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modulo III- Educação Especial

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Organizado: Por André Luiz S .Lockmann 
EDUCAÇÃO ESPECIAL 
Módulo III 
 
1 
Educação Especial – modulo I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA: METODOLOGIA E ADAPTAÇÕES 
CURRICULARES ...................................................................................................3 
A IMPORTÂNCIA DO CURRÍCULO E SUAS TEORIAS ............................................. 8 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E SUAS ADAPTAÇÕES CURRICULARES ...................... 12 
Adaptações de objetivos: ................................................................................................ 15 
Adaptações de conteúdo: ................................................................................................ 15 
Adaptações do método de ensino e da organização didática: .............................. 15 
Adaptações do sistema de avaliação: .......................................................................... 15 
Adaptações de temporalidade: ....................................................................................... 15 
 
 
2 
Educação Especial – modulo I 
BEM-VINDO AO CURSO! 
 
Curso de extensão em “Educação Especial” 
 
 
DICAS IMPORTANTES PARA O BOM APROVEITAMENTO 
 
• O objetivo principal é aprender o conteúdo, e não apenas 
terminar o curso. 
• Leia todo o conteúdo com atenção redobrada, não tenha 
pressa. 
• Explore as ilustrações explicativas, pois elas são 
fundamentais para exemplificar e melhorar o entendimento 
sobre o conteúdo. 
• Quanto mais aprofundar seus conhecimentos mais se 
diferenciará dos demais alunos dos cursos. 
• O aproveitamento que cada aluno tem é o que faz a diferença 
entre os “alunos certificados” e os “alunos capacitados”. 
• A aprendizagem não se faz apenas no momento em que está 
realizando o curso, mas também durante o dia-a-dia. Ficar 
atento às coisas que estão à sua volta permite encontrar 
elementos para reforçar aquilo que foi aprendido. 
• Aplique o que está aprendendo. O aprendizado só tem sentido 
quando é efetivamente colocado em prática. 
 
 
 
3 
Educação Especial – modulo I 
EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA: 
METODOLOGIA E ADAPTAÇÕES 
CURRICULARES 
Ampliar a aquisição de conhecimento das metodologias e adaptações 
curriculares da educação especial e inclusiva. Promovendo discussões que 
criem alternativas educacionais ajustadas à realidade do aluno, expandindo seu 
processo de desenvolvimento escolar e social. 
Observando a prática pedagógica tradicional, baseada apenas na 
transmissão de conhecimento, na sala de aula comum, o ensino regular foi se 
mostrando ineficaz para ensinar grande parte dos alunos. Diante dessa postura 
tradicional, foi possível perceber que desconsideravam os diversos contextos 
nos quais ocorrem os processos de ensino e aprendizagem. Como 
consequência, foi possível observar a alta ocorrência de dificuldades de 
aprendizagem, repetências, absenteísmo e fracasso escolar (BLANCO, 2004). 
 
4 
Educação Especial – modulo I 
Para o autor, a escola, tradicionalmente, focalizou sua atenção em 
satisfazer necessidades comuns, delineando objetivos sem considerar as 
características específicas de cada aluno. 
A Educação Inclusiva surge como um processo em que se 
amplia a participação de todos os estudantes, reestruturando as 
políticas e práticas vivenciadas no ambiente escolar. É uma 
abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e 
suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a 
satisfação pessoal e a inserção social de todos. (FREITAS, 2006). 
Hoje, o compromisso é garantir uma educação de qualidade para todos e 
realizar as transformações necessárias para se conseguir isso aconteça. 
Segundo Perrenoud (2001), grande parte das estratégias de ensino utilizadas 
pelo professor deve ser adaptada às características dos alunos, à composição 
da classe e a história das relações entre os educandos e entre eles e o professor. 
É compromisso da ESCOLA INCLUSIVA: 
• Promover mudança de atitudes discriminatórias – a escola deverá 
trabalhar com quebra de tabus, estigmas, desinformação, ignorância – 
que levam as pessoas a terem atitudes negativas em relação aos seus 
alunos com deficiência. 
• Considerar uma escola inclusiva é quando todos da equipe escolar – 
diretores, coordenadores, professores, secretaria, serviços gerais – 
participam ativamente desse projeto. 
É papel do professor: 
• Valorizar as diferenças – ser diferente e único é uma característica de 
todo ser humano; 
• Descobrir e valorizar as potencialidades – cada um tem capacidades 
próprias; devem ser descobertas, proclamadas, cultivadas e exploradas 
• Valorizar o cooperativismo – promover a solidariedade entre crianças com 
deficiência e seus colegas. O aluno sem deficiência aprende a ajudar 
 
