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caso trabalho 1

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Universidade Estácio de Sá 
Caio Cezar Martins Silva
201902061322
DIREITO DO TRABALHO 1
Casos concretos 
1,3,5
Niterói/RJ
2020
CASO CONCRETO 1
QUESTÃO DISCURSIVA :
O Sindicato dos Empregados de Bares e Restaurantes de Minas Gerais celebrou convenção coletiva de trabalho com o Sindicato Patronal de Bares e Restaurantes de Minas Gerais. A referida norma coletiva estabeleceu para os integrantes da categoria profissional representada pelo sindicato profissional o pleno funcionamento dos bares e restaurantes aos domingos com o devido revezamento do repouso semanal dos empregados, sendo uma folga aos seus empregados aos domingos, a cada duas semanas inteiras trabalhadas. Finalmente, as partes estabeleceram um prazo de vigência de 1 (um) ano para a vigência da convenção coletiva. Analisando o caso concreto apresentado, esclareça se esta norma coletiva se caracteriza como fonte material ou formal do direito do trabalho? Esclareça ainda, a diferença entre fontes autônomas e heterônomas. Além disso, esclareça se em caso de divergência entre disposto em acordo coletivo ou convenção coletiva para membros da mesma categoria profissional, qual norma irá 	prevalecer?
Resposta: Essas normas coletivas se caracteriza como fonte formal, pois ela demonstra como se estabelece uma norma jurídica, e acordos coletivos de trabalho possuem caráter normativo, demonstrando assim ser fonte formal, como de exemplo o artigo 611 da CLT (Convenção Coletiva de Trabalho é o acôrdo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho.)
Fontes formais autônomas são as que são criadas pelo próprio destinatário exemplo: acordo coletivo e convenção coletiva, já as fontes formais heterônomas são aquelas que são produzidas por terceiro, como o Estado exemplo: lei e decreto lei.
 Em caso de divergência entre disposto em acordo coletivo ou convenção coletiva para membros da mesma categoria profissional, acordo coletivos de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho como dito no artigo 620 da CLT (As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho.)
QUESTÃO OBJETIVA :
(VUNESP 2018) Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, súmulas e outros enunciados de jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho 
a) não poderão criar obrigações que não estejam previstas em lei.
	b) 	poderão 	criar 	obrigações 	que 	não 	estejam 	previstas 	em 	lei.
c)poderão criar obrigações desde que não haja violação das normas de ordem pública.
d)poderão restringir direitos legalmente previstos, desde que haja contrapartida em favor do trabalhador.
e)poderão criar obrigações que não estejam previstas em lei, desde que fiquem excepcionadas as empresas em recuperação judicial.
RESPOSTA: A
JURISPRUDÊNCIA: Tribunal Superior do Trabalho TST - RECURSO DE REVISTA : RR 460524-89.1998.5.17.5555 460524-89.1998.5.17.5555
Detalhes da Jurisprudência
Processo RR 460524-89.1998.5.17.5555 460524-89.1998.5.17.5555, Órgão Julgador 1ª Turma, Publicação DJ 05/03/1999, Julgamento 14 de Outubro de 1998, Relator João Oreste Dalazen
CASO CONCRETO 3
QUESTÃO DISCURSIVA:
A empresa Infohoje Ltda. firmou contrato com Paulo, pelo qual ele prestaria consultoria e suporte de serviços técnicos de informática a clientes da empresa. Para tanto, Paulo receberia 20% do valor de cada atendimento, sendo certo que trabalharia em sua própria residência, realizando os contatos e trabalhos por via remota ou telefônica. Paulo deveria estar conectado durante o horário comercial de segunda a sexta-feira, sendo exigida sua assinatura digital pessoal e intransferível para cada trabalho, bem como exclusividade na área de informática. Sobre o caso sugerido, pergunta-se:
Paulo possui direito a obtenção de vínculo de emprego com a empresa Infohoje? Em caso tipo específico de trabalhador que se enquadraria Paulo? Caracterize e justifique.
Resposta: Sim, Paulo tem as características necessárias da relação de emprego como habitualidade, subordinação, pessoalidade, onerosidade e alteridade ele presta serviços não eventual a empresa e ainda recebe salário, como dito no artigo 3 da CLT(Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário). Paulo se enquadra no serviço do teletrabalho, ele presta serviços a empresa, só que fora das dependência, pois segundo o artigo 75-b da CLT (Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.)
QUESTÃO OBJETIVA
(FCC, TRT 3ª Região, 2015, Analista Judiciário) Maria, durante três anos, prestou serviços ao Clube de Mães Madalena Arraes, que é uma entidade sem fins lucrativos instituída para desenvolver atividades culturais e filantrópicas com a comunidade carente. Cumpria jornada de trabalho diário das 8 às 17 horas, com uma hora de intervalo para repouso e alimentação, devidamente controlada, e, enquanto estava trabalhando era obrigada a usar uniforme. Entregava relatórios semanais sobre as suas atividades e os resultados obtidos com as crianças e recebia mensalmente um valor fixo pelo trabalho prestado. Em relação à situação descrita,
A) presentes as características da relação de emprego na relação mantida entre Maria e o Clube de Mães, deve ser reconhecido o vínculo de emprego entre as partes, não sendo óbice para tal reconhecimento o fato de o Clube de Mães ser entidade filantrópica sem finalidade lucrativa.
