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beatrizsantos Carimbo www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum APRESENTAÇÃO Caro(a) Aluno(a), A preparação para concursos públicos exige profissionalismo, métrica e estratégia. Cada minuto despendido deve ser bem gasto! Por isso, uma preparação direcionada, focada nos pontos com maior probabilidade de cobrança no seu certame, pode representar a diferença entre aprovação e reprovação. Ciente disso, a Ad Verum Suporte Educacional, empresa do Grupo CERS ONLINE, concebeu o curso INTELIGÊNCIA PDF - OAB, que tem por premissa fundamental “atacar” os pontos nucleares de cada matéria, com vistas a antecipação dos temas com maiores chances de cobrança em sua prova. Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se em consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre que possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina, momento da economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de Professores de projeção nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos mais diferentes certames públicos. Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação para carreiras públicas. Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de uma obsessão. Bom estudo! Francisco Penante CEO Ad Verum Suporte Educacional www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum SUMÁRIO 1. TRATADOS: ................................................................................................ 1 2. ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS: ....................................................... 6 3. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO: .................................................................. 8 4. NACIONALIDADE:.................................................................................... 10 5. CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO: ........................................... 13 6. DIREITO DO MAR:.................................................................................... 16 7. SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS: ........................................ 17 8. COMPETÊNCIA INTERNACIONAL:......................................................... 19 9. CONFLITOS DE LEI NO ESPAÇO: .......................................................... 21 10. COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL: .................................... 23 www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 1 DIREITO INTERNACIONAL Olá querido (a) aluno (a)! Vamos iniciar os estudos de Direito Internacional para o certame ao qual você irá se submeter: A PRIMEIRA FASE DA OAB. Vamos juntos? O Direito Internacional é constituído pelas normas jurídicas internacionais, sendo, os costumes e princípios, importantes para a concretização de acordos, tratados, convenções, emendas e protocolos. As normas jurídicas subdividem- se dois tipos: público e privado. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO: Sistema que rege relações entre os sujeitos do Direito Internacional público, os principais são: Estados e Organizações Internacionais. Este ramo do direito tem escopo de aplicar normas pactuadas por aqueles. 1. TRATADOS: Caro (a) aluno (a), o tratado internacional é por si só um instrumento, podendo ser identificado tanto por seu processo de produção, como pela forma final. É um acordo formal realizado entre os sujeitos do Direito Internacional, destinados a produzir efeitos jurídicos. A partir de agora vamos esboçar todos os quesitos necessários para que você compreenda os tratados no Direito Internacional. Preparado? Vamos lá! Sujeitos do Direito Internacional: Pelo fato da figura do Estado ser forte, foi ratificada, inicialmente – na Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados (1969) –, a admissão do Estado como único sujeito no Direito Internacional. Entretanto, com a evolução desse ramo do direito, em 1986, houve a ratificação de uma nova convenção para regulamentar o Direito Internacional – Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados entre Estados e Organizações Internacionais ou, apenas, entre Organizações – e, dentre as principais inovações, há de se salientar a inclusão das Organizações Internacionais como sujeitos nos tratados. Princípios norteadores: - Livre Consentimento: As partes são livres para pactuar as obrigações. - Boa-fé: Deve haver comportamento com padrão ético de confiança e lealdade. - Solução Pacífica de Controvérsia: Os Estados devem cumprir com o que foi pactuado, buscando tentar solucionar, pacificamente, eventuais conflitos, antes da adoção de meios coercitivos e, até mesmo, extremos (como a guerra). - Continuidade do Estado: O Estado para sempre existirá, independentemente de modificações expressivas em sua titularidade e soberania. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 2 Classificação: - Quanto ao número de partes: os Tratados podem ser Bilaterais ou Multilaterais. - Quanto ao procedimento: teremos Tratados em forma simplificada (única fase) e em sentido estrito (duas fases). No Brasil, para a celebração do Tratado teremos quatro fases solenes: 1) Primeira Fase: negociações preliminares e assinaturas; 2) Segunda Fase: Retificação – É a manifestação do Congresso Nacional; 3) Terceira Fase: Ratificação – A ratificação é o processo pelo qual os atos são postos em vigor, por meio do qual o Presidente irá expressar o seu consentimento definitivo; 4) Quarta Fase: Promulgação e Publicação – Após passar pelas três fases supramencionadas, essa é uma fase complementar. A Publicação deverá ser feita no Diário Oficial da União. Hierarquia dos Tratados no Brasil: Os Tratados internacionais comuns, após serem incorporados no ordenamento jurídico tem status de lei ordinária federal. Exceções: 1. Que versem sobre Direito Tributário – Sobreposição desses aos demais. 2. Que versem sobre Direitos Humanos – Sempre ocupa posição de destaque (Ocupa posição de Emenda Constitucional ou de norma supralegal). IMPORTANTE! É equiparado à Emenda o Tratado Internacional que verse sobre Direitos Humanos quando for aprovado com quórum referente ao Art. 5º, § 3º, da CF/88 (aprovação pelo Congresso Nacional, em dois turnos da votação, em cada casa, por 3/5 dos votos). Os demais Tratados de Direitos Humanos são equiparados à norma Supralegal. ATENÇÃO: No Brasil, o procedimento é em sentido estrito (bifásico): o Presidente assina e negocia o tratado, e, posteriormente, há o Referendo Parlamentar (Congresso Nacional). PARA FIXAR: Assinatura Retificação Ratificação Promulgação e publicação www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 3 Estrutura: 1. Título: sobre o que versa o tratado. Ex.: Convenção sobre direito das crianças e adolescentes; 2. Preâmbulo: sujeitos que fazem parte; 3. Considerandos: sobre o que versa; 4. Articulados: normas; 5. Fecho: discrimina o local, data, idioma (parte formal); 6. Assinatura: local onde representantes do