5 
Educação Especial – modulo I 
alguém em suas reais necessidades e isto diminui tabus, mitos e 
preconceitos; 
• Mudar sua metodologia – individualizar o ensino, trabalhar de forma 
diversificada, avaliar permanente e qualitativamente; 
• Oferecer, quando necessário, serviços de apoio para suprir dificuldades 
individuais– alunos que necessitam devem utilizar outras modalidades de 
serviços: reforço professor itinerante, sala de recursos, desde que 
associados ao que está aprendendo na sala regular. 
Em vista disso, fica clara a importância da realização de adaptações 
curriculares para a inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais, 
de modo a obter maior participação do aluno nas atividades curriculares 
comuns1 e possibilitar o alcance dos objetivos definidos para cada etapa 
educativa. 
No nosso país a necessidade de desenvolver um currículo que garanta não 
apenas o acesso, mas também a permanência na escola regular e o sucesso do 
aluno com deficiência estão expressos no documento denominado Parâmetros 
Curriculares Nacionais – PCN Adaptações Curriculares em ação, elaborado pela 
Secretaria de Educação Especial, do Ministério da Educação, publicado 
originalmente em 1999 e reeditado em 2002. 
Segundo este documento, as adaptações curriculares devem ser 
entendidas como um processo a ser realizado em três níveis: 
• no projeto político pedagógico da escola, por meio do qual é possível 
identificar e analisar as dificuldades enfrentadas pela escola assim como 
estabelecer objetivos e metas comuns aos gestores, professores, 
funcionários da escola, familiares e alunos; 
• no currículo desenvolvido em sala de aula; 
 
1 O currículo escolar abrange as experiências de aprendizagens implementadas pelas instituições escolares e que 
deverão ser vivenciadas pelos estudantes. Nele estão contidos os conteúdos que deverão ser abordados no processo 
de ensino-aprendizagem e a metodologia utilizada para os diferentes níveis de ensino. 
 
Ele deve contribuir para construção da identidade dos alunos na medida em que ressalta a individualidade e o 
contexto social que estão inseridos. Além de ensinar um determinado assunto, deve aguçar as potencialidades e a 
criticidade dos alunos. 
 
6 
Educação Especial – modulo I 
• no nível individual, por meio da elaboração e implementação do Programa 
Educacional Individualizado (PEI). 
Os princípios contidos na LDB 9394/1996 (Lei Diretrizes e Bases da 
Educação) e no Plano Nacional de Educação determinam que a escola se 
mobilize para estruturar um conjunto de ações e providenciar recursos 
necessários que garantam o acesso e a permanência de todos os alunos, 
promovendo um ensino que respeite as especificidades da aprendizagem de 
cada um. 
Ao relatar sobre procedimentos adotados para a efetivação da educação 
inclusiva, Aranha (2002, p.5) acrescenta que “as Adaptações Curriculares, 
então, são os ajustes e modificações que devem ser promovidos nas 
diferentes instâncias curriculares, para responder às necessidades de 
cada aluno, e assim favorecer as condições que lhe são necessárias para 
que se efetive o máximo possível de aprendizagem”.Pode-se também realizar adaptações significativas do currículo regular, 
para atender a condições específicas necessárias, de modo a obter maior 
participação do aluno nas atividades curriculares comuns e possibilitar o alcance 
dos objetivos definidos para cada etapa educativa. 
Os principais conhecimentos devem ser apresentados em nível de 
profundidade distinto, em que os alunos cooperam entre si e em que os 
professores de apoio trabalhem junto com o professor titular. 
Construir uma escola inclusiva exigirá esforços de toda a comunidade 
escolar no âmbito político, administrativo e pedagógico, envolvendo mudanças 
nos níveis (SASSAKI, 2003): 
• Arquitetônico (eliminação ou desobstrução de barreiras ambientais); 
• Atitudinal (prevenção e eliminação de preconceitos, estereótipos, 
estigmas e quaisquer discriminações); 
• Comunicacional (adequação de código e sinais); 
• Metodológico (adequação e flexibilização de técnicas e teorias, 
abordagens e métodos pedagógicos); 
 
