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FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DA VIDA CRISTÃ CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO WALLACE EDUARDO DA SILVA FERREIRA DRONES: Um prognóstico de usos e tecnologias MOCOCA – SP 2017 WALLACE EDUARDO DA SILVA FERREIRA DRONES: Um prognóstico de usos e tecnologias Trabalho apresentado à disciplina de Monografia de Conclusão de Curso II da Fundação Universitária da Vida Cristã como pré-requisito para obtenção parcial do Título de Bacharel sob orientação da Profa. Ma. Marcella Letícia Costa Lemes. Orientadora: Marcella Letícia Costa Lemes. Mococa – SP 2017 A meus pais e irmãos Pelo apoio incondicional. AGRADECIMENTOS A meus pais, irmãos e avós, que sempre me incentivaram e serviram de pilares para a vida. Ao Programa Escola da Família, que tornou possível minha iniciação e conclusão neste curso. A meus colegas de curso, pelo apoio, momentos inesquecíveis, e risadas. Aos Professores: Marcella Letícia Costa Lemes, José Cortez Júnior e Tarcísio Jorge Bezerra, pela paciência. Aos grandes nomes da ciência, que me mostraram uma melhor filosofia de vida e me ajudaram a despertar o fascínio pela natureza. A todos que me acompanharam e ajudaram no desenvolvimento deste trabalho, o meu profundo obrigado. “Não sei o que possa parecer aos olhos do mundo, mas aos meus pareço apenas ter sido como um menino brincando à beira-mar, divertindo-me com o fato de encontrar de vez em quando um seixo mais liso ou uma concha mais bonita que o normal, enquanto o grande oceano da verdade permanece completamente por descobrir à minha frente.” (Isaac Newton) RESUMO O drone, também conhecido como VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) é um equipamento capaz de voar e é manobrado através de um controle remoto. Contudo é uma ferramenta de uso diário e empresarial. Por outro lado, estes drones também têm sido utilizados na cobertura de eventos sociais, na segurança, em atividades agrícolas, entre outras, mas não há como negar que eles são um tanto limitados para serviços diários e afins. Com a popularização dos drones, diversos fabricantes têm desenvolvido drones com características próprias, criando um ambiente heterogêneo no espaço aéreo. Este trabalho tem por objetivo realizar uma investigação científica acerca das novas tecnologias em desenvolvimento, usabilidades e importância do uso dos drones. O tipo de pesquisa adotado é de natureza qualitativa, e para isso será analisado diferentes modelos de tecnologias em desenvolvimento focadas em usos específicos que as empresas pretendem empregar, o comportamento destes drones inteligentes e o que se espera de sua usabilidade potencial. Para tal avaliação, será analisada a inteligência artificial dos drones civis de tecnologia mais superiores atualmente. Palavras-chave: Drones, Tecnologias, Usabilidade, Inteligência Artificial. DRONES: A prognosis of uses and technologies ABSTRACT The drone, also known as UAV (Unmanned Aerial Vehicle) is a device capable of flying and is maneuvered through a remote control, an efficient and business tool. On the other hand, these drones have also been used in coverage of social events, in safety, in agricultural activities, among others, but not as denying that they are somewhat limited to daily and related services. With the popularization of drones, several manufacturers with developed with characteristics, creating a heterogeneous environment in the airspace. This work aims to perform a research on the new technologies in development, usability and importance of the use of drones. The type of research adopted is of a qualitative nature, and for this it is analyzed different models of developing technologies focused on specific uses that as Finnish companies employ to employ, the behavior of these intelligent drones and what is expected of their potential usability. For this evaluation, it will be analyzed the artificial intelligence of the most superior technologies of civilians’ drones currently. Keywords: Drones, Technologies, Usability. Artificial Intelligence. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Drone de asa rotativa com conjunto de 4 motores. .................................................. 16 Figura 2 - Drone de asa fixa. .................................................................................................... 17 Figura 3 - Infográfico de tipos de drones. ................................................................................ 17 Figura 4 - Drone militar mais famoso, o MQ-1 Predator. ........................................................ 19 Figura 5 - MQ-9 Reaper se preparando para sobrevoar o Afeganistão em 2007. .................... 20 Figura 6 - Global Hawk em ação. ............................................................................................. 21 Figura 7 - Sensor Velodyne HDL-32, opção de LIDAR para VANT. ..................................... 23 Figura 8 - Exemplos de mapas gerados a partir do uso de drones............................................ 24 Figura 9 - Placa controladora Pixhawk. ................................................................................... 26 Figura 10 - Drone equilibrando um copo d´água. .................................................................... 27 Figura 11 - Quantidade de criação de empresas envolvidas com drones. ................................ 33 Figura 12 - Distribuição de empresas de filmagens e empresas de drones. ............................. 34 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Tipos de sensores de drones aplicados a sensoriamento remoto. ............................ 22 Tabela 2 - Cálculo de aplicação comercial de drones por setor. .............................................. 31 LISTA DE SIGLAS 3D Três Dimensões ANAC Agência Nacional de Aviação Civil GPL General Public License (Licença Pública Geral) GPS Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global) LIDAR Light Detection And Ranging (Detecção e Telemetria por Luz) VANT Veículo Aéreo Não Tripulado SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 12 1.1 Motivação ............................................................................................................... 13 1.2 Justificativa ............................................................................................................ 13 1.3 Objetivo .................................................................................................................. 14 1.4 Objetivos específicos .............................................................................................. 14 1.5 Metodologia ............................................................................................................ 14 1.6 Estrutura do trabalho ........................................................................................... 14 2 TECNOLOGIAS E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DOS DRONES ............ 15 2.1 Uma breve história ................................................................................................ 15 2.2 Classificação dos drones ....................................................................................... 16 2.3 Drones militares ..................................................................................................... 18 2.3.1 MQ-1 Predator .......................................................................................... 18 2.3.2 MQ-9 Reaper .............................................................................................19 2.3.3 RQ-4 Global Hawk .................................................................................... 20 2.4 Drones civis ............................................................................................................ 21 2.4.1 Sensoriamento remoto ............................................................................... 21 2.4.2 Criação de mapas ...................................................................................... 23 2.4.3 Sistemas embarcados ................................................................................. 24 2.4.4 Algoritmos atléticos ................................................................................... 26 2.5 Inteligência artificial dos drones .......................................................................... 27 3 O MERCADO DE DRONES E APLICAÇÕES ................................................ 30 3.1 O crescimento de mercado .................................................................................... 30 3.2 Mercado brasileiro de drones ............................................................................... 32 3.3 Aplicações nos setores econômicos ....................................................................... 35 3.3.1 Agricultura ................................................................................................ 