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Modelo de Artigo Cientifico sobre Patologia

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INTRODUÇÃO 
O tema escolhido para a realização deste trabalho se deve a notáveis falhas que são 
visíveis em obras, deficiências ou até mesmo despreparo de profissionais da área de 
construção civil, bem como na identificação e soluções para os problemas patológicos. 
É importante ressaltar que os problemas não são encontrados somente em estruturas 
já consideradas antigas. As estruturas que são projetadas e construídas recentemente 
também podem apresentar estes problemas, no entanto, espera-se que com a 
evolução dos conhecimentos e técnicas, seja cada vez mais possível as detecções 
dessas patologias precocemente. 
As construções exigem medidas preventivas para que os problemas patológicos não 
venham se apresentar de forma prematura e também que não tenham um 
desenvolvimento acelerado de forma que dificulte sua restauração. Relevantemente, 
a realização deste trabalho visa à importância de se fazer um estudo sobre as 
patologias, a fim de ser útil como auxílio para futuros leitores sobre esses problemas 
e propor alternativas de intervenção. 
Quais medidas preventivas devem ser adotadas para que os problemas patológicos 
não venham ser apresentados de forma prematura na construção civil? As medidas 
preventivas são essenciais para que os problemas não se apresentem tão cedo nas 
edificações. Por isso, seguir corretamente as etapas de construção, elaborar os 
projetos conforme as normas técnicas, ser justo na escolha de materiais de boa 
qualidade e contar com profissionais qualificados, são medidas preventivas de extrema 
importância para evitar futuros transtornos. 
Este levantamento bibliográfico tem como objetivo geral apresentar e estudar alguns 
conceitos sobre os problemas patológicos das estruturas de concreto, com objetivos 
específicos de conceituar as manifestações patológicas que podem aparecer nas 
estruturas sobre como é possível detectá-las e apresentar sobre como intervi-las a 
tempo de recuperá-las. 
A metodologia aplicada neste trabalho contou com pesquisas literárias e tecnológicas 
que foram estudadas para que pudesse ter sido possível elaborar este levantamento 
que poderá ser útil até mesmo para futuros trabalhos. A ação desenvolvida durante 
este projeto não contou com gestos concretos nem estudos específicos sobre uma 
determinada construção, no entanto, proporcionou um direcionamento sobre o tema 
abordado. 
2. PATOLOGIA EM ESTRUTURAS DE CONCRETO 
Com o surgimento do concreto que rapidamente mostrou suas vantagens, a busca 
por utilizá-lo cada vez mais aumentou. Porém, juntamente com isso também 
apareceram as manifestações patológicas provenientes de má preparação, descuido, 
falta de conhecimento na construção ou até mesmo por causas químicas ou externas. 
Segundo Marcelli (2007), erros em projetos estruturais não são impossíveis de 
ocorrer, sendo muito difícil que exista algum escritório que tenha calculado inúmeros 
projetos estruturais sem que haja ocorrido um erro qualquer. Sendo assim, é 
importante que os erros cometidos sejam notados imediatamente para que sejam 
avaliados e resolvidos, de forma que não comprometa a obra e a condene. 
Segundo Nazario e Zancan, patologia de acordo com os dicionários é: 
A parte da medicina que estuda as doenças. A palavra patologia tem origem grega de 
“phatos” que significa sofrimento, doença, e de “logia” que é ciência, estudo. Então, 
conforme os dicionários existentes podem-se definir a palavra patologia como a 
ciência que estuda a origem, os sintomas e a natureza das doenças (NAZÁRIO E 
ZANCAN, 2011, p. 01). 
As patologias, portanto, são alterações causadas por doença no organismo, 
ocasionando a deformação e degradação dos materiais físicos ou estruturais de uma 
edificação. São elas: trincas, rachaduras, fissuras, manchas, descolamentos, 
deformações, rupturas, corrosões, oxidações, entre outros. Além disso, também está 
relacionada a qualidade, visibilidade e durabilidade dessas edificações. 
A detecção precoce dos problemas patológicos são o ponto chave para que não haja 
um comprometimento total da estrutura, uma vez que, o quanto antes for localizado, 
analisado e tratado, tende a reduzir as possibilidades de condenação e também os 
custos para uma eventual reparação. 
É importante investigar cuidadosamente a patologia e suas possíveis causas, pois ao 
se falhar no seu diagnóstico, a correção não será eficiente. Uma patologia pode se 
apresentar como consequência de mais de uma deficiência. Assim, para que a medida 
corretiva seja eficiente devem-se sanar todas as suas causas (ANDRADE & SILVA, 
2005). Para diagnosticar as patologias nas edificações é necessário conhecer suas 
formas de manifestação, ou seja, os sintomas, bem como os processos de 
surgimento, os agentes causadores desses processos e definir em qual etapa da vida 
da estrutura foi criada a predisposição a esses agentes. Portanto, para que se alcance 
os resultados esperados do tratamento da patologia, é importante que seja realizado 
um diagnóstico bem feito e completo sobre todas as características visualizadas no 
problema, tais como, sintomas, origens, causas, e observação da área onde se situa 
a obra afetada, pois, como já se foi citado, o meio externo também pode ter influência. 