7 
Educação Especial – modulo I 
• Instrumental (adaptação de aparelhos, materiais, recursos e 
equipamentos pedagógicos); 
• Pragmáticos (eliminação de barreiras invisíveis nas políticas e no amparo 
legal vigente). 
É reflexo do processo de inclusão repensar no sistema educacional. O 
processo de inclusão acarreta um repensar no sistema educacional. As crianças 
com NEE são alunos com possibilidades de avanço e podem trazer muitos 
aprendizados pela evidência das diferenças, o que reverte numa maior 
humanização de todos. 
Atualmente, ainda encontramos muitas 
dificuldades para lidar com a questão da 
diferença. Porém, os jovens que se deparam com 
colegas diferentes possuem mais condições de 
serem adultos e lidarem com a questão da 
inclusão. 
Além dos aspectos mencionados, cabe ainda 
ressaltar a importância de investimentos em 
formação de professores, em recursos 
financeiros que auxiliam as modificações 
apropriadas na escola e, principalmente projetos 
ou propostas que garantam a formação continuada 
de todos os que trabalham na comunidade escolar. 
As mudanças à inclusão podem partir de uma 
prática que siga um bom alicerce teórico, no 
entanto só se torna viável quando existe reflexão 
de todos os profissionais, bem como, da parceria 
e apoio de todos os familiares. Ainda precisamos 
de muito empenho de todos para um possível 
avanço para uma escola plural. 
 
8 
Educação Especial – modulo I 
A IMPORTÂNCIA DO CURRÍCULO E 
SUAS TEORIAS 
 
 
 
 
Dialogar sobre a importância dos conteúdos que serão desenvolvidos e 
abordados no processo de ensino-aprendizagem. Reforçar a função do currículo 
como determinação dos objetivos da educação escolar, enfatizando a 
metodologia utilizada para ampliar as experiências de aprendizagem. 
A concepção de currículo abrange desde os conteúdos e diretrizes a serem 
trabalhados, envolvendo os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da 
educação, até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a 
concretizam na sala de aula. 
A origem do termo currículo vem da palavra latina scurrere, que significa 
curso, ou pista, a ser percorrido. No campo educacional, esse termo vem sendo 
entendido como curso a ser seguido (GOODSON, 1995). 
 
9 
Educação Especial – modulo I 
Considerado um plano de ação para a execução dos objetivos escolares, 
especifica tudo aquilo que é possível estudar em um espaço educativo, incluindo 
quando e o quê ensinar, como e quando avaliar. 
Visto mais do que uma simples enumeração de conteúdo, é também uma 
construção histórica e cultural que sofre ao longo do tempo, algumas 
transformações em suas definições. 
Para Silva (2003), o currículo, dentro da teoria crítica, diz respeito ao 
conjunto de experiências e práticas nutridas de aspectos políticos de 
contestação e de possibilidade de diferentes e divergentes construções e 
produções. 
Diante deste motivo, torna-se necessário enfatizar para o professor, que é 
primordial conhecer além dos currículos das suas áreas de atuação o sentido 
expresso dos fenômenos da prática curricular. É através da teoria que teremos 
a compreensão do objeto e intenções de um determinado grupo social. 
Alguns autores enumeram de distintas maneiras as várias teorias 
curriculares, abordaremos a seguir as correntes apontadas por Silva 
(2003): 
• Teorias tradicionais do currículo ou técnicas: o currículo era visto 
como uma instrução mecânica em que se elaborava a listagem de 
assuntos impostos que deveriam ser ensinados pelo professor e 
memorizados (repetidos) pelos estudantes. 
• Teorias críticas do currículo: o currículo era considerado, mais do que 
um conjunto coordenado e ordenado de matérias, seria também a de 
conter uma estrutura crítica que permitisse uma perspectiva libertadora e 
conceitualmente crítica em favorecimento das massas populares. 
• Teorias pós-críticas do currículo: a função do currículo era a de se 
adaptar ao contexto específico dos estudantes para que o aluno 
compreendesse nos costumes e práticas do outro uma relação de 
diversidade e respeito, passou a considerar que não existe um 
 