sujeito (Estado ou Organização Internacional) realizam o ato de assinar para convalidar o tratado; 7. Anexos ou apêndices. Requisitos de validade: a) Capacidadedas partes: ser sujeito do Direito Internacional Público. b) Habilitação dos agentes signatários: no Brasil, a habilitação é do Presidente da República (podendo haver transferência deste poder). c) Consentimento mútuo: deve haver concordância das partes. d) Objeto lícito e possível. Extinção: Várias são as formas de extinção do tratado: consentimento mútuo, termo, execução integral do tratado, condição resolutória, redução do número de partes, denúncia, ab-rogação por outro tratado. Válido salientar, caro (a) aluno (a), que a denúncia é a principal forma de extinção, a mesma tem objetivo de validar a pretensão do Estado referente ao afastamento do tratado. Atualmente, a denúncia é um ato discricionário do Presidente da República. OBSERVAÇÃO: A terminologia do tratado será pactuada pelas partes, de forma livre e indiscriminada. Os principais exemplos são: convenção, ato, ata, acordo, tratado, pacto. ATENÇÃO: Há apenas dois tratados que ocupam posição de Emenda: Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e, o mais recente, o Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras Publicadas para Pessoas Cegas de 2013 (promulgado pelo Decreto n.º 9.522/2018). www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 4 C OAB – XXVII EOU | 2018: Em 14 de dezembro de 2009, o Brasil promulgou a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969, por meio do Decreto nº 7.030. A Convenção codificou as principais regras a respeito da conclusão, entrada em vigor, interpretação e extinção de tratados internacionais. Tendo por base os dispositivos da Convenção, assinale a afirmativa correta. A) Para os fins da Convenção, “tratado” significa qualquer acordo internacional concluído por escrito entre Estados e/ou organizações internacionais. B) Os Estados são soberanos para formular reservas, independentemente do que disponha o tratado. C) Um Estado não poderá invocar o seu direito interno para justificar o descumprimento de obrigações assumidas em um tratado internacional devidamente internalizado. D) Os tratados que conflitem com uma norma imperativa de Direito Internacional geral têm sua execução suspensa até que norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza derrogue a norma imperativa com eles conflitante. Comentários: Resposta correta: alternativa “C”. Alternativa A: INCORRETA Os tratados são acordos internacionais concluídos por escrito entre Estados, não envolvendo organizações internacionais como signatárias. Artigo 2, parágrafo 1, “a”, da Convenção de Viena. Alternativa B: INCORETA Ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir, os Estados podem formular reserva, EXCETO: a) se a reserva for proibida pelo tratado; b) se o tratado dispor que só possam ser formuladas determinadas reservas, entre as quais não figure a reserva em questão; ou c) nos casos não previstos nas alíneas “a” e “b”, se a reserva for incompatível com o objeto e a finalidade do tratado. Artigo 19 da Convenção de Viena. Alternativa C: CORRETA. Conforme dispõe o artigo 27 da Convenção de Viena. Alternativa D: INCORRETA. Segundo o artigo 53 da Convenção de Viena, “É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza.”. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 5 EXERCÍCIO: (FGV / TJ-RJ - 2014) A partir da Emenda Constitucional nº 45/2004, os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos: a) Sempre terão a natureza jurídica de lei, exigindo a sua aprovação, pelo Congresso Nacional e a promulgação, na ordem interna, pelo Chefe do Poder Executivo; b) Sempre terão a natureza jurídica de emenda constitucional, exigindo, apenas, que a sua aprovação, pelo Congresso Nacional, se dê em dois turnos de votação, com o voto favorável de dois terços dos respectivos membros; c) Podem ter a natureza jurídica de emenda constitucional, desde que a sua aprovação, pelo Congresso Nacional, se dê em dois turnos de votação, com o voto favorável de três quintos dos respectivos membros; d) Podem ter a natureza jurídica de lei complementar, desde que o Congresso Nacional venha a aprová-los com observância do processo legislativo ordinário; e) Sempre terão a natureza jurídica de atos de direito internacional, não se integrando, em qualquer hipótese, à ordem jurídica interna. Gabarito Oficial: Letra C. Vejamos: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo- se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. Alternativa A: Incorreta. Nem sempre terão a natureza jurídica de lei. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados mediante o artigo 5, CF, serão equivalente às emendas constitucionais, os demais são equiparados à norma Supralegal. Alternativa B: Incorreta. Necessário que se dê em dois turnos de votação, com o voto favorável de três quintos dos respectivos membros. Alternativa C: Correta. Referente ao artigo supramencionado. Alternativa D: Incorreta. Tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados mediante art. 5, CF, serão equivalente às emendas constitucionais, os demais são equiparados à norma Supralegal. Alternativa E. Incorreta. Nem sempre terão a natureza jurídica de atos de direito internacional. Grau de dificuldade: Médio. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 6 2. ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS: As organizações internacionais podem ser avaliadas como a associação voluntária de Estados e/ou de outras entidades, constituída por meio de um tratado, com o objetivo de buscar interesses comuns por intermédio de uma permanente cooperação entre seus membros. Características: a) Multilateralismo: É a possibilidade de associação de vários membros. b) Permanência: Em regra, as organizações internacionais são constituídas por tempo indeterminado. c) Institucionalização: Advém que por meio delas, se cria um espaço institucional de solução de conflitos e de relacionamento interestatal. Classificação: a) Quanto ao âmbito de participação: universais – qualquer Estado do mundo pode fazer parte – e regionais – limitada a determinada região. b) Quanto ao objeto: fim específico – relacionado a um único objeto – e fins gerais – englobam vários objetos. Órgãos: Após a Segunda Guerra Mundial se viu a necessidade de criar uma Organização que buscasse impedir mais um conflito como aquele, bem como efetuar a manutenção da paz e da segurança internacionais. Assim, foi criada, em 1945, a Organização das Nações Unidas, também conhecida pela sigla ONU, formada por países que se reuniram voluntariamente em busca de mecanismos que promovam o progresso das nações. As principais características são: Organização de âmbito universal, caráter permanente, intergovernamental e personalidade jurídica própria. Caro aluno, referente a este Órgão é importante salientar duas corporações presentesno mesmo. A primeira diz respeito à Assembleia Geral, a qual