 
2.1 SINTOMAS, CAUSAS E ORIGEM DA PATOLOGIA 
Os problemas de patologia são revelados com manifestações geralmente bem 
características como sinais externos, sendo assim, quando analisadas torna-se 
possível distinguir sua origem e causas de modo que se obtenha as prováveis 
consequências que as variações e influências envolvidas poderão gerar. Olivari 
(2003), evidencia que as manifestações patológicas podem ter diversas origens e 
resultarem de diferentes ações, podendo ser de caráter físico, químico ou mecânico. 
Dentro da engenharia a patologia envolve a análise dos sintomas evidenciados pelos 
defeitos que se manifestam nas estruturas, pesquisa sua origem e as prováveis 
causas e mecanismos de ação dos agentes envolvidos (SOUZA; RIPPER, 1998). Os 
sintomas que esses danos causam devem ser detectados e analisados para um pré 
diagnóstico envolvendo muitas observações e estudos. As lesões encontradas no 
concreto geralmente são: fissuras, eflorescências, manchas, corrosão, trincas e 
rachaduras. 
Citado por Azevedo (2011), a construção de um empreendimento envolve diferentes 
tipos de fases. O autor se refere a primeira fase como sendo a fase do projeto, a qual 
define os procedimentos e passos a serem seguidos ao decorrer da construção. A 
próxima é a fase da construção ou execução do projeto onde são denominadas as 
formas de execução e seleção dos materiais para a elaboração e qualidade da 
estrutura. Finalizando com a terceira fase, apresenta-se a fase de utilização e 
manutenção, ou seja, a conclusão e entrega da obra realizada ao seu proprietário, 
tornando-o agente cuidador para que as estruturas sejam mantidas em bom estado. 
Portanto, as manifestações patológicas que podem ocorrer em um empreendimento 
sejam elas em qualquer uma das fases citadas a cima, é cabível a um determinado 
responsável. Se ocorridas na fase de realização do projeto, é cabível ao projetista. 
Ocorrentes por erros na construção ou escolha de materiais, são direcionadas ao 
construtor ou engenheiro e por fim se relacionadas a inadequação de utilização ou 
manutenção da obra, fica de responsabilidade do proprietário/usuário. 
Como é possível notar na figura 1 a seguir, os maiores números de casos de 
patologias originam-se nas fases de projeto. A realização de um projeto bem 
elaborado é fundamental para que todas as outras fases tenham um bom 
desenvolvimento. Estudos mostram que essas falhas são geralmente mais graves que 
as relacionadas à qualidade dos materiais e aos métodos construtivos. (HELENE, 
2003). 
FIGURA 1: Origem dos problemas patológicos com relação às etapas de produção e 
uso das obras civis. 
Fonte: (Adaptado de HELENE & FIGUEIREDO, (2003). 
Perante isto, conclui-se que é de suma importância que os projetistasse atentem para 
que seja obtido resultados mais satisfatórios em suas obras quando forem executadas 
para que não apresentem problemas. Uma elaboração de qualidade evita futuros 
transtornos. 
2.1.1 PRESENÇA DOS PROBLEMAS PATOLÓGICOS NAS FASES DA 
CONSTRUÇÃO 
Em cada fase que a obra passa é possível que se tenha a presença dos problemas 
patológicos, de forma que se não detectados e resolvidos poderão evoluir no decorrer 
das etapas e trazer maiores prejuízos futuros. Portanto, cada etapa possui um 
responsável para que seja seguida a construção adequadamente e assim também 
cada falha detectada se torna cabível ao profissional atuante da fase em questão. 
As manifestações patológicas referentes às fases de planejamento, projeto, 
fabricação e construção surgem no período inferior a dois anos, porém durante a 
utilização os problemas podem aparecer depois de muitos anos. Por isso, é muito 
importante identificar em qual etapa surgiram os vícios construtivos, até mesmo para 
a atribuição de responsabilidades civis. (MACHADO, 2002). 
Qualquer edificação tem uma determinada vida útil que pode ser maior ou menor, 
dependendo de vários fatores como, por exemplo, a qualidade dos materiais 
empregados na construção, as condições a que as mesmas estão expostas e a 
existência de uma manutenção periódica. Portanto, é importante que juntamente com 
essas observações para manter a boa vitalidade da estrutura, seja reconhecido em 
cada fase o problema rapidamente e qual foi o responsável por sua ocorrência. 
2.1.2 FASE DE PROJETO 
O projetista é responsável por elaborar detalhadamente a estrutura do projeto, de 
forma que deixa explicitado todos os dados que serão necessários para que as futuras 
etapas de construção do empreendimento tenham um alcance satisfatório. Para isso, 
o projetista precisa conhecer e realizar uma avaliação sobre todas as condições que 
o empreendimento está sujeito. De acordo com a norma ABNT (Associação Brasileira 
de Normas Técnicas) NBR (Norma Brasileira) 6118:2007, item 25.4 Manual de Uso, 
inspeção e manutenção diz: 
Deve ser elaborado por profissional competente contratado pelo proprietário. Esse 
manual deve conter todas as informações, dados e memórias do projeto, dos 
materiais, produtos e da execução da estrutura. Esse manual deve especificar de 
forma clara e objetiva os requisitos básicos de uso e manutenção preventiva que 
assegurem a vida útil prevista e estar conforme com a ABNT NBR 5674 Manutenção 
de Edificações. 
