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EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO

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EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
a) Quais são as situações que autorizam a instituição do empréstimo compulsório? Tais situações podem ser entendidas como os fatos geradores do empréstimo compulsório? O empréstimo compulsório pode ser cobrado imediatamente ou exige o respeito a alguma anterioridade (anual ou nonagesimal)? Explique.
As situações estão listadas no rol taxativo do artigo 148 da nossa Constituição Federal
“Art. 148.
A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.”
As situações estão tipificada em um rol exemplificativo o que abre precedentes para se ter uma literalidade , portanto nessas condições as situações são de fato geradoras do “Empréstimo Compulsório”
 A cobrança ou a instituição do tributo propriamente dita, nestas duas modalidades não exige a observância dos princípios da anterioridade e nonagesimal. A lei complementar que o instituir deve ter eficácia imediata, não necessitando aguardar a "vacatio legis" de noventa dias e o exercício financeiro seguinte ao de sua publicação. A CF expressamente ressalva a aplicação destes dois princípios ao empréstimo compulsório (art. 150, § 1º).
O investimento público para fundamentar a instituição do empréstimo compulsório deve ter o caráter de urgente e de relevante interesse nacional. Urgente é aquilo que se deve fazer rápido, que se mostra imprescindível, indispensável e premente que, no entanto, não se caracteriza uma emergência, uma situação crítica, que exige uma resposta imediata. Por este motivo é que a CF submete a sua instituição a observância do princípio da anterioridade (art. 148, II).
Além do caráter de urgente, o investimento deve ser de relevante interesse nacional, o que não significa que deve ser concretizado em todo o território nacional. Pode ser regionalizado ou até local, entretanto, suas consequências e repercussões econômicas ou sociais devem ser nacionais.
Conforme já mencionado, a instituição do tributo nesta hipótese exige a observância do princípio da anterioridade, ou seja, a lei complementar que o instituir não terá vigência imediata, somente entrará em vigor no exercício financeiro seguinte ao de sua publicação (art. 150, III, "b").
b) A quem compete instituir o empréstimo compulsório? Por meio de qual instrumento normativo? É possível a instituição de empréstimo compulsório por medida provisória em caso de guerra externa ou sua iminência? Pode ser cobrado esse tributo em caso de guerra civil? Explique.
O empréstimo compulsório, como espécie autônoma tributária, está prevista no artigo 148 da Constituição Federal, que dispõe competir à União, mediante lei complementar, instituí-lo nos seguintes casos: a) para atender as despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; b) no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o princípio da anterioridade.
Os empréstimos compulsórios podem ser instituídos por medida provisória, desde que haja relevância e urgência.. 
c) O valor que foi pago a título de empréstimo compulsório pode ser devolvido em títulos da dívida pública? O empréstimo compulsório é tributo? Pode ocorrer bis in idem e bitributação no empréstimo compulsório? Explique.
Trata-se de um tributo restituível. O próprio termo "empréstimo", já pressupõe tal condição, uma vez que de acordo com o seu conceito jurídico, refere-se a um contrato em que "uma das partes recebe, para uso ou utilização, uma coisa que, depois de certo tempo, deve restituir ou dar outra do mesmo gênero, quantidade ou qualidade" a lei complementar que o instituir, fixar obrigatoriamente o prazo de sua cobrança e as condições de seu resgate. Quanto ao prazo de cobrança, a lei não poderá considerar período superior ao necessário para a cessação da causa que deu motivo a sua implantação. A devolução deverá ser nas mesmas condições com que foi pago, ou seja, deve ser devolvido na mesma espécie, em moeda ou cujo valor nela possa se exprimir.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
a) Qual o fato gerador da contribuição de melhoria? A quem compete instituí-la? Qual o veículo normativo que institui a contribuição de melhoria?
Contribuição de Melhoria como a espécie de tributo cujo fato gerador é a valorização do imóvel do contribuinte decorrente da obra pública, e tem por finalidade a justa distribuição dos encargos públicos, fazendo retornar ao tesouro público o valor despendido com a realização de obras públicas, na medida em que destas decorra valorização dos imóveis.
segundo a legislação brasileira, está previsto na Constituição Federal art. 145, inciso III e no Código Tributário Nacional art. 81 e 82; respectivamente transcritos:
“art. 145 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
III - Contribuição de Melhoria, decorrente de obras públicas.
art. 81 - A Contribuição de Melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado
 art. 82 – A lei relativa à Contribuição de Melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
I- publicação prévia dos seguintes elementos:
a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação, pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
§ 1º - a contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso i, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.
§ 2º - por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integraram o respectivo cálculo.
Para cobrança da Contribuição de Melhoria, a Administração competente deverá publicar o Edital, contendo:
delimitação das áreas direta e indiretamente beneficiadas e a relação dos imóveis nelas compreendidos;
memorial descritivo do projeto;
orçamento total ou parcial do custo das obras e
determinação da parcela do custo das obras a ser ressarcida pela contribuição, com o correspondente plano de rateio entre os imóveis beneficiados.
Tal exigência aplica-se também aos casos de cobrança da Contribuição de Melhoria por obras públicas em execução, constantes de projetos ainda não concluídos.
Segundo o STF, o edital deve ser prévio em relação à cobrança, mas pode ser posterior à obra.
