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O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 1 Alteração Climática e a ocorrência de malária na área de influência de águas paradas na cidade Quelimane (Província de Zambézia) Climate Change and the occurrence of malaria in the area of influence of standing water in the city of Quelimane (Province of Zambézia) Changement climatique et occurrence du paludisme dans la zone d'influence des eaux stagnantes dans la ville de Quelimane (Province de Zambézia) Ruth Joaquim Lauter 1 ___________________________________________________________________________ RESUMO Desde o início de sua história o homem sempre procurou entender como ocorrem às doenças. Nessa perspectiva já na antiguidade Hipócrates relacionou a propagação das doenças ao ambiente habitado pelo homem. Com o advento das políticas imperialistas do século XVII e XVIII a Geografia foi utilizada como instrumento de conquista. Essa mesma análise pode ser feita para a Geografia Médica. As alterações climáticas, que vem se agravando nos últimos anos, mas que foi divulgado mais amplamente pela mídia nos últimos tempos, porta para a sociedade e sectores de governo um desafio sobre as causas e o papel das alterações climáticas sobre as condições de saúde. Algumas doenças transmitidas por insetos vetores, entre elas a malária, esta é uma doença infeciosa que continua a ser um dos principais problemas de saúde pública em Moçambique. Na região centro de Moçambique na qual a cidade de Quelimane, área de estudo deste trabalho se localiza, a malária é a principal causa de mortalidade. Esse trabalho tem como objetivo avaliar cenários de alterações climáticas para Cidade de Quelimane. Além disso, analisar a intervenção sobre as repercussões dessas mudanças sobre as condições de saúde. Os principais grupos de doenças que podem ser afetados por essas alterações são as doenças de veiculação hídrica, as transmitidas por vectores e as respiratórias. No entanto, os riscos associados às alterações climáticas globais não podem ser avaliados em separado do contexto globalização. Cabe ao sector de saúde e geográfico não só prevenir esses riscos, mas actuar na redução de seus impactos. PALAVRAS-CHAVE: Geografia Médica, Alterações climáticas, Saúde, Malária, Globalização, Clima. SUMMARY Since the beginning of its history, man has always tried to understand how diseases occur. In this perspective, in ancient times Hippocrates related the spread of diseases to the environment inhabited by man. With the advent of imperialist policies in the 17th and 18th centuries, Geography was used as an instrument of conquest. This same analysis can be done for Medical Geography. Climate change, which has worsened in recent years, but which has been more widely disseminated by the media in recent times, poses a challenge to society and government sectors a challenge on the causes and role of climate change on health conditions. Some diseases transmitted by insect vectors, including malaria, this is an infectious disease that remains one of the main public health problems in Mozambique. In the central region of Mozambique in which the city of Quelimane, the study area of this work is located, malaria is the main cause of mortality. This work aims to evaluate climate change scenarios for Quelimane City. In addition, to analyze the intervention on the repercussions of these changes on health conditions. The main groups of diseases that can be affected by these changes are waterborne, vector- borne and respiratory diseases. However, the risks associated with global climate change cannot be assessed 1 Estudante do 4o ano da Universidade Licungo- Quelimane no curso de Geografia O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 2 separately from the globalization context. It is up to the health and geographic sector not only to prevent these risks, but to act to reduce their impacts. KEYWORDS: Medical Geography, Climate Change, Health, Malaria, Globalization, Climate. RÉSUMÉ Depuis le début de son histoire, l'homme a toujours essayé de comprendre comment les maladies se produisent. Dans cette perspective, dans les temps anciens, Hippocrate a lié la propagation des maladies à l'environnement habité par l'homme. Avec l'avènement des politiques impérialistes aux XVIIe et XVIIIe siècles, la géographie a été utilisée comme instrument de conquête. Cette même analyse peut être effectuée pour la géographie médicale. Le changement climatique, qui s'est aggravé ces dernières années, mais qui a été plus largement diffusé par les médias ces derniers temps, pose un défi