SOUZA e RIPPER (1998), constataram que as falhas ocorridas durante as primeiras 
fases, são as responsáveis por deixar o custo da obra mais oneroso e por causar 
maiores transtornos relacionados à obra. Ou seja, em todas as construções civis, 
quanto mais precoce for detectada uma falha, maiores serão as possibilidades de 
haver soluções para estes problemas, a partir disso o custeio dessas soluções serão 
menores. Ainda segundo as fundamentações de SOUZA e RIPPER, muitas falhas 
ocorrem devido: 
Elementos de projeto inadequados (má definição das ações atuantes ou da 
combinação mais desfavorável das mesmas); 
– Escolha infeliz do modelo analítico, deficiência no cálculo da estrutura ou avaliação 
da resistência do solo, etc.); 
– Falta de compatibilização entre a estrutura e a arquitetura, bem como com os demais 
projetos civis; 
– Especificação inadequada de materiais; 
– Detalhamento insuficiente ou errado; 
– Detalhes construtivos inexequíveis; 
– Falta de padronização das representações (convenções); 
– Erros de dimensionamento. (SOUZA e RIPPER, 1998, P.24) 
Falhas no estudo preliminar, falha de anteprojeto, falhas no projeto final de 
engenharia, podem levar a escolha de elementos de projeto inadequados e na 
geração de problemas alterando o desempenho, durabilidade e até mesmo a vida útil 
da edificação (PINA, 2013). Evidentemente, que meios impróprios selecionados nos 
estudos de um projeto para realização de uma construção, acarretarão consequências 
que irão comprometer o produto final que obviamente é esperado que tenha uma boa 
qualidade e assim durabilidade. 
2.1.3 FASE DE CONSTRUÇÃO OU EXECUÇÃO 
Após a fase de realização do projeto, a qual é almejada que tenha sido concluída com 
sucesso, segue-se para próxima etapa que é denominada construção ou execução, a 
partir do planejamento da obra. Durante esta etapa de execução, os problemas na 
maioria das vezes são relacionados à qualidade da mão de obra, a falta de 
treinamento e qualificação dos operários (SILVEIRA et al., 2002). 
Trata-se de uma fase que necessita que haja controle principalmente de qualidade 
para haver a não prorrogação dos problemas patológicos posteriormente, pois é de 
responsabilidade dos profissionais fazer o controle dos materiais utilizados durante a 
construção do projeto, bem como se atentar e fiscalizar se eles estão de acordo com 
o especificado no projeto e se sua utilização está sendo feita de forma correta e 
gerando o mínimo de perdas e insumos (CREMONINI, 1988).Sendo assim, o 
construtor deve ficar atento a cada conclusão de etapas tendo a concepção de que 
erros atuais poderão gerar problemas futuros. 
2.1.4 FASE DE UTILIZAÇÃO E MANUTENÇÃO 
Não se pode acarretar o surgimento de todos os problemas patológicos à falta de 
manutenção ou de condutas adequadas pelos usuários, o surgimento de problemas 
patológicos se dá por uma combinação de erros em todas as fases de concepção da 
edificação, da eficiência da estrutura, dos métodos construtivos, das condições de 
agressividade do meio, porém há uma parcela de culpa dos usuários pela falta de 
manutenção à edificação (CBIC, 2013). Nesta etapa de uso da construção devem ser 
adotados cuidados para que a mesma não seja utilizada de forma inadequada, 
existindo um conhecimento dos usuários desta edificação sobre as possibilidades e 
limitações da obra. 
Toda obra depois de concluída possui um período de vida útil estimado baseado em 
análises e observações sobre ela. Porém, muitas vezes antes mesmo do prazo 
atribuído a referente obra estar próximo, a mesma já apresenta um quadro de 
desempenho abaixo do esperado proveniente da falta de manutenção periódica que 
fazem com que manifestações iniciais de patologia se evoluam gerando até mesmo 
uma insegurança estrutural para o proprietário. 
3. PATOLOGIA EM ESTRUTURAS DE CONCRETO 
No capítulo anterior, foi-se abordado durante todo desenvolvimento sobre como é 
importante a elaboração de um diagnóstico precoce. Além disso, é essencial que seja 
feito um levantamento de subsídios que consiste em aglomerar todos os dados 
necessários para que assim seja possível detectar de onde são provenientes os 
fenômenos que ocorrem. Este levantamento também conta com as informações sobre 
os danos e sobre todo o processo de construção e utilização da obra. Trata-se do 
colhimento e junção de informações para entender o problema e diagnosticá-lo. As 
informações são obtidas através de quatro formas: vistoria no local, anamnese, 
exames complementares e pesquisa. 