10 
Educação Especial – modulo I 
conhecimento único e verdadeiro, sendo esse uma questão de 
perspectiva histórica. 
Nos estudos sobre currículo, percebemos algo que não constitui 
propriamente uma teoria, mas que está presente nas relações sociais da escola. 
Nomeado de currículo oculto, são os comportamentos, os valores e as atitudes 
que fazem parte do processo da aprendizagem. 
De acordo com Silva (2007, p.78), “O currículo oculto é constituído por 
aqueles aspectos do ambiente escolar que, sem fazerem parte do currículo 
oficial, explícito, contribuem, de forma implícita, para aprendizagens 
sociais relevantes”. 
Lembrando que o currículo organiza as funções da escola, precisamos dar 
a devida importância a esse 
processo para abranger de forma 
interligada todas as suas 
finalidades. O professor deve 
perceber seu papel fundamental e 
também realizar constantes 
verificações para mantê-lo 
atualizado, e através da prática 
perceber o que está transmitindo e 
construindo. 
 
11 
Educação Especial – modulo I 
O intuito de conceitualizar currículo foi 
possibilitar a compreensão dos interesses que 
envolvem sua construção, a fim de percebermos 
com um olhar mais apurado os nossos próprios 
currículos, sendo assim se conscientizar que sua 
real função é promover mudanças.
Todas as questões que permeiam currículo 
devem ser analisadas com demasiada atenção, pois 
de certo modo determinam nossa prática e as 
experiências de aprendizagens vivenciadas pelos 
alunos. Não podemos pensar numa escola sem 
pensar no currículo e seus objetivos. 
Contemplar a abordagem do currículo e suas 
teorias nos faz perceber a educação sob uma nova 
perspectiva, com uma missão além da transmissão 
de conteúdo. Vimos aqui que o currículo surge com 
a função repleta de intenções e significados 
direcionando o educador para práticas escolares 
que incorporam essa reeducação do olhar. 
 
 
12 
Educação Especial – modulo I 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E SUAS 
ADAPTAÇÕES CURRICULARES 
Debater sobre a reorganização das práticas no ensino da educação 
especial e se conscientizar que não existe receita pronta quando estamos 
falando de diversidade. Todas as modificações que tornarão o ambiente escolar 
inclusivo devem ser desenvolvidas para cada situação e com a contribuição de 
todos. 
No intuito de melhorar a qualidade do ensino e garantir a igualdade de 
oportunidades, se faz necessário a reflexão da comunidade escolar a respeito 
do planejamento de ações educacionais que sejam adequadas ao contexto 
diverso e complexo. 
 
13 
Educação Especial – modulo I 
O objetivo é analisar questões curriculares que possibilitem a associação 
das diferentes dimensões teóricas nos processos de planejamento, 
implementação e avaliação curricular na educação inclusiva. 
As adaptaçõescurriculares, então podem ser definidas como “respostas 
educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional, de forma a favorecer 
a todos os alunos e, dentre estes, os que apresentam necessidades 
educacionais especiais” (MEC/SEESP, 2000) 
Desta forma, através da adaptação curricular é possível ajustar o conteúdo 
de uma matéria permitindo integrar de forma natural as diferentes necessidades 
que o aluno possa ter. 
Segundo a Secretaria de Educação Fundamental (SEF) do Ministério da 
Educação (MEC) “essas medidas adaptativas focalizam a diversidade da 
população escolar e pressupõem que o tratamento diferenciado pode significar, 
para os alunos que necessitam igualdade de oportunidades educacionais. 
Desse modo, “buscam promover maior eficácia educativa, na 
perspectiva da escola para todos”. Essas estratégias podem ser divididas em 
dois grupos (MEC/SEESP, 2006): adaptações curriculares de grande porte e 
adaptações curriculares de pequeno porte. 
As adaptações de grande porte são consideradas mais significativas, pois 
suas modificações necessitam de aprovação técnico-político-administrativa para 
serem colocadas em prática. Dessa forma, são adaptações que vão além da 
competência do professor, já que exigem ações que envolvem conduta 
administrativa e burocrática. 
Toda escola regular precisa promover modificações necessárias para 
atender as necessidades de seus alunos, tais ações envolvem: 
• Acesso ao currículo; 
• Participação integral, efetiva e bem sucedida em uma programação tão 
comum quanto possível; 
 
