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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CENTRO DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO FACULDADE DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS LARA OLIVEIRA SCHIMITI 20080487 LARISSA CRISTINA BASSETO DE GOIS 20125506 LETICIA B. FERNANDES DE SOUSA 17147836 LETICIA M. SAVATIN 20042321 LUCAS DRAGONETI JORGE 20014940 LUIZ E. VIEIRA CESTARI 20131660 A GUERRA DO GOLFO PÉRSICO CAMPINAS 2020 RESUMO O trabalho aborda as tensões causadas na região do Oriente Médio no contexto da Guerra do Golfo. Entre os principais fatos analisados estão a influência e controle dos Estados Unidos nessa região, com o surgimento de uma Nova Ordem Mundial no mundo pós - Guerra Fria, com a ascensão dos Estados Unidos como uma superpotência. Um outro importante fator determinante para a Guerra do Golfo está ligado aos interesse dos norte – americanos e da anexação da região do Kuwait pelos iraquianos. Nesse período o Iraque estava sob o governo de Saddam Hussein, que ordenou a invasão na região do Kuwait no ano de 1990, tendo como resposta a declaração de guerra ao Iraque pelo presidente George Bush e o envio de tropas militares dos Estados Unidos na região, com o objetivo de proteger as reservas petrolíferas. O conflito de interesses econômicos e geopolíticos entre os dois países, juntamente com seus antecedentes descritos no texto a seguir, deram origem à Guerra do Golfo. Palavras-chave: Guerra do Golfo. Oriente Médio. Estados Unidos. Interesses Econômicos. ABSTRACT The paper deals with tensions caused in the Middle East region in the context of the Gulf War. There are, among the main analysed facts, the United States influence and control in this region, with the emergence of a New World Order in the post-Cold War world, in order to ascend as a superpower. Another determinant issue for the Gulf War is linked to American interests and the annexation of the Kuwait region by Iraqis. At that period, Iraq was governed by Saddam Hussein, who ordered an invasion in the Kuwait region in 1990. As a response, the President George Bush's declared war against Iraq and sent US military troops to the region, with the objective of protecting the oil reserves. The conflict of economic and geopolitical interests between the two countries, combined with their background heard in the following text, gave rise to the Gulf War. Descriptions: Gulf War. Middle East. United States. Conflict of Economic. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO/ ANTECEDENTES 1 1. 1 GOVERNO TRUMAN 3 1.2 IMPERIALISMO DOS ESTADOS UNIDOS 4 2. DESENVOLVIMENTO 5 2.1 RELAÇÃO EUA COM O MUNDO 5 2.2 RELAÇÕES EXTERNAS EUA: IRAQUE E KUWAIT 5 3. DESENVOLVIMENTO- GUERRA 7 3.1 COMO OCORREU A GUERRA DO GOLFO 7 3.2 POSTERIOR À GUERRA 9 3.3. PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS NO CONFLITO 9 3.4 BALANÇA DE PODER 10 3.5 TECNOLOGIA ARMAMENTISTA 11 4. CONCLUSÃO 13 5. REFERÊNCIAS 14 1 1. INTRODUÇÃO/ ANTECEDENTES O ano era 1980, e os Estados Unidos da América, já sendo um país com uma importante influência mundial, era governado pelo então presidente James Earl Carter (1977-1981), que precedeu uma grande revelação ao mundo no seu discurso do dia 23 de janeiro de 1980, chamado de ‘’The State of Union’’, uma resposta em relação à tentativa da URSS de intervenção no Afeganistão, a qual declarava que os soviéticos não obteriam uma hegemonia na região do Golfo Pérsico, já que ambos os estados eram adversários na Guerra Fria. O Golfo Pérsico, era de grande importância e vitalidade para os EUA, principalmente no seu fornecimento de petróleo e na geopolítica, pois sempre houve um interesse norte-americano unicamente comercial sobre as terras do Golfo Pérsico, devido a sua vasta reserva de petróleo, sendo situada naquela região do Oriente Médio. Ao longo dos anos, o interesse foi crescendo visivelmente, já que o plano era garantir o direito