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Revista Integrada de Ciências Farmacêuticas e Saúde (Editora UIFARPI) V. 8 N. 1 , Indexando os Anais do 1st Brazilian Congress of Pharmaceutical Sciences in Piauí, Junho de 2019. ISSN: 2446-6506. ESTUDO DA RELAÇÃO ESTRUTURA ATIVIDADE DA IMIPRAMINA E SEUS ANÁLOGOS STUDY OF STRUCTURE-ACTIVITY RELATIONSHIP OF IMIPRAMINE AND ITS ANALOGS CELSA KAROLAYNE SILVA CRUZ1; GISLEINE RAMESSA DOS SANTOS MARTINS1; JOSÉ GABRIEL FONTENELE GOMES1; KERLYS KAROLAYNE BRASIL DE OLIVEIRA1; MARIA CLARA BORGES DE OLIVEIRA1; JESSYCA MARIA PEREIRA CASTRO1; NEILIANA MACHADO PONTES1; JANYERSON DANNYS PEREIRA DA SILVA2 Discentes da Cristo Faculdade do Piauí1; Docente da Cristo Faculdade do Piauí2 Email: celsakarolayne@hotmail.com 1 INTRODUÇÃO A química medicinal, por meio do estudo da relação estrutura-atividade possibilita que sejam realizadas melhorias em moléculas já existentes, e ainda, possibilita o desenvolvimento de novas moléculas com base apenas na estrutura do ligante (ARROIO; HONÓRIO; SILVA, 2010). A partir da Imipramina, protótipo dos Antidepressivos Tricíclicos (ADTs), foram desenvolvidos novos fármacos com propriedades melhoradas através de modificações moleculares. O presente artigo objetiva relacionar as estruturas químicas dos compostos com suas respectivas atividades biológicas, levando a identificação dos grupos farmacóforo, auxofórico e toxicofórico, bem como elucidar as estratégias de desenvolvimento utilizadas. 2 METODOLOGIA O presente trabalho foi desenvolvido a partir de uma revisão bibliográfica e a mesma foi direcionada a publicações sobre estudos da relação estrutura-atividade dos ADTs. O levantamento bibliográfico foi realizado através de artigos científicos encontrados em sistemas de banco de dados como: Science Direct, Scielo, PubMed, além de consulta em livros especializadas. As palavras-chave são: ADTs, relação estrutura versus atividade farmacológica e seus respectivos vocábulos em inglês. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Por meio da análise estrutural do protótipo e seus análogos foi possível observar que a Imipramina possui um núcleo tricíclico, sendo esse grupo o farmacóforo da classe dos ADTs, o qual confere lipossolubilidade à molécula e apresenta também uma cadeia lateral composta por três carbonos e uma amina terciária fornecendo o seu efeito de inibidor da recaptação de serotonina e norepinefrina, nos transportadores SERT e NET (KAR, 2007). Já a Amitriptilina difere do protótipo devido uma instauração e a ausência do heteroátomo nitrogênio, resultando em uma mudança conformacional e melhorando também a interação com os transportadores. Segundo Wilson (2011), devido ao grupo funcional amina, ambas moléculas apresentam efeitos colaterais mais acentuados no sistema parassimpático. mailto:celsakarolayne@hotmail.com Revista Integrada de Ciências Farmacêuticas e Saúde (Editora UIFARPI) V. 8 N. 1 , Indexando os Anais do 1st Brazilian Congress of Pharmaceutical Sciences in Piauí, Junho de 2019. ISSN: 2446-6506. No metabólito Desipramina a ausência de um grupamento metila na cadeia lateral da propilamina resulta em um composto mais potente que o protótipo, essa modificação torna a molécula mais seletiva para a recaptação de norepinefrina e com menos efeitos anticolinérgicos. A Nortriptilina difere do protótipo no núcleo tricíclico devido as mesmas mudanças estruturais presentes na Amitriptilina, possui uma amina secundária semelhante a Desipramina, o que torna esse fármaco com mais afinidade pela molécula alvo, além de reduzir os efeitos colaterais mais acentuados no sistema parassimpático. Figura 1 – Relação entre os grupos funcionais e alterações na estrutura das moléculas. Fonte: Elaborado pelos autores, 2019. 4 CONCLUSÃO Por meio do estudo da relação estrutura-atividade do protótipo Imipramina foi possível analisar que as alterações realizadas na molécula proporcionaram o desenvolvimento de novos fármacos com aprimoramento das propriedades farmacológicas e a redução de efeitos indesejáveis produzidos por esses compostos no organismo. 5 REFERÊNCIAS ARROIO, A.; HONÓRIO, K. M.; SILVA, A. B. F. da. Propriedades químico-quânticas empregadas em estudos das relações estrutura-atividade. Química Nova, p. 694-699, 25 fev. 2010. KAR, A. Medicinal Chemistry. 4th ed. New Deli: New Age International Publishers, 2007. 933 p. WILSON AND GISVOLD’S. Textbook of Organic Medicinal and Pharmaceutical Chemistry. 12th ed. Philadelphia: Lippincott-Williams & Wilkins, 2011. 1022p.
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