Executada a obra de melhoramento na sua totalidade ou em parte suficiente para beneficiar determinados imóveis, de modo a justificar o início da cobrança da Contribuição de Melhoria, proceder-se-á ao lançamento referente a esses imóveis, depois de publicado o respectivo demonstrativo de custos.
A severa exigência de publicação do orçamento da obra causa certo desconforto se a administração pública não estiver cumprindo com seus deveres retamente, executando as conhecidas obras superfaturadas,com desvios de verbas, à custa do cidadão brasileiro pagador de tributos, como reitera o ilustre mestre Eduardo Sabbag, em seu Manual de Direito Tributário, p. 469.
b) Como é apurada a valorização imobiliária para fins de cobrança da contribuição de melhoria? A União pode delegar o lançamento e a arrecadação da contribuição de melhoria aos Estados-membros e Municípios? Por meio de qual instrumento?
O cálculo da Contribuição de Melhoria é feito dividindo proporcionalmente o custo da obra pela valorização dos imóveis na área beneficiada.
O contribuinte pagará a Contribuição de Melhoria no limite do valor de acréscimo na valorização do imóvel. O limite total das contribuições também não poderá ser superior ao total custo da obra.
O montante de valorização é de difícil determinação, podendo uma autoridade administrativa fazer um arbitramento deste, precisando da concordância do contribuinte. Caso contrário, conforme o artigo 148 do Código Tributário Nacional, pode o contribuinte impugnar o arbitramento.
A base de cálculo é o quantum de valorização imobiliária. Exemplificando: se um imóvel de R$ 10.000,00 é valorizado em 10% desse valor, devido à obra pública realizada, o contribuinte pagará uma alíquota sobre R$ 1.000,00 (10% de R$ 10.000,00), correspondente à valorização do imóvel, a título de Contribuição de Melhoria.
Caso o município receba recursos de outros entes federativos por força de convênios para a sua execução, deverá atentar-se para as disposições contratuais que permitam ou não a instituição do tributo, da seguinte forma:
· No caso de menção expressa da proibição de instituição do tributo, ficará impedido o município de realizar o seu lançamento;
· No caso de omissão, ficará impedido o município de realizar o seu lançamento;
· No caso de previsão pela possibilidade de lançamento e arrecadação do tributo, poderá o Município efetuar o lançamento e arrecadar o tributo, desde que o ente convenente promulgue lei instituindo o tributo e delegando a capacidade tributária ativa de arrecadação do mesmo, obedecendo em todo caso, os procedimentos previstos na alínea "a" acima.
c) De acordo com o Decreto-lei nº 195/1997, existe algum procedimento que o Fisco deve observar para a cobrança da contribuição de melhoria? Qual o prazo que o devedor tem para reclamar contra o valor da contribuição e contra o erro na localização e dimensões do imóvel? Há limitação percentual da parcela anual da contribuição de melhoria?
  Aprovar lei específica da contribuição de melhoria que pretende cobrar, da qual deverá constar, no mínimo:
a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona que se presume beneficiada e dos imóveis nela situados;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda
a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
f) fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias para impugnação pelos interessados de qualquer dos elementos anteriormente apontados;
g) regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento de
eventual impugnação;
h) previsão de que será publicado edital inicial divulgando os critérios da presente lei, do qual constarão os valores iniciais atribuídos aos imóveis da
zona de cobrança;
i) previsão de que será publicado edital ao final da obra constando demonstrativo de custos e valores de valorização individual de cada imóvel.
II.         Publicada a lei, deve o município providenciar a publicação do primeiro edital contendo todos os critérios da lei a fim de que os contribuintes tomem ciência dos dados do projeto e dos valores atribuídos a seus imóveis, conferindo-se prazo de no mínimo 30 dias após a publicação para impugnação;
III.       Concluído o processo de definição dos valores iniciais de cada obra, dá-se início à construção;
IV.        Ao final da obra, deve-se realizar nova avaliação imobiliária nos imóveis beneficiados a fim de definir a valorização decorrente, publicando em seguida edital com o demonstrativo de custos e as valorizações de cada imóvel, fixando-se prazo a partir do qual será iniciada a cobrança;
V.           Transcorrido o prazo supra delineado, poderá o Município lançar de ofício as contribuições a cada sujeito passivo, emitindo os respectivos carnês ao seu endereço, no qual deverá ser apontado o valor da valorização individual do imóvel e a respectiva parcela a pagar, prazo para pagamento, suas prestações e vencimentos, prazo para a impugnação e local do pagamento.
A nossa Carta Magna 1988, em seu artigo 145, III, atribuiu competência à União, Estados, Distrito Federal e Municípios para instituir e cobrar o tributo Contribuição de Melhoria.
Porém é salutar que o ente público não goza do direito de cobrar do contribuinte valores despropositados, sem embasamento legal. Conforme o ordenamento jurídico prevê, deve existir regras a serem atendidas quando da mensuração do quantum devido, ou seja, o valor cobrado não poderá exceder os limites legais.
O primeiro limite a ser atendido é o individual. Este limite consiste no seguinte fator: o contribuinte não poderá ser compelido a adimplir valor superior aquele em que o seu imóvel foi valorizado em decorrência da obra pública. 
Por exemplo se o imóvel valorizou R$ 100,00, não poderá ser exigido, pela Administração, que o sujeito passivo pague quantia superior a este valor a título de Contribuição de Melhoria.
PRAZO DE ENTREGA: DIA DA PROVA NP1.
Att,
Parcelli Dionizio
Professor

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