à la société et aux secteurs gouvernementaux, un défi sur les causes et le rôle du changement climatique sur les conditions de santé. Certaines maladies transmises par des insectes vecteurs, dont le paludisme, il s'agit d'une maladie infectieuse qui reste l'un des principaux problèmes de santé publique au Mozambique. Dans la région centrale du Mozambique où se situe la ville de Quelimane, zone d'étude de ces travaux, le paludisme est la principale cause de mortalité. Ce travail vise à évaluer les scénarios de changement climatique pour la ville de Quelimane. De plus, analyser l'intervention sur les répercussions de ces changements sur les conditions de santé. Les principaux groupes de maladies pouvant être affectées par ces changements sont les maladies d'origine hydrique, à transmission vectorielle et respiratoires. Cependant, les risques associés au changement climatique mondial ne peuvent pas être évalués séparément du contexte de la mondialisation. Il appartient au secteur sanitaire et géographique non seulement de prévenir ces risques, mais aussi d'agir pour réduire leurs impacts. MOTS CLÉS: Géographie médicale, changement climatique, santé, paludisme, mondialisation, climat. __________________________________________________________________________________________ INTRODUÇÃO De acordo com o Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), clima é definido como o tempo meteorológico médio, ou seja, é uma descrição estatística de quantidades relevantes de mudanças do tempo meteorológico num período de tempo, que varia de meses a milhões de anos. O período clássico é de 30 anos, definido pela Organização Mundial de Metrologia (OMM) segundo (IPCC – INTERNATIONAL PANEL ON CLIMATE CHANGE, 2007). Essas quantidades referem-se a variações de superfície como temperatura, precipitação e vento. A literatura que trata das relações entre clima e saúde afirma que as mudanças climáticas influenciam no nível de morbidade e mortalidade de certos grupos de doenças, assim como, as condições econômicas e de saúde de grupos populacionais de maior risco, como populações pobres de zonas urbanas, idosos e crianças, agricultores de subsistência e comunidades. O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 3 Os estudos que analisam os impactos doclima na saúde compreendem sobretudo os países pobres, uma vez que estes países estão em via de desenvolvimento, por estarem localizados em regiões de baixo nível de desenvolvimento socioeconômico, são particularmente mais vulneráveis aos efeitos dos fenômenos climáticos. Portanto a Cidade de Quelimane- Província de Zambézia possui um alto grau de vulnerabilidade aos impactos das mudanças climáticas sobre a saúde, dadas as suas características geográficas, seu perfil climático, sua grande população e seus problemas estruturais e sociais. Além disso, a persistência de doenças infecciosas endêmicas sensíveis a mudanças meteorológicas, bem como outros factores que determinam as condições de saúde da população, contribuem para modelar a vulnerabilidade da região. Neste artigo se propõe a identificar os padrões de influencia do clima sobre os elevados índices de casos de malária e outras doenças na Cidade de Quelimane - Província de Zambézia. As taxas de mortalidade e morbidade geral de doenças relacionadas ao clima. O grupo de morbidades refere-se a doenças cardiovasculares e respiratórias, malária e mortalidade infantil. Para o desenvolvimento desse artigo utilizou-se o método hipotético-dedutivo, o qual, inicia com um problema no conhecimento científico, passando pela formulação de hipóteses e por um processo de inferência dedutiva, o qual testa a predição da ocorrência dos fenómenos abrangidos em tal hipótese (PRODANOV e FREITAS, 2013). Os capítulos a seguir tratam dos conceitos básicos para entendimento da relação entre saúde e clima, a fim de gerar subsídios para o artigo empírico a ser desenvolvido. 1. CONTEXTUALIZAÇÃO 1.1. Clima A climatologia é uma área de estudo interdisciplinar. Entretanto, a climatologia geográfica considera o clima pelo que representa no conjunto de relações natureza e sociedade. Ou seja, o importante é a interação da atmosfera com a litosfera, a hidrosfera e a biosfera no espaço social. A dinâmica dos atributos climáticos se dá por meio de vários ritmos, inter-relacionados, que irão repercutir e interagir nas actividades humanas. Também os ritmos internos dos corpos estão indissoluvelmente ligados a determinadas condições O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 4 limítrofes de gravidade, temperatura, luz, umidade e oxigênio, evoluídas e produzidas em tempos e ciclos longos e relativamente dentro de certos padrões de regularidade ou variações temporais que permitem adaptações às mudanças (TARIFA, 2002). O conceito clássico de (HANN1882), da escola alemã de climatologia, define o clima como “o estado médio da atmosfera em um determinado lugar”. Trata-se de método estatístico-analítico separatista, no qual os elementos do clima são trabalhados de forma isolada. 