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FATORES DE RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO Prof. Sandra Leonor FATORES DE RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO Doença: é um conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo, alterando o seu estado normal de saúde. O vocábulo é de origem latina, em que “dolentia” significa “dor, padecimento”. Pode ser causada por fatores : - Exógenos (externos, do ambiente) - Endógenos (internos, do próprio organismo). FATORES DE RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO A saúde de todos os trabalhadores brasileiros é de responsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS). No Brasil entre 2007 e 2013 tem se intensificado o registro dos acidentes de trabalho no SUS, que representaram neste período 579.388 notificações e 9.034 casos de morte. FATORES DE RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO FATORES DE RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO O SUS tem a atribuição de cuidar da saúde de todos os trabalhadores, de acordo com a Constituição Federal de 1988 e a Lei Orgânica de Saúde (Lei 8080). A rede de serviços do SUS desenvolve ações de promoção, proteção e vigilância à saúde e de assistência, incluindo a reabilitação de trabalhadores, como previsto na Política Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora – PNSTT (Portaria nº 1.823 MS/GM de 23 de agosto de 2012). FATORES DE RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO Os dados estatísticos de Acidentes de Trabalho de 2011 divulgados pelo Ministério da Previdência Social indicam que: Número total de acidentes de trabalho 2010 - 709.474 casos 2011- 711.164 casos Número de óbitos 2010 - 2.753 mortes 2011 - 2.884 mortes. FATORES DE RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO De acordo com o Ministério da Fazenda, entre 2012 e 2016, foram registrados: - 3,5 milhões de casos de acidente de trabalho em 26 estados e no Distrito Federal. - Esses casos resultaram na morte de 13.363 pessoas - Geraram um custo de R$ 22,171 bilhões para os cofres públicos com gastos da Previdência Social, como: - Auxílio-doença, - Aposentadoria por invalidez, - Pensão por morte - Auxílio-acidente para pessoas que ficaram com sequelas. Nos últimos cinco anos, 450 mil pessoas sofreram fraturas enquanto trabalhavam. ACIDENTES DE TRABALHO X MORTES EM 2010 (709.474 ACIDENTES , 2.753 MORTES ) 0 200.000 400.000 600.000 800.000 Acidentes de trabalho Mortes ACIDENTES DE TRABALHO X MORTES 2011 (711.164 ACIDENTES DE TRABALHO, - 2.884 MORTES) 0 200.000 400.000 600.000 800.000 Acidentes de trabalho Mortes ACIDENTES DE TRABALHO 2012 A 2016 (3,5 MILHÕES DE ACIDENTE DE TRABALHO X MORTE DE 13.363 PESSOAS) 0 1000000 2000000 3000000 4000000 Acidentes de trabalho Mortes RISCO OCUPACIONAL Risco Ocupacional: é possibilidade de um trabalhador sofrer determinado dano, em decorrência de sua atividade profissional. Em geral, os riscos ocupacionais estão associados a ambientes em que o funcionário fica exposto a ruídos, vibrações, gases, vapores, iluminação inadequada, entre outras situações que podem causar danos à saúde ou à integridade física do profissional. FATORES DE RISCOS OCUPACIONAIS Os riscos ocupacionais são classificados pelo Ministério do Trabalho de acordo com sua natureza: física, química, biológica, ergonômica e acidente. Cada tipo é identificado por uma cor, o que facilita a sinalização e favorece a segurança do profissional. FATORES DE RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO Risco Biológico Risco físico Risco Ergonômico Risco de acidente Risco Químico RISCO BIOLÓGICO Grupo Marrom Consideram-se como agentes de risco biológico diversas formas microrganismo a que possam estar expostos os trabalhadores. Exemplo: as bactérias, vírus, fungos, parasitos, entre outros. Doenças ocupacionais: Verminoses, Infecções intestinais, Pneumonia. RISCOS FÍSICOS Grupo Verde Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores. Exemplos: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração,etc. Doenças: Cânceres, perda auditiva, fadiga, insolação, outros. RISCO ERGONÔMICO Grupo Amarelo: Qualquer fator que possa interferir nas características física e psicológica do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. Exemplos de risco ergonômico: esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade, entre outras situações causadoras de estresse físico ou psicológico. Doenças ocupacionais: Mialgias,Tendinites, Bursites. RISCO ERGONÔMICO RISCO QUÍMICO Grupo Vermelho Riscos químicos como poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores e substâncias compostas ou produtos químicos que podem prejudicar a saúde do trabalhador. RISCO DE ACIDENTE Grupo Azul Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem estar físico e psíquico. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc. Profissionais Expostos: Todos. Medidas: Primeiros Socorros e organização do ambiente de trabalho. RISCOS QUÍMICOS Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória: Exemplo: nas formas de poeiras, fumos de gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. • Doenças: Antracose (causado por carvão), Bissinose (algodão), Dermatoses, Alergias. PARTÍCULAS SÓLIDAS PRODUZIDAS POR CONDENSAÇÃO DE VAPORES METÁLICOS. EX: FUMOS DE ÓXIDO DE ZINCO NAS OPERAÇÕES DE SOLDAGEM COM FERRO. RISCOS PSICOSSOCIAIS RISCOS OCUPACIONAIS Dentro da classificação de riscos ocupacionais, o funcionário tem direito ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para garantir sua segurança durante a jornada de trabalho. É obrigação da empresa contratante fornecer os dispositivos adequados para cada tipo de risco ocupacional. MAPA DE RISCO Mapa de Risco: é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho. Os fatores de risco têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.) MAPA DE RISCOS MAPA DE RISCO O mapa é um levantamento dos pontos de risco nos diferentes setores das empresas. Trata-se de identificar situações e locais potencialmente perigosos. A partir de uma planta baixa de cada seção são levantados todos os tipos de riscos, classificando-os por grau de perigo:pequeno, médio e grande. NR-32 NR-32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde NR-32 Esta Norma Regulamentadora tem por finalidade: Estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança do trabalhador e à saúde de todos os profissionais nos serviços de saúde. NR-32 NR-32 NR-32 NR-32 Programas de Prevenção Medidas de Prevenção Capacitação Profissional NR-32 RISCO BIOLÓGICO NR-32 RISCO BIOLÓGICO Risco Biológico É a probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos: bactérias, fungos, vírus, microrganismos geneticamente modificados ou não; cultura de células, parasitas, toxinas e príons. NR-32 RISCO BIOLÓGICO NR-32 RISCO BIOLÓGICO PPRA – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (NR-9) Identificação dos riscos biológicos mais prováveis, em função da localização geográfica e da característica do serviço de saúde e seus setores; Avaliação do local de trabalho; PPRA: ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS COM RELAÇÃO AOS RISCOS BIOLÓGICOS PPRA: AVALIAÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO E DO TRABALHADOR PPRA – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (NR-9) O PPRA deve ser reavaliado 01 (uma) vez ao ano e: sempre que se produza uma mudança nas condições de trabalho, que possa alterar a exposição aos agentes biológicos; quando a análise dos acidentes e incidentes assim o determinar. Os documentos que compõem o PPRA deverão estar disponíveis aos trabalhadores. PCMSO – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (NR-7) Reconhecimento e avaliação dos riscos biológicos Localização das áreas de risco Risco que cada trabalhador está exposto Vigilância médica Programa de vacinação Procedimento diante da possibilidade de exposição acidental PCMSO – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (NR-7) Sempre que houver transferência permanente ou ocasional de um trabalhador para um outro posto de trabalho, que implique em mudança de risco, esta deve ser comunicada de imediato ao médico coordenador ou responsável pelo PCMSO. PCMSO – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (NR-7) Com relação à possibilidade de exposição acidental aos agentes biológicos, deve constar do PCMSO: Os procedimentos a serem adotados para diagnóstico, acompanhamento e prevenção da soro conversão e das doenças; As medidas para descontaminação do local de trabalho; O