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Análise do filme Erin Brockovich Uma mulher de talento e Responsabilidade Civil Ambiental no ordenamento jurídico brasileiro

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
CURSO DE DIREITO
Análise do filme Erin Brockovich – Uma mulher de talento e 
Responsabilidade Civil Ambiental no ordenamento jurídico brasileiro.
&
Análise jurídica dos pedidos
Caso Caixa Econômica Federal - CEF
São Paulo
2020
Erin Brockovich – Uma mulher de talento.
Erin Pattee Brockovich é uma mulher desempregada, mãe solteira de três filhos, que precisava urgentemente de um emprego. Após sofrer um acidente de carro, colidindo seu veículo com o de um médico, Erin procura um advogado para entrar com ação indenizatória já que havia contraído uma dívida de aproximadamente dezessete mil dólares, porém por seu comportamento explosivo acabou por perder o apelo de “justiça”. Endividada e desesperada, vai ao escritório do Sr. Masry Kindley, advogado que a defendeu no caso do acidente e o pressiona a contratá-la como arquivista. Após alguns dias de trabalho Erin se faz voluntária para assumir a papelada de uma colega, porém ao revisar os arquivos do processo contra PG&E, uma grande companhia elétrica e também fornecedora de gás da cidade de Hinkley (EUA), chamou sua atenção o fato de obter fichas e exames médicos, em um processo de imóveis pertencente à Donna Jensen. Curiosa, Erin procura Donna para questioná-la sobre os exames, a mesma revela a arquivista que a PG&E custeou todas as consultas médicas após ela e o marido apresentarem sintomas de doenças causadas por uma substância chamada cromo hexavalente, que é altamente tóxica usada para impedir a ferrugem nas máquinas, diluído em água utilizada para evitar o super aquecimento do maquinário, porém a água era descartada indevidamente entrando em contato direto com o solo e contaminando os lençóis freáticos da região, facilitando a poluição dos poços, além disso Erin descobre que a companhia elétrica providenciou um seminário para cerca de duzentas pessoas no qual era exposto os benefícios do cromo-3 enquanto a todo momento se era feito o uso do cromo-6 (hexavalente). Ao ter conhecimento dos fatos a arquivista retorna à casa da família Jensen e os informa do que havia descoberto, Donna sente-se enganada por ter dado credibilidade ás palavras ditas por pessoas compradas pela PG&E. Depois de Erin encontrar-se com a Sra. Jensen, pessoas passaram a procurá-la relatando problemas de saúde, como tumores, câncer, abortos, sangramentos nasais, etc. Após Erin começar uma grande investigação, a mesma descobre que os lençóis freáticos estão contaminados há mais de 14 anos. Juntamente com o Sr. Masry Kindley, Sr. Kurt (advogado associado ao caso) e outras 634 pessoas vítimas do descaso da contaminação da água que se tornam pleiteantes do caso, a arquivista trava uma batalha judicial contra a poderosa PG&E company. Erin empenhou-se para que ás 634 pessoas afetadas pela empresa fossem indenizadas, e que obtivessem o mínimo do que precisavam para sobreviver após os danos ocasionados pelo descaso da companhia. Com um acervo de provas e testemunhas a PG&E foi derrotada sendo condenada apagar uma indenização de 333 milhões de dólares aos 634 pleiteantes. O caso Kindley vs PG&E teve o maior acordo em processo direto da história dos Estados Unidos.
Responsabilidade Civil Ambiental no ordenamento jurídico brasileiro.
O conceito de responsabilidade civil ambiental consiste em ter a obrigação de assumir, responsabilizar-se e reparar os danos causados à pessoa, ao patrimônio, á interesses coletivos ou individuais. Podemos destacar o que consta no Art. 14, § 1° da Lei 6.938/81 onde se é determinado que o poluidor será responsabilizado, independentemente da existência de culpa, deverá indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente. A responsabilidade civil por dano ambiental independe da culpa, é fundamental somente a comprovação do dano e existência do nexo de causalidade, que se torne responsável e que se torne obrigatória indenização. O Art.927, parágrafo único do CC/02, destaca: “Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos específicos em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”. Caso haja a comprovação de ocorrência do dano e do nexo causal, se faz necessário reverter o estrago causado a meio ambiente, tentando reparar ao máximo, de modo que seja recuperada o mais próximo de sua forma antes da perda. “A Política Nacional do Meio Ambiente visará: 
(…) VI – a preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas a sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; VII – a imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar ou indenizar os danos causados pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. (Art. 4° Lei 6.938/81). Sendo assim é possível perceber que o dever de recuperar o dano causado, está a salvo no ordenamento jurídico brasileiro, que resguarda reparações ao estrago do ecossistema, buscando o ressarcimento do bem ambiental danificado, ou indenização pecuniária, que seria como uma reparação financeira ao meio ambiente.