1.2.Saúde O conceito de saúde reflete a conjuntura social, econômica, política e cultural. Ou seja: saúde não representa a mesma coisa para todas as pessoas. Dependerá da época, do lugar, da classe social. Dependerá de valores individuais, dependerá de concepções científicas, religiosas, filosóficas (MOACYR SCLIAR, 2007). O conceito de saúde em função do crescente número de estudos originários das mais variadas áreas, vem recebendo diferentes abordagens conceptuais e tem evoluído desde a definição mais universal elaborada em 1946 pela então criada Organização Mundial de Saúde (O.M.S.) no seio da O.N.U. De carácter marcadamente utópico, a definição da O.M.S. avalia a saúde como um estado completo de bem-estar físico, mental e social que não pressupõe somente a ausência de doença e de incapacidade, encarando a saúde como um estado positivo que diz respeito ao indivíduo no seu todo, no contexto do seu estilo de vida. Esta definição permanece, ainda hoje em dia, um ideal, que dificilmente se atinge, porque todos os indivíduos passam por períodos, mais ou menos longos, de ausência de saúde ao longo da sua vida (Nogueira e Remoaldo, 2010). Segundo a OMS, grande parte das doenças responsáveis por elevadas taxas mortalidade são altamente sensíveis às alterações climáticas, como malária, diarreia, dengue, cólera e outras doenças de veiculação hídrica, além da desnutrição. Embora algumas pandemias não tenham como causa exclusiva às alterações climáticas, estas são determinantes para a disseminação de doenças. Ainda de acordo com a organização, a O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 5 interação entre clima e saúde é mais sentida nos países pobres, que carecem de um sistema de saúde adequado, com poucos recursos e programas de prevenção e tratamento de doenças. 1.3.Malária A malária é uma doença infeto-parasitária que abrange um quarto da população mundial e por norma é responsável pela morte de cerca de um milhão e meio a três milhões de pessoas a cada ano. Por esta razão, a (OMS) Organização Mundial da Saúde considera esta doença como sendo um dos maiores problemas de saúde pública na atualidade, particularmente nos “países terceiro mundistas” ou em vias de desenvolvimento com ênfase para os da África Subsaariana, como é o caso de Moçambique (CORDEIRO et al., 2002 citado por COLHER). Dados apresentados pela Organização Mundial da Saúde dão conta de que foram registados duzentos e sete milhões de casos de malária e que 90% das mortes por malária ocorreram na África Subsaariana, onde 77% destas mortes ocorrem em crianças menores de cinco anos de idade (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2013). Segundo França, Santos e Figueroa-Villar (2008), esta doença é considerada uma das mais antigas e mortais transmitidas para os humanos através de vetores do género Anopheles (An) e o ciclo de transmissão é essencialmente determinada pela “picada” do mosquito fêmea em seres humanos. Os eventos associados à ocorrência da malária estão fortemente relacionados a fatores climáticos (variação da temperatura e precipitação, particularmente), por serem considerados essenciais para a ocorrência e para o desenvolvimento do vetor e do parasita, bem como relacionados aos fatores socioeconômicos. 2. Aspectos gerais da Cidade de Quelimane 2.1.Dados Geofísicos 2.1.1. Situação Geográfica Cidade de Quelimane é a maior cidade e capital da Província da Zambézia, a segunda província mais populosa de Moçambique. . Está situado junto ao rio dos Bons Sinais, a cerca de 20 km do Oceano Índico. Entre as coordenadas 16°51' 00"S e 36°59' 00”E e tem um clima tropical úmido. É limitada geograficamente pelo distrito de Nicoadala, a noroeste e Inhassunge a Sul. Dada esta localização geográfica, na zona costeira, a comercialização O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 6 marítima e a pesca é uma das suas principais atividades económicas. Estes dados foram obtidos na Plataforma da União das Cidades de Língua Portuguesa (UCCLA2018). FIGURA 1 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DE MOÇAMBIQUE E CIDADE DE QUELIMANE. O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020@Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 