às fontes estrangeiras de petróleo para não cessar suas fontes domésticas. Houve então a seguinte sequência de fatos nos anos de 1970-1980 que mudou o futuro do Golfo Pérsico, e gerou então a futura guerra. Podemos citar primeiramente a Crise internacional do Petróleo, que foi causada pela Guerra de Yom Kippur, em 1973, entre os seguintes países, Israel, Egito e Síria. O segundo fato foi a Revolução Iraniana, que foi então o implante do regime teocrático muçulmano no Irã, que decretou os Estados Unidos como inimigo número 1. O terceiro fato foi a Segunda Crise Internacional do Petróleo (1979-1980), causando o risco de fornecimento do petróleo com a sua alta para os mercados ocidentais. O quarto acontecimento foi quando um grupo de muçulmanos radicais atacaram a grande mesquita em Meca, deixando em risco a conservação política do governo saudita e o apoio dos EUA para Riad, finalizando, o quinto e último fato relevante foi a Invasão do Afeganistão pela União Soviética, em dezembro de 1979, que causou um enorme desconforto, já que tanto a URSS quanto os EUA eram adversários advindos da Guerra Fria. Em 1980 foi criada a Doutrina Carter, com o objetivo de controle do petróleo da região, e também como resposta à invasão da URSS na região do Afeganistão. Dentro desta Doutrina, mostrava-se como seria a reação dos EUA em relação da ameaça ao Golfo Pérsico, preservando seus interesses através da força militar, devido à grande disputa que havia nessa região pelo poder mundial do petróleo, conhecido também como ouro preto. Isso tornou visível a influência dos 2 Estados Unidos não só no Golfo Pérsico, com essa intervenção no Oriente Médio, mas também no mundo inteiro. Através da Doutrina Carter os EUA explicitam como seria sua atuação em situação de ameaça ao Golfo Pérsico, preservando seus interesses através da força militar, pela grande disputa existente nessa região devido ao poder mundial. Essa intervenção dos Estados Unidos no Oriente Médio demonstrou sua forte influência, e assim não necessitavam mais do apoio militar que obtinham de Israel. A Doutrina Carter também causou uma mudança na cooperação internacional formada após a Segunda Guerra Mundial, pois EUA sempre procuraram alianças ambíguas e ocasionais para manterem o uso do petróleo sem utilizar de suas forças armadas no Golfo Pérsico. Através de Washington, os Estados Unidos havia formado uma ação com o Reino Unido, essa aliança foi utilizada devido à interesses econômicos para garantir o petróleo através do Reino Unido, Arábia Saudita e mais tarde Irã. Como era uma forma de proteger o petróleo e os interesses americanos, a Doutrina Carter trouxe como consequência também a diplomacia e a segurança para a região do Golfo Pérsico. Após a Guerra Fria, há uma nova formação de interesses e da Ordem Mundial, o que leva à algumas modificações de alianças e rupturas de alianças diplomáticas. O Oriente Médio permanece com uma forte presença militar norte – americana e há uma ruptura da aliança entre o Iraque e a regiãoo Coveite, que possuíam interesses nas reservas de petróleo do Iraque. Em resposta à reação iraniana na questão do Coveite, os Estados Unidos formam uma coligação militar. Antes do surgimento da Doutrina Carter, a Guerra do Golfo antecedeu o surgimento a Doutrina Powell, surgida a partir da derrota dos Estados Unidos no Vietnã e no contexto da Guerra Fria, que incluía estratégias de guerra para a preservação dos aliados. George Bush também desenvolveu a Doutrina Bush, visando estratégias militares e geográficas na ação do Pentágono. A Doutrina Bush também é conhecida por Doutrina de Guerra ao Terror, utilizando de estratégias para a proteção da população, como consequência ao ataque terrorista de 11 de Setembro. Incentivou também o aumento da presença militar dos Estados Unidos no Oriente Médio nos anos de 2001 e 2003. A Doutrina Powell é a mais adotada nas principais intervenções dos Estados Unidos. 