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Organizado: Por André Luiz S .Lockmann EDUCAÇÃO ESPECIAL Módulo III 1 Educação Especial – modulo I Sumário EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA: METODOLOGIA E ADAPTAÇÕES CURRICULARES ...................................................................................................3 A IMPORTÂNCIA DO CURRÍCULO E SUAS TEORIAS ............................................. 8 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E SUAS ADAPTAÇÕES CURRICULARES ...................... 12 Adaptações de objetivos: ................................................................................................ 15 Adaptações de conteúdo: ................................................................................................ 15 Adaptações do método de ensino e da organização didática: .............................. 15 Adaptações do sistema de avaliação: .......................................................................... 15 Adaptações de temporalidade: ....................................................................................... 15 2 Educação Especial – modulo I BEM-VINDO AO CURSO! Curso de extensão em “Educação Especial” DICAS IMPORTANTES PARA O BOM APROVEITAMENTO • O objetivo principal é aprender o conteúdo, e não apenas terminar o curso. • Leia todo o conteúdo com atenção redobrada, não tenha pressa. • Explore as ilustrações explicativas, pois elas são fundamentais para exemplificar e melhorar o entendimento sobre o conteúdo. • Quanto mais aprofundar seus conhecimentos mais se diferenciará dos demais alunos dos cursos. • O aproveitamento que cada aluno tem é o que faz a diferença entre os “alunos certificados” e os “alunos capacitados”. • A aprendizagem não se faz apenas no momento em que está realizando o curso, mas também durante o dia-a-dia. Ficar atento às coisas que estão à sua volta permite encontrar elementos para reforçar aquilo que foi aprendido. • Aplique o que está aprendendo. O aprendizado só tem sentido quando é efetivamente colocado em prática. 3 Educação Especial – modulo I EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA: METODOLOGIA E ADAPTAÇÕES CURRICULARES Ampliar a aquisição de conhecimento das metodologias e adaptações curriculares da educação especial e inclusiva. Promovendo discussões que criem alternativas educacionais ajustadas à realidade do aluno, expandindo seu processo de desenvolvimento escolar e social. Observando a prática pedagógica tradicional, baseada apenas na transmissão de conhecimento, na sala de aula comum, o ensino regular foi se mostrando ineficaz para ensinar grande parte dos alunos. Diante dessa postura tradicional, foi possível perceber que desconsideravam os diversos contextos nos quais ocorrem os processos de ensino e aprendizagem. Como consequência, foi possível observar a alta ocorrência de dificuldades de aprendizagem, repetências, absenteísmo e fracasso escolar (BLANCO, 2004). 4 Educação Especial – modulo I Para o autor, a escola, tradicionalmente, focalizou sua atenção em satisfazer necessidades comuns, delineando objetivos sem considerar as características específicas de cada aluno. A Educação Inclusiva surge como um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes, reestruturando as políticas e práticas vivenciadas no ambiente escolar. É uma abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos. (FREITAS, 2006). Hoje, o compromisso é garantir uma educação de qualidade para todos e realizar as transformações necessárias para se conseguir isso aconteça. Segundo Perrenoud (2001), grande parte das estratégias de ensino utilizadas pelo professor deve ser adaptada às características dos alunos, à composição da classe e a história das relações entre os educandos e entre eles e o professor. É compromisso da ESCOLA INCLUSIVA: • Promover mudança de atitudes discriminatórias – a escola deverá trabalhar com quebra de tabus, estigmas, desinformação, ignorância – que levam as pessoas a terem atitudes negativas em relação aos seus alunos com deficiência. • Considerar uma escola inclusiva é quando todos da equipe escolar – diretores, coordenadores, professores, secretaria, serviços gerais – participam ativamente desse projeto. É papel do professor: • Valorizar as diferenças – ser diferente e único é uma característica de todo ser humano; • Descobrir e valorizar as potencialidades – cada um tem capacidades próprias; devem ser descobertas, proclamadas, cultivadas e exploradas • Valorizar o cooperativismo – promover a solidariedade entre crianças com deficiência e seus colegas. O aluno sem deficiência aprende a ajudar 5 Educação Especial – modulo I alguém em suas reais necessidades e isto diminui tabus, mitos e preconceitos; • Mudar sua metodologia – individualizar o ensino, trabalhar de forma diversificada, avaliar permanente e qualitativamente; • Oferecer, quando necessário, serviços de apoio para suprir dificuldades individuais– alunos que necessitam devem