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Direito nas regras de conduta

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Direito com Regra de 
Conduta 
 
 
 
 
 
 
 
 
O autor, Noberto Bobbio, inicia sua obra baseada no ponto de vista 
normativo com inspiração kelsiana. Das quais pontuam-se duas 
perspectivas normativas, primeira, a concepção ampla do direito que 
vai além do que surge no Estado como regra de conduta a ser 
seguida, a fim de gerar o bem-estar social e segunda, a concepção 
estrita, que esta ligada a uma visão mais verticalizada do homem 
perante a sociedade que ele pertence. De todo modo, as regras de 
conduta seguidas por cada indivíduo são moldadas para se adaptarem 
as diferentes sociedades e com ostros sistemas normativos. Dessa 
forma, a centralização do poder normativo na sociedade medieval que 
está inserido dentro do contexto do direito estatal que é enfatizado 
por Bobbio em um dos seus tópicos, constata que havia 
ordenamentos jurídicos universais como a igreja e o império e 
ordenamentos particulares como os feudos e corporações. Logo, os 
resquícios da centralização do poder normativo e coativo, gera, para 
os dias atuais, a necessidade de identificar o direito em si como 
direito estatal. Melhor dizendo, a organização de uma sociedade 
institucionalizada, torna-se, o produto da vida social que nem todos 
tem participação jurídica. Mas, para isso, é preciso entender as 
teorias dissemelhantes da normativa que exprimem ideias de 
organização e disciplina de conduta individual que o homem pode 
afetar no Estado de diferentes maneiras em uma sociedade ordenada, 
na qual, o jurista Santi Romano afirma que essa sociedade organizada 
é denominada de instituição. Logo, a distinção da teoria do direito 
como instituição e teoria do direito como relação, não se distanciam 
muito, pois, é por meio dessas duas teorias que a sociedade toma 
forma orgânica e amplia os horizontes para o convívio e troca de 
experiencias jurídicas benéficas, tanto para o homem em si, quanto 
para o Estado, abrangendo assim, o direito na esfera social para 
manter o ordenamento jurídico. Tal doutrina institucionalista 
representa uma reação ao estatismo, ora nasce da reavaliação das 
teorias jurídicas da tradição cristã, ora da influência das correntes 
socialistas libertarias. Assim, toda teoria pode ser valida dependendo 
do seu significado ideológico e do seu valor científico, para as duas 
teorias são necessárias um olhar diferente para cada ideia e 
realidade. Mas, do ponto de vista do autor, a teoria cientifica do 
direito positivo é primordial, pois, oferece meios distintos e melhores 
do que os oferecidos pela teoria normativa para a compreensão do 
fenômeno jurídico. Para isso, Bobbio explica de forma crítica nesse 
contexto que a teoria normativa não coincide absolutamente em linha 
de princípio coma teoria estatista, ainda que, em linha de fato, muitos 
juristas estatistas sejam normativistas. Deforma que os normalistas 
se limitam a afirmar que o fenômeno originário da experiencia jurídica 
é a regra de conduta. Vale ressaltar que o problema pluralista e 
monista ainda permanece vivo na sociedade, de forma que gera 
conflito nos indivíduos na questão do direito ser produzido pelo 
Estado ou por grupos sociais inseridos no Estado. Sendo assim, o 
direito pode ter interpretações diferentes no sentido de ser mais 
amplo quando sustentamos a tese do direito institucionalista, nele, o 
próprio autor defende essa teoria por ser para ele, mais oportuna e 
necessária para a sociedade ou para o mais restrito, quando 
entramos no âmbito do direito estatal com suas normas de conduta e 
visões no sentido mais amplo quando se trata do Estado. 
Além disso, a questão do direito ser ou não uma relação 
intersubjetiva como tópico como aborda Bobbio em seu livro, é uma 
teoria muito antiga, mas, que permanece ate os dias de hoje de forma 
recorrente e afirmando que tal teoria germina da mesma ideia da 
teoria da instituição, de forma que a simples relação de dois 
indivíduos não é politica pelo fato de estar inserido numa instituição. 
Mas, a afirmação do iluminista Immanuel Kant, “conjunto das 
condições por meio das quais o arbítrio de um pode se acordar com o 
arbítrio de um outro, segundo uma lei universal da liberdade”. Sendo 
assim, o direito é um fenômeno social que está presente na sociedade 
e se faz necessário para que haja interação do homem com o Estado, 
a fim de construir laços complexos com o objetivo de reunir 
interesses mútuos, para que prevaleça o jusnaturalismo. 
Uma determinada norma se torna eficaz quando pertence a uma 
organização complexa que determine a natureza e a importância das 
sanções, as pessoas que devem exerce-las e sua execução por 
Bobbio já que é através da própria norma que ele afirma o critério 
formal, critério material, critério do sujeito que põe a norma a critério 
do sujeito a quem a norma é destinada. 
1- O critério formal é aquele pelo qual se considera o que é direito 
a partir de algum elemento estrutural da norma jurídica. Essa 
relação pode ser distinguida em positivas e negativas; 
categóricas e hipotéticas; gerais e individuais. Bobbio ressalta 
que todos esses formatos formais estão presentes em qualquer 
sistema jurídico e nenhum deles, por si só, caracteriza direito. 
 
 
2- Critério material é aquele pelo qual se buscou o que é direito 
através das ações reguladas pelas regras jurídicas. Dentro das 
ações possíveis ao homem, distinguiu-se em ações internas e 
ações externas; ações subjetivas e ações intersubjetivas. 
Nesse contexto, Bobbio mostra que ambas as distinções 
servem para distinguir o direito da moral, mas, não as regras de 
costume. 
 
 
3- Critério do sujeito que põe a norma é aquela posta por um poder 
soberano. Assim, Bobbio mostra que dizer que a norma jurídica 
é aquela emanada do poder soberano equivale a dizer que a 
norma jurídica é aquela que faz parte de um ordenamento, já 
que o poder soberano é justamente o conjunto de órgãos por 
meio dos quais um ordenamento é posto, conservado e 
aplicado. 
 
4- Critério do sujeito a quem a norma é destinada apresenta 
variação quanto ao destinatário, o cidadão ou o juiz. Logo, o 
cidadão obedece a norma que é obrigatória e seu 
descumprimento pode ter consequências; o juiz tem seu papel e 
poder definido por normas. Mas, ambos dentro de um 
ordenamento. Bobbio conclui que quando se procura definir o 
direito através de normas, é obrigado a deixar a norma e 
abraçar o ordenamento.

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