A realização da vistoria no local afetado é a primeira etapa para o levantamento, 
segundo DO CARMO: 
Através de um olhar profissional, faz-se uma determinação do nível de agravos a 
estrutura em questão e se a mesma apresenta níveis de desempenho aceitáveis e 
que não ponham em risco a segurança dos usuários. (DO CARMO, 2003, p. 10). 
A vistoria do local é uma forma de avaliação por meio de visita técnica, na qual, 
registros fotográficos e relatórios são a ferramenta para assim serem levantados os 
dados e informações num primeiro momento para que consequentemente seja 
possível uma compreensão do surgimento das manifestações. Parte considerável dos 
eventos que demandam a realização de vistorias e perícias em edificações, decorre 
de manifestações patológicas muitas vezes identificadas através da simples 
observação do quadro de fissuração, o que facilita o diagnóstico dos problemas 
existentes (VITÓRIO, 2003). Outra forma também de se obter as informações para 
compreender o problema éa anamnese, que ainda seguindo com o pensamento de 
DO CARMO, é uma espécie de levantamento que consiste em buscar o histórico da 
construção, dos profissionais envolvidos, usuários ou proprietários, funcionando como 
uma prévia do que será encontrado no diagnóstico. 
Os exames complementares também auxiliam para a formulação do diagnóstico do 
problema, contribuindo com informações encontradas a partir de exames físicos, 
químicos e até biológicos. É importante o conhecimento sobre as limitações e índices 
de erros que cada exame pode apresentar para a análise dos resultados obtidos. Por 
fim, se ainda não for possível elaborar um diagnóstico, deve- se recorrer a pesquisas 
seja elas bibliográficas ou tecnológicas. 
FIGURA 2: Fluxograma para resolução de patologias da construção civil. 
Fonte: (Lichtenstein, 1985). 
Este fluxograma propõe uma análise mais simplificada e assim facilita o alcance dos 
objetivos sobre os problemas. Trata-se de uma metodologia baseada em divisões de 
etapas sobre os processos básicos para a análise e estudo do caso. Para o 
entendimento sobre determinado problema patológico, cada subsídio é obtido na 
vistoria do local, na anamnese ou nos exames complementares e deve ser estudado 
e interpretado para dar o suporte necessário para o quadro em que se encontra tal 
problema. 
3.1 DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO DAS PATOLOGIAS NAS ESTRUTURAS DE 
CONCRETO 
O diagnóstico é a fase mais importante do processo e cabe a ele definir o sucesso ou 
fracasso do que será determinado. Sua formatação completa passa por diversas 
etapas, que remetem a informações coletadas desde a primeira vistoria do local, a 
coleta de dados para posterior formulação do diagnóstico. (SANTUCCI, 2015). 
Quando equivocado, implicará em intervenções que não serão cabíveis a verdadeira 
realidade além de dificultar as próximas análises e gerar um eventual gasto não 
necessário. Para diagnosticar as patologias, deve-se detectar as manifestações assim 
como identificar no processo de construção em que etapa elas se originaram e o que 
provocou o aparecimento deste dano, permitindo assim que seja estabelecido notas 
quanto ao estado que a obra apresenta, facilitando na tomada de decisões pelo tipo 
de intervenção e reparo que deve ser aplicado na situação presente. 
Segundo BROOMFILED (1997), antes de se avaliar a estrutura através de ensaios, 
deve ser procedida primeiramente uma inspeção visual, que pode ser registrada 
através de fotografias e mapeamento de fissuras. É importante que todos os dados 
levantados anteriormente tenham ligação para que formem um único quadro 
patológico, assim, facilita o encaixe das hipóteses levantadas pelo patologista do 
mesmo modo que auxilia na eliminação daquelas que não apresentarem veracidade 
sobre o caso. Ainda assim, a incerteza poderá persistir, visto que, existem 
enfermidades diferentes que podem ser tratadas com o mesmo “remédio”, e vice-
versa (LAPA, 2008). Portanto, trabalha-se em cima de incertezas onde há apenas 
redução de dúvidas sobre o problema, pois na realidade o diagnóstico apresentará 
sua eficácia quando a estrutura que receber o tratamento responder satisfatoriamente 
ao próprio. 
Inspecionar, avaliar e diagnosticar as patologias da construção são tarefas que devem 
ser realizadas sistematicamente e periodicamente, de modo a que os resultados e as 
ações de manutenções devem cumprir efetivamente a reabilitação da construção, 
sempre que for necessária (GRANATO, 2002). 
Após ser decretado o diagnóstico e antes de ser definido qual a conduta a ser tomada 
para a determinada situação, segundo Lapa (2008), o especialista da área deve 
levantar a hipótese sobre a evolução futura do problema, o qual é denominado 
prognóstico. Esta etapa auxilia na escolha de qual tratamento selecionar para a busca 
da solução do problema. Essas metodologias podem ser, erradicar a enfermidade, 
impedir ou controlar sua evolução, não intervir, estimar o tempo de vida da estrutura, 
limitar sua utilização ou indicar sua demolição. 
