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Erin Brockovich

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Erin Brockovich – Uma mulher de talento.
Erin Pattee Brockovich é uma mulher desempregada, mãe solteira de três filhos, que precisa de um emprego. Após colidir seu veículo com o de um médico, Erin procura um advogado para entrar com ação indenizatória já que havia contraído uma dívida de aproximadamente dezessete mil dólares, porém por seu comportamento explosivo acabou por perder o apelo de “justiça”.
Endividada e desesperada, vai ao escritório do Sr. Masry Kindley, advogado que a defendeu no caso do acidente e o pressiona a contratá-la como arquivista. Após alguns dias de trabalho Erin se faz voluntária para assumir a papelada de uma colega, porém ao revisar os arquivos do processo contra PG&E, uma grande companhia elétrica e também fornecedora de gás da cidade de Hinkley (EUA), chamou sua atenção o fato de obter fichas e exames médicos, em um processo de imóveis pertencente à Donna Jensen.
Curiosa, Erin procura Donna para questioná-la sobre os exames, a mesma revela a arquivista que a PG&E custeou todas as consultas médicas após ela e o marido apresentarem sintomas de doenças causadas por uma substância chamada cromo hexavalente, que é altamente tóxica usada para impedir a ferrugem nas máquinas, diluído em água utilizada para evitar o superaquecimento do maquinário, porém a água era descartada indevidamente entrando em contato direto com o solo e contaminando os lençóis freáticos da região, facilitando a poluição dos poços, além disso Erin descobre que a companhia elétrica providenciou um seminário para cerca de duzentas pessoas no qual era exposto os benefícios do cromo-3 enquanto a todo momento se era feito o uso do cromo-6 (hexavalente).
Ao ter conhecimento dos fatos a arquivista retorna à casa da família Jensen e os informa do que havia descoberto, Donna sente-se enganada por ter dado credibilidade ás palavras ditas por pessoas compradas pela PG&E. Depois de Erin encontrar se com a Sra. Jensen, pessoas passaram a procurá-la relatando problemas de saúde, como tumores, câncer, abortos, sangramentos nasais, etc.
Após Erin começar uma grande investigação, a mesma descobre que os lençóis freáticos estão contaminados há mais de 14 anos. Juntamente com o Sr. Masry Kindley, Sr. Kurt (advogado associado ao caso) e outras 634 pessoas vítimas do descaso da contaminação da água que se tornam pleiteantes do caso, a arquivista trava uma batalha judicial contra a poderosa PG&E company.
Erin empenhou-se para que ás 634 pessoas afetadas pela empresa fossem indenizadas, e que obtivessem o mínimo do que precisavam para sobreviver após os danos ocasionados pelo descaso da companhia. Com um acervo de provas e testemunhas a PG&E foi derrotada sendo condenada a pagar uma indenização de 333 milhões de dólares aos 634 pleiteantes. O caso Kindley vs PG&E teve o maior acordo em processo direto da história dos Estados Unidos.
Responsabilidade Civil Ambiental no
Ordenamento jurídico brasileiro.
O conceito de responsabilidade civil ambiental consiste em ter a obrigação de assumir, responsabilizar-se e reparar os danos causados à pessoa, ao patrimônio, á interesses coletivos ou individuais.
Podemos destacar o que consta no Art.14, § 1° da Lei 6.938/81 onde se é determinado que o poluidor será responsabilizado, independentemente da existência de culpa, deverá indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente. A responsabilidade civil por dano ambiental independe da culpa, é fundamental somente a comprovação do dano e existência do nexo de causalidade, que se torne responsável e que se torne obrigatória indenização.
O Art.927, parágrafo único do CC/02, destaca: “Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos específicos em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.
Caso haja a comprovação de ocorrência do dano e do nexo causal, se faz necessário reverter o estrago causado ao meio ambiente, tentando reparar ao máximo, de modo que seja recuperada o mais próximo de sua forma antes da perda.
“A Política Nacional do Meio Ambiente visará: (...) VI – a preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas a sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; VII – a imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar ou indenizar os danos causados pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. (Art. 4° Lei 6.938/81).
Sendo assim é possível perceber que o dever de recuperar o dano causado, está a salvo no ordenamento jurídico brasileiro, que resguarda reparações ao estrago do ecossistema, buscando o ressarcimento do bem ambiental danificado, ou indenização pecuniária, que seria como uma reparação financeira ao meio ambiente.

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