35 3.3.2 Mídia e entretenimento .............................................................................. 36 3.3.3 Infraestrutura ............................................................................................ 37 3.3.4 Transporte ................................................................................................. 38 3.3.5 Seguros ...................................................................................................... 39 3.3.6 Telecomunicações ...................................................................................... 40 3.3.7 Segurança .................................................................................................. 41 3.4 Adversidades de usos ............................................................................................. 42 3.5 Tendências .............................................................................................................. 42 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 44 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 45 12 1 INTRODUÇÃO Os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), também conhecidos como drones de modo informal, são aeronaves pilotadas remotamente de estações terrestres. Para Sullivan (2005), é difícil saber o surgimento exato, pois havia tecnologias autônomas desenvolvidas de maneiras simultâneas. Ainda assim, sabe-se que na década de 50 que os veículos se tornaram remotamente pilotáveis. Sullivan afirma também que o uso dos drones surgiu da necessidade de substituir o ser humano por máquinas em áreas de extremo perigo, com o objetivo de auxiliar no combate aéreo e para reconhecimento do território inimigo, servindo mais para fins militares. Com os avanços da tecnologia desde então, o uso de drones expandiu para diversas áreas, como a infraestrutura, transporte, seguros, mídia e entretenimento, agricultura, segurança e etc. Dessa forma, se tornando cada vez mais presente em distintos usos empresariais e civis. Uma outra área de destaque é a acadêmica, na qual há a colaboração para o avanço e estudos para tornar os drones mais inteligentes, aprimorando os mesmo para auxiliar os seres humanos, por exemplo, na busca e salvamento em diversos cenários complexos. Além disso, muitas instituições e universidades estão trabalhando para o desenvolvimento de drones, sistemas embarcados, em um conjunto de parcerias para projetos inovadores. Dessa maneira, a crescente competição do mercado faz com que as empresas busquem maior qualidade e eficácia (MUNDOGEO, 2017). Em paralelo, a evolução dos dispositivos móveis possibilitou a evolução de equipamentos, comunicação e arquitetura de hardware gerando um conjunto de tecnologias. A este respeito, Zwierzykowski (2016) apud Levinson (2004, p.53) declara: [...] “No momento em que celulares começam a conectar com a internet e oferecem algumas de suas funções – livros, jornais, revistas, conversas por texto ao vivo ou não, telefonia, videoconferências, rádios, gravação de músicas, fotografia, televisão – o celular se torna uma casa remota para comunicações, uma casa móvel, um pocket hearth, um meio de viagem da mídia.” Levinson (2004, p. 53). Devido a essa evolução, novas tecnologias para os drones surgiram, e eles assumiram responsabilidades de tarefas outrora executadas com dificuldade, como por exemplo, a adaptação às situações cotidianas, sejam em sensores e atuadores, dispositivos móveis, pequenos computadores e dispositivos inteligentes. 13 1.1 Motivação Em vários cantos de âmbitos empresarias e civis é possível ver os drones em atuação em diversas funções: policiamento, inspeção de vias públicas e instalações, controle de tráfego, manutenção e instalações, limpeza e irrigação, dedetização e bisbilhotices, dos vizinhos e dos serviços de informação (HALPERN, 2015). Devido ao crescimento da utilização dos drones, desde o seu surgimento e, principalmente, na última década, este vem se tornando cada vez mais comum tendo sido promovida a sua comercialização de maneira mais numerosa, existindo uma diversidade de aplicações para esses robôs, que acabando resultando em um padrão heterogêneo de programação, de combinação e de sensoriamento de aeronaves Pires (2014) apud (ALDRIDGE e STENBIT, 2002). Outro setor de que ganhou destaque é o da imprensa, com muito mais atividade de suas câmeras voadoras. Como explica Scalioni (2014), o professor de ciência da computação da Universidade Federal de Minas Gerais, Luiz Filipe Vieira diz que em virtude de numerosos avanços, os drones estão sendo usados em diferentes aplicações atualmente e ficam cada vez mais populares devido às melhorias no armazenamento de energia, com suas baterias de lítio, e de novos microprocessadores mais poderosos. Assim, a demanda para que os drones sejam mais inteligentes vem aumentando, e avanços científicos para os mesmos em diferentes áreas os deixam mais multiuso. 1.2 Justificativa A partir do objetivo de uma produção científica, de buscar novos conhecimentos na realidade, identificar problemas do dia a dia, e posteriormente apresentar soluções e transformações, a discussão sobre o atual panorama da recente tecnologia de veículos aéreos não tripulados, além do aspecto de aplicabilidade como meios alternativos e sustentáveis, releva-se a importância para o meio acadêmico. Dessa maneira, a relevância da discussão para desenvolvimento dos drones inteligentes, usos e tecnologias vem ganhando maior repercussão e devido à possibilidade de maiores tecnologias, e o seu destaque fica mais evidente por virtude dos impactos sociais. Nesse cenário, para área de ciência da computação e áreas do conhecimento semelhantes, pesquisas, trabalhos, análise e contextualização dos drones são mais pertinentes. 14 1.3 Objetivo Analisar e demonstrar os novos usos possíveis atuais para os drones, evidenciando seu comportamento e adaptação ao cotidiano humano, assim como as principais tecnologias emergentes. 1.4 Objetivos específicos Os objetivos específicos estão descritos a seguir: a) Identificar o atual nível de inteligência artificial dos drones e avaliar como os entusiastas pretendem aprimorá-la e seus nichos específicos; b) Sintetizar as adversidades causadas pela presença dos drones e pelos seus usos; c) Identificar os novos usos possíveis para os drones. 1.5 MetodologiaO tipo de pesquisa adotado é de natureza qualitativa, e para isso será analisado diferentes modelos de tecnologias em desenvolvimento focadas, o comportamento destes drones inteligentes e o que se espera de sua usabilidade potencial. 1.6 Estrutura do trabalho O Capítulo 1 exibe uma breve contextualização dos drones, assim como a motivação, justificativa e objetivos. O Capítulo 2 começa apresentando uma breve história sobre os drones, seus tipos e modos de classificação, e como a ANAC realiza as regulamentações. Em seguida, são tratadas as tecnologias de destaque, primeiro apresentando de drones militares e, posteriormente, de drones civis, e por último, uma contextualização e análise sobre o nível de inteligência artificial. O Capítulo 3 expõe um panorama sobre o mercado econômico de drones e suas aplicações, em seguida são mostradas explicações sobre o crescimento de mercado desta recente tecnologia, posteriormente enfocando o mercado mundial, o mercado brasileiro e, por último, as aplicações de drones nos setores de mercado econômico e resumindo os principais usos e consequências causadas devido a presença de drones. O Capítulo 4 demonstra as considerações finais e as tendências para os drones. 15 2 TECNOLOGIAS E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DOS DRONES 2.1 Uma breve história De acordo com Chamayou (2013, p.14) a palavra “Drone” é de vocabulário leigo. No entanto, ao invés de utilizar esta palavra, os militares preferem outra terminologia, “veículo aéreo não tripulado” (unmanned aerial vehicle, UAV), ou ainda, “veículo aéreo de combate não tripulado” (unmanned combat air vehicle, UCAV), caso a máquina seja provida de armas. Estes podem ser operados de duas maneiras, tanto a distância, via operadores humanos, e também de forma autônoma, por dispositivos robóticos. Na prática, há uma combinação de ambos os modos de controle. O seu surgimento ocorreu na década de 1960, tendo como inspiração para criação dos drones em uma bomba, a popularmente conhecida como “buzz bomb” (bomba voadora), sendo o primeiro míssil moderno guiado e desenvolvido na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Entretanto, o maior papel de destaque foi apenas na década de 1980, devido aos seus usos militares, em atividades de missões de espionagem (O DRONES, 2015). Segundo o site VANTS (2015), os Estados Unidos começaram a desenvolver drones carregados com armas anos mais tarde, com o desenvolvimento do Predator (drone militar de reconhecimento e combate) em 1995, contudo, o governo americano lista o primeiro ataque ao Afeganistão em 2001, como a primeira