Análise jurídica dos pedidos
Caso Caixa Econômica Federal - CEF
Caros, colegas. Quem ficar responsável pela formatação deverá colocar a fundamentação abaixo no formato de sentença. Na medida em que estamos falando de cumprimento de sentença (execução de título judicial), o ato de magistrado será o de decisão interlocutória, versando sobre os atos expropriatórios necessários, para só depois, ao fim dessa fase - que foge do nosso escopo -, o magistrado prolatar a sentença definitiva extinguindo a ação.
Esse foi meu entendimento, mas é possível que eu esteja equivocado. Portanto, é bom que todos leiam. Feito essas breves considerações iniciais, passo à análise dos pedidos.
a) A intimação da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL na pessoa de seu representante legal, conforme Artigo 513, § 2º, I do CPC, para efetuar o pagamento do quantum demonstrado no prazo legal de quinze dia, conforme disposto no Artigo 523 do CPC, ou, caso assim o queira, para contestar a presente ação;
✓ O pedido do exequente foi instruído com os documentos necessários. A ele cabe elaborar o demonstrativo discriminado e atualizado do crédito devido, conforme detalha o art. 524 e incisos do CPC. Ele também requereu a intimação do devedor para efetuar o pagamento no prazo de 15 (quinze) dias, conforme os arts. 513, § 2º, I e 523 do CPC. O executado deve ser intimado.
b) Seja arbitrado honorários de sucumbência em fase de cumprimento de sentença em 10%, caso não haja o pagamento voluntário, conforme disposto no Artigo 523, § 1º do CPC;
✓ Artigo 523, § 1º do CPC. É possível a fixação dos honorários em sede de cumprimento definitivo de sentença, por aplicação do princípio da causalidade. Vide. Súmulas 517 e 519 do STJ.
c) Caso não ocorra o pagamento voluntário no prazo de 15 (quinze) dias, requer o acréscimo de multa de 10% e em honorários advocatícios, na forma do artigo 523, § 1º do CPC;
✓ Primeiro, nota-se que é vedado o pedido de parcelamento ao executado na fase de cumprimento de sentença (art. 916, § 7º, do CPC). Quanto à moratória legal (523, § 1º do CPC), é lícito o pedido, mas com ressalvas, transcrevo os ensinamentos da doutrina:
Se o executado vier aos autos, depositar o valor que entende devido e apresentar, concomitantemente, memória discriminada e atualizada do débito, será suspensa a aplicação da multa e dos honorários previstos no § 1º do art. 523 até que o exequente se manifeste sobre o valor depositado judicialmente. Nesse caso, o credor será intimado acerca do depósito efetuado e poderá impugná-lo no prazo de cinco dias (art. 526, § 1º).
d) A penhora online do devido valor a ser atualizado até o momento do bloqueio, na ausência de pagamento voluntário, conforme o Artigo 523, § 3º do CPC;
✓ Ok (art. 523, § 3º do CPC). Vejamos mais um ensinamento doutrinário:
O inciso VII do art. 524 possibilita ao exequente, ao requerer o cumprimento da sentença, indicar desde logo osbens do devedor a serem penhorados, podendo o devedor contestar tal escolha quando da impugnação ao cumprimento da sentença.
e) A fixação de MULTA DIÁRIA à Executada, a ser aplicada em caso de descumprimento da decisão definitiva, conforme o Artigo 537 do CPC;
X Pedido incorreto. Os Exequentes iniciaram cumprimento de sentença que reconheceu a “EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA”, ou seja, seu pleito encontra fundamento no artigo 523 a 527 do Código de Processo Civil.
O pedido formulado não encontra respaldo jurídico, tendo em vista que o artigo 537 do CPC/2015 é destinado e aplicado em casos de “DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE FAZER, DE NÃO FAZER OU DE ENTREGAR COISA”, o que é completamente diferente do objeto desse cumprimento de sentença.
A Executada apenas possui a obrigação de pagar quantia certa, fixada pela r. sentença, mantida pelo v. acórdão do TRF e do Colendo Supremo Tribunal Federal.
Além disso, a decisão exequenda não prevê a possibilidade de fixação de multa por descumprimento, até mesmo porque a fixação de multa deve ser fixada no decisum, o que não fora fixada.
Nesse passo, o pedido deve ser denegado, tendo em vista que trata-se de pedido fora de previsão legal para a espécie de cumprimento de sentença.
f) Embora já tenham os Exequentes apresentado prova pré-constituída dos fatos alegados, a produção de todas as provas em direito admitidas, incluindo mas não se restringindo à juntada posterior de documentos, à oitiva de testemunhas, ao depoimento pessoal de agentes públicos integrantes da Executada e a realização de qualquer ato que se fizer necessário ao pleno conhecimento dos fatos, inclusive no transcurso do contraditório que se vier a formar com a apresentação de contestação.
✓ Ok. Mera formalidade, não vejo problema.
� DONIZETTI, Elpídio. Curso de direito processual civil. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2020, p. 600.
� Idem, p. 599.

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