3 1.1 GOVERNO TRUMAN Após a Primeira Guerra Mundial, a região do Oriente Médio era ocupada pela Grã - Bretanha. O país prezava em manter relações harmônicas, agradando os dois povos que habitavam ali, adotando políticas bilaterais para os judeus e árabes. O período pós Segunda Guerra Mundial trouxe impactos para o Reino Unido, causando um enfraquecimento em sua permanência na região. Para preservarem sua ocupação no Oriente Médio, buscaram apoio dos Estados Unidos, que possuíam interesses políticos e econômicos na região para a contenção do avanço socialista da URSS. A situação de ameaça se encontrava também nas regiões da Grécia e Turquia, que na época se encontravam em poder da Grã - Bretanha, porém com movimentos internos comunistas. Com a conquista desses territórios pela URSS, os Estados Unidos poderiam vir a perder as regiões do Oriente Médio e do Norte da África. Assim, o presidente Truman solicita apoio econômico à Grã - Bretanha, que já a algum tempo tentava inserir um regime monárquico nas regiões, porém sem sucesso devido á resistência dos movimentos comunistas internos e os impactos que os recursos do país haviam sofrido após a Segunda Guerra Mundial. Essa aliança entre os EUA e a Grã Bretanha começou a gerar alguns conflitos de interesses. Um dos fatores foi a imigração ilegal dos judeus na Palestina, questão que a Grã - Bretanha encaminhou para a ONU. O segundo fator foi a disputa pela influência nas reservas de petróleo. Assim, foi criada uma Assembleia Geral da ONU e, em novembro de 1947 devido ao apoio do presidente Harry Truman e à pressão dos Estados Unidos foi feita a partilha da Palestina em três Estados: Estado judeu, Estado Árabe e Zona Internacional; reconhecida pelo próprio presidente. O apoio de Truman à criação do Estado de Israel é visto como uma estratégia política e militar. Os norte - americanos acreditavam que os israelenses possuíam experiência militar e também havia um crescimento do movimento sionista dentro do país. Dessa forma, Harry Truman segue o exemplo de relação diplomática com os árabes demonstrada por Franklin D. Roosevelt quando assume o poder após sua morte. Nesse contexto, criou e utilizou a Doutrina Truman, que abordava uma nova política externa ligadas à ideias anticomunistas para conter o avanço da URSS, além de ser uma política intervencionista. Porém a política intervencionista encontrada nessa Doutrina poderia gerar um impacto econômico devido ao aumento dos gastos públicos que seriam gerados. Além disso, a Doutrina 4 Truman incentiva conflitos internos na região do Oriente Médio, tendo impacto nas reservas de petróleo. Após o fim da URSS a região do Irã e do Iraque se tornaram prioridades dos EUA devido aos constantes conflitos internos e a ameaça do Estado Islâmico. 1.2 IMPERIALISMO DOS ESTADOS UNIDOS A influência dos EUA no contexto internacional se tornava cada vez mais evidente, as razões para a interferência na região se baseiam no controle das reservas de petróleo, onde 10% da reserva conhecida em todo mundo estava presente. A decadência da URSS atrelada ao controle desta quantidade de recursos naturais era muito atraente, levando os norte-americanos a buscar implantar uma hegemonia neste território a qualquer custo, mesmo através de ações militares. Caso obtivesse sucesso em seu plano, Saddan controlaria cerca de 20% das reservas de petróleo do mundo, podendo interferir no mercado internacional e prejudicar os Estados Unidos, que não pretendiam perder seu imperialismo econômico de forma alguma, porém cada vez mais eles se tornavam dependentes das exportações do petróleo do Oriente. Neste contexto, os americanos se viram obrigados a formar uma coalizão militar, para, segundo eles, retomar o Kuwait e garantir a soberania dos países vizinhos ao Iraque, na época, uma desculpa para os EUA interferir de algum modo na soberania do Iraque, ou seja, na realidade havia segundas intenções que os motivaram a promover a queda do ditador iraquiano, alguns anos depois morto pelos Estados Unidos da América. Em um primeiro momento, Washington tomou uma atitude defensiva, buscando negociar a retirada dos mais de 500 mil combatentes iraquianos do Kuwait de forma pacífica. Entretanto, já se sabia que as vias diplomáticas teriam pouco impacto para mudar a situação, o que levou a uma crescente mobilização militar dos EUA para defender a Arábia Saudita, aliada dos estadunidenses. 