é considerada o principal órgão deliberativo da ONU, o qual também pode expulsar um Estado-membro que tenha violado os princípios da Carta das Nações Unidas,. O segundo é o Conselho de Segurança, o mesmo é formado por quinze Estados membros: 5 permanentes (Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia) e 10 rotativos (2 anos); há também um Conselho Quais são as características da ONU? www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 7 Econômico e Social, um conselho de Tutela, uma Corte Internacional de Justiça e um Secretariado. Além da ONU, há também o Fundo Monetário Internacional (FMI), que tem a finalidade básica de prestar auxílio emergencial a países em crise econômico-financeiro. Acordo de Bretton Woods, 1944; O Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD): tem a finalidade básica de prestar auxílio financeiro para projetos de longo prazo. Acordo de Bretton Woods, 1944 e a Organização Mundial do Comércio (OMC): tem a finalidade de estimular o comércio internacional como forma de desenvolvimento econômico e combater suas práticas desleais. EXERCÍCIO (FGV / OAB - 2013) Com base da Carta das Nações Unidas, assinale a afirmativa correta: a) A Assembleia Geral pode expulsar um Estado membro que tenha persistentemente violado os princípios da Carta das Nações Unidas, ouvido o Conselho de Segurança. b) Os principais órgãos das Nações Unidas são a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, a Organização Mundial do Comércio e a Corte Internacional de Justiça. c) As principais atribuições do Conselho de Segurança são a manutenção da paz internacional e a liberalização dos fluxos internacionais de comércio. d) Um Estado não pode se tornar membro da Corte Internacional de Justiça sem antes se tornar membro nas Nações Unidas. Gabarito Oficial: Letra A. Alternativa A: CORRETA. O Membro que houver violado persistentemente os princípios contidos na presente Carta, poderá ser expulso da Organização pela Assembleia Geral mediante recomendação do Conselho de Segurança. Alternativa B: INCORRETA. Órgãos principais das Nações Unidas: Assembleia Geral, Conselho de Segurança, Conselho Econômico e Social, conselho de Tutela, Corte Internacional de Justiça e Secretariado. Alternativa C: INCORRETA. Com o objetivo de assegurar pronta e eficaz ação por parte das Nações Unidas, seus Membros conferem ao Conselho de Segurança a principal responsabilidade na manutenção da paz e da segurança internacionais e concordam em que no cumprimento dos deveres impostos por essa responsabilidade o Conselho de Segurança aja em nome deles. Alternativa D: INCORRETA. Um Estado que não for Membro das Nações Unidas poderá tornar-se parte no Estatuto da Corte Internacional de Justiça, em condições que serão determinadas, em cada caso, pela Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança. Grau de dificuldade: Médio. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 8 3. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO: Caracterizada como um princípio de Direito Internacional, a imunidade exclui, em algumas ocasiões, a probabilidade de um Estado ou uma Organização Internacional, ser submetido à jurisdição e execução. Imunidade de jurisdição dos Estados: Caro (a) aluno (a), em virtude do princípio da igualdade soberana, o Direito Internacional desenvolveu essa regra de imunidade de jurisdição, com fundamento no costume internacional. Atualmente, existem duas correntes que ponderam acerca desta imunidade: CORRENTE IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO Clássica Os Estados gozam de imunidade total de jurisdição. Moderna Os Estados gozam de imunidade parcial de jurisdição. Nos atos de império-ato público- gozam de imunidade total; Atos de gestão- ato privado- gozam de imunidade parcial, principalmente na seara trabalhista. Imunidade de execução dos Estados: O STF já se posicionou no sentido de que esta imunidade deve ser absoluta, ou seja, mesmo no caso do Estado ser julgado, o mesmo não poderá ser executado. Imunidades das Organizações Internacionais: O fundamento da imunidade de jurisdição do Estado é o costume internacional. Essa imunidade de jurisdição rege-se pelo que se encontra efetivamente avençado nos referidos tratados, ou seja, o tratado que cria a organização é quem determina os benefícios da imunidade. Entretanto, o STF e o TST já decidiram sobre as imunidades da Organização das Nações Unidas, ambos posicionaram-se no sentido de que a ONU goza de imunidade de jurisdição, de execução e também na seara trabalhista. Na mesma seara, a Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Nações Unidas (Convenção de Londres), afirmou que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) tem imunidade absoluta de jurisdição, tal decisão foi ratificada no Brasil pelo Decreto 27.784/50. Par in parem non habet judicium → Entre pares não há jurisdição. ATENÇÃO: O Estado poderá ser executado caso haja renúncia de imunidade por parte deste. (Exceção) www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 9 Imunidade do agente diplomático: O agente diplomático é o Chefe ou um membro diplomático da Missão. O marco jurídico que regula esta imunidade é a Convenção de Viena, a qual dispõe para o agente a prerrogativa cível, penal e administrativa. Estado que envia: acreditante; Estado que recebe: acreditado. Relacionado a estes agentes, há três exceções, ambas derivadas apenas do Estado acreditado, ou seja, apenas o Estado que enviou poderá punir: a) uma ação real sobre imóvel privado situado no território do Estado acreditado, salvo se o agente diplomático o possuir por conta do Estado acreditado para os fins da missão. b) uma ação sucessória na qual o agente diplomático figure, a título privado e não em nome do Estado, como executor testamentário, administrador, herdeiro ou legatário. c) uma ação referente a qualquer profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo agente diplomático no Estado acreditado fora de suas funções oficiais. EXERCÍCIO (FGV / OAB - 2014) Um agente diplomático comete um crime de homicídio no Estado acreditado. A respeito desse caso, assinale a afirmativa correta. a) Será julgado no Estado acreditado, pois deve cumprir as leis desse Estado. b) Poderá ser julgado pelo Estado acreditado desde que o agente renuncie a imunidade de jurisdição. c) Em nenhuma circunstância pode ser julgado pelo Estado acreditado. d) Poderá ser julgado pelo Estado acreditado, desde que o Estado acreditante renuncie expressamente à imunidade de jurisdição. Gabarito Oficial: Letra D. Alternativa A: INCORRETA. Para que seja julgado, deverá haver a renuncia à imunidade. Alternativa B: INCORRETA. Apenas o Estado acreditante pode renunciar à imunidade. Alternativa C: INCORRETA. Poderá ser julgado, desde que haja a renúncia à imunidade. ATENÇÃO: Apenas o Estado acreditante pode renunciar a imunidade à jurisdição e execução do agente. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 10 Alternativa D: CORRETA. Após o Estado acreditante renunciar expressamente à imunidade de jurisdição, o mesmo poderá ser julgado. Grau de dificuldade: Alto. 4. NACIONALIDADE: Querido (a) aluno (a), é de extrema importância traçar um debate sobre a nacionalidade, cujo ponto de vista jurídico-político, une o indivíduo ao Estado. Espécies: a) Primária ou originária: É aquela advinda do nascimento. Poderá ser ius sanguinis (a nacionalidade do ascendente determina a nacionalidade do descendente); ius soli (a nacionalidade é uma consequência do lugar do nascimento);ou critério misto (a nacionalidade é a junção do ius sanguinis com o ius soli, ou seja, há a uma união das nacionalidades admitindo que o indivíduo tenha duas). b) Secundária: É a adquirida após o nascimento. Conflito de nacionalidade: a) Positivo: o indivíduo tem mais de uma nacionalidade, também chamado de polipátrida; b) Negativo: o indivíduo não possui nenhuma nacionalidade, também chamado de apátrida. Esse caso é intolerável pelo art. XV da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), o qual assegura que toda pessoa tem direito a uma nacionalidade, proibindo que seja arbitrariamente dela privada ou impedida de mudá-la. Brasileiro nato e naturalizado: o Brasileiros natos: No território brasileiro, em regra, é adotado o critério da nacionalidade decorrente do nascimento em solo brasileiro, ou seja, o indivíduo que nasceu no Brasil possui a nacionalidade brasileira. Exceção: nos casos em que ambos os pais forem estrangeiros e um deles estiver a serviço oficial do seu país de origem. De acordo com o artigo 12, I, CF, é admissível também o critério ius sanguinis para dois casos: ATENÇÃO: O Brasil adota o critério misto (espécie originária). www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 11 1. Nascido no estrangeiro, mas que seja filho de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil. 2. Nascido no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. o Brasileiros naturalizados: Já os brasileiros naturalizados são os estrangeiros que pleitearam obter a nacionalidade brasileira. Pode ser adquirida por duas maneiras: 1. Ordinária: Prevista no art. 12, II, ‘a’, CF/88 – forma mais facilitada de aquisição nacionalidade brasileira, disciplinada, atualmente, pela Lei de Migração (Lei n.º 13.445/2017). ** Para as pessoas originárias de países de língua portuguesa, exige-se apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral. Condições para a concessão de naturalização ordinária, segundo o art. 65 da Lei de Migração: I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira; II - ter residência em território nacional, pelo prazo mínimo de 4 (quatro) anos; III - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; e IV - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei. IMPORTANTE! Segundo dispõe o art. 66 da citada lei, “o prazo de residência fixado no inciso II do caput do art. 65 será reduzido para, no mínimo, 1 (um) ano se o naturalizando preencher quaisquer das seguintes condições: [...] II - ter filho brasileiro; III - ter cônjuge ou companheiro brasileiro e não estar dele separado legalmente ou de fato no momento de concessão da naturalização; [...] V - haver prestado ou poder prestar serviço relevante ao Brasil; ou VI - recomendar-se por sua capacidade profissional, científica ou artística. Parágrafo único. O preenchimento das condições previstas nos incisos V e VI do caput será avaliado na forma disposta em regulamento”. 2. Extraordinária: Prevista no art. 12, II, ‘b’, CF/88, afirma que os estrangeiros de qualquer nacionalidade e residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal podem adquirir a nacionalidade brasileira, desde que a requeiram. 3. Especial: nos exatos termos do art. 68 da Lei de Migração, é aquela concedida ao estrangeiro que se encontre em uma das seguintes situações: a) seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5 (cinco) anos, de integrante do Serviço Exterior Brasileiro em atividade ou de pessoa a www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 12 serviço do Estado brasileiro no exterior; ou b) seja ou tenha sido empregado em missão diplomática ou em repartição consular do Brasil por mais de 10 (dez) anos ininterruptos. Requisitos: possuir capacidade civil, segundo a lei brasileira; comunicar- se em língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; e não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei. 4. Provisória: art. 70 da Lei de Migração – “[...] poderá ser concedida ao migrante criança ou adolescente que tenha fixado residência em território nacional antes de completar 10 (dez) anos de idade e deverá ser requerida por intermédio de seu representante legal. Parágrafo único. A naturalização prevista no caput será convertida em definitiva se o naturalizando expressamente assim o requerer no prazo de 2 (dois) anos após atingir a maioridade”. Cumpre, por fim, salientar que uma vez naturalizada brasileira, a pessoa possui todos os deveres e direitos concedidos ao brasileiro nato, exceto o exercício de algumas funções públicas, como: Presidente e Vice-Presidente da República; Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado Federal; Ministro do Supremo Tribunal Federal; carreira diplomática; oficial das Forças Armadas; Ministro de Estado da Defesa. Perda da nacionalidade brasileira: A perda da nacionalidade atinge tanto o brasileiro nato quanto o naturalizado. O primeiro caso decorre do fato do brasileiro adquirir outra nacionalidade através de uma naturalização voluntária, já o segundo ocorre na hipótese de sentença judicial. ATENÇÃO: O brasileiro nato perde a sua nacionalidade caso adquira outra nacionalidade, salvo nos casos: a) Reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) Imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro que reside em estado estrangeiro, como condição para permanecer no território ou para o exercício de direitos civis. No caso da perda da nacionalidade em decorrência da sentença judicial, é necessário mais algum requisito? www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 13 O STF entende que somente poderá ser por sentença judicial transitada em julgado e não por ato administrativo. Ou seja, não basta apenas que haja a sentença judicial para que o indivíduo deixe de incorporar a naturalização brasileira, posto que a mesma também deva estar transitada em julgado. EXERCÍCIO (FGV / OAB - 2016) Carlos, brasileiro naturalizado, tendo renunciado à sua anterior nacionalidade, casou-se com Tatiana, de nacionalidade alemã. Em razão do trabalho na iniciativa privada, Carlos foi transferido para o Chile, indo residir lá com sua mulher. Em 15/07/2011, em território chileno, nasceu a primeira filha do casal, Cláudia, que foi registrada na Repartição Consular do Brasil. A teor das regras contidas na Constituição Brasileira de 1988, assinale qual a situação de Cláudia quanto à sua nacionalidade. a) Cláudia não pode ser considerada brasileira nata, em virtude de a nacionalidade brasileira de seu pai ter sido adquirida de modo derivado e pelo fato de sua mãe ser estrangeira. b) Cláudia é brasileira nata, pelo simples fato de o seu pai, brasileiro, ter se mudado por motivo de trabalho. c) Cláudia somente será brasileira nata se vier a residir no Brasil e fizer a opção pela nacionalidade brasileira após atingir a maioridade. d) Cláudia é brasileira nata, não constituindo óbice o fato de o seu pai ser brasileiro naturalizado e sua mãe, estrangeira. Gabarito Oficial: Letra D. Alternativa A: INCORRETA. Caso um dos pais deverá seja brasileiro (nato ou naturalizado), o seu descendente poderá ser brasileiro nato. Alternativa B: INCORRETA. O pai foi transferido por empresa privada, ou seja, ele não está a serviço da República Federativa do Brasil. Alternativa C: INCORRETA. Jápode ser considerada brasileira nata. Alternativa D: CORRETA. Neste caso, não há óbice. Grau de dificuldade: Médio. 5. CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO: Válido destacar, querido (a) candidato (a), a Lei nº 6.815/80, também denominada Estatuto do Estrangeiro (regulamentadora dos institutos da admissão e entrada do estrangeiro em território nacional, além das questões referentes a visto e sua respectiva transformação, deportação, expulsão, extradição, dentre outros) foi integralmente revogada pela Lei da Migração (Lei n.º 13.445/2017). www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 14 Dentre as condições jurídicas presentes na figura do estrangeiro, vamos estudar cinco delas: deportação, expulsão e extradição (saída involuntária), trabalho estrangeiro e vistos. Vamos juntos? a) Deportação: Oriunda de irregularidade migratória irregular em território nacional, seja na entrada do estrangeiro no território brasileiro (ex.: escondido no navio), seja em sua estadia no Brasil (ex.: esgotou-se o prazo de permanência e o estrangeiro continua no país), a deportação consiste na retirada compulsória da pessoa que se encontra em situação de irregularidade. O deportado só poderá reingressar no território nacional se ressarcir o Tesouro Nacional, com correção monetária, das despesas com a sua deportação e efetuar, se for o caso, o pagamento da multa devida à época, também corrigida. Obs.: A autoridade competente para a deportação é a Polícia Federal. b) Expulsão: Outra medida administrativa de retirada compulsória de estrangeiro do território nacional. Essa é conjugada com o impedimento de reingresso por prazo determinado, sendo a sua causa a condenação com sentença transitada em julgado relativa à prática de: I - crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto no 4.388, de 25 de setembro de 2002; ou II - crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade, consideradas a gravidade e as possibilidades de ressocialização em território nacional. Obs.: segundo o disposto no § 2º do art. 54, “caberá à autoridade competente resolver sobre a expulsão, a duração do impedimento de reingresso e a suspensão ou a revogação dos efeitos da expulsão, observado o disposto nesta Lei”. Ainda, nos termos do § 4º do citado dispositivo legal, “o prazo de vigência da medida de impedimento vinculada aos efeitos da expulsão será proporcional ao prazo total da pena aplicada e nunca será superior ao dobro de seu tempo”. c) Extradição: Decorre da entrega, por um Estado a outro, a pedido desse, do indivíduo que deve cumprir pena ou responder a processo penal em seu território. Em regra, o fundamento jurídico de todo pedido de extradição é um tratado entre os dois Estados; na falta desse, poderá ser atendido mediante reciprocidade. Para entender melhor o tema, sugerimos a leitura dos arts. 81 a 99 da Lei de Migração (Lei n.º 13.445/2017). “Em caso de reingresso de extraditando foragido, não é necessária nova decisão jurisdicional acerca da entrega, basta a emissão de ordem judicial” (STF Ext 1225/DF, Info 885). Desse modo, o indivíduo que, extraditado, foge do país a que foi entregue e retorna ao Brasil, deverá ser preso e entregue novamente, após emissão de ordem judicial nesse sentido (não é necessário novo processo de extradição, bastando nova decisão determinando a prisão e viabilizando a entrega). www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 15 Obs.: O tratado de extradição deve ser submetido ao STF; se esse entender que a extradição é legítima (requisitos de admissibilidade), o governo deverá efetivá- la. C OAB – XXV EOU | 2018: Jean Oliver, nascido em Paris, na França, naturalizou-se brasileiro no ano de 2003. Entretanto, no ano de 2016, foi condenado, na França, por comprovado envolvimento com tráfico ilícito de drogas (cocaína), no território francês, entre os anos de 2010 e 2014. Antes da condenação, em 2015, Jean passou a residir no Brasil. A França, com quem o Brasil possui tratado de extradição, requer a imediata extradição de Jean, a fim de que cumpra, naquele país, a pena de oito anos à qual foi condenado. Apreensivo, Jean procura um advogado e o questiona acerca da possibilidade de o Brasil extraditá-lo. O advogado, então, responde que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, a extradição A) não é possível, já que, a Constituição Federal, por não fazer distinção entre o brasileiro nato e o brasileiro naturalizado, não pode autorizar tal procedimento. B) não é possível, pois o Brasil não extradita seus cidadãos nacionais naturalizados, por crime comum praticado após a oficialização do processo de naturalização. C) é possível, pois a Constituição Federal prevê a possibilidade de extradição em caso de comprovado envolvimento com tráfico ilícito de drogas, ainda que praticado após a naturalização. D) é possível, pois a Constituição Federal autoriza que o Brasil extradite qualquer brasileiro quando comprovado o seu envolvimento na prática de crime hediondo em outro país. Comentários: Resposta correta: alternativa “C”. Fundamento: art. 5º, LI, da CF/88. Alternativa A: INCORRETA, porquanto, em relação à extradição, a CF/88 confere tratamento distinto a brasileiros natos e naturalizados, de modo que os primeiros não serão extraditados, enquanto os últimos podem ser extraditados nas hipóteses previstas no seu art. 5º, LI. Alternativa B: INCORETA, pois em se tratando de crime comum, a CF/88 autoriza a extradição de brasileiros naturalizados apenas se o crime houver sido praticado ANTES da naturalização. Alternativa C: CORRETA. Essa hipótese encontra-se prevista no art. 5º, LI, da CF/88, sendo aplicável aos brasileiros naturalizados. Alternativa D: INCORRETA, pois não se admite a extradição de brasileiro nato, em qualquer hipótese. PARA FIXAR: Deportação: Encontra-se de forma irregular. Saída involuntária Expulsão: Ofensa aos interesses nacionais. Extradição: Solicitação de um Estado estrangeiro. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 16 Visto: Caro (a) aluno (a), o visto é documento concedido por embaixadas, consulados-gerais, consulados, vice-consulados e, quando habilitados pelo órgão competente do Poder Executivo, por escritórios comerciais e de representação do Brasil no exterior, tratando-se de documento que confere a seu titular expectativa de ingresso em território nacional, observando as disposições contidas no art. 6º e seguintes da Lei n.º 13.445/2017, bem como no respectivo regulamento. 6. DIREITO DO MAR: O dispositivo que rege sobre o direito do mar é a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Tem o intuito de estabelecer um regime legal abrangente para os mares e oceanos e, no que concerne às questões ambientais, estabelecer normas práticas relativas aos padrões ambientais, assim como o cumprimento dos dispositivos que regulamentam a poluição do meio ambiente marinho; a pirataria; promover a utilização equitativa e eficiente dos recursos naturais, bem como sua a proteção e a preservação. A Convenção reduziu o mar litoral para 12 milhas marítimas (22 km). Em contrapartida, garantiu aos Estados costeiros a exploração econômica exclusiva numa aérea de 200 milhas marítimas. a) águas interiores: Nas águas interiores, o estado costeiro exerce sua soberania de forma plena sem estar sujeito qualquer limitação da ordem jurídica internacional. Nesse sentido, águas interiores abrangem tanto as águas doces dos rios, lagos e poços existentes no território do país. b) zona contígua: O Estado costeiro tem o direito de adotar medidas de fiscalização. c) Zonaeconômica exclusiva (ZEE): Abrange à produção de energia da água, das correntes e dos ventos, além de abranger jurisdição para o estabelecimento e a utilização de ilhas artificiais, para investigação cientifica marinha e preservação do meio ambiente marinho (extensão de 200 milhas). Embarcações: a) Embarcações públicas brasileiras (ou a serviço oficial do Brasil): Aplica-se a lei brasileira onde quer que se encontrem. b) Embarcações privadas brasileiras (ou públicas quando utilizadas para fins comerciais): Aplica-se a lei brasileira se estiverem em território nacional ou em alto-mar. Obs.: Estando em águas estrangeiras, em regra, aplica a lei do Estado costeiro. c) Embarcações públicas estrangeiras (ou a serviço oficial do governo estrangeiro): São amparadas pela lei do seu país de origem, não lhes sendo aplicada a lei brasileira mesmo se em águas nacionais (costume internacional). d) Embarcações privadas estrangeiras: somente se lhes aplica a lei brasileira se estiverem ancoradas ou em trânsito em território nacional. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 17 Admite-se a passagem inocente das embarcações. EXERCÍCIO Segundo a Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar, o Brasil pode explorar os recursos minerais da plataforma continental, observados os seguintes limites: a) do mar territorial, de 12 milhas marítimas. b) do mar territorial, de 200 milhas marítimas. c) o bordo exterior da plataforma continental ou 200 milhas marítimas. d) o bordo exterior da plataforma continental. e) da Zona Econômica Exclusiva de 188 milhas marítimas. Gabarito Oficial: Letra C. Vejamos: PLATAFORMACONTINENTAL: "A plataforma continental de um Estado costeiro compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural do seu território terrestre, até ao bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância." (CNUDM, art. 76, par. 1) Alternativa A: INCORRETA. Alternativa B: INCORRETA. Alternativa C: CORRETA. Alternativa D: INCORRETA. Grau de dificuldade: Médio 7. SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS: Caro candidato, devemos ter em mente, inicialmente, sobre a possibilidade da existência de conflito de interesses entre dois ou mais Estados. No trato das relações diplomáticas, o que prevalecia era o costume, ou seja, uma série de regras e comportamentos não codificados, que foram sendo construídos ao longo dos séculos e eram aceitáveis, entendidos e previsto por todos os Estados. ATENÇÃO: Admite-se a passagem inocente das embarcações, ou seja, há o direito simples passagem, entretanto a embarcação não pode cometer ato que descumpra normas estabelecidas pelo Estado. Ex.: a embarcação deve preservar o meio ambiente sob pena de sanção estatal. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 18 Importante destacar que as normas estabelecidas pelos Estados estão direcionadas às buscas da manutenção da paz. Os meios pacíficos de soluções de controvérsias podem ser agrupados de várias formas, como por exemplo, os meios facultativos ou obrigatórios. Modalidades de meios de solução: Atualmente existem diversos meios de soluções pacíficos, são eles: a) Negociação: entendimento direto entre os Estados. b) Inquérito: esclarece fatos conflituosos para uma futura solução. c) Consulta: contatos preliminares. e) Mediação: envolvimento de um terceiro que aproxima as partes e propõe solução pacífica para o conflito. d) Bons ofícios: oferta espontânea a de um terceiro para colaborar na solução. f) Conciliação: atuação de um órgão de mediação ou comissão de conciliação formado por representantes das partes em conflitos e por pessoa neutra – formulação de uma proposta. Em regra, a força é proibida para solucionar conflito, porém há uma exceção: legítima defesa. EXERCÍCIO O litígio que envolve Estados e organizações internacionais, podendo ser de natureza econômica, política ou meramente jurídica, é conceituado como controvérsia internacional. Acerca dos meios diplomáticos para soluções pacíficas de controvérsias internacionais, assinale a afirmativa correta. a) A negociação é um mecanismo que conta com o envolvimento de um terceiro, cuja função é propor uma solução pacífica para o conflito entre as partes. b) Os bons ofícios caracterizam-se pela oferta espontânea de um terceiro que colabora com a solução de controvérsias podendo ser um Estado, um organismo internacional ou uma autoridade. c) A mediação caracteriza-se pelo envolvimento de um terceiro, que somente pode ser pessoa natural. d) A conciliação é muito semelhante à mediação. Entretanto, caracteriza-se pela possibilidade de atuar como mediador pessoa natural, Estado ou organismo internacional. Pode ser utilizada a força para solucionar controvérsia? www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 19 Gabarito Oficial: Letra B. Alternativa A: INCORRETA. A negociação se dar apenas entre meios diplomáticos. Alternativa B: CORRETA. Alternativa C: INCORRETA. Consiste na interposição de um (mediação individual) ou mais Estados (mediação coletiva), entre outros Estados para se solucionar pacificamente um litígio. Alternativa D: INCORRETA. É resolvida por um órgão colegiado. Cada um dos Estados indica dois integrantes de sua confiança para integrar uma comissão de conciliação, sendo que um deles é um nacional seu. Esses quatro indicarão um quinto, para ser o presidente da comissão e desempatar o voto. Grau de dificuldade: Médio DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO: O Direito Internacional Privado, estuda a escolha da norma a ser aplicada a uma relação jurídica com conexão internacional. Tem, como objeto de seu estudo, pela doutrina mais ampla, a nacionalidade, a condição jurídica do estrangeiro, o conflito das leis no espaço e o conflito de jurisdições. 