utilizar outras modalidades de serviços: reforço professor itinerante, sala de recursos, desde que associados ao que está aprendendo na sala regular. Em vista disso, fica clara a importância da realização de adaptações curriculares para a inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais, de modo a obter maior participação do aluno nas atividades curriculares comuns1 e possibilitar o alcance dos objetivos definidos para cada etapa educativa. No nosso país a necessidade de desenvolver um currículo que garanta não apenas o acesso, mas também a permanência na escola regular e o sucesso do aluno com deficiência estão expressos no documento denominado Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN Adaptações Curriculares em ação, elaborado pela Secretaria de Educação Especial, do Ministério da Educação, publicado originalmente em 1999 e reeditado em 2002. Segundo este documento, as adaptações curriculares devem ser entendidas como um processo a ser realizado em três níveis: • no projeto político pedagógico da escola, por meio do qual é possível identificar e analisar as dificuldades enfrentadas pela escola assim como estabelecer objetivos e metas comuns aos gestores, professores, funcionários da escola, familiares e alunos; • no currículo desenvolvido em sala de aula; 1 O currículo escolar abrange as experiências de aprendizagens implementadas pelas instituições escolares e que deverão ser vivenciadas pelos estudantes. Nele estão contidos os conteúdos que deverão ser abordados no processo de ensino-aprendizagem e a metodologia utilizada para os diferentes níveis de ensino. Ele deve contribuir para construção da identidade dos alunos na medida em que ressalta a individualidade e o contexto social que estão inseridos. Além de ensinar um determinado assunto, deve aguçar as potencialidades e a criticidade dos alunos. 6 Educação Especial – modulo I • no nível individual, por meio da elaboração e implementação do Programa Educacional Individualizado (PEI). Os princípios contidos na LDB 9394/1996 (Lei Diretrizes e Bases da Educação) e no Plano Nacional de Educação determinam que a escola se mobilize para estruturar um conjunto de ações e providenciar recursos necessários que garantam o acesso e a permanência de todos os alunos, promovendo um ensino que respeite as especificidades da aprendizagem de cada um. Ao relatar sobre procedimentos adotados para a efetivação da educação inclusiva, Aranha (2002, p.5) acrescenta que “as Adaptações Curriculares, então, são os ajustes e modificações que devem ser promovidos nas diferentes instâncias curriculares, para responder às necessidades de cada aluno, e assim favorecer as condições que lhe são necessárias para que se efetive o máximo possível de aprendizagem”.Pode-se também realizar adaptações significativas do currículo regular, para atender a condições específicas necessárias, de modo a obter maior participação do aluno nas atividades curriculares comuns e possibilitar o alcance dos objetivos definidos para cada etapa educativa. Os principais conhecimentos devem ser apresentados em nível de profundidade distinto, em que os alunos cooperam entre si e em que os professores de apoio trabalhem junto com o professor titular. Construir uma escola inclusiva exigirá esforços de toda a comunidade escolar no âmbito político, administrativo e pedagógico, envolvendo mudanças nos níveis (SASSAKI, 2003): • Arquitetônico (eliminação ou desobstrução de barreiras ambientais); • Atitudinal (prevenção e eliminação de preconceitos, estereótipos, estigmas e quaisquer discriminações); • Comunicacional (adequação de código e sinais); • Metodológico (adequação e flexibilização de técnicas e teorias, abordagens e métodos pedagógicos); 7 Educação Especial – modulo I • Instrumental (adaptação de aparelhos, materiais, recursos e equipamentos pedagógicos); • Pragmáticos (eliminação de barreiras invisíveis nas políticas e no amparo legal vigente). É reflexo do processo de inclusão repensar no sistema educacional. O processo de inclusão acarreta um repensar no sistema educacional. As crianças com NEE são alunos com possibilidades de avanço e podem trazer muitos aprendizados pela evidência das diferenças, o que reverte numa maior humanização de todos. Atualmente, ainda encontramos muitas dificuldades para lidar com a questão da diferença. Porém, os jovens que se deparam com colegas diferentes possuem mais condições de serem adultos e lidarem com a questão da inclusão. Além dos aspectos mencionados, cabe ainda ressaltar a importância de investimentos em formação de professores, em recursos financeiros que auxiliam as modificações apropriadas na escola e, principalmente projetos ou propostas que garantam a formação continuada de todos os que trabalham na comunidade escolar. As mudanças à inclusão podem partir de uma prática que siga um bom alicerce teórico, no entanto só se torna viável quando existe reflexão de todos os profissionais, bem como, da parceria e apoio de todos os familiares. Ainda precisamos de muito empenho de todos para um possível avanço para uma escola plural. 