5 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 RELAÇÃO EUA COM O MUNDO George H. W. Bush estava servindo como presidente dos EUA à época da invasão do Iraque no Kuwait, e sua decisão de interferir no conflito no Oriente Médio tem, em parte, explicação no posicionamento da política externa dos dois presidentes anteriores a Bush: Jimmy Carter, com a doutrina Carter, e, após este, Ronald Reagan, que deixou um legado de ´´paz pela força´´, com investimentos no sistema de defesa militar praticado pelos EUA. Já em seu período como chefe de Estado, Reagan instalou uma guarda naval no Golfo Pérsico, região sempre de grande interesse para os Estados Unidos. A política externa de George Bush era de certa forma um tanto conservadora. A decisão de interferir no Golfo Pérsico de modo defensivo, em resposta à invasão do Kuwait pelo exército iraquiano, não foi imediata. Os principais motivos para tal escolha foram o temor de uma possível invasão futura do Iraque à Arábia Saudita, importante parceira dos Estados Unidos, e a objeção dos grupos de poder no Iraque, sob a ditadura de Saddam Hussein. Para investir contra o Iraque no Oriente Médio, Bush ajuntou uma coalizão internacional para apoiar a interrupção da dominação iraquiana. França e Grã-Bretanha foram os primeiros países a se aliarem e contribuírem com a paralisação do envio de bens e recursos ao Iraque e ao Kuwait. Ademais, inevitavelmente, a Organização das Nações Unidas se prontificou a dar apoio à força estadunidense, reprovando a ação de ingerência ocorrida no Oriente Médio pelo governo ditatorial de Saddam Hussein. 2.2 RELAÇÕES EXTERNAS EUA: IRAQUE E KUWAITOs Estados Unidos se aproximaram mais do Kuwait ao final da década de 1980, quando instalaram no país árabe uma proteção marítima em 1987 para ter mais liberdade de trânsito no Golfo Pérsico. Ao momento da invasão iraquiana neste território, os norte-americanos se moveram em direção a um estreitamento da parceria e de uma defesa estratégica, ao se colocarem à frente do compromisso do Conselho de Segurança da ONU de fazer com que o exército do Iraque recuasse e deixasse o território atacado. 6 A atuação dos Estados Unidos em relação ao Kuwait demonstra, implicitamente, um interesse que, cautelosamente, poderia ser considerado semelhante à posição de um império. A presença de uma grande potência em um território, de certa forma, subjugado e dependente a ela, que tem como pano de fundo interesses em garantir e preservar a segurança dele e que outros Estados não o atinjam. Em relação ao Iraque, o governo de Saddam Hussein, instalado em 1979, esteve marcado por agressividade, autoritarismo e opressão, o que gerou uma instabilidade acentuada na região do Oriente Médio na década de 1980. A presença estadunidense até o final deste período esteve mais intencionada para controlar um recente inimigo iraquiano, o Irã. Foi apenas no momento do ataque ao Kuwait que os Estados Unidos reagiram à ditadura de Saddam Hussein. Os interesses do ditador de anexar o Estado do Kuwait ao Iraque para ter saída para o Golfo Pérsico e um possível domínio sobre ele confrontavam a semelhante ambição dos Estados Unidos de ter acesso àquela região. 