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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU CURSO BIOMEDICINA DISCIPLINA: MECÂNICA DOS FLUIDOS PROF. DR. IDNEY CAVALCANTI DA SILVA EQUAÇÕES BÁSICAS PARA UM VOLUME DE CONTROLE - AULA 09 CONSERVAÇÃO DE MASSA O primeiro princípio físico para o qual nós aplicamos a relação entre as formulações de sistema e de volume de controle é o princípio de conservação da massa: a massa do sistema permanece constante. 0 Sistemadt dM Eq. 01 Em que M V Sistema dVdmM Eq. 02 As formulações de sistema e de volume de controle são relacionadas pela Eq. 03 VC SCSistema AdvdV tdt dN . Eq. 03 Em que M V Sistema dVdmN Eq. 04 Para deduzir a formulação de volume de controle da conservação de massa, fazemos MN e 1 . Com essa substituição, obtemos VC SCSistema AdvdV tdt dM . Eq. 05 Comparando a Eq. 01 com a Eq. 05, chega-se à formulação da equação de volume de controle da conservação de massa: 0. VC SC AdvdV t Eq. 06 Na Eq. 06, o primeiro termo representa a taxa de variação da massa dentro do volume de controle; o segundo termo representa a taxa líquida de fluxo de massa para fora através da superfície de controle. A Eq. 06 indica que a soma da taxa de variação dentro do volume de controle com a taxa líquida de fluxo de massa através da superfície de controle é zero. A equação da conservação de massa é também chamada de equação da continuidade. Em outras palavras, a taxa de aumento da massa no volume de controle é decorrente do fluxo líquido de entrada de massa: Taxa de Aumento de Massa no VC = Taxa Líquida de Massa para dentro do VC FACULDADE MAURICIO DE NASSAU CURSO BIOMEDICINA DISCIPLINA: MECÂNICA DOS FLUIDOS PROF. DR. IDNEY CAVALCANTI DA SILVA EQUAÇÕES BÁSICAS PARA UM VOLUME DE CONTROLE - AULA 09 VC SC AdvdV t . Eq. 07 Mais uma vez, notamos que, ao usar a Eq. 06, um cuidado deve ser tomado na avaliação do produto escalar cos. vdAAdv : ele pode ser positivo (escoamento para fora, 2 ), negativo (escoamento para dentro, 2 ) e até mesmo zero ( 2 ). A figura 01 ilustra o caso geral, bem como os casos convenientes 0 e . Fig. 03. Avaliando o produto escalar. CASOS ESPECIAIS Em casos especiais, é possível simplificar a Eq. 06. Considere primeiramente, o caso de um fluido incompressível, no qual a massa específica permanece constante. Quando é constante, ele não é uma função do espaço e nem do tempo. Consequentemente, para fluidos incompressíveis, a Eq. 06 pode ser escrita como: VC SC AdvdV t 0. Eq. 08 A integral de sobre todo o volume de controle é simplesmente o volume total do volume de controle. Assim, dividindo por , escreve-se: SC Adv t V 0. Eq. 09 Para um volume de controle não deformável, de forma e tamanho fixo, V constante. A conservação de massa para escoamento incompressível através de um volume de controle fixo torna-se, SC Adv 0. Eq. 10 Um caso especial útil é quando a velocidade é, ou pode ser aproximada, como uniforme em cada entrada e saída. Neste caso, a Eq. 10 é simplificada para: FACULDADE MAURICIO DE NASSAU CURSO BIOMEDICINA DISCIPLINA: MECÂNICA DOS FLUIDOS PROF. DR. IDNEY CAVALCANTI DA SILVA EQUAÇÕES BÁSICAS PARA UM VOLUME DE CONTROLE - AULA 09 0. SC Av Eq. 11 Note que não consideramos escoamento permanente na redução da Eq. 06 para as formas da Eq. 10 e da Eq. 11. Impusemos apenas a restrição de escoamento incompressível. Assim, as Eqs. 10 e 11 são expressões da conservação de massa para um escoamento de um fluido incompressível que pode ser em permanente ou em regime transiente. As dimensões do integrando na Eq. 10 são tL /3 . A integral sobre uma seção da superfície de controle é comumente chamada taxa de fluxo de volume ou vazão em volume, ou ainda vazão volumétrica. Desse modo, para um escoamento incompressível, a vazão volumétrica para dentro de um volume de controle deve ser igual a uma vazão volumétrica para fora de um volume de controle. A vazão volumétrica Q , através de uma seção de uma