8 Educação Especial – modulo I A IMPORTÂNCIA DO CURRÍCULO E SUAS TEORIAS Dialogar sobre a importância dos conteúdos que serão desenvolvidos e abordados no processo de ensino-aprendizagem. Reforçar a função do currículo como determinação dos objetivos da educação escolar, enfatizando a metodologia utilizada para ampliar as experiências de aprendizagem. A concepção de currículo abrange desde os conteúdos e diretrizes a serem trabalhados, envolvendo os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação, até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula. A origem do termo currículo vem da palavra latina scurrere, que significa curso, ou pista, a ser percorrido. No campo educacional, esse termo vem sendo entendido como curso a ser seguido (GOODSON, 1995). 9 Educação Especial – modulo I Considerado um plano de ação para a execução dos objetivos escolares, especifica tudo aquilo que é possível estudar em um espaço educativo, incluindo quando e o quê ensinar, como e quando avaliar. Visto mais do que uma simples enumeração de conteúdo, é também uma construção histórica e cultural que sofre ao longo do tempo, algumas transformações em suas definições. Para Silva (2003), o currículo, dentro da teoria crítica, diz respeito ao conjunto de experiências e práticas nutridas de aspectos políticos de contestação e de possibilidade de diferentes e divergentes construções e produções. Diante deste motivo, torna-se necessário enfatizar para o professor, que é primordial conhecer além dos currículos das suas áreas de atuação o sentido expresso dos fenômenos da prática curricular. É através da teoria que teremos a compreensão do objeto e intenções de um determinado grupo social. Alguns autores enumeram de distintas maneiras as várias teorias curriculares, abordaremos a seguir as correntes apontadas por Silva (2003): • Teorias tradicionais do currículo ou técnicas: o currículo era visto como uma instrução mecânica em que se elaborava a listagem de assuntos impostos que deveriam ser ensinados pelo professor e memorizados (repetidos) pelos estudantes. • Teorias críticas do currículo: o currículo era considerado, mais do que um conjunto coordenado e ordenado de matérias, seria também a de conter uma estrutura crítica que permitisse uma perspectiva libertadora e conceitualmente crítica em favorecimento das massas populares. • Teorias pós-críticas do currículo: a função do currículo era a de se adaptar ao contexto específico dos estudantes para que o aluno compreendesse nos costumes e práticas do outro uma relação de diversidade e respeito, passou a considerar que não existe um 10 Educação Especial – modulo I conhecimento único e verdadeiro, sendo esse uma questão de perspectiva histórica. Nos estudos sobre currículo, percebemos algo que não constitui propriamente uma teoria, mas que está presente nas relações sociais da escola. Nomeado de currículo oculto, são os comportamentos, os valores e as atitudes que fazem parte do processo da aprendizagem. De acordo com Silva (2007, p.78), “O currículo oculto é constituído por aqueles aspectos do ambiente escolar que, sem fazerem parte do currículo oficial, explícito, contribuem, de forma implícita, para aprendizagens sociais relevantes”. Lembrando que o currículo organiza as funções da escola, precisamos dar a devida importância a esse processo para abranger de forma interligada todas as suas finalidades. O professor deve perceber seu papel fundamental e também realizar constantes verificações para mantê-lo atualizado, e através da prática perceber o que está transmitindo e construindo. 11 Educação Especial – modulo I O intuito de conceitualizar currículo foi possibilitar a compreensão dos interesses que envolvem sua construção, a fim de percebermos com um olhar mais apurado os nossos próprios currículos, sendo assim se conscientizar que sua real função é promover mudanças. Todas as questões que permeiam currículo devem ser analisadas com demasiada atenção, pois de certo modo determinam nossa prática e as experiências de aprendizagens vivenciadas pelos alunos. Não podemos pensar numa escola sem pensar no currículo e seus objetivos. Contemplar a abordagem do currículo e suas teorias nos faz perceber a educação sob uma nova perspectiva, com uma missão além da transmissão de conteúdo. Vimos aqui que o currículo surge com a função repleta de intenções e significados direcionando o educador para práticas escolares que incorporam essa reeducação do olhar. 12 Educação Especial – modulo I EDUCAÇÃO INCLUSIVA E SUAS ADAPTAÇÕES CURRICULARES Debater sobre a reorganização das práticas no ensino da educação especial e se conscientizar que não existe receita pronta quando estamos falando de diversidade. Todas as modificações que tornarão o ambiente escolar inclusivo devem ser desenvolvidas para cada situação e com a contribuição de todos. No intuito de melhorar a qualidade do ensino e garantir a igualdade de oportunidades, se faz necessário a reflexão da comunidade escolar a respeito do planejamento de ações educacionais que sejam adequadas ao contexto diverso e complexo. 