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Nome: Alessandra Diaz – RGM: 1635634-9 Prof. Edson Pinheiro Direito/ 9º semestre-manhã Avaliação 1 – Nos crimes de tortura, explique em que consiste a tortura-castigo, discorrendo sobre os elementos do tipo penal (objetivo, normativo e subjetivo). R: Nossa Constituição Federal no art. 5º, III proíbe a pratica da tortura, assim como no art. 5º, XLIII surge a tortura como um dos crimes assemelhados aos crimes hediondos e a Constituição Federal determina que a tortura é inafiançável e insuscetível de anistia ou graça. A Tortura castigo se encontra no art. 1º, II da L. 9455, haverá crime de tortura castigo quando o agente submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. Seus tipos Penais são: · O elemento normativo do tipo, aqui além de exigir o sofrimento físico ou mental, este deve ser intenso. · O elemento objetivo verbo submeter tem o sentido de “subjugar, vencer, dominar, avassalar, domar, sujeitar, subordinar”. (Fernandes, 1984, p. 795). De modo que é empregado como sinônimo de constranger. Aliás, é incompreensível que o legislador tenha usado verbos distintos, se não há diferença entre as condutas. · O elemento subjetivo do tipo, além do dolo, é necessário que o agente tenha como finalidade específica a submissão do sujeito passivo a uma medida preventiva ou a uma imposição de castigo. · A consumação do crime ocorre no momento em que ocorre o sofrimento físico ou mental, sem necessidade de qualquer lesão. A tentativa é possível, desde que o agente tenha iniciado a execução do crime, mas não tenha causado por razões alheias a sua vontade, o intenso sofrimento físico ou mental. 2 – Os crimes hediondos são suscetíveis de liberdade provisória com fiança? E liberdade provisória sem fiança? Explique. R: Não, o crime hediondo é considerado de extrema gravidade. Em razão disso, recebe um tratamento diferenciado e mais rigoroso do que as demais infrações penais. É considerado crime inafiançável e insuscetível de graça, anistia ou indulto. Com a nova Lei nº 11.464/2007 tais crimes tornam-se o possível cabimento de liberdade provisória, mas continua inafiançável, conforme o art. 2º da Lei nº 8.072/1990. 3 - O agente que praticar mais de ação descrita no art. 33, da Lei nº 11.343/06, no mesmo contexto fático, responderá por crime único ou por mais de um crime? E se no mesmo contexto o agente é detido em poder de maquinário, objeto ou instrumento destinado à fabricação, preparo ou produção de drogas, deverá responder também pelo crime do artigo 34, da Lei de Drogas? Fundamente. R: O agente responderá por um único crime, por força do princípio da alternatividade. Porém, caso os contextos de fato sejam diversos, há de incidir as regras do concurso de crimes. Se o agente for também detido pelo art.34 da lei de drogas, este vai responder pelo mesmo artigo. Como a própria lei dispõe: “guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado a fabricação”. 4 – É possível a substituição da pena em crime de lesão corporal leve quando decorrente de violência doméstica e familiar contra a mulher? R: Não é possível, pois a Lei Maria da Penha ela impede que o réu se beneficie do principio da proporcionalidade. E a Lei 11.340/06 deixa clara no art. 17 “É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa”. O art. 44, I, do Código Penal, ao vedar a substituição da sanção corporal por restritiva de direitos nos delitos praticados com violência ou grave ameaça à pessoa, não teria abrangido a hipótese de lesão corporal leve. Isso porque neste caso, a violência perpetrada não se mostraria suficiente à violação do bem jurídico tutelado; a violência contra a pessoa mencionada no dispositivo anteriormente referido seria aquela resultante de ato mais grave do que o tipo penal estampado no art. 129 do diploma repressivo. Assim, na lesão corporal de natureza leve, não haveria violência impeditiva da substituição de uma pena por outra. 5 – Discorra acerca da constitucionalidade do artigo 28, caput, da Lei de Drogas. R: Há uma grande discussão no plenário sobre a inconstitucionalidade do tipo penal da posse de drogas para uso próprio, configurado no art. 28 da Lei 11.343/06. A inconstitucionalidade referida nesse artigo prega a violação dos princípios que norteiam nosso ordenamento jurídico, bem como as relações da vida humana, colocado a risco no próprio artigo citado acima. Entre eles, a dignidade da pessoa humana, definida como autodeterminação do indivíduo para que este seja capaz de desenvolver um estilo de vida autônomo, sendo algo inerente a ele, irrenunciável e inviolável. Até o pior dos criminosos é portador desse valor, não o desmerecendo por suas características. (CF, art. 1º, III); a pluralidade, abrangendo e resguardando os mais diferentes estilos de vida, com tolerância e respeito. (CF, art.1º, V); a intimidade, dando-se respeito também à privacidade que cada ser humano tem, de fazer as suas escolhas, cabíveis apenas a ele. (CF, art 5º, X) e isonomia, onde todos são iguais perante a lei. (CF, art. 5º, caput). Assim, de ofício, a juíza Rosália Guimarães Sarmento declarou a inconstitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas. Ao comentar a própria decisão de ofício, a juíza explicou que o controle de constitucionalidade, todavia, é obrigação de todo magistrado, diante da primazia da norma constitucional no ordenamento jurídico vigente. "Se uma lei (ou parte da lei) é inconstitucional, ela não deve jamais prevalecer, devendo ser afastada a fim de que se garanta a supremacia da Constituição Federal que é o que a Lex Mater ou a Lei das leis", apontou.
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