3.1.1 ALGUNS TIPOS DE INTERVENÇÃO 
De acordo com nível e a gravidade em que os danos submetem as estruturas pode-
se apresentar um breve resumo sobre os tipos de atuações. As que devem ser 
efetuadas de forma rápida sobre danos que causam riscos graves para uma estrutura 
é denominada atuação de urgência, a qual é caracterizada por ser uma atuação 
provisória de modo que proteja os usuários até que se obtenha um diagnóstico do 
problema. As atuações de prevenção e/ou proteção são aquelas que tem função de 
dar proteção aos componentes estruturais para que a degradação não tenha 
evolução. 
Outro tipo de intervenção são as atuações de reparação das estruturas que são 
aplicadas quando a degradação conseguiu afetá-las, sugerindo assim uma reparação 
na área afetada para que seja possível recuperar os elementos estruturais, sendo 
assim, é necessário que se obtenha um diagnóstico preciso sobre as partes que 
sofreram a degradação. 
As atuações de reforço são aquelas que são requisitadas quando são encontrados e 
já diagnosticados os erros em um projeto, assim, deve-se buscar novos sistemas de 
reforço que sejam então adequados. Por fim, a substituição da estrutura, então, 
elimina-se fisicamente o componente estrutural substituindo-o por outro elemento 
novo (HELENE, 2003). O caso de substituição é executado quando as utilizações dos 
reforços já não são mais viáveis e, portanto, não há mais o que se fazer, a não ser 
trocar por uma estrutura nova. 
3.1.2 INSPEÇÃO DAS ESTRUTURAS 
Inspeção é uma atividade técnica especializada que abrange a coleta de elementos, 
de projeto e de construção, o exame minucioso da construção, a elaboração de 
relatórios, a avaliação do estado da obra e as recomendações, que podem ser de 
nova vistoria, de obras de manutenção, de recuperação, de reforço ou de reabilitação 
da estrutura (HELENE, 2007). São importantes a análise e o estudo de um processo 
patológico, pois, devem permitir ao analista rigorosamente a determinação da origem, 
do mecanismo e dos danos subsequentes, tornando possível que se possa ter uma 
conclusão sobre as técnicas de recomendações mais eficazes para o quadro 
encontrado. 
A inspeção trata-se de um elemento indispensável na metodologia para uma 
manutenção preventiva, e pode ser executada uma Inspeção Preliminar e Inspeção 
Detalhada. 
De acordo com Wilke (2012), é importante frisar que a inspeção das estruturas é uma 
parte importante, mas apenas uma parte da manutenção das edificações. As 
inspeções, programadas ou não, auxiliam na identificação dos problemas, porém, 
após, deve-se intervir no elemento danificado. 
A figura 3 apresenta um fluxograma simplificado do passo a passo de uma inspeção 
técnica. 
FIGURA 3: Fluxograma que representa o passo a passo das inspeções técnicas de 
uma edificação. 
Fonte: Adaptado de GRANATO (2002). 
Numa visão mais completa, também deve‐se trabalhar no sentido de prevenir o 
aparecimento e a evolução de uma manifestação patológica (MEHTA & MONTEIRO, 
2008). Os indícios de irregularidades tanto do sistema como o de durabilidade devem 
ser avaliados para não comprometer as estruturas, pois são estes os contribuintes 
para as manifestações dos problemas. 
A fase de inspeção preliminar tem como objetivo determinar através da análise visual 
juntamente com o histórico da edificação, se a estrutura apresenta necessidade de ter 
uma intervenção imediatamente. Estima-se nessa inspeção as consequências 
possíveis que os danos podem trazer e, caso seja necessário, as medidas de 
emergência que poderão ser tomadas para tal estrutura. Baseando-se nas 
informações obtidas deste processo, também é possível seguir para um estudo a 
fundo e mais detalhado. 
A etapa de inspeção detalhada deve ser executada por profissionais e consiste na 
definição da causa da manifestação patológica encontrada em uma determinada 
estrutura de concreto. Isto será possível através da realização de ensaios de campo 
e de laboratório para que seja alcançado umdiagnóstico coerente e sendo assim, 
efetuar intervenções precisas. 
3.1.3 CONDUTA A SER SEGUIDA 
A fase de elaboração das intervenções possíveis e a escolha daquela que será 
seguida para aplicar vem após a definição do diagnóstico e prognóstico. São elas: 
corrigir pequenos danos (reparo), devolver à estrutura o desempenho original perdido 
(recuperação), ou aumentar tal desempenho (reforço). O objetivo da conduta é 
recomendar o que deve ser executado. 
Após obter uma conduta a ser seguida que define principalmente os materiais que 
serão utilizados para os reparos, é indispensável o armazenamento dos dados obtidos 
durante todas as etapas do processo de resolução das manifestações, sejam eles, 
relatórios fotográficos, procedimentos utilizados, soluções adotadas, pois as 
informações obtidas são as principais ferramentas que o profissional pode utilizar para 
a resolução das patologias na construção. 
A escolha de uma alternativa de intervenção e formulação de um plano de ação 
adequado é viável se houver disponibilidade de recursos tecnológicos e financeiros 
para sua execução, sempre deve ser levada em consideração a engenharia financeira 
da terapêutica adotada, procurando a melhor relação custo/benefício aplicada à 
patologia (DO CARMO, 2003). 