7 Fonte: Organizado pela autora A Cidade de Quelimane caracteriza-se por ter solos com baixa permeabilidade como consequência do seu elevado nível de lençol freático o que contribui para a existência de criadouros que permanecem por longo período durante a época chuvosa, o período de maior transmissão da malária bem como a ocorrência de frequentes enchentes na mesma época. Há uma deficiência nas medidas estruturais tendentes a melhorar esta condição. A coexistência de atividades consideradas rurais, ainda caracteriza grande parte das áreas urbanas moçambicanas e Quelimane não foge a esta regra (SITOE,2017). Segundo Baia (2009), em 1986, o Estado moçambicano, começa a incluir por decreto, áreas agrícolas periféricas nos limites administrativos das cidades, pois estas produziam alimentos para as cidades, num processo designado, reclassificação urbana, fenómeno que atribui novas especificidades ao processo urbano moçambicano onde as áreas urbanas passam a coexistir com características sociais, económicas e culturais do meio rural. Este processo de reclassificação não é acompanhado pela implantação de serviços e equipamentos sociais, fazendo com que estes estejam concentrados no centro da cidade. Os bairros da periferia e principalmente os de ocupação recente não são providos de serviços O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 8 básicos, tais como os de coleta de lixo, rede de drenagem e infraestrutura sanitárias. O cenário descrito acima evidencia que as condições naturais (temperatura, humidade e precipitação) favoráveis ao desenvolvimento dos vetores da malária são acentuadas pela problemática sócio ambiental que caracteriza a cidade de Quelimane, tornando-a uma área urbana de elevado risco ambiental para a transmissão da malária como um todo, mas com diferenciações internas a considerar, o que, no entanto, faz com que o enfrentamento deste risco pela população não seja igual. 3. Classificação Climática da Cidade de Quelimane De acordo com o sistema de classificação de Köppen, o clima da área de estudo é do tipo clima tropical. Há muito mais pluviosidade no verão que no inverno. De acordo com Köppen e Geiger a classificação do clima é Aw. 25.3 °C é a temperatura média. Tem uma pluviosidade média anual de 1346 mm. Como resultado, o ano divide-se entre uma estação muito húmida e uma estação muito seca. Durante a época seca dominam os ventos de sudoeste, e as temperaturas tendem a ser inferiores durante esta época, aquecendo antes da época húmida. FIGURA 2 - TEMPERATURAS E PRECIPITAÇÕES MÉDIAS // CLIMA EM QUELIMANE https://pt.climate-data.org/africa/mocambique/zambezia/quelimane-3190/ https://pt.climate-data.org/africa/mocambique/zambezia/quelimane-3190/ https://pt.climate-data.org/africa/mocambique/zambezia/quelimane-3190/ O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 9 O mês mais seco é Setembro com 16 mm. O mês de Janeiro é o mês com maior precipitação, apresentando uma média de 251 mm. FONTE:https//pt.climate-data.org/africa/Moçambique/zambezia/quelimane-3190/#climate graph. FIGURA 3 - GRÁFICO DE TEMPERATURA QUELIMANE O mês mais quente do ano é Janeiro com uma temperatura média de 28.1 °C. 21.0 °C é a temperatura média de Julho. É a temperatura média mais baixa de todo o ano. FONTE:https//pt.climate-data.org/africa/Moçambique/zambezia/quelimane-3190/#climate graph. 4. As alterações Climáticas e a Malária (Saúde) A malária continua a ser um problema de saúde pública em Moçambique sendo endémica em todo o país, variando de zonas hiper-endémicas ao longo do litoral, zonas meso- endémicas nas terras planas do interior e de algumas zonas hipo-endémicas nas terras altas do interior. Vários factores contribuem para esta endemicidade, desde as condições climáticas e ambientais como as temperaturas favoráveis e os padrões de chuvas, bem como locais https://pt.climate-data.org/africa/mocambique/zambezia/quelimane-3190/ https://pt.climate-data.org/africa/mocambique/zambezia/quelimane-3190/ https://pt.climate-data.org/africa/mocambique/zambezia/quelimane-3190/ O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 10 propícios para a reprodução do vector. A maioria do país tem uma transmissão ao longo de todo ano, com picos durante a época chuvosa, de Dezembro a Abril. Os principais vectores da malária em Moçambique pertencem aos grupos Anopheles funestus e gâmbiae. O Plasmodium falciparum é o parasita mais frequente, sendo responsável por mais de 90% de todas infecções maláricas, enquanto infecções por Plasmodium malária e e Plasmodium ovale são observadas em 9% e 1%, respectivamente (IIM2018). Portanto, o risco climático para a transmissão da malária em Quelimane não está diretamente relacionado à própria malária pois cada pessoa reage diferentemente, segundo uma série de elementos, à influência do clima sobre si (MENDONÇA, 2005). 