7 3. DESENVOLVIMENTO- GUERRA O Golfo Pérsico é localizado no Oriente Médio como um braço do mar da Arábia, entre a península da Arábia e o Irã, composto pelos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar, Barém, Caute, Iraque e Irã. Todos esses países com exceção dos dois últimos formam uma união econômica chamada Conselho de Cooperação do Golfo. Desde a Idade Antiga a região do Oriente Médio presenciou várias guerras por motivos étnicos, econômicos, geopolíticos, geográficos, fronteiriços e religiosos, em uma escalada que cruzou os séculos, chegando ao seu auge no século XX. Neste último século, a escalada de violência chegou a proporções jamais vistas, com inúmeros conflitos que sacudiram a região. Contudo, a partir da Guerra do Golfo (1991), que ocorreu no Iraque e no Kuwait, o Conselho de Segurança se viu livre com Moscou e Washington. Esse conflito ocorreu exatamente em uma época de transição nas relações internacionais. Mas vale lembrar que a Guerra, segundo a versão oficial apresentada pelos meios de comunicações, foi causada pela invasão territorial do Iraque, com o atual governante Saddam Hussein, sobre o Kuwait, em agosto de 1990, devido às ambições políticas, econômicas, a baixa do preço do barril de petróleo e a discordância da indenização que o Kuwait não concordou em pegar. É que o Iraque desejava aumentar o seu território, conquistar os poços de petróleo kuwaitianos e ter uma saída maior para o Golfo Pérsico. Esse ato aconteceu por interesses dos EUA, no campo econômico, geopolítico e de equilíbrio do sistema, assim com nome dos interesses estadunidenses que os EUA intervieram no Golfo Pérsico, em janeiro de 1991,no início da Guerra do Golfo,teve grande vitória das tropas aliadas e na desocupação do Kuwait pelo Iraque em fevereiro de 1991. 3.1 COMO OCORREU A GUERRA DO GOLFO As cobiças de Saddam Hussein de anexar o norte do Kuwait para ter acesso às reservas petrolíferas e de dominar todo o território kuwaitiano para chegar à costa do Golfo Pérsico, o fizeram decidir por uma invasão no dia 2 de agosto de 1990. A invasão foi seguida pelo controle iraquiano de todo o país e pelas imediatas reações da ONU, da Liga Árabe e da Comunidade Europeia, para que as tropas se retirassem prontamente. Em 5 de agosto, o presidente George H. W. 8 Bush informou publicamente a declaração de guerra contra o Iraque, atestando que a agressão feita ao Kuwait era inaceitável e não poderia prevalecer. Os Estados Unidos mandaram à Arábia Saudita cerca de 500000 militares das Forças Armadas norte-americanas para se instalarem ali, no intuito de prestar uma defesa preventiva ao país, face a especulação de que o Iraque pudesse avançar e tomar esse Estado também. A operação, apresentada como Desert Shield, tinha a única missão de proteger o território saudita, como um escudo, sem empregar uso de força. Os interesses e alianças entre Estados Unidos e o país árabe, assim como a proximidade ao Iraque, poderia dar aos militares e ao governo estadunidenses uma vantagem de interferir no conflito em nome da ordem no Oriente Médio. O período de preparação e instalação das tropas americanas na Ásia durou até janeiro de 1991, sem ataques marcantes ou organizados. Em 9 de janeiro, na Conferência de Paz de Geneva, o encontro entre o Secretário de Estado dos Estados Unidos, James Baker, e o Ministro das Relações Exteriores do Iraque, Tariq Aziz, fracassou na missão de resolver o conflito de maneira diplomática e pacífica, sem que as agressões prosseguisse. A intenção estadunidense de tentar pressionar os iraquianos a recuarem e desocuparem o Kuwait atrofiou frente à afirmação do representante iraquiano de que o Iraque não cederia à pressão, reiterando sua postura sólida. Em 15 de janeiro, é autorizado pelo Estados Unidos o uso da força militar, em razão da chegada do prazo estendido final para que o Iraque retirasse suas tropas do Kuwait, ordem que foi descumprida. Dois dias após a autorização, inicia-se a Operação Desert Storm, campanha aérea de ataques a alvos no Iraque e no Kuwait com o principal objetivo de destruir a infraestrutura que mantinha o controle iraquiano sobre o território vizinho: bases militares, bases petrolíferas, veículos de transporte e