utilização de um drone em combate militar. A partir deste fato, O Drones (2015) conta que seu uso aparece diversas vezes ligados a ataques ao Paquistão, no Iêmen, na Somália, no Afeganistão e nos territórios palestinos. Muitos desses ataques não foram oficiais e não foram admitidos pelo governo americano. De tal forma, esse aumento ocorreu perante a grande vantagem de uso durante esta década, pois a possibilidade de efetuar ações, muitas vezes perigosas, e sem necessariamente colocar vidas em risco. Assim, o pior que poderia acontecer é o drone ser abatido, uma vez que o seu piloto seguro estava a dezenas de quilômetros de distância. Nos dias de hoje, a produção é bastante incentivada, principalmente pelo governo americano, em que 51 estados já possuem exemplares para fins militares. Porém empresas de outros países já os produzem, incluindo brasileiras. No Brasil, Pechorráman e Veiga (2017) contam que é datado, em 1982 o primeiro registro de desenvolvimento de drones. Foi a partir de um projeto colaborativo entre o Centro Técnico Aeroespacial e a Companhia Brasileira de Tratores, um veículo aéreo não tripulado a jato foi produzido, entretanto, o projeto foi finalizado antes mesmo de seu primeiro voo. Mais 16 tarde, mais empresas investiram no emprego dessa tecnologia para suprir necessidades da Marinha, Exército e Aeronáutica. Não diferente de outros países, os interesses eram apenas para o desenvolvimento de alvos aéreos para treinamento de tiro real de unidades antiaéreas. O desenvolvimento de mercado civil no Brasil surgiu apenas na última década, em virtude de impulsionamento de empresas criadas por pesquisadores universitários, que decidiram juntar suas paixões de aeromodelismo aos avanços tecnológicos, tais como: sensores óticos digitais, eletrônica de controle e sistemas de comunicação. Essa junção permitiu o emprego comercial, e inicialmente, eram apenas empregados drones de asas fixas, que ganharam diversas melhorias como câmeras simples e unidades de espectro de calor, empregados na agropecuária e mineração (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). 2.2 Classificação dos drones Em geral, podem ser classificados os drones em duas categorias de funcionamento: os de “Asas Rotativas” e de “Asas fixas” (CORRÊA, 2016). Os chamados de asas rotativas utilizam hélices rotativas para gerar a sustentação necessária para a aeronave, e podem ser providos de 3, 4, 6 ou 8 conjuntos de motores. Na figura 1 está ilustrado o drone de asas rotativas. Figura 1 - Drone de asa rotativa com conjunto de 4 motores. Fonte: (SOUZA, 2016). Por outro lado, os de asas fixas se utilizam de geometria e posição angular das asas, e velocidade relativa do ar para ganhar sustentação de voo. Na figura 2 está ilustrado o drone de asas fixas (ANDERSON e EBERHARDT, 1999). 17 Figura 2 - Drone de asa fixa. Fonte: (SUSIN, 2015). Os drones também podem ser separados acordo com o peso, conforme a divisão a seguir: • Micro: Até 2 kg; • Mini: Até 7 kg; • Pequeno: Até 25 kg; • Médio: Até 150 kg; • Grande: Mais de 150 kg. Na figura 3, estão os modelos dos tipos citados: Figura 3 - Infográfico de tipos de drones. Fonte: (GOMES e STOCHERO, 2015). 18 A divisão por peso também está relacionada às regulamentações de drones no Brasil, que são definidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) (2016). De acordo com o órgão só é permitido operar VANTs quem possuir uma autorização expressa da ANAC ou um Certificado de Autorização de Voo Experimental (CAVE) emitido segundo a IS n° 21-002ª. Segundo a proposta apresentada, há a exigência de habilitação para pilotos de equipamentos com mais de 25 kg, e a proibição de pilotar drones sobre pessoas em uma distância menor de 30 metros, a não ser que haja uma autorização especial para isso. Lis (2017) esclarece que o regulamento regulariza as aeronaves em três categorias, determinadas por peso: mais de 150 kg; entre 25 e 150 kg; abaixo de 25 kg. A seguir se apresentam as exigências previstas no regulamento para as aeronaves. a) Aeronaves com mais de 25 kg: Registro na ANAC; b) Aeronaves com mais de 250 gramas e até 25 kg: Cadastro no site da ANAC; c) Aeronaves com menos de 250 gramas: Não precisam de qualquer cadastro. 2.3 Drones militares Conforme descrito por Perez (2016), hoje em dia, os drones ficaram cada vez mais modernos, e semelhante as máquinas de filmes de ficção científica. Dentre eles, alguns podem ser controlados via satélite, estado os pilotos a uma distância de 10 mil quilômetros, custam 100 milhões de dólares e podem voar por quase 30 horas ininterruptas. Os países que se destacam como os principais operadores são Estados Unidos, Israel e países da OTAN, tendo como os modelos americanos os mais avançados, letais e polêmicos. A seguir são expostos alguns modelos de drones de combate aéreo, e outro avançadíssimo de reconhecimento e vigilância. 2.3.1 MQ-1 Predator Como já mencionado anteriormente, o Predator foi desenvolvido em 1995 para carregar armamentos. Criada pela empresa americana General Atomics, e usado, principalmente pela Força Aérea Americana (USAF) e pela Agência Central de Inteligência (CIA) para ataques a alvos terroristas nos países árabes.Entre suas tecnologias de destaque estão os mísseis AGM-Hellfire, guiados por um feixe 19 de laser, cuja capacidade pode acertar um tanque a até 8 quilômetros de distância. Além disso, possui diversos equipamentos de comunicação, sensores e câmeras, que podem detectar um ser humano a 3 quilômetros de altitude e também é muito silencioso e supersônico (PEREZ, 2016). Suas dimensões são de 14,8 metros de envergadura e 8,22 metros de comprimento. Na figura 4 está uma imagem do Predator. Figura 4 - Drone militar mais famoso, o MQ-1 Predator. Fonte: (GIELOW, 2017). 2.3.2 MQ-9 Reaper Este tipo de drone é sucessor do Predator, também desenvolvida pela General Atomics e possui incontáveis melhorias. Este também conta com os mísseis Hellfire, podendo levar bombas inteligentes e poderosos mísseis ar-ar (utilizada para atacar aviões). Sua capacidade de altura é de 15 mil metros (maior que um avião comercial), e conta com um sistema de aquisição de alvos, que permite designar o alvo a 14 mil quilômetros do operador. Ainda assim, possui um radar de abertura sintética, ou seja, permite escanear o alvo e ter uma imagem clara (PEREZ, 2016). Suas dimensões são de 20 metros de envergadura e 11 metros de comprimento, como mostrado na Figura 5, o Reaper se preparando para decolar em 2007: 20 Figura 5 - MQ-9 Reaper se preparando para sobrevoar o Afeganistão em 2007. Fonte: (US AIR FORCE, 2015). 2.3.3 RQ-4 Global Hawk Embora o Reaper e Predator sejam drones de combate, o Global Hawk, desenvolvido pela Northrop Grumman é um avançadíssimo sistema de vigilância e espionagem. Este drone é exclusivo para vigilância, possui um alcance de 14 mil quilômetros e altitude de 20 mil metros, podendo cobrir uma área de 100 mil quilômetros quadrados em um único dia. Suas dimensões são de 39,9 metros de envergadura (maior que de um Boeing 737-700, o modelo mais usado pela Gol) e 14,5 metros de comprimento. Entre suas tecnologias de destaque estão um potente radar de abertura sintética, sensores eletro-óptico e infravermelho, cujo objetivo é ser operado simultaneamente e oferecer imagens de altíssima definição do terreno a ser vigiado. Para mais, também possui um radar indicador de alvos em movimento no solo, que identifica se algo está se mexendo, sua velocidade e posição (em coordenadas), para que posteriormente possa ser lançado algum míssil ou bomba guiada por satélite. O Global Hawk, ainda conta com muitos outros tipos de sensores de coleta de dados e sinais, capazes de interceptar comunicações de rádio e qualquer tipo de transmissão de dados sem fio, e também, este drone leva sistemas de autodefesa, como um aviso de laser (quando há algum laser travado nele para guiar míssil) e um sistema de interferência eletrônica, para atrapalhar mísseis lançados (PEREZ, 2016). A figura 6 a seguir exibe uma imagem do Global Hawk em ação. 21 Figura 6 - Global Hawk em ação. Fonte: (PEREZ, 2016). 2.4 Drones civis Segundo Debusk (2009), há inúmeras aplicações para o aproveitamento de drones, e dessa maneira, sendo desenvolvido grande número de ferramentas são desenvolvidas para os mesmos, como por exemplo, câmeras filmadoras destinadas para a videografia. Nas subseções a seguir, são apresentadas algumas tecnologias adaptadas ou desenvolvidas para drones civis. 2.4.1 Sensoriamento remoto No segmento de sensoriamento remoto, há vários tipos de sensores para diferentes ocasiões, como plataformas orbitais ou aeronaves tripuladas. Estes possuem diferentes versões para drones. Também contribui o fato de que, boa parte do desenvolvimento e aplicações de drones é destinada a técnicas tradicionais de sensoriamento remoto, como ciências exatas, terra e manejo territorial (LONGHITANO, 2010). As principais tecnologias adotadas na área de agricultura, são: sensores imageadores, que registram informações dos vegetais no espectro de luz visível, sensores infravermelhos e termais (SALAMÍ, BARRADO e PASTOR, 2014). A tabela 2 expõe exemplos destes sensores e suas aplicações. 