2 Problemas urbanos, tais como a falta de saneamento, a pobreza, ocupação em áreas ribeirinhas, geram agravantes para a saúde pública em caso de inundações (VERÍSSIMO e MENDONÇA, 2004). De acordo com Faria e Bortolozzi (2009), ao se entender o território como uma construção social, a apropriação social do espaço vai produzir territórios e territorialidades propícias à disseminação de determinadas enfermidades sendo que os usos e as funções que 2 De acordo com o CDC (2014), a atual distribuição da malária pode ser alterada pelas mudanças climáticas, movimentos populacionais bem como pela degradação das condições socioeconómicas. As mudanças climáticas que se caracterizam pelo aumento da temperatura poderão contribuir para o surgimento de condições naturais propícias para o desenvolvimento dos vectores em regiões em que esta já foi controlada enquanto os movimentos populacionais poderão contribuir para a importação de casos para estes lugares. A atual crise económica que afeta países com suscetibilidade de transmissão elevada têm como um dos efeitos imediatos a redução do poder de compra da população e no caso, na aquisição de meios de prevenção tais como redes mosqueteiras e diversos repelentes bem como a redução do investimento para o sector da saúde o que acentua a vulnerabilidade da população. Dos vetores da malária o Plasmodium falciparum é o parasita mais frequente em Moçambique, sendo responsável por cerca de 90% de todas as infeções maláricas enquanto o P. Malariae e o P. ovale são responsáveis por 9.1 e 0,9% de todas infeções, respetivamente. Considerando que a malária é uma doença influenciada pelas condições climáticas, Moçambique oferece condições favoráveisà transmissão desta doença em todo o território. No entanto, esta doença tem um comportamento sazonal sendo a maior incidência é observada a estação quente e húmida que compreende os meses de Outubro a Março e a transmissão mais alta vai de Dezembro até Abril. A elevada vulnerabilidade aos eventos extremos que o país apresenta, acentua os impactos negativos para a saúde da população, aumentando no caso, o risco de transmissão da malária. Queface (2004) refere que o nível de vulnerabilidade aos eventos climáticos extremos em Moçambique é acentuado pela localização geográfica, baixa capacidade de resiliência, reduzida capacidade de adaptação a desastres naturais devido a elevados níveis de pobreza em que a maior parte da população vive bem como a alta variabilidade climática. O argumento apresentado por Queface (2004) faz entender que as condições de elevada vulnerabilidade podem explicar o elevado risco de enchentes, inundações em que grande parte da população moçambicana e da cidade de Quelimane, em particular, convive na época chuvosa, o que torna esta cidade, uma área de grande risco à malária, uma doença que tem como principal determinante o clima tendo em conta, que as condições sociais se encontram numa situação desfavorável em Quelimane. O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 11 cada recorte espacial admite podem conformar perfis territoriais que revelam as condições de acesso aos serviços de saúde, exposição a factores de risco, exclusão socio espacial, entre outros fatores condicionantes das situações de saúde em grupos sociais. Supõe-se que áreas suburbanas de Quelimane como grande parte dos bairros Saguar (polígono 5), Icídua (polígono 9), e Manhaua B (polígono 7), apresentam características bem próximas no que se refere a sua elevada degradação socio ambiental que os faz diferenciar de bairros centrais como 1º de Maio (polígono 22), 24 de Julho (polígono 17) e Filipe Samuel Magaia (polígono 10) denotando maior vulnerabilidade ambiental dos primeiros. 