4. FORMAS PATOLÓGICAS ENCONTRADAS COM MAIOR FREQUÊNCIA 
É possível encontrar diversas deficiências e formas patológicas no concreto, até 
mesmo bem visíveis no dia-a-dia. Algumas mais comuns como as abordadas no 
quadro a seguir são fáceis de serem reconhecidas e servem como alerta para iniciar 
uma atitude que não deixe o problema se alastrar. Conforme mostra a Tabela 1, que 
detalha as principais manifestações patológicas. 
TABELA 1:Infiltração, manchas, bolor ou mofo, eflorescência. 
Fonte: (Shirakawa, 1995). 
É possível notar que os problemas mais comuns ocorrentes no concreto, são as 
eflorescências, infiltrações, bolor ou mofo e manchas. Normalmente, esses problemas 
patológicos aparecem de forma característica, e notadas precocemente poderão ser 
reparadas. 
As formas patológicas surgem na maior parte das edificações, porém, em algumas 
com maior intensidade do que em outras, e podem se apresentar de diferentes meios. 
Estes problemas podem se manifestar deforma mais simples, e isto facilita a 
identificação e reparo, ou ainda, podem se manifestar de forma complexa, requerendo 
uma análise individualizada e mais detalhada. 
4.1 ASPECTOS PARA REPARAR, RECUPERAR E REFORÇAR 
As intervenções necessárias para restituir o desempenho da estrutura devem ser 
aplicadas quando a própria se apresenta de forma insatisfatória, devem-se expor 
alternativas para que seja possível reparar, recuperar, reforçar, ou ainda, no caso mais 
extremo, decretar a falência da estrutura e demolir. Antes de qualquer intervenção em 
uma estrutura afetada é essencial determinar qual a melhor estratégia a ser utilizada 
no caso estudado. O tipo da intervenção vai depender de como a manifestação 
patológica está apresentada. Para haver uma correta seleção da alternativa de 
intervenção conforme o nível dos agravos e a disponibilidade de materiais na região 
onde está inserida a edificação deve haver a análise do tipo de terapia a ser adotada 
(MOREIRA, 2006). 
Para um projeto de recuperação deve-se levar em conta uma avaliação das condições 
da estrutura, as soluções cabíveis para a situação em que ela se encontra e proteções 
adicionais. Algumas deficiências apresentadas podem ser de pouca importância, 
portanto, não afetam o restante da estrutura. Por isso, a reparação neste caso pode 
ser realizada de forma imediata, sem necessidade de se esperar resultados de 
análises e pesquisas. No entanto, outros defeitos são de grande importância e exigirão 
um estudo completo da estrutura. 
Os parâmetros sociais, econômicos, ambientais e dentre outros, são pontos que 
devem ser considerados pois podem influenciar na tomada de decisões quanto a 
urgência de reparar ou reforçar a obra. Como é possível que se tenha uma diversidade 
de danos e de possibilidades de ocorrência, isso acaba por dificultar a elaboração de 
normas de recuperação e de reforço que devem ser aplicadas. No entanto, a 
ocorrência de monitoramento das estruturas recuperadas é uma grande possibilidade, 
a partir dos resultados que são importantes para ser estabelecido pontos mesmo que 
mínimos de desenvolvimento para novos reforços. 
Para iniciar o procedimento da recuperação ou reforço da estrutura é necessário 
anteriormente que seja realizado um trabalho extensivo de investigação sobre tudo o 
que diz respeito a obra, seus projetos iniciais, plantas, memórias de cálculo, 
especificações de materiais, dentre outros documentos. Detectada a existência 
desses documentos, a revisão e conferência destes poderão ser ocorridas durante 
vistoria local. Por outro lado, se não encontrados deverá ser providenciado um 
levantamento detalhado da estrutura. Durante a inspeção na obra deve-se ter a 
segurança pessoal do profissional, que geralmente são equipamentos de segurança 
como roupas especiais, máscaras, botas, etc. 
Alguns dos instrumentos utilizados numa inspeção são a régua e metro, giz-estaca, 
fio de prumo, lupa, binóculo, lanterna, máquina fotográfica, filmadora, fissurômetro, 
extensômetro, martelo de geólogo, furadeira elétrica de impacto, pacômetro, 
esclerômetro, cavalete, equipamento individual de proteção, dentre outros, 
(CARMONA FILHO, 2000). Algumas das técnicas e ensaios mais frequentes no 
diagnóstico de uma estrutura deteriorada são a determinação da espessura 
carbonatada, a dosagem de cloretos e sulfatos, a determinação da massa específica, 
permeabilidade e resistência mecânica do concreto, a radiografia-x, gamagrafia e a 
realização de prova de carga. É de fundamental importância conhecer as causas que 
motivaram os danos. 
Dado o surgimento de inúmeros casos de patologia em estruturas de concreto 
armado, aliado à preocupação com o controle de qualidade das estruturas recentes e 
a manutenção de estruturas em geral, as técnicas de ensaios de avaliação de 
estruturas acabadas, têm se desenvolvido intensamente nas duas últimas décadas, 
com o objetivo de prevenir e corrigir tais vícios da engenharia (EISINGER & LIMA, 
2000). 