22 Tabela 1 - Tipos de sensores de drones aplicados a sensoriamento remoto. Informação Registrada Exemplo de Câmera Vísivel Obtém informações nas regiões espectrais do Azul, do Verde e do Vermelho. Canon IXUS 220 HS <http://www.canon.pt /for_home /product_finder/came ras/digital _camera/ixus/ixus_22 0_hs/> Vísivel + Infravermelho Obtém informações em duas regiões espectrais: visível (Azul, Verde ou Vermelho) e infravermelho próximo Tetracam ADC Lite <http://www.tetracam .com/Prod ucts- ADC_Lite.htm> Multiespectral Obtém informações em três ou mais regiões espectrais: visível, infravermelho próximo e médio. Normalmente possibilita ao operador estabelecer quais as regiões espectrais desejadas na compra do equipamento. Tetracam Mini MCA <http://www.tetracam .com/Prod ucts- Mini_MCA.htm> Hiperespectral Obtém informações em uma grande quantidade de faixas ao longo das regiões espectrais do visível e do infravermelho (próximo e médio). Rikola <http://www.rikola.fi/ > Termal Obtém informações na região espectral do infravermelho distante, também conhecido como “Termal”. WIRIS <http://www.drone- thermal- camera.com/wiris/> Fonte: (LINHARES, 2016). 23 Outra técnica de sensoriamento que os drones apresentam é o Light Detection And Ranging (LIDAR). Esta técnica se baseia na emissão e em pulsos de luz, ou seja, sendo capazes de mensurar distâncias e alturas entre alvo e sensor. Na maior parte dos casos, sua utilização é mais focada em modelagem 3D (3 dimensões), realizando cálculos de topografias de terrenos, e outros. Os drones que utilizam sistemas embarcados com LIDAR, no sensoriamento de vegetação, também realizam processos que obtém características quantitativas e qualitativas das florestas e levantamentos sub-dossel (LINHARES, 2016) apud (WALLACE et al., 2012; CHISHOLM et al., 2013). A figura 7 exemplifica a utilização de sensor Velodyne HDL-32e (LIDAR). No centro e à direita, exemplos de produtos gerados com este sensor, ilustrando o monitoramento de redes de energia elétrica. Figura 7 - Sensor Velodyne HDL-32, opção de LIDAR para VANT. Fonte: (LINHARES, 2016) apud adaptada de VELODYNE LIDAR (2016) e (PHOENIX AERIAL SYSTEMS, 2014). 2.4.2 Criação de mapas Hoje em dia, os drones talvez sejam os dispositivos mais dedicados à criação de mapas. Isso ocorre devido a facilidade que eles apresentam a criar mapas, substituindo as técnicas antigas. Modelos como o Phantom do DJI, são os mais presentes no processo de tirar fotos, e o software de processamento imagens fazem um bom trabalho. Mapas precisos são feitos a partir de drones que carregam câmeras leves, e também não precisam carregar servidores que dados pesados que adicionam peso e complexidade. Os drones são capazes de produzir um número diferentes de mapas, por exemplo: ortográficos geograficamente precisos (bidimensionais), modelos de elevação, mapas térmicos, e modelos de mapas 3D. Os bidimensionais ainda são os mais comuns coletados pelos drones que utilizam softwares de foto-costura que combinam uma série de fotografias em um único 24 mapa. Os ortográficos é uma série de fotos de sobreposição que já são geometricamente corrigidas para escalas uniformes, ou seja, um processo que remove perspectivas distorcidas das fotos aéreas, resultando em um “mosaico” de fotografias 2D (2 dimensões) livres de distorção. Modelos 3D, permitem aos pesquisadores realizam cálculos de volumes a partir de imagens aéreas, que são vez mais comuns com uso de drones, assim como novos hardwares e softwares que facilitaram suas produções. Ao invés de mapas retos, bidimensionais criados por meio de fotos-costura, modelos 3D assemelham-se a vídeo gamesque deixam navegar virtualmente. A figura 8, exibe da esquerda para a direita: modelo de elevação digital; índice de diferença de vegetação (solo); e termograma da área de Ogilface (KAKAES, GREENWOOD, et al., 2015). Figura 8 - Exemplos de mapas gerados a partir do uso de drones. Fonte: (KAKAES, GREENWOOD, et al., 2015). 2.4.3 Sistemas embarcados Entende-se como um sistema embarcado a capacidade computacional de um circuito integrado, ou sistema, sendo tal sistema mais simples que um computador, desse modo, preparado para realizar apenas uma tarefa pré-estabelecida (CUNHA, 2008). No geral, as configurações de drones variam de um fabricante para outro, entretanto, no contexto computacional estes possuem componentes em comum, denominado em seu conjunto de sistema embarcado, como por exemplo, os sistemas de navegação que ficam na própria fuselagem do equipamento. Para Jacinto (2016, p. 37), diversos modelos no mercado já são lançados contendo sistemas embarcados em drones, como os sensores que fazem a leitura (acelerômetro, giroscópio), motores para estabilização e movimentos, GPS (sistema de posicionamento global) e outros recursos para aplicações específicas. 25 Tendo como exemplo a placa controladora de voo, ou seja, basicamente o cérebro de um drone, sendo responsável por avaliar o desempenho por meio de leituras enviadas pelos sensores, sendo estas disparadas centenas de vezes por segundo, e este por sua vez realiza os ajustes necessários no motor para que o veículo se mantenha estável. No mercado são encontrados dois tipos de controladores, sendo estes: open-source, disponível para qualquer usuário baixar os arquivos fontes dos algoritmos e modificá-los de maneira mais adequada, e closed-source que implicam sistemas em que seus proprietários não disponibilizam meios de modificações para seus usuários. Os tópicos a seguir mostram algumas placas controladoras de voos mais relevantes, conforme descrito por Jacinto (2016) apud (LIM et al, 2012): • Arductopter: Trata-se de uma plataforma baseada em Arduino 1 desenvolvida em colaboração por engenheiros do mundo todo, e também sendo capaz de prover software em conjunto com interface gráfica, exibindo informações de voo e ajuste para o controlador; • Openpilot: Sua utilização de licença é General Public License (GPL), e possui seu sistema operacional de tempo real (Real Time Operating System, RTOS) modificado da FreeRTOS. Também e provido de interface gráfica, voltada para ajustes de recebimento de dados sobre o voo; • Paparazzi: Sistema voltado para piloto automático, também possui a licença GPL e, além disso, é compatível com vários drones. Equipado com software com interface gráfica, a fim de planejar missões; • Pixhawk (Figura 9): Conta com sistema de piloto automático, que possui algoritmos desenvolvidos para pilotagem, por meio de imagens, e conta com licença GPL e software de interface gráfica; • Mikrokopter: Sistema de piloto automático orientado para drones quadrirotores. Dispõe de software com interface gráfica e ajustes para o controlador, além de monitoramento de bateria; • KKmulticopter: Sistema de piloto automático simples, possui um microcontrolador de 8 bits e girômetro para cada eixo. Não dispõe de software; • Multiwii: Sistema de piloto automático voltado para quadrirotores, que emprega a plataforma Arduino como processador, contando com sensores que variam conforme o 1 Arduino é um projeto que engloba software e hardware e tem como objetivo fornecer uma plataforma fácil para prototipação de projetos interativos, utilizando um microcontrolador. Fonte: http://cursodearduino.com.br/apostila/apostila-rev4.pdf 26 modelo. De mesmo modo, possui licença GPL e é fornecido software com interface gráfica; • Aeroquad: Baseado em Arduino, sistema de piloto automático desenvolvido para quadrirotores que também conta com software de interface gráfica. Figura 9 - Placa controladora Pixhawk. Fonte: (JACINTO, 2016). Apesar de existirem diversos modelos, grupos de pessoas desenvolvem em plataformas de open-source como Arduino, e assim, incorporam melhorias de acordo com as necessidades das aplicações. 2.4.4 Algoritmos atléticos Algoritmos são um conjunto de instruções eletrônicas definidas e executadas em um espaço limitado de tempo. Para essa tecnologia, o tipo relevante para uso são os quadricópteros ou popularmente chamados “quads”, pois possuem mecanismos simples de controle de velocidade dos propulsores, e podem rolar, arfar, guinar e acelerar junto com uma orientação comum. Também possuem a bordo, uma bateria, um computador, e mais sensores de rádios sem fio, e é claro, são extremamente ágeis. Os algoritmos de controle são responsáveis pela “mágica”, ou seja, os drones são capazes de pairar e equilibrar objetos de maneira precisa, ficando estáveis no ar ou quando submetidos a forças externas rapidamente voltam ao estado inicial. As ferramentas necessárias são câmeras ao redor do local e sistemas de posicionamentos, usados para localizar o espaço no 27 qual o drone está submetido. Assim, os dados são enviados para o laptop que calcula os movimentos através dos algoritmos de controle, e este por sua vez envia comandos para o quads. O funcionamento dos algoritmos ocorre por meio de modelos de projetos baseados nas estruturas físicas dos drones, capazes de calcular como as máquinas se comportam utilizando um ramo da matemática chamada teoria do controle (ODRONES, 2015). A figura 10 exibe um drone em ação equilibrando um copo. Figura 10 - Drone equilibrando um copo d´água. Fonte: (ODRONES, 2015). Ainda há o recurso de controle os drones por movimentos sincronizados, ou seja, emparelhar os movimentos humanos simultaneamente com os quads. Esse recurso foi possível mediante a integração com a tecnologia de sensores, conhecida como “Kinect” (sensor de movimentos criado para consoles de vídeo games que permite o jogador se mover livremente sem a necessidade de joysticks, por meio apenas de movimentos do próprio corpo), já usadas amplamente em videogames. 