Bem mais do que interferir nas organizações, essas mudanças influenciaram também 
a vida privada de cada ser humano, passando da empresa para “dentro de casa”, tornando 
o homem mais flexível, o necessário para torná-lo competitivo, porém, rompendo o laço do 
homem com a confiança, com o compromisso.
5. Influências na Vida do Indivíduo
O Pensamento Sistêmico foi muito importante para dar ao indivíduo o seu valor, para 
mostrar o quanto a relação das partes entre si podem influenciar no todo, o quanto uma atitude 
pode ser abrangente e gerar algo maior, dando ao homem uma visão ampla e consciente do 
mundo.
UNIDADE 2 TÓPICO 2 D1-111
Porém, quando falamos em flexibilidade, fruto de todo esse processo, dessa mudança, 
podemos ver seu lado positivo e fica mais exposto o seu lado negativo. Por mais que a 
flexibilidade faça com que as empresas se tornem mais adaptáveis, respondendo às expectativas 
do mercado e se superando, na vida do indivíduo tudo é bem diferente.
No fordismo, o tempo era linear, anos após anos trabalhando em empregos que 
raramente variavam, as conquistas eram cumulativas, dando estabilidade ao indivíduo. Como 
explicado por Sennet (2000), usava-se a “história de vida”, de trabalho, como fonte para se 
educar os filhos, dando-lhes exemplos a seguir. No entanto, com o passar do tempo e uma 
vida mais flexível, não era possível usar esse meio, pois não se deve construir ou conduzir 
os filhos através da vida inconstante dos pais, conforme opinião de Sennet (2000, p. 21): “as 
qualidades do bom trabalho não são as mesmas do bom caráter”.
O indivíduo anda cada vez mais impaciente, busca sempre uma forma mais rápida de 
obter algo desejado para suprir suas necessidades, muitas vezes, momentâneas. Destaca-se 
na vida das pessoas que “não há longo prazo”, deixando de ser algo relevante apenas para o 
mundo do trabalho e passando a interferir na vida pessoal e na relação familiar.
Ressalta-se que, quando se constrói e mantém uma família, um caráter, esse pensamento 
não é favorável, por se tornar inconstante, instável.
Em contraponto a isso está a rotina x flexibilidade. A rotina faz com que a vida, o homem, 
se torne previsível, porém, mantendo-o distante dos males da flexibilidade, que por sua vez, 
quebra o laço do homem com o compromisso e confiança. Como citado no livro, a opinião de 
Adam Smith refere-se à formação do caráter de um indivíduo ser formada a partir de histórias, 
essas, obtidas através da fuga da rotina, pois se depender dessa rotina, muito pouco se constrói.
Se pararmos para pensar, a mudança causa a insegurança, trazendo instabilidade 
principalmente na vida social do indivíduo, parecendo estar em constante teste. Mas como 
exposto por Sennet (2000, p. 91): “(...) se não se faz alguma coisa nova, a vida, como um terno 
muito usado, vai se tornando cada vez mais esmolambado.”
CONCLUSÃO
Levando-se em conta o que foi observado em todo o trabalho, podemos notar que 
essas, como outras, mudanças levaram-nos às circunstâncias atuais. Ressaltando que o 
Pensamento Sistêmico trouxe ao homem uma visão mais ampla do todo, tendo, acima de 
tudo, uma consciência e percepção maior. Vimos, ainda, o Pensamento Sistêmico como um 
contraposto ao Fordismo e consequentemente sua relação com o Pós-Fordismo, trazendo, 
com essas mudanças, uma forma de organização diferente e interferindo na vida e no caráter 
de cada indivíduo, um indivíduo que hoje em dia permanece em constante mutação.
Há um conflito entre pensamentos que tentam ver as consequências de ambas as formas 
UNIDADE 2TÓPICO 2D1-112
de se viver no dia a dia do indivíduo. Como estudado e analisado pelo grupo, as mudanças 
fizeram com que, além da preocupação do homem de perder o emprego, ele também tenha a 
preocupação de tentar controlar e sobreviver sem deixar tal fato influenciar sua vida pessoal.
Diante do exposto, o homem cada vez mais perde o seu vínculo com o passado, não 
tendo referências, vivendo a “curto prazo”, com a ideia de passado sendo degradada e vivendo 
somente o hoje. É a flexibilidade fazendo com que o homem perca a capacidade crítica, 
abandonando de certa forma a educação rígida e passando a uma educação flexível, abrindo 
mão de certos valores para se adaptar ao mundo.
REFERÊNCIAS
CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. São Paulo: Cultrix, 1982.
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração. 3.ed. São Paulo: McGraw-Hill, 
1987.
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração: abordagens prescritivas e 
normativas da administração. 6. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2001. 
LODI, João Bosco. A História da administração. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1973.
MORGAN, Gareth. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 1996. 
SENNET, Richard. A corrosão do caráter: consequências pessoais do trabalho no novo 
capitalismo. 4. ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.
FONTE: Disponível em: <http://www.uss.br/revistamosaico/mosaicov2n12011/pdf/003_
Pensamento _Sistemico_Mundo_Trabalho_PosFordista.pdf>. Acesso em: 24 out. 2012.
UNIDADE 2 TÓPICO 2 D1-113
Caro(a) acadêmico(a)! Neste tópico você viu que:
•	 A burocracia foi criada com o intuito de organizar, ou seja, de poder contribuir de forma 
positiva aos procedimentos dos sistemas e das organizações.
•	 As pessoas passaram a ser vistas como indivíduos que agregam valor, dentro do conceito

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