13 Educação Especial – modulo I O objetivo é analisar questões curriculares que possibilitem a associação das diferentes dimensões teóricas nos processos de planejamento, implementação e avaliação curricular na educação inclusiva. As adaptaçõescurriculares, então podem ser definidas como “respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e, dentre estes, os que apresentam necessidades educacionais especiais” (MEC/SEESP, 2000) Desta forma, através da adaptação curricular é possível ajustar o conteúdo de uma matéria permitindo integrar de forma natural as diferentes necessidades que o aluno possa ter. Segundo a Secretaria de Educação Fundamental (SEF) do Ministério da Educação (MEC) “essas medidas adaptativas focalizam a diversidade da população escolar e pressupõem que o tratamento diferenciado pode significar, para os alunos que necessitam igualdade de oportunidades educacionais. Desse modo, “buscam promover maior eficácia educativa, na perspectiva da escola para todos”. Essas estratégias podem ser divididas em dois grupos (MEC/SEESP, 2006): adaptações curriculares de grande porte e adaptações curriculares de pequeno porte. As adaptações de grande porte são consideradas mais significativas, pois suas modificações necessitam de aprovação técnico-político-administrativa para serem colocadas em prática. Dessa forma, são adaptações que vão além da competência do professor, já que exigem ações que envolvem conduta administrativa e burocrática. Toda escola regular precisa promover modificações necessárias para atender as necessidades de seus alunos, tais ações envolvem: • Acesso ao currículo; • Participação integral, efetiva e bem sucedida em uma programação tão comum quanto possível; 14 Educação Especial – modulo I • A consideração e o atendimento de suas peculiaridades e necessidades especiais no processo de elaboração (plano municipal de educação, do projeto político da escola, plano de ensino do professor). Lembrando que, são estratégias para eliminação de barreiras no processo de aprendizagem as adaptações de grande porte dividem-se em: As adaptações de grande porte são consideradas mais significativas, pois suas modificações necessitam de aprovação técnico-político-administrativa para serem colocadas em prática. Dessa forma, são adaptações que vão além da competência do professor, já que exigem ações que envolvem conduta administrativa e burocrática. • Acesso ao currículo; • Participação integral, efetiva e bem sucedida em uma programação tão comum quanto possível; • A consideração e o atendimento de suas peculiaridades e necessidades especiais no processo de elaboração (plano municipal de educação, do projeto político da escola, plano de ensino do professor). Lembrando que, são estratégias para eliminação de barreiras no processo de aprendizagem as adaptações de grande porte dividem-se em: Adaptações de conteúdo: as outras formas de adaptações curriculares de grande porte, determinadas pelas adaptações dos objetivos já realizados previamente. Adaptações do método de ensino e da organização didática: a adoção de métodos bastante específicos de ensino. Adaptações do sistema de avaliação: a introdução de critérios específicos de avaliação e a eliminação de critérios gerais, a adaptação de critérios regulares de avaliação e a modificação dos critérios de promoção. 15 Educação Especial – modulo I Adaptações de temporalidade: os ajustes no tempo de permanência do aluno em uma determinada série/ciclo, sem que exista prejuízo quanto à sua idade/ série. No entanto, as adaptações consideradas não significativas são chamadas de pequeno porte, pois envolvem modificações a serem realizadas no currículo e, portanto, são de responsabilidade do professor. Tais adaptações têm o objetivo de garantir que o aluno com deficiência participe produtivamente do processo de ensino e aprendizagem com outros alunos da mesma idade que ele. As adaptações de pequeno porte são estratégias que devem ser partilhadas com outros profissionais da escola. Adaptações de objetivos: Se referem a ajustes que o professor deve fazer nos objetivos pedagógicos que constam no seu plano de ensino, de forma a adequá-los às características e condições dos alunos com necessidades educacionais especiais. Adaptações de conteúdo: Os tipos de adaptações de conteúdo podem ser: priorização de tipos de conteúdo, priorização de áreas ou unidades de conteúdo, reformulação da sequência ou, ainda, eliminação de conteúdos secundários. Adaptações do método de ensino e da organização didática: procurar as estratégias que melhor respondam às características individuais de cada aluno faz parte do ato de ensinar. Adaptações do sistema de avaliação: necessárias, para atender às necessidades especiais dos alunos, adaptações no processo de avaliação, modificando técnicas ou os instrumentos utilizados. Adaptações de temporalidade: o professor pode organizar o tempo das atividades, dependendo da necessidade especial de cada aluno. 