4.1.1 REPARAÇÃO DE FENDAS, FISSURAS E TRINCAS NAS ESTRUTURAS DE 
CONCRETO 
De acordo com a sua estabilidade, as fissuras são analisadas e classificadas. Elas 
podem estar estabilizadas e passivas quando o que as provocou foi eliminado, 
portanto esta não se movimenta. Uma fissura é ativa quando a causa que a provocou 
continua existindo, portanto, tem movimento. 
Os procedimentos para fazer o reparo em fissuras nas estruturas em concreto são: 
Limpar a fissura com jato de ar e assim sua espessura irá aumentar para 
posteriormente ser tratada. Em seguida aplica-se o material epóxi sobre a superfície 
como selante; injeta-se resina epóxi nos orifícios na parte inferior até que o material 
transborde pela parte superior e por fim, fecham-se os orifícios. 
De acordo com o tipo de fenda, ativas ou não ativas, são realizadas duas formas de 
procedimento. Para as fendas ativas: limpa-se a fenda, aumentando seu tamanho com 
jato de ar, preparando-a para ser selada e em seguida aplica-se um selante com 
betume elástico à base de poliuretano. Já para as fendas não ativas, o procedimento 
é o mesmo do anterior, porém o selante utilizado se faz com argamassa de cimento. 
4.1.2 REPAROS SUPERFICIAIS 
Os reparos rasos ou superficiais são aqueles de profundidade inferior a 2,0 cm, não 
ultrapassando a espessura do cobrimento da armadura (SOUZA & RIPPER, 1998). 
Podem ser localizados ou generalizados. São exemplos característicos o enchimento 
de falhas, regularização de lajes, reconstituição de quinas quebradas, erosões ou 
desgaste, dentre outros. Estes exigem um conhecimento prévio dos materiais, da 
localização da obra, sua estrutura, ferramentas e equipamentos de preparação da 
superfície e de aplicação dos materiais. 
4.1.3 REPAROS SEMI-PROFUNDOS E REPAROSPROFUNDOS 
Os reparos semi-profundos são aqueles com profundidade entre 2,0 e 5,0 cm, 
normalmente atingindo a armadura (SOUZA & RIPPER, 1998). Normalmente requer 
a montagem de formas com cachimbos e verificação da necessidade de 
escoramentos. A reconstituição da seção pode ser feita com graute de base mineral 
com retração compensada e alta resistência mecânica, com cura úmida. 
Os reparos profundos são aqueles que atingem profundidades superiores a 5,0 cm. 
Conforme PIANCASTELLI (1998) os reparos profundos são aqueles que apresentam 
aberturas para retirada do concreto deteriorado ou contaminado, com profundidade 
1,5 vezes maior que a maior das duas outras dimensões. 
4.1.4 REFORÇO DAS ESTRUTURAS 
Faz-se presente o reforço em uma estrutura quando existe a necessidade de 
aumentar a sua capacidade resistente ou para corrigir possíveis falhas que fazem 
supor que a capacidade de carga prevista inicialmente diminuiu (VALENZUELA 
SAAVEDRA, M.A., 2010). 
Para que as soluções sejam eficazes é necessário que haja um estudo aprofundado 
referente a toda a aplicação da alternativa escolhida, bem como dos materiais a serem 
utilizados. Sendo assim, é importante que para essa seleção tenha-se argumentações 
que ofertem um embasamento sobre a opção escolhida, que aborde principalmente 
fatores econômicos, ambientais, técnicos, dentre outros. 
Para que aconteça uma seleção adequada da alternativa de intervenção, é crucial que 
sejam analisados os agravos e a disponibilidade de materiais na região onde está 
inserida a construção para assim haver a execução da terapia correta. 
O reforço das estruturas com concreto é utilizado tendo em vista suas vantagens 
econômicas e a facilidade de execução. Todavia, como desvantagem encontra-se a 
interferência arquitetônica e o tempo necessário para que a estrutura possa ser 
colocada em serviço. O concreto no reforço pode resultar na adoção de espessuras 
menores, tornando possível que não se precise aplicar alterações mais significativas 
nas dimensões originais dos elementos reforçados. Para que o reparo alcance 
resultados satisfatórios ele depende da boa aderência do concreto novo aplicado 
sobre o velho e da capacidade de transferência de tensões entre os mesmos. 
4.1.5 RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS 
Recuperar uma estrutura de concreto é devolvê-la às suas condições originais, 
esclarecendo que antes de qualquer recuperação, devem ser identificadas e sanadas 
as causas que ocasionaram os problemas patológicos na estrutura. Se por ventura 
isso não for realizado, podem ocorrer danos em outros locais da estrutura, além das 
já existentes. 
Segundo Andrade (1992), para dar início a recuperação das estruturas de concreto, 
deve-se preparar a superfície que é uma das fases mais críticas do trabalho, pois, 
sem preparar adequadamente o substrato os resultados dos reparos podem não ter 
sucesso. A superfície que receberá o tratamento seguirá com as etapas do 
procedimento que são elas: 
Polimento: Esta técnica é utilizada para reduzir a aspereza da superfície do concreto, 
tornando-a novamente lisa e isenta de partículas soltas, utilizando-se de 
equipamentos mecânicos, como lixadeiras portáteis ou máquinas de polir pesadas 
utilizadas quando a área a ser recuperada é muito extensa (SOUZA, 2006). 