superfície de controle de área A , é dada por A AdvQ . Eq. 12 O módulo da velocidade média, v , em uma seção é definido por A Adv AA Qv .1 Eq. 13 Considere agora o caso geral de escoamento permanente, compressível, através de um volume de controle fixo. Como o escoamento é permanente, significa que, no máximo, zyx ,, . Por definição, nenhuma propriedade do fluido varia com o tempo em um escoamento permanente. Consequentemente, o primeiro termo da Eq. 06 deve ser zero e, assim, para escoamento permanente, o enunciado da conservação de massa reduz-se a SC Adv 0. Eq. 14 Um caso especial útil é quando a velocidade é, ou pode ser aproximada como, uniforme em cada entrada e saída. Nesse caso, a Eq. 14 é simplificada para SC Av . Eq. 15 Então, para o escoamento permanente, a vazão mássica para dentro do volume de controle deve ser igual a vazão mássica para fora do volume de controle. EXEMPLO 01: Fluxo de Massa em uma junção de tubos Considere o escoamento permanente da água em uma junção de tubos conforme mostrado na ilustração. As áreas das seções são: 221 2,0 mAA e 2 3 15,0 mA . O fluido também vaza para fora do tubo através de um orifício em (4) com uma vazão volumétrica estimada FACULDADE MAURICIO DE NASSAU CURSO BIOMEDICINA DISCIPLINA: MECÂNICA DOS FLUIDOS PROF. DR. IDNEY CAVALCANTI DA SILVA EQUAÇÕES BÁSICAS PARA UM VOLUME DE CONTROLE - AULA 09 em sm /1,0 3 . As velocidades médias nas seções (1) e (3) são smV /51 e smV /123 , respectivamente. Determinar a velocidade de escoamento na seção (2) Dados: Escoamento permanente de água nos tubos. 3 3 431 2 3 2 21 /999 /1,0;/12;/5 15,0;2,0 mkg smQsmVsmV mAmAA Solução: Como o escoamento é permanente e a velocidade é, ou pode ser aproximada como, uniforme em cada entrada e saída. 0. SC Av , se é constante, implica que 00. 2243311 VAQVAVAAvSC 02,01,01215,052,00. 2 2 3 22 Vms m s mm s mmAv SC 2 333 2 3 22 2 2,0 1,08,10,1 2,0 1,01215,052,0 m s m s m s m m s m s mm s mm V sm m s m V /5,4 2,0 9,0 2 3 2 EXEMPLO 02: Vazão Mássica na Camada Limite O fluido em contato direto com a fronteira sólida estacionária tem velocidade zero; não há deslizamento na fronteira. Então, o escoamento sobre a placa plana adere-se sobre a superfície da placa e forma uma camada-limite, como esquematizado na ilustração a seguir. O escoamento a montante da placa é uniforme com a velocidade iUv ˆ , smU /30 . A distribuição da velocidade dentro da camada limite y0 ao longo de cd é aproximada por 2//2/ yyUu . FACULDADE MAURICIO DE NASSAU CURSO BIOMEDICINA DISCIPLINA: MECÂNICA DOS FLUIDOS PROF. DR. IDNEY CAVALCANTI DA SILVA EQUAÇÕES BÁSICAS PARA UM VOLUME DE CONTROLE - AULA 09 A espessura da camada limite na posição d é mm5 . O fluido é ar com massa específica 3/24,1 mkg . Supondo que a largura da placa perpendicular ao papel seja mw 6,0 , calcule a vazão mássica através da superfície bc do volume de controle abcd. Solução: Aab Abc Acd AdaSC AdvAdvAdvAdvAdv 0....0. skgAdvAdvAdv Aab AcdAbc /038,074,0112,0... skgmm s m m kgUw UwUwyUwdyuwdyudAAdv yb yaAabAab /112,0005,0.6,0.30.24,1 . 3 0 0 0 2 32 0 2 3 2. yywUdyyywUuwdyudAAdv yc ydAcdAcd s kgm s mm m kgwUwU 074,0005,0.30.6,0.24,1. 3 2 3 2 3 3 EXEMPLO 03: Um tanque, com volume 305,0 mV , contém ar com pressão kPap 800 e temperatura CT 15 . Em 0t , o ar começa a escapar do tanque por maio de uma válvula com área de escapamento de 265mm . O ar passando pela válvula tem velocidade de 300 m/s e massa específicade 3/6 mkg . Determine a taxa instantânea de variação da massa específica do ar no tanque em t = 0. FACULDADE MAURICIO DE NASSAU CURSO BIOMEDICINA DISCIPLINA: MECÂNICA DOS FLUIDOS PROF. DR. IDNEY CAVALCANTI DA SILVA EQUAÇÕES BÁSICAS PARA UM VOLUME DE CONTROLE - AULA 09 Solução: VC SC AdvdV t 0. SCSC AdvV t AdvV t .0. 33263 22 3 3 2 3 111 111 . 34,2 .000.50 117000 10.05,0 1.653006 05,0 653006 ms kg ms kg mmm mmm s m m kg t m mm s m m kg tV Av t Av t V
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