instalações da força aérea. A operação, liderada pelos Estados Unidos, contou com mais doze nações aliadas, as quais enviaram tropas auxiliares, e com o apoio internacional da Organização das Nações Unidas. A campanha prevaleceu por cerca de cinco semanas, até ser substituída por uma investida terrestre, entrando pelo sul do Iraque. Em 100 horas, o enfraquecimento da resistência iraquiana deu espaço para os Estados Unidos liberarem o Kuwait. Em 25 de fevereiro, Saddam Hussein anuncia a evasão do Kuwait, não resistindo ao massacre gerado pelo conflito e à falta de uma força de resposta, que se seguiu pela aceitação das resoluções que lhe haviam sido impostas. O fim oficial da guerra se dá pela oficialização dos termos de cessar-fogo, apresentada pelo general estadunidense líder da Operação Desert Storm, Norman Schwarzkopf, ratificada no início de março. 9 3.2 POSTERIOR À GUERRA Após terminada a guerra, quando curdos iraquianos e a população xiita se rebelaram em oposição ao regime, nenhuma ação assistente foi empreendida por parte dos próprios Estados Unidos, da comunidade internacional ou da ONU. Tais revoltas foram entendidascomo questões meramente internas, que logo não tomariam a preocupação dos norte-americanos ou de organizações internacionais. Nenhuma mediação externa foi feita. No final de 2000, dez anos após o conflito da guerra do golfo Iraque ainda se encontrava devastado, o povo vivia em condições precárias. Saddam Hussein ainda estava mantendo as fronteiras fechadas para os inspetores da ONU que investigavam as produções de armas químicas e biológicas. Em 2003, Saddam Hussein foi capturado por soldados invasores com ajuda dos iraquianos e em 2004 foi feita uma constituição provisória. Em 2005 houve eleições nacionais para formar uma assembleia. Em abril de 2006, Nuri al-maliki do Partido Islâmico Dawa, teve o cargo de primeiro-ministro, e o curdo Talabani continuou na presidência. Em dezembro, Saddam Hussein, foi condenado à pena de morte por enforcamento. Enquanto o Kuwait passa por uma grande crise econômica e passa pelo colapso do mercado e queda no valor do petróleo. Em 2003 o país se tornou a porta de entrada para a invasão do Iraque liderada pelos EUA. E de 2001 a 2009, Kuwait obteve o maior índice de desenvolvimento humano e em 2005 as mulheres conseguiram seus direitos para ter a voz ativa. 3.3 PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS NO CONFLITO A atuação da Organização das Nações Unidas, a respeito do conflito no Oriente Médio iniciado pela ambição iraquiana de tomar o Estado do Kuwait, foi imediata. No mesmo dia em que o Iraque realizou seu primeiro ataque (2 de agosto), a organização internacional se prontificou a promulgar a Resolução de número 660. O documento, que declarava o ato como inadmissível, declarava, pelo seu comprometimento com a manutenção da paz, que o exército invasor deveria se retirar imediatamente do território kuwaitiano. A resolução foi votada e adotada unanimemente pelos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas. 10 Em consequência ao não cumprimento da ordem pelo Iraque, o Conselho de Segurança pronunciou a Resolução 678, em 29 de novembro de 1990. Os países, sob o peso de sua responsabilidade de preservar a segurança e a paz internacionais, assinaram o decreto que, dentre outros itens, destacava que: era requerido de todos os Estados dar apoio e recursos ao governo do Kuwait, e utilizar quaisquer meios para implementar as ordens da Resolução 660 ao Iraque. O trabalho feito pela ONU respondeu a uma ameaça à paz e à segurança internacionais. O seu posicionamento tornava legítima a cooperação desta organização junto à coalizão internacional que uniu forças com o governo estadunidense para conter os ímpetos ditatoriais do Estado iraquiano. Este, sob o governo de Saddam Hussein, era considerado também uma ameaça à ordem no Oriente Médio, o que acabava por concernir o sistema internacional, predominado pelos Estados Unidos, um dos membros do Conselho de Segurança, cujos ideais eram a preservação da democracia e da estabilidade. É de extrema importância lembrar que em um sistema de mundial anárquico, onde existe a mutualidade entre os atores que do Sistema Internacional, uma organização que possa remediar, cuidar e tentar aliviar a situação entre os Estados, para que ambos possam se desenvolver de uma forma pacífica é essencial. 3.4 BALANÇA DE PODER A balança de poder durante a Guerra do Golfo é algo um tanto quanto desproporcional, “desbalanceado”, pois o Iraque estava sozinho em guerra contra uma coalizão liderada pela potência militar que eram os Estados Unidos, o que resultou em uma guerra rápida, vencida com uma certa facilidade pela coalizão, que visivelmente possuía mais poder que o inimigo. O ponto mais agravante desse resultado, certamente foi o poder militar de ambos os lados, enquanto os Estados Unidos usufruíram de armamentos com tecnologia inovadora e um enorme poder bélico, o Iraque utilizava os equipamentos que estavam ao seu alcance, que não se comparavam ao do rival. Fora o poder militar, ainda havia o fator do grande apoio externo provido aos EUA, pois haviam outros países e a ONU lhes dando suporte, o que deixava a coalizão ainda melhor estruturada e mais favorecida, enquanto o Iraque, por si só, liderado por Saddam Hussein, lutava para adiar o inevitável. 11 Toda essa comoção e apoio aos Estados Unidos, devia-se a ameaça imposta ao seu poder econômico, pois havia um risco do Iraque se tornar quase “um monopólio hostil na produção de petróleo” caso alcançasse seu objetivo, obtendo posse do petróleo em Kuwait. Essa ameaça fez com que alguns países, principalmente os EUA, que eram os que possuíam mais interesses, juntamente com o patrocínio da ONU, se mobilizassem contra o Iraque e sua investida na busca por poder. A balança de poder na Guerra do Golfo, foi praticamente, por parte do Iraque, uma busca por poder e imponência, enquanto para os Estados Unidos, foi uma exibição de força e poder, mostrando do que é capaz e também buscando proteger seus interesses econômicos que estavam sendo ameaçados. O conjunto de relações entre atores do sistema internacional, que seria o Iraque, Estados Unidos e Kuwait, criaram uma busca incontrolável de poder no sistema das relações internacionais, tendo os estados participantes da guerra criando uma dinâmica conflituosa entre eles. O sistema internacional por si só uma é uma luta em busca de poder para a sobrevivência de um Estado Soberano, já que esse sistema também conta com a anarquia, gerando uma competição dos estados que leva ao autocontrole da ordem internacional e da balança de poder. 3.5 TECNOLOGIA ARMAMENTISTA Durante a Guerra do Golfo, foram apresentados e utilizados uma imensa quantidade de equipamentos militares, os mais modernos da época. No conflito, os Estados Unidos era o estado mais superior a outros possíveis, tinham um poder bélico muito maior e mais sofisticado do que o Iraque. Enquanto o Iraque, dispunha de armamentos soviéticos, como: caças, mísseis e tanques, e até mesmo alguns armamentos fabricados no Brasil, armamentos esses, que embora eficazes, não eram tão inovadores. Foi então os Estados Unidos que introduziram novos armamentos e tecnologias a guerra, resultando em um poder de fogo nunca visto antes, e dando-lhes uma enorme vantagem no campo de guerra. Os equipamentos usados pelos Estados Unidos foram essenciais para a vitória na guerra e ainda são lembrados, e alguns até ainda utilizados, outros deles, obtiveram mais destaque devido ao seu impacto durante os conflitos. O equipamento que pode-se dizer que obteve mais destaque foi o caça bombardeiro F-117 Nighthawk, ele era um caça stealth, ou “furtivo”, indetectável pelos radares inimigos, praticamente invisível, além disso, era um bombardeiro extremamente preciso, famoso por seus ataques 12 “cirúrgicos”, os quais chegaram