5. DADOS CLIMATOLÓGICOS PARA QUELIMANE Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Temperatura média (°C) 28.1 27.8 27.5 26.1 23.4 21.8 21 22 24.2 26.2 27.5 27.8 Temperatura mínima (°C) 23.3 23.2 23.1 21.6 18.4 16.7 15.8 16.8 18.4 20.5 22.1 22.7 Temperatura máxima (°C) 32.9 32.4 31.9 30.7 28.4 26.9 26.2 27.3 30.1 31.9 33 32.9 Chuva (mm) 251 231 217 127 79 58 56 29 16 17 79 186 Fonte: Organizado pela autora, com auxilio ao site do Instituto de Meteorologia. A diferença entre a precipitação do mês mais seco e do mês mais chuvoso é de 235 mm. Ao longo do ano as temperaturas médias variam 7.1 °C. 6. ÁREAS DE INFLUÊNCIA DE AGUAS PARADAS NA CIDADE DE QUELIMANE A presença de água é factor importante na transmissão da malária ao favorecer o desenvolvimento larval das principais espécies de mosquitos dominantes em Moçambique, nomeadamente o An. Gambiae e o An. Funestus se constituíndo assim em potencial foco. Tendo das colecções temporárias (poças, águas em valas de drenagem, entre outras). A respeito da malária, segundo Webber (2004), considera-se que é uma doença transmitida pela “picada” de mosquito fêmea apesar de existirem espécies mais eficazes que O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 12 outras na transmissão de doença. Por norma, esta eficácia depende de fatores como: a fonte de alimento que pode ser humana ou outra, o local em que vive (dentro ou fora das residências), o momento em que se alimenta e o tempo de vida do mosquito. Os fatores que devem ser considerados na ocorrência desta doença são as condições ambientais, sobretudo a variação da temperatura e precipitação. Em relação à temperatura, apesar da elevada resistência a temperaturas elevadas, o comportamento do mosquito é muito sensível a este fator, podendo afetar aspectos como a duração do período de hibernação e o estímulo à alimentação. Para além de afetar o comportamento do mosquito, condiciona o desenvolvimento do parasita no interior do mosquito (COLHER, 2020). O outro aspecto ou fator ambiental associado à malária que deve ser considerado é a precipitação pluvial ou a presença de corpos de água em locais de reprodução. Geralmente, a água fornece um habitat para os mosquitos depositarem seus ovos e para o desenvolvimento do seu ciclo de vida. A presença de corpos de água permanentes condiciona a existência de criadouros de mosquitos e a possibilidade de transmissão da malária ao longo do ano (COLHER, 2020). OUTROS EFEITOS NA SAÚDE DADOS PELAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS ALTERAÇÕES LIMITES EFEITOS NA SAÚDE Impacto direto (causas externas) de ondas de calor, inundações e secas; Estresse por calor Frio Problemas cardiorrespiratórios Contaminação atmosférica Psicossociais Doenças respiratórias. DPOC, Asma, Bronquite, Alergias, Cardiovasculares. Doenças transmissíveis por vetores Malária Encefalites Leishmaniose O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 13 Doenças transmitidas pela água Cólera Tifo, hepatite Campilobacter Leptospirose Diarreia aguda Recursos hídricos & abastecimento de alimentos Desnutrição Diarreias Maré vermelha 7. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS A abordagem climática proposta no presente artigo nos permitiu que se obtivesse uma visão aproximada sobre a dinâmica da malária na cidade de Quelimane. A inexistência de dados sociais bem apurados sobre os desagregados por bairros não permitiu o aprofundamento da vulnerabilidade social. Através da análise das variáveis ambientais e demográficas utilizadas constatou-se que o risco de transmissão da malária em Quelimane. A partir da análise das médias climatológicas de temperatura e constatamos que a transmissão da malária em Quelimane ocorra o ano todo, a intensidade é maior nos meses de Agosto a Abril e menor nos meses de Maio a Julho ao apresentarem uma maior e uma menor suscetibilidade climática respectivamente. No período mais suscetível (Agosto a Abril), os limiares normais de temperatura são de 22 a 33°C e no menos suscetível (Maio a Julho), 18 a 22°C. A humidade relativa do ar é uma variável que se encontra sempre acima de 60% favorecendo assim a transmissão da malária durante todo o ano. Sendo o risco de transmissão da malária fortemente influenciado pelo clima dada a elevada vulnerabilidade que caracteriza Quelimane, sugere-se que no desenho das políticas de prevenção da malária deve se considerar a climatologia local, a fim de se levantarem alertas de possíveis epidemias e permitindo assim, que a mobilização e educação comunitária seja O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso deGeografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 14 intensificada uma vez ter-se constatado que é nos anos mais secos que se verifica uma maior transmissão da malária. Ainda que não se possa afirmar categoricamente que se trata de mudanças climáticas, observam-se nos últimos anos alterações no regime da pluviosidade em Quelimane. Considerando que a malária é uma doença que configura um desafio para a acção das políticas públicas, na medida em que as mudanças climáticas apresentam convincentes possibilidades para uma maior incidência da mesma, a previsão do risco climático é um ato inicial e essencial como medida de gestão do mesmo (MENDONÇA, 2000; MENDONÇA 