14 
Educação Especial – modulo I 
• A consideração e o atendimento de suas peculiaridades e necessidades 
especiais no processo de elaboração (plano municipal de educação, do 
projeto político da escola, plano de ensino do professor). 
Lembrando que, são estratégias para eliminação de barreiras no processo 
de aprendizagem as adaptações de grande porte dividem-se em: 
As adaptações de grande porte são consideradas mais significativas, pois 
suas modificações necessitam de aprovação técnico-político-administrativa para 
serem colocadas em prática. Dessa forma, são adaptações que vão além da 
competência do professor, já que exigem ações que envolvem conduta 
administrativa e burocrática. 
• Acesso ao currículo; 
• Participação integral, efetiva e bem sucedida em uma programação tão 
comum quanto possível; 
• A consideração e o atendimento de suas peculiaridades e necessidades 
especiais no processo de elaboração (plano municipal de educação, do 
projeto político da escola, plano de ensino do professor). 
Lembrando que, são estratégias para eliminação de barreiras no processo de 
aprendizagem as adaptações de grande porte dividem-se em: 
Adaptações de conteúdo: as outras formas de adaptações curriculares de 
grande porte, determinadas pelas adaptações dos objetivos já realizados 
previamente. 
Adaptações do método de ensino e da organização didática: a adoção de 
métodos bastante específicos de ensino. 
Adaptações do sistema de avaliação: a introdução de critérios específicos de 
avaliação e a eliminação de critérios gerais, a adaptação de critérios regulares 
de avaliação e a modificação dos critérios de promoção. 
 
15 
Educação Especial – modulo I 
Adaptações de temporalidade: os ajustes no tempo de permanência do aluno 
em uma determinada série/ciclo, sem que exista prejuízo quanto à sua idade/ 
série. 
No entanto, as adaptações consideradas não significativas são chamadas de 
pequeno porte, pois envolvem modificações a serem realizadas no currículo e, 
portanto, são de responsabilidade do professor. Tais adaptações têm o objetivo 
de garantir que o aluno com deficiência participe produtivamente do processo de 
ensino e aprendizagem com outros alunos da mesma idade que ele. As 
adaptações de pequeno porte são estratégias que devem ser partilhadas com 
outros profissionais da escola. 
Adaptações de objetivos: 
Se referem a ajustes que o professor deve fazer nos objetivos pedagógicos que 
constam no seu plano de ensino, de forma a adequá-los às características e 
condições dos alunos com necessidades educacionais especiais. 
Adaptações de conteúdo: 
Os tipos de adaptações de conteúdo podem ser: priorização de tipos de 
conteúdo, priorização de áreas ou unidades de conteúdo, reformulação da 
sequência ou, ainda, eliminação de conteúdos secundários. 
Adaptações do método de ensino e da organização didática: 
 procurar as estratégias que melhor respondam às características individuais de 
cada aluno faz parte do ato de ensinar. 
Adaptações do sistema de avaliação: 
necessárias, para atender às necessidades especiais dos alunos, adaptações 
no processo de avaliação, modificando técnicas ou os instrumentos utilizados. 
Adaptações de temporalidade: 
o professor pode organizar o tempo das atividades, dependendo da necessidade 
especial de cada aluno. 
 
 
16 
Educação Especial – modulo I 
Segundo Tamarit (2004, p. 260): 
As pessoas progridem como pessoas graças às suas habilidades 
para envolver-se e participar com as demais pessoas em 
contextos comuns; para isso, necessita-se de algo mais que os 
conteúdos escolares tradicionais. A obrigação da escola é 
preparar os apoios para que ocorra um desenvolvimento 
adequado de todas as habilidades de adaptação necessária. 
Sendo assim, conforme o autor fica evidenciado o compromisso e 
responsabilidade das escolas buscarem meios para que a 
aprendizagem realmente aconteça. 
 