16 Educação Especial – modulo I Segundo Tamarit (2004, p. 260): As pessoas progridem como pessoas graças às suas habilidades para envolver-se e participar com as demais pessoas em contextos comuns; para isso, necessita-se de algo mais que os conteúdos escolares tradicionais. A obrigação da escola é preparar os apoios para que ocorra um desenvolvimento adequado de todas as habilidades de adaptação necessária. Sendo assim, conforme o autor fica evidenciado o compromisso e responsabilidade das escolas buscarem meios para que a aprendizagem realmente aconteça. Conforme o autor descreve, fica evidenciado o compromisso e responsabilidade das escolas buscarem meios para que a aprendizagem realmente aconteça. Sendo assim, as modalidades de apoio consideradas estratégias que promovem oportunidades de acesso a bens e serviços, informações e relações, surgem como um novo recurso. Elas são classificadas em: • Serviços especializados: de natureza pedagógica e/ ou terapêuticos ofertados fora do contexto regular de ensino, substituindo os serviços educacionais comuns. Incluem-se, neste caso, as iniciativas das organizações governamentais e não governamentais. Compõem esses serviços: classe especial, escola especial, classes hospitalares, atendimento pedagógico domiciliar. • Serviços de apoio pedagógico especializado: de natureza pedagógica ofertados no contexto da escola regular para atender às necessidades educacionais especiais dos alunos. Destacam-se: sala de recurso, centro de atendimento especializado, profissional intérprete, intérprete de surdo, professor de apoio permanente – área da deficiência neuro motora, classe comum, itinerância. Como educadores devemos estar atentos e com um olhar diferenciado para nossos alunos que necessitam de um atendimento mais próximo, mais específico. É primordial evitar erros que poderão ser irreversíveis para vida da criança. Como explica Maria Tereza Égler Mantoan (2005, p. 24): 17 Educação Especial – modulo I A inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, pois não atinge apenas alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. Os alunos com deficiência constituem uma grande preocupação para os educadores inclusivos. Todos sabemos, porém, que a maioria dos que fracassam na escola são alunos que não vêm do ensino especial, mas que possivelmente acabarão nele. A Secretária da Educação, com fundamento no disposto nas Constituições Federal e Estadual, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Indicação nº 70/07 e Deliberação nº 68/07 do Conselho Estadual de Educação, e considerando que: • o atendimento escolar de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais far-se-á preferencialmente, em classes comuns da rede regular de ensino, com apoio de serviços especializados organizados na própria ou em outra unidade escolar, ou, ainda, em centros de apoioregionais; • a inclusão, permanência, progressão e sucesso escolar de alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns do ensino regular representam a alternativa mais eficaz no processo de atendimento desse alunado; • os paradigmas atuais da inclusão escolar vêm exigindo a ampliação dos serviços de apoio especializado e a adoção de projetos pedagógicos e metodologias de trabalho inovadores; Resolve: Art. 1º - São considerados alunos com necessidades educacionais especiais: I. alunos com deficiência física, mental, sensorial e múltipla, que demandem atendimento educacional especializado; II. alunos com altas habilidades, superdotação e grande facilidade de aprendizagem, que os levem a dominar, rapidamente, conceitos, procedimentos e atitudes; III. alunos com transtornos invasivos de desenvolvimento; 18 Educação Especial – modulo I IV. alunos com outras dificuldades ou limitações acentuadas no processo de desenvolvimento, que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares e necessitam de recursos pedagógicos adicionais. Conforme vimos à adaptação curricular é uma estratégia da educação e suas ações visam contribuir para a inclusão e adaptação daqueles alunos que apresentam dificuldade durante os processos de ensino aprendizagem. Sob essa perspectiva, as adaptações curriculares podem contribuir para os alunos inseridos nas salas regulares possam se beneficiar com os diferentes de si, ampliando o exercício da cidadania e o processo de humanização. Observamos no decorrer do texto que um dos principais objetivos das adaptações curriculares é o desenvolvimento do aluno para que ele possa acompanhar, o mais breve e se possível, os colegas de sua turma. Para isso, o quanto antes as necessidades educacionais especiais/específicas forem identificadas e atendidas, menos tempo esse aluno ficará sem acompanhamento e melhor será. 19 Educação Especial – modulo I
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