2005). No contexto da cidade de Quelimane, o sucesso das estratégias de prevenção da malária depende em parte do conhecimento da climatologia local sem, no entanto, descartar as particularidades sociais condicionantes do risco de transmissão. Os bairros centrais da cidade de Quelimane particularmente, os bairros 24 de Julho, Liberdade e Filipe Samuel Magaia bairros ribeirinhos a partir da qual a cidade se expandiu a par dos bairros suburbanos de Manhaua B, Icídua, Ivagalane, 7 de Abril, Bazar, Namuinho, Aeroporto e Gogone apresentam uma vulnerabilidade ambiental elevada em função da presença de potenciais focos para o desenvolvimento larval dos mosquitos vectores da malária sendo Icídua o bairro mais vulnerável demográfica e ambientalmente requerendo uma atenção especial. O conhecimento e o combate às heterogeneidades existentes nas áreas urbanas afiguram-se importantes para a diminuição do risco de transmissão da malária. As espécies de mosquitos dominantes têm preferência às superfícies líquidas permanentes. Por este facto, considera-se que a urbanização da cidade de Quelimane que iniciou a sua implantação ao longo do rio Qua Qua faz com que os bairros de 24 de Julho e Liberdade, um dos bairros centrais da cidade possuam um elevado risco de transmissão da malária tal como os bairros suburbanos e densamente povoados de Icídua, Manhaua B, Coalane 2 e Santágua. No entanto, o facto de os dois primeiros bairros constituírem-se de habitações convencionais e habitados por pessoas de renda média a alta faz com que se crie maior resiliência aos seus habitantes diferentemente dos moradores do segundo grupo de bairros se traduzindo numa menor vulnerabilidade da sua população. O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 15 A utilização de aterros sanitários próximos as suas residências nos bairros suburbanos influem para a criação e proliferação dos insetos causadores da malária An. Gambiae e o An. Funestus. Apresentam um risco elevado os bairros de Icídua, Liberdade, Janeiro, Torrone Velho, Torrone Novo, 7 de Abril, Coalane 2, Filipe Samuel Magaia, 24 de Julho, Santágua A, Santágua B, Manhaua B, Acordos de Lusaka B e Micajune. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os atributos climáticos, entendidos como recursos para vida, formam uma composição integrada ao espaço que os contém. O clima entre outros factores pode ser um elemento desencadeador na manifestação de determinados agravos à saúde através de seus atributos (a temperatura do ar, umidade, precipitação, pressão atmosférica e ventos), que interfere no bem estar das pessoas. Entretanto, não se pode colocar o clima como o único e nem mesmo como o principal responsável pelo desencadeamento de enfermidades. Deve ser visto na composição de totalidade, que, junto às características físicas, biológicas, econômicas, sociais, psicológicas e culturais, pode se tornar um fator de risco à saúde. Além disso, quando associado a estilos e hábitos de vida pode ser mais um contribuinte para o agravamento de determinadas enfermidades. Entretanto, há eventos climáticos, tais como aqueles associados ao fenômeno e El Niño que regista-se uma maior suscetibilidade climática para a transmissão da malária nos meses de Agosto a Março e uma baixa suscetibilidade entre Abril a Julho, que trazem como consequências, principalmente tempestades seguidas de inundações e eventual afluência de aguas, nas áreas de habitações precárias e, portanto mais vulneráveis. Entretanto o risco não está só nos períodos chuvosos, há que ser monitorado no dia a dia cada bairro, e, de preferência até o nível do habitat das populações humanas. O clima esta a mudar devido às emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera e as profundas alterações no uso dos solos, ambas provocadas pelas actividades humanas.Possuindo assim riscos e desafios como: • (i) fraca adopção das tecnologias alternativas na agricultura, plantio de árvores e utilização de energias, • (ii) falta de mecanismos claros de compensação/incentivos e reconhecimento dos direitos do carbono florestal; • (iii) fraca cobertura dos serviços de extensão; • (vi) limitada capacidade (número e qualificação dos quadros) das instituições. O CLIMA E A SAÚDE @Volume 1, Artigo. Abril 2020 @Todos os direitos são reservados a autora. Em caso de dúvidas consulte a partir: ruthjoaquimlauter@gmail.com ®Ruth Joaquim Lauter – estudante do curso de Geografia na UNILICUNGO-Quelimane Crédito avaliativo: Phd: Cardenito Mário Colher (cardenitocolher@yahoo.com.br) Página 16 Bibliografia BAIA, A. 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