B) somente seria possível o reconhecimento do vínculo de emprego entre as partes se presente a subordinação de Maria em relação ao Clube de Mães, o que não se verifica no presente caso.
C) embora presentes as características da relação desemprego, o fato de o Clube de Mães ser entidade filantrópica sem finalidade lucrativa impede o reconhecimento do vínculo de emprego entre as partes.
D) a finalidade lucrativa do empregador e o recebimento de participação do trabalhador nesse lucro é essencial para a caracterização do vínculo de emprego.
RESPOSTA: A
JURISPRUDÊNCIA: Tribunal Superior do Trabalho TST - RECURSO DE REVISTA : RR 460524-89.1998.5.17.5555 460524-89.1998.5.17.5555
Processo RR 460524-89.1998.5.17.5555 460524-89.1998.5.17.5555, Órgão Julgador 1ª Turma, Publicação DJ 05/03/1999, Julgamento 14 de Outubro de 1998, Relator João Oreste Dalazen
EMENTA
RECURSO ORDINÁRIO. BARMAN. AUSÊNCIA DE PESSOALIDADE E HABITUALIDADE. VÍNCULO EMPREGATÍCIO NÃO CARACTERIZADO. O conjunto probatório constituído nos autos, precipuamente a prova oral, não respaldou a pretensão de reconhecimento de vínculo empregatício, ante a ausência dos elementos que o caracterizam, mormente a pessoalidade e habitualidade. Recurso ordinário patronal provido.
CASO CONCRETO 5
QUESTÃO DISCURSIVA:
Em 2010, Platão foi contratado pelo Município do Belo Horizonte para prestar serviços internos ligados à administração pública. Em meados de 2016, por meio de uma ação civil pública intentada pelo Ministério Público, a administração pública teve que romper com os serviços prestados por todos aqueles que não ingressaram em seus quadros por concurso público. Platão, indignado, procurou um advogado e entrou com uma Reclamação Trabalhista, pleiteando o reconhecimento do vínculo com o Município de Belo Horizonte e o consequente pagamento das verbas decorrente deste vínculo. Diante do caso apresentado, responda justificadamente:
Platão terá êxito na Reclamação Trabalhista no que concerne ao reconhecimento do vínculo empregatício e consequentemente a existência do contrato de trabalho? Justifique indicando a posição jurisprudencial sobre a matéria.
Resposta: Não teria, Platão não teráreconhecimento do veículo empregatício, somente poderá ter se tiver concurso público nesse caso concreto, de acordo com o artigo 37, II do CF (a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração) e poderá ter as horas trabalhadas e FGTS referente ao tempo em que ele exerceu suas atividades, mas não tem oque dizer em relação a vinculo empregatício. 
QUESTÃO OBJETIVA 
Múltipla escolha:
(FCC - 2018) Mario presta serviços com subordinação, mas sem continuidade, havendo alternância de períodos de prestação de serviços e inatividade, determinados em horas, dias ou meses. Ênio assume os riscos de sua atividade econômica, não possui subordinação e presta serviços sem exclusividade, de forma contínua ou não. Finalmente, Joaquim foi contratado verbalmente, possuindo subordinação, horário de trabalho a cumprir e salário fixo mensal, prestando serviços no local do contratante.Considerando a legislação vigente e as alterações introduzidas pela Lei n° 13.467/2017, as modalidades de trabalho de Mario, Ênio e Joaquim são classificadas, respectivamente, como sendo
 a) trabalho em regime de tempo parcial, avulsa e contrato individual de trabalho.
b) autônoma, intermitente e contrato individual de trabalho.
c) contrato individual de trabalho, intermitente e autônoma.
d) avulsa, autônoma e intermitente.
e)intermitente, autônoma e contrato individual de trabalho.
Resposta:E
JURISPRUDÊNCIA: Tribunal Regional do trabalho da 22 região TRT-22 – Recurso ordinário : RO 0000003-46.1201.6.52.2010
Processo: RO 0000003-46.1201.6.52.2010, Órgão Julgador: Segunda Turma, Julgamento : 7 de fevereiro de 2017, Relator: Liana Chaib
Ementa
CONTRATAÇÃO SEM PRÉVIO CONCURSO PÚBLICO - ADMITIDA VIOLAÇÃO DO ART. 37, II, DA CF/88 - INEXISTÊNCIA DE PROVA DE OUTRA FORMA DE CONTRATAÇÃO EXCEPCIONAL - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO - Admitindo o Município que a admissão ocorreu sem o requisito do prévio concurso público, com afronta ao art. 37, II, da CF/88, e não havendo impugnação específica acerca de ocorrência de contratação temporária ou prova da existência de lei nos autos autorizando essa forma excepcional de vínculo de trabalho, o caso enquadra-se na regra geral de admissão celetista, o que torna essa Justiça competente para processar e julgar a demanda. Aplicação de precedentes do TST. CONTRATO NULO - EFEITOS - Este TRT atualmente adota o entendimento positivado na Súmula 363 do C. TST, segundo a qual a contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.
(TRT-22 - RO: 000000346120165220103, Relator: Liana Chaib, Data de Julgamento: 07/02/2017, SEGUNDA TURMA)

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