a virar notícia por todo o mundo na época, devido à sua eficácia, e que também eram motivo de orgulho para os EUA, por terem uma tecnologia capaz de acertar somente os alvos, não ferindo os civis. Foi uma guerra marcada pela tecnologia, transmitida ao vivo,para o mundo todo, através da CNN, onde a imprensa focava mais nas impressionantes inovações da tecnologia militar do que os horrores que aconteciam diante de seus olhos. Pode-se observar a força que os Estados Unidos representava na época, não só pela sua influência, mas também pelo seu poderio militar, que significa uma forma de demonstrar força, soberania e poder, um material mais ‘’evoluído’’, sofisticado, capaz de mensurar os estragos feitos pela guerra, disponíveis apenas para países que eram considerados potências militares. 13 4. CONCLUSÃO Ao detalhar neste trabalho sobre a Guerra do Golfo Pérsico, inúmeras observações dentro do grupo foram analisadas em conjunto. Os Estados Unidos utiliza de toda forma sua influência e hegemonia para continuar sendo uma potência política e econômica, e não perder uma das maiores reservas de petróleo mundiais que existe no Oriente Médio, e se de alguma forma ele se sente ameaçado, ou mesmo, que haja a possibilidade de outro países entrar para concorrer alguma divisão de poder ou controle econômico, ele se põe em alerta para garantir seus que seus desejos dados como prioridade no sistema internacional. Com a inserção da forte presença militar na região do Oriente Médio, foi possível observar também a preocupação dos EUA em relação à instabilidade da região devido aos conflitos internos ali recorrentes, o que poderia ser um fator prejudicial no acesso às regiões de petróleo. Além disso, no contexto do mundo bipolar da Guerra Fria, sentiam ameaça do avanço da URSS nas regiões de petróleo e, em consequência disso, a ameaça de disseminação das ideias comunistas. Devido à incapacidade da Grã - Bretanha de proporcionar a proteção militar solicitada pelos Estados Unidos na Arábia Saudita, pela falta de recursos, o presidente Franklin D. Roosevelt enxergou uma oportunidade de emergir o país como uma superpotência mundial. Outro fator relevante que demonstra a influência dos Estados Unidos são as alianças que o país já havia formado na região do Oriente Médio, alianças estrategicamente formuladas em prol das políticas e também da econômica, com o objetivo de facilitar o acesso aos interesses petrolíferos, sem que houvesse resistência ou interferência dos países localizados na região. Todavia a interferência dos EUA causou também um sentimento de nacionalismo e expansão do governador Saddam Hussein, que procurou anexar as regiões do Kuwait no Iraque com intuito de criar um império. O conceito balança de poder também foi algo claro, que observando no trabalho se mostrou desequilibrado, onde os EUA, mostra por meio de influência e militarização a forma que exerce seu poder, já o Iraque está em busca do poder. Os dois estados estão buscando de formas diferentes conseguir/ manter o poder, monopolizando o petróleo, no caso os EUA, e outro busca ter posse desse poder, que seriam as reservas petrolíferas, para formar um império no Oriente Médio. 14 5. REFERÊNCIAS ARON, Raymond. Paz e guerra entre as nações. 2002. BURR, William; RICHELSON, Jeffrey, T. Operation Desert Storm: Ten Years Later. National Security Archive. The George Washington University, 2001. Disponível em: <https://nsarchive2.gwu.edu/NSAEBB/NSAEBB39/>. Acesso em: 29 abr. 2020. CERVO, Amado Luiz. A guerra de Bush contra o Iraque. Correio Internacional, 2003. COLLINS, Shannon. Desert Storm: A Look Back. U.S. Department of Defense, 2019. Disponível em: <https://www.defense.gov/Explore/Features/story/Article/1728715/desert-storm-a-look-back/>. Acesso em: 29 abr. 2020. EDDINGTON, Patrick. George H. W. Bush´s Persian Gulf War: Victory, With Tragedy. Just Security, 2018. 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