SOUZA & RIPPER (1998) sugerem que no caso de limpeza de superfície com jatos 
de água fria, o trabalho deve ser feito no sentido descendente com movimentos 
circulares, mantendo-se a pressão do compressor constante. As técnicas de lavagem 
e limpeza da superfície do concreto devem ser feitas pois como a estrutura fica 
exposta em ambientes que podem ser agressivos, deve ser feita a limpeza das 
estruturas de forma que retire a impregnação de substâncias ou poluentes. Existem 
diversas técnicas de limpeza da superfície do concreto, porém deve-se tomar cuidado 
quanto ao uso de soluções ácidas com relação à armadura do concreto. 
As principais normas técnicas de limpeza da superfície do concreto são: 
 Saturação: Atua para aumentar a aderência do material de recuperação. 
Conforme Souza e Ripper (1998), a saturação dura em média 12 horas. 
Deve-se deixar a superfície a ser recuperada apenas úmida. 
 Corte: Neste processo, remove-se todo e qualquer material nocivo às 
armaduras, promovendo um corte, pelo menos 2 cm ou o diâmetro da barra, 
de profundidade de forma que toda armadura estará imersa em meio 
alcalino. Depois de realizado o corte, a superfície do concreto deve passar 
por uma sequência de limpeza, que são: jateamento de areia, jateamento 
de ar comprimido e jateamento de água. No momento do corte devem-se 
remover completamente os agentes nocivos à estrutura. Existem ainda 
situações em que se necessita o escoramento da estrutura onde está sendo 
realizado o corte, fatores esses que acabam por encarecer e demandar 
maior tempo de intervenção (CÁNOVAS, 1988). 
 Demolição: A demolição geralmente é projetada em função do porte e tipo 
da estrutura a demolir. Podem ser usados martelos demolidores, explosivos, 
agentes demolidores expansivos e etc. Dependendo da grandeza dos danos 
ou riscos, é julgada demolição total ou parcial. 
CONCLUSÃO 
O presente estudo abordou sobre patologia, recuperação e reparo das estruturas de 
concreto, tema este escolhido pelo fato de ser encontrado no cotidiano e muitas vezes 
as pessoas não terem a completa informação principalmente do causador desse 
problema e de como agir, sendo assim, poderá ser utilizado para complementar os 
conhecimentos já obtidos sobre o assunto. Ao decorrer do trabalho, inicialmente pela 
introdução, que de forma simplificada teve o objetivo de apresentar sobre o conteúdo 
que estaria presente no decorrer do trabalho, como alguns conceitos sobre os 
problemas patológicos das estruturas de concreto, como é possível detectá-las e 
apresentar sobre como intervi-las a tempo de recuperá-las. 
O primeiro capítulo apresentou sobre os conceitos de patologias, seus sintomas, suas 
causas, origens e fases nas construções em que elas podem ser encontradas. É de 
fundamental importância compreender mais a fundo sobre o problema que se 
encontra e também distinguir em que etapa ele pode ter sido originado para que então 
seja atribuída a responsabilidade ao indivíduo. 
No capítulo seguinte, o levantamento de subsídios está presente assim como os tipos 
de diagnóstico e prognóstico, que são importantes como também a inspeção e o tipo 
de intervenção adequada. Diagnosticar a patologia precocemente é uma das 
maneiras de aumentar as chances de recuperar a estrutura, portanto, a supervisão é 
sua aliada no processo de recuperar ou reforçá-la. Intervir de forma correta e 
aplicando uma boa conduta a ser seguida, garante também o sucesso do 
procedimento. 
Já no terceiro capítulo referiu-se brevemente de início sobre as formas patológicas 
que são encontradas com mais frequência e que geralmente são bem notáveis. 
Alguns tipos de reparos, recuperação e reforços que podem ser executados para 
salvar a estrutura afetada também foram relatados nesta última parte de 
desenvolvimento do trabalho. 
Por fim, cabe salientar, que mesmo que ocorrendo melhorias nas técnicas construtivas 
e seja utilizado materiais de construção com maior qualidade, ainda poderá ser 
observado edificações apresentando patologias, porém, uma inspeção e manutenção 
constante assegura a sua durabilidade. A importância em se elaborar pesquisas 
assim, é que ajuda para que se possa atingir qualidade nas edificações, uma vez que 
as patologias das construções estão ligadas a qualidade. E seria bem viável também 
que fossem promovidas apresentações sobre casos encontrados em utilidades 
públicas principalmente, para que as pessoas obtivessem essas informações de forma 
mais direta e rápida, assim, adquirindo conhecimento sobre este problema e se 
atentar em suas construções. 
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[1] Engenheiro Civil pela Faculdade Pitágoras de Guarapari, Pós-graduando em 
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[2] Bióloga pela Centro Universitário São Camilo, Especialização (MBA) em Gestão 
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