2.5 Inteligência artificial dos drones A inteligência Artificial, conforme definido por Lino (2004), é o ramo da ciência que combina a informática com a psicologia cognitiva, com o propósito de reproduzir a inteligência humana por meio de computadores e atividades descritas como inteligentes. Assim, a inteligência artificial também possui o papel de reconhecer informações não simbólicas 28 utilizando heurísticas, adaptação e resolução de problemas, e também sendo capaz de compreender figuras, formas e linguagens naturais. Na prática, vários fatores como representação de conhecimento, de modelos de raciocínio e etc. são similares à inteligência humana, pois ambos são fundamentados no raciocínio lógico, memória e linguagem, entretanto, a maior diferença é a incapacidade da máquina de possuir emoções. A colaboração da inteligência artificial para os drones torna-os cada vez mais ferramentas críticas para o atendimento de necessidades. O vice-presidente da fabricante de circuitos integrados Intel declara: “A capacidade de ver e evitar colisões surgiu em 2016”. Com esse efeito surgiram os drones que podem ver e pensar como, por exemplo, o drone Yuneec Typhoon H, equipado da tecnologia da câmera RealSense 3D, contornando obstáculos obtido em um mapa 3D, criado em tempo real. No mesmo contexto, os novos modelos da DJI, que são o Mavic Pro e Phantom 4, contém sensores de múltiplas direções para detectar obstáculos e evitá-los. Na cinematografia, o Inspire 2, também da DJI, possui sensores infravermelhos capazes de compreender e evitar colisões em espaços fechados. Assim sendo, a visão e a inteligência artificial dos drones estão transformando-os em equipamentosseguros e de fácil manuseio, como explica o vice-presidente: “Haverá mais automação — desde lançar o drone, controlá-lo e captar os dados, até ser capaz de transmitir esses dados e analisá-los automaticamente [...] Como os drones estão ficando mais inteligentes para saber o que fazer, as habilidades necessárias a um piloto de drones serão menores.” (CODEL, 2017 apud NANDURI, 2017). A Agência de Projetos de Pesquisa Avançada da Defesa (DARPA) está fazendo avanços significados na inteligência artificial dos drones. A ideia é que os robôs sejam autônomos e autossuficientes, voando através de edifícios e ambientes com muitos obstáculos e, além disso, devem se mover a velocidades rápidas de até 20 metros por segundo. A tecnologia também conta com verificações rápidas de ameaças, em áreas hostis para localização de sobreviventes. Para isso, são desenvolvidos algoritmos avançados, que permitam os drones operar sem qualquer ajuda humana, GPS, ou link de dados. Dessa forma, sua inteligência é focada no desenvolvimento de uma nova classe de algoritmos em ambientes adversos sem auxílio de GPS. Após o comando do operador, o veículo sem conhecimento algum de terreno e ambiente deve navegar até o objetivo de modo independente e buscar novos meios para contornar os obstáculos, caso houve a necessidade (DRONESHOW, 2017). A universidade Mackenzie, junto ao Laboratório de Computação Natural e 29 Aprendizagem Mecânica, tem desenvolvido um projeto voltado ao desenvolvimento de algoritmos para navegação autônoma dos drones. A proposta é que os drones simulem insetos e organismos vivos por meio de algoritmos e, tentando reproduzir seus comportamentos nos drones (MACKENZIE, 2016). Por outro lado, o Laboratório de Inteligência e Ciências da Computação do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveu um drone capaz de decidir quando voar por andar no solo. O funcionamento é explicado a partir de programas capazes de perceber o momento adequado para alternar pelo chão ou voar, de acordo com suas baterias. Além disso, o drone mapeia rotas para o seu destino de modo independente e, assim, se locomove de modo mais versátil (PEREIRA, 2017). Já no Centro Universitário Educacional Inaciana (FEI), pesquisas vêm sendo desenvolvidas para que robôs e drones atuem de forma mais autônoma. O projeto conta com que ambos permitam identificar uns aos outros, além de transmitir informações e localização de objetos e interpretar ações. Tendo como exemplo um caso de resgate, o drone ou robô é capaz de identificar o objeto (ou pessoa), e enviar informações como o local em que se encontra. Ademais, o conhecimento adquirido mediante pesquisa pode ser aplicado em diversas áreas (SCALIONI, 2014). A Universidade de São Paulo (USP), no campus de São Carlos, pesquisadores têm desenvolvido drones para auxiliar agricultores na pulverização sem a dependência humana. Fazendo uso da inteligência artificial, o drone auxiliado por uma central eletrônica é capaz de realizar todos os cálculos necessários para despejar agrotóxicos exatamente sobre as plantas, preservando e não poluindo o meio ambiente (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) tem desenvolvido drones capazes de identificarem elementos predeterminados pelos pesquisadores, a fim de gerar um banco de dados de vegetais. Os drones também podem planejar de modo independente rotas de voo, por meio de imagens captadas pela plataforma (UFRGS, 2014). 30 3 O MERCADO DE DRONES E APLICAÇÕES 3.1 O crescimento de mercado O site especialista em drones (O DRONES, 2015) explica que “inicialmente os drones possuíam funções militares, e com o tempo tornaram-se acessíveis e ganharam mais adeptos”. Dessa maneira, começou a globalização, as distâncias encurtaram-se e uma revolução começou, assim como a popularização dos drones irá revolucionar o mundo que conhecemos. Os drones estão se tornando cada vez mais populares, e para atender a essas demandas os empresários investem mais, tanto em meios de produção, como em importação, venda, aluguel, prestação de serviços, auxílio ou manutenção. Computer World (2017) apud Van Hoy (2017), explica que avanços recentes na tecnologia estão permitindo que os drones para uso pessoal sejam usados para funções como vigilância, modelagem e mapeamento 3D. Ademais, o uso para drones comerciais e pessoais a cada dia mais se sobrepõem, sendo que os dispositivos pessoais de baixo de custo estão sendo usados para fins comerciais, dessa maneira, há a decisão pelos fabricantes de drones de assumir uma posição mais agressiva no setor comercial. Para Caleiro (2016), de acordo com um estudo recente da DNS (Drone Powered Solutions), as aplicações comerciais de drones são estimadas podendo chegar a US$ 127 bilhões. Bem como, a Empresa de Tecnologia Gartner, aponta que serão 3 milhões desses dispositivos produzidos e vendidos no ano, um número 39% maior que 2016. Segundo a Computer World (2017) apud Gartner (2017): “Os drones para uso pessoal continuarão a crescer em popularidade, sendo considerada uma extensão acessível para usuários de smartphones tanto para fotografias e selfies como para outras formas de entretenimento. Pesando menos de dois quilos e com preços inferiores a cinco mil dólares, eles podem voar pequenas distâncias por um curto período de tempo (normalmente não mais que cinco mil metros por uma hora). Já o mercado de drones para uso comercial é muito menor e tem uma média de preço mais alta em comparação aos dispositivos para utilização pessoal. Com mais países consolidando as regulamentações para drones, o mercado está começando a se estabilizar e as empresas estão agora comprando esses dispositivos.” Gartner (2017). Caleiro (2016) apud PwC2, apresenta um cálculo de aplicação comercial de drones por 2 Grupo de tecnologia que administra a Drone Powered Solutions. 