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A concepção Clínico-patológico e Socioantropológica Da Surdez Concepção Clínico-Patológica da surdez Essa concepção coloca a surdez como uma deficiência que exige tratamento com o objetivo de desenvolver e treinar a fala e a leitura labial, através de tratamento fonoaudiológico, de uso de próteses e implantes, por exemplo, capazes de capacitá-lo a usar a língua oral e a partilhar dos modos e ser, pensar e agir da sociedade ouvinte que integram. Concepção socioantropológica A surdez não é concebida como uma deficiência, mas como uma diferença, no sentido de que a falta de audição impõe uma diferença na forma como o indivíduo vai ter acesso às informações do mundo; A Língua de sinais constitui o elemento identificatório dos surdos, e o fato destes se constituírem em uma comunidade possibilita que compartilhem e conheçam as normas de uso desta língua, já que interagem cotidianamente em um processo comunicativo eficaz e eficiente. História dos Surdos Na história dos Surdos existe um marco importante, que foi a realização de dois congressos realizados em Milão para discutir e deliberar sobre a educação dos Surdos; Esses congressos eram constituídos apenas por ouvintes, um massacre ao indivíduo surdo. Primeiro congresso (1872) O primeiro congresso (1872) definiu que o meio para a comunicação do pensamento humano é a língua oral; Se os surdos fossem devidamente orientados, poderiam ler os lábios e, assim, falar, e que a língua oral traria um maior desenvolvimento intelectual, moral e linguístico. Segundo congresso (1880) Proibiu o uso da Língua de Sinais na educação de surdos, consequentemente passou a ser usada a Oralidade e leitura labial; Professores surdos foram afastados, crianças que já sabiam a língua gestual foram separadas das outras para que não ‘contaminassem’; As Justificativas eram que, os surdos ficariam preguiçosos para a oralidade caso usassem a Língua viso-espacial, muitos alunos tinham suas mãos amarradas ou eram castigados caso fossem vistos usando os sinais; Eram cobradas apenas treinamentos auditivos, leitura labial e reabilitação, pois eram vistos como anormais e incapazes. Educação dos Surdos no Brasil Em 1857, D. Pedro II fundou o Instituto Imperial dos Surdos-Mudos, atual INES, dirigido pelo professor francês Ernest Huet; Em 1957, o Instituto Imperial dos Surdos-Mudos passa a chamar-se Instituto Nacional de Educação de Surdos em consonância com os avanços na área da surdez; Em 1970, surge no Brasil a comunicação total trazida pela professora Ivete Vasconcelos; Em 1980, a professora de linguística Lucinda Ferreira Brito pesquisou sobre a Língua Brasileira de Sinais. Filosofias da educação de Surdos São três abordagens que influenciaram significativamente a educação dos surdos: Abordagem Oralista; Abordagem da Comunicação Total; Abordagem Bilingue. Oralismo É uma corrente comunicativa muito utilizada na educação dos surdos no século XIX que perdurou até os anos 70; Consiste no ensino da língua materna através da imposição da oralização nos processos de aprendizagem do surdo; Dessa maneira, neste método é proibida qualquer manifestação que se diferencie da fala; O surdo deveria utilizar a fala, os vestígios de audição remanescentes, e um comportamento semelhante ao do ouvinte para ser aceito socialmente e finalmente ser curado da surdez através da prática da fala. Comunicação Total O insucesso do oralismo deu origem a novas propostas em relação a educação da pessoa Surda; A abordagem que surgiu por volta de 1970 foi chamada de comunicação total; A partir daí, foi permitida a prática de uma série de recursos: a língua de sinais, leitura orofacial, utilização de aparelhos de amplificação sonora, alfabeto digital; Os estudantes Surdos poderiam então expressar-se de maneira que achassem mais conveniente. Bilinguismo Já a proposta de ensino bilíngue contrapõe-se ao oralismo porque considera a comunicação visual e gestual prioritária no ensino da linguagem; E se diferencia da comunicação total, pois defende fundamentalmente a língua de sinais na educação do surdo, não misturando uma manifestação linguística com a outra; Nesta corrente, ensina-se primeiramente a língua de sinais e secundariamente a língua dos ouvintes, que pode ser manifesta apenas em sua forma escrita. FIM Referências Bilinguismo: uma proposta educacional para alunos surdos. Disponível em: http://www.portaleducação.com Conceito clínico e sócio antropológico da surdez. Disponível em: http://www.discutindolibras.com.br Concepção da surdez. Disponível em: http://www.sobreacessibilidade.com.br Filosofias da educação de surdos. Disponível em: http://www.portaleducação.com.br Histórico da educação dos surdos. Disponível em: http://www.webartigos.com O Surdo, Ser Social: Concepções Clínico-Patológica X Sócio-Antropológica. Disponível em: http://www.portaleducação.com.
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