8. COMPETÊNCIA INTERNACIONAL: Caro (a) aluno (a), inicialmente deve-se analisar se o juiz brasileiro é competente para julgar o caso. Tal competência está elencada nos artigos 21, 22 e 23 do CPC, os dois primeiros dispõem sobre a competência concorrente, já o último dispõe sobre a competência exclusiva. Após analisar o caso e verificar a competência do juiz brasileiro, devemos avaliar qual o legislação estadual a ser aplicada. Ou seja, o juiz brasileiro ao ser competente para julgar o caso, poderá utilizar a lei brasileira ou a lei de outro Estado. Para saber qual é a localização da sede jurídica, deve-se analisar o caso sob três situações jurídicas: 1. Questão pessoal: a sede jurídica deverá ser o domicílio da pessoa. 2. Questão real: a sede jurídica deverá ser o local do objeto. 3. Questão formal: a sede jurídica que foi constituída a obrigação. Querido (a) candidato (a), para que haja uma melhor explanação, vejamos um exemplo: o Brasil e a Argentina firmam um contrato no México, acontece que o sócio argentino não é competente para realizar um acordo (cláusula formal), neste caso, o juiz brasileiro é competente para julgar o caso, entretanto como o acordo foi firmado no México utiliza o quesito formal (onde a obrigação foi constituída), logo o juiz brasileiro tomará a decisão baseada na lei mexicana. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 20 EXERCÍCIO A sociedade empresária brasileira do ramo de comunicação Personalidades celebrou contrato internacional de prestação de serviços de informática, no Brasil, com a sociedade empresária uruguaia Sacramento. O contratofoi celebrado em Caracas, capital venezuelana, tendo sido estabelecido pelas partes, como foro de eleição, Montevidéu. Diante da situação exposta, à luz das regras do Direito Internacional Privado veiculadas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e no Código de Processo Civil, assinale a afirmativa correta. a) No tocante à regência das obrigações previstas no contrato, aplica-se a legislação uruguaia, já que Montevidéu foi eleito o foro competente para se dirimir eventual controvérsia. b) Para qualificar e reger as obrigações do presente contrato, aplicar-se-á a lei venezuelana. c) Como a execução da obrigação avençada entre as partes se dará no Brasil, aplica-se, obrigatoriamente, no tocante ao cumprimento do contrato, a legislação brasileira. d) Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro veda expressamente o foro de eleição, razão pela qual é nula ipse jure a cláusula estabelecida pelas partes nesse sentido. Gabarito Oficial: Letra B. Vejamos: ART. 9 LINDB: Para qualificar e reger as obrigações é aplicada a lei do país em que se constituírem. Alternativa A. Incorreta. O contrato foi celebrado na Venezuela, sendo assim, aplicar-se-á a Lei Venezuelana para qualificação e regência das obrigações. Alternativa B. Correta. O art. 9 LINDB que diz que em se tratando de obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. Alternativa C. Incorreta. O contrato foi celebrado na Venezuela, sendo assim, aplicar-se-á a Lei Venezuelana para qualificação e regência das obrigações. O Brasil é apenas o local do foro para dirimir cumprir o contrato. Alternativa D. Incorreta. A escolha do foro para dirimir as questões emergentes de contratos internacionais diz como antecipar o problema de fixar o órgão PRA FIXAR: 1º: Analisa se o juiz é competente. 2º: Analisa qual será a lei aplicável: Questão pessoal, real ou formal. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 21 jurisdicional mediador da partes em eventual disputa, e não como as normas de Direito disciplinadoras do conteúdo material da relação jurídica. Grau de dificuldade: Médio. 4. CONFLITOS DE LEI NO ESPAÇO: Querido (a) aluno (a), o conflito de leis no espaço provém de dois fatores: a diversidade legislativa (cada sistema jurídico, autônomo e soberano, dá tratamento diferente a aspectos sociais) e a existência de uma sociedade transnacional (relações entre indivíduos vinculados a sistemas jurídicos diferentes). Se existisse um direito absolutamente uniforme ou sociedades herméticas, não existiria o “fato anormal” (fato jurídico vinculado, por qualquer de seus elementos, a mais de um ordenamento), que gera o conflito de leis. Em geral, aplica-se a regra do direito pátrio, já o direito estrangeiro é aplicado, por exceção, quando for determinado expressamente pela legislação interna. A legislação brasileira que regula o direito internacional privado, a Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro (LINDB), adota como regra a lei do país em que era domiciliado o defunto para regular a sucessão por morte, tendo o legislador adotado o critério da lei pessoal do falecido. Tendo o Brasil recebido um grande fluxo de imigrantes, permitir a aplicação da lei de nacionalidade impediria essa integração dos estrangeiros com o sistema brasileiro. Assim, para efeitos de direito internacional privado, o domicílio, neste caso, deve ser analisado sobre o prisma do direito interno residência com animus definitivo. Entretanto, nos casos em que a pessoa não tenha domicílio ou este seja desconhecido, deve-se aplicar a lei do país onde o indivíduo tenha residência ou, por fim, do local onde a pessoa se encontre. Contudo, caso a lei nacional do de cujus for mais favorável, o inventário será feito no exterior e a sentença deverá ser homologada no Brasil para que produza efeitos. Por esta razão, no caso do inventário processado no Brasil, a regra traz consigo uma exceção, a qual dispõe que deve prevalecer lei mais benéfica ao cônjuge e aos descendentes de nacionalidade Brasileira (§ 1º do art. 10 da LINDB): “§ 1º – A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.” Outra norma importante dispõe que “a lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família” (art. 7º, caput, da LINDB), enquanto que “para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados” (art. 8º, caput, do mesmo diploma legal). Já em relação à qualificação e regência das obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem (art. 8º, caput, da citada lei). B OAB – XXV EOU | 2018: Paulo, brasileiro, celebra no Brasil um contrato de prestação de serviços de consultoria no Brasil a uma empresa pertencente a François, francês residente em Paris, para a realização de investimentos no mercado imobiliário brasileiro. O contrato possui uma www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 22 cláusula indicando a aplicação da lei francesa. Em ação proposta por Paulo no Brasil, surge uma questão envolvendo a capacidade de François para assumir e cumprir as obrigações previstas no contrato. Com relação a essa questão, a Justiça brasileira deverá aplicar A) a lei brasileira, porque o contrato foi celebrado no Brasil. B) a lei francesa, porque François é