Conforme o autor descreve, fica evidenciado o compromisso e 
responsabilidade das escolas buscarem meios para que a aprendizagem 
realmente aconteça. Sendo assim, as modalidades de apoio consideradas 
estratégias que promovem oportunidades de acesso a bens e serviços, 
informações e relações, surgem como um novo recurso. Elas são classificadas 
em: 
• Serviços especializados: de natureza pedagógica e/ ou terapêuticos 
ofertados fora do contexto regular de ensino, substituindo os serviços 
educacionais comuns. Incluem-se, neste caso, as iniciativas das 
organizações governamentais e não governamentais. Compõem esses 
serviços: classe especial, escola especial, classes hospitalares, 
atendimento pedagógico domiciliar. 
 
• Serviços de apoio pedagógico especializado: de natureza pedagógica 
ofertados no contexto da escola regular para atender às necessidades 
educacionais especiais dos alunos. Destacam-se: sala de recurso, 
centro de atendimento especializado, profissional intérprete, 
intérprete de surdo, professor de apoio permanente – área da 
deficiência neuro motora, classe comum, itinerância. 
 
Como educadores devemos estar atentos e com um olhar diferenciado para 
nossos alunos que necessitam de um atendimento mais próximo, mais 
específico. É primordial evitar erros que poderão ser irreversíveis para vida da 
criança. 
Como explica Maria Tereza Égler Mantoan (2005, p. 24): 
 
17 
Educação Especial – modulo I 
A inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, pois 
não atinge apenas alunos com deficiência e os que apresentam 
dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que 
obtenham sucesso na corrente educativa geral. Os alunos com 
deficiência constituem uma grande preocupação para os 
educadores inclusivos. Todos sabemos, porém, que a maioria dos 
que fracassam na escola são alunos que não vêm do ensino 
especial, mas que possivelmente acabarão nele. 
 
A Secretária da Educação, com fundamento no disposto nas Constituições 
Federal e Estadual, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no 
Estatuto da Criança e do Adolescente e na Indicação nº 70/07 e Deliberação nº 
68/07 do Conselho Estadual de Educação, e considerando que: 
• o atendimento escolar de alunos que apresentam necessidades 
educacionais especiais far-se-á preferencialmente, em classes comuns 
da rede regular de ensino, com apoio de serviços especializados 
organizados na própria ou em outra unidade escolar, ou, ainda, em 
centros de apoioregionais; 
• a inclusão, permanência, progressão e sucesso escolar de alunos com 
necessidades educacionais especiais em classes comuns do ensino 
regular representam a alternativa mais eficaz no processo de atendimento 
desse alunado; 
• os paradigmas atuais da inclusão escolar vêm exigindo a ampliação dos 
serviços de apoio especializado e a adoção de projetos pedagógicos e 
metodologias de trabalho inovadores; 
Resolve: 
Art. 1º - São considerados alunos com necessidades educacionais especiais: 
I. alunos com deficiência física, mental, sensorial e múltipla, que demandem 
atendimento educacional especializado; 
II. alunos com altas habilidades, superdotação e grande facilidade de 
aprendizagem, que os levem a dominar, rapidamente, conceitos, 
procedimentos e atitudes; 
III. alunos com transtornos invasivos de desenvolvimento; 
 
18 
Educação Especial – modulo I 
IV. alunos com outras dificuldades ou limitações acentuadas no processo de 
desenvolvimento, que dificultam o acompanhamento das atividades 
curriculares e necessitam de recursos pedagógicos adicionais. 
Conforme vimos à adaptação curricular é uma 
estratégia da educação e suas ações visam 
contribuir para a inclusão e adaptação daqueles 
alunos que apresentam dificuldade durante os 
processos de ensino aprendizagem.
Sob essa perspectiva, as adaptações 
curriculares podem contribuir para os alunos 
inseridos nas salas regulares possam se 
beneficiar com os diferentes de si, ampliando o 
exercício da cidadania e o processo de 
humanização. 
Observamos no decorrer do texto que um dos 
principais objetivos das adaptações curriculares 
é o desenvolvimento do aluno para que ele possa 
acompanhar, o mais breve e se possível, os colegas 
de sua turma. Para isso, o quanto antes as 
necessidades educacionais especiais/específicas 
forem identificadas e atendidas, menos tempo 
esse aluno ficará sem acompanhamento e melhor 
será. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
Educação Especial – modulo I

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