tratamento médico de emergência para os trabalhadores; PCMSO – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (NR-7) A identificação dos responsáveis pela aplicação das medidas pertinentes; A relação dos estabelecimentos de saúde que podem prestar assistência aos trabalhadores; A relação dos estabelecimentos de assistência à saúde depositários de imunoglobulinas, vacinas, medicamentos necessários, materiais e insumos especiais. PCMSO – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (NR-7) Em toda ocorrência de acidente envolvendo riscos biológicos, com ou sem afastamento do trabalhador, deve ser emitida a Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT. NR-32 RISCO BIOLÓGICO NR- 32 MEDIDAS DE PROTEÇÃO Trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória Programa de imunização gratuito: tétano, difteria, hepatite B, febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola e influenza Uso de EPI Equipamento de uso individual destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador NR-32 MEDIDAS DE PROTEÇÃO - VACINAÇÃO NR-32 MEDIDAS DE PROTEÇÃO- VACINAÇÃO MEDIDAS DE PROTEÇÃO HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NR-32 MEDIDAS DE PROTEÇÃO -EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR RESPONSABILIDADES DO EMPREGADO NR-32 MEDIDAS DE PROTEÇÃO Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os EPIs e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais NR-32 MEDIDAS DE PROTEÇÃO Proibido uso de adorno no trabalho NR-32 MEDIDAS DE PROTEÇÃO Calçado Fechado: aquele que proporciona cobertura Calcanhar; Dorso do pé; Laterais do pé. NR-32 MEDIDAS DE PROTEÇÃO NR-32 MEDIDAS DE PROTEÇÃO Objetos Perfuro-cortantes Os trabalhadores que utilizarem objetos perfuro-cortantes são responsáveis pelo seu descarte NR-32 MEDIDAS DE PROTEÇÃO Objetos perfuro-cortantes É proibido o reencape e a desconexão manual de agulhas NR-32 MEDIDAS DE PROTEÇÃO Objetos Perfuro-cortantes: deve ser assegurado o uso de materiais perfuro-cortantes com dispositivo de segurança. NR 32 – RISCOS BIOLÓGICOS ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO O QUE FAZER ? Olhos / Mucosas: lavar com soro fisiológico ou água corrente Perfurocortante: lavar com água corrente e sabão Comunicar o responsável pela área / chefia imediata ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO Solicitar autorização do paciente fonte para realizar a coleta Crianças: solicitar autorização dos pais / responsável Autorização concedida Dirigir-se à UETDI PREFERENCIALMENTE NAS PRIMEIRAS 2 HORAS APÓS O ACIDENTE ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO Dirigir-se à UETDI PREFERENCIALMENTE NAS PRIMEIRAS 2 HORAS APÓS O ACIDENTE Enfermagem - Análise da ocorrência Consulta médica Avaliação do risco / indicação da quimioprofilaxia ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO Coleta de sangue / orientação Comparecer ao SESMT/SAMSP (CAT) no dia do acidente (feriado ou final de semana: 1º dia útil após o acidente) Seguimento clínico ambulatorial: 2 dias, 6 semanas, 3 meses e 6 meses após o acidente Fonte desconhecida ou hepatite C positiva, seguimento de 1 ano ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO O risco de contaminação depende: Tipo de acidente (perfurante, cortante ou contato com mucosa) Tamanho e profundidade da lesão Presença de sangue Condições clínicas do paciente fonte (hepatite B, C e HIV) Seguimento adequado pós-exposição. ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO Indicação imediata da quimioprofilaxia: Paciente não autoriza a coleta de sangue; Paciente inconsciente; Paciente adulto em cirurgia ou qualquer outro procedimento impeditivo de comunicação Paciente fonte portador dos vírus: HIV, hepatite B ou hepatite C Paciente fonte desconhecido; ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO O risco de aquisição de HIV O risco de aquisição de hepatite B 6% a 30% (podendo chegar até a 60%, dependendo do estado virológico do paciente fonte). O risco de aquisição de hepatite C Exposição percutânea:aproximadamente 1,8% (variando de 0 à 7%) RISCO DE AQUISIÇÃO DE HIV, HEPATITE B , HEPATITE C NR-32 CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL CAPACITAÇÃO DEVE INCLUIR NR-32
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