residente da França. C) a lei brasileira, país onde os serviços serão prestados. D) a lei francesa, escolhida pelas partes mediante cláusula contratual expressa. Comentários: Resposta correta: alternativa “B”. Fundamento: art. 7º da LINDB EXERCÍCIO (OAB/FGV – 2012) José, de nacionalidade brasileira, era casado com Maria, de nacionalidade sueca, encontrando-se o casal domiciliado no Brasil. Durante a viagem de “lua de mel”, na França, Maria, após o jantar, veio a falecer, em razão de uma intoxicação alimentar. Maria, quando ainda era noiva de José, havia realizado testamento em Londres, dispondo sobre os seus bens, entre eles dois imóveis situados no Rio de Janeiro. À luz das regras de Direito Internacional Privado, assinale a afirmativa correta. a) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à observância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação brasileira, pois Maria encontrava- se domiciliada no Brasil. b) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à observância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação ATENÇÃO: A competência concorrente admite que a questão seja simultaneamente analisada no Brasil e no exterior. A sentença estrangeira, uma vez homologada, torna-se apta a gerar efeitos no território nacional. TÓPICO SÍNTESE: Para o Direito Internacional Privado (DIPr) interessa as sucessões que possuam algum liame transnacional, seja pela nacionalidade dos envolvidos na sucessão, seja pela localização geográfica dos bens ou ainda pela diversidade entre o país da feitura do testamento e aquele em que se deu a abertura da sucessão. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 23 inglesa, local em que foi realizado o ato de disposição de última vontade de Maria. c) A autoridade judiciária brasileira não é competente para proceder ao inventário e à partilha de bens, porquanto Maria faleceu na França, e não no Brasil. d) Se houver discussão acerca do regime sucessório, deverá ser aplicada a legislação sueca, em razão da nacionalidade do de cujus. Gabarito Oficial: Letra B. Alternativa A. Incorreta. Deverá seraplicada a legislação inglesa, não a brasileira, pois as obrigações convencionais e as decorrentes de atos unilaterais, serão regidas, quanto à forma, pela lei do local onde se originaram. Alternativa B. Correta. Já que o testamento foi realizado em Londres, a legislação inglesa será aplicável no que concerne às formalidades do ato. Nos termos do art. 9º caput da LINDB, é a do lugar onde o ato foi constituído. Alternativa C. Incorreta. A autoridade será competente para proceder ao inventário e à partilha dos bens situados no Brasil, já que nosso ordenamento jurídico prevê a competência absoluta em relação aos bens. Nesse sentido, o CPC, em seu art. 89, dispõe que: “Compete a autoridade jurídica brasileira, com exclusão de qualquer outra(...) II- proceder a inventario e partilha dos bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional’’. Alternativa D. Incorreta. A alternativa refere-se à regra geral da sucessão internacional prevista no caput do art. 10 da LINDB, segundo a qual o regime sucessório será o da lei do país do último domicílio do falecido. Deste modo, não importa qual a nacionalidade do de cujos, nem mesmo a natureza ou situação dos bens. Grau de dificuldade: Alto. 5. COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL: A cooperação jurídica internacional pode ser entendida como um modo formal de solicitar a outro país alguma medida judicial, investigativa ou administrativa necessária para um caso concreto em andamento. Dar-se-á de três maneiras: Carta rogatória: Pedidos feitos pelo juiz de um Estado ao Judiciário de outro ente estatal, com o objetivo de buscar colaboração para prática de atos processuais. Auxílio direto: Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido. Compete ao juízo federal do www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 24 lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional. Autoridade central: Trata-se de um ponto unificado de contato para a tramitação dos pedidos de cooperação jurídica internacional, com vistas à efetividade e à celeridade desses pedidos. No Brasil, o Ministério da Justiça exerce essa função para a maioria dos acordos internacionais em vigor. EXERCÍCIO Uma agricultora japonesa residente no Brasil ingressou com ação perante a autoridade judiciária do Japão para cobrar indenização de seu principal fornecedor de pesticidas, a brasileira Ervas Daninhas S.A., alegando descumprimento dos termos de um contrato de fornecimento celebrado entre as partes. A agricultora recentemente obteve uma decisão interlocutória a seu favor, reconhecendo a Ervas Daninhas S.A. como devedora. Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta. a) A decisão da autoridade judiciária japonesa poderá ser executada no Brasil por meio de carta rogatória. b) A decisão interlocutória da autoridade judiciária japonesa poderá ser executada no Brasil, depois de homologada pelo Superior Tribunal de Justiça. c) A decisão proferida pela autoridade judiciária japonesa não poderá produzir efeitos no Brasil, visto que apenas a autoridade brasileira poderá conhecer de ações relativas a bens situados no Brasil. d) A agricultora deverá aguardar o trânsito em julgado da decisão final da autoridade judiciária japonesa, para então proceder à sua homologação no Superior Tribunal de Justiça e execução na Justiça Federal. Gabarito Oficial: Letra A. Alternativa A. Correta. Será expedida carta rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica internacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro; para, posteriormente, ser executada no Brasil a decisão da autoridade judiciária. Alternativa B. Incorreta. Não há necessidade de ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça. Alternativa C. Incorreta. A sentença poderá produzir efeitos no Brasil, desde que a parte desde que a parte utilize a carta rogatória. Alternativa D. Incorreta. Após a decisão da autoridade judiciária, poderá ser executada diretamente no Brasil através de carta rogatória. Grau de dificuldade: Médio. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 25 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: MASSON, Nathalia. Direito Constitucional prática para aprovação, 2º fase OAB. Juspodvim, 5. Ed. 2017. PLETSCH, Anelise Ribeiro. Como se preparar para o exame de Ordem: Internacional. Editora Método. 6. Ed. 2014. NÁPOLI, Edem. Direito Constitucional - Resumo para Concursos. 2. ed. Salvador: Juspodvim 1. TRATADOS: 2. ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS: 3. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO: 4. NACIONALIDADE: 5. CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO: 6. DIREITO DO MAR: 7. SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS: 8. COMPETÊNCIA INTERNACIONAL: 4. CONFLITOS DE LEI NO ESPAÇO: 5. COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL:
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