31 setores do mercado econômico, conforme a Tabela 2: Tabela 2 - Cálculo de aplicação comercial de drones por setor. Segmentos Valor (em bilhões de US$) Agricultura 32,4 Infraestrutura 45,2 Mídia e entretenimento 8,8 Mineração 4,3 Segurança 10,5 Seguros 6,8 Telecomunicações 6,3 Transporte 13 TOTAL 127,3 Fonte: CALEIRO (2016) apud PwC (2017). Conforme explicado por Pecharromán e Veiga (2017) apud Teal Group (2015), afirma o setor de drones continua com crescimento mais ativo no âmbito aeroespacial. O grupo também afirma que o mercado da próxima década irá triplicar em função de novos programas de veículos aéreos de combate não tripulados comerciais. A estimativa para a produção de drones é de US$ 4 bilhões ao ano, sendo para a receita de vendas de US$ 14 bilhões, e nos próximos dez anos um total de US$ 93 bilhões. Os autores ainda demonstram que um relatório publicado pela empresa BI Intelligence prediz valores aproximados, sendo US$ 12 bilhões da venda de drones em 2021. O relatório ainda mostra que, a indústria de maior crescimento é a comercial/civil, e resultado do distanciamento do mercado militar aumenta o espaço aéreo ao redor do mundo é aberto. Para os drones comerciais/civis, a taxa composta de crescimento anual (CAGR) é de 19% entre 2015 e 2020, em contraste com apenas 5% do âmbito militar. Para Lee e Stewart (2015), cerca de 300 mil drones não militares foram vendidos no mundo todo, e pela primeira vez, houve uma base ativa de 1 milhão de unidades ativas. O relatório da TechSci Research (2016) que são mais positivos, informa: 32 “O mercado global de drones comerciais deve crescer a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de mais de 27% durante 2016-2021, com América do Norte e Europa, cumulativamente, representando uma participação de mercado de mais de 60% no mercado global de drones comerciais”. TechSi Research(2016). Assim, observa-se números semelhantes em relação a taxa de fabricação dos drones, no entanto um número mais exato dependerá apenas de questões técnicas e regulamentares. Quando o assunto se trata de tipos de drones, 77% das participações são de drones de asas rotativas. Drones de asa fixa possuem uma parcela de 21%, pois a base de clientes é menor e têm preços mais elevados. Por último, os drones híbridos (asas inclinadas), com um baixo número de unidades no mercado, ainda são um conceito inovador (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). Retornando ao relatório da BI Intelligence que declara que apesar de terem de terem fabricantes de legado de drones nos Estados Unidos, o mercado civil de drones é um segmento de rápida evolução. Muitos fabricantes de drones de destaque têm surgido além do mercado americano (como CybAero, senseFly, Shenzhen, DJI, Gryphon). Todavia, o mercado comercial de drones ainda que seja jovem, possui um ambiente crescente de fornecedores de software e hardwares de drones formado por empresas privadas por empresas privadas menores e por startups, ainda assim o mercado apresenta maior consolidação e grandes investimentos de conglomerados industriais. Para Pecharromán e Veiga (2017) apud Teal Group (2015), calcula uma parte cumulativa nas categorias estabelecidas, o mercado de drones conta com 72% para o setor militar, 23% para o setor de consumo e apenas 5% para o setor empresarial. 3.2 Mercado brasileiro de drones Para Pecharromán e Veiga (2017) no ano de 2015, houve uma grande expansão no emprego e comércio de drones por parte de empresas brasileiros. Contudo, foi a partir de 2013 que houve a chegada de modelos importados (baixo custo) de “fácil” operação, e se popularizando cada vez mais. A figura a seguir exibe o resultado de uma amostragem de 135 empresas brasileiras relacionadas à fabricação, comercialização e exploração de drones. Empresas mais antigas iniciaram trabalho com outras empresas de tecnologia, e apenas mais tarde incluíram atividades de drones em seus negócios. O gráfico destaca um crescimento maior em 2009, seguido de uma queda, e em 2013 uma expansão de empresas. Esse crescimento, 33 surgiu em virtude dos pequenos drones dedicados a filmagens aéreas, pois exigem pouco investimento financeiro e por serem de “fácil” operação, em que pequenos empresários se expõem nesse mercado por todo Brasil. No entanto, ainda há empresas que operam na ilegalidade, colocando em risco terceiros e seus próprios negócios. Na figura 11 está retratada a quantidade de empresas brasileiras envolvidas com drones desde 1974. Figura 11 - Quantidade de criação de empresas envolvidas com drones. Fonte: (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). A figura 5 exibe, em cor vermelha o número total de empresas envolvidas com drones, também podem ser empresas individuais e se enquadrar em outra contagem. Pode-se concluir que empresas de filmagens aéreas também fazem uso de drones, e dessa maneira, o número de empresa que fazem uso de drones é bem maior que o identificado nessa pesquisa. Visto isso, pode-se perceber que é um cenário preocupante, uma vez que, indica que empresários não respeitam restrições impostas por agências reguladoras e realizam suas atividades à margem da ilegalidade (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). Pecharromán e Veiga (2017), destacam que a maioria das empresas fabricantes de drones brasileiras estão concentradas na região Sudeste: • 1 em Minas Gerais (MG); • 1 no Paraná (PR); • 2 no Rio de Janeiro (RJ); • 3 no Rio Grande do Sul (RS); • 12 em São Paulo (SP). A figura 12 exibe a distribuição de empresas por região no Brasil. A cor vermelha 34 representa a quantidade empresas de drones, já a cor azul representa as empresas de filmagens aéreas. Figura 12 - Distribuição de empresas de filmagens e empresas de drones. Fonte: (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). A empresa de drones brasileira, XMobots, como explicado em entrevistas pelo sócio- diretor Giovani Amianti, encerrou 2010 com um faturamento de R$ 450 mil. Além, disso o empresário estima que o valor de mercado da empresa esteja na ordem de R$ 32 milhões (SCUSSEL, 2011). A fabricante de drones Skydrones teve um faturamento de R$ 1 milhão em 2015. Ela ainda conta que poderia ter um faturamento maior, caso as regulamentações da ANAC estivessem prontas. Em função disso, o uso de propriedades rurais e mapeamento são o foco da empresa (BITTENCOURT, 2013). Os empresários do ramo afirmam que há uma previsão de R$ 200 milhões no Brasil, relacionados principalmente a vendas de equipamentos, importação, e prestação de serviços (DRONESHOW, 2016). Conforme explicado por Pecharromán e Veiga (2017), há uma margem de preços de drones no mercado nacional que variam de R$ 6 mil a R$ 450 mil. Os setores de mineração, 35 energia e agronegócio detém os drones mais caros, enquanto o segmento de filmagens aéreas encontra os mais baratos. Para os setores de mineração, energia e agronegócio, existem modelos com autonomia de 200 hectares por voo e também de 12 mil hectares em voos únicos. Os modelos mais requisitados são o de médio porte, destinados a aproximadamente 300 hectares, para monitoramento ou lavouras de cana-de-açúcar, eucalipto e arroz e custam, em média R$ 200 mil. Na seção a seguir será explicado com mais detalhes como os variados setores econômicos têm utilizado tecnologia dos drones. 3.3 Aplicações nos setores econômicos As empresas buscam viabilizar e simplificar os processos comerciais já existentes por meio de aplicações de drones, assim, criam novas áreas e tecnologias para seus usos. Estes robôs voadores prometem reduzir a exposição humana a tarefas consideradas perigosas, sujas e monótonas, tal como favorecer economias financeiras e benefícios ambientais (redução do consumo de combustível e emissões de CO2) (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). Nas subseções a seguir serão destacadas aplicações emergentes em suas devidas áreas de atuação. 3.3.1 Agricultura Graças à robótica, uma maior precisão foi dada à agricultura, e para as novas tecnologias usadas no campo têm possibilitado aos agricultores potencializarem sua produção, o que ocorre nas mais diversas frentes. Assim, os drones permitem a detecção precisa dos problemas que atingem a lavoura, e traz agilidade e ganho de tempo ao trabalho do produtor rural (PIXFORCE, 2016). Nesse âmbito, Gomes (2016) explica que os drones na plantação fazem o uso de sensoriamento remoto, que é o tratamento, armazenamento, e análise de dados coletados. Este sensoriamento consiste através de sensores e instrumentos de alto desempenho acoplado no drone, revelar dados geográficos, e também históricos de espaços naturais, tendo como exemplo, formação de áreas florestais e avanço de desmatamento em determinada região. No seu modo de funcionamento, Gomes (2016) destaca “Estes sensores modernos podem ser montados e utilizados em satélites, aviões, helicópteros e atualmente vêm sendo largamente aplicados em drones, que têm possibilitado ótimos resultados”. 36 Já a agricultura de precisão, é uma das áreas mais promissoras para a aplicação de drones. A Revista Campo de Negócios (2014) conta que Giovani Amianti também explica que os drones ainda podem identificar falhas de plantio, pragas, saturação hídricos de solo e outros relacionados às lavouras. Amianti também ressalta sobre a capacidade de diagnóstico, “Se embarcados com câmeras NIR (espectro infravermelho), os drones permitem um diagnóstico que jamais poderia ser feito a olho nu, identificando doenças invisíveis ao olho humano e até questões como o baixo índice de clorofila nas plantações”. Uma tecnologia utilizada é a do GPS, que de acordo com Cunha (2016), onde são calculadas as rotas e levando também em conta aspectos meteorológicos. Dessa forma, os drones se mostram eficazespara pulverização em larga escala e se também ao liberar quantidades controladas de agroquímicos em áreas predeterminadas. 3.3.2 Mídia e entretenimento Apesar de drones se tratarem de uma tecnologia recente no ramo de entretenimento, já existem agências especializadas no uso de quadricópteros para registrar imagens de um ângulo inovador. Hoje, é possível encontrar em shows, festivais, partidas esportivas e outros eventos de grande porte que costumam contar com a participação desses “fotógrafos aéreos”. Os tópicos a seguir destacam as aplicabilidades de drones nos segmentos da mídia e entretenimento: a) Fotografia e filmagens aéreas Os robôs voadores demonstram grande utilidade neste segmento, pois, podem gravar comerciais, filmes ou eventos particulares e evidenciam muita utilidade para transmissão de noticiários e competições esportivas. Ao se compararem os custos com aviões e helicópteros, o de uso e materiais são relativamente menores, além de poder melhorar a qualidade de filmes e fotos, usando câmeras 4K de muito perto, e ângulos especiais (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). Como apresentando por Souza (2016), para se ter uma noção, o modelo Phantom 3 (cuja fabricante é a empresa chinesa DJI, pioneira em drones para filmagens), provavelmente o drone mais famoso do mundo, sai da fábrica com câmeras de 12,3 MP que são capazes de gravar vídeos em Ultra HD (4K), e ganham estabilidade garantida graças a suportes Gimbal inclusos, e possui uma série de sensores que possibilitam um voo tranquilo e preciso, sendo possível desenhar a rota no seu dispositivo móvel, e definir previamente as coordenadas a serem 37 seguidas. Por outro lado, o seu irmão mais novo e moderno, o Phantom 4, possui várias novidades tecnológicas interessantes, sendo mais inteligente ele é capaz de desviar de obstáculos de forma autônoma e possui três modos diferentes de pilotagem: “Positioning” (o modo mais básico), “Sport” (que possui uma maior velocidade), e “Attitude” (sem o GPS e sensor de obstáculos). Outra tecnologia interessante desse drone é o Activity Track, que faz com que o drone siga uma determinada pessoa ou objetivo. b) Publicidade A publicidade tem seu diferencial com aplicações criativas, podendo carregar banners com mensagens promocionais, e usados para escrever no céu. De outra forma, publicidade indireta também é de interesse como. por exemplo, interceptação de sinais de celular e Wi-Fi para reconhecer locais dos usuários e enviar publicidade para seus celulares com base nisso (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). c) Espetáculos e efeitos especiais Uma atividade que surgiu há pouquíssimo tempo é a corrida de drones, que tem se popularizado cada vez mais, devido ao surgimento da Liga de Corrida de Drones (Drones Racing League), e outros eventos como a World Drone Prix (também de corrida). Eles também possuem outros usos mais usados em shows, como de ‘flixels’ (pixels voadores), que se baseia em espetáculo de luz, ou também em eventos ao vivo, como apresentações de teatro para controlar grandes marionetes, e ainda exibir imagens em telas carregadas (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). 3.3.3 Infraestrutura Uma observação mostrada por Pecharromán e Veiga (2017) é que não só como comum trabalho executados pelos drones em atividades, mas também facilitam a aquisição de vários conjuntos de dados, com precisão e redução de custos. Assim, empresas que trabalham com redes extensas de ativos complexos distribuídos em vários segmentos, como por exemplo, energia, estradas, ferrovias ou petróleo e gás, possuem os meios para se beneficiar com o uso de drones. Dessa forma, as aplicações de drones em infraestrutura são: 38 a) Monitoramento de investimento Neste segmento é destacado a capacidade de fornecer dados necessários em cada fase do processo de construção de conhecimento em tempo real, relatórios de andamento, e com utilização de vídeos e imagens de alta resolução os robôs podem detectar discrepâncias tão amenas quanto 1 cm sendo capazes de modelar imagens 3D para a posteriormente criar Modelos Digitais (MDT) (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). b) Manutenção Ao invés de realizar inspeções feitas pessoalmente, demoradas e custosas, onde é necessário o desligamento das instalações durante determinado tempo, estas podem ser feitas por drones resultando em economias consideráveis e obedecendo as normas de obrigatoriedade onde é necessário a realização por meio de pessoal certificado (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017) c) Inventário de ativo Também é possível realizar a avaliação do inventário de uma empresa com a ajuda dos VANTs permitindo a redução de custo e aceleração de processos. Uma vez que, implica-se em informações mais detalhadas e confiáveis sobre ativos, combinando tecnologias ópticas, códigos de barras e etiquetas de identificação de radiofrequência (RFID). Outra melhora é a segurança no trabalho, devido a acessibilidade dos drones em locais difíceis de alcance e alto risco à vida humana. O líder varejista Wal-Mart, anunciou em 2016 que utilizaria drones para verificar estoques, e que introduzirá um Sistema Aéreo Não Tripulado (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). 3.3.4 Transporte É quase certo que a indústria de transporte irá adotar os drones como parte integrante de seus meios de uso, oferecendo um método de entregas e suporte ao transporte. Haja visto que, a velocidade, acessibilidade e baixos custos fará com que a indústria recorra aos drones. Os tópicos a seguir apresentam a perspectiva dos drones no setor de transporte, com as seguintes aplicações: 39 a) Entrega de encomendas Ao considerar uma transportadora no ramo de comércio eletrônico, é indispensável o tempo de transporte. Desse modo, os drones apresentam uma alternativa que permite entregas rápidas e de baixo custo em pontos predefinidos com pouco auxílio de ação humana (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). b) Peças de reposição As peças de reposição se apresentam como outro segmento que tem ganhado popularidade na área de mercadoria: entrega de peças de reposição (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). c) Logística médica A aplicação principal na área de logística médica se remete principalmente em áreas rurais remotas, e o uso de drones como desfibriladores voadores (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). d) Entrega de alimentos Este é um dos usos mais promissor no segmento de transporte, pois o fornecimento de alimentos congelados, pratos prontos e compras diárias de supermercado sugerem um grande sucesso na indústria de alimentos e restaurantes (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). 3.3.5 Seguros Nos dias de hoje, o setor de seguros precisa voltar sua atenção para dois pontos negativos, são eles: o aumento das fraudes e aumento de danos causados por desastres naturais. Dessa forma, há duas áreas onde as atividades com drones podem ajudar os procedimentos das seguradoras: 40 a) Monitoramento de risco Tem-se registrado o custo médio de catástrofes naturais desde 1970, cujo valor cresceu cerca de oito vezes. Nesse aspecto, em determinadas áreas de risco, trabalhando com companhias de seguros e o governo, os drones podem ser úteis no monitoramento e alertar moradores locais, e também, em paralelo com os sistemas de monitoramento do solo maximizando a segurança (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). b) Gestão de sinistros e prevenção de fraudes Acerca dos prejuízos patrimoniais de empresas de seguros, 10% são devidos a fraudes a cada ano. Como resultado, as empresas buscam ativamente novos métodos para reduzir esses prejuízos. Assim, os drones podem fornecer dados precisos de propriedade/infraestrutura, que serão mais tarde usados para avaliação, sendo uma forma rápida, barata e precisa utilizando documentos para refutar fraudes (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). 3.3.6 TelecomunicaçõesOs drones podem ser de grande utilidade para ajudar as empresas de telecomunicações a lidarem com os problemas e desafios mais urgentes, tais como: manutenção e cobertura de sinais. Na infraestrutura, eles também podem ser úteis na transmissão de sinais de telecomunicações. a) Aprimoramento de manutenção Tarefas de inspeção podem ser realizadas pelos drones, como inspeção de antenas, seja gravando vídeos, tirando fotos, fazendo leituras e medições por um custo menor valorizando a segurança dos funcionários. Suas tarefas também poderiam ser estendidas para além de inspeções de rotinas, incluindo missões de emergências como avaliar estragos após catástrofes (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). b) Planejamento de investimentos e otimização de rede Na identificação de obstruções da comunicação (como árvores por exemplo), os drones 41 podem ser utilizados em radioplanejamento em teste de linha de visada (LoS, Line of Sight) entre torres de rádio e definir necessidades de energia. Após feitas as constatações, as empresas de telecomunicações podem evitar frequência afetadas por árvores e selecionar a altura apropriada da antena e localização do local (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017) c) Transmissão de sinais de telecomunicações Os papéis permanentes e temporários podem ser desempenhados pelos drones num futuro próximo, que podem ser usados para transmitir sinais de telecomunicações, rádio, televisão e internet. Tecnologias de celular, como Cell on Wheels (COW), podem ser agregadas pelo drones em coberturas temporárias de rede e sem fio, para locais onde há pouca cobertura ou mínima. Essa tecnologia é usada para fornecer maior capacidade de cobertura expandida, e atender demandas de curto prazo, tais como eventos públicos ou períodos pós-catástrofes naturais (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). 3.3.7 Segurança Ainda que a área de segurança sempre tenha o suporte de empresas de tecnologias, contando com produtos eletrônicos avançados, sensores e vídeos, porém muitas tarefas ainda precisam de monitoramento humano. Em situações de segurança que exigem maior monitoramento constantes, acarreta que os drones sejam mais resistentes e operem em condições adversas como condições climáticas difíceis e a noites. a) Monitoramento de fronteiras e locais Nesse caso, os drones de asas fixas assumem um papel de vigilância em vias que necessitam de melhor atenção. Casos de ilegalidade podem ser tomado parte pelos drones, tais como contrabando, tráfico de animais selvagens e travessias de fronteiras ilegais. Por outro lado, em áreas locais são utilizadas os multirrotores pela facilidade de manejo. Assim, serviços de transmissão ao vivo também podem ser fornecidos e auxiliar em monitoramentos, seguir objetos e cobrir vastas áreas. 42 b) Reação proativa Em casos de tráfico de pessoas e multidões, os drones são usados para fornecedor dados sobre a situação atual e reportar para as equipes de segurança do local, permitindo uma melhor avaliação e resposta por parte da equipe para evitar agravamento. 3.4 Adversidades de usos A intensificação de uso de drones pela indústria, seja em pequenas e médias empresas faz com que cada vez mais cresçam os interesses em fabricar, em vender e utilizar tanto para monitorar suas atividades, assim como fornecer bens e serviços para seus consumidores. Dessa forma, a disponibilidade de drones a preços acessíveis aumenta sua utilização de forma exponencial. No âmbito de riscos para privacidade e proteção de dados, ao considerar que drones são equipados de câmeras de vídeo, a possibilidade de invasão de privacidade aumenta, pois facilmente as imagens de casas e jardins podem ser gravadas e armazenadas interferindo na privacidade e agravando a condição de violação de diretos. Ainda mais, é possível instalar outros tipos de equipamentos que permitem apanhar dados das pessoas, intervindo ainda mais nos diretos à privacidade e proteção de dados, fazendo assim uma confronta a esses direitos. Na ausência de uma legislação brasileira, os proprietários de drones seguem as regras do aeromodelismo. Além disso, empresas se certificam de avisar à polícia sobre drones invasores e autoridades responsáveis, tendo como exemplo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo, que dão maior preferência para os usos em que o piloto não abandona o campo de visão do drone. No assunto de proteção e segurança, também há riscos a serem considerados pelo uso de drones, sendo exemplos, o avistamento de drones sobrevoando aeroportos, perturbando ou causando ameaças para a aviação civil, sobrevoo em construções críticas, e quedas de drones que ferem pessoas (MAZOCCHI, 2015). 3.5 Tendências Ao longo do desenvolvimento tecnológico dos drones se espera que possam realizar tarefas antes não possíveis, e integração às tecnologias já existentes nas áreas econômicas. Assim, em uma análise, é possível prever algumas destas tendências. 43 Na área de infraestrutura, espera-se que o uso de drones seja associado a impressoras 3D, para viabilizar o conserto de infraestruturas fabricando as peças do local em questão. Também se espera que os drones façam tarefas de difícil execução ou perigosas, como por exemplo, limpeza e pintura de edifícios altos, diminuindo o risco de morte e lesão para as pessoas. Para o setor de transportes, as empresas preveem a substituição de drones por helicópteros para tarefas cuja presença humana é dispensável, diminuindo o custos e o perigoso de exposição. Além disso, também se espera que companhias áreas ofereçam transportes de drones, e know-how de logística. No setor de seguros, a expectativa é que o uso de drones seja mesclado a inteligência artificial de aprendizagem automática, melhorando a previsão de danos, pois, ao avaliar os riscos, a precisão do cálculo é muito maior, concedendo uma avaliação mais apurada. Na agricultura, a perspectiva é que o uso de traga um ambiente promovido pela coleta de dados auxiliado pelos drones, aumentando assim, a produtividade e rendimento das plantações. O uso também promete revelar ineficiências da produção, por meio de animações cronológicas, cujo dados são coletados por drones, acarretando em um melhor gerenciamento das lavouras. O setor de segurança espera que a utilização de drones complemente a supervisão humana, utilizando a coleta de dados e processamento em nuvem, permitindo um melhor reconhecimento da cena em questão. Ainda por ser utilizado para entradas não autorizadas, identificação de intrusos, e detecção de movimento e reconhecimento fácil. Também se espera que sirvam de sentinelas, atuando de forma autônoma. O campo de mineração espera um novo uso dos drones por meio de mapeamento digitais no subsolo, uma vez que, não é possível utilizar GPS nesse cenário, ou seja, os drones seriam úteis na localização abaixo da superfície (PECHARROMÁN e VEIGA, 2017). 44 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Como destacado ao longo do trabalho, os drones vêm se tornando uma plataforma importante de desenvolvimento ao redor do mundo. Dados promissores para essa recente tecnologia são apresentados, e sendo um setor de grande expectativa para o futuro. Apesar do maior número de crescimento de empresas envolvidas com drones no Brasil, Nonami et al (2010) relata o país ainda não é considerado um produtor, desenvolvedor e nem operador de drones. Esse trabalho teve como objetivo sintetizar um panorama de usabilidades e tecnologias de drones civis, além do nível de inteligência atuais. Demonstrou-se diversas aplicabilidades para os drones. Para os drones civis, constatou-se diversas melhorias e tecnologias emergentes desde sua popularidade, entretanto também se nota que o desenvolvimento de inteligência artificial para drones é relativamente baixo quando comparado a outros tipos de tecnologias,principalmente no Brasil, onde esse desenvolvimento em sua maioria é feito por universidades. Sobre o uso de drones, as soluções são mais adequadas de acordo com a necessidade e demanda, como no caso de uma maior aquisição de dados em algumas áreas. A adaptação dos drones ocorre conforme os fatores que a influenciam o ritmo do desenvolvimento de novas tecnologias, bem como a maneira como estas tecnologias são difundidas pela sociedade e as condições inseridas no contexto momentâneo. Para que as previsões do mercado aconteçam, essas condições devem ser favoráveis, tendo como exemplo: financiamentos, incentivos de pesquisas e crescimento do PIB. Também deve ser levado em conta a adaptação de mecanismos facilitadores, como os quadros regulamentares desenvolvidos e implementados, ou seja, o aspecto regulamentar das operações comerciais para os drones. Outro facilitador é a crescente demanda de dados de alta qualidade, como é o caso do setor geoespacial. Também é um facilitador o melhor processamento de dados e acessibilidade, isto é, a acessibilidade se torna necessária e os drones sendo simplificação automatizada de uso. 45 REFERÊNCIAS ANDERSON, D.; EBERHARDT, S. How airplanes fly: A physical description of Lift C, Washington, 1999. 15. BITTENCOURT, D. Empresa gaúcha fatura R$ 1 milhão por ano com fabricação de drones. G1, 2013. Disponivel em: <http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/meu-negocio- meu-emprego/noticia/2013/08/empresa-gaucha-fatura-r-1-milhao-por-ano-com-fabricacao-de- drones.html>. Acesso em: 25 set 2017